Buscar

TCC_Fitoterapia_versão banca

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSERÇÃO DA FITOTERAPIA NO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE
Isabella Santos Samora* Jane Barbosa de Souza* Karine Marques Rainer* Viviane de Paula Alexandre*
Carolina Paula de Souza Moreira**
RESUMO
Com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil se tornou o maior país do mundo com um sistema público de saúde baseado na universalidade, equidade e na integralidade que abrange desde a atenção básica até procedimentos mais complexos. Desde 2006 o governo brasileiro tem implantado políticas públicas que estimulam a inclusão da fitoterapia como prática terapêutica no SUS, seguindo uma tendência que vem ocorrendo em todo o mundo. O presente trabalho tem por objetivo identificar os Estados e cidades brasileiros
que implementaram a fitoterapia nas unidades básicas de saúde, além disso ressaltar a importância desses
medicamentos como opção terapêutica. Foi realizada revisão integrativa da literatura através do levantamento de dados nacionais, no período de 1998 a 2021, disponíveis no Google Acadêmico, PubMed, Lilacs, Scielo, sites governamentais e não-governamentais. A análise da literatura mostrou que a fitoterapia está implantada em todas as regiões do Brasil, com predomínio de publicações de experiências na região Sudeste. A formação em fitoterapia de profissionais da saúde é uma necessidade levantada neste trabalho e medidas precisam ser tomadas para aumentar o número de prescritores de fitoterapia. De forma geral, foi constatado que a produção científica referente a relatos da implantação de programas de fitoterapia no Brasil está crescendo a cada dia, no entanto, ainda é necessário ampliar as pesquisas e fornecer subsídios para o fornecimento de plantas medicinais e fitoterápicas para o SUS.
Palavras-chave: Fitoterapia, Sistema Único de Saúde, Plantas Medicinais, Atenção básica a saúde.
 (
INSERÇÃO
 
DA
 
FITOTERAPIA
 
NO
 
SISTEMA
 
ÚNICO
 
DE
 
SAÚDE
) (
Isabella
 
Santos Samora
 
|
 
Jane
 
Barbosa
 
de
 
Souza
 
|
 
Karine
 
marques
 
Rainer |
 
Viviane
 
de
 
Paula
 
Alexandre
)
 (
*Acadêmica
 
de
 
Farmácia
 
da
 
Faculdade
 
de
 
Ensino
 
de
 
Minas
 
Gerais,
 
FACEMG.
 
E-mail:
 
bellsantos15@gmail.com
**
 
Professora
 
da
 
Faculdade
 
de
 
Ensino
 
de
 
Minas
 
Gerais,
 
FACEMG.
 
E-mail:
 
professoracarolinamoreira@gmail.com
)
ABSTRACT
 (
m
) (
v
) (
S
) (
e
) (
n
) (
o
) (
v
)With the implementation of the Unified Health System (SUS), Brazil has become the largest country in the world with a public health system based on universality, equity and comprehensiv ness, ranging from primary care to more complex procedures. Since 2006, the Brazilian government has implemented public policies that encourage the inclusion of herbal edicine as a therapeutic practice in the SUS, following a trend that has been taking place all over the world. This study aims to identify the Brazilian states and cities that have implemented herbal medicine in basic health units, in addition to highlighting the importance of these drugs as a therapeutic option. An integrative literature re iew was carried out through a survey of national data, from 1998 to 2021, available on Academic Google, PubMed, Lilacs, Scielo, governmental and on-governmental websites. Literature analysis showed that her al medicine is implemented in all regions of Brazil, with a predominance of publications on experiences in the outheast region. The training of health professi nals in herbal medicine is a need to increase the number of herbal medicine prescribers. In general, it was found that the scientific production regarding the implementation of herbal medicine programs in Brazil is growing e ery day, however, it is still necessary to expand research and provide subsidies for the supply of medicinal and herbal plants for the SUS .
Keywords: Phytotherapy, Unified Health System, Medicinal plantas, Basic health care.
1. INTRODUÇÃO
Em 19 de Setembro de 1990 foi assinada a Lei nº 8080 que dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recupera ão da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes, instituindo assim o Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS é formado pelo conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público. (RENAME, 2020)
Com a criação do SUS, a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, o Brasil se
tornou o maior país do mundo a possuir um sistema público de saúde pautado no princípio da
universalidade, além da equidade e da integralidade. Sendo ponto importante a participação da iniciativa privada como sistema complementar nas ações primárias e em alguns casos para agregar formas de tratamento (DUARTE et al., 2018).
O SUS é um dos programas de saúde mais completos do mundo, abrangendo desde a atenção
 (
INSERÇÃO
 
