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CAP 1 Bushong

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Table	of	Contents
Front	Matter
Copyright
Revisão	Científica	e	Tradução
Consultores
Dedicação
Este	livro	é	dedicado	também	a	meus	amigos	que	estão	aqui	e	aos	que	se	foram
Prefácio
PARTE	I:	FÍSICA	RADIOLÓGICA
Capítulo	1:	Conceitos	de	Ciência	Radiológica
Capítulo	2:	Fundamentos	de	Ciência	Radiológica
Capítulo	3:	A	Estrutura	da	Matéria
Capítulo	4:	Energia	Eletromagnética
Capítulo	5:	Eletricidade,	Magnetismo	e	Eletromagnetismo
PARTE	II:	O	FEIXE	DE	RAIOS	X
Capítulo	6:	O	Equipamento	de	Raios	X
Capítulo	7:	O	Tubo	de	Raios	X
Capítulo	8:	Produção	de	Raios	X
Capítulo	9:	Emissão	da	Radiação	X
Capítulo	10:	Interação	dos	Raios	X	com	a	Matéria
PARTE	III:	A	RADIOGRAFIA
Capítulo	11:	Filme	Radiográfico
Capítulo	12:	Processando	a	Imagem	Latente
Capítulo	13:	Telas	de	Intensificação	Radiográfica
Capítulo	14:	Controle	da	Radiação	Espalhada
Capítulo	15:	Técnica	Radiográfica
Capítulo	16:	Qualidade	da	Imagem
Capítulo	17:	Artefatos	de	Imagem
Capítulo	18:	Controle	de	Qualidade
PARTE	IV:	EXAMES	AVANÇADOS	COM	RAIOS	X
Capítulo	19:	Mamografia
Capítulo	20:	Controle	de	Qualidade	em	Mamografia
Capítulo	21:	Fluoroscopia
Capítulo	22:	Radiologia	Intervencionista
Capítulo	23:	Tomografia	Computadorizada	Multicorte
PARTE	V:	IMAGEM	DIGITAL
Capítulo	24:	Ciência	da	Computação
Capítulo	25:	Radiografia	Computadorizada
Capítulo	26:	Radiografia	Digital
Capítulo	27:	Fluoroscopia	Digital
Capítulo	28:	A	Imagem	Digital
Capítulo	29:	Visualizando	a	Imagem	Digital
Capítulo	30:	Controle	de	Qualidade	do	Monitor	Digital
Capítulo	31:	Artefatos	na	Imagem	Digital
PARTE	VI:	RADIOBIOLOGIA
Capítulo	32:	Biologia	Humana
Capítulo	33:	Princípios	Fundamentais	da	Radiobiologia
Capítulo	34:	Radiobiologia	Celular	e	Molecular
Capítulo	35:	Efeitos	Imediatos	da	Radiação
Capítulo	36:	Efeitos	Tardios	da	Radiação
PARTE	VII:	PROTEÇÃO	CONTRA	RADIAÇÃO
Capítulo	37:	Proteção	Radiológica
Capítulo	38:	Projeto	para	Proteção	Radiológica
Capítulo	39:	Gerenciamento	da	Dose	no	Paciente
Capítulo	40:	Gerenciamento	da	Dose	Ocupacional
GLOSSÁRIO
RESPOSTAS
Índice
Crédito	das	Ilustrações
Revisão	de	Física	Básica
Unidades	Usuais	em	Radiologia
Tabelas	de	Conversão
PARTE	I
FÍSICA	RADIOLÓGICA
CAPÍTULO	1
Conceitos	de	Ciência	Radiológica
TÔPICOS
Natureza	da	Nossa	Vizinhança
Matéria	e	Energia
Fontes	de	Radiações	Ionizantes
Descoberta	dos	Raios	X
Desenvolvimento	da	Radiologia	Moderna
Relatórios	de	Danos	por	Radiação
Proteção	Radiológica	Básica
A	Equipe	de	Imagem	Dignóstica
OBJETIVOS
Ao	final	deste	capítulo,	o	estudante	deverá	ser	capaz	de:
1.	Descrever	as	características	da	matéria	e	energia
2.	Identificar	as	várias	formas	de	energia
3.	Definir	radiação	eletromagnética	e	especificamente	radiação	ionizante
4.	Determinar	a	intensidade	relativa	das	radiações	ionizantes	provenientes	de	várias	fontes
5.	Relatar	a	descoberta	acidental	dos	raios	X	por	Roentgen
6.	Discutir	exemplos	de	lesões	corporais	causadas	pela	radiação
7.	Listar	os	conceitos	básicos	de	proteção	radiológica
ESTE	CAPÍTULO	 explora	 os	 conceitos	 básicos	 de	 ciência	 e	 tecnologia	 de	 imagem	por	 raios	X.	 Isso	 inclui	 o	 estudo	 da
matéria,	da	energia,	do	espectro	eletromagnético	e	da	radiação	ionizante.	A	produção	e	o	uso	de	radiação	ionizante	como	um
instrumento	de	diagnóstico	servem	como	base	para	a	radiografia.	Técnicos	ou	tecnólogos	que	lidam	especificamente	com	a
imagem	 de	 raios	 X	 serão	 denominados	 de	 tecnólogos	 em	 radiologia.	 Estes	 têm	 uma	 grande	 responsabilidade	 em	 realizar
exames	de	raios	X,	em	conformidade	com	o	estabelecido	nas	normas	de	proteção	radiológica	para	a	segurança	dos	pacientes	e
do	pessoal	médico.	A	radiografia	é	a	escolha	de	uma	carreira	com	grandes	e	diversas	oportunidades.	Bem-vindo	ao	campo	das
imagens	médicas!
NATUREZA	DA	NOSSA	VIZINHANÇA
Em	 uma	 análise	 física,	 todas	 as	 coisas	 podem	 ser	 classificadas	 como	matéria	 ou	 energia.
Matéria	 é	 qualquer	 coisa	 que	 ocupe	 espaço	 e	 tenha	 massa.	 Consiste	 numa	 substância
material	 da	 qual	 os	 objetos	 físicos	 são	 compostos.	 Toda	 a	matéria	 é	 formada	 por	 blocos
fundamentais	de	construção	denominados	átomos,	que	estão	arranjados	de	modo	complexo	e
variado.	Estes	arranjos	atômicos	são	expostos	em	detalhes	no	Capítulo	3.
Uma	 característica	 primária	 distintiva	 da	matéria	 é	 a	massa	 –	 quantidade	 de	 matéria
contida	 em	 qualquer	 objeto	 físico.	 Geralmente	 usamos	 o	 termo	 peso	 quando	 é	 descrita	 a
massa	de	um	objeto	e,	para	nossos	objetivos,	podemos	considerar	massa	e	peso	como	sendo
a	mesma	 coisa.	 Lembre-se,	 entretanto,	 que	 em	 sentido	 científico	 rigoroso	 eles	 não	 são	 o
mesmo.	Massa	é,	na	realidade,	descrita	por	sua	equivalência	energética,	enquanto	peso	é	a
força	exercida	sobre	um	corpo	sob	a	influência	da	gravidade.
	Massa	é	a	quantidade	de	matéria	descrita	pela	sua	equivalência	energética.
Massa	é	medida	em	quilogramas	(kg).	Por	exemplo,	na	Terra,	um	homem	de	91	kg	pesa
mais	que	uma	mulher	de	55	kg.	Isto	ocorre	por	causa	da	atração	mútua,	chamada	gravidade,
entre	 a	massa	 da	 Terra	 e	 a	massa	 do	 homem	 ou	 da	mulher.	 Sobre	 a	 Lua,	 o	 homem	 e	 a
mulher	pesariam	cerca	de	um	sexto	apenas	do	que	pesam	sobre	a	Terra,	porque	a	massa	da
Lua	 é	 muito	 menor	 do	 que	 a	 da	 Terra.	 Entretanto,	 a	 massa	 do	 homem	 e	 a	 da	 mulher
permaneceriam	inalteradas	em	91	kg	e	55	kg,	respectivamente.
MATÉRIA	E	ENERGIA
Matéria	é	qualquer	coisa	que	ocupe	espaço.	Corresponde	à	substância	material,	com	massa,
da	qual	objetos	físicos	são	compostos.	Os	complexos	blocos	fundamentais	de	construção	da
matéria	são	os	átomos	e	as	moléculas.	O	quilograma,	a	unidade	científica	de	massa,	não
está	 relacionado	 com	 os	 efeitos	 gravitacionais.	 O	 prefixo	 quilo	 significa	 1.000;	 um
quilograma	(kg)	é	igual	a	1.000	gramas	(g).
Conto	do	Pinguim	por	Benjamin	Archer
Na	grande	e	bela	vastidão	da	região	Antártica,	existiu	uma	vez	um	grande	isolado	iceberg	flutuando	no	mar	sereno.	Devido
à	sua	localização	e	acessibilidade,	o	grande	iceberg	se	tornou	uma	Meca	para	pinguins	de	toda	área.	À	medida	que	mais	e
mais	pinguins	se	juntavam	à	nova	casa	e	começavam	a	cobrir	as	encostas	do	campo	de	gelo,	o	iceberg	começou	a	afundar
cada	vez	mais	no	mar.	Os	pinguins	mantiveram-se	em	escalada,	forçando	outros	para	fora	do	iceberg	e	de	volta	para	o	oceano.
Logo,	o	iceberg	se	tornou	quase	submerso	devido	ao	grande	número	de	pinguins	que	tentaram	residir	lá.
Moral:	O	PINGUIM	representa	um	fato	importante	ou	um	pedaço	de	informação	que	temos	de	aprender	para	entender
um	assunto.	O	cérebro,	semelhante	ao	iceberg,	só	pode	reter	certa	quantidade	de	informações	antes	que	fique	sobrecarregado.
