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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE 
VACINAÇÃO NA FARMÁCIA
da estrutura ao primeiro paciente
CASSYANO CORRER
2019
3
Olá, 
tudo bem?
Prof. Cassyano Correr- Farmacêutico
4
Bem-vindo(a) ao nosso eBook sobre como montar um serviço de vacinação em 
Farmácias. Eu sou Cassyano Correr, autor deste livro e vou conduzir você por esse 
conteúdo.
Eu sou farmacêutico, mestre em ciências farmacêuticas, doutor em medicina 
interna e professor. Trabalho na área de farmácia clínica e serviços farmacêuticos, em 
serviço, ensino, pesquisa e empreendedorismo, há 20 anos. Nesses anos, publicamos 
mais de 100 artigos, manuais e livros nessa área, tendo trabalhado diretamente com 
milhares de estudantes, profissionais e empresários. Em 2013, participei ativamente do 
grupo que escreveu as Resoluções 585 e 586 do Conselho Federal de Farmácia, sobre 
as atribuições clínicas do farmacêutico e a prescrição farmacêutica. 
Desde 2015, tenho me dedicado à implantação de serviços farmacêuticos 
avançados em farmácias e drogarias, sendo consultor das maiores redes de farmácias do 
país. Já contribui diretamente para abertura de mais de 1.500 consultórios farmacêuticos, 
em todas as regiões, que já realizaram mais de 5 milhões de atendimentos. 
Em nossa visão, a farmácia tem um papel relevante a cumprir na sociedade, 
ofertando diversos serviços de assistência farmacêutica e assistência à saúde. Lutamos 
pela liberação de serviços como vacinação e testes laboratoriais remotos nas farmácias. 
E já obtivemos muitas conquistas, entre elas a publicação da RDC no. 197/2017, que 
autoriza as farmácias a terem serviços de vacinação.
Temos trabalhado para consumar a transformação da farmácia em um 
estabelecimento de saúde. Atendendo a este propósito, em 2017 lançamos o Clinicarx, 
uma plataforma online que leva serviços de saúde à população através das farmácias. 
Nós organizamos tudo para que farmácias ofereçam serviços de saúde a seus clientes 
e assim se tornem mais competitivas e rentáveis. Desde então, já são mais de 5.000 
farmacêuticos integrados à plataforma, com mais de 1 milhão de atendimentos 
realizados.
Ajudamos e aprendemos com nossos clientes e colegas todos os dias. E 
percebemos que uma das grandes dificuldades é o início: implantar novos serviços, 
seguindo toda legislação, preparação dos processos e pessoas. Para ajudar a superar 
essas dificuldades, produzimos uma série de recursos educacionais que ajudam a 
ganhar tempo, errar menos e obter mais sucesso nesses projetos. 
Este eBook é um desses recursos, produzido a partir de muito estudo, leitura 
e experiência aplicados. Junto com ele, criamos um curso online, que detalha mais o 
conteúdo, e a própria Plataforma do Clinicarx, que permite implementar o serviço na 
prática.
Espero que este livro possa te ajudar a alavancar esta nova fase da sua farmácia, 
para que ela se torne única e próspera junto a sua comunidade. 
Forte abraço. 
Boa leitura!
5
Gostaria de acessar mais 
conteúdos como esse? 
www.clinicarx.com.br
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
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SUMÁRIO
CHECKLIST DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO .................................7
VACINAÇÃO NO BRASIL - FATOS E NÚMEROS ...................................................... 12
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES - CONQUISTAS E DESAFIOS ............ 14
LEGISLAÇÃO APLICADA À VACINAÇÃO EM FARMÁCIAS ....................................... 17
CALENDÁRIOS E MANUAIS ...................................................................................... 19
A SALA DE VACINAÇÃO PERFEITA ........................................................................... 21
VACINAS E FORNECEDORES .................................................................................... 25
ATENDIMENTO AO PACIENTE ................................................................................. 28
PROMOÇÃO E MARKETING ..................................................................................... 32
FONTES CONSULTADAS ........................................................................................... 39
GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
7
CHECKLIST DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO
Quando organizei este livro, busquei organizar um conteúdo bem prático, focado na im-
plantação do serviço. Meu objetivo é muito claro: que, ao final, você tenha as informações mais 
importantes para que o seu serviço de vacinação possa sair do papel e se tornar realidade. 
Mas como fazer isso? 
O primeiro passo é ter um ckecklist organizado do que fazer.
Então, eu vou repassar com você agora quais são os itens desse checklist para você 
poder ter uma visão global do que precisa ser feito. Confira abaixo nosso checklist de implan-
tação do serviço de vacinação na farmácia.
http://bit.ly/Clinicarx
CHECKLIST – IMPLANTAÇÃO DE VACINAÇÃO EM FARMÁCIAS
LEGISLAÇÃO 
INFRAESTRUTURA 
Brasil. Lei 13.021/2014 
Anvisa. RDC nº 197, de 26 de dezembro de 2017 
Anvisa. Nota Técnica GRECS/GGTES 01/2018 
Anvisa. RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 
Anvisa. RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009. A sala pode ser compartilhada com 
outros serviços farmacêuticos, se aprovado pela VISA local
Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 654 de 22 de fevereiro de 2018 
Como usar este Checklist: Analise seu projeto ou o estado atual do seu serviço de vacinação considerando todos os itens deste 
checklist. O objetivo é completar todos eles, obtendo assim um serviço de vacinação completo e de qualidade.
Para mais informações, acesse: clinicarx.com.br
Sala para serviço de vacinação com mínimo de 6m 
Piso e paredes lisos, sem frestas e com superfície lavável 
Portas e janelas pintadas com tinta lavável 
Teto com acabamento resistente à lavagem 
Iluminação (natural e artificial), temperatura, umidade e ventilação adequadas 
Ponto de água fria (para pia de lavagem) 
Acesso à internet 
Área de recepção de clientes (ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais 
de uma das faces, dimensionado conforme a demanda do serviço). 
Sanitário para clientes (o sanitário fica dentro da farmácia, mas há casos, como 
em shoppings e galerias, em que este pode estar fora da farmácia, mas 
acessível) 
MOBILIÁRIO Bancada para o preparo das vacinas 
Pia de lavagem 
Tomada exclusiva para cada equipamento elétrico 
Mesa 
Cadeiras para paciente e acompanhante 
Armário para guardar os materiais relacionados à administração das vacinas 
Maca 
Computador e impressora 
EQUIPAMENTOS 
E INSUMOS 
Equipamento de refrigeração (regularizado na Anvisa), exclusivo para guarda e 
conservação de vacinas, com termômetro de máxima e mínima. 
Caixa térmica de fácil higienização, preferencialmente de material isotérmico do 
tipo poliuretano 
Termômetro de momento, com máxima e mínima, e cabos extensores para as 
caixas térmicas 
Bobinas reutilizáveis (gelo reciclável), que devem ser mantidas congeladas para 
uso na caixa térmica em caso de transferência de vacinas ou vacinação 
extramuros 
Recipientes para descarte de materiais perfurocortantes e de resíduos biológicos
Lixo com tampa e pedal para o lixo comum e infectado 
Dispensadores com sabonete líquido e para papel toalha 
Recipiente com algodão e álcool 70% 
DOCUMENTAÇÃO Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRS)
Contrato com empresa de coleta e descarte de resíduos de saúde
Procedimentos Operacionais Padrão (POP) cobrindo os seguintes tópicos:
 Conservação e armazenamentode vacinas
 Recebimento de vacinas
 Plano de contingência em caso de interrupção da energia elétrica
 Limpeza da sala de vacinas
 Limpeza do refrigerador de vacinas
 Atendimento do paciente e registro de aplicação de vacinas
 Condutas para eventos adversos pós-vacinação
 Transporte de vacinas para aplicação extramuros
 Treinamento e capacitação de farmacêuticos para vacinação 
 
PESSOAS Farmacêutico(s) com Certificado de curso de vacinação concluído, em curso 
reconhecido pelo Conselho Federal de Farmácia, conforme Resolução 654/2018.
Capacitação em vacinação do farmacêutico averbada na carteira profissional pelo 
Conselho Regional de Farmácia (CRF).
Pessoal de limpeza treinado conforme POP específico
Gerente da loja treinado na operação do serviço de vacinação 
Equipe de vendas treinada para oferta e venda do serviço no balcão 
LICENCIAMENTO Inclusão de atividades no CNPJ da empresa: CNAE 8630-5/06. Serviços de 
vacinação e imunização humana e CNAE 8650-0/99 Serviços prestados por 
farmacêuticos clínicos 
Projeto Arquitetônico da sala de vacinação aprovado pela prefeitura e vigilância 
sanitária do município (se farmácia nova, projeto para o estabelecimento todo) 
Alvará de funcionamento emitido pela Prefeitura 
Registro junto ao Conselho Regional de Farmácia com indicação do responsável 
técnico 
AF (Autorização de Funcionamento) da farmácia junto à Anvisa, incluindo Serviços 
Farmacêuticos. 
Licença Sanitária emitida pela Vigilância Sanitária do Município incluindo serviço 
de vacinação 
CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) obtido junto à Secreta-
ria de Saúde do Município
Login de acesso ao SI-PNI WEB fornecido pela VISA local 
EQUIPAMENTOS 
E INSUMOS 
 Segundo a Nota Técnica GRECS/GGTES 01/2018 Anvisa, a sala de vacinação na farmácia não precisa ser de uso exclusivo, podendo ser compartilhada com outros 
serviços farmacêuticos. Para a Anvisa: “no caso específico de farmácias, as atividades de vacinação e de serviços farmacêuticos podem ser realizadas no mesmo 
ambiente desde que observadas cumulativamente as exigências sanitárias para o desenvolvimento seguro de cada atividade, trazidos pela RDC 44/2009, RDC 197/2017 
e RDC 50/2002”. Caso exista no seu Estado ou Município, uma Lei com exigência de sala exclusiva, esta poderá ser considerada superior à regra da Anvisa, podendo ser 
aplicada pela Vigilância Sanitária local.
