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RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA RESUMO DE FISIOTERAPIA 2 DE DEZEMBRO DE 2021 @FISIOPRALMA Laura Nunes Faustino RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 1 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA SUMARIO: ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO (AVC OU AVE) ..............2 TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFALICO (TCE)............................12 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 2 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA ACIDENTE VASCULAR ENCEFACILO (AVE OU AVC) O acidente vascular encefálico ou cerebral acontece com rompimento ou entupimento dos vasos que levam o sangue para o cérebro provocando paralisia cerebral que ficou sem circulação adequada. TIPOS DE AVC: ISQUEMICO: Entupimento dos vasos que levam sangue para o cérebro. HEMORRAGICO: Rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro . RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 3 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA SINTOMAS: Dor de cabeça intensa que surge de repente; Falta de força num lado do corpo, que é visível no braço ou na perna; Rosto assimétrico, com boca torta e sobrancelha caída; Fala embolada, lenta ou com um tom de voz muito baixo e muitas vezes imperceptível; Perda da sensibilidade de uma parte do corpo, não identificando o frio ou calor, por exemplo; Dificuldade em permanecer de pé ou ficar sentado, pois o corpo cai para um dos lados, não conseguindo andar ou ficar arrastando uma das pernas; Alterações da visão, como perda parcial da visão ou visão embaçada; Dificuldade para levantar o braço ou segurar objetos, pois o braço fica caído; Movimentos incomuns e descontrolados, como tremores; Sonolência ou mesmo perda de consciência; Perda de memória e confusão mental, não sendo capaz de realizar ordens simples, como abrir os olhos e, podendo ficar agressivo e não saber referir a data ou o seu nome, por exemplo; Náuseas e vômitos. METODO DE IMAGEM; TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DISPONIBILIDADE E RAPIDEZ RELATIVAMENTE SENSÍVEL A EVENTO AGUDO RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 4 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZDA Exame inicial SEM CONTRASTE CASO SEJA HEMORRAGICO – O extravasamento de contraste fica mais fácil de localiza o sinal da artéria cerebral media densa. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Os sinais do AVE Isquêmico se baseiam em; Visualização direta do trombo / embolo Efeitos das isquemias nos tecidos RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 5 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA LOBOS CEREBRAIS RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 6 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA VASCULARIZACAO CEREBRAL RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 7 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA NUCLEOS DA BASE Os principais gânglios de bases são ; Corpo estriado ( putame e núcleo caudado) Globo pálido Núcleo subtalamico Substancia negra RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 8 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA ANATOMIA RADIOLOGICA DO CEREBRO RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 9 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 10 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE AVE ISQUEMICO SINAIS DE UM AVC ISQUEMICO EM UMA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA É impossível diferenciar a substância branca e a cinzenta nas regiões mais acometidas; Não conseguimos definir os sulcos corticais como é possível no hemisfério esquerdo – ou seja, os sulcos estão “apagados”; Na figura A, conseguimos ver bem a ínsula esquerda, mas não conseguimos definir a ínsula direita, que também está “apagada”; Por fim, a densidade do parênquima cerebral é menor à direita do que à esquerda = hipodensidade focal. SINAIS DE UM AVC HEMORRAGICO EM UMA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 11 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA O AVC hemorrágico ocorre quando existe ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, causando uma hemorragia no local que leva ao acúmulo de sangue e, consequentemente, ao aumento da pressão na região, impedindo que o sangue consiga circular para essa parte do cérebro. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE UM AVC HEMORRAGICO TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFALICO (TCE) RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 12 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA O Trauma cranioencefálico, famoso TCE, é o tipo mais comum de trauma e, na grande maioria dos casos, o paciente acaba morrendo antes mesmo de chegar ao hospital – aliás, cerca de 90% das mortes em ambiente pré-hospitalar se devem a lesões cerebrais. Por outro lado, entre aqueles pacientes que sobrevivem, uma alta taxa acaba ficando com sequelas, que afetam suas atividades sociais e profissionais. Juntando tudo isso, então, o TCE acaba tendo um grande impacto sobre a saúde pública e é justamente por isso que precisamos compreendê-lo. Ainda relacionado a sua fisiopatologia, é importante saber que os traumatismos cranioencefálicos podem ser provocados por diversos mecanismos, se destacando os acidentes de variados tipos: de trânsito, de trabalho, desportivos, domésticos, entre outros. consiste em lesão física ao tecido cerebral que, temporária ou permanentemente, incapacita a função cerebral. O diagnóstico é suspeitado clinicamente e confirmado por imagens (primariamente TC). Inicialmente, o tratamento consiste em suportes respiratório e manutenção adequada de ventilação, oxigenação e pressão arterial (PA). Com frequência, a cirurgia é necessária em pacientes com lesões mais graves para a colocação de monitores a fim de medir a elevação da pressão intracraniana, descomprimir o cérebro se a pressão intracraniana estiver aumentada ou remover hematomas intracranianos. Nos primeiros dias após a lesão, é importante manter a perfusão e oxigenação cerebral adequadas e prevenir complicações de alteração do sensório. Subsequentemente, muitos pacientes requerem reabilitação. As lesões abertas da cabeça envolvem penetração do couro cabeludo e crânio (e, normalmente, de meninges e tecido cerebral subjacente). Elas normalmente são causadas por balas ou objetos pontudos, porém a fratura craniana com laceração no revestimento devido à força direta também é considerada lesão aberta. As lesões cranianas fechadas normalmente ocorrem quando a cabeça é golpeada, batida contra um objeto ou sacudida violentamente, causando aceleração e desaceleração cerebrais rápidas. Aceleração ou desaceleração pode lesar o tecido no ponto de impacto (golpe), no polo oposto (contragolpe) ou difusamente; os lóbulos frontal e temporal são especialmente vulneráveis a esse tipo de lesão. Axônios, vasos sanguíneos ou ambos podem ser cortados ou rompidos, resultando em lesão axonal disfusa. Os vasos sanguíneos rompidos causam contusões, hemorragias intracerebrais ou subaracnoides e hematomas epidural ou subdural. Lesões traumáticas primárias: • Fratura óssea, laceração de partes moles e hematoma subgaleal; • Hemorragia extra-axial: - hematoma epidural - hematoma subdural - hemorragia subaracnóide; RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 13 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA• Lesões intra-axiais: - lesão axonal difusa - contusão cortical - lesão na substância cinzenta profunda - lesão no tronco cerebral - hemorragia intraventricular/plexo coróide; Lesões traumáticas secundárias: • herniações cerebrais; • isquemia traumática (infartos); • edema cerebral difuso; • injúria hipóxica. Fratura Óssea, laceração de partes moles e Hematoma Subgaleal As lesões das partes moles superficiais geralmente indicam o local do impacto, porém isoladamente não têm importância clínica, exceto se houver trauma penetrante ou envolvimento de ramos das artérias temporal superficial ou occipital, que podem causar fístulas arterio- venosas ou pseudoaneurismas. As fraturas do crânio podem ser lineares, acompanhadas de afundamento ou diastáticas. As fraturas lineares são mais comumente acompanhadas de hematomas epi ou subdurais, enquanto as fraturas com afundamento tipicamente se associam a lesões parenquimatosas, durais ou HSA . A radiografia simples do crânio é o melhor método de imagem para a demonstração das fraturas da calota, com resultados mais fidedignos que a TC. Contudo, como isoladamente essas fraturas não têm significado, o método mais usado na avaliação crânio-encefálica é a TC, pois demonstra as fraturas que têm importância clínica e