Quando	isso	acontece,	conceitos	começam	a	ficar	fora	de	lugar,	como	os	pinguins	do	iceberg	naufragado.	Portanto,	a	chave
para	a	aprendizagem	é	reservar	espaço	para	os	verdadeiros	“pinguins”	a	fim	de	preencher	os	valiosos	e	confinados	limites	do
nosso	cérebro.	Assim,	pontos-chave	neste	livro	são	destacados	e	referidos	como	“PINGUINS”.
Embora	a	massa,	a	quantidade	de	matéria,	mantenha-se	 inalterada,	 independentemento
seu	estado,	pode	ser	transformada	a	partir	de	um	tamanho,	aparência	e	forma	para	outro
tipo.	Considere	um	bloco	de	1	kg	de	gelo,	 em	que	a	 forma	muda	quando	o	bloco	de	gelo
derrete	 numa	 poça	 de	 água.	 Se	 a	 poça	 de	 água	 pode	 secar,	 a	 água	 aparentemente
desaparece	 por	 completo.	 Sabemos,	 no	 entanto,	 que	 o	 gelo	 é	 transformado	 a	 partir	 do
estado	sólido	para	o	estado	líquido	e	que	a	água	líquida	passa	para	vapor	de	água	suspenso
no	 ar.	 Se	 pudéssemos	 reunir	 todas	 as	 moléculas	 que	 compõem	 o	 gelo,	 a	 água,	 o	 vapor
d’água	e	medir	suas	massas,	descobriríamos	que	cada	forma	tem	a	mesma	massa.
Semelhante	 à	 matéria,	 a	 energia	 pode	 existir	 em	 diversas	 formas.	 No	 Sistema
Internacional	(SI),	a	energia	é	medida	em	joules	(J).	Em	radiologia,	a	unidade	elétron	volt
(eV)	é	frequentemente	utilizada.
	Energia	é	a	capacidade	de	realizar	trabalho.
Energia	 potencial	 é	 a	 capacidade	 de	 realizarum	 trabalho	 em	 virtude	 da	 posição.	 A
lâmina	de	uma	guilhotina	erguida	por	corda	e	roldana	é	um	exemplo	de	objeto	que	possui
energia	potencial	(Fig.	1-1).	Se	a	corda	for	cortada,	a	lâmina	descerá	e	realizará	sua	terrível
tarefa.
FIGURA	1-1 	A	 lâmina	de	uma	guilhotina	oferece	um	exemplo	dramático	de	ambas	as	energias	potencial	 e	 cinética.
Quando	a	lâmina	é	elevada	para	a	sua	altura	máxima	e	está	presa	no	lugar,	ela	tem	energia	potencial.	Quando	se	permite	que	a
lâmina	caia,	a	energia	potencial	é	liberada	como	energia	cinética.
Um	esforço	foi	necessário	para	colocar	a	 lâmina	no	alto	e,	devido	a	esta	posição,	diz-se
que	 a	 lâmina	 possui	 energia	 potencial.	 Outros	 exemplos	 de	 objetos	 que	 possuem	 energia
potencial	 incluem	 um	 carrinho	 de	 montanha-russa	 no	 topo	 da	 inclinação	 e	 uma	 mola
esticada	em	uma	porta	aberta.
Energia	cinética	é	a	energia	do	movimento.	Todos	os	corpos	em	movimento	a	possuem:
um	 automóvel	 deslocando-se,	 uma	 roda	 de	 moinho	 girando,	 uma	 lâmina	 de	 guilhotina
caindo.	Todos	esses	sistemas	podem	realizar	trabalho	devido	ao	seu	movimento.
Energia	química	é	a	energia	liberada	por	uma	reação	química.	Um	exemplo	importante
deste	 tipo	 de	 energia	 é	 a	 fornecida	 aos	 nossos	 corpos	 por	 meio	 de	 reações	 químicas
envolvendo	os	alimentos	que	comemos.	Em	nível	molecular,	esta	área	da	ciência	é	chamada
bioquímica.	A	energia	liberada	quando	explode	uma	dinamite	é	o	exemplo	mais	dramático
de	energia	química.
Energia	elétrica	 representa	 o	 trabalho	 que	 pode	 ser	 feito	 quando	um	elétron	 se	move
por	 meio	 de	 uma	 diferença	 de	 potencial	 elétrico	 (tensão).	 A	 mais	 conhecida	 forma	 de
energia	 elétrica	 é	 a	 eletricidade	 comum	doméstica,	 que	 envolve	 o	movimento	 de	 elétrons
mediante	um	fio	de	cobre	por	uma	diferença	de	potencial	elétrico	de	110	volts	(V).	Todos	os
aparelhos	 elétricos,	 tais	 como	 motores,	 aquecedores,	 ventiladores,	 funcionam	 com	 a
utilização	de	energia	elétrica.
Energia	 térmica	 (calor)	 é	 a	 energia	 do	 movimento	 em	 nível	 molecular.	 Consiste	 na
energia	cinética	das	moléculas	e	está	estreitamente	relacionada	com	a	temperatura.	Quanto
mais	 rápido	 as	 moléculas	 de	 uma	 substância	 vibram,	 mais	 energia	 térmica	 a	 substância
possui	e	maior	é	a	sua	temperatura.
Energia	 nuclear	 é	 a	 energia	 que	 está	 contida	 dentro	 do	 núcleo	 de	 um	 átomo.	 Nós
controlamos	 a	 liberação	 e	 a	 utilização	deste	 tipo	de	 energia	 elétrica	 em	usinas	 nucleares.
Um	exemplo	da	liberação	descontrolada	de	energia	nuclear	é	a	bomba	atômica.
Energia	eletromagnética	é	talvez	a	menos	conhecida	forma	de	energia.	No	entanto,	é	a
mais	 importante	para	os	nossos	objetivos,	por	 ser	o	 tipo	de	energia	utilizada	em	raios	X.
Além	 de	 raios	 X,	 a	 energia	 eletromagnética	 inclui	 ondas	 de	 rádio,	 micro-ondas,	 luz
ultravioleta,	infravermelha	e	visível.
Assim	como	a	matéria	pode	ser	transformada	a	partir	de	um	tamanho,	aparência	e	forma
para	outro	tipo,	a	energia	também	pode	sofrer	essa	transformação	a	partir	de	um	tipo	para
outro.	Em	radiologia,	por	exemplo,	a	energia	elétrica	no	 sistema	de	 imagem	de	 raios	X	é
usada	 para	 produzir	 energia	 eletromagnética	 (os	 raios	 X),	 que	 depois	 é	 convertida	 em
energia	química	no	filme	radiográfico.
Agora	 reconsidere	 a	 afirmação	 de	 que	 todas	 as	 coisas	 podem	 ser	 classificadas	 como
matéria	ou	energia.	Olhe	à	sua	volta	e	pense	em	absolutamente	qualquer	coisa;	você	ficará
convencido	da	presente	declaração.	Você	deve	ser	capaz	de	classificar	qualquer	coisa	como
matéria,	energia,	ou	ambas.	Frequentemente,	matéria	e	energia	existem	lado	a	 lado	–	um
automóvel	em	movimento	tem	massa	e	energia	cinética;	água	fervente	tem	massa	e	energia
térmica;	a	Torre	de	Pisa	tem	massa	e	energia	potencial.
Talvez	 a	 mais	 estranha	 propriedade	 associada	 com	 matéria	 e	 energia	 é	 que	 elas	 são
intercambiáveis,	característica	descrita	pela	primeira	vez	por	Albert	Einstein	na	sua	famosa
teoria	 da	 relatividade.	 A	 equivalência	massa-energia	 na	 equação	 de	 Einstein	 é	 o	 pilar
daquela	teoria.
	Massa-Energia
E	=	mc2
onde	E	é	a	energia,	m	é	a	massa	e	c	é	a	velocidade	da	luz	no	vácuo.
Esta	equivalência	massa-energia	serve	como	base	para	a	bomba	atômica,	usinas	nucleares
e	certas	técnicas	de	imagem	em	medicina	nuclear.
A	 energia	 emitida	 e	 transferida	 por	 intermédio	 do	 espaço	 é	 chamada	 de	 radiação.
Quando	 uma	 corda	 de	 um	 piano	 vibra,	 diz-se	 que	 irradia	 som;	 o	 som	 é	 uma	 forma	 de
radiação.	Ondulações	ou	ondas	de	água	irradiam	a	partir	do	ponto	onde	uma	pedra	cai	em
uma	lagoa	calma.	A	luz	visível,	uma	forma	de	energia	eletromagnética,	é	irradiada	pelo	Sol
e	 muitas	 vezes	 é	 chamada	 de	 radiação	 eletromagnética.	 Na	 verdade,	 a	 energia
eletromagnética	 que	 viaja	 através	 do	 espaço	 é	 normalmente	 referida	 como	 radiação
eletromagnética	ou,	simplesmente,	radiação.
Radiação	é	a	transferência	de	energia.
Diz-se	 que	 a	 matéria	 a	 qual	 intercepta	 a	 radiação	 e	 absorve	 toda	 ou	 parte	 dela	 foi
exposta	 ou	 irradiada.	 Passar	 um	 dia	 na	 praia	 expõe	 você	 à	 luz	 ultravioleta.	 A	 luz
ultravioleta	 é	 o	 tipo	 de	 radiação	 que	 causa	 queimadura	 solar.	 Durante	 um	 exame
radiográfico,	o	paciente	é	exposto	aos	raios	X.	Fala-se	que	o	paciente	foi	irradiado.
Radiação	ionizante	é	um	tipo	especial	de	radiação	que	inclui	raios	X.	Radiação	ionizante
é	 qualquer	 tipo	 de	 radiação	 capaz	 de	 remover	 um	 elétron	 orbital	 do	 átomo	 com	 o	 qual
interage	 (Fig.	 1-2).	 Esse	 tipo	 de	 interação	 entre	 a	 radiação	 e	 a	 matéria	 é	 chamado	 de
ionização.	Esta	ocorre	quando	um	raio	X	passa	perto	de	um	elétron	orbital	de	um	átomo	e
transfere	energia	 suficiente	a	esse	elétron	para	 removê-lo	do	átomo.	A	 radiação	 ionizante
pode	 interagir	 e	 ionizar	 átomos	 adicionais.	 O	 elétron	 orbital	 e	 o	 átomo	 do	 qual	 ele	 foi
separado	denominam-se	par	de	íons.	O	elétron	é	um	íon	negativo	e	o	restante	do	átomo	é	o
íon	positivo.