 A maca é uma exigência da RDC 197/2017 da Anvisa, mas é possível que a Vigilância Sanitária autorize uso de poltrona de aplicaçãode injetáveis em substituição à 
maca. Consultar a VISA local, caso desejado.
 O Ministério da Saúde recomenda usa de refrigeradores de vacinas, em substituição a geladeiras comuns, mas essa não é uma exigência legal. Refrigeradores de 
vacinas possuem a vantagem de melhor isolamento térmico, sistema embutido de controle de temperatura (com registro automático de mínimas e máximas) e elétrica 
de emergência (bateria), que mantém o controle da temperatura por horas (consulte fabricante) em caso de falta de energia.
Não é permitido o uso de refrigerador tipo frigobar para o armazenamento de imunobiológicos
b
c
a
Seringas, agulhas descartáveis e esparadrapo/stoper (conforme vacinas 
disponíveis.
Calendário Nacional de Vacinação do SUS e Calendário da Sociedade Brasileira 
de Imunizações (SBIm) 
Planilha de controle diário de temperatura 
GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
Referências
Abrafarma. Manual 5: imunização. 1. ed. atualizada. Curitiba: Ed. Practice, 2016. 120p. 
https://www.dropbox.com/s/gobl1d7pven57vg/Manual%205%20-%20Imuniza%C3%A7%C3%A3o%20e%20Administra%C3%A7%C3%A3o%20de%20Vacinas.pdf
Anvisa. RDC nº 197, de 26 de dezembro de 2017. Dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana. Publicada no DOU nº 
248, de 28 de dezembro de 2017. http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_197_2015_.pdf/44ed78c4-1293-48f9-89f4-b89ad64cb27f
Anvisa. RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde.[Em revisão pela Anvisa] 
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0050_21_02_2002.pdf/ca7535b3-818b-4e9d-9074-37c830fd9284
Anvisa. Nota Técnica GRECS/GGTES 01/2018. Orientações sobre serviços de vacinação. 
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+GRECS-GGTES+n%C2%BA+01-2018/ee7da1f2-0893-4ed5-9521-ac20f0988a3b
Brasil. Lei 13.021/2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13021.htm
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Rede de Frio do Programa Nacional de Imunizações. 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 136 p. 
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Vacina%C3%A7%C3%A3o/Manual%20de%20Rede%20de%20Frio%20-%202017.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. 3. ed. – Brasília: Ministério 
da Saúde, 2014. https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/10/manual-eventos-adversos-pos-vacina--ao-dez14-web.pdf
Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 654 de 22 de fevereiro de 2018. Dispõe sobre os requisitos necessários à prestação do serviço de vacinação pelo 
farmacêutico e dá outras providências. http://www.lex.com.br/legis_27618773_RESOLUCAO_N_654_DE_22_DE_FEVEREIRO_DE_2018.aspx
Conselho Regional de Farmácia de São Paulo. Fascículo XIII: Cuidado farmacêutico em vacinação. CRF-SP: 2019. 108 p. 
http://www.crfsp.org.br/documentos/materiaistecnicos/Fasciculo_13.pdf
https://saude.es.gov.br/Media/sesa/
Vacina%C3%A7%C3%A3o/Manual%20
de%20Rede%20de%20Frio%20-%2020
17.pdf
SOFTWARE Software para prontuário do paciente e registro
Serviços cadastrados com preços e custos
Perguntas de segurança pré-vacinação padronizadas
Declaração de Serviço Farmacêutico (com logo da empresa)
Carteira de vacinação digital
Painel de indicadores de performance e resultados
Relatório de vacinas aplicadas aprovado VISA
Integração com sistema SI-PNI WEB (Ministério da Saúde)
Segurança de dados, Backup, LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)
Notificação de EAPV no SI-PNI e VIGIMED
OPERAÇÃO Cadastro em distribuidora(s) fornecedor(es) de vacinas
Estoque inicial de vacinas definido e adquirido
Precificação do gesto vacinal e preço das vacinas definido
Comissão por serviço ao farmacêutico definida
Questão contábil, emissão de nota fiscal de serviços no PDV resolvida
Materiais de divulgação/ marketing do serviço de vacinação criados
Cronograma de ações, campanhas e público-alvo do serviço montado
 POPs já elaborados na farmácia podem ser complementados para inclusão das atividades específicas de vacinas. Para tópicos novos, elaborar um POP específico. 
Os POPs exigidos e seu formato podem variar conforme entendimento da VISA local. 
 Orientação sobre registro do CNES: Na versão 4.0.40 do SCNES, informar na aba identificação principal o tipo de estabelecimento = “43 farmácia”, aba caracterização 
= “ambulatorial”, incluir a sala de imunização na aba conjunto, instalações físicas para assistência, tipo de instalação ambulatório. Vide instrução técnica da Secretaria 
Municipal de Saúde de SP:
http://www.crfsp.org.br/images/arquivos/CNES.pdf
 O SI-PNI WEB é o sistema do Ministério da Saúde onde éobrigatório lançamento das vacinas aplicadas a cada mês. Nem todas as VISAS locais fornecem login de 
acesso direto à farmácia, mas quando fornecem, fica a cargo da farmácia fazer esses lançamentos.
Para evitar retrabalho de digitação o Clinicarx conta com integração para exportação direta das dosesaplicadas ao SI-PNI.
 O Software deve possuir prontuário de pacientes, registro dos atendimentos, vacinas recomendadas conforme calendários, vacinas
aplicadas, contraindicações e vacinas não aplicadas, entrega de declaração de serviço farmacêutico, carteira de vacinação, relatórios de doses aplicadas e 
exportação de dados para SI-PNI. Para este fim, conheça o Clinicarx-Plataforma De Serviços Farmacêuticos - ( http://bit.ly/Clinicarx ) 
Sobre o Autor:
Cassyano Correr, MSc, PhD.
Farmacêutico, Professor, Coordenador de Assistência Farmacêutica Avançada da Abrafarma. Fundador do Clinicarx.
d
e
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
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Como você viu, a primeira parte, a legislação. Não tem como escapar. A gente tem que 
olhar a legislação. E as principais que a gente tem para implantação de serviço de vacinação 
são a Lei 13021/2014, que rege as atividades farmacêuticas, a RDC 197/2017 da Anvisa, a nota 
técnica 01/2018 também da Anvisa, RDC 50/2002, a RDC 44/2009 da Anvisa também, e do Con-
selho Federal de Farmácia, a resolução 654 de 2018. 
Do ponto de vista da infraestrutura, o que é o básico, para a gente se preocupar para 
um serviço de vacinação? Primeiro, você tem que dispor de uma sala para o serviço de vacina-
ção, com um mínimo de 6m², conforme a legislação atual. Essa sala pode ser compartilhada 
com outros serviços farmacêuticos se for aprovado pela Anvisa local. Já vamos falar mais sobre 
isso. 
Outro aspecto do checklist imobiliário. Dentro da sala de vacinação, você tem que ter 
bancada para o preparo das vacinas; pia de lavagem; tomada exclusiva para cada equipamen-
to elétrico, entre outras exigências.
E na parte de equipamentos e insumos, o que você precisa? O principal é o equipa-
mento de refrigeração, a geladeira, que não pode ser uma geladeira comum, tem que ser uma 
câmara de refrigeração específica para termolábeis, para medicamentos e vacinas, regulari-
zada na Anvisa, com registro, exclusiva para guarda e conservação de vacinas. Esses e outros 
equipamentos e insumos básicos. 
Na parte de documentação, você vai ter que ter Plano de Gerenciamento de Resíduos 
de Saúde (PGRS) da farmácia; contrato com empresa de coleta e descarte de resíduos de saú-
de; procedimentos operacionais padrão os POPs.
Na parte de pessoas do teu serviço, você vai ter que contar com um farmacêutico cer-
tificado em curso de vacinação, sendo esse curso reconhecido pelo Conselho Federal de Far-
mácia, conforme a Resolução 654/2018. Além disso, é importante pensar no treinamento da 
equipe de loja, especialmente gerentes e atendentes.
Na parte de licenciamento, você precisará incluir atividades no CNPJ da tua empresa. 
Temos dois CNAEs específicos que são recomendáveis. Um deles é de serviço de vacinação e 
imunização humana, e o outro CNAE é o de serviços prestados por farmacêuticos clínicos. Esse 
e outros documentos legais de liberação conforme listados no checklist.
Um software também é fundamental para o teu serviço de vacinação. Você deve ter um 
sistema capaz de abrigar o prontuário do paciente, rastreabilidade e segurança da informa-
ção. Inclusive isso é uma obrigação prevista pela Anvisa. Além disso, um bom sistema ajuda a 
automatizar partes do atendimento e dá muito mais segurança e eficiência para sua equipe.
E, por fim, a parte de operação, já chegando ao final do checklist. Cadastro em distribui-
doras de fornecedores de vacina, estoque inicial de vacinas a adquirir, precificação e divulga-
ção.
Com isso, a gente fecha todo esse checklist. Muitos desses itens iremos aprofundar ao 
longo do livro. Não é um bicho de sete cabeças, mas tem muitos detalhes que a gente tem 
que atentar. Eu aconselho que você imprima esse checklist e comece a trabalhar com ele na 
sua farmácia. Ao final de um determinado período, espero que você tenha todos esses itens 
checados e possa iniciar o seu serviço de vacinação. 
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
Vamos começar pelo básico: o que é uma vacina? 
Por incrível que pareça, muita gente fica confuso e se pergunta: será que vacina é medi-
camento? E a resposta é sim. Então, qual é a definição de vacina? 
Vacina nada mais é do que um 
“medicamento imunobiológico, que contém uma ou mais substâncias an-
tigênicas que, quando inoculadas no ser humano, são capazes de induzir 
imunidade específica ativa, a fim de proteger contra, reduzir a severidade 
ou combater as doenças causadas pelo agente que originou o antígeno”.
