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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA

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RESUMO DE 
NEURORRADIOLOGIA 
RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
 
2 DE DEZEMBRO DE 2021 
@FISIOPRALMA 
Laura Nunes Faustino 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMARIO: 
 
 ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO (AVC OU AVE) ..............2 
 
 TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFALICO (TCE)............................12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 ACIDENTE VASCULAR ENCEFACILO (AVE OU AVC) 
O acidente vascular encefálico ou cerebral acontece com rompimento ou entupimento 
dos vasos que levam o sangue para o cérebro provocando paralisia cerebral que ficou 
sem circulação adequada. 
 
 
 
TIPOS DE AVC: 
 
ISQUEMICO: Entupimento dos vasos que levam sangue para o cérebro. 
 
HEMORRAGICO: Rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
SINTOMAS: 
 
Dor de cabeça intensa que surge de repente; 
 
Falta de força num lado do corpo, que é visível no braço ou na perna; 
 
Rosto assimétrico, com boca torta e sobrancelha caída; 
 
Fala embolada, lenta ou com um tom de voz muito baixo e muitas vezes imperceptível; 
 
Perda da sensibilidade de uma parte do corpo, não identificando o frio ou calor, por 
exemplo; 
 
Dificuldade em permanecer de pé ou ficar sentado, pois o corpo cai para um dos lados, 
não conseguindo andar ou ficar arrastando uma das pernas; 
 
Alterações da visão, como perda parcial da visão ou visão embaçada; 
 
Dificuldade para levantar o braço ou segurar objetos, pois o braço fica caído; 
 
Movimentos incomuns e descontrolados, como tremores; 
 
Sonolência ou mesmo perda de consciência; 
 
Perda de memória e confusão mental, não sendo capaz de realizar ordens simples, como 
abrir os olhos e, podendo ficar agressivo e não saber referir a data ou o seu nome, por 
exemplo; 
 
Náuseas e vômitos. 
 
METODO DE IMAGEM; 
 
 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 
 DISPONIBILIDADE E RAPIDEZ 
 RELATIVAMENTE SENSÍVEL A EVENTO AGUDO 
 
 
 
 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZDA 
 Exame inicial SEM CONTRASTE 
CASO SEJA HEMORRAGICO – O extravasamento de contraste fica mais fácil de localiza 
o sinal da artéria cerebral media densa. 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 Os sinais do AVE Isquêmico se baseiam em; 
 Visualização direta do trombo / embolo 
 Efeitos das isquemias nos tecidos 
 
 
 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
 
LOBOS CEREBRAIS 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
VASCULARIZACAO CEREBRAL 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
 
NUCLEOS DA BASE 
Os principais gânglios de bases são ; 
Corpo estriado ( putame e núcleo caudado) 
Globo pálido 
Núcleo subtalamico 
Substancia negra 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
ANATOMIA RADIOLOGICA DO CEREBRO 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE AVE ISQUEMICO 
 
SINAIS DE UM AVC ISQUEMICO EM UMA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 É impossível diferenciar a substância branca e a cinzenta nas regiões mais acometidas; 
Não conseguimos definir os sulcos corticais como é possível no hemisfério esquerdo – ou 
seja, os sulcos estão “apagados”; 
Na figura A, conseguimos ver bem a ínsula esquerda, mas não conseguimos definir a ínsula 
direita, que também está “apagada”; 
Por fim, a densidade do parênquima cerebral é menor à direita do que à esquerda = 
hipodensidade focal. 
SINAIS DE UM AVC HEMORRAGICO EM UMA TOMOGRAFIA 
COMPUTADORIZADA 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
O AVC hemorrágico ocorre quando existe ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, 
causando uma hemorragia no local que leva ao acúmulo de sangue e, consequentemente, ao 
aumento da pressão na região, impedindo que o sangue consiga circular para essa parte do 
cérebro. 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE UM AVC HEMORRAGICO 
 
 
TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFALICO (TCE) 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
O Trauma cranioencefálico, famoso TCE, é o tipo mais comum de trauma e, na grande 
maioria dos casos, o paciente acaba morrendo antes mesmo de chegar ao hospital – aliás, 
cerca de 90% das mortes em ambiente pré-hospitalar se devem a lesões cerebrais. 
 