FIGURA	1-2 	 Ionização	 é	 a	 remoção	 de	 um	 elétron	 de	 um	 átomo.	 Juntos,	 o	 elétron	 ejetado	 e	 o	 átomo	 resultante
carregado	positivamente	são	chamados	de	par	de	íons.
Ionização	é	a	remoção	de	um	elétron	de	um	átomo.
Assim,	qualquer	 tipo	de	 energia	 capaz	de	 ionizar	 a	matéria	 é	 conhecido	 como	 radiação
ionizante.	 Raios	 X,	 raios	 gama	 e	 luz	 ultravioleta*	 são	 as	 únicas	 formas	 de	 radiação
eletromagnética	 com	 energia	 suficiente	 para	 ionizar.	 Algumas	 partículas	 em	 movimento
rápido	(partículas	com	alta	energia	cinética)	são	também	capazes	de	ionizar.	Exemplos	do
tipo	 de	 radiação	 ionizante	 na	 forma	 de	 partículas	 são	 as	 partículas	 alfa	 e	 beta	 (Cap.	 3).
Embora	partículas	alfa	e	beta	sejam,	por	vezes,	chamadas	raios,	esta	designação	é	incorreta.
FONTES	DE	RADIAÇÕES	IONIZANTES
Muitos	tipos	de	radiação	são	inofensivos,	mas	radiações	ionizantes	podem	causar	danos	em
humanos.	 Estamos	 expostos	 a	muitas	 fontes	 de	 radiação	 ionizante	 (Fig.	1-3).	 Essas	 fontes
podem	 ser	 divididas	 em	 duas	 categorias	 principais:	 radiação	 natural	 do	 ambiente	 e
radiação	artificial.
FIGURA	1-3 	Contribuição	das	diversas	fontes	para	a	média	da	dose	de	radiação	da	população	dos	Estados	Unidos,	1990.
A	radiação	natural	ambiental	resulta	em	uma	dose	anual	de	cerca	de	300	milirem	(mrem)
(3	milisievert	[mSv]).	A	radiação	artificial	resulta	em	aproximadamente	60	mrem	(0,6	mSv).
Um	mrem	é	de	1/1.000	de	um	rem.	O	rem	é	a	unidade	de	dose	equivalente.*	É	usado	para
expressar	a	exposição	às	radiações	da	população	(Cap.	2).
A	 radiação	natural	 ambiental	 consiste	 em	 três	 componentes:	 raios	 cósmicos,	 radiação
terrestre	 e	 radionuclídeos	 internamente	 depositados.	 Raios	 cósmicos	 são	 partículas	 e
radiação	 eletromagnética	 emitidas	 pelo	 Sol	 e	 pelas	 estrelas.	 Na	 Terra,	 a	 intensidade	 da
radiação	 cósmica	 aumenta	 com	 a	 altitude	 e	 a	 latitude.	 A	 radiação	 terrestre	 resulta	 dos
depósitos	 terrestres	 de	 urânio,	 tório	 e	 outros	 radionuclídeos.A	 intensidade	 é	 muito
dependente	 da	 geologia	 da	 área	 local.	 Radionuclídeos	 internamente	 depositados,
principalmente	potássio-40	(40K),	são	metabólitos	naturais.	Eles	têm	estado	sempre	conosco
e	contribuem	com	a	mesma	dose	para	cada	um	de	nós.
A	maior	fonte	de	radiação	natural	ambiental	é	o	radônio.	Radônio	é	um	gás	radioativo,
produzido	 pelo	 decaimento	 radioativo	 natural	 do	 urânio,	 que	 está	 presente	 em	 pequenas
quantidades	na	Terra.	Todos	os	materiais	à	base	de	terra,	como	o	concreto,	tijolos	e	gesso
contêm	 radônio.	 O	 radônio	 emite	 partículas	 alfa,	 que	 não	 são	 penetrantes	 e,	 portanto,
contribui	com	a	dose	de	radiação	apenas	para	o	pulmão.
Coletivamente,	estas	fontes	de	radiação	natural	ambiental	resultam	em	aproximadamente
2	 a	 10	 microroentgens	 (μR)/h	 ao	 nível	 da	 cintura	 nos	 Estados	 Unidos	 (Fig.	 1-4).	 Isso
equivale	 a	 uma	 exposição	 anual	 de	 cerca	 de	 20	 miliroentgen	 (mR)/ano	 (0,2	 miligray
[mGy]/ano)	ao	longo	da	Costa	do	Golfo	e	Flórida	e	90	mR/ano	(0,9	mGy/ano)	ou	mais	na
região	das	Montanhas	Rochosas.
FIGURA	1-4 	Exposição	à	radiação	no	nível	da	cintura	em	toda	parte	dos	Estados	Unidos.
(Cortesia	de	U.S.	Geological	Survey.)
Lembre-se,	no	entanto,	que	os	seres	humanos	existem	há	várias	centenas	de	milhares	de
anos,	na	presença	deste	nível	da	 radiação	natural	do	ambiente.	A	 evolução	humana,	 sem
dúvida,	 tem	 sido	 influenciada	 pela	 radiação	 natural	 ambiental.	 Alguns	 geneticistas
sustentam	 que	 a	 evolução	 é	 influenciada	 principalmente	 pela	 radiação	 ionizante.	 Se	 for
assim,	 devemos	 estar	 preocupados	 de	 fato	 com	 o	 controle	 da	 exposição	 desnecessária	 às
radiações	 porque	 ao	 longo	 do	 século	 passado,	 com	 o	 aumento	 de	 aplicações	 médicas	 da
radiação,	 a	 média	 anual	 de	 exposição	 à	 radiação	 da	 nossa	 população	 aumentou
significativamente.
O	 diagnóstico	 com	 raios	 X	 constitui	 a	 maior	 fonte	 artificial	 de	 radiação	 ionizante	 (39
mrem/ano)	 (0,39	mSv/ano).	Essa	estimativa	 foi	 feita	em	1990	pelo	Conselho	Nacional	de
Proteção	 Radiológica	 e	Medidas	 dos	 EUA	 (National	 Council	 on	 Radiation	 Protection	 and
Measurements	 –	 NCRP).	 Estimativas	 mais	 recentes	 colocam	 esta	 fonte	 em	 cerca	 de	 320
mrem/ano	 (3,2	mSv/ano),	 com	 aumento	 principalmente	 devido	 à	 crescente	 utilização	 do
Tomógrafo	Multicorte	 (Multislice	 Spiral	Computed	Tomography	–	MSCT)	 e	 a	 fluoroscopia
de	alto	nível.
Os	benefícios	derivados	da	aplicação	de	raios	X	na	medicina	são	indiscutíveis,	porém	tais
aplicações	 devem	 ser	 feitas	 com	 prudência	 e	 com	 cuidado	 para	 reduzir	 a	 exposição
desnecessária	dos	pacientes	e	do	pessoal.	Essa	responsabilidade	recai	em	particular	sobre	o
tecnólogo	em	radiologia	porque	este	normalmente	controla	o	funcionamento	do	sistema	de
imagem	de	raios	X	durante	um	exame	radiológico.
Em	geral,	a	dose	anual	aceita,	resultante	de	aplicações	médicas	das	radiações	ionizantes,
é	 de	 aproximadamente	 50	mrem	 (0,5	mSv).	 Em	 contraste	 com	 a	 dose	 natural	 ambiental,
este	nível	leva	em	conta	tanto	as	pessoas	que	não	estão	fazendo	nenhum	exame	radiológico
quanto	aquelas	submetidas	a	vários	exames	no	período	de	um	ano.
A	 exposição	 à	 radiação	 médica	 para	 alguns	 em	 nossa	 população	 será	 zero,	 mas	 para
outros	pode	ser	bastante	elevada.	Embora	esse	nível	médio	seja	comparável	aos	níveis	de
radiação	natural	ambiental,	ele	realmente	apresenta	uma	quantidade	pequena	de	radiação.
Alguém	 poderia	 questionar,	 então,	 por	 que	 é	 necessário	 se	 preocupar	 com	 o	 controle	 da
radiação	e	com	a	segurança	radiológica	em	radiologia.
Questão:	Qual	a	porcentagem	da	nossa	dose	média	anual	é	adequada	ao	diagnóstico	de
raios	X?	(Fig.	1-3)
Resposta:
Outras	 fontes	 de	 radiação	 de	 origem	 humana	 incluem	 a	 geração	 de	 energia	 nuclear,
aplicações	em	pesquisa,	fontes	industriais	e	itens	de	consumo.	As	usinas	nucleares	e	outras
aplicações	industriais	contribuem	muito	pouco	para	a	nossa	dose	de	radiação.	Produtos	de
consumo	 como	 mostradores	 de	 relógios,	 sinais	 de	 saída,	 detectores	 de	 fumaça,	 capas	 de
lanterna	 de	 camping	 e	 os	 sistemas	 de	 vigilância	 de	 aeroportos	 contribuem	 com	 poucos
milirems	para	a	nossa	dose	anual.
DESCOBERTA	DOS	RAIOS	X
Os	raios	X	não	foram	desenvolvidos;	eles	foram	descobertos	e	muito	por	acaso.	Durante	os
anos	de	1870	e	1880,	muitos	laboratórios	de	física	nas	universidades	estavam	investigando
a	 condução	 de	 raios	 catódicos,	 ou	 elétrons,	 por	 meio	 de	 um	 grande	 tubo	 de	 vidro,
parcialmente	sob	vácuo,	conhecido	como	tubo	de	Crookes.	Sir	William	Crookes,	um	inglês
bastante	humilde,	foi	um	gênio	autodidata.