DA
 
FITOTERAPIA
 
NO
 
SISTEMA
 
ÚNICO
 
DE
 
SAÚDE
) (
Isabella Santos
 
Samora
 
|
 
Jane
 
Barbosa
 
de
 
Souza
 
|
 
Karine
 
marques
 
Rainer
 
|
 
Viviane
 
de
 
Paula
 
Alexandre
)
 (
6
)
primária, até os procedimentos
mais complexos, como por exemplo, o
transplante de órgãos,
garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. A Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 revelou que a maioria da população (estima-se que 80%) é SUS-dependente para as ações relacionadas à assistência à saúde (RENAME, 2020).
A proposta para incorporação das terapias alternativas e práticas complementares ao SUS ocorreu durante a 10ª Conferência Nacional de Saúde em 1996, com a inclusão da fitoterapia e assistência farmacêutica pública. No ano de 2006, através do Decreto da Presidência da República nº. 5.813, de 22 de junho, foi criada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) e 20 meses depois a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), através de portaria do
Ministério da Saúde GM/MS nº
971, abrangendo, além da Fitoterapia, a
Homeopatia, a Medicina
Tradicional Chinesa/Acupuntura, o Termalismo/Crenoterapia e a Medicina Antroposófica (SILVA, 2018).
Essas duas políticas promoveram a discussão sobre os desafios da implementação da Fitoterapia nos
serviços de saúde do SUS, e sobre as diferentes perspectivas da maneira (FIGUEREDO et al., 2014).
como isso deve ocorrer
Para conceituar a fitoterapia, devemos entender a diferença de fitoterapia e planta medicinal, as
plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm o costume do uso como “remédio” em uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber onde
colhê-la e como prepará-la. Fitoterápicos são produtos obtidos de plantas medicinais ou de seus
derivados - exceto substâncias isoladas -, utilizados com finalidade profilática, curativa ou paliativa (RENAME, 2020).
Dados do Ministério da S úde (MS) indicam que entre 2013 e 2015, a busca pela fitoterapia teve um grande aumento no território nacional, tendo um crescimento de 161%. Dentre os principais benefícios dos fitoterápicos está a sua menor agressividade ao organismo uma vez que são utilizados pela população a muitos anos com segurança (BRUNING; et al., 2011).
A implementação da Fitoterapia no SUS resulta no resgate de uma prática milenar e na junção do conhecimento popular com o conhecimento científico, e seu entendimento sobre o adoecimento e as formas de tratá-lo (SILVA et al., 2018).
A população está habituada com o mito de “se é natural, não faz mal”, mas diferente da crença popular, os fitoterápicos e plantas medicinais podem causar diversas reações como intoxicações, enjoos, irritações, edemas (inchaços) e até a morte, como qualquer outro medicamento. Sendo assim, é importante estar atento às informações sobre o tipo de planta/ medicamento a ser utilizado para tratar determinada enfermidade (SANTOS et al., 2011).
Vários aspectos positivos sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos no SUS podem ser
destacados, como menor toxicidade, boa aceitação por parte dos usuários,2012).
entre outros (BRASIL,
A ampliação dos debates sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicas é importante,
principalmente em meios acadêmicos, devido às responsabilidades do farmacêutico e constantes mudanças de paradigmas na saúde, educação e meio ambiente (BRASIL, 2012).
É importante também discorrer sobre os desafios e dificuldades encontradas na inserção da fitoterapia como forma de tratamento ofertada no sistema público de saúde brasileiro, por exemplo, a necessidade de capacitação dos profissionais que podem prescrever a fitoterapia (BRASIL, 2012).
O propósito deste trabalho é identificar os Estados e cidades brasileiros que implementaram a fitoterapia nas unidades básicas de saúde. Além disso ressaltar a importância desses medicamentos como opção terapêutica, incentivando o seu uso e prescrição.
2. REVISÃO TEÓRICA
As plantas medicinais atuam com grande importância na promoção e manutenção da saúde na população, combinando a crença cultural vinda de gerações antigas juntamente com a comprovação da ação terapêutica de várias plantas utilizadas no uso de terapias complementares e alternativas. Sendo assim um tratamento adequado de fitoterapia deve englobar um conjunto de atitudes, valores e crenças que firmam uma filosofia de vida e não apenas uma porção de medicamentos (TOMAZZONI, 2006).
Segundo pesquisas da Organização Mundial Saúde (OMS), a utilização de plantas medicinais pela população mundial tem sido significativa, pois cerca de 80% da população faz uso de algum tipo de planta medicinal (BRUNING; et al., 2011; MATSUCHITA et al., 2015), este fato está associado aos perigos do uso abusivo e irracional de produtos farmacêuticos questionando a confiabilidade dos efeitos causados pelo medicamentos alopáticos, aumentando assim a procura por tratamentos alternativos, com foco especialmente no consumo de fitoterápicos, com isso a população procura substituir medicamentos convencionais por plantas medicinais (TOMAZZONI, 2006).
2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS NO USO DE FITOTERÁPICOS
A OMS define medicamentos fitoterápicos como substâncias ativas que estão presentes na totalidade ou em parte das plantas na forma de extratos totais ou extratos processados. A maioria dos componentes químicos responsáveis pela atividade farmacológica é desconhecida, e acredita-se que os efeitos farmacológicos desses produtos envolvam a interação de inúmeras moléculas presentes no extrato. As ervas são comercializadas como extratos padronizados na forma de extratos líquidos, sólidos ou
viscosos, geralmente preparados por maceração ou destilação. O uso de plantas como fonte de
medicamentos é uma prática muito antiga. A medicina moderna possui milhares de medicamentos com efeitos específicos. Se não houver pesquisa sobre as características dos produtos naturais, não chegará ao nível de desenvolvimento atual, principalmente os provenientes de plantas superiores (MIGUEL, 2017).
Embora esses medicamentos sejam amplamente utilizados em todo o mundo e tenham
potencial para desenvolver novos produtos, ainda existe um pequeno número de fitoterápicos que
passaram por pesquisas científicas para comprovar sua eficácia clínica e segurança biológica. A OMS reconhece e incentiva o uso desses medicamentos, mas enumera restrições e recomenda pesquisas científicas para comprovar sua eficácia. Inicialmente, o uso dessas drogas era limitado às comunidades indígenas. A desvantagem do período colonial brasileiro era que as plantas não tinham o cuidado da população ou interesse público, o que dificultava o compartilhamento do conhecimento ou o armazenamento delas para garantir sua preservação (RIBEIRO; et al., 2019).
Atualmente, as principais vantagens do uso de fitoterápicos no Brasil podem ser resumidas da seguinte forma: Primeiro, o Brasil é rico em biodiversidade, especialmente na região amazônica. Dessa forma, o uso dessa biodiversidade para a fabricação de medicamentos pode gerar processos econômicos,
tecnologias e políticas nacionais inovadores que contribuam para o desenvolvimento da produção,
aumentando a oferta de produtos. Um exemplo de desenvolvimento da biodiversidade é o incentivo da OMS para melhorar o processo de formação de medicamentos. O segundo fator relacionado à importância dos medicamentos fitoterápicos é o menor custo dos medicamentos em comparação aos medicamentos "tradicionais" (RIBEIRO; et al., 2019).
O terceiro é utilizar o fitoterápico como política pública de saúde a partir de sua distribuição e comercialização nas unidades básicas de saúde. Considerando que aproximadamente 80% da população mundial depende da atenção primária à saúde, devem-se estabelecer mecanismos para melhorar a atenção à saúde básica. Devido à falta de medicamentos alopáticos nas unidades básicas de saúde, as plantas medicinais são utilizadas com maior frequência como medicamentos. Portanto, o consumidor tem dois problemas no uso de medicamentos industrializados: um relacionado à renda, ou seja, ao alto preço dos medicamentos alopáticos, e outro à falta de medicamentos nas unidades básicas de saúde (RIBEIRO; et al., 2019).
Os fitoterápicos vêm sendo utilizados por sucessivas gerações que constituíram as bases para tratamento de diferentes doenças, em que o princípio ativo pode aliviar sintomas, e até mesmo ter finalidade curativa de doenças. E foi por meio desse benefício que a fabricação de fitoterápicos cresceu
gradativamente, levando-se a dados representativos, onde 25% do faturamento da indústria farmacêutica brasileira são de origem de fitoterápicos (FERREIRA et al., 2014; HARAGUCHI et al., 2020). Portanto, a prática da fitoterapia permite à população o contato com sua história, resgatando costumes tradicionais e culturais.
Quanto à desvantagem que se refere aos fitoterápicos está o pensamento dos usuários de que planta medicinal não tem efeitos deletérios por serem naturais, levando o usuário a não informar ao médico sobre o referido uso, podendo ocorrer interações medicamentosas com fármacos alopáticos além de outros efeitos tóxicos ao organismo, sendo necessário ter uma atenção maior com crianças, idosos e gestantes (VEIGA JUNIOR; 2008).
Outro ponto negativo é a falha na formação de profissionais médicos em não introduzir ao futuro
médico às práticas integrativas sobre fitoterápicos, com incentivo à prescrição dessa classe de
medicamentos (BRUNING; et al., 2011).
2.2 FITOTERAPIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
A Política Nacional de Medicamentos teve sua aprovação em 1998, estabelecida na Portaria n°
3916 que visava expandir as pesquisas destinadas à fitoterapia, devido à grande biodiversidade
encontrada no Brasil e ao seu grande potencial terapêutico (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998). O Brasil possui aproximadamente cerca de 45.000 espécies vegetais, mas menos de 10% delas foram ou estão sendo avaliadas cientificamente, buscando eficácia terapêutica e elucidação dos seus princípios ativos. A busca por novas substâncias ativas têm aumentado em todo o mundo, principalmente a partir de plantas terrestres, organismos marinhos, insetos e microorganismos. São promissores os resultados
contínuos que estão sendo obtidos pelos pesquisadores brasileiros com p instituições estrangeiras e descrito na literatura (FILHO; ZANCHETT, 2020).
rceria com renomadas
No ano de 2005, através da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência
Farmacêutica, foram aprovadas 48 recomendações, dentre elas a implantação de programas de
ampliação de opções terapêuticas ofertadas no sistema público de saúde. Diante disto, através da
Portaria nº 971 de 3 de maio de 2006, foi aprovada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS que disponibiliza opções terapêuticas e preventivas aos usuários do SUS (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Destaca-se também a “Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (2006)" que foi
aprovada pelo Decreto Presidencial nº 5.813, de 22 de junho de 2006. Atrav s de ações procedentes
desta política, a sociedade e o governo visam garantir à população o acesso segurode fitoterápicos e
plantas medicinais garantindo assim o uso da biodiversidade sustentável e indústria nacional (IBIAPINA, 2014).
o desenvolvimento da
Posteriormente após a aprovação destas políticas, elaborou-se um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) com o objetivo de implementar suas diretrizes, que vão desde a cadeia produtiva de plantas medicinais até a produção de produtos fitoterápicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).
3. METODOLOGIA
Para alcançar os objetivos do trabalho foi realizada revisão integrativa da literatura através do levantamento de dados nacionais, no período de 1998 a 2021, disponíveis em língua portuguesa no Google Acadêmico, PubMed, Lilacs, Scielo, sites governamentais e não-governamentais. Para a seleção dos artigos foram utilizadas palavras chaves: Fitoterapia, Sistema Único de Saúde, Fitoterapia
no SUS, Fitoterapia na grade curricular. Os critérios de inclusão foram abordaram a fitoterapia no SUS e sua implantação e/ou uso.
artigos originais e que
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 (
d
) (
n
) (
r
)Para o desenvolvimento	esse artigo foram analisados 61 estudos o iginais sobre programas e
aceitação de uso de fitoterápicos
a atenção primária à saúde no Sistema Úni
o de Saúde Brasileiro, das
quais 32 publicações foram analisadas para a obtenção dos resultados apresentados neste artigo. Foram
 (
d
)analisados de acordo com o local e pesquisa e podem ser observados na Tabela 1 abaixo:
Quadro 1: Levantamento trabalho.
das localidades abordadas nos artigos originais selecionados para o
	