Por outro lado, entre aqueles pacientes que sobrevivem, uma alta taxa acaba ficando com 
sequelas, que afetam suas atividades sociais e profissionais. Juntando tudo isso, então, o 
TCE acaba tendo um grande impacto sobre a saúde pública e é justamente por isso que 
precisamos compreendê-lo. 
Ainda relacionado a sua fisiopatologia, é importante saber que os traumatismos 
cranioencefálicos podem ser provocados por diversos mecanismos, se destacando os acidentes 
de variados tipos: de trânsito, de trabalho, desportivos, domésticos, entre outros. 
consiste em lesão física ao tecido cerebral que, temporária ou permanentemente, incapacita a 
função cerebral. O diagnóstico é suspeitado clinicamente e confirmado por imagens 
(primariamente TC). Inicialmente, o tratamento consiste em suportes respiratório e manutenção 
adequada de ventilação, oxigenação e pressão arterial (PA). Com frequência, a cirurgia é 
necessária em pacientes com lesões mais graves para a colocação de monitores a fim de medir 
a elevação da pressão intracraniana, descomprimir o cérebro se a pressão intracraniana estiver 
aumentada ou remover hematomas intracranianos. Nos primeiros dias após a lesão, é importante 
manter a perfusão e oxigenação cerebral adequadas e prevenir complicações de alteração do 
sensório. Subsequentemente, muitos pacientes requerem reabilitação. 
As lesões abertas da cabeça envolvem penetração do couro cabeludo e crânio (e, 
normalmente, de meninges e tecido cerebral subjacente). Elas normalmente são causadas por 
balas ou objetos pontudos, porém a fratura craniana com laceração no revestimento devido à 
força direta também é considerada lesão aberta. 
As lesões cranianas fechadas normalmente ocorrem quando a cabeça é golpeada, batida contra 
um objeto ou sacudida violentamente, causando aceleração e desaceleração cerebrais rápidas. 
Aceleração ou desaceleração pode lesar o tecido no ponto de impacto (golpe), no polo oposto 
(contragolpe) ou difusamente; os lóbulos frontal e temporal são especialmente vulneráveis a 
esse tipo de lesão. Axônios, vasos sanguíneos ou ambos podem ser cortados ou rompidos, 
resultando em lesão axonal disfusa. Os vasos sanguíneos rompidos causam contusões, 
hemorragias intracerebrais ou subaracnoides e hematomas epidural ou subdural. 
Lesões traumáticas primárias: 
 
• Fratura óssea, laceração de partes moles e hematoma subgaleal; 
 
• Hemorragia extra-axial: 
- hematoma epidural 
- hematoma subdural 
- hemorragia subaracnóide; 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA• Lesões intra-axiais: 
- lesão axonal difusa 
- contusão cortical 
- lesão na substância cinzenta profunda 
- lesão no tronco cerebral 
- hemorragia intraventricular/plexo coróide; 
 
Lesões traumáticas secundárias: 
• herniações cerebrais; 
• isquemia traumática (infartos); 
• edema cerebral difuso; 
• injúria hipóxica. 
 
Fratura Óssea, laceração de partes moles e Hematoma Subgaleal 
As lesões das partes moles superficiais geralmente indicam o local do impacto, porém 
isoladamente não têm importância clínica, exceto se houver trauma penetrante ou envolvimento 
de ramos das artérias temporal superficial ou occipital, que podem causar fístulas arterio-
venosas ou pseudoaneurismas. 
 
As fraturas do crânio podem ser lineares, acompanhadas de afundamento ou diastáticas. As 
fraturas lineares são mais comumente acompanhadas de hematomas epi ou subdurais, enquanto 
as fraturas com afundamento tipicamente se associam a lesões parenquimatosas, durais ou HSA 
. 
A radiografia simples do crânio é o melhor método de imagem para a demonstração das fraturas 
da calota, com resultados mais fidedignos que a TC. Contudo, como isoladamente essas fraturas 
não têm significado, o método mais usado na avaliação crânio-encefálica é a TC, pois 
demonstra as fraturas que têm importância clínica e suas repercussões sobre o parênquima 
encefálico ou a coexistência de coleções extra-axiais. 
 