O	tubo	que	 leva	o	seu	nome	foi	o	precursor	das	modernas	 lâmpadas	 fluorescentes	e	dos
tubos	de	raios	X.	Havia	muitos	tipos	diferentes	de	tubos	Crookes;	a	maioria	deles	era	capaz
de	 produzir	 raios	 X.	Wilhelm	 Roentgen	 estava	 experimentando	 um	 tipo	 de	 tubo	 Crookes
quando	descobriu	os	raios	X	(Fig.	1-5).
FIGURA	1-5 	O	tipo	de	tubo	Crookes	usado	por	Roentgen	quando	ele	descobriu	os	raios	X.	Raios	catódicos	(elétrons)	que
saem	do	cátodo	são	atraídos	pela	alta	tensão	para	o	ânodo,	onde	produzem	os	raios	X	e	luz	fluorescente.
(Cortesia	de	Gary	Leach,	Hospital	Memorial	Hermann.)
Em	8	de	novembro	de	1895,	Roentgen	estava	trabalhando	em	seu	laboratório	de	Física	na
Universidade	 Würzburg,	 na	 Alemanha.	 Ele	 havia	 escurecido	 seu	 laboratório	 e	 fechado
completamente	seu	tubo	de	Crookes	com	papel	fotográfico	preto	para	visualizar	melhor	os
efeitos	dos	raios	catódicos	no	tubo.	Uma	placa	revestida	com	platinocianeto	de	bário,	um
material	fluorescente,	estava	depositada	por	acaso	sobre	uma	mesa	a	vários	metros	do	tubo
de	Crookes.
Nenhuma	luz	visível	escapava	do	tubo	de	Crookes	devido	ao	papel	preto	que	a	recobria,
mas	 Roentgen	 observou	 que	 o	 platinocianeto	 de	 bário	 brilhava.	 A	 intensidade	 do	 brilho
aumentava	 quando	 a	 placa	 era	 aproximada	 do	 tubo;	 consequentemente	 havia	 poucas
dúvidas	sobre	a	origem	do	estímulo	do	brilho.	Este	brilho	é	chamado	de	fluorescência.
A	abordagem	imediata	de	Roentgen	para	 investigar	a	“luz	X”,	como	ele	a	chamava,	 foi
contrapondo	diversos	materiais	–	madeira,	alumínio,	a	sua	mão!	–	entre	o	tubo	de	Crookes	e
a	 chapa	 fluorescente.	 O	 “X”	 era	 para	 o	 desconhecido!	 Ele	 ansiosamente	 continuou	 as
investigações	por	várias	semanas.
As	 investigações	 iniciais	de	Roentgen	 foram	extremamente	 rigorosas,	 e	ele	 foi	 capaz	de
relatar	seus	resultados	experimentais	para	a	comunidade	científica	antes	do	final	de	1895.
Por	 este	 trabalho,	 em	 1901,	 o	 pesquisador	 recebeu	 o	 primeiro	 Prêmio	 Nobel	 de	 Física.
Roentgen	 reconheceu	 o	 valor	 de	 sua	 descoberta	 para	 a	 medicina.	 Produziu	 e	 publicou	 a
primeira	imagem	de	raios	X	médica,	no	início	de	1896.	Era	a	imagem	da	mão	de	sua	esposa
(Fig.	1-6).	A	Figura	1-7	é	uma	fotografia	do	que	é	relatado	como	sendo	o	primeiro	exame	de
raios	 X	 nos	 Estados	 Unidos,	 realizado	 no	 início	 de	 Fevereiro	 de	 1896,	 no	 Laboratório	 de
Física	no	Dartmouth	College.
FIGURA	 1-6 	 A	 mão	 mostrada	 nesta	 radiografia	 pertence	 a	 Sra.	 Roentgen.	 Esta	 primeira	 indicação	 das	 possíveis
aplicações	médicas	de	raios	X	foi	feita	dentro	de	poucos	dias	após	a	descoberta.
(Cortesia	de	Roentgen	Deutsches	Museum.)
FIGURA	1-7 	Esta	fotografia	registra	o	primeiro	exame	de	raios	X	médico	nos	Estados	Unidos.	Um	jovem	paciente,	Eddie
McCarthy	de	Hanover,	New	Hampshire,	quebrou	o	seu	pulso	enquanto	patinava	sobre	o	Rio	Connecticut	e	foi	submetido	à
fotografia	pela	“luz	X”.	Com	ele	estão	(da	esquerda	para	a	direita)	o	Professor	E.B.	Frost,	Dartmouth	College	e,	seu	irmão,	o
Dr.	 G.D.	 Frost,	 Diretor	 Médico,	 Mary	 Hitchcock	 Hospital.	 O	 aparelho	 foi	 montado	 pelo	 professor	 F.G.	 Austin	 em	 seu
laboratório	de	Física	em	Reed	Hall,	Dartmouth	College,	em	3	de	fevereiro	de	1896.
(Cortesia	de	Hospital	Mary	Hitchcock.)
A	descoberta	dos	 raios	X	é	 caracterizada	por	muitos	aspectos	 surpreendentes,	 e	 isso	 fazcom	que	o	fato	esteja	entre	os	mais	importantes	eventos	da	história	humana.	Em	primeiro
lugar,	a	descoberta	foi	acidental.	Em	segundo	lugar,	provavelmente,	pelo	menos	uma	dúzia
de	contemporâneos	de	Roentgen	tinha	observado	anteriormente	a	radiação	X,	mas	nenhum
desses	 outros	 físicos	 havia	 reconhecido	 a	 sua	 importância	 ou	 investigado-a.	 Em	 terceiro
lugar,	 Roentgen	 deu	 sequência	 a	 sua	 descoberta	 científica	 com	 tal	 vigor	 que,	 dentro	 de
pouco	mais	de	um	mês,	ele	havia	descrito	a	radiação	X	com	quase	todas	as	propriedades	que
reconhecemos	hoje.
DESENVOLVIMENTO	DA	RADIOLOGIA	MODERNA
Existem	dois	tipos	gerais	de	exames	de	raios	X:	radiografia	e	fluoroscopia.	A	radiografia
utiliza	filmes	de	raios	X	e,	geralmente,	um	tubo	de	raios	X	montado	a	partir	do	teto	em	uma
faixa	a	qual	permite	que	o	tubo	seja	movido	em	qualquer	direção.	Esses	exames	fornecem	ao
radiologista	imagens	fixas.
A	fluoroscopia	é	por	vezes	realizada	com	um	tubo	de	raios	X	localizado	abaixo	da	mesa	de
exame.	O	radiologista	é	provido	com	imagens	dinâmicas	em	um	monitor	de	televisão	ou	em
um	 visor	 plano.	 Existem	 muitas	 variantes	 desses	 dois	 tipos	 básicos	 de	 exames,	 mas,	 em
geral,	o	equipamento	de	raios	X	é	semelhante.
Para	produzir	um	feixe	de	raios	X	que	seja	satisfatório	para	a	imagem,	você	deve	fornecer	ao	tubo	de	raios	X	uma	alta
tensão	e	uma	corrente	elétrica	suficientes.
As	tensões	de	raios	X	são	medidas	em	quilovolt	de	pico	(kVp).	Um	quilovolt	(kV)	é	igual	a
1.000	V	de	potencial	 elétrico.	As	 correntes	de	 raios	X	 são	medidas	em	miliampères	 (mA),
onde	o	ampère	(A)	é	uma	medida	de	corrente	elétrica.	O	prefixo	mili	representa	1/1.000	ou
0,001.
Questão:	A	distância	habitual	entre	a	fonte	de	raios	X	e	o	receptor	de	imagem	(DFR)	é	de
1	metro.	A	quantos	milímetros	isso	corresponde?
Resposta:	1	mm	=	1/1.000	m	ou	10−3	m,	portanto	1.000	mm	=	1	m.
Hoje,	 tensão	e	corrente	são	 fornecidos	a	um	tubo	de	raios	X	por	 intermédio	de	circuitos
elétricos	 bastante	 complicados,	 mas	 no	 tempo	 de	 Roentgen,	 somente	 geradores	 simples
estáticos	estavam	disponíveis.	Essas	unidades	podiam	fornecer	correntes	de	apenas	alguns
miliampères	e	tensões	de	50	kVp.	Hoje,	1.000	mA	e	150	kVp	são	comumente	utilizados.
Procedimentos	 radiográficos	 que	 envolvem	 equipamentos	 elétricos	 com	 essas	 limitações
de	 corrente	 e	potencial	 elétrico	necessitam	com	 frequência	de	 tempos	de	 exposição	de	30
minutos	ou	mais	para	um	exame	satisfatório.	Exposição	longa	resulta	em	imagens	borradas.
Uma	 evolução	 que	 ajudou	 a	 reduzir	 este	 tempo	 de	 exposição	 foi	 o	 uso	 de	 uma	 tela
intensificadora	fluorescente	em	conjunto	com	chapas	fotográficas	de	vidro.
Conta-se	 que	Michael	 Pupin	 demonstrou	 o	 uso	 de	 uma	 tela	 radiográfica	 intensificadora
em	1896,	mas	 só	muitos	 anos	mais	 tarde	 ela	 recebeu	adequado	 reconhecimento	 e	uso.	As
radiografias	 no	 tempo	 de	 Roentgen	 eram	 feitas	 pela	 exposição	 de	 uma	 placa	 de	 vidro
revestida	com	uma	camada	de	emulsão	fotográfica	em	um	dos	lados.
Charles	 L.	 Leonard	 constatou	 que,	 expondo	 duas	 placas	 radiográficas	 de	 vidro	 com	 as
superfícies	 com	 emulsão	 juntas,	 o	 tempo	 de	 exposição	 seria	 reduzido	 para	 metade	 e	 a
imagem,	consideravelmente	reforçada.	Essa	demonstração	de	emulsão	radiográfica	dupla	foi
conduzida	em	1904,	mas	o	filme	de	dupla	emulsão	não	foi	disponível	comercialmente	até
1918.
