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LÍNGUA E CULTURA GREGO-LATINA - Conteúdo Aula V

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Modelo comunicativo 
APRESENTAÇÃO
Não há linguagem sem comunicação, sem interação. Para Travaglia (2002), a linguagem é um 
lugar de interação humana, de interação comunicativa, pela produção de efeitos de sentido entre 
interlocutores em uma dada situação de comunicação e em um contexto sócio-histórico e 
ideológico.
Ao estudar a Língua Espanhola, o indivíduo demarca um novo tipo de significado na construção 
da sua identidade, pois isso abrange não somente o ato de comunicar-se, mas, também, faz com 
que o estudante compreenda a pluralidade linguística e cultural que caracteriza diferentes 
sociedades nas quais ele pode, ou não, estar inserido.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai assimilar os conceitos de interação e interlocutor, 
além de compreender o significado de tematização e o seu papel linguístico-discursivo. Por fim, 
você vai refletir sobre a importância das questões culturais no ensino da Língua Espanhola.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir os conceitos de interação e interlocutor.•
Discutir o conceito de tematizar a partir de informação nova e informação adquirida. •
Reconhecer a importância das questões culturais na Língua Espanhola.•
DESAFIO
Imagine que você é professor de Lingua Espanhola do Ensino Médio e explicou as definições de 
tema e rema para seus alunos, salientando que cobraria esse conteúdo na prova trimestral. João, 
um estudante muito dedicado e fã de Eduardo Galeano, estava lendo um dos livros do autor 
e pediu a você que exemplificasse tema e rema baseando-se no conto Profecías 2.
Preencha as lacunas organizando as sentenças em tema e rema para esclarecer a João. 
INFOGRÁFICO
Os interlocutores são as pessoas que participam do processo de interação que se dá por meio da 
linguagem, ou seja, são os responsáveis pela conversação, sendo essencial visualizar o seu papel 
na comunicação, bem como os fatores importantes para que haja uma interlocução.
Confira mais sobre o assunto no Infográfico a seguir.
CONTEÚDO DO LIVRO
Não existe linguagem sem interação humana, e não existe sociedade sem cultura. Aprender uma 
língua estrangeira representa mergulhar em um novo contexto. Quando um indivíduo aprende 
espanhol, ele acessa uma nova realidade sociocultural, regida por normas e convenções que 
podem ser muito diferentes daquelas do grupo social no qual ele está inserido.
No capítulo Modelo comunicativo, do livro Oficina de texto em Espanhol, você vai assimilar os 
conceitos de interação e de interlocutor, além de compreender o significado de tematização, 
entendendo o seu papel linguístico-discursivo. Por fim, você vai refletir sobre a importância das 
questões culturais no ensino de Língua Espanhola.
Não esqueça que o papel dos professores e estudiosos da língua não é apenas ensinar as regras 
gramaticais, mas, também,compreender a pluralidade cultural que o idioma carrega e transmitir 
esses conhecimentos ao aluno.
Boa leitura.
OFICINA DE TEXTO 
EM ESPANHOL
Roberta Spessato
 
Modelo comunicativo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir os conceitos de interação e interlocutores.
  Discutir o conceito de tematização a partir de informações novas e 
adquiridas.
  Reconhecer a importância das questões culturais em língua espanhola.
Introdução
Não existe linguagem sem comunicação e sem interação. Para Travaglia 
(2002), a linguagem é um lugar de interação humana e interação comu-
nicativa, por meio da produção de efeitos de sentido entre interlocuto-
res em uma determinada situação de comunicação e em um contexto 
socio-histórico e ideológico. Ao estudar a língua espanhola, o indivíduo 
demarca um novo tipo de significado na construção da sua identidade, 
pois abrange não somente o ato de se comunicar, mas também o faz 
compreender a pluralidade linguística e cultural que caracteriza diferentes 
sociedades nas quais ele pode estar inserido. 
Neste capítulo, você conhecerá os conceitos de interação e de in-
terlocutores, compreenderá o significado de tematização e o seu papel 
linguístico-discursivo, bem como a importância das questões culturais 
no ensino da língua espanhola.
Linguagem e interação humana
Quando estudamos a linguagem, estudamos a interação humana. Segundo 
Bakhtin (2008), qualquer relação humana ocorre em função da linguagem. 