REGIÃO
	
ARTIGOS
	
Brasil
	
SANTOS et al., 2011 MATSUCHITA et al., 2015 DUARTE et al., 2018 SILVA, 2018
RIBEIRO, 2019
	
Norte
	FILOCREÃO, 2017 MIGUEL et al., 2017 RIBEIRO et al., 2019 CALDAS, 2019
	
Nordeste
	
CARNEIRO et al., 2004 ROSA et al., 2010 BARRETO,2015 BIANCHI, 2016
SÁ, 2016
	
Centro-Oeste
	
BRANDÃO et al., 2001 SANTOS et al., 2011 IBIAPINA, 2014
BARRETO, 2015
FERREIRA et al., 2018
	
Sudeste
	
DASGUPTA, 2003 PIRES et al., 2004 REIS et al., 2004
GUIMARÃES et al. 2006 VEIGA JUNIOR; 2008 ROSA et al., 2010 BIANCHI, 2016
IBIAPINA, 2014 FIGUEREDO et al., 2014 BARRETO,2015 MARQUES, 2019
FILHO et al., 2020
	
Sul
	
TOMAZZONI, 2006
DINIZ, 2006 ROSA et al., 2010
BRUNING et al., 2011
IBIAPINA, 2014
O Gráfico 1 abaixo mostra o percentual de trabalhos encontrados por região, sendo que alguns artigos abrangeram a fitoterapia no contexto brasileiro.
Gráfico 1 - Distribuição percentual dos artigos originais avaliados no trabalho de acordo com a
região geográfica.
4.1 FITOTERAPIA NO BRASIL
Há décadas, o Brasil vem investindo na publicação e aperfeiçoamento de listas de medicamentos essenciais como instrumento para garantia do acesso à assistência farmacêutica e para promoção do uso racional de medicamentos. Diversos atos normativos reafirmam a importância dessa estratégia no SUS. A Política Nacional de Medicamentos (PNM), instituída pela Portaria GM/MS nº 3.916, de 30 de outubro de 1998, afirma que o Ministério da Saúde estabelecerá mecanismos que permitam a contínua atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), imprescindível instrumento de ação do SUS, na medida em que contempla um elenco de produtos necessários ao tratamento e controle da maioria das patologias prevalentes no País (RENAME, 2020).
A Rename é elaborada atendendo aos princípios fundamentais do SUS, configurando-se como a relação dos medicamentos disponibilizados por meio de políticas públicas e indicados para os tratamentos das doenças e agravos que acometem a população brasileira. A lista é construída a partir da avaliação de
eficácia, efetividade, segurança, custo, disponibilidade, entre outros (RENAME, 2020). Alguns
fitoterápicos fazem parte da RENAME, conforme Quadro 2 abaixo.
 (
s
)
Quadro 2 - Lista de plantas medicinais e suas formas farmacêuticas da RENAME.
	