Grande	parte	dos	vidros	de	alta	qualidade	utilizados	na	radiografia	vinha	da	Bélgica	e	de
outros	 países	 europeus.	 Tal	 fornecimento	 foi	 interrompido	 durante	 a	 Primeira	 Guerra
Mundial;	os	 radiologistas,	por	 isso,	 começaram	a	 fazer	uso	do	 filme,	 em	vez	de	placas	de
vidro.
As	demandas	do	exército	pelo	aumento	dos	serviços	radiológicos	tornaram	necessário	um
substituto	para	a	chapa	de	vidro.	O	substituto	foi	o	nitrato	de	celulose.	Rapidamente	ficou
claro	que	o	substituto	era	melhor	do	que	a	placa	original	de	vidro.
O	 equipamento	 de	 fluoroscopia	 foi	 desenvolvido	 em	 1898	 pelo	 inventor	 americano
Thomas	A.	Edison	(Fig.	1-8).	O	material	fluorescente	inicial	de	Edison	foi	o	platinocianeto
de	bário,	largamente	utilizado	em	laboratórios.	Ele	investigou	as	propriedades	fluorescentes
de	mais	de	1800	materiais,	 incluindo	sulfeto	de	zinco	e	cádmio	e	tungstato	de	cálcio	–
duas	substâncias	em	uso	atualmente.
FIGURA	1-8 	Thomas	Edison	é	visto	visualizando	a	mão	do	seu	desventurado	assistente,	Clarence	Dally,	por	meio	de	um
equipamento	de	fluoroscopia	de	sua	própria	concepção.	Dally	repousa	sua	mão	sobre	a	caixa	que	contém	o	tubo	de	raios	X.
É	 impossível	 dizer	 quais	 seriam	 as	 outras	 invenções	 de	 Edison	 se	 ele	 tivesse	 dado
prosseguimento	 às	 suas	 pesquisas	 com	 raios	 X;	 o	 cientista	 abandonou-as	 quando	 o	 seu
assistente	e	amigo	de	longa	data,	Clarence	Dally,	sofreu	uma	grave	queimadura	com	raios
X,	requerendo,	ao	final,	a	amputação	de	ambos	os	seus	braços.	Dally	morreu	em	1904	e	é
considerado	a	primeiro	morto	por	raios	X	nos	Estados	Unidos.
Dois	 dispositivos	 destinados	 a	 reduzir	 a	 exposição	 dos	 pacientes	 aos	 raios	 X	 e,	 assim,
minimizar	a	possibilidade	de	queimadura	com	raios	X	foram	introduzidos	antes	da	virada	do
século	XX	por	um	dentista	de	Boston,	William	Rollins.	Rollins	utilizava	raios	X	para	fazer	a
imagem	de	dentes	e	concluiu	que,	ao	restringir	o	feixe	de	raios	X	com	uma	folha	de	chumbo
incluindo	um	orifício	no	centro	–	um	diafragma	–	e	inserir	um	filtro	de	couro	ou	alumínio,
havia	melhora	da	qualidade	do	diagnóstico	das	radiografias.
Esta	 primeira	 aplicação	 da	 colimação	 e	 filtração	 foi	 aos	 poucos	 seguida	 pela	 adoção
geral	dessas	técnicas.	Posteriormente	reconheceu-se	que	esses	dispositivos	reduziam	os	riscos
associados	com	raios	X.
Dois	acontecimentos,	que	ocorreram	aproximadamente	ao	mesmo	tempo,	transformaram
o	uso	dos	raios	X,	a	novidade	nas	mãos	de	uns	poucos	físicos,	em	uma	valiosa	especialidade
médica	de	grande	escala.	Em	1907,	H.	C.	Snook	substituiu	as	máquinas	estáticas	e	bobinas
que	 estavam	 em	 uso	 na	 época	 por	 uma	 fonte	 de	 alimentação	 de	 alta	 tensão,	 um
transformador	ininterrupto.
Mesmo	que	o	transformador	de	Snook	fosse	muito	superior	a	esses	outros	dispositivos,	a
sua	capacidade	ultrapassava	largamente	a	capacidade	do	tubo	de	Crookes.	Só	quando	houve
a	introdução	do	tubo	de	Coolidge	o	transformador	de	Snook	foi	amplamente	adotado.
O	 tipo	 de	 tubo	 de	 Crookes	 que	 Roentgen	 utilizava	 em	 1895	 já	 existia	 por	 vários	 anos.
Embora	 algumas	 modificações	 tenham	 sido	 feitas	 por	 trabalhadores	 de	 raios	 X,	 ele	 se
manteve	praticamente	inalterado	até	segunda	década	do	século	XX.
Após	consideráveis	ensaios	clínicos,	William	D.	Coolidge	revelou	seu	tubo	de	raios	X	com
cátodo	quente	para	 a	 comunidade	médica	 em	1913.	Foi	 imediatamente	 reconhecido	 como
sendo	 muito	 superior	 ao	 do	 tubo	 Crookes.	 Consistia	 em	 um	 tubo	 de	 vácuo	 que	 permitia
selecionar	a	intensidade	e	a	energia	dos	raios	X	separadamente	e	com	grande	precisão.	Isso
não	tinha	sido	possível	com	tubos	cheios	de	gás,	os	quais	dificultavam	o	estabelecimento	dos
padrões	 para	 as	 técnicas.	Os	 tubos	 de	 raios	 X	 hoje	 em	 uso	 são	 refinamentos	 do	 tubo	 de
Coolidge.
A	 radiologia	 surgiu	 como	 uma	 especialidade	médica	 devido	 ao	 transformador	 de	 Snook	 e	 ao	 tubo	 de	 raios	 X	 de
Coolidge.
A	era	da	radiografia	moderna	é	datada	a	partir	da	congruência	do	tubo	de	Coolidge	com
o	 transformador	 de	 Snook;	 somente	 com	 eles,	 níveis	 aceitáveis	 de	 kVp	 e	 mA	 tornam-se
possíveis.	 Poucos	 progressos	 desde	 aquela	 época	 tiveram	 uma	 grande	 influência	 sobre	 o
diagnóstico	por	imagens.
Em	 1913,	 Gustav	 Bucky	 (alemão)	 inventou	 a	 grade	 estacionária	 (“Espaçador	 de
cintilação”);	dois	meses	depois,	ele	pediu	uma	segunda	patente	para	uma	grade	móvel.	Em
1915,	H.	Potter	(americano),	provavelmente	desconhecendo	a	patente	de	Bucky	por	causa
da	primeira	Guerra	Mundial,	também	inventou	uma	grade	móvel.	Para	o	seu	crédito,	Potter
reconheceu	o	trabalho	de	Bucky,e	a	grade	de	Potter-Bucky	foi	introduzida	em	1921.
Em	1946,	o	tubo	amplificador	de	luz	foi	demonstrado	nos	Laboratórios	da	Bell	Telephone.
Adaptou-se	 esse	 dispositivo	 para	 fluoroscopia	 em	 1950.	 Hoje,	 a	 fluoroscopia	 de	 imagem
intensificada	é	universal.
Cada	 uma	 das	 últimas	 décadas	 viu	 notáveis	 melhorias	 na	 imagiologia	 médica.	 O
diagnóstico	 por	 ultrassom	 apareceu	 nos	 anos	 de	 1960,	 tal	 como	 a	 gama	 câmara;	 a
tomografia	 por	 emissão	 de	 pósitrons	 (PET)	 e	 a	 tomografia	 computadorizada	 (TC)	 foram
desenvolvidas	 na	 década	 de	 1970.	A	 imagem	por	 ressonância	magnética	 (IRM)	 se	 tornou
uma	modalidade	aceita	na	década	de	1980	e,	agora,	a	magnetoencefalografia	 (MEG)	está
sendo	 investigada.	 O	 Quadro	 1-1	 resume	 cronologicamente	 alguns	 dos	 mais	 importantes
desenvolvimentos.
QUADRO	1-1 	Datas	Importantes	no	Desenvolvimento	da	Radiologia	Moderna
DATA EVENTO
1895 Roentgen	descobre	os	raios	X.
1896 São	feitas	as	primeiras	aplicações	médicas	dos	raios	X	no	diagnóstico	e	na	terapêutica.
1900 É	fundada	a	American	Roentgen	Society,	a	primeira	organização	americana	de	radiologia.
1901 Roentgen	recebe	o	primeiro	Prêmio	Nobel	de	Física.
1905 Einstein	apresenta	sua	teoria	da	relatividade	e	a	famosa	equação	E	=	mc2.
1907 É	introduzido	o	transformador	ininterrupto	de	Snook.
1913 Bohr	teoriza	seu	modelo	do	átomo,	caracterizado	por	um	núcleo	e	por	elétrons	planetários.
1913 O	filamento	quente	de	Coolidge	para	os	tubos	de	raios	X	é	desenvolvido.
1917 A	base	dos	filmes	de	nitrato	de	celulose	é	amplamente	adotada.
1920 Vários	pesquisadores	demonstram	a	utilização	de	compostos	solúveis	de	iodo	como	meio	de	contraste.
1920 É	fundada	a	American	Society	of	Radiologic	Tecnology	(ASRT).
1921 É	introduzida	a	grade	de	Potter-Bucky.
1922 Compton	descreve	o	espalhamento	dos	raios	X.
1923 É	apresentado	o	filme	de	raios	X	“seguro”	de	acetato	de	celulose	(Eastman	Kodak).
1925 O	Primeiro	Congresso	Internacional	de	Radiologia	é	convocado	em	Londres.
1928 O	roentgen	é	definido	como	a	unidade	de	intensidade	de	raios	X.
1929 Forssman	demonstra	o	cateterismo	cardíaco…	sobre	si	mesmo!
1929 É	introduzido	o	ânodo	giratório	nos	tubos	de	raios	X.