Então, aqui temos uma definição técnica do que é vacina. Nada mais é do que um me-
dicamento que contém um antígeno em alguma forma que você aplica ou administra em uma 
pessoa, e essa pessoa vai responder a esses antígenos, produzindo anticorpos. 
Existem dois tipos de imunidade que a gente pode desenvolver no organismo. Uma 
imunidade chamada ativa, na qual você tem o contato do organismo com o antígeno, seja ele 
bacteriano ou viral, e dias ou semanas depois a essa exposição à infecção, você tem a produ-
ção de anticorpos específicos, e você tem a recuperação com a imunidade. Existe um outro 
tipo de imunidade chamada passiva, na qual, ao invés do organismo ter contato com o antí-
geno, tem contato direto com o soro contendo anticorpos que foram produzidos fora do seu 
organismo, e que são específicos contra um determinado patógeno. 
No caso das vacinas, a gente está falando de produzir imunidade ativa. Administramos 
a vacina, induzimos a produção de anticorpos. 
E quais são as vias de administração mais comuns? 
Muita gente acha que é só a via injetável, mas não. Existem vacinas que são adminis-
tradas por via oral, como, por exemplo, a vacina contra a poliomielite na forma oral, e vacina 
contra rotavírus. 
Existem vacinas que são administradas por via intradérmica. Então, uma injeção apli-
cada sob a pele, geralmente aplicada na região do músculo deltoide. A BCG é a vacina clas-
sicamente aplicada por via intradérmica. Os bebês tomam essa vacina nos primeiros dias de 
vida, e temos aquele processo de cicatrização, de inflamação produzida pela aplicação, que é, 
inclusive, um sinal de que está havendo uma boa resposta àquela vacinação. 
Outra via bem comum é a subcutânea. As principais vacinas aplicadas por essa via são 
a febre amarela, varicela, tríplice viral - que é sarampo, caxumba e rubéola - e a tetraviral, que, 
além de sarampo, caxumba e rubéola, inclui também a varicela associada.
E, provavelmente a mais comum de todas, é a via intramuscular. Há uma série de vaci-
nas são aplicadas por essa via. Por exemplo, hepatite B e Haemophilus influenzae do tipo B, a 
vacina contra HPV, vacina da gripe, poliomielite inativada na versão injetável, a tríplice bacte-
VACINAÇÃO NO BRASIL - 
FATOS E NÚMEROS
GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
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riana - contra difteria, tétano e coqueluche -, a dupla do adulto - que é contra difteria e tétano 
-, a pentavalente, a vacina pneumocócica, e também a vacina meningocócica. 
Como é o mercado de vacinação?
Vamos a alguns fatos e números interessantes sobre o mercado de vacinas e sobre a 
vacinação no Brasil. 
Primeiro, devemos saber que não existem muitas vacinas registradas. São em torno de 
50 vacinas disponíveis no mercado brasileiro registradas na Anvisa, com várias apresentações. 
Considerando produtos e apresentações, é um pouco mais do que 100 SKUs. E existem em 
torno de 30 doenças consideradas imunizáveis.
O mercado mundial de vacinas é um mercado grande, estimado em 17 bilhões de dó-
lares ao ano. E, especificamente no Brasil, a estimativa é algo em torno de 5 a 6 bilhões de 
reais por ano nesse mercado, incluindo as vacinas adquiridas pelo governo, que corresponde 
a maior parte do mercado. 
Estima-seque no Brasil sejam aplicadas, por ano, em torno de 400 milhões de doses de 
vacinas. Temos pouco mais de 6 laboratórios privados produtores, e em torno de 7 laborató-
rios públicos, que produzem vacinas para o governo. Nos postos de saúde, são 36 mil salas de 
vacinação públicas. Para clínicas privadas, o número é bem menor, com estimativas em torno 
de 700 clínicas privadas de vacinação, segundo dados IQVIA, em 2017.
No caso das farmácias, você deve saber que as farmácias foram proibidas de vacinar 
em 2001, quando a Funasa e a Anvisa publicaram uma portaria, naquela época, que hoje é 
revogada. As farmácias foram reautorizadas a vacinar em 2017. Em 2019, estimam-se aproxi-
madamente 500 farmácias que já possuem serviço de vacinação regularizado. Entre 2018 
e 2019 foram aplicadas mais de 150 mil doses de vacinas nessas farmácias. 
Então, temos um mercado bastante grande. Do ponto de vista privado, o número de 
clínicas é muito pequeno. Trata-se de uma grande oportunidade de crescimento, de ampliação 
do acesso da população a serviços de vacinação, através das farmácias. Portanto, um mercado 
bem atraente e vale a pena você investir nesse serviço.
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
 
O que é o PNI? 
PNI, o Programa Nacional de Imunizações. É o programa de vacinação gratuita fornecido 
pelo SUS. É um dos programas mais importantes de imunização do mundo. É um motivo de 
orgulho do Brasil, que atualmente conta com orçamento de 4,3 bilhões de reais por ano para 
aquisição de vacinas. 
Uma frase que simboliza bem o que é o PNI é do Médico Jarbas Barbosa, ex-presidente 
da Anvisa. Ele disse: “o PNI é um dos maiores programas de inclusão social do mundo. Uma 
criança da área rural recebe as mesmas vacinas que uma criança da clínica particular”. E é ver-
dade. 
Os números do PNI impressionam. São mais de 36 mil salas de vacinação, 250 mil va-
cinadores, presentes em todos os Estados, Distrito Federal, em 5.500 municípios. Confira na 
imagem abaixo outros números do programa.
Fonte: Como as vacinas mudaram um País, Inferfarma, 2016.
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES- 
CONQUISTAS E DESAFIOS
GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
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Quais são as vacinas que o Programa Nacional de Imunização oferece hoje? 
Na imagem a seguir, você confere a lista de vacinas disponibilizadas pelo SUS a crianças, 
adolescentes, adultos e idosos. Há calendários específicos também para gestantes e popula-
ções indígenas.
Fonte: Como as vacinas mudaram um País, Inferfarma, 2016.
Uma coisa interessante de observar no caso do PNI, e no caso do investimento do gover-
no em vacinas, é o retorno obtido. Segundo dados de pesquisa da Universidade John Hopkins, 
nos Estados Unidos, para cada 1 dólar que você investe em imunização, o país economiza 16 
dólares que seriam gastos no tratamento das doenças que são imunizáveis. Então, é um inves-
timento que se paga muitas vezes. 
Graças ao PNI, a incidência de doenças como coqueluche, alguns tipos de meningite e a 
poliomielite caiu drasticamente nas últimas décadas. É uma vitória da saúde pública.
Mas como está a cobertura vacinal hoje?
Nem tudo são flores. Nos últimos 3 a 4 anos, o Brasil tem assistido a uma queda nas 
coberturas vacinais, por uma série de motivos. Fala-se bastante do movimento antivacina, e 
de como uma série de pessoas tem deixado de acreditar nas vacinas, o que é um absurdo do 
ponto de vista científico. 
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
Mas não é só isso. Também a dificuldade de as vacinas chegarem a toda população, a 
queda na qualidade de alguns serviços, desperdícios de vacinas, e até rupturas na cadeia logís-
tica de distribuição também são causa de queda na cobertura. 
Como exemplo, observe a imagem a seguir. 
Fonte: Como as vacinas mudaram um País, Inferfarma, 2016.
No triênio 2013-2015, menos da metade dos municípios alcançou cobertura adequada 
em 75% ou mais das vacinas do calendário básico de vacinação. Em 2018, apenas a vacina de 
BCG atingiu a meta estabelecida de 95% do público-alvo imunizado. Todas as demais vacinas 
tiveram, em 2018, coberturas abaixo desse percentual. Dados semelhantes são encontrados 
para a vacina do HPV, sarampo, tríplice bacteriana, hepatite B, entre outras. 
Portanto, quais são as conclusões? 
Primeiro, as vacinas são medicamentos de grande valor epidemiológico, social e huma-
no. São medicamentos incríveis que foram capazes de produzir a erradicação de doenças que, 
historicamente, matavam ou causavam dano para muitas pessoas. 
O PNI, Programa Nacional de Imunizações é, sem dúvida, uma conquista da sociedade 
brasileira, que devemos incentivar e manter. Nos últimos anos, porém, observamos uma que-
da da cobertura vacinal.
O mercado privado de vacinas era restrito e agora se abriu. Até 2017, tínhamos de fato 
uma restrição às clínicas de vacinação, que são, na maioria, de propriedade de médicos. Du-
rante mais de 15 anos foram algumas centenas de clínicas que exploraram, digamos assim, o 
mercado privado de vacinas no Brasil. 
Temos, hoje, uma necessidade social de retomar essa cobertura, e isso representa uma 
oportunidade para farmácias e farmacêuticos, autorizados a oferecerem serviços de vacina-
ção. 
Uma oportunidade para você que tem farmácia, para você que é farmacêutico, de im-
plantar esse serviço e colaborar para o aumento da cobertura vacinal dos brasileiros. 
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Que legislações você precisa conhecer e seguir?
Acima de tudo, temos a Lei 13021/2014, que é uma lei federal. 
Ela é muito, muito importante, porque ela mudou o conceito de farmácia no Brasil. Ela 
praticamente transformou a farmácia em um estabelecimento de saúde, definindo farmácia 
como uma unidade de prestação de serviços de assistência farmacêutica e assistência à saúde
E o artigo mais importante que tem a ver com vacinas é o Art. 7º, que diz que: 
“poderão as farmácias de qualquer natureza dispor, para atendimento 
imediato à população, de medicamentos, vacinas e soros que atendam o 
perfil epidemiológico de sua região demográfica”. 
Por consequência dessa leia, temos a RDC 197/2017 da Anvisa.
Ela trata do licenciamento, de estabelecimentos públicos e privados, que oferecem ser-
viços de vacinação. Portanto, a RDC 197 não é só para farmácias, mas trata de qualquer tipo 
de estabelecimento: clínica privada, unidade básica de saúde, etc.