Hemorragia Extra-Axial 
 
Hematoma subdural 
Hemorragia subaracnóide 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
 
Encontrado em 01 a 04% dos exames realizados por TCE, os hematomas epidurais ou extra-
durais (HED), são causados, mais freqüentemente por laceração da artéria meníngea média ou 
de seios venosos em 85 a 95% dos casos. 
Os HED estão localizados entre a dura e a calota óssea, e têm tipicamente a forma de uma lente 
biconvexa. Eles podem atravessar inserções da dura-máter, mas não ultrapassam as suturas. Em 
95% dos casos o HED é unilateral e ocorre acima do tentório, sendo que o local mais comum é 
a região temporo-parietal, devido à localização da artéria meníngea média. Em 05% dos casos 
o HED é bilateral e a sua ocorrência no compartimento abaixo do tentório é felizmente bastante 
incomum, pois apresentam maiores taxas de mortalidade e morbidade que os hematomas supra-
tentoriais, por tratar-se de um compartimento menor o que conseqüentemente proporciona 
maior compressão sobre segmentos vitais do tronco encefálico. 
A TC é o método de escolha para o diagnóstico correto de HED e mostra uma lesão extra-axial 
biconvexa que desloca o parênquima. Em cerca de 2/3 dos casos o HED é uniformemente 
hiperatenuante, entretanto nos demais casos podem existir áreas hipoatenuantes de permeio, 
que indicam sangramento ativo. 
As herniações secundárias do parênquima são comuns. Apesar da RM demonstrar com muita 
facilidade os HED agudos, este método não é usado para esta finalidade visto que o diagnóstico 
e a intervenção cirúrgica para drenagem tem que ser urgentes. 
 
Hematoma subdural 
A localização dos HSD é entre a dura-máter e a aracnóide. Apresentam morfologia tipicamente 
"em crescente", e são geralmente maiores que o HED em extensão. Podem atravessar suturas, 
mas não as inserções da dura-máter. É unilateral em 85% dos casos, sendo os locais mais 
freqüentes a convexidade fronto-parietal e a fossa média. Os HSD inter-hemisféricos isolados 
e parafalcinos podem ocorrer, mesmo em casos de traumas leves. 
 
Enquanto no idoso pode não haver história evidente de trauma, quando isso ocorre em crianças 
deve ser sempre levantada a possibilidade de maus tratos. Os HSD são causados por estiramento 
com lesão das veias corticais que percorrem o espaço subdural. Estas lesões ocorrem por 
mudanças súbitas na velocidade da cabeça (mecanismo de desaceleração) e podem estar 
associadas à ruptura da membrana aracnóide, produzindo uma mistura de sangue e líquor no 
espaço subdural. Em 10 a 30% dos casos pode haver re-sangramento de HSD crônico com 
heterogeneidade da atenuação do mesmo nos estudos tomográficos. 
 
Nos idosos e nas crianças que sofreram maus tratos os HSD são freqüentemente bilaterais. 
 
Os aspectos de imagem variam conforme a localização e o tempo de evolução do coágulo. 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
Hematoma subdural agudo: O hematoma subdural (HSD) agudo traumático está entre a lesões 
mais letais causadas pelo TCE e ocorre em 10 a 20% dos traumas graves. 
 
O aspecto clássico do HSD agudo é de uma coleção extra-axial com morfologia em crescente, 
homogeneamente hiperatenuante, que se localiza na convexidade do hemisfério afetado 
Quando os HSD agudos são heterogêneos, podem conter sangue não coagulado, líquor (se 
houve laceração da aracnóide), ou líquido seroso que é eliminado da retração do coágulo. Nos 
estudos de TC, podem ser isodensos em estados anêmicos (Hb menor que 10g/dl) ou quando 
misturados ao líquor. 
 
Na RM observa-se isossinal em T1 e hipossinal em T2 (deoxihemoglobina). 
 
Hematoma subdural subagudo: Tempo de evolução de 01 a 03 semanas. Morfologia em 
crescente, isoatenuante na TC; nesta fase a injeção de contraste pode ajudar a delimitar melhor 
o hematoma. Na RM a hemoglobina vai se degradando e a meta-hemoglobina intracelular 
(hipersinal em T1 e T2) vai se formando da periferia para o centro. 
 
Hematoma subdural crônico: Tempo de evolução de várias semanas a alguns meses. Na TC 
caracteriza-se uma coleção hipoatenuante, encapsulada, com septações internas, e morfologia 
lentiforme ou em crescente (Figura 4). Se houver re-sangramento (05% dos casos), a atenuação 
fica heterogênea e na TC pós-contraste pode haver realce da membrana e das septações. Pode 
ocorrer calcificação das membranas em uma fase de risco. 
 