1930 Dispositivos	tomográficos	são	apresentados	por	vários	pesquisadores	independentes.
1932 A	tonalidade	azul	é	adicionada	ao	filme	de	raios	X	(Dupont).
1932 A	U.S.	Committee	on	X-ray	and	Radium	Protection	(hoje	NCRP)	publica	os	primeiros	limites	de	dose.
1942 Morgan	apresenta	um	dispositivo	fotocontador	eletrônico.
1942 É	apresentada	a	primeira	processadora	automática	de	filmes	(Pako).
1948 Coltman	desenvolve	o	primeiro	intensificador	de	imagem	fluoroscópica.
1951 É	apresentada	a	tomografia	multidirecional	(politomografia).
1953 O	rad	é	oficialmente	adotado	como	a	unidade	de	dose	absorvida.
1956 A	xerorradiografia	é	apresentada.
1956 É	introduzida	a	primeira	processadora	automática	de	filmes	transportados	por	rolos	(Eastman	Kodak).
1960 É	apresentado	o	filme	com	a	base	de	poliéster	(Dupont).
1963 Kuhl	e	Edwards	demonstram	a	tomografia	computadorizada	por	emissão	de	fóton	único	(SPECT).
1965 É	apresentada	a	processadora	rápida	de
1966 O	diagnóstico	por	ultrassom	entra	em	uso	rotineiro.
1972 O	filme	de	emulsão	única	e	a	mamografia	de	um	écran	tornam-se	disponíveis	(Dupont).
1973 Hounsfield	completa	o	desenvolvimento	do	primeiro	sistema	de	imagem	por	tomografia	computadorizada	(TC)
(IME,	Ltd.).
1973 Damadian	e	Lauterbur	produzem	a	primeira	imagem	por	ressonância	magnética	(IRM).
1974 As	telas	intensificadoras	radiográficas	de	terra	rara	são	introduzidas.
1977 Mistretta	demonstra	a	fluoroscopia	com	subtração	digital.
1979 O	Prêmio	Nobel	de	Fisiologia	ou	Medicina	é	atribuído	a	Allan	Cormack	e	Godfrey	Hounsfield	pela	TC.
1980 O	primeiro	sistema	comercial	IRM	supercondutor	é	introduzido.
1981 A	radiografia	de	tórax	com	sistema	de	varredura	é	demonstrada	por	Barnes.
1981 O	Sistema	Internacional	de	Unidades	(SI)	é	adotado	pela	Comissão	Internacional	de	Unidades	e	Medidas
(International	Commission	on	Radiation	Units	and	Measurements	[ICRU]).
1982 Sistemas	de	arquivamento	de	foto	e	de	comunicação	(PACS)	se	tornam	disponíveis.
1983 É	desenvolvido	o	primeiro	filme	com	emulsão	de	grãos	tabulares	(Eastman	Kodak).
1984 Surgem	os	fósforos	estimulados	por	laser	para	radiografia	computadorizada	(Fuji).
1988 É	utilizado	pela	primeira	vez	um	dispositivo	supercondutor	de	interferência	quântica	(SQUID)	para
magnetoencefalografia	(MEG).
1990 O	último	sistema	de	xeromamografia	é	produzido.
1990 A	TC	helicoidal	é	apresentada	(Toshiba).
1991 A	TC	de	corte	duplo	é	desenvolvida	(Elscint).
1992 O	Programa	Americano	de	Qualidade	em	Mamografia	(Mammography	Quality	Standard	Acts	[MQSA])	foi
aprovado.
1996 A	radiografia	digital	que	usa	transistores	de	filmes	finos	(TFTs)	é	desenvolvida.
1997 A	radiografia	digital	com	dispositivo	de	carga	acoplada	(CCD)	é	introduzida	por	Swissray.
1997 Painel	plano	receptor	de	imagem	de	selênio	amorfo	é	demonstrado	por	Rowlands.
1998 É	introduzida	a	TC	multicorte	(General	Electric).
1998 O	receptor	de	imagem	de	CsI-silício	amorfo	é	apresentado	para	a	radiografia	digital.
2000 O	primeiro	sistema	de	mamografia	de	imagem	digital	direta	é	disponibilizado	(General	Electric).
2002 A	TC	helicoidal	de	16	cortes	é	apresentada.
2002 Tomografia	por	emissão	de	pósitrons	(PET)	é	colocada	em	serviço	de	rotina	clínica.
2003 O	Nobel	em	Fisiologia	ou	Medicina	é	atribuído	a	Paul	Lauterbur	e	Sir	Peter	Mansfield	pela	IRM.
2004 A	TC	helicoidal	de	64	cortes	é	apresentada.
2005 TC	de	dupla	fonte	é	anunciada	(Siemens).
2006 A	TC	helicoidal	de	256	cortes	é	apresentada	(Toshiba).
RELATÔRIOS	DE	DANOS	POR	RADIAÇÃO
A	 primeira	 fatalidade	 por	 causa	 de	 raios	 X	 nos	 Estados	 Unidos	 ocorreu	 em	 1904.
Infelizmente,	 as	 lesões	 por	 radiação	 foram	 bastante	 frequentes	 nos	 primeiros	 anos.	 Essas
lesões	 em	geral	 assumiam	a	 forma	de	danos	 à	pele	 (às	 vezes	 severos),	 incluíam	perda	de
cabelo	 e	 anemia.	 Médicos	 e,	 mais	 comumente,	 pacientes	 sofreram	 danos,	 em	 particular
devido	à	baixa	energia	da	radiação	então	disponível,	que	resultava	na	necessidade	de	uma
longa	exposição	para	obter	uma	radiografia	aceitável.
Por	 volta	 de	 1910,	 essas	 lesões	 agudas	 começaram	 a	 ser	 controladas	 como	 efeitos
biológicos	dos	raios	X	e	 foram	cientificamente	 investigadas	e	relatadas.	Com	a	 introdução
do	 tubo	 de	 Coolidge	 e	 do	 transformador	 de	 Snook,	 a	 frequência	 de	 relatos	 de	 lesões	 de
tecidos	superficiais	diminuiu.
Anos	 mais	 tarde,	 descobriu-se	 que	 desordens	 do	 sangue,	 tais	 como	 anemia	 aplástica	 e
leucemia,	 estavam	ocorrendo	 em	 radiologistas	 numa	 taxa	muito	mais	 elevada	 do	 que	 em
outras	pessoas.	Devido	a	 estas	 observações,	 dispositivos	de	proteção	 e	de	vestuário,	 como
luvas	 e	 aventais	 de	 chumbo,	 foram	 desenvolvidos	 para	 utilização	 por	 radiologistas.	 Os
profissionais	 de	 raios	 X	 eram	 rotineiramente	 observados	 sob	 qualquer	 efeito	 de	 sua
exposição	 ocupacional	 e	 foram	 providos	 de	 dispositivos	 de	 proteção	 individual	 para
radiação.	 Este	 cuidado	 com	 a	 segurança	 no	 que	 tange	 à	 radiação	 em	 radiologia	 tem	 sido
eficaz.
Por	 causa	 das	 práticas	 eficazes	 de	 proteção	 contra	 as	 radiações,	 a	 radiologia	 é	 agora	 considerada	 uma	 profissão
segura.
PROTEÇÃO	RADIOLÔGICA	BÁSICA
Hoje,	a	ênfase	no	controle	da	radiação	em	radiodiagnóstico	tem	se	voltado	para	a	proteção
do	paciente.	Estudos	atuais	 sugerem	que	mesmo	baixas	doses	de	radiação	X	utilizadas	nos
procedimentos	 de	 rotina	 diagnóstica	 podem	 resultar	 em	 uma	 baixa	 incidência	 de	 efeitos
nocivos	latentes.	Também	é	bem	estabelecido	que	o	feto	humano	é	sensível	à	radiação	X	no
início	da	gravidez.
Espera-se	que	esta	 introdução	tenha	enfatizado	a	 importância	de	 fornecer	uma	proteção
adequada	para	ambos,	o	técnico	radiologista	e	o	paciente.	Enquanto	você	progride	no	seu
treinamento	 em	 tecnologia	 radiológica,	 aprenderá	 rapidamente	 como	 utilizar	 osseus
sistemas	de	 imagem	de	 raios	X	de	 forma	segura,	com	o	mínimo	de	exposições	à	 radiação,
seguindo	procedimentos	padrões	em	radioproteção.
Um	cuidado	é	necessário	bem	no	início	de	sua	formação:	após	trabalhar	com	sistemas	de
imagem	de	raios	X,	você	ficará	tão	acostumado	com	o	seu	ambiente	de	trabalho	que	pode	se
tornar	 complacente	 com	o	 controle	 da	 radiação.	Não	 se	 permita	 desenvolver	 essa	 atitude
porque	 pode	 levar	 à	 exposição	 desnecessária	 à	 radiação.	 A	 proteção	 contra	 as	 radiações
deve	ser	uma	consideração	importante	durante	cada	procedimento	de	raios	X.	O	Quadro	1-2
relata	os	Dez	Mandamentos	da	Proteção	Radiológica.
QUADRO	1-2 	Os	Dez	Mandamentos	da	Proteção	Radiológica
1.	Compreender	e	aplicar	os	princípios	fundamentais	do	controle	da	radiação:	tempo,	distância	e	blindagem.
2.	Não	permitir	que	a	familiaridade	resulte	em	falsa	segurança.
3.	Nunca	permanecer	no	feixe	primário.
4.	Sempre	usar	vestuário	protetor	quando	não	estiver	atrás	de	uma	barreira	protetora.
5.	Sempre	utilizar	um	monitor	de	radiação	ocupacional	e	posicioná-lo	fora	do	colarinho	do	avental	de	proteção.
6.	Nunca	segurar	um	paciente	durante	o	exame	radiográfico.	Utilizar	dispositivos	mecânicos	de	retenção	quando	possível.
Caso	contrário,	deixar	que	parentes	ou	amigos	segurem	o	paciente.