E quais são os pontos fundamentais dessa norma? Ela trata dos recursos humanos, 
do responsável técnico profissional habilitado para aplicar vacina. Trata dos profissionais que 
devem ser capacitados e dos aspectos que devem ser capacitados. Das instalações físicas, 
onde você vai realizar o serviço. Do gerenciamento de tecnologias e processos. Dos registros 
e notificações das vacinações. Da vacinação extramuros. E, ainda, trata da emissão de certifi-
cado internacional de vacinação ou profilaxia. Esta é uma norma importante que precisa ser 
estudada. Por ser uma RDC longa e complexa, tratamos disso em profundidade em um curso 
online sobre implantação do serviço de vacinação. Você pode conferir esse conteúdo por lá de 
uma forma mais didática.
Outra norma é a RDC 50/2002, mas por quê ela se aplica? É uma RDC antiga, que trata 
da estrutura física de estabelecimentos de saúde públicos e privados. Ela se aplica às farmácias 
após a Lei 13.021/2014 porque essa Lei estabeleceu que a farmácia é um estabelecimento de 
saúde. É essa norma que diz que a sala de imunização tem que ter 6m², com ponto de água 
fria. E é essa norma que diz que as unidades de saúde têm que ter uma sala de imunização es-
pecífica. É por conta da RDC 50, quemuitas Vigilâncias Sanitárias exigem que a farmácia tenha 
uma sala exclusiva, e essa é uma grande discussão.
A RDC 44/2009, que todos os farmacêuticos conhecem, trata de boas práticas de farmá-
cia. Ela possui um capítulo específico sobre serviços farmacêuticos. Você precisará observar 
alguns aspectos da RDC 44, principalmente a questão da aplicação de injetáveis, em especial a 
emissão da declaração de serviço farmacêutico. 
E, por fim, o Conselho Federal de Farmácia, alguns meses depois que a Anvisa autorizou 
as farmácias a vacinar, publicou a Resolução CFF 654/2018. Mas o que é essa Resolução? É 
uma Resolução profissional que autoriza o farmacêutico a aplicar vacinas, mas somente se 
LEGISLAÇÃO APLICADA À VACINAÇÃO 
EM FARMÁCIAS
https://clinicarx.eadplataforma.com/curso/como-implantar-o-servico-de-vacinacao-na-farmacia/
https://clinicarx.eadplataforma.com/curso/como-implantar-o-servico-de-vacinacao-na-farmacia/
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
ele possuir uma capacitação, um curso reconhecido. Então, é como se fosse uma habilitação 
específica, apesar da norma não utilizar esse termo. 
O farmacêutico passa a ser obrigado a fazer um curso de capacitação, e averbar esse 
curso no Conselho Regional de Farmácia, em sua carteira profissional. O curso de vacinação 
deve ser presencial, pelo menos a parte prática, e credenciado ao CFF para ser válido, ou ofe-
recido por uma instituição de ensino superior credenciada junto ao MEC, por exemplo, uma 
Universidade. 
Essas são as normas principais, por isso recomendo que você as leia. No curso 
online, desvendamos os detalhes da RDC 197/2017, a mais importante delas, para 
que você não tenha dúvida na implantação do seu serviço. 
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Que calendário de vacinação devo seguir?
 Você deve seguir o calendário do Ministério da Saúde e o nosso calendário exclusivo 
de vacinação 2019/2020. Saiba que existem ainda os calendários da Sociedade Brasileira de 
Pediatria e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, FEBRASGO, 
mas estes não trazem diferenças nos esquemas recomendados. Nosso calendário, além de ser 
mais intuitivo e organizado, é baseado no calendário SBIM, possui uma versão que já informa 
quais vacinas estão disponíveis no SUS. É o melhor calendário a se ter, confira abaixo ou você 
pode acessá-lo gratuitamente clicando aqui.
VACINAS
DO NASCIMENTO AOS 10 ANOS DE IDADE ADOLESCENTE ADULTO IDOSO DISPONIBILIDADE DAS VACINAS
Ao 
nascer
1 
mês
2 
meses
3 
meses
4 
meses
5 
meses
6 
meses
7 
meses
8 
meses
9 
meses
12 
meses
15 
meses
18 
meses
24 
meses
4 
anos
5 
anos
6 
anos
9 
anos
10 
anos 11 a 19 anos 20 a 59 anos A partir de 60 anos
GRATUITAS NA REDE PÚBLICA
CLÍNICAS 
PRIVADAS
NOS CRIEs*
BCG ID 1 Dose Vacinar os não vacinados anteriormente Vacinar pessoas contactantes de hanseníase SIM SIM NÃO
Hepatite B Três ou quatro doses a partir do nascimento Vacinar os não vacinados anteriormente SIM SIM SIM
Rotavírus 
Duas ou três doses dependendo da vacina 
utilizada (VR1 ou VR5). Iniciar vacinação antes
das 15 semanas de vida.
CONTRAINDICADA SIM SIM NÃO
Tríplice bacteriana 
(DTPw, DTPa ou 
dTpa) 
Três doses (DTPa ou DTPw) iniciando aos 2 meses de idade REFORÇO
Reforço com 
DTPa, DTPw 
ou dTpa
Reforço com dTpa a partir dos 9 anos de idade e a cada dez anos
(ou, na impossibilidade de dTpa, fazer dT)
SIM, DTPw e dT
dTpa para 
gestantes
SIM, DTPa e dTpa SIM, DTPa
Haemophilus 
influenzae tipo b Três doses iniciando aos 2 meses de idade REFORÇO
Vacinar os não 
vacinados anteriormente
Vacinar pessoas em situa SIM, três 
primeiras doses
SIM SIM, até 19 anos
Poliomielite (vírus 
inativados)
Três doses iniciando aos 2 meses de idade REFORÇO REFORÇO Vacinar pessoas em situa especiais de risco SIM, três 
primeiras doses
SIM SIM
Pneumocócicas 
conjugadas 
Duas ou três doses dependendo da vacina utilizada 
(VPC10 ou VPC13), iniciando aos 2 meses de idade REFORÇO
VPC10 ou VPC13 - Vacinar os 
não vacinados anteriormente
VPC13: vacinar pessoas em situa VPC13: uma dose SIM, VPC10,
menores de 5 anos
SIM SIM, VPC10
Meningocócicas 
conjugadas Duas doses iniciando aos 3 meses de idade REFORÇO REFORÇO
REFORÇO aos 11 anos. 
Para os não vacinados 
anteriormente: duas doses, 
com intervalo de 5 anos
Vacinar pessoas em situa
especiais de risco
SIM, menC para menores 
de 5 anos e adolescentes 
de 11 a 14 anos
SIM SIM, menC
 Meningocócica B Duas doses iniciando aos 3 meses de idade REFORÇO Para os não vacinados anteriormente – De 12 a 23 meses e 29 dias: três dosesDe 24 meses a 19 anos: duas doses
Vacinar pessoas em situa
especiais de risco NÃO SIM NÃO
Poliomielite oral
(vírus vivos 
atenuados)
CAMPANHAS NACIONAIS 
DE VACINAÇÃO
SIM NÃO NÃO
Influenza (gripe) VACINAÇÃO ANUAL
SIM, menores de 6 anos 
e maiores de 60 anos
SIM SIM
Febre amarela 
EM REGIÕES COM RECOMENDAÇÃO DE VACINAÇÃO – Dose única a partir dos 9 meses de idade. 
A recomendação de uma segunda dose, especialmente para os vacinados antes de 2 anos de idade, não é 
consensual, mas deve ser considerada pela possibilidade de falha vacinal.
SIM SIM NÃO
Tríplice viral
(sarampo,caxumba 
e rubéola)
Duas doses a partir 
dos 12 meses Vacinar os não vacinados anteriormente 
Vacinar pessoas em SIM, 
até 49 anos
SIM NÃO
Varicela (catapora) Duas doses a partir dos 12 meses Vacinar os suscetíveis não vacinados anteriormente SIM SIM SIM
Hepatite A Duas doses a partir dos 12 meses Vacinar os não vacinados anteriormente
Vacinar pessoas em 
situações especiais de risco
situações especiais de risco
SIM, uma dose 
para menores de 5 anos
SIM SIM
HPV 
Duas doses 
para meninas 
e meninos
Vacinar os não vacinados 
anteriormente. 
Para menores de 15 anos: 
duas doses. De 15 anos em 
diante: três doses.
Vacinar os 
não vacinados 
anteriormente, a 
critério médico 
(três doses)
SIM, duas doses. 
Meninas (9 a 14 anos) 
e meninos (11 a 14 anos)
SIM SIM
Pneumocócica 
23 valente Vacinar pessoas em situações especiais de risco
Duas doses com intervalo 
de cinco anos
NÃO SIM SIM
Herpes zóster De 50 a 59 anos: 
a critério médico
Uma dose NÃO SIM NÃO
Dengue CONTRAINDICADA Recomendada para pessoas soropositivas para dengue,
de 9 a 45 anos: três doses: 0 – 6 – 12 meses
CONTRAINDICADA NÃO SIM NÃO
VACINAS
Ao 
nascer
1 
mês
2 
meses
3 
meses
4 
meses
5 
meses
6 
meses
7 
meses
8 
meses
9 
meses
12 
meses
15 
meses
18 
meses
24 
meses
4 
anos
5 
anos
6 
anos
9 
anos
10 
anos 11 a 19 anos 20 a 59 anos A partir de 60 anos
GRATUITAS NA REDE PÚBLICA
CLÍNICAS 
PRIVADAS
NOS CRIEs*
DO NASCIMENTO AOS 10 ANOS DE IDADE ADOLESCENTE ADULTO IDOSO DISPONIBILIDADE DAS VACINAS
 
.