suas repercussões sobre o parênquima encefálico ou a coexistência de coleções extra-axiais. Hemorragia Extra-Axial Hematoma subdural Hemorragia subaracnóide RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 14 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA Encontrado em 01 a 04% dos exames realizados por TCE, os hematomas epidurais ou extra- durais (HED), são causados, mais freqüentemente por laceração da artéria meníngea média ou de seios venosos em 85 a 95% dos casos. Os HED estão localizados entre a dura e a calota óssea, e têm tipicamente a forma de uma lente biconvexa. Eles podem atravessar inserções da dura-máter, mas não ultrapassam as suturas. Em 95% dos casos o HED é unilateral e ocorre acima do tentório, sendo que o local mais comum é a região temporo-parietal, devido à localização da artéria meníngea média. Em 05% dos casos o HED é bilateral e a sua ocorrência no compartimento abaixo do tentório é felizmente bastante incomum, pois apresentam maiores taxas de mortalidade e morbidade que os hematomas supra- tentoriais, por tratar-se de um compartimento menor o que conseqüentemente proporciona maior compressão sobre segmentos vitais do tronco encefálico. A TC é o método de escolha para o diagnóstico correto de HED e mostra uma lesão extra-axial biconvexa que desloca o parênquima. Em cerca de 2/3 dos casos o HED é uniformemente hiperatenuante, entretanto nos demais casos podem existir áreas hipoatenuantes de permeio, que indicam sangramento ativo. As herniações secundárias do parênquima são comuns. Apesar da RM demonstrar com muita facilidade os HED agudos, este método não é usado para esta finalidade visto que o diagnóstico e a intervenção cirúrgica para drenagem tem que ser urgentes. Hematoma subdural A localização dos HSD é entre a dura-máter e a aracnóide. Apresentam morfologia tipicamente "em crescente", e são geralmente maiores que o HED em extensão. Podem atravessar suturas, mas não as inserções da dura-máter. É unilateral em 85% dos casos, sendo os locais mais freqüentes a convexidade fronto-parietal e a fossa média. Os HSD inter-hemisféricos isolados e parafalcinos podem ocorrer, mesmo em casos de traumas leves. Enquanto no idoso pode não haver história evidente de trauma, quando isso ocorre em crianças deve ser sempre levantada a possibilidade de maus tratos. Os HSD são causados por estiramento com lesão das veias corticais que percorrem o espaço subdural. Estas lesões ocorrem por mudanças súbitas na velocidade da cabeça (mecanismo de desaceleração) e podem estar associadas à ruptura da membrana aracnóide, produzindo uma mistura de sangue e líquor no espaço subdural. Em 10 a 30% dos casos pode haver re-sangramento de HSD crônico com heterogeneidade da atenuação do mesmo nos estudos tomográficos. Nos idosos e nas crianças que sofreram maus tratos os HSD são freqüentemente bilaterais. Os aspectos de imagem variam conforme a localização e o tempo de evolução do coágulo. RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 15 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA Hematoma subdural agudo: O hematoma subdural (HSD) agudo traumático está entre a lesões mais letais causadas pelo TCE e ocorre em 10 a 20% dos traumas graves. O aspecto clássico do HSD agudo é de uma coleção extra-axial com morfologia em crescente, homogeneamente hiperatenuante, que se localiza na convexidade do hemisfério afetado Quando os HSD agudos são heterogêneos, podem conter sangue não coagulado, líquor (se houve laceração da aracnóide), ou líquido seroso que é eliminado da retração do coágulo. Nos estudos de TC, podem ser isodensos em estados anêmicos (Hb menor que 10g/dl) ou quando misturados ao líquor. Na RM observa-se isossinal em T1 e hipossinal em T2 (deoxihemoglobina). Hematoma subdural subagudo: Tempo de evolução de 01 a 03 semanas. Morfologia em crescente, isoatenuante na TC; nesta fase a injeção de contraste pode ajudar a delimitar melhor o hematoma. Na RM a hemoglobina vai se degradando e a meta-hemoglobina intracelular (hipersinal em T1 e T2) vai se formando da periferia para o centro. Hematoma subdural crônico: Tempo de evolução de várias semanas a alguns meses. Na TC caracteriza-se uma coleção hipoatenuante, encapsulada, com septações internas, e morfologia lentiforme ou em crescente (Figura 4). Se houver re-sangramento (05% dos casos), a atenuação fica heterogênea e