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Qual a diferença entre a Hipertensão do Jaleco Branco e a Hipertensão Mascarada? A hipertensão do jaleco ou avental branco é definida como valores pressóricos persistentemente elevados dentro do consultório com medidas consideradas normais nas medidas por monitorização ambulatorial de 24 horas (MAPA) ou monitorização residencial de pressão arterial (MRPA). Essa condição clínica ocorre em 20% dos indivíduos considerados hipertensos por medidas de pressão arterial usuais e inexistem indicadores clínicos confiáveis que permitam a suspeita clínica. Estudos iniciais indicaram ser a hipertensão do avental branco uma situação de risco cardiovascular semelhante à da normotensão, mas trabalhos mais recentes têm demonstrado que tal ideia deve ser abandonada. Já a hipertensão mascarada (HM) caracteriza-se pela ocorrência de pressão arterial (PA) de consultório normal, porém persistentemente elevada quando observada pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) ou por meio da medida residencial da pressão arterial (MRPA). Apresenta prevalência entre 8% e 23%, ou até mais elevada em indivíduos hipertensos e com PA controlada. Está relacionada à maior lesão em órgãos-alvo e a eventos cardiovasculares se comparada a indivíduos normotensos (NT), com risco relativo (RR) ao redor de dois nas principais metanálises. REFERÊNCIAS: ABBAS, A.K.; FAUSTO, N.; KUMAR, V. Robbins & Cotran. Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier/Medicina Nacionais, 2010. ALVES, Leila Maria Marchi; NOGUEIRA, Maria Suely; GODOY, Simone de; HAYASHIDA, Miyeko; CÁRNIO, Evelin Capellari. Prevalência de hipertensão do avental branco na atenção primária de saúde. Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ribeirão Preto, São Paulo, v. 89, n. 1, p. 28-35, julho, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abc/a/mBnTLdvGTCPzVnhkpd7fWMM/?format=pdf&lang =pt. Acesso em: 07 fev. 2022. MALACHIAS MVB, SOUZA WKSB, PLAVNIK FL, RODRIGUES CIS, BRANDÃO AA, NEVES MFT, et al. 7a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016; 107(3Supl.3):1-83
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