Denominação Genérica
	
Concentração/ Composição
	Forma
farmacêutica/ Descrição
	Indicações Farmacêuticas
	
Alcachofra (Cynara scolymus L.)
	24 mg a 48
m de derivados de ácido cafeoilquínico expressos em ácido
clorogênico (dose diária)
	
Cápsula, comprimido, solução Oral, Tintura.
	Desconforto abdominal.
	Aroeira ( Schinus terebinthifolius Raddi)
	
1,932 mg de ácido gálico
(dose diária)
	
Gel vaginal,Óvulo vaginal.
	Adstringente, diurética, anti- inflamatória,
Antimicrobiana, e cicatrizante
	
Babosa [Aloe vera (L.) Burm. f.]
	
10-70% gel fresco
	
Creme, Gel.
	Melhora a mucosa, tem ação cicatrizante e ainda acalma o sistema digestivo.
	Cáscara- sagrada (Rhamnus purshiana DC.)
	20 mg a 30 mg de derivados hidroxiantracênicos expressos em
cascarosídeo A (dose diária)
	
Cápsula,Tintura.
	
Tratamento de prisão de ventre e/ou constipação ocasional
	
Cáscara- sagrada (Rhamnus purshiana DC.)
	60 mg a 90 mg de taninos totais expressos em pirogalol
(dose diária)
	
Cápsula,Tintura.
	Tratamento de prisão de ventre e/ou constipação ocasional
	Espinheira- santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek)
	60 mg a 90 mg de taninos totais expressos em pirogalol
(dose diária)
	Cápsula,Tintura,Su p ensão Oral,Emulsão Oral.
	Gastrite, dores de estômago, úlcera gástrica e azia
	
Espinheira- santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek)
	30-100 mg de
harpagosídeo ou 45-150 mg de iridoides totais expressos em harpagosídeos
	
Cápsula.
	Gastrite, dores de estômago, úlcera gástrica e azia
	
	(dose diária)
	
	
	Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens DC. ex Meissn.)
	3 mg a 100 mg de harpagosídeo ou 45 a 150
mg de iridoides totais expressos em harpagosídeos
	
Comprimido,Comp i mido de liberação retardada.
	
Antirreumáticas anti- inflamatórias e analgésicas
	
	(dose diária)
	
	
	Guaco (Mikania glomerata Spreng.)
	0,5 mg a 5 mg de cumarina (dose diária)
	
Tintura,Xarope,Sol ç ão Oral.
	
Tratamento de
doenças do trato respiratório
	
	60 a 440 mg de
	
	Dispépticos e
	Hortelã (Mentha
	ment l e	28 a 256
	
	infeções
	x piperita L.)
	mg de mentona
	Cápsula.
	respiratórias
	
	( ose diária)
	
	
	
Isoflavona-de-soja [Glycine max (L.) Merr.]
	
50 mg a 120 mg de isoflavonas
(dose diária)
	
Cápsula, Comprimido.
	Aliviar os sintomas da TPM, diminuir o colesterol ruim ou prevenir a
osteoporose na pós- menopausa.
	Plantago (Plantago ovata Forssk.)
	3 g a 30 g (dose diária)
	
Pó para Dispersão Oral.
	Diarreia e constipação intestinal
	
Salgueiro (Salix alba L.)
	
60 mg a 240 mg de salicina (dose diária)
	Comprimido, Elixir, Solução Oral.
	Febre, dor de cabeça, reumatismo, artrite, artrose, gota, gripes, resfriados e nevralgia.
	unha-de-gato [Uncaria tomentosa (Willd. ex Roem. &
Schult.)]
	