Para o autor, “ser signifi ca se comunicar, signifi ca ser para o outro e, pelo 
outro, ser para si mesmo”. Portanto, não existe linguagem sem comunicação, 
sem interação, ainda que em muitos casos estejamos diante de estudos mais 
formais em relação à língua, é necessário que exista uma relação com a língua 
em uso, com as suas intenções e com o seu funcionamento: “[...] todos os 
diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem” 
(BAKHTIN, 2003, p. 261). Não existe sociedade sem linguagem, e ela é 
responsável por qualquer prática social. 
A linguagem é responsável pelas relações humanas, pois é por meio dela, 
segundo Shoffen (2009), que nos constituímos e constituímos o outro como 
sujeito; ou seja, é por meio da linguagem e do enunciado que os sujeitos se 
constituem. 
Quando estudamos a língua espanhola, por exemplo, precisamos compre-
ender o seu funcionamento interno e externo. O conhecimento linguístico e 
o extralinguístico estão interligados, sendo de extrema importância para que 
se atinja a proficiência. Nesse sentido, Shoffen (2009) defende que estudar 
e avaliar a proficiência em determinada língua pressupõe compreender os 
interlocutores envolvidos, o contexto em que a interação ocorre e os propósitos 
que guiam o seu uso.
Sabe-se que o sujeito e a linguagem são produtos da história, da cultura 
e das relações sociais. Rego (1995), baseado em Vygotsky, compreende que 
o indivíduo não é resultado de um determinismo cultural, ou seja, não é um 
ser passivo que só reage frente às pressões do meio. O indivíduo é um sujeito 
que realiza uma atividade organizada na sua interação com o mundo, capaz, 
inclusive, de renovar a própria cultura, pois é na sua interação com o mundo 
que o indivíduo se constitui como sujeito. Para Bakhtin (2003), a visão de 
mundo, o ponto de vista e a opinião são os constituintes do discurso; já o 
enunciado é um elo na cadeia da comunicação verbal e não pode ser separado 
dos elos anteriores que o determinam.
Função dos interlocutores e da interação linguística
Os interlocutores são os participantes do processo de interação que ocorre 
por meio da linguagem, são os responsáveis pela conversação. Segundo 
Bakhtin (2003), a visão de mundo, a tendência, o ponto de vista e a opinião 
são o que constitui o discurso, mas a forma de repercutir o enunciado é o 
que torna o interlocutor sujeito. Cabe ressaltar que o emissor e o receptor 
também são conhecidos como locutores, pois são responsáveis pelo processo 
de comunicação. 
Em geral, o emissor pergunta e o receptor responde. De acordo com Shoffen 
(2009), baseado em Bakhtin (2003), uma das características do enunciado é 
Modelo comunicativo2
o seu delineamento com o enunciador. A forma como o falante percebe os 
seus destinatários está diretamente relacionada ao estilo e à composição do 
enunciado. 
Cabe destacar que o discurso não precisa ser necessariamente falado. 
Ao enfatizarmos a existência de um emissor e de um receptor, estamos nos 
referindo a qualquer tipo de discurso, seja ele verbal ou não verbal, falado ou 
escrito. O sentido de um texto, independentemente da situação comunicativa, 
não depende apenas da estrutura textual em si. O que pode influenciar muito a 
construção do sentido de um texto são os próprios participantes de determinada 
situação comunicativa. Veja alguns exemplos a seguir.
  Quando falamos de um texto, o escritor, por exemplo, é o emissor. Dessa 
forma, ele deve considerar quem é seu interlocutor e o que é necessário 
para que haja o processo de comunicação. 
  Quando nos referimosa uma sala de aula, no momento em que o pro-
fessor tem o domínio da palavra, ele é o emissor e os seus alunos são 
os receptores. Considere que um dos alunos pergunte algo ao professor; 
nesse momento, os papéis de invertem e o professor assume o papel de 
receptor e o aluno o de emissor.
  Ao assistirmos uma palestra, somos os receptores e o palestrante o 
emissor.
  Agora, por exemplo, em que você está lendo este capítulo, eu, professora, 
sou a emissora e você, aluno(a), é o(a) receptor(a).