na TC pós-contraste pode haver realce da membrana e das septações. Pode ocorrer calcificação das membranas em uma fase de risco. Na RM em geral se apresenta com iso/hipossinal em T1 e hipersinal em T2, mas quando ocorre re-sangramento, o sinal é heterogêneo, e pode formar níveis líquidos. A membrana habitualmente apresenta impregnação pelo gadolínio. Hemorragia subaracnóide A HSA ocorre na maioria dos TCE moderados ou graves e a TC é o método habitualmente usado para a sua avaliação, pois demonstra o aspecto típico de hiperatenuação entre os sulcos corticais, preenchidos por sangue (Figura 5). Apesar da RM apresentar melhor sensibilidade que a TC na detecção de HSA, nos casos de trauma, usualmente esse não é o principal objetivo diagnóstico e a TC cumpre de maneira satisfatória o seu papel nesse contexto. Lesões Intra-Axiais As lesões axonais difusas (LAD) e as contusões corticais representam as causas mais comuns de morbidade nos TCE. RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 16 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA As LAD representam cerca de metade das lesões intra-axiais primárias, geralmente são bilaterais e difusas, e ocorrem tipicamente em 03 locais: transição cortico-subcortical dos hemisférios cerebrais, corpo caloso (freqüentemente no esplênio e porção posterior do tronco) e região dorso-lateral do mesencéfalo. Nas fases iniciais somente 20 a 50% das LAD serão diagnosticadas pela TC, como focos de hemorragias petequiais nos locais acima referidos. A RM tem maior sensibilidade para esse diagnóstico, e as lesões podem apresentar sinal variado nas diversas ponderações, de acordo com a degradação da hemoglobina. Para essa finalidade as seqüências gradiente-eco são mais sensíveis aos produtos de degradação da hemoglobina, e se as LAD forem hemorrágicas serão mais bem caracterizadas nessa seqüência de pulso As contusões corticais constituem a segunda causa mais comum de lesão intra-axial primária e representam cerca de 45% dos casos. Ocorrem na superfície cortical devido ao choque destas com as saliências ósseas adjacentes, usualmentenos pólos e superfície inferior dos lobos temporais e ao redor da fissura sylviana; um terço ocorre nos lobos frontais, em geral também nos pólos e superfície inferior, e menos freqüentemente essas lesões ocorrem nas pregas durais das regiões para-sagitais As contusões focais também podem estar associadas a fraturas com afundamento. Novamente a TC poderá ser normal nas fases iniciais, e após 24 a 48 horas mostrará lesões hipoatenuantes (edema), com áreas hiperatenuantes focais, se houver hemorragia. Nos primeiros dias pode ser encontrado edema parenquimatoso, com efeito expansivo progressivo nos primeiros dias e que gradualmente diminui nos dias seguintes. As contusões corticais podem realçar após o uso do contraste, principalmente nas fases subagudas. A RM é muito mais sensível na detecção destas contusões, principalmente nas fases subagudas, e em geral haverá sinal heterogêneo em T1 e T2 nas diversas seqüências de pulso, por causa dos focos hemorrágicos e do edema peri-lesional. As lesões da substância cinzenta profunda e do tronco são menos comuns que as anteriormente citadas, mas geralmente são clinicamente mais graves. A TC tem baixa sensibilidade para a análise dessas regiões e a RM oferece melhores resultados diagnósticos. Hemorragias intraventriculares e do plexo coróide As hemorragias intraventriculares (HIV) e do plexo coróide (HPC) são mais raras, e em geral refletem traumas severos com lesões encefálicas muito graves. A maior parte dos casos se associa a outras lesões primárias do SNC. RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 17 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA São facilmente caracterizadas pela TC e RM, sendo que na TC observa-se material hiperatenuante (sangue) e na RM material com sinal variável (dependendo do tempo de evolução do hematoma) no interior dos ventrículos, que pode formar níveis líquidos. Ocasionalmente, pode haver hematomas focais no plexo coróide. Lesões Secundárias Isquemia traumática, por alterações do fluxo sanguíneo cerebral Edema cerebral difuso Lesão hipóxica Lesões vasculares secundárias ao trauma incluem As lesões secundárias muitas vezes têm repercussão clínica maior que a das lesões primárias. Com o aumento da pressão intracraniana ocorre compressão do