0, mg de alcaloides oxin ólicos pentaclíclicos
	
Cápsula, Comprimido;
	Anti-inflamatórias e antifúngicas.
 (
9
) (
d
)Fonte: RENAME, 2020.
Considerando que a fitoterapia é uma opção de tratamento eficaz e abrangente na cultura brasileira, muitas cidades e regiões do país têm consistentemente estabelecido ações/planos de
fitoterapia em seus sistemas de
saúde (REIS et al., 2004).	Dentre elas,
algumas possuem
 (
0
) (
o
) (
d
) (
u
)estruturas bastante sólidas e estão implantados há mais de dez anos, como exemplo:
· Betim (MG): com o Programa Fitoterápico Farmácia Viva no SUS-Betim (MG), que tem atividades de orientação à comunidade para o uso correto e racional das plantas medicinais; resgate e
valorização do uso de plantas medicinais pela população; palestras educativas nas comunidades, escolas, asilos, creches e associações de bairro em parceria da Secretaria Municipal de Educação; implantação de Hortas medicinais com orientação e assistência quanto ao cultivo das espécies selecionadas, fornecimento de medicamentos fitoterápicos para as Unidades Básicas de Saúde do SUS/Betim dentre outras (GUIMARÃES et al. 2006).
· Londrina (PR): com o Programa Municipal de Fitoterapia no Município de Londrina (PR) com a realização de palestras e reuniões nas comunidades participantes do programa, com orientação sobre o cultivo e preparo doméstico de plantas medicinais; identificação das espécies trazidas pela comunidade e cuidadosgerais (indicações, Contra-indicações e efeitos colaterais). (DINIZ, 2006)
· Rio de Janeiro (RJ): com o Programa de Fitoterapia no município do Rio de Janeiro (RJ), com atividades educacionais junto com outros temas: preservação ambiental, alimentação natural, prevenção de doenças; implantação de hortas comunitárias fundamentadas pelo projeto Farmácia Viva, realizando o cultivo de plantas validadas cientificamente e orientações a grupos de usuários; (cultivo, produção de mudas, manipulação caseira e o uso correto das plantas medicinais) (REIS et al. 2004).
· Itapipoca (CE): com o projeto “Da planta ao medicamento”, Experiência da Fitoterapia na
Atenção Primária à Saúde no Município de Itapipoca (CE), com a realização do “Curso de
Manipulação de Medicamentos Caseiros” nas UBS; implantação de hortas medicinais nos locais onde
ocorrem os Cursos de Manipulação Caseira, com atenção aos critérios de origem, colheita e
identificação de plantas usadas
pela população e distribuição de mudas
de plantas e Kits para
fabricação de lambedores caseiros contra infecção respiratória aguda, com orientação farmacêutica (CARNEIRO et al. 2004).
· Ribeirão Preto (SP): com a Prática Alternativa de Saúde na Atenção Básica da Rede SUS de Ribeirão Preto (SP), com divulgação dos conceitos das Práticas alternativas de Saúde, através de
palestras, encontros, entrevistas
na imprensa, fóruns regionais; implantação
de “Farmácias Vivas”
junto à comunidade e Orientação técnica a municípios da região colaborando para a implantação da
Fitoterapia na Rede Básica do SU (PIRES et al. 2004).
· Maranhão (MA): Ao todo, 124 farmacêuticos participaram da implantação da horta por
meio de parcerias institucionais com secretarias municipais, universidades federais e estaduais,
institutos federais de pesquisa e
escolas de ensino médio. Os profissionais
estão empenhados em
incentivar o cultivo das plantas medicinais existentes em cada área e promover a capacitação no uso das técnicas corretas de utilização das formas de cultivo, beneficiamento, colheita, secagem, beneficiamento e uso envolvendo a produção e uso de plantas medicinais e f toterápicas. Na maioria das comunidades que estabeleceram hortas, muitas pessoas acreditam que o uso de plantas medicinais
na forma de chás devidamente preparados é uma opção para o tratamento de doenças como
hipertensão, diabetes e outras doenças. Os profissionais têm o compromisso de incentivar o cultivo das
plantas medicinais presentes em cada área e promover a utilização de capacita ão técnica nos métodos
corretos de plantio, manejo, colheita, secagem, manejo e uso. A farmácia viva fornece qualificação técnica para profissionais de saúde e demais envolvidos na produção e uso de plantas medicinais e fitoterápicas (CALDAS, 2019).
O número de programas de fitoterapia vem crescendo desde meados da década de 1980, mas foi após a criação do SUS em 1988, que o número de projetos apresentou tendência de aumento. De 2006 a 2008, com o lançamento da Política Nacional de Plantas Medicinais do Ministério da Saúde (2006) e do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e seu Comitê de Gestão em 2008, esse crescimento ganhou mais destaque. Dados do Ministério da Saúde (Gráfico 2) mostram que em 1997, 101 municípios possuíam projetos de fitoterapia; em 2004, eram 116 municípios; em 2008,
saltou para 346 municípios; em 2012, atingiu 815 municípios (RIBEIRO, 2019).
Fonte: RIBEIRO, 2019
 (
n
)Gráfico 2: Crescimento do 2012.
úmero de programas municipais de fitoterapia no SUS no período 1997-
Analisando as formas de produção dos programas municipais de fitoterapia no SUS, comparando 2008 e 2012 (Figura 1 e 2 respectivamente), observando-se que até 2008 havia um domínio de programas municipais baseados na manipulação de fitoterápicos (80,2%), especialmente em farmácias públicas
próprias de manipulação (45,7% farmácias privadas conveniadas
do total dos programas municipais) e, em menor quantidade, em (34,5%). Em 2008 a compra e dispensação de fitoterápicos
industrializados, foram muito menores (19,8 dos programas municipais apresentavam essa forma de produção e dispensação), no ano de 2012 torna-se predominante nos programas municipais (marcando presença em 64,3% dos municípios com programas) com um grande retrocesso dos fitoterápicos manipulados (15,8%), em farmácias públicas próprias e também conveniadas, e da dispensação de plantas frescas (9,1%) e secas (10,8%) (RIBEIRO, 2019).
Fonte: RIBEIRO, 2019.
Figura 1: Municípios brasileiros com fitoterapia no SUS, segundo três modalidades de fornecimento em 2008 - farmácia de manipulação própria, farmácia de manipulação conveniada e fitoterápico industrializado.
Fonte: RIBEIRO, 2019.
Figura 2: Municípios brasileiros com fitoterapia no SUS, segundo quatro modalidades de fornecimento em 2012 - planta fresca, planta seca, fitoterápico manipulado e fitoterápico industrializado..
Segundo uma pesquisa feita no Programa de Saúde da Família em Governador Valadares - MG, observou-se que a utilização de plantas medicinais são os principais tratamentos para ansiedade,