De acordo com Koch (2011), o emissor/produtor deve ter noção do que dizer, 
do quanto dizer e de como dizer; já o leitor/ouvinte deve, por sua vez, tendo 
em vista as informações contextualmente oferecidas, construir representações 
coerentes a partir de seu conhecimento de mundo. Portanto, a autora afirma 
que o tratamento da linguagem — tanto na produção como na recepção — se 
baseia na interação de emissor/produtor e ouvinte/leitor, que se manifesta pela 
antecipação e coordenação recíprocas, em dado contexto de conhecimentos e 
estratégias cognitivas (KOCH, 2011).
Dessa forma, você pode compreender que, na interação, cabe ao interlocu-
tor escolher o contexto adequado à construção de sentidos, isto é, o emissor 
é o responsável pelo conteúdo necessário para que o interlocutor consiga 
compreender as suas intenções, fazendo, assim, o processo de comunicação 
ser estabelecido. De acordo com Koch (2011), o falante/escritor deve agir de 
3Modelo comunicativo
modo a utilizar as representações necessárias e relevantes para que o inter-
locutor consiga compreender suas intenções sem grande esforço, com base 
nas informações contextuais e/ou conceituais fornecidas, como um grande 
trabalho estratégico e cooperativo. 
O discurso oral não é neutro ou ingênuo, pois carrega muito mais infor-
mação do que apenas os enunciados mencionados. O tom de voz e os olhares 
utilizados constituem a intenção daquilo que é dito. Segundo Pinto (2011), 
olhares, sorrisos, gestos e até a distância entre os participantes e as posturas 
mantidas por eles integram nosso conhecimento sociolinguístico. Tudo que 
acompanha a fala é constitutivo de nossas práticas discursivas e, portanto, 
contribui para produzir efeitos comunicativos. 
Segundo Travaglia (2007, p. 27), a comunicação eficiente entre os seres 
humanos é fundamental para o entendimento entre os homens, e esse enten-
dimento é necessário e crucial para que os homens vivam e convivam bem. 
Podemos dizer que a boa comunicação garante não só a qualidade de vida em 
uma sociedade, mas a própria vida e existência da humanidade.
Resumidamente, o enunciado não é um conceito meramente formal, 
pois demanda uma situação, interlocutores identificados, compartilhamento 
cultural e o estabelecimento de um diálogo, ou seja, falar em enunciado 
representa falar de acontecimentos. Portanto, de acordo com Bakhtin (1981), 
a verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato 
de formas linguísticas, nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo 
ato psicofisiológico de sua produção, mas sim pelo fenômeno social da 
interação verbal.
Tematização — informação compartilhada pelo 
emissor e pelo receptor
Assim como o entendimento sobre linguagem e sujeito nos permite compre-
endamos o discurso como algo vivo, mutável e não ingênuo, é importante que 
entendamos o papel de tematização dentro do discurso. Para Caamaño Tomás 
(2011), a tematização está diretamente ligada à linguística do texto, conhecida 
também como linguística textual e linguística do discurso. Para esse autor, a 
tematização é o conjunto de estratégias empregadas para a organização dos 
elementos e sua relação semântica dentro do discurso, de maneira que seja 
possível inferir o tema desse discurso. 
Modelo comunicativo4
Segundo Sánchez e López (1997), falar de tematização representa com-
preender que há uma informação compartilhada pelo emissor e pelo receptor, 
ou seja, trata-se de um enfoque comunicativo-semântico de uma unidade lin-
guística a partir de certa estruturação dentro da sentença. Segundo os autores, 
na semântica discursiva, o tema pode ser definido como a disseminação de 
caminhos narrativos, valores que já foram compreendidos semanticamente 
pelos sujeitos envolvidos no discurso. Já para Ventura e Lima-Lopes (2002), 
a estrutura temática, ou tematização, é aquela que atribui à oração o seu 
caráter de mensagem, organizando o tema e o rema (conceitos abordados a 
seguir). Cabe ressaltar que, de acordo com os autores, a tematização é um 
fator extremamente importante para o desenvolvimento de um texto, pois 
auxilia diretamente a coesão. Com ela, é possível compreender como o escritor 
organizou a sua mensagem para o receptor.