Na RM em geral se apresenta com iso/hipossinal em T1 e hipersinal em T2, mas quando ocorre 
re-sangramento, o sinal é heterogêneo, e pode formar níveis líquidos. A membrana 
habitualmente apresenta impregnação pelo gadolínio. 
 
Hemorragia subaracnóide 
A HSA ocorre na maioria dos TCE moderados ou graves e a TC é o método habitualmente 
usado para a sua avaliação, pois demonstra o aspecto típico de hiperatenuação entre os sulcos 
corticais, preenchidos por sangue (Figura 5). Apesar da RM apresentar melhor sensibilidade 
que a TC na detecção de HSA, nos casos de trauma, usualmente esse não é o principal objetivo 
diagnóstico e a TC cumpre de maneira satisfatória o seu papel nesse contexto. 
Lesões Intra-Axiais 
As lesões axonais difusas (LAD) e as contusões corticais representam as causas mais comuns 
de morbidade nos TCE. 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
 
As LAD representam cerca de metade das lesões intra-axiais primárias, geralmente são 
bilaterais e difusas, e ocorrem tipicamente em 03 locais: transição cortico-subcortical dos 
hemisférios cerebrais, corpo caloso (freqüentemente no esplênio e porção posterior do tronco) 
e região dorso-lateral do mesencéfalo. 
Nas fases iniciais somente 20 a 50% das LAD serão diagnosticadas pela TC, como focos de 
hemorragias petequiais nos locais acima referidos. A RM tem maior sensibilidade para esse 
diagnóstico, e as lesões podem apresentar sinal variado nas diversas ponderações, de acordo 
com a degradação da hemoglobina. Para essa finalidade as seqüências gradiente-eco são mais 
sensíveis aos produtos de degradação da hemoglobina, e se as LAD forem hemorrágicas serão 
mais bem caracterizadas nessa seqüência de pulso 
As contusões corticais constituem a segunda causa mais comum de lesão intra-axial primária e 
representam cerca de 45% dos casos. Ocorrem na superfície cortical devido ao choque destas 
com as saliências ósseas adjacentes, usualmentenos pólos e superfície inferior dos lobos 
temporais e ao redor da fissura sylviana; um terço ocorre nos lobos frontais, em geral também 
nos pólos e superfície inferior, e menos freqüentemente essas lesões ocorrem nas pregas durais 
das regiões para-sagitais 
As contusões focais também podem estar associadas a fraturas com afundamento. Novamente 
a TC poderá ser normal nas fases iniciais, e após 24 a 48 horas mostrará lesões hipoatenuantes 
(edema), com áreas hiperatenuantes focais, se houver hemorragia. Nos primeiros dias pode ser 
encontrado edema parenquimatoso, com efeito expansivo progressivo nos primeiros dias e que 
gradualmente diminui nos dias seguintes. As contusões corticais podem realçar após o uso do 
contraste, principalmente nas fases subagudas. 
 
A RM é muito mais sensível na detecção destas contusões, principalmente nas fases subagudas, 
e em geral haverá sinal heterogêneo em T1 e T2 nas diversas seqüências de pulso, por causa 
dos focos hemorrágicos e do edema peri-lesional. 
 
As lesões da substância cinzenta profunda e do tronco são menos comuns que as anteriormente 
citadas, mas geralmente são clinicamente mais graves. A TC tem baixa sensibilidade para a 
análise dessas regiões e a RM oferece melhores resultados diagnósticos. 
 
Hemorragias intraventriculares e do plexo coróide 
 
As hemorragias intraventriculares (HIV) e do plexo coróide (HPC) são mais raras, e em geral 
refletem traumas severos com lesões encefálicas muito graves. A maior parte dos casos se 
associa a outras lesões primárias do SNC. 
 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
São facilmente caracterizadas pela TC e RM, sendo que na TC observa-se material 
hiperatenuante (sangue) e na RM material com sinal variável (dependendo do tempo de 
evolução do hematoma) no interior dos ventrículos, que pode formar níveis líquidos. 
Ocasionalmente, pode haver hematomas focais no plexo coróide. 
 
Lesões Secundárias 
Isquemia traumática, por alterações do fluxo sanguíneo cerebral 
Edema cerebral difuso 
Lesão hipóxica 
Lesões vasculares secundárias ao trauma incluem 
As lesões secundárias muitas vezes têm repercussão clínica maior que a das lesões primárias. 
Com o aumento da pressão intracraniana ocorre compressão do parênquima, dos nervos 
cranianos e dos vasos contra uma superfície rígida, que pode ser óssea ou de pregas durais. 
 