gripe e infecções. Conforme os autores, a maioria das espécies mencionadas e utilizadas pela
população tem eficácia farmacológica comprovada na literatura, orientando sobre seu cultivo e
emprego terapêutico (IBIAPINA, 2014).
Na secretaria municipal de saúde de Porto Alegre (RS) implantou-se a prática fitoterápica complementar ao tratamento convencional, porém, para a implementação na rede foi observado a
necessidade de informações sobre interações e efeitos indesejados. Neste mesmo município foi
identificado que muitas pessoas utilizam plantas medicinais e fitoterápicos e que vários profissionais
atuantes no serviço de saúde pública indicam esses recursos terapêuticos aos usuários do SUS.
Percebeu-se que entre os prescritores há um número elevado de prescrições de plantas medicinais em comparação aos fitoterápicos (IBIAPINA, 2014).
 (
g
)Segundo uma pesquisa realizada em 2016, na Comunidade Barreirinho, Santo Antônio de Leverger, MT, onde 45 entrevistados, sendo homens e mulheres entre a idade de 19 e 85 anos com as atividades realizadas no campo, disseram fazer o uso de plantas medicinais na para aliviar algumas enfermidades, como dor e mal-estar, além disso contribuindo para a preservação da cultura do uso de plantas medicinais. Quanto às indicações terapêuticas referidas pelos entrevistados, as que são voltadas
às patologias do sistema respiratório e aos problemas relacionados ao sistema astrointestinal foram as
 (
s
)mais citadas dentro da comunidade, representadas por 36 e 18 espécies, re pectivamente. Entre as doenças respiratórias, encontram-se: gripe, tosse, bronquite e pneumonia, representando o primeiro
 (
m
)lugar no ranking de citações. E	segundo lugar, problemas gastrointestinais como gastrite, úlcera,
dores e distúrbios estomacais, constipação e diarreia. Outro destaque foram as indicações de anti-
 (
m
)inflamatórios e cicatrizantes, co 2018).
34 espécies utilizadas para essas finalidades (FERREIRA et al.,
4.2 FARMÁCIA VIVA
O projeto Farmácia Viva começou em 1983, pelo Prof. Francisco de Abreu Matos na Universidade Federal do Ceará, com o propósito de oferecer assistência farmacêutica fitoterápica de qualidade, uma forma para o tratamento de sintomas e doenças mais comuns e de menor gravidade, visando incentivar o cultivo de plantas medicinais como recurso terapêutico e promovendo educação ambiental visando a conservação e preservação da natureza. Devido aos custos reduzidos se comparados com indústrias, produção e instalações de criação, os especialistas acreditam que as Farmácias Vivas são uma alternativa viável de inclusão social (BIANCHI, 2016; FILOCREÃO; et al, 2017).
As farmácias vivas podem ser classificadas de acordo com a distinção dos serviços prestados à
população. Algumas trabalham especificamente com a manipulação de chás e outras, além da
manipulação, distribuem mudas e preparados farmacotécnicos como: pomadas, xaropes e cápsulas.Destacam-se, como vantagens deste programa, o estímulo ao desenvolvimento da produção local dos espécimes vegetais, o que permite garantir um maior controle sobre as variáveis que podem surgir em relação às plantas, permitindo assegurar a qualidade das espécies cultivadas (BIANCHI, 2016).
O Programa Farmácia Viva foi instituído pela Portaria nº 886 de 20 de abril de 2010, com o objetivo de ser a responsável por realizar todas as etapas, desde o cultivo, o processamento, o armazenamento de plantas medicinais, a manipulação e a dispensação de preparações magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos, tudo de forma gratuita como preconizado pelo SUS (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).
A Rename traz informações sobre a movimentação de fitoterápicos nas 26 Unidades da Federação do Brasil, no período de 2012 a julho de 2019, conforme mostrado no Gráfico 3 abaixo:
Fonte: RENAME 2021.
Gráfico 3: Entrada e saída de unidades farmacêuticas de fitoterápicos em 26 UF pela RENAME.
4.3 DESAFIOS NA INSERÇÃO DA FITOTERAPIA NA GRADE CURRICULAR
A fitoterapia é uma das técnicas mais utilizadas em terapias alternativas e a principal razão de seu uso é a crença em sua eficácia. Mais da metade das pessoas expressou ou apoiou o uso de práticas alternativas para seus pacientes, enfatizando a necessidade de inclusão de disciplinas curriculares que contemplem essas práticas na formatura (BRANDÃO et al., 2001).
Recomenda-se que os medicamentos extraídos de plantas medicinais sejam prescritos por profissionais de saúde. No entanto, a falta de conhecimento quando se trata de autoadministração pelo paciente, a interação entre plantas medicinais e medicamentos alopáticos e sua toxicidade torna-se um fator preocupante. Em 2005, com base na experiência acumulada e na aproximação entre saúde e educação, foi formulado o Decreto Conjunto nº 2.118, que estabeleceu uma parceria técnica entre o Ministério da Saúde e Educação na formação e desenvolvimento de recursos humanos na região. Também foi formulado um plano nacional de reposicionamento da formação dos profissionais de saúde (pró- saúde), que tem como objetivos o estabelecimento de mecanismo de cooperação técnica entre gestores do SUS e instituições acadêmicas e a ampliação do período de formação e prática dos serviços do SUS (SÁ, 2016; MARQUES, 2019).
Compreende que a política pública de saúde deve ser coerente com a educação como forma de atingir seus objetivos e diretrizes. Segundo a PNPIC, a fitoterapia é uma prática integral de saúde que promove uma visão integral do ser humano, em consonância com o estabelecido pela Lei nº 8.080 / 90 que instituiu o SUS. No Brasil, está institucionalizado para a saúde pública por meio da Política Nacional
de Práticas Integrais e Complementares e da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
Essas duas políticas enfatizam a integração do aprendizado da fitoterapia no ensino de graduação em saúde e a vinculação com as universidades, apoiam a qualificação técnica dos profissionais de saúde, incentivam os profissionais de saúde e as pessoas a usarem racionalmente as plantas medicinais e fitoterápicas, e estimulam e promovem o seu uso. Alguns estudos relatam que a principal dificuldade encontrada pelos profissionais de saúde na prática é a falta de conhecimento na área (BARRETO, 2015; SÁ, 2016).