Segundo Barbosa (2005), a organização do enunciado constitui a estru-
tura informacional da frase. Essa estrutura integra tanto a distribuição das 
unidades de informação (a estrutura temática) como a organização interna 
de cada unidade informacional. A estrutura temática ou tematização é 
responsável pela ordem linear das unidades de informação. Em geral, o 
tema ocorre no início da frase, precedendo aquilo que sobre ele se diz, 
denominado rema. 
De acordo com a Universidade Católica do Chile (PONTIFICIA..., 2005), 
tematização inclui os conceitos de tema e de rema. O tema é aquele sobre o 
qual algo é dito e já é conhecido; já o rema é a nova informação. O tema — a 
primeira parte da frase antes do verbo principal — apresenta o conteúdo para 
o leitor. As novas informações envolvem a introdução de expressões indefini-
das, que, quando mencionadas, tornam-se expressões definidas. As unidades 
lexicais mencionadas pela segunda vez referem-se ao mesmo campo semântico 
que a unidade lexical mencionada anteriormente, o novo (ou rema) é o que 
o falante decide apresentar como dentro de um paradigma de possibilidades 
léxico-gramaticais. 
Compreender a relação existente entre o tema e o rema é fundamental para 
a tematização. De acordo com Sánchez e López (1997), baseados em Harald 
Weinrich (1981), o tema representa a informação recebida e já compreendida; 
contudo, toda informação nova que venha a partir do tema chama-se rema. 
O tema é dado em cada caso e o rema é o que surge como informação nova. 
Já para Ventura e Lima-Lopes (2002), tema é aquilo que é conhecido, uma 
determinada situação a partir da qual o falante prossegue.
5Modelo comunicativo
É importante destacar que o tema se localiza normalmente na posição 
inicial da oração, ou seja, é nele que se inicia uma mensagem. Enquanto o 
tema assume o papel de alavanca da mensagem, o rema representa o resto da 
mensagem, portanto, o rema é o tema que se desenvolveu. Segundo Ventura 
e Lima-Lopes (2002), a principal função do tema é fornecer o pano de fundo 
para a interpretação do rema. Para os autores, definir tema é funcional: o 
tema é um elemento dentro de uma determinada configuração estrutural que 
organiza a oração da seguinte forma: tema + rema. 
Veja o exemplo do Quadro 1 para compreender os conceitos de tema e rema.
Fonte: Barbosa (2005).
Tema Rema Música
Hermano, hoy estoy en el 
apoyo de la casa
a Mi Hermano Miguel 
(Mercedes Sosa)
Estoy aquí queriéndote Estoy aquí (Shakira)
Quadro 1. Tema e rema
Em relação ao tema e ao rema, é possível considerar dois conceitos que 
se inter-relacionam ao tipo de informação da mensagem. Segundo Barbosa 
(2005), sob a perspectiva contextual, em geral, a primeira parte, tema, contém 
elementos dados, conhecidos, que funcionam como “ponto de partida” do 
enunciado, ao passo que a outra parte, o rema, contém elementos novos que 
constituem o “cerne” do enunciado.
Língua e cultura — duas abordagens 
indissociáveis
Ao estudar uma língua estrangeira, o indivíduo demarca um novo tipo de 
signifi cado na construção da sua identidade, pois abrange não somente o ato 
de se comunicar, mas também o permite compreender a pluralidade linguís-
tica e cultural que caracteriza diferentes sociedades nas quais ele pode estar 
Modelo comunicativo6inserido. Aprender uma língua estrangeira representa mergulhar em uma nova 
cultura, e isso inclui a aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas 
dentro de uma norma padrão. 
Um breve histórico sobre o ensino de língua espanhola no Brasil
O estudo da língua espanhola nos últimos anos reflete sua alta demanda. Esse cresci-
mento é devido às relações econômicas do Brasil com os países de língua espanhola 
da América Latina, pois, dentro do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), o Brasil é o 
único falante de português. Esse crescimento resultou na necessidade de linguagem 
na educação brasileira, pois aprender ajuda a estreitar o relacionamento do Brasil com 
os países vizinhos. Segundo Souza e Oliveira (2010), a língua espanhola é considerada 
uma necessidade dentro do contexto educacional brasileiro atual. A importância 
da aprendizagem do idioma espanhol em nosso país, pode ser verificada, também, 
pelo fato de o Brasil estar estreitando seus laços com países hispano-americanos, não 
somente por questões comerciais, o ponto de partida para o fortalecimento da língua, 
mas por questões sociais e políticas. 