Vacinar 
não vacinados
Vacinar 
não vacinados
Rotina
Situações 
especiais
Contraindicada
ções
ções
ções
 especiais de riscoções
 especiais de riscoções
Calendário originalmente produzido por ISBM • Orientações, esquemas de doses e comentários devem ser consultados nos Calendários de vacinação SBIm 2019/2020 e nos Calendários de 
vacinação SBIm pacientes especiais.
 * Consultar manual do CRIE em www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_procedimentos_2014.pdf
Para pacientes com determinadas doenças crônicas e sob orientação médica, consultar os Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais.
Um oferecimento 
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons 
Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
CALENDÁRIO VACINAL 2019/2020
Do nascimento à terceira idade.
 
 
CALENDÁRIOS E MANUAIS
Calendário originalmente produzido por SIBm • Orientações, esquemas de doses e comentários devem ser consultados nos Calendários de 
vacinação SBIm 2019/2020 e nos Calendários de vacinação SBIm pacientes especiais. Saiba mais: https://sbim.org.br/ 
 * Consultarmanual do CRIE em www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/-01VACINA/manual_procedimentos_2014.pdf
Para pacientes com determinadas doenças crônicas e sob orientação médica, consultar os Calendários de vacinação SBIm pacientes 
especiais.
Um oferecimento
Quer ter a versão com mais qualidade desse calendário para 
colocar na sua sala clínica? Baixe gratuitamente pelo site: 
http://bit.ly/calendarioclinicarx 
http://bit.ly/calendarioclinicarx
http://bit.ly/calendarioclinicarx 
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
Que livros vale a pena imprimir e ter na farmácia?
Eu recomendarei particularmente dois livros gratuitos, publicados pelo Ministério da 
Saúde, pois são referências incontestes.
 O primeiro é o Manual de Normas e Procedimentos Para Vacinação. Este livro traz infor-
mações ricas tanto sobre a rotina do serviço, cadeia de frio, como informações técnicas espe-
cíficas sobre muitas vacinas. É uma fonte de consulta sempre que houver dúvidas.
O segundo é o Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação, onde 
você encontrará recomendações para tratamento de eventos leves, como notificar eventos 
moderados a graves e o que fazer em casos de urgência, como casos raros de alergia grave ou 
anafilaxia pós-vacinação.
GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
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Agora vamos falar sobre o assunto que é o pesadelo de muitos farmacêuticos. A parte 
mais tangível do serviço de vacinação, que é como montar a famosa sala de vacinação. 
Para que para que serve uma sala de vacinação? 
Não é só uma questão de sanitária. A sala de vacinação é o lugar mais importante onde 
o serviço vai acontecer, onde você atende o paciente. É um ambiente privativo, que pode ser 
simples, mas que precisa passar segurança e acolhimento ao paciente.
Exemplo ilustrativo de uma sala de vacinação em farmácia.
A RDC 197/2017 é a norma que definiu os critérios mínimos para infraestrutura e mo-
biliário. O tamanho da sala é determinado na RDC 50/2002 como sendo de 6m2. Fique atento 
pois essa norma pode ser atualizada pela Anvisa a qualquer momento. 
A nota técnica GRECS/GGTES nº 1/2018, também da Anvisa, diz que a sala não preci-
sa ser exclusiva para vacinação no caso de farmácias, por conta do entendimento da RDC 
44/2009 para o ambiente de serviços farmacêuticos, que também poderia receber o serviço 
A SALA DE VACINAÇÃO PERFEITA
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
de vacinação.
Apesar disso, muitas vigilâncias têm feito essa exigência, seja por “teimosia”, ou por 
normas locais existentes no Estado ou Município. Por isso, é importante que você veja na sua 
cidade ou no seu estado se há alguma norma local que se aplique também. 
Quais são os detalhes da infraestrutura?
Primeira coisa, com relação às paredes. Elas precisam ter cor clara, ser impermeáveis, 
de fácil higienização. Então, você vai pintar a parede com um tipo de tinta que aceite água, que 
seja lavável, não porosa, que não absorva. 
É exigido também que você tenha uma pia. Esse ponto de água fria, onde você vai lavar 
as mãos, onde você vai ter uma bancada junto para preparar a vacina, o injetável, é um item 
obrigatório. Caso você não disponha de encanamento, existem modelos de pias com sistema 
de reservatório local de água, que tem sido aceitos pelas vigilâncias sanitárias.
Caso você tenha uma pia, essa pia vai ter armário com porta, onde você vai guardar ma-
teriais. Cuidado, pois a vigilância não vai deixar você guardar materiais sensíveis de aplicação 
de vacinas neste armário sob a pia. 
Você precisará de uma bancada de preparo de medicamentos, suporte para papel toa-
lha, sabonete líquido ou gel bactericida. Álcool a 70%, para assepsia da própria bancada, e 
caixa para coleta de material perfurocortante.
A mesa de atendimento é uma mesa do tipo escrivaninha, com cadeiras para profissio-
nal, paciente e acompanhante. Não precisa ser uma mesa em L, não precisa ser uma mesa 
grande. Pode ser uma mesa pequena com a borda arredondada, ou retangular, ou, até mes-
mo, uma mesa redonda, não faz diferença. 
O importante é que você tenha uma mesa, para atender com conforto o paciente, poder 
apoiar o computador, apoiar a impressora, e, até, apoiar alguns materiais, que você vai usar. 
Se você precisar medir a pressão arterial desse paciente, você tem uma mesa para apoio, esse 
tipo de coisa. Gavetas ou gaveteiro não é um item obrigatório, mas desejável, para guardar de 
documentos e materiais de escritório.
Outro item polêmico é a maca, a mesa de exame clínico. É um item obrigatório da RDC 
197/2017 e ocupa, geralmente, uma área de 1,6m2 da sala. Caso você não queira usar uma 
maca, poderá usar uma poltrona para aplicação de injetáveis, mas confirme antes com a Vigi-
lância Sanitária local, para evitar problemas.
O armário é um item importante e, praticamente, obrigatório, porque você vai ter que 
ter um espaço fechado com porta para guardar materiais. Por exemplo, caixas de seringa, 
caixas de agulhas ou outros equipamentos. Caso seu ambiente seja pequeno, o armário na 
parede pode ser uma boa forma de você economizar espaço. 
As lixeiras são outro item da sala. Você precisará ter pelo menos duas: uma lixeira para 
lixo comum e uma para lixo contaminado. As lixeiras precisam ter pedal e tampa. Perfurocor-
tantes vão em descarte específico, não no lixo. 
Além disso, é desejável que você tenha, dentro da sala, computador e impressora. Hoje 
em dia, não se faz nada sem isso. Ter um computador na sala não representa aumento do ris-
co sanitário, desde que seja mantido limpo. Esse computador deve estar conectado à internet.
GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
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E o refrigerador de vacinas?
Você deve possuir um refrigerador específico para termolábeis, registrado na Anvisa, 
para guarda exclusiva das vacinas do seu serviço. Este item é obrigatório a partir de dezembro 
de 2019. Segundo a RDC 197/2017, ainda que haja ampla discussão sobre isso, está entendido 
que o refrigerador deve ficar dentro da sala. 
São equipamentos com sistema potente de refrigeração e circulação do ar, mantendo a 
temperatura estável dentro dos limites desejados, entre 2o e 8o Celsius. Eles possuem um ter-
mostato eletrônico, um termômetro digital acoplado para monitoramento da temperatura em 
tempo real, permanente, 24 horas por dia, sete dias por semana, com emissão de relatórios. 
Ele faz degelo automático a seco, você não tem que descongelar. Ele tem sistema de alarme 
visual e sonoro, no caso de falta de energia, ou se você esquecer a porta aberta, para evitar 
oscilações de temperatura. 
Ele tem, geralmente, sistema de backup por bateria. Então, se acabar a energia, a parte 
elétrica da geladeira não desliga e, assim, você continua a monitorização da temperatura. Os 
equipamentos costumam ter uma sustentação por 24 a 48 horas da parte eletrônica, mesmo 
na falta de energia elétrica. Se você observar aumento da temperatura nesses casos, terá tem-
po de transferir as vacinas, conforme seu plano de contingência.
Atenção, pois falo aqui não de uma geladeira comum adaptada, mas de 
um refrigerador próprio para medicamentos, registrado na Anvisa. Mas o que esses 
refrigeradores têm de especial? 
24
GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
Esses refrigeradores devem ter uma tomada elétrica exclusiva, devem ficar distantes de 
fontes de calor, afastados da parede a uma distância mínima, geralmente, de 20 cm. Isso para 
que haja espaço de circulação do ar ao redor dela. Ainda que os refrigeradores profissionais 
não tenham tanta necessidade disso, é provável que a Vigilância Sanitária peçaisso a você. 
Você pode consultar as marcas que são registradas na Anvisa, é informação pública. Fiz 
essa consulta e colocamos uma lista completa de fornecedores no curso online. Existe grande 
variação de preço entre os fabricantes. Há refrigeradores de vacina que custam R$ 5 mil, e 
refrigeradores que custam R$ 20 mil. Então, é importante fazer uma pesquisa, e encontrar o 
melhor custo-benefício, antes de fazer o investimento. 
A sala é mais do que apenas legislação.
Importante lembrar que o seu paciente merece um espaço bonito, confortável, privativo 
e seguro. Não é uma questão só de legislação. Se você construir uma sala de vacinação bem-
-feita, bonita, vai agregar mais valor e qualidade ao seu atendimento. E isso impacta a percep-
ção que as pessoas terão do seu serviço. 
Quanto melhor for a imagem que as pessoas tiverem do seu serviço, mais caro você 
poderá cobrar por ele. Essa é a verdade. Então, o preço e o valor que as pessoas atribuem 
também tem a ver com a estrutura física. Construa uma estrutura que combine com a clientela 
que você quer impactar. É certo que uma estrutura decente e planejada irá impactar também 
o seu faturamento. Boa sorte na sua sala de vacinação! 
GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
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Para você ter o seu serviço de vacinação operando, terá que adquirir vacinas e formar 
um estoque inicial. Esse é o momento delicado, de saber quais vacinas adotar no seu portfólio 
inicial, e quais são os fornecedores, como comprar, como funciona esse processo. As distribui-
doras de vacinas não são, na maioria dos casos, as mesmas dos medicamentos “comuns”.