Mesmo com a aprovação da Comissão de Medicina, Enfermagem e Farmácia, os profissionais ainda se sentem inseguros quanto ao uso de fitoterápicos. Exceto os profissionais farmacêuticos, nenhum outro profissional recebeu formação na temática da fitoterapia na graduação, esclarecendo a falta de conhecimento científico e prático. Portanto, o Conselho Regional de Medicina, Enfermagem e Farmácia
aceita apenas profissionais com pós-graduação na região como prescritores (MARQUES, 2019).
O farmacêutico é a ligação entre a cultura e a ciência, proporcionando amparo e passando as informações sobre o uso racional de medicamentos, sobre as interações entre medicamentos, fitoterápicos e alimentos. É seu papel expor o conhecimento aprendido sobre as plantas e drogas vegetais. O emprego desta prática é parte fundamental no trabalho do farmacêutico. Como alguns medicamentos fitoterápicos somente podem ser prescritos por médicos, o farmacêutico fica impedido de prescrever.
Essa regra foi proposta para que, além da valorização do profissional, a população procure um
profissional habilitado/farmacêutico como forma segura de utilização, indiscriminado de fitoterápicos (MARQUES, 2019).
assim evitando	o uso
Alguns conselhos municipais têm implantado programas de fitoterapia aplicados aos serviços públicos de saúde - alguns deles com estruturas bastante sólidas e monitoramento sistemático de resultados, como Vitória (ES), Curitiba (PR), cidade do Rio de Janeiro (RJ), Ribeirão Preto (SP) e Itapipoca (CE). A avaliação dessas experiências revelou sua importância na redução de custos e algumas questões técnicas que afetam o desempenho do programa, como a formação de profissionais competentes
e a padronização de plantas medi al., 2010).
inais de acordo com os padrões científicos contemporâneos (ROSA et
Tendo em vista a biodiversidade brasileira e a meta de melhorar a saúde da população, o
Ministério da Saúde tem investido na utilização da fitoterapia como complemento do SUS. Porém, para
que aconteça de maneira correta e principalmente com segurança, são necessários profissionais bem
treinados que entendam a química, a toxicologia e a farmacologia das plantas medicinais, bem como os princípios ativos, sem ignorar o conhecimento popular (SANTOS et al., 2011).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A OMS percebeu o crescimento das Práticas Integrativas e Complementares. (PICs) em todo o mundo e incentiva seu uso com base em evidências de segurança e qualidade. No Brasil, o uso de tais
práticas pode trazer os seguintes benefícios: redução no gasto com medicamentos, melhor adesão ao
tratamento, ênfase na cultura e contribuições para a verificação científica de espécies no uso de plantas medicinais e ervas. Esses aspectos contribuíram para a implementação das políticas governamentais de fitoterapia (BARRETO, 2015).
Neste trabalho foi constatado que a produção científica referente a relatos da implantação de
programas de fitoterapia no Brasil está crescendo a cada dia. No entanto, ainda é necessário ampliar as pesquisas e fornecer subsídios para o fornecimento de plantas medicinais e fitoterápicas para o SUS.
A implantação da fitoterapia no SUS apresenta vários pontos positivos, entre eles: baixo custo, menor incidência de efeitos colaterais, alta aceitação do usuário e o incentivo ao desenvolvimento técnico-científico a partir de plantas medicinais e usos etnofarmacológicos.
Também foram encontradas dificuldades e desafios no que diz respeito à fitoterapia na saúde
pública brasileira, destacando-se universitária de profissionais da
particularmente que este tema ocupa pouco espaço na formação saúde. É importante ampliar o debate sobre o uso de fitoterápicos,
principalmente no meio acadêmico, pois cabe a ele mudar o paradigma da saúde, da educação e do meio ambiente, como disseminador das ideias que norteiam as ações dos órgãos governamentais e públicos.
Em resposta às dificuldades identificadas, foram observadas algumas ações que mostram que a fitoterapia como alternativa terapêutica no SUS tem avançado no Brasil, como: o aumento da pesquisa científica nas universidades públicas e a abertura de farmácias vivas em vários municípios de diferentes
unidades federativas brasileiras.
A fitoterapia não é apenas uma forma de
tratamento disponível, é
também, um resgate da cultura e tradição de um país e uma forma de promover o crescimento econômico nacional.
6. REFERÊNCIAS
BARRETO, Benilson Beloti. Fitoterapia como conteúdo nos cursos de graduação da área da saúde:
 (
o
)importância para a formação pr fissional. 2015. 150 f., il. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)
Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
BIANCHI, Randal Vinícius. Farmácia da natureza:um modelo eficiente de farmácia viva. POLÍTICA E GESTÃO DA INOVAÇÃO, [S. l.], p. 1, 29 mar. 2016.
BRANDÃO MGL, Moreira RA, Acúrcio FA. Interesse dos estudantes de Farmácia e Biologia por plantas medicinais e Fitoterapia. Revista Brasileira de Farmacognosia 2001;11(2): 71-6.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica– Brasília : Ministério da
Saúde, 2012. 156 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica ; n. 31)
BRUNING, M.C.R; MOSEGUI, G.B.G; VIANNA, C.M.M. A utilização da fitoterapia e de plantas medicinais em unidades básicas de saúde nos municípios de Cascavel e Foz do Iguaçu – Paraná: a
visão dos profissionais de saúde
OPINIÃO, [S. l.], p. 2675-2685, 13 dez.
2011. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/csc/v17n10/17.pdf. Acesso em: 2 mar. 2021.
 (
e
)CALDAS, Murilo. Maranhão apr senta Projeto Farmácia Viva ao plenário do CFF. Conselho Federal de Farmácia, [s. l.], 30 jan. 2019. Disponível em: https://www.cff.org.br/noticia.php?id=5162. Acesso em: 14 nov. 2021.
CARNEIRO, S. M. O.; PONTES, L. M. L.; GOMES FILHO, V. A. F.; GUIMARÃES, M. A. Da
planta ao medicamento: experiência da utilização da fitoterapia na atenção primária à saúde no município de Itapipoca (CE). Saúde Debate; (30): 50-55, mar. 2004.
DASGUPTA A. Revisão de resultados de testes laboratoriais anormais e efeitos tóxicos devido ao uso de medicamentos fitoterápicos, julho de 2003. p. 127-37. Acesso em: 27 abr. 2021.
DINIZ, R.C. Programa municipal de fitoterapia do município de Londrina, no Paraná (PR). Saúde Debate; (34): 73-80, maio 2006.
DUARTE, Elisete; EBLE, Laeticia Jensen; GARCIA, Leila Posenato. 30 anos do Sistema Único de
Saúde. Epidemiol. Serv. Saúde,
Brasília, v. 27, n. 1, e00100018, mar.
2018. Disponível em
<http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742018000100001&lng=p t&nrm=iso>. Acesso em 05 mar. 2021.