7.	A	pessoa	que	está	segurando	o	paciente	deve	sempre	usar	um	avental	protetor	e,	se	possível,	luvas	protetoras.
8.	Utilizar	blindagem	para	as	gônadas	sobre	todas	as	pessoas	em	idade	fértil,	quando	essa	utilização	não	interferir	com	o
exame.
9.	Exames	da	pelve	e	abdome	inferior	de	uma	paciente	grávida	devem	ser	evitados	sempre	que	possível,	especialmente
durante	o	primeiro	trimestre.
10.	Sempre	colimar	para	a	menor	área	do	campo	apropriada	para	o	exame.
Sempre	 pratique	 ALARA	 (sigla	 originada	 de	 “As	 Low	As	 R	 easonably	 A	 chievable”):	 Mantenha	 as	 exposições	 às
radiações	tão	baixas	quanto	razoavelmente	exequíveis.
Minimizar	 a	 exposição	 à	 radiação	 para	 o	 técnico	 e	 paciente	 é	 fácil	 se	 os	 sistemas	 de
imagens	 radiográficas	 e	 fluoroscópicas,	 concebidos	 para	 esse	 fim,	 forem	 reconhecidos	 e
compreendidos.	A	 seguir,	 há	uma	breve	descrição	de	 alguns	dos	principais	dispositivos	de
radioproteção.
Filtração
Filtros	metálicos,	geralmente	de	alumínio	ou	cobre,	são	inseridos	na	saída	do	tubo	de	raios	X
para	que	estes,	com	baixa	energia,	sejam	absorvidos	antes	que	alcancem	o	paciente.	Esses
raios	X	têm	pouco	valor	diagnóstico.
Colimação
A	colimação	restringe	o	feixe	útil	de	raios	X	para	a	parte	do	corpo	que	deve	ser	examinada	e
assim	 poupa	 as	 partes	 de	 tecido	 adjacente	 da	 exposição	 desnecessária.	 Colimadores
assumem	muitas	 e	 variadas	 formas.	Colimadores	 de	 luz	 ajustável	 são	 os	 dispositivos	mais
frequentemente	utilizados	para	 colimação.	A	 colimação	 também	 reduz	o	 espalhamento	da
radiação	e,	portanto,	melhora	o	contraste	da	imagem.
Telas	Intensificadoras
Hoje,	a	maioria	dos	filmes	de	raios	X	é	exposta	em	um	chassi,*	com	telas	radiográficas	de
intensificação	de	ambos	os	lados	do	filme.	Exames	radiográficos	realizados	com	as	telas	de
intensificação	 reduzem	 a	 exposição	 do	 paciente	 aos	 raios	 X	 em	 mais	 de	 95%,	 em
comparação	com	os	exames	radiográficos	realizados	sem	as	telas	de	intensificação.
Trajes	de	Proteção
Material	 impregnado	 com	 chumbo	 é	 utilizado	 para	 fazer	 aventais	 e	 luvas	 usadas	 pelos
radiologistas	 e	 tecnólogos	 em	 radiologia	 durante	 a	 fluoroscopia	 e	 alguns	 procedimentos
radiográficos.
Proteção	das	Gônadas
Utiliza-se	 o	 mesmo	 material	 impregnado	 com	 chumbo	 usado	 em	 aventais	 e	 luvas	 para
fabricar	a	proteção	para	as	gônadas.	Utiliza	protetores	de	gônadas	em	todas	as	pessoas	na
idade	 fértil,	 quando	 as	 gônadas	 estiverem	 dentro	 ou	 próximo	 do	 feixe	 útil	 de	 raios	 X	 e
quando	essa	utilização	não	interferir	no	valor	diagnóstico	do	exame.
Barreiras	Protetoras
O	console	do	controle	radiográfico	está	sempre	localizado	atrás	de	uma	barreira	protetora.
Muitas	 vezes,	 a	 barreira	 é	 forrada	 com	 chumbo	 e	 equipada	 com	 uma	 janela	 de	 vidro
plumbífero.	Sob	circunstâncias	normais,	o	pessoal	permanece	por	 trás	da	barreira	durante
um	 exame	de	 radiografia/fluoroscopia.	A	 Figura	 1-9	mostra	 a	 construção	 de	 uma	 sala	 de
exame	 radiográfico	 ou	 fluoroscópico.	 Muitas	 características	 de	 segurança	 radiológica	 são
ilustradas.
FIGURA	 1-9 	 Um	 sistema	 de	 imagem	 radiográfica/fluoroscópica	 (R	 &	 F)	 com	 propósito	 geral	 inclui	 um	 tubo
radiográfico	 suspenso	 (A)	 e	 uma	 mesa	 de	 exame	 fluoroscópico	 (B)	 com	 um	 tubo	 de	 raios	 X	 sob	 a	 mesa.	 Alguns	 dos
dispositivos	de	proteção	radiológica	mais	comuns	são	a	cortina	de	chumbo	(C),	a	blindagem	do	Bucky	(D),	o	avental	e	as
luvas	de	chumbo	(E),	bem	como	o	visor	de	proteção	(F).	A	localização	do	intensificador	de	imagem	(G)	e	do	equipamento	de
imagem	associado	é	mostrada.
Outros	procedimentos	devem	ser	seguidos.	Exames	radiográficos	abdominais/pélvicos	de
mulheres	grávidas	não	devem	ser	realizados	durante	o	primeiro	trimestre,	a	menos	que	seja
absolutamente	necessário.	Todo	o	esforço	deve	 ser	 feito	para	garantir	que	um	exame	não
seja	repetido	por	erro	técnico.	Repetir	o	exame	sujeita	o	paciente	por	duas	vezes	à	radiação
necessária.
Quanto	à	proteção	de	pacientes	nos	exames	de	raios	X,	deve-se	considerar	sua	condição
médica	 do	 mesmo.	 Exceto	 para	 a	 mamografia	 rastreadora,	 exames	 de	 pacientes
assintomáticos	não	são	indicados.
Pacientes	que	necessitam	de	assistência	durante	o	exame	nunca	devem	ser	auxiliados	pelo
pessoal	 do	 raios	 X.	 Dispositivos	 de	 imobilização	 mecânica	 precisam	 ser	 usados.	 Quando
necessário,	um	membro	da	família	do	paciente	deve	prestar	assistência.
A	EQUIPE	DE	IMAGEM	DIAGNÔSTICA
Para	fazer	parte	desta	excitante	profissão,	o	estudante	deve	completar	os	cursos	acadêmicos
prescritos,	obter	experiência	clínica	e	passar	no	exame	nacional	de	certificação	dado	pelo
American	Registry	 of	Radiologic	 Technologists	 (ARRT)*.	 Tanto	 a	 especialidade	 acadêmica
quanto	as	habilidades	clínicas	são	necessárias	para	os	tecnólogos	em	radiologia	(Quadro	1-
3).
QUADRO	 1-3 	 Inventário	 de	 Tarefas	 para	 Radiografia	 conforme	 Exigido	 para	 o
Exame	da	American	Registry	of	Radiologic	Technologists
CUIDADOS	COM	O	PACIENTE
1.	Confirmar	a	identidade	do	paciente.
2.	Avaliar	a	capacidade	do	paciente	de	compreender	e	cumprir	os	requisitos	para	o	exame	pedido.
3.	Explicar	e	ratificar	a	preparação	do	paciente	(p.	ex.,	restrições	dietéticas,	medicações	preparatórias)	antes	da	realização
dos	exames	radiográficos/fluoroscópicos.
4.	Examinar	a	requisição	radiográfica	para	verificar	a	exatidão	das	informações	e	se	elas	estão	completas	(p.	ex.,	histórico
do	paciente,	diagnóstico	clínico).
5.	Sequenciar	os	procedimentos	de	imagens	para	evitar	efeitos	de	materiais	de	contraste	residual	sobre	futuros	exames.
6.	Manter	a	responsabilidade	sobre	os	equipamentos	médicos	que	acompanham	os	pacientes	(p.	ex.,	intravenosos,	oxigênio)
durante	procedimentos	radiográficos.
7.	Fornecer	ao	paciente	segurança,	conforto	e	moderação.
8.	Comunicar	atrasos	de	programação	aos	doentes	em	espera.
9.	Verificar	ou	obter	o	consentimento	do	paciente,	sempre	que	necessário	(p.	ex.,	em	estudos	com	contraste).
10.	Explicar	as	instruções	do	procedimento	para	o	paciente	ou	para	a	família	do	paciente.
11.	Exercitar	as	precauções	padrão.
12.	Seguir	os	procedimentos	adequados	quando	em	contato	com	o	paciente	em	isolamento.
13.	Selecionar	dispositivos	de	imobilização,	quando	indicado,	para	impedir	o	movimento	do	paciente.
14.	Usar	adequada	mecânica	do	corpo	e/ou	dispositivos	mecânicos	de	transferência	quando	assistir	o	paciente.
15.	Antes	de	ministrar	um	agente	de	contraste,	recolher	informação	para	determinar	a	dose	adequada	e	para	discernir	se	o
paciente	apresenta	risco	elevado	de	uma	reação	adversa.
16.	Confirmar	o	tipo	de	meio	de	contraste	para	ser	utilizado	e	prepará-lo	para	a	administração.
17.	Utilizar	técnicaasséptica	ou	estéril,	quando	indicado.
18.	Realizar	venipunctura.
19.	Ministrar	meio	de	contraste	IV.
20.	Observar	o	paciente	após	a	administração	do	meio	de	contraste	para	detectar	reações	adversas.
21.	Obter	os	sinais	vitais.
22.	Reconhecer	a	necessidade	de	pronto	atendimento	médico	e	ministrar	cuidados	de	emergência.
23.	Explicar	instruções	de	pós-procedimento	para	o	paciente	ou	para	a	família	do	paciente.
24.	Manter	a	confidencialidade	das	informações	do	paciente.
25.	Documentar	informações	necessárias	(p.	ex.,	requisições	radiográficas,	radiografias)	no	prontuário	do	paciente.
PROTEÇÃO	RADIOLÔGICA
26.	Limpar,	desinfetar	ou	esterilizar	as	instalações	e	os	equipamentos,	bem	como	colocar	no	lixo	itens	contaminados,	na
preparação	para	o	próximo	exame.
