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ISOMERIA Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira INTRODUÇÃO É o fenômeno pelo qual substâncias que apresentam mesma fórmula molecular apresentam fórmulas estruturais diferentes. ❑ Isômero São duas ou mais moléculas ou íons que possuem o mesmo número e tipo de átomos, mas com os átomos arranjados de forma diferente. ✓ Têm a mesma fórmula molecular ✓ Têm propriedades físicas e químicas diferentes ✓ Não existem para todos os compostos de coordenação INTRODUÇÃO cont. iso = igual meros = parte O número de isômeros depende de: ✓ Número de coordenação; ✓ Estereoquímica em torno do metal; ✓ Natureza do ligante. Tipos de isômeros Isômeros Estruturais Estereoisômeros Obs: Fórmula Molecular não é suficiente para identificar um composto, sem ambiguidade – Há isomeria Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira INTRODUÇÃO cont. Isômeros (Mesma fórmula diferentes propriedades) Isômeros Estruturais (ligações diferentes) Isômeros de Esfera de coordenação Isômeros de Ligação Estereoisômeros (mesmas ligações, diferentes arranjos) Isômeros Geométricos Isômeros Óticos Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Compostos com a mesma fórmula porém com conectividade diferente, ou seja a sequência da ligação átomo-átomo é diferente Isômeros Estruturais Tipos de isômeros estruturais Isomeria de polimerização; Isomeria de Ionização; Isomeria de Hidratação; Isomeria de ligação; Isomeria de Coordenação Isomeria de Posição de Coordenação Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Os compostos têm o mesmo número e tipo de átomos, e os mesmos tipos de ligação, mas os átomos são arranjados de forma diferente no espaço ❑ Isômeros geométricos Estereoisômeros ❑ Isômeros ópticos Isômeros Cis Isômeros trans Isômeros dextrógiros (d) Isômeros levógiros (l) Enantiômeros (Mistura Racêmica) Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Isômeros Estruturais Isomeria de polimerização O termo polimerização implica que cada membro de uma série de polímeros isómeros tenha a mesma fórmula empírica (miníma) e que a fórmula molecular seja um múltiplo da forma mais simples. [Pt(NH3)2Cl2] 1 amarelo [Pt(NH3)4] [PtCl4] 2 verde [Pt (NH3)4] [Pt(NH3)Cl3] 3 laranja Obs: Não pode ser considerada como sendo rigorosamente como isomeria, pois os compostos possuem a mesma fórmula empírica, mínima, mas massa molecular diferentes Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Obs: A isomeria de polimerização pode ser devido à presença de diferentes números de núcleo no complexo, por exemplo: (NH3)Co OH OH OH Co(NH3) e 3- Co [OH [OH Co(NH3)4]4 6- Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Isomeria de Ionização Este tipo de isomeria ocorre em virtude da troca de íons entre o íon complexo e íons fora da esfera de coordenação Ou seja, “Um ligante e um contra-íon trocam de lugar no composto” Exemplo: O [Co(NH3)5Br]SO4 é vermelho-violeta em solução forma precipitado em BaCl2 com nitrato de prata(AgNO3)presença de , confirmando a presença de SO4 2- (SO4 2- é ânion ) Exemplo: O [Co(NH3)5SO4]Br é vermelho, não dá teste positivo para íon sulfato reage porém com AgNO3,formado precipitado de AgBr. (SO4 2- é ligante) Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Outros Exemplos: [Pt(NH3)4Cl2]Br2 e [Pt(NH3)4Br2]Cl2; [Co(en)2NO2.Cl]SCN e [Co(en)2NO2.SCN]Cl e Co(en)2Cl.SCN]NO2. Resumindo [Co(NH3)5Br]SO4 SO4 2- é ânion [Co(NH3)5SO4]Br SO4 2- é ligante Se os sais complexos são solúveis a diferenciação pode se fazer através da identificação do íon livre em solução (Br- ou Cl- no exemplo anterior). Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Isomeria de Hidratação ou Solvatação É igual a isomeria de ionização, exceto que um ligante neutro (H2O) é trocado por um ligante aniônico: [Cr(H2O)6]Cl3 violeta (três cloretos iônicos) [Cr(H2O)5Cl]Cl2 verde (dois cloretos iônicos) [Cr(H2O)4Cl2].Cl verde-escuro (um íon cloreto) moléculas de solvatação .H2O .2H2O Troca de uma molécula de H2O e um outro ligante da esfera de coordenação Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Isomeria de ligação Ocorre em complexos contendo ligantes que possuem dois átomos potencialmente coordenantes ✓ Um ligante pode se ligar através de diferentes átomos. vermelho laranja Essa transformação pode ser usada num dispositivo de armazenamento de energia.. Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira ❑ Outros ligantes suscetíveis a se comportarem RCN RC≡N nitrilos RN≡C isonitrilos SCN- – SCN tiocianatos – NCS isotiocianatos Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Isomeria de Coordenação Ocorre em compostos formados por ânions e cátions complexos, podendo ocorrer a troca de ligantes: “Íons complexos diferentes a partir de uma mesma fórmula” [Co(NH3)6][Cr(CN)6] ou [Cr(NH3)6][Co(CN)6] Ex.:A fórmula molecular Cr(CN)3.Co(CN)3.6NH3 pode representar os complexos: [CoII(NH3)4][Pt IICl4] ou [Co IICl4][Pt II(NH3)4] Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Isomeria de posição de coordenação (NH3)CO NH2 O2 Co(NH3)3Cl2 Cl2 Cl(NH3)CO NH2 O2 Co(NH3)3Cl Cl2 e Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Estereoisômeros Recordando: São compostos que apresentam a mesma conectividade(= sequencia átomo-átomo) porém o arranjo estrutural é diferente. ❑ Isomeria geométrica ❑ Isomeria óptica Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Isomeria geométrica Os isômeros apresentam diferente disposição espacial e por tanto distintas geometrias Ocorre em complexos octaédricas, quadrados planares, bipirâmide trigonal e pirâmide de base quadrada. Nunca em complexos tetraédricos. cis-[PtCl2(NH3)2] e trans- [PtCl2(NH3)2] Exemplo Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Qual é a estrutura? PtPt Cl Cl NH3 NH3 NH3 ClH3N Cl Cis(adjacentes) Trans(cruzado) Possuem propriedades físicas e químicas distintas, possuem cor, ponto de fusão, polaridade, solubilidade e reatividade diferentes Geometria quadrado planar Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Geometria quadrado planar Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Geometria octaédrica Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Nos complexos [Co(NH3)3Cl3] existem 2 maneiras de arranjar os ligantes! Isômeros facial e meridional H3N Co H3N Cl Cl Cl NH3 Cl Co H3N Cl Cl NH3 NH3 fac mer FAC: Os ligantes iguais ocupam a mesma face de um triângulo do octaedro. MER: Os ligantes iguais se situam no meridiano fac-[CoCl3(NH3)3] mer-[CoCl3(NH3)3] Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Geometria Octaédrica Tipos de Número de compostos Isômeros MA2B 2 cis e trans MA3B3 2 fac e mer MAA2B2 3 2*cis e 1 trans *Sendo A e B ligantes monodentados e AA ligantes bidentados Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Geometria Octaédrica [MA2B2C2] Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Complexos Bipiramidais Trigonais e Piramidais Quadrados: ✓ Pela interconversão possível entre as formas, diz-se que eles não são etereoquímicamente rígidos – mesmo que se formem isômeros eles não são separáveis. ✓ 2 Sítios quimicamente distintos: Axial(a) e equatorial (e) bipiramede trigonal Axial(a) e basal (b) Piramidal quadrática Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Isomeria óptica O que é quiralidade? Um objeto quiral é aquele que não é superponível a sua imagem especular. Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Os dois isômeros são chamados de enantiômeros e são opticamente ativos: Um complexo quiral é aquele que não pode ser superposto a sua imagem especular. Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Os enantiômeros possuem muitas propriedades idênticas como cor, ponto de fusão/ ebulição, solubilidade e reatividade.* Diferem quanto a interação com a luz polarizada * Com reagentes não quirais A mistura 50:50 dos dois enantiômeros denomina-se mistura racémica e é inativa. Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Prof. D. Sc. Jorge Diniz de OliveiraImportante !!!! ➢ O critério formal de quiralidade é a ausência de um eixo de rotação impróprio (Sn). ➢A presença de um plano de simetria (= S1) e eixo de inversão, i, (S2) são critérios de não quiralidade. Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Geometria Octaédrica Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Quantos isômeros tem o complexo [CoCl2(en)2]? Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Isomeria óptica em compostos octaédrico envolvendo grupo bidentado Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira Bibliografia consultada ATKINS, P.W.; JONES, L.L. Principios de Química. Tradução por Ignez Caracelli. Porto Alegre: Bookman. 2001, p. 135-172 BARROS, H. L. C. Química Inorgânica: Uma Introdução. Belo Horizonte: SEGRAC, 2001. p. 304 - 373. JONES, C. J. A Química dos Elementos dos Blocos d e f. Tradução Maria Domingues Vargas. Porto Alegre: Bookman, 2002. 184p LEE, J.D. Química Inorgânica. Un novo texto conciso. Tradução de Juergen H. Maar. São Paulo: Edgard Blucher, 1980. p.420. SHRIVER, D.F.; ATIKINS, P.W. OVERTON, T. L.; ROUKER, J. P.; WELLER, M.T.; ARMSTRONG, F.A. Química Inorgânica. 4 ed. Tradução de Roberto Barros Farias. Porto Alegre; Bookman, 2008. 848p. Prof. D. Sc. Jorge Diniz de Oliveira
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