FERREIRA, André Luís de Souza et al. A etnobotânica e o uso de plantas medicinais na
Comunidade Barreirinho, Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso, Brasil. A etnobotânica e o uso de plantas medicinais na Comunidade Barreirinho, Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso, Brasil, [S. l.], p. 1, 28 jun. 2018.
FIGUEREDO, Climério Avelino de; GURGEL, Idê Gomes Dantas; GURGEL JUNIOR, Garibaldi Dantas. A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos: construção, perspectivas e desafios.
Physis,	Rio	de	Janeiro,
v.	4,	n.	2,	p.	381-400,
2014.	Disponível
em<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312014000200381&lng=pt &nrm=iso>. Acesso em 05 mar. 2021.
FILHO, Valdir; ZANCHETT, Camile. Fitoterapia avançada: uma abordagem química biológica e nutricional. São Paulo: Simone de Fraga, 2020. ISBN 9786581335144.
 (
M
)FILOCREÃO, Antonio Sergio Jesus	Soares	dos.	Fitoterapia
onteiro; GALINDO, Alexandre Gomes; SANTOS, Terezinha de na	Amazônia:	a	experiência	doestado	do	Amapá-Brasil.
DESENVOLVIMENTOE MEIO
AMBIENTE, [S. l.], p. 399-420, 1 abr.
2017. Disponível em:
https://revistas.ufpr.br/made/article/view/43655/32117. Acesso em: 11 nov. 2021
GUIMARÃES, J.; VIEIRA, L.A.; MEDEIROS, J.C. de. Programa fitoterápico Farmácia Viva no SUS
– Betim, Minas Gerais. Saúde Debate; (36): 41-47, ago. 2006.
IBIAPINA,W.;LEITÃO,B.;BATISTA,M.;	PINTO,D.	INSERÇÃO	DA	FITOTERAPIA	NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA AOS USUÁRIOS DO SUS. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança, v. 12, n. 1, p. 60 - 70, 15 jun. 2014.
MARQUES, P. A.; SIMÃO, T. A.; MORIYA, M. M.; DIAS, G.; ANTUNES, V. M. de S.;
OLIVEIRA, C. R. Prescrição farmacêutica de medicamentos fitoterápicos. Brazilian Journal of
Natural Sciences, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 15, 2019. DOI: 10.31415/bjns.v2i1.47. Disponível em:
https://bjns.com.br/index.php/BJNS/article/view/47. Acesso em: 20 nov. 2021.
MATSUCHITA, HUGO LEONARDO PEREIRA; MATSUCHITA, ANA SILVIA PEREIRA. A
Contextualização da Fitoterapia na Saúde Pública. UNICIÊNCIAS [Internet]. 2015 Mar 01	[cited
2021	Mar	6]:86-92.	DOI	https://doi.org/10.17921/1415-5141.2015v19n1p%25p.Availablefrom: https://revista.pgsskroton.com/index.php/uniciencias/article/view/3160
 (
e
)MIGUEL, Lais Mourão. Uso sust ntável da biodiversidade na amazonia brasileira: experiencias atuais
e perspectivas das bioindustrias de cosmeticos e fitoterapicos. [S. l.], p. 15-40, 2017. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-13052008- 154603/publico/MESTRADO_LAIS_MOURAO_MIGUEL.pdf. Acesso em: 13 nov. 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Insti ui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
PORTARIA Nº 886, DE 20 DE ABRIL DE 2010, [S. l.], p. 1, 20 abr. 2010.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES - PLANTAS
MEDICINAIS E FITOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA. Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica, n. 31. Brasília – DF 2012.
MINISTÉRIO	DA	SAÚDE.	01/10/1998.	[S.	l.],	30	out.	1998.	Disponível	em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html
MINISTÉRIO da saúde. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) no Sistema Único de Saúde., [s. l.], 3 maio 2006.
PIRES, A. M.; BORELLA, J. C.; RAYA, L. C. Prática alternativa de saúde na atenção básica da rede SUS de Ribeirão Preto (SP). Saúde Debate; (30): 56-58. Mar. 2004.
REIS, M. C. P.; LEDA, P. H. DE O.; PEREIRA, M. T. C. DE L.; TUNALA, E. A. M. Experiência na
implantação do Programa de Fitoterapia do Município do Rio de Janeiro. Saúde Debate; (30): 42-49, mar. 2004.
RENAME: Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME 2020. Ministério da Saúde. Brasília, DF, 2020.
RIBEIRO, Luis Henrique Leandro. Análise dos programas de plantas medicinais e fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS) sob a perspectiva territorial. Ciência & Saúde Coletiva , [S. l.], p. 2,3, 30 mai. 2019.
 (
G
)RIBEIRO,	Tayanne	Pereira; DESENVOLVIMENTO DA RE
SILVA	,	Daniel	Nogueira.	ALTERNATIVA	PARA	O IÃO AMAZÔNICA: UMA ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA COM
FITOTERÁPICOS NO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS/PA. Revista de Administração e Negócios da	Amazônia,	[s.	l.],	v.	11,	p.	58-80,	1	dez.	2019.	Disponível	em:
https://core.ac.uk/download/pdf/270178424.pdf. Acesso em: 14 nov. 2021.
ROSA, Caroline da; CÂMARA, Sheila Gonçalves; BÉRIA, Jorge Umberto. Representações e intenção
de uso da fitoterapia na atenção básica à saúde. Ciência & Saúde Coletiva , [S. .], p. 2-3, 13 dez. 2010.
SÁ, Kellen Miranda. A repercussão da política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos na
 (
e
)formação superior em saúde no estado do Ceará entre 2006 e 2016. 2016. 215f. – Dissertação
(Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação Gestão da Educação Superior, Fortaleza (CE), 2016.Acesso em: 20 nov. 2021.
m Políticas Públicas e
SANTOS R, Guimarães G, Nobre M, Portela A. Análise sobre a fitoterapia como prática integrativa no Sistema Único de Saúde. Rev Bras Plantas Medicinais. 2011;13(4):486-91.
SANTOS, R.L; GUIMARÃES, G.P; NOBRE, M.S.C; PORTELA, A.S. Análise sobre a fitoterapia como prática integrativa no Sistema Único de Saúde. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, p. 486-491, 7 jul. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbpm/v13n4/a14v13n4.pdf. Acesso em: 9 mar. 2021.
SILVA, Márcia de Paula; RIBEIRO, Monique Soares; SOARES, Renata Kelly; VARGAS, Adriana
Maria	Patarroyo;	FRANCO,
Adriane	Jane;	DINIZ,	Renata	Silva.
UTILIZAÇÃO	DE
FITOTERÁPICOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Revista Científica Univiçosa,	Viçosa-MG,
v,	10,	p.	1031-1036,	1	dez.2018.	Disponível	em:
https://academico.univicosa.com.br/revista/index.php/RevistaSimpac/article/viewFile/1181/137	7.
Acesso em: 17 mar.2021.
TOMAZZONI, Marisa Ines; NEGRELLE, Raquel Rejane Bonato; CENTA, Maria de Lourdes. Fitoterapia popular: a busca instrumental enquanto prática terapeuta. Texto contexto - enferm. ,
Florianópolis,	v.	15,	n.
1,	pág.	115-121,	marçode
2006.	Disponível
em<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072006000100014&lng=en &nrm=iso>. Acesso em 27 de abril de 2021.
VEIGA JUNIOR, Valdir Florêncio da. Estudo do consumo de plantas medicinais na Região Centro- Norte do Estado do Rio de Janeiro: aceitação pelos profissionais de saúde e modo de uso pela população. Rev. bras. Farmacognosia 2008, vol.18, n.2, pp. 308.

Continue navegando