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TICS 4 - HEPATITE VIRAL

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FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí 
IESVAP-INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA. 
BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 
CNPJ – 13.783.222/0001-70 www.iesvap.com.br 
 
 
 
 
• Quais os cinco principais tipos de hepatites virais conhecidas? Quais possuem 
vacina disponível? Caracterize pelo menos um tipo de hepatite. 
A hepatite é o resultado de um processo inflamatório no parênquima hepático que pode 
ser devido a diversos motivos, dentre eles, os vírus causadores da hepatite. Diversos vírus 
causam hepatite. Entre eles, cinco vírus de importância medica são comumente descritos 
como “vírus da hepatite”, uma vez que seu principal sitio de infecção é o fígado: Vírus 
da hepatite A (HAV); Vírus da hepatite B (HBV); Vírus da hepatite C (HCV); Vírus 
da hepatite D (HDV); Vírus da hepatite E (HEV). Outros vírus, como vírus Epstein-
Barr (o agente da mononucleose infecciosa), citomegalovírus e vírus da febre amarela, 
infectam o fígado, mas também infectam outros sítios corporais e, portanto, não são 
exclusivamente vírus da hepatite. (NUNES, 2017) 
Vírus da Hepatite A (HAV) 
O HAV é um enterovírus típico que tem o genoma de RNA de fita simples e não 
envelopado e replica-se no citoplasma da célula. Ele é transmitido pela via fecal-oral. Os 
humanos são o reservatório de HAV e o vírus é encontrado nas fezes aproximadamente 
duas semanas antes da manifestação dos sintomas, tendo período de incubação de 15 a 50 
dias. Os surtos por fonte comum surgem a partir da contaminação fecal da água ou dos 
alimentos, como ostras criadas em águas poluídas e consumidas cruas. (LAI, 2019) 
 
O vírus provavelmente replica-se no trato gastrintestinal e dissemina-se para o fígado via 
corrente sanguínea. É provável que o ataque por células T citotóxicas seja responsável 
pelos danos aos hepatócitos. A infecção, então, regride (2-4 semanas), o dano é reparado 
e não ocorre infecção crônica. Como é raramente é transmitido pelo sangue, uma vez que 
o nível de viremia é baixo, não ocorre infecção crônica. Produz apenas a doença aguda, 
mas pode evoluir para a forma fulminante. Sua patogênese irá variar de acordo com a 
idade do infectado, onde há maior gravidade do quadro clínico com a maior idade. 
(LAI,2019) 
• Sintomas clínicos 
- Febre: 
- Vômitos; 
- Icterícia; 
- Urina escura (colúria); 
- Náuseas; 
- Dor abdominal e cansaço; 
- Fezes claras (acolia fecal); 
Curso de Medicina Semestre: 2022.1 Turma: 10 
Disciplina: Sistemas Orgânicos Integrados IV (TIC’s) 
Aluna: Kamilla da Silva de Galiza 
 
 
 
 
 
FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí 
IESVAP-INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA. 
BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 
CNPJ – 13.783.222/0001-70 www.iesvap.com.br 
 
• Diagnostico laboratorial 
A resposta imune consiste inicialmente em anticorpos IgM, detectáveis no momento 
da manifestação de icterícia. A presença desses anticorpos, portanto, é importante 
para o diagnóstico laboratorial de hepatite A. O surgimento de IgM é seguido, após 
1-3 semanas, pela produção de anticorpos IgG, que conferem proteção permanente 
 
- Solorológico: detecção de IgM anti-HAV e de soroconversão sorológica da 
IgG, ou dos anticorpos totais; 
- Direto: detecção da partícula viral através da microscopia e biologia molecular. 
 
• Prevenção 
- Tratamento da água; 
- Hábitos de higiene; 
- Vacinação com o vírus inativo. 
Vírus da Hepatite E (HEV). 
O vírus da hepatite E faz parte da família Caliciviridae, vírus de RNA fita simples e não 
envelopado. Ele é a principal causa de hepatite transmitida por via entérica, que é o sítio 
primário de infecção com posterior migração para o tecido hepático. (MISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2005) 
Clinicamente, a doença é similar à hepatite A, exceto pela alta taxa de mortalidade em 
gestantes e por apresentar maior gravidade do que a infecção causada pelo HAV. Os 
sintomas costumam aparecer após 30 dias de infecção e não ocorre evolução da doença 
hepática crônica, da mesma forma que não há portador prolongado. (MISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2005) 
• Diagnostico laboratorial 
- Detecção de anticorpos anti-HEV de qualquer tipo (sempre ligado a epidemias); 
- Detecção da partícula ou do genoma viral através de técnicas mais apuradas 
 
• Prevenção 
- Tratamento de água 
- Hábitos de higiene 
Vírus da Hepatite B (IRV) 
É um vírus da família Hepdnaviridae, com DNA dupla fita, mas se multiplica na forma 
de RNA através da transcriptase reversa. E uma importante característica porque se torna 
diferente e o organismo não o reconhece, aumentando a chance de cronificar a doença. É 
um vírus envelopado e a proteína que o envelopa é o HBsAg (importante antígeno de 
superficie). (ENG-KIONG, 2013) 
 
 
 
FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí 
IESVAP-INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA. 
BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 
CNPJ – 13.783.222/0001-70 www.iesvap.com.br 
Quanto menor a idade, maior a probabilidade de evolução para a forma crônica. Isso 
ocorre porque o vírus da hepatite B não é um vírus tão agressivo como o da hepatite A e 
o sistema imune precoce tem uma tendência a tolerar (tolerância imunológica). O contato 
precoce do vírus da hepatite B faz o organismo entender que ele precisa tolerar o vírus, 
como se fizesse parte das células da criança. Ou seja, a maior chance de cronificar ocorre 
por menor resposta imunológica e produção do anti-HBs e, por este motivo, a vacina da 
hepatite B é a única administrada ainda na sala de parto, como se tivesse sido transmitido 
na forma vertical e quebrando a tolerância. (ENG-KIONG, 2013) 
• Quadro clinico das fases 
Forma aguda: 
1. Doença subclínica; 
2. Hepatite fulminante (mais grave da forma aguda); 
3. Hepatite aguda. 
Forma crônica: 
1. Portador assintomático; 
2. Hepatite não progressiva crônica - quadro estabelecido sem alteração da função 
hepática, transaminases séricas alteradas e sem progredir; 
3. Doença progressiva com evolução para cirrose ou carcinoma hepatocelular - no caso 
da cirrose é a fibrose do parênquima hepático por células perdidas e não respostas, o 
dano é maior que o reparo. O carcinoma ocorre através da indução de renovação 
celular, aumentando a chance de erros que carreguem mutações que não deveriam 
carregar. 
 
• Diagnostico 
Quando falamos da hepatite B ela pode ser aguda ou crônica e a pessoa deve ser capaz de 
diferenciar o quadro apresentado. Isso ocorre através do diagnóstico laboratorial 
(panorama sorológico). Antígenos importantes e marcadores sorológicos da presença 
do vírus: 
1. HBsAg 
2. HBcAg - marcador de contato é formador do capsídeo do vírus HBV 
3. HBeAg - marcador de replicação viral, quanto mais o vírus se replica, maior sua 
quantidade. 
Para todo antígeno que o vírus tem, o sistema imunológico faz um anticorpo, sendo 
assim: anti-HBs, anti-HBc e anti-HBe. 
• Tratamento e prevenção 
 
 
 
FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí 
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BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 
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A transmissão ocorre por três mecanismos principais: através do sangue, durante a 
relação sexual e pela via perinatal, da mãe ao recém-nascido. Ou seja: 
o Parenteral: triagem em bancos de sangue e campanhas para não reutilização de 
seringas por usuários de drogas; 
o Transmissão vertical (mãe-feto); 
o Transmissão sexual. 
A principal forma de prevenção é através da vacina recombinante para HBV e não o uso 
de preservativo. O preservativo também ajuda na prevenção, mas apenas da transmissão 
sexual e, por isso não é a principal forma de prevenção. A vacina protege contra todas as 
formas de infecção. Há um aumento da incidência nas populações acima de 35 anos. Esse 
aumento se dá pelamelhora no tratamento do portador crônico, vivendo mais tempo e 
subindo na pirâmide e a utilização da Viagra que deu uma qualidade de vida para 
pacientes idosos e que não usam preservativo. Apesar de envelopado ele é o mais 
resistente por ter em sua composição HBsAg. (ENG-KIONG, 2013) 
Vírus da Hepatite C (HCV) 
O HCV é membro da família flavivírus e envelopado. O vírus não destrói a célula 
infectada, mas desencadeia uma resposta inflamatória que, ou promove depuração da 
infecção, ou destrói lentamente o fígado. (MISTÉRIO DA SAÚDE, 2005) 
• Tratamento 
Para o tratamento é necessário saber o genótipo do vírus antes de começar a tratar. Esse 
genótipo varia de 1 a 6 e, no Brasil, temos circulando o genótipo 1, 2 e 3. O genótipo um 
tem a resposta terapêutica mais refratária e a mais difícil de tratar. Também é subdividido 
em A, Be C. 
O tratamento atual impede a ação de duas enzimas do vírus, NS4 e NS5 - polimerases 
virais - e interrompe a produção de partícula viral. Ou seja, ele para o vírus e permite que 
o sistema imunológico faça uma resposta imune e elimine o vírus. 
• Transmissão 
- Parenteral - contato com sangue ou hemoderivados; 
- Sexual; 
- Vertical: 
- 30 a 40% das infecções não se sabe a forma de contágio. 
A principal forma de transmissão é a parenteral e a única comprovada 
cientificamente. 
• Diagnostico laboratorial 
 
 
 
FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí 
IESVAP-INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA. 
BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 
CNPJ – 13.783.222/0001-70 www.iesvap.com.br 
Diagnósticos sorológicos se dá através da detecção do anticorpo Ig anti-HCV, que aparece 
na corrente sanguínea após 12 semanas de infecção. Não é um diagnóstico definitivo. A 
presença do anti-HCV não indica a infecção e é necessário mais um teste através do 
diagnóstico molecular "padrão ouro": 
- PCR 
- Branched DNA - maior sensibilidade e mais caro 
 
 
 
Referencias: 
• NUNES, Heloisa Marceliano et al . As hepatites virais: aspectos epidemiológicos, 
clínicos e de prevenção em municípios da Microrregião de Parauapebas, sudeste do 
estado do Pará, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua , v. 8, n. 2, p. 29-
35, jun. 2017. 
• ENG-KIONG, Teo; ANNA, Lok. Epidemiology, transmission and prevention of 
hepatitis B virus infection. Updated (serial online] 2009 Mar: http: www. 
uptodate. com/patients, 2013. 
• LAI, Michelle; CHOPRA, Sanjiv. Hepatitis A virus infection in adults: 
Epidemiology, clinical manifestations, and diagnosis. U: UpToDate, Baron EL ed. 
UpToDate [Internet]. Waltham, MA: UpToDate, 2019. 
• Brasil. Ministério da Saúde. A, B, C, D, E de hepatites para comunicadores / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 24 p.

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