Quem são os fabricantes?
Primeiro passo: conhecer os fabricantes. Os principais laboratórios de vacina no Brasil 
são: Sanofi Pasteur, GSK, MSD, Abbott e Wyeth, responsáveis pela maior parte dos produtos 
que temos no mercado. No curso online, você tem acesso a uma lista detalhada das vacinas 
desses laboratórios e suas diferenças. Recomendo também que você dê uma olhada no site da 
Anvisa, baixe a lista de preços de medicamentos da CMED, e pega ali as vacinas. 
Com quais vacinas começar? 
Nós analisamos no Clinicarx mais de 13 mil doses de vacinas aplicadas no primeiro tri-
mestre de 2019 e mapeamos as vacinas mais aplicadas. São elas:
	Influenza (gripe)
	Meningocócica B
	Pneumocócica
	Meningocócica ACWY
	Hexavalente
	Tríplice viral
	HPV. 
Essas vacinas representaram 90% do total de doses aplicadas nesse período. É a curva A 
de venda de vacinas em volume. Considere, porém, que em 2019 tivemos uma situação atípica 
de procura pela Meningo B, por conta do episódio de falecimento de uma criança, suspeita de 
meningite, que chegou à grande mídia e causou comoção nacional. Isso pode ter influenciado 
a alta procura por essa vacina. 
Muito bem, mas agora vamos olhar um outro foco, vamos olhar faturamento. Quando 
você olha faturamento, e até distribui por faixa etária, você tem uma situação bem diferente.
Os preços das vacinas variam muito. Há vacinas mais baratas, como a influenza, e outras 
com preço bastante elevado, como a Meningite B e a vacina contra Dengue. Além disso, o pre-
ço final pago pelo paciente vai incluir o custo do ”gesto vacinal”, isto é, da prestação de serviço 
VACINAS E FORNECEDORES
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
agregada ao produto. O ticket-médio do gesto vacinal no Brasil, segundo nossa análise, é de 
R$ 32,41, podendo variar de acordo com a vacina.
As vacinas que representam a maior parte do faturamento não necessariamente são 
as mais aplicadas em número de pacientes. Vacinas como Herpes Zoster, Febre Amarela e 
Rotavírus, apesar de menor procura, podem impactar significativamente na receita. No curso 
online, você poderá conferir uma análise mais detalhada sobre as vacinas que mais impactam 
no faturamento, tanto em adultos, como em crianças.
Então, considere isso para o seu portfólio também. Não só ter as vacinas mais comuns, 
como a influenza, mas também algumas vacinas de maior valor agregado. Para casos mais 
específicos, você pode trabalhar até sob encomenda, mas se você conseguir ter isso em um 
pequeno estoque no seu refrigerador de vacinas, vai ser bom para o seu serviço, porque, neste 
caso, aquela mãe, aquela família que procurar, vai encontrar a vacina no seu estabelecimento. 
Quais são as principais distribuidoras? 
Aqui, é importante você saber que não é muito fácil comprar vacina. Porque as farmá-
cias começaram agora a aplicar vacinas e as distribuidoras não estão acostumadas a vender 
para farmácia. Então, você poderá enfrentar uma pequena barreira no início. Principalmente, 
na campanha de gripe, é importante que você encomende essas vacinas com o máximo de an-
tecedência possível, meses de antecedência, porque essas distribuidoras vão ter que planejar 
o seu estoque. Senão, elas vão acabar atendendo as clínicas e os hospitais, e vão deixar você 
de lado. 
Eu fiz um levantamento para você das distribuidoras, telefones e cidades onde elas es-
tão baseadas. A maioria dessas distribuidoras entrega no Brasil todo. Confira abaixo a lista dos 
fornecedores mais conhecidos:
O cadastro na distribuidora vai ser a última coisa que você vai fazer. Porque nenhuma 
distribuidora vai te fornecer vacinas se você não tiver a licença sanitária e não tiver o CNES. 
Para poder ter o CNES, você tem que ter a licença sanitária. Para ter licença sanitária, você tem 
que ter alvará de funcionamento da prefeitura, e o certificado de regularidade do responsável 
técnico. E, para tudo isso, você tem que ter o seu CNPJ com a inclusão das atividades CNAE 
corretas. Portanto, voltamos ao checklist.
GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
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Eu aconselho que antes mesmo de ter a licença, faça contato com alguns distribuidores, 
sinalizando que você vai começar esse serviço. Assim, você estará ciente da documentação 
exata necessária para efetuar seu cadastro junto deles.
Como eu precifico meu serviço de vacinação?
Agora vamos falar de precificação, um ponto muito importante. Vacina é medicamento 
e possui PMC, Preço Máximo Ao Consumidor. Na venda do produto no varejo, a tributação é 
igual a de qualquer medicamento, envolvendo, em geral, ICMS, PIS e COFINS. Seu contador irá 
lhe explicar melhor sobre isso, considerando também o regime de tributação da sua empresa. 
Para exemplificar, vamos ver três exemplos de vacinas, para entendermos o preço da 
tabela, considerando um ICMS de 0%. 
A vacina Vaxigrip, por exemplo, de influenza, tem preço de fábrica de R$39,12, e o preço 
máximo ao consumidor é R$54,08. A Bexsero, Meningocócica B, tem um preço de fábrica de 
R$407 e um preço máximo de R$543. E a Pneumovax 23, que é a pneumocócica 23 valente, 
R$42 de fábrica e R$58,31 o PMC. 
Porém esses são os preços do produto. Observe como o preço final da vacinação para o 
paciente é diferente. Partindo de uma pesquisa não extensiva do mercado, poderemos encon-
trar a vacina da gripe de R$ 70,00 a R$ 170,00. A Bexsero, de R$ 575,00 a R$ 660,00 por dose. 
E a Pneumovax de R$ 90,00 a R$ 195,00 por dose. Esta diferença entre o preço do produto e o 
preço final corresponde ao gesto vacinal, como vimos.
Agora vamos notar que gesto vacinal e produto tem tributações diferentes. O gesto va-
cinal é serviço, portanto poderá incidir imposto sobre serviço, o ISS, que é um imposto munici-
pal. Você deverá observar isso na emissão do cupom fiscal (ou nota fiscal) ao seu cliente, pois 
são itens separados, com tributação separada. 
Uma outra forma de fazer, um modelo alternativo de precificação e tributação, é você 
não vender o produto, mas apenas o serviço. Como isso funciona? Você não vai emitir um 
cupom fiscal para vender a vacina,você vai emitir uma nota fiscal de serviço pelo serviço de 
aplicação da vacina, o serviço de vacinação, constando o valor total cobrado. Isso vai produzir 
menor incidência de imposto porque sobre o valor total que você cobrar, você vai pagar ape-
nas o ISS. Neste caso, o produto vacina será considerado apenas como insumo da prestação 
do serviço de saúde.
Portanto, dois modelos distintos. Um tradicional, em que você separa produto e serviço 
no cupom fiscal. E outro em que você considera tudo como serviço. Novamente, discuta com 
seu contador a melhor forma para sua empresa.
Confira no curso online mais detalhes sobre esses dois modelos e converse com seu 
contador sobre como fazer isso corretamente no seu sistema do PDV.
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
 
Como atender bem o paciente na vacinação?
Chegamos ao atendimento do paciente, a parte mais operacional. Se você que está len-
do é farmacêutico/a, vamos tentar entender como é o passo a passo do seu atendimento. 
Desde o momento em que o paciente chega na farmácia, até o momento em que ele vai em-
bora, com a vacina tomada, e com o retorno agendado, de preferência. Este atendimento não 
é longo, geralmente levando de 15 a 20 minutos.
As primeiras etapas que você deve executar são o que a gente chama de Acolher e Ava-
liar. Imagine que você iniciou o seu serviço de vacinação, e começa a ter pessoas procurando 
por ele, perguntando quais vacinas você tem. Pessoas com diferentes faixas etárias, diferentes 
necessidades. Como saber o que é melhor para cada uma?
O primeiro passo no acolhimento desse seu cliente, desse seu paciente, é entender 
quem é a pessoa. Por exemplo, é uma mulher de 40 anos precisando tomar uma vacina para 
ela contra hepatite B. É um homem, um senhor de 65 anos, procurando a vacina da gripe. É 
uma mãe que levou a filha de 13 anos, perguntando sobre a vacina do HPV. E por aí vai. 
Portanto, o primeiro passo é identificar quem é a pessoa que você está atendendo, por-
que isso determina totalmente o calendário vacinal recomendado. Além disso, verifique condi-
ções especiais. Por exemplo, a paciente é uma gestante? Vamos lembrar que, para gestantes, 
há vacinas específicas. Tem alguma doença especial? Por exemplo, é um diabético, uma pes-
soa com HIV ou uma pessoa com câncer? 
Se você já sabe quem é o seu paciente, você vai avaliar: quais vacinas essa pessoa preci-
sa? Isso significa avaliar o “Estado Vacinal”, a carteira de vacinação, quais as vacinas já tomadas 
e não tomadas. Também se ela traz alguma receita médica de vacina. Pergunte sobre a receita, 
peça para olhar a carteira de vacinação. Isso é fundamental.
E se a pessoa não tem mais a carteira de vacinação? 
Neste caso, pergunte ao paciente quais vacinas ele se lembra de ter tomado, entre aque-
ATENDIMENTO AO PACIENTE
ACOLHER
PERFIL PACIENTE ESTADO VACINAL VACINAS RECOMENDADAS CONTRAINDICAÇÕES
Sexo
Idade
Gestante?
Doenças Especiais?
Carteira de Vacinação
Vacinas não tomadas
Receitas médica
Precisa receita?
O que tem na farmácia?
O que vai aplicar hoje?
Pergunta de segurança 
Algo que impeça a aplicação?