27.	Avaliar	a	necessidade	de	proteção	e	utilização	de	blindagem.
28.	Tomar	as	precauções	adequadas	para	minimizar	a	exposição	à	radiação	do	paciente.
29.	Perguntar	ao	paciente	do	sexo	feminino	em	idade	fértil	se	há	possibilidade	de	gravidez	e	tomar	as	medidas	adequadas	(ou
seja,	documentar	a	resposta,	entrar	em	contato	com	o	médico).
30.	Restringir	o	feixe	para	limitar	a	área	exposta,	melhorar	a	qualidade	da	imagem	e	reduzir	a	dose	de	radiação.
31.	Definir	o	kVp,	o	mA	e	o	tempo	ou	modo	de	exposição	automática	para	obter	uma	imagem	com	ótima	qualidade,
condições	seguras	de	funcionamento	e	dose	de	radiação	mínima.
32.	Impedir	todas	as	pessoas	desnecessárias	de	permanecer	na	área	durante	a	exposição	aos	raios	X.
33.	Tomar	precauções	adequadas	para	minimizar	a	exposição	ocupacional	às	radiações.
34.	Usar	um	dispositivo	de	monitoração	pessoal	enquanto	estiver	de	plantão.
35.	Avaliar	relatórios	individuais	de	exposição	ocupacional	a	fim	de	determinar	se	valores	para	o	período	relatado	estão
dentro	dos	limites	estabelecidos.
PERAÇÃO	DO	EQUIPAMENTO
36.	Preparar	e	operar	a	unidade	radiográfica	e	os	acessórios.
37.	Preparar	e	operar	a	unidade	de	fluoroscopia	e	os	acessórios.
38.	Preparar	e	operar	as	unidades	especializadas.
39.	Preparar	e	operar	os	dispositivos	de	imagens	digitais.
PRODUÇÃO	DAS	IMAGENS
40.	Remover	do	paciente	ou	da	mesa	todos	os	materiais	radiopacos	que	poderiam	interferir	na	imagem	radiográfica.
41.	Selecionar	a	combinação	adequada	tela-filme.
42.	Selecionar	equipamentos	e	acessórios	adequados	(p.	ex.,	grade,	filtros	compensadores,	blindagem)	para	o	exame
solicitado.
43.	Utilizar	marcadores	radiopacos	para	indicar	lados	anatômicos,	posição	ou	outras	informações	relevantes	(p.	ex.,	tempo,
ereto,	decúbito).
44.	Explicar	instruções	sobre	a	respiração	antes	de	dar	início	à	exposição.
45.	Posicionar	o	paciente	para	demonstrar	a	anatomia	desejada	com	marcações	corporais.
46.	Usando	calibradores	e	tabelas	técnicas,	determinar	fatores	de	exposição	adequados.
47.	Modificar	fatores	de	exposição	para	circunstâncias,	tais	como	movimentos	involuntários,	gessos	e	talas,	condições
patológicas	ou	incapacidade	do	paciente	em	cooperar.
48.	Processar	a	imagem	exposta.
49.	Recarregar	os	chassis	e	depósitos,	selecionando	filmes	de	tamanho	e	tipo	adequados.
50.	Preparar	o	receptor	de	imagem	digital/computadorizada	para	a	exposição.
51.	Verificar	a	precisão	da	identificação	do	paciente	na	radiografia.
52.	Avaliar	radiografias	para	a	qualidade	do	diagnóstico.
53.	Determinar	medidas	corretivas,	que	devem	ser	feitas	se	a	radiografia	não	estiver	com	qualidade	para	diagnóstico,	e	tomar
medidas	adequadas.
54.	Armazenar	e	manusear	o	filme/chassis	de	maneira	que	reduza	a	possibilidade	de	produção	de	artefatos.
MANUTENÇÃO	DO	EQUIPAMENTO
55.	Reconhecer	e	comunicar	maus	funcionamentos	na	unidade	radiográfica	ou	fluoroscópica	e	nos	acessórios.
56.	Realizar	avaliações	básicas	do	equipamento	radiográfico	e	dos	acessórios.
57.	Reconhecer	e	comunicar	maus	funcionamentos	no	equipamento	de	processamento.
58.	Realizar	avaliações	básicas	do	equipamento	de	processamento	e	dos	acessórios.
PROCEDIMENTOS	RADIOGRÁFICOS
59.	Posicionar	o	paciente,	o	tubo	de	raios	X	e	o	receptor	de	imagens	para	produzir	as	seguintes	imagens	diagnósticas:
•	Tórax
•	Abdome	e	estudos	gastrointestinais
•	Estudos	urológicos
•	Coluna	vertebral	e	pelve
•	Crânio
•	Extremidades
•	Outros:	artrografia,	mielografia,	venografia…
RESUMO
A	radiologia	oferece	oportunidades	profissionais	em	muitas	áreas	da	imagem	médica,	exigindo	um	conhecimento	modesto
de	medicina,	biologia	e	física	(ciência	radiológica).	Este	primeiro	capítulo	tece	a	história	e	o	desenvolvimento	da	radiografia
com	uma	introdução	à	física	médica.
Física	médica	inclui	o	estudo	da	matéria,	da	energia	e	do	espectro	eletromagnético	do	qual	a	radiação	X	é	uma	parte.	A
produção	 de	 radiação	 X	 e	 seu	 uso	 seguro	 no	 diagnóstico	 servem	 de	 base	 para	 a	 radiologia.	 Assim	 como	 enfatiza	 a
importância	da	segurança	radiológica,	este	capítulo	apresenta	uma	lista	detalhada	das	habilidades	clínicas	e	dos	cuidados	com
os	pacientes,	exigida	do	tecnólogo	em	radiologia.
QUESTÕES
1.	Defina	ou	identifique	o	que	se	segue:
a.	Energia
b.	Equação	de	equivalência	massa-energia	de	Einstein
c.	Radiação	ionizante
d.	O	mrad
e.	O	nível	médio	da	radiação	natural	do	ambiente
f.	O	tubo	de	Coolidge
g.	Fluoroscopia
h.	Colimação
i.	O	termo	aplicado	para	a	química	do	corpo
j.	Platinocianeto	de	bário
2.	Associe	as	seguintes	datas	com	o	evento	apropriado:
a.	1901 1.	Roentgen	descobre	os	raios	X
b.	1907 2.	Roentgen	recebe	o	primeiro	Prêmio	Nobel	de	Física
c.	1913 	
d.	1895 3.	O	transformador	de	Snook	é	desenvolvido
4.	O	tubo	de	raios	X	com	cátodo	quente	de	Cooligde	é	introduzido
3.	Descreva	a	diferença	entre	peso	e	massa.
4.	Nomeie	quatro	exemplos	de	radiação	eletromagnética.
5.	Como	a	interação	dos	raios	X	é	diferente	em	relação	à	interação	observada	em	outros	tipos	de	radiação	eletromagnética?
6.	Qual	é	o	propósito	da	filtração	do	feixe	de	raios	X?
7.	Descreva	o	processo	que	resulta	na	formação	de	um	íon	negativo	e	um	íon	positivo.
8.	Qual	o	percentual	médio	de	exposição	à	radiação	por	raios	X	médico	é	apropriado	para	um	homem?
9.	Por	que	a	descoberta	de	raios	X	foi	um	acontecimento	tão	surpreendente	na	história	da	humanidade?
10.	Por	que	agora	a	radiografia	é	considerada	um	emprego	seguro	da	radiação?
11.	O	acrônimo	ALARA	significa	o	quê?
12.	Nomeie	os	dispositivos	concebidos	para	minimizar	a	exposição	à	radiação	para	o	paciente	e	para	o	operador.
13.	Descreva	brevemente	a	história	do	filme	de	raios	X.
14.	Quais	são	as	três	fontes	naturais	de	exposição	à	radiação	de	corpo	inteiro?
15.	Qual	tipo	de	fonte	de	radiação	natural	é	responsável	pela	dose	no	pulmão?
16.	Como	você	definiria	o	termo	“radiação”?
17.	O	que	são	os	raios	catódicos?
18.	Coloque	as	seguintes	frases	na	ordem	de	aparecimento	cronológico:
a.	Fluoroscopia	digital
b.	American	Society	of	Radiologic	Technologists	(ASRT)
c.	Tomografia	computadorizada	(TC)
d.	Grades	radiográficas
e.	Processamento	automático	de	filmes
19.	Liste	cinco	habilidades	clínicas	exigidas	pela	ARRT.
20.	Liste	cinco	competências	pessoais	exigidas	pela	ARRT.
As	respostas	das	questões	podem	ser	encontradas	no	fim	do	livro.
*	Nota	da	Tradução:	Luz	ultravioleta	não	é	considerada,	usualmente,	radiação	ionizante.
*	Nota	da	Tradução:	A	sigla	rem	origina-se	do	inglês	radiation	equivalent	man.
*	Nota	da	Tradução:	Chassi	e	cassete	representam	o	mesmo	objeto	(é	a	caixa	que	coloca-se	o	receptor	de	imagem).	Neste	texto
será	utilizado	chassi	para	radiografia	convencional	e	cassete	para	CR.
*	Nota	da	Tradução:	No	Brasil,	a	profissão	de	Técnico	e	Tecnólogo	em	Radiologia	é	reconhecida	e	o	exercício	profissional	é
regulado	pelo	Conselho	de	Técnicos	em	Radiologia.

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