As lesões secundárias mais importantes são: 
 
Herniações cerebrais: transtentorial descendente, ascendente, subfalcina, tonsilar e transalar 
 
Isquemia traumática, por alterações do fluxo sanguíneo cerebral 
Os infartos isquêmicos podem decorrer de compressões arteriais, muitas vezes secundárias a 
herniações cerebrais. Também podem ocorrer hemorragias secundárias, como a hemorragia de 
Duret, na porção central do tegmento, e a chamada incisura de Kernohan, que representa uma 
lesão em fenda, muitas vezes hemorrágica, na face lateral do mesencéfalo, contralateral à 
herniação transtentorial. 
 
Edema cerebral difuso 
Esse edema é caracterizado pelo apagamento difuso dos sulcos corticais e de cisternas, 
particularmente as cisternas supra-selar e peri-mesencefálica; os ventrículos podem estar 
pequenos e comprimidos e se observa alguma hipoatenuação difusa do parênquima cerebral, 
com prejuízo, em graus variáveis da diferenciação da substância branca e cinzenta; o cerebelo, 
tálamo e tronco cerebral podem estar relativamente poupados, por serem irrigados pela 
circulação posterior 
 
Lesão hipóxica 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
Caracteriza-se por sofrimento tecidual determinado pelo baixo fluxo global, mais evidente em 
alguns locais de maior atividade metabólica como: córtex cerebral, núcleos da base, 
hipocampos, entre outros. 
 
Lesões vasculares secundárias ao trauma incluem: 
• Arterial: transecção, laceração, lesão subintimal, dissecção, pseudoaneurisma, trombose e 
fístula artério-venosa. 
 
• Venosa: ruptura e trombose de veias corticais, laceração e trombose de seios venosos. 
 
A angiografia digital ainda é considerada padrão-ouro para a análise vascular, mas 
progressivamente os métodos de angio-ressonância, e a angio-tomografia vêm aumentando sua 
aplicabilidade em estudos de artérias cervicais e intracranianas, bem como para estudo da 
circulação venosa. 
 
As sequelas de um TCE podem incluir atrofia, áreas de encefalomalácia, pneumocéfalo, fístulas 
liquóricas, cefaloceles adquiridas e cistos leptomeníngeos. Todos são bem demonstrados 
através dos métodos de imagem. Aqui a RM deverá ser escolhida, visto que a resolução 
anatômica e a sua conspicuidade são maiores, e também porque o exame agora é feito de 
maneira eletiva, com o paciente sob menor risco e sem a necessidade de um tratamento 
emergencial. 
 
As áreas de encefalomalácia aparecem como áreas hipodensas à TC, e como áreas de hipossinal 
em T1 e hipersinal em T2 na RM, podendo também ser encontrados produtos de degradação da 
hemoglobina. 
 
As alterações volumétricas caracterizam basicamente pelo alargamento ventricular e aumento 
dos sulcos. 
 
O pneumocéfalo é facilmente caracterizado na TC, e na RM onde aparece como área de 
ausência de sinal. 
 
As fístulas liquóricas podem ser diagnosticadas através de cisternografia por TC ou pela 
cintilografia (medicina nuclear). A TC coronal com cortes finos demonstra melhores resultados, 
pois além de caracterizar o extravasamento do líquor também pode demonstrar o local preciso 
da fratura e do defeito dural (Figura 9). É indispensável, no entanto, tomar o cuidado de realizar 
RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO 
 
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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA 
o exame no momento em que o paciente se queixa de extravasamento liquórico, visto que o 
mesmo é geralmente intermitente. 
• O método de imagem de escolha nos casos de TCE que necessitem de avaliação de imagem é 
a tomografia computadorizada (TC). 
 
• A ressonância magnética (RM) pode fornecer informações superiores às da TC em relação ao 
parênquima e a coleções extra-axiais, principalmente hemorragia subaracnóide (HSA), mas 
trata-se de um exame que nem sempre está disponível em serviços de emergência, além disso 
é mais oneroso,demorado, e na avaliação do trauma o tempo é crucial, e o paciente que não 
pode cooperar também não pode ser sedado. 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TCE EPIDURAL 
 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TCE SUBDURAL 
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