AVALIAR
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las recomendadas para sua idade e sexo. Na dúvida do paciente, considere vacina não toma-
da. Há uma máxima que diz: vacina dada é vacina não perdida. Então, na dúvida, se a pessoa 
não lembra se tomou, é melhor tomar de novo a vacinação. Mesmo que ela já tenha tomado 
uma vacina, receber novamente aquela vacina não é um problema. 
Fazendo isso, você chega às vacinas recomendadas. Esse processo inicial é muito rápi-
do, na verdade, uma questão de minutos. No Clinicarx, nós inclusive já sugerimos automatica-
mente as vacinas recomendadas, de acordo com os calendários da SBIM e PNI, considerando 
as informações do prontuário do paciente.
Conhecendo essa lista de vacinas recomendadas, algumas perguntas surgem:
	Essa vacina precisa de receita médica? 
	Eu tenho essa vacina na minha farmácia para aplicar? 
	E se eu tenho duas ou três vacinas recomendadas para essa pessoa, qual vacina-
ção ela vai fazer hoje? 
	Eu posso aplicar todas essas vacinas juntas? Ou devo aplicar apenas uma delas e 
agendar a próxima para daqui a 30 dias? 
	Essa pessoa possui alguma contraindicação para essa vacina que queremos apli-
car?
Fique atento/a, mesmo que o paciente possua uma receita médica ou tenha indicação 
para uma certa vacina, sobre eventuais contraindicações. Antes de aplicar, faça algumas per-
guntas de segurança, uma pequena anamnese, para ver se existe algo que impede a aplicação 
de uma determinada vacina nessa paciente. Nesse ponto, o software também irá te ajudar, já 
propondo perguntas de segurança específicas para cada vacina.
Se você decidiu quais vacinas vai aplicar naquele momento, com segurança, você se 
encaminha para a etapa final, preparar e aplicar a vacina e aconselhar a pessoa sobre a pós-
vacinação. 
A aplicação envolve o preparo prévio da dose, obviamente. Há vacinas que já vem em 
seringa preenchida, por exemplo, vacinas da gripe. Há vacinas que vem frasco, outras em am-
pola. O preparo exige técnica e paramentação, para evitar contaminações (sua e do produto). É 
algo que você deverá aprender ou revisar em um curso presencial sobre aplicação de vacinas.
Vacina preparada. Hora de aplicar?
Sim. Hora de administrar a vacina pela via correta e no local correto de aplicação. Aten-
ção nesse momento, pois nem toda vacina instramuscular, por exemplo, pode ser aplicada na 
nádega. Cada vacina pode ter sua especificidade em relação a via e local. Felizmente, coloca-
mos isso também no Clinicarx parta você não errar. ;)
APLICAR
PREPARO ESTADO VACINAL VACINAS RECOMENDADAS CONTRAINDICAÇÕES
Paramentação
Higiene das mãos
Preparo da dose
Aplicação na via
Descarte resíduos 
Possíveis reações 
O que fazer
Próxima dose
Agendamento
Atendimento a intercorrências
Nos dias após aplicação 
Lembrete da nova dose
Atendimento retorno
(reinicia o processo)
ACONSELHAR
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Vacina aplicada. Hora de orientar?
Sim. Não se esqueça de orientar o paciente sobre o que fazer em seguida. Efeitos ad-
versos pós-vacinais, de baixa gravidade, são comuns. Por exemplo, dor local, mal-estar ou 
febre baixa. Você deve estar preparado para recomendar o que fazer nesses casos. Você pode 
até recomendar/prescrever algum produto específico, como antitérmicio ou analgésico, caso 
esses sintomas ocorram. O importante é que o paciente saia da sua farmácia sabendo o que 
fazer, caso os sintomas surjam.
Essa educação em saúde é muito importante para a qualidade do seu serviço e a segu-
rança do paciente. E uma parte fundamental dessa orientação é agendar a próxima dose, caso 
o esquema vacinal exija.
Nunca se esqueça de agendar a próxima dose. No software, você já faz o agendamento, 
e o sistema vai lembrar o paciente de voltar para a sua farmácia. Porque não adianta nada 
você aplicar, por exemplo, uma única dose de vacina da Hepatite B, em que são 3 doses a se-
rem aplicadas, e a pessoa esquecer de voltar para a segunda ou terceira dose. Isso significará 
uma imunização incompleta.
Preciso acompanhar o paciente depois disso?
Podemos dizer que garantir o retorno para completar as doses já é uma forma de acom-
panhamento. Mas, eventualmente, caso você precise tratar alguma intercorrência pós-vacinal, 
é importante também acompanhar o desfecho. Esse é o processo básico do atendimento de 
vacinação. 
O que o software faz por você? 
Resumindo, no Clinicarx você encontra um módulo completo de vacinação com as se-
guintes funções para um melhor atendimento:
	Treinamento sobre implantação do serviço de vacinação, embarcado na plataforma.
	Prontuário eletrônico do paciente
	Vacinas recomendadas automaticamente,segundo calendário
	Perguntas de segurança, anamnese antes da aplicação
	Todas as vacinas já cadastradas, e informações técnicas sobre cada uma.
	Dose, via e local de aplicação recomendados.
	Instruções sobre calendários vacinais do PNI e SBIM.
	Relatório automático de vacinas recomendadas para entregar ao paciente.
	Declaração de serviço farmacêutico da dose aplicada.
	Agendamento de retorno, com lembrete automático ao paciente.
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	Relatório de vacinas aplicadas, análise de curva ABC.
	Integração com SI-PNI, para envio de informações à Vigilância do Município.
	Cadastramento do serviço de vacinação, com preço, custo, metas de atendimento, e 
relatórios de gestão relacionados.
	Cumprimento das normas da Anvisa e LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
	Aplicativo para o paciente, com seus dados de saúde e notificações automáticas para 
retorno.
	Todos os demais serviços farmacêuticos da farmácia integrados ao serviço de vaci-
nação.
Para mais informações, confira no site http://clinicarx.com.br.
http://clinicarx.com.br
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Como eu atraio clientes para esse serviço? 
Vamos falar agora de promoção e marketing. Quando você já tem o seu serviço de vaci-
nação, aí começa a vida real. Como gerar demanda para meu serviço? Como tornar a experiên-
cia do meu cliente inesquecível para ele?
Vamos aprender alguns conceitos. O primeiro deles é o funil de vendas do serviço de 
vacinação. O que é um funil de vendas? São as etapas que o seu cliente vai percorrer até o 
momento em que ele decide comprar de você, até o momento em que ele vai receber a vaci-
na na sua farmácia. Temos seis etapas nesse funil, conforme você pode ver na figura abaixo.
Exemplo de um funil de vendas aplicado ao serviço de vacinação.
Primeiro, a conscientização. Trazendo para o serviço de vacinação, é a pessoa se per-
guntando: eu preciso me vacinar? Existem muitas pessoas que nem sabem que precisam to-
mar vacina. Adultos que precisam tomar reforço da hepatite B, do tétano, a vacina da gripe 
todo ano, e não sabem disso. Então, sempre existe um trabalho grande de educar o seu cliente 
para que ele saiba que aquilo é importante, caso contrário ele vai achar que não precisa do 
serviço de vacinação. Portanto, o primeiro passo é conscientização. 
 Quando a pessoa se conscientiza de que ela precisa se vacinar, ela precisará descobrir 
que você existe, porque a tendência é ela não pensar diretamente em uma farmácia. Se ela 
pensar que tem que tomar vacina, ela vai pensar no posto de saúde ou uma clínica. Farmácias 
PROMOÇÃO E MARKETING
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vacinando são uma novidade.
Então, você vai precisar fazer o esforço de divulgar que você tem um serviço de vacina-
ção para que ela descubra que você existe. E então, se ela descobrir que você existe, e todo 
cliente vai fazer isso, ela vai pesquisar. E vai comparar você a outros serviços: será que eu tomo 
na farmácia ou na clínica? Será que a vacina da farmácia é confiável? Será que tem qualidade? 
Será que não está vencida? Será que esse pessoal armazena direito? Será que o farmacêutico 
lá sabe aplicar esse negócio? Eu acho que talvez eu deveria ir ao médico...
Todo cliente vai fazer essas perguntas para si mesmo. Então, ele vai avaliar se é na far-
mácia ou na clínica. Aqui faz toda a diferença o seu ambiente dentro da loja, a beleza, a sinali-
zação - que é uma coisa que a gente vai ver mais adiante no texto -, e a sua autoridade, a sua 
seriedade. Se ele chegar lá na sua farmácia, e achar que a sua farmácia parece mais uma ven-
dinha do que um ambiente de saúde, talvez ele não confie muito no seu serviço de vacinação. 
Se ele perceber que tem profissionalismo ali, seriedade, autoridade, que você é um pro-
fissional que sabe o que está fazendo, ele vai confiar mais em trazer o filho dele, o pai, a mãe. 
Portanto, é importante nessa fase de avaliação, você colocar os seus diferenciais. O que você 
tem de bom? Dessa forma você vai convencer essa pessoa a ir à farmácia. 
E quando o cliente decide ir até a farmácia, esta é a fase de intenção. Caso ele se sinta 
seguro ali, pode decidir tomar a vacina com você. Essa é a frase de compra e, dependendo da 
experiência total, dependendo de como foi aquele processo de atendimento, ele pode gostar 
ou não, e vai recomendar ou não seu serviço para outras pessoas. O ideal é isso, que ele per-
corra todo esse funil e no final ele adore o serviço, passe a fazer a famosa propaganda boca-
-a-boca. 
Então não se esqueça do funil de vendas. E é no topo desse funil de vendas que você 
deve estruturar a sua estratégia de divulgação do seu serviço. 
Quais são as formas que você tem de promover o seu serviço? 
Existem várias formas para isso, não é só fazer propaganda no rádio e televisão. Além 
da propaganda, que é o famoso advertiser, você pode desenvolver material impresso, mídia 
digital - que a gente vai falar muito - e sinalização no interior da loja - que a gente vai falar bas-
tante também.
