Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Curso: Medicina - Disciplina: Sistemas Orgânicos Integrados II Aluna: LUIZA MARIA FARIAS BARBOZA MOURA FÉ 3º Período – T12 Qual a diferença entre a Hipertensão do Jaleco Branco e a Hipertensão Mascarada? O termo hipertensão do “jaleco branco”, white coat hypertension ou hipertensão “de consultório”, descreve pacientes cuja pressão arterial (PA) sistêmica é persistentemente elevada quando medida no consultório do médico ou na clínica, porém normal em outras ocasiões. O principal sintoma da síndrome do jaleco branco é a hipertensão pontual. Esses pacientes também podem apresentar tremedeira, tensão muscular, náuseas e agitação. Em muitos casos, o paciente fica nervoso e a pressão arterial aumenta significativamente. Esse fator tem origem em diversos aspectos, podendo ser de ordem cultural, do ambiente familiar e outros psicoemocionais. Em estudos transversais, a prevalência de hipertensão do avental branco varia de 10 a 20 por cento e parece ser mais alta em crianças, idosos, mulheres e aqueles cuja pressão arterial no consultório está mais próxima do limiar diagnóstico. O efeito do jaleco branco é mais comum em pacientes com hipertensão resistente ao tratamento (ou seja, aqueles que necessitam de um mínimo de três medicamentos anti-hipertensivos na dosagem ideal para atingir o controle adequado da pressão arterial). Já a hipertensão mascarada (HM) caracteriza-se pela ocorrência de pressão arterial (PA) de consultório normal, porém persistentemente elevada quando observada pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) ou por meio da medida residencial da pressão arterial (MRPA). Além disso, a hipertensão mascarada está relacionada à maior lesão em órgãos-alvo e a eventos cardiovasculares se comparada a indivíduos normotensos. Fatores como idade, sexo, IMC, estresse, tabagismo ou abuso de álcool estão frequentemente relacionados à presença de HM. A hipertensão mascarada está presente em aproximadamente 10 a 30 por cento dos adultos com pressão arterial normal no consultório. A hipertensão mascarada pode ser mais comum entre homens, afro-americanos e pacientes com diabetes, doença renal crônica e apneia obstrutiva do sono. Referências: Uptodate. White coat and masked hypertension. Authors: Jordana Cohen, MD, MSCE, Raymond R Townsend, MD. Jul 2022. Thakkar HV, Pope A, Anpalahan M. Masked Hypertension: A Systematic Review. Heart Lung Circ, 2020. Porth CM, Matfin G. Fisiopatologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2010. Portal PEBMED: https://pebmed.com.br/sindrome-do-jaleco-branco-identificacao-e- amenizacao-dos-efeitos/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext REFERÊNCIAS: BERNE e LEVY – Fisiologia - Tradução da 7ª Edição. Editores Bruce M. Koeppen e Bruce A. Stanton. Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2018. MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia Funcional. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2014. ZOGBI, Luciano et al. Anestesia local. VITTALLE-Revista de Ciências da Saúde, v. 33, n. 1, p. 45- 66, 2021. RABELO, Andressa Quirino. Uso terapêutico de canabinóides na esclerose múltipla. Ensaios USF, v. 3, n. 1, p. 12-26, 2019.
Compartilhar