parênquima, dos nervos cranianos e dos vasos contra uma superfície rígida, que pode ser óssea ou de pregas durais. As lesões secundárias mais importantes são: Herniações cerebrais: transtentorial descendente, ascendente, subfalcina, tonsilar e transalar Isquemia traumática, por alterações do fluxo sanguíneo cerebral Os infartos isquêmicos podem decorrer de compressões arteriais, muitas vezes secundárias a herniações cerebrais. Também podem ocorrer hemorragias secundárias, como a hemorragia de Duret, na porção central do tegmento, e a chamada incisura de Kernohan, que representa uma lesão em fenda, muitas vezes hemorrágica, na face lateral do mesencéfalo, contralateral à herniação transtentorial. Edema cerebral difuso Esse edema é caracterizado pelo apagamento difuso dos sulcos corticais e de cisternas, particularmente as cisternas supra-selar e peri-mesencefálica; os ventrículos podem estar pequenos e comprimidos e se observa alguma hipoatenuação difusa do parênquima cerebral, com prejuízo, em graus variáveis da diferenciação da substância branca e cinzenta; o cerebelo, tálamo e tronco cerebral podem estar relativamente poupados, por serem irrigados pela circulação posterior Lesão hipóxica RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 18 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA Caracteriza-se por sofrimento tecidual determinado pelo baixo fluxo global, mais evidente em alguns locais de maior atividade metabólica como: córtex cerebral, núcleos da base, hipocampos, entre outros. Lesões vasculares secundárias ao trauma incluem: • Arterial: transecção, laceração, lesão subintimal, dissecção, pseudoaneurisma, trombose e fístula artério-venosa. • Venosa: ruptura e trombose de veias corticais, laceração e trombose de seios venosos. A angiografia digital ainda é considerada padrão-ouro para a análise vascular, mas progressivamente os métodos de angio-ressonância, e a angio-tomografia vêm aumentando sua aplicabilidade em estudos de artérias cervicais e intracranianas, bem como para estudo da circulação venosa. As sequelas de um TCE podem incluir atrofia, áreas de encefalomalácia, pneumocéfalo, fístulas liquóricas, cefaloceles adquiridas e cistos leptomeníngeos. Todos são bem demonstrados através dos métodos de imagem. Aqui a RM deverá ser escolhida, visto que a resolução anatômica e a sua conspicuidade são maiores, e também porque o exame agora é feito de maneira eletiva, com o paciente sob menor risco e sem a necessidade de um tratamento emergencial. As áreas de encefalomalácia aparecem como áreas hipodensas à TC, e como áreas de hipossinal em T1 e hipersinal em T2 na RM, podendo também ser encontrados produtos de degradação da hemoglobina. As alterações volumétricas caracterizam basicamente pelo alargamento ventricular e aumento dos sulcos. O pneumocéfalo é facilmente caracterizado na TC, e na RM onde aparece como área de ausência de sinal. As fístulas liquóricas podem ser diagnosticadas através de cisternografia por TC ou pela cintilografia (medicina nuclear). A TC coronal com cortes finos demonstra melhores resultados, pois além de caracterizar o extravasamento do líquor também pode demonstrar o local preciso da fratura e do defeito dural (Figura 9). É indispensável, no entanto, tomar o cuidado de realizar RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 19 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA o exame no momento em que o paciente se queixa de extravasamento liquórico, visto que o mesmo é geralmente intermitente. • O método de imagem de escolha nos casos de TCE que necessitem de avaliação de imagem é a tomografia computadorizada (TC). • A ressonância magnética (RM) pode fornecer informações superiores às da TC em relação ao parênquima e a coleções extra-axiais, principalmente hemorragia subaracnóide (HSA), mas trata-se de um exame que nem sempre está disponível em serviços de emergência, além disso é mais oneroso,demorado, e na avaliação do trauma o tempo é crucial, e o paciente que não pode cooperar também não pode ser sedado. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TCE EPIDURAL TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TCE SUBDURAL RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | LAURA NUNES FAUSTINO Página 20 de 20 RESUMO DE NEURORRADIOLOGIA | RESUMO DE FISIOTERAPIA
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