Você pode trabalhar também promoções de vendas, descontos, brindes, sorteios. Mas 
tome muito cuidado sobre isso porque você não pode fazer uma promoção, digamos, muito 
banalizada, porque isso pode queimar o seu serviço. Observe como as clínicas fazem as pro-
moções, inspire-se. É uma questão de encontrar a melhor forma, mas é evidente que você 
pode – e deve - fazer promoção, sim, com preço e desconto. Em dias específicos, em épocas do 
ano, em uma campanha específica, isso é bem-vindo. 
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Relações públicas é outra forma de promoção, bastante subutilizada, que você deveria 
olhar com muito carinho. Se você é farmacêutico/a da sua comunidade, qual foi a última vez 
que você deu uma palestra na igreja, no centro comunitário, na associação de moradores, 
numa empresa? Qual foi a última vez que saiu um artigo seu no jornalzinho da comunidade, 
ou no jornal da sua cidade? É importante fazer relações públicas. 
 
Como fazer a sinalização da farmácia?
Sinalização de loja é uma ciência e uma arte. Quando um cliente passa pela porta do seu 
estabelecimento, é a sinalização que pode agradar os olhos, gerar conforto e facilitar a vida do 
cliente em encontrar aquilo que ele precisa. Todos os dias entram clientes em sua farmácia, 
por isso sinalizar muito bem seu serviço de vacinação é fundamental para gerar demanda es-
pontânea.
No curso online, você encontrará uma aula detalhada com diversos exemplos visuais de 
como fazer uma ótima sinalização em sua farmácia. Agora vamos ver alguns exemplos princi-
pais para você se inspirar!
Créditos da imagem: Farmácias Nissei
Veja, por exemplo, esta sinalização de acrílico bonita no balcão, próximo de uma área 
morta do balcão, que é a área que tem o computador. Esse caso é da Nissei, uma rede de far-
mácias do estado do Paraná. 
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Créditos da imagem: Drogaria Araujo
Este é um outro exemplo de sinalização dentro da loja. Essa é a Drogaria Araújo, que é 
de Belo Horizonte, e eles criaram a marca Serviço Farmacêutico Araújo, com serviço de vacina-
ção, exames rápidos, entre outros serviços. Eles aplicam uma sinalização de destaque dentro 
da loja. Na área que tem o balcão dos medicamentos, eles puseram bem grande “Serviço Far-
macêutico Araújo”, como se ali estivesse localizado, naquela ponta da loja, todos os serviços 
farmacêuticos. Isso ajuda muitoo cliente a se interessar. 
Créditos da imagem: A Nossa Drogaria
Outro exemplo interessante vem da Nossa Drogaria, de Duque de Caxias, no Rio de Ja-
neiro. Eles usam o computador do balcão, que é uma área morta também, para você colocar 
um display, um acrílico, e divulgar. E a frase é ótima: “proteja quem você ama! Vacine. Aqui 
você encontra uma variedade de vacinas. Informe-se com os nossos farmacêuticos”.
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Créditos da imagem: Panvel Farmácias
O próximo exemplo vem da PanVel, uma rede de farmácias do sul do país. Dentro da 
loja eles identificam muito bem PanVel Clinic Cuidados Farmacêuticos. É um espaço bonito, 
com a área de espera, uma aplicação de imagem humanizada, para simbolizar que nesse lu-
gar é onde se presta o cuidado em saúde. A marca da clínica também aplicada. Você vê que 
eles trabalham com esse vidro jateado para dar privacidade lá dentro. E em uma das paredes 
a lista dos serviços disponíveis naquele lugar.
Existem centenas de outros exemplos espalhados pelo Brasil. Seja criativo, e não pre-
cisa reinventar a roda. Aplique em sua farmácia essas técnicas que mostramos aqui e veja os 
resultados.
E como posso divulgar meu serviço na internet?
Agora saindo da parte de sinalização, vamos para a parte de divulgação do serviço em 
mídias digitais! Divulgue seu serviço onde as pessoas estão. Onde as pessoas estão? Elas estão 
no celular, no WhatsApp, no Instagram, no Facebook, no e-mail. As pessoas são digitais. E você 
não pode não existir no meio digital, você tem que existir. 
Portanto, confira algumas dicas preciosas de como se destacar no meio digital: 
	Primeiro, você tem que ter o seu domínio, seu site, seu blog onde você publica conteú-
do. No mínimo, uma página na internet com seu endereço, que vacinas você aplica, seu 
telefone de contato. Não construa sua casa apenas no terreno do vizinho (leia-se face-
book e instagram), tenha seu próprio domínio.
	Redes sociais, esteja em pelo menos três: Facebook, Instagram e WhatsApp. E cuidado, 
porque o público não é o mesmo. Facebook, pessoas mais velhas. Instagram, pessoas 
mais jovens. E, no caso do WhatsApp, todo mundo. Então, o WhatsApp tem um poder 
tremendo de divulgar uma informação. Use-o.
	Esteja também no Google. As pessoas pesquisam sobre vacinas no Google, e seria bom 
que sua empresa aparecesse nessas buscas. Por isso você precisa de um site. Além dis-
so, cadastre a sua empresa no chamado “Google Meu Negócio”. De modo que, quando 
a pessoa procura pela sua empresa, vai aparecer os dados dela, o mapa, o endereço, o 
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telefone. Isso é muito útil. E, se você tiver dinheiro para investir, eu recomendo que você 
faça Google Ads, que são os anúncios pagos. Quando alguém procurar “vacina” na sua 
região, vai aparecer o anúncio da sua farmácia, como o primeiro resultado da busca. 
O que devo postar nas redes sociais?
Existem muitos bons exemplos a serem seguidos. Entre as possibilidades de posts estão:
	Educativos.
	Prova Social.
	Humor. Memes.
	Datas especiais. 
	Datas de saúde.
	Promoções.
	Divulgação da marca.
No curso online, eu mostro diversos exemplos, formas de atrair a atenção do público, 
gerar engajamento e interesse pelo seu serviço. Além disso, compilei um calendário anual com 
diversas datas em que você pode trabalhar a divulgação do seu serviço de vacinação. Não dei-
xe de conferir por lá.
Em resumo, o que preciso fazer?
Então, por fim, algumas dicas para você guardar, de como fazer promoção e marketing 
dos seus serviços. 
Primeiro, pensar a promoção offline. Sinalize a sua farmácia. Distribua panfletos na sua 
cidade. Comunique que você existe pelos meios tradicionais. 
Esteja presente online. Eu recomendo, principalmente, que você produza conteúdos 
educacionais, porque marketing de conteúdo é o que dá mais resultado em médio e longo 
prazo, mais credibilidade e autoridade técnica do seu serviço. 
Faça postagens com frequência. Não adianta postar uma vez por mês no Instagram. 
Tem gente que posta todo dia, tem gente que posta 3 vezes por dia no Instagram, porque se 
você não tiver dinheiro para investir em promoção paga, é a frequência de postagens vai trazer 
mais resultado. 
Esteja presente na sua comunidade, participe dos eventos. Seja parte da saúde da sua 
cidade. 
E, se possível, para fazer seu marketing, contrate ajuda profissional. Se você tiver recur-
so, contrate uma agência ou, no mínimo, uma pessoa para te ajudar nisso. Gerar demanda 
para seu serviço é tão importante que merece seu investimento.
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GUIA DE IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE VACINAÇÃO NA FARMÁCIA - da estrutura ao primeiro paciente
 
“Este é um mundo novo que se abre para os farmacêuticos 
e as farmácias. E que reforça os avanços da farmácia clínica 
em nosso país. Cada vez mais o farmacêutico deve ser visto 
como um profissional que cuida da saúde das pessoas, e 
não somente um entregador de medicamentos. As vacinas 
são parte dessa mudança. Obrigado por sua leitura e até a 
próxima.”
Sobre o Autor:
Cassyano Correr, MSc, PhD.
Farmacêutico, Professor, Coordenador de Assistência Farmacêutica Avançada da 
Abrafarma. Fundador do Clinicarx.
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FONTES CONSULTADAS
Legislação
	Brasil. Lei nº 13.021/2014.
	Anvisa. RDC nº 197, de 26 de dezembro de 2017.
	Anvisa. Nota Técnica GRECS/GGTES nº 01/2018.
	Anvisa. RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002.
	RDC nº 63, de 25 de novembro de 2011. 
	Anvisa. RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009.
	Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 654 de 22 de fevereiro de 2018.
Livros
 
	Imunologia celular e molecular. 7ª Edição. Elsevier, 2013.
	Interfarma. Como as vacinas mudaram um País. São Paulo: Inferfarma, 2016.
	SBIM. Imunização: tudo o que você sempre quis saber. Rio de Janeiro: RMCOM, 2016
	SBIM. Imunização de Adultos e Idosos – Bases para estudos e decisões, 2019
Links
	http://portal.anvisa.gov.br/vacinas
	http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/
	https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2019/09/08/cobertura-de-
-vacinacao.htm 
	https://saude.abril.com.br/medicina/vacinas-agora-podem-ser-dadas-em-farmacias-
-de-todo-o-brasil/
	http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_even-
tos_adversos_pos_vacinacao.pdf
	http://www.saude.gov.br/
	https://sbim.org.br/
	http://www.mercadomineiro.com.br/pesquisa/vacinas-pesquisa-precos 
	http://saude.gov.br/calendario-da-saude
	https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100.pdf
http://portal.anvisa.gov.br/vacinas
http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2019/09/08/cobertura-de-vacinacao.htm
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https://saude.abril.com.br/medicina/vacinas-agora-podem-ser-dadas-em-farmacias-de-todo-o-brasil/
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf
http://www.saude.gov.br/
https://sbim.org.br/
http://www.mercadomineiro.com.br/pesquisa/vacinas-pesquisa-precos
http://saude.gov.br/calendario-da-saude
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100.pdf
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https://www.linkedin.com/company/16195053/admin/
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