Fonte: Nascimento (1999, p. 05).
O fato é que quando o estudante aprende a língua espanhola, por exem-
plo, ele tem acesso a uma nova realidade sociocultural, regida por normas e 
convenções que podem ser muito diferentes das que existem no grupo social 
no qual ele está inserido. Compreender o mecanismo de ensino do espanhol 
como segunda língua requer que sua inserção na escola não seja limitada e 
descontextualizada. É necessário que os aspectos culturais estejam presentes 
e que não se ensine o espanhol como uma língua homogênea. Deve-se mostrar 
a pluralidade cultural em relação à identidade linguística em cada variante. 
De acordo com Goettenauer (2005 apud SEDYCIAS, 2005), ensinar a língua 
espanhola representa não apenas ensinar os mecanismos formais, mas também 
os seus aspectos culturais.
Há muitos fatores vinculados ao ensino/aprendizagem de espanhol, não 
só aqueles que dizem respeito à própria prática educacional – objetivos, 
conteúdo, metodologia, material didático, recursos etc. —, mas também os 
que estão relacionados a considerações de outra ordem: os idiomas estão 
determinados pelos povos que os falam e pelas condições políticas, culturais 
7Modelo comunicativo
e sociais em que esses povos vivem. Esta afirmação é ainda mais contun-
dente quando se trata de uma língua falada em duas dezenas de países. 
É necessário levar em conta, além dos diversos espaços geográficos que 
influem nos modos e costumes de cada comunidade, as culturas, os siste-
mas político-econômicos, as organizações sociais, as histórias, o passado 
e o presente das várias nações, dos inúmeros povos e, ainda, os conflitos 
resultantes do contato do espanhol com outras línguas (GOETTENAUER 
apud SEDYCIAS, 2005, p. 62). 
Fernández (2005) também considera que a cultura da língua espanhola 
contribui para o conhecimento linguístico do indivíduo, inclusive, afirmando 
que o espanhol deve significar para o estudante uma ampliação de seu mundo, 
uma forma de conhecer o outro e, consequentemente, exercer a tolerância 
diante das diferenças. 
No fim do século XV, o idioma espanhol expandiu-se pela américa e, hoje, além da 
Espanha, a língua é falada oficialmente em outros 20 países. A língua espanhola 
se originou na região de Castela, na Espanha, por isso é também conhecida como 
castelhano. 
Atualmente, o México é o país que concentra a maior comunidade de falantes do 
idioma, com 122 milhões de pessoas, a Colômbia ocupa o segundo lugar e a Espanha, 
o terceiro. Cabe esclarecer que o berço da língua espanhola compartilha o status de 
idioma oficial com três outras línguas regionais: catalão, basco e galego. Além dos 
países oficialmente hispano falantes, é língua materna de 13% da população dos 
Estados Unidos, o que corresponde a um total de 39 milhões de pessoas. 
A seguir, apresentamos uma lista dos países onde a língua espanhola é falada 
como idioma oficial, em ordem decrescente do número de falantes nativos (valores 
aproximados). A Figura 1 apresenta um mapa indicando a localização desses países.
  México (122 milhões);
  Espanha (47 milhões);
  Colômbia (48 milhões);
  Argentina (43 milhões);
  Venezuela (33 milhões);
  Peru (30 milhões);
  Chile (17 milhões);
  Guatemala (15 milhões);
  Equador (14 milhões);
  Cuba (11 milhões);
  Bolívia (10 milhões);
  República Dominicana (10 milhões);
  Honduras (8 milhões);
  El Salvador (7 milhões);
  Paraguai (6 milhões);
  Nicarágua (6 milhões);
  Costa Rica (5 milhões);
  Porto Rico (4 milhões);
  Panamá (3 milhões);
  Uruguai (3 milhões).
Fonte: Lingoda (2018).
Modelo comunicativo8
No momento em que o estudante se sente sujeito de um novo idioma, capaz 
de se inserir nele linguística e culturalmente, podemos falar de aprendizagem 
desse novo universo linguístico. Contudo, para que isso ocorra, em sala de aula 
principalmente, é importante que o universo da língua espanhola não se resuma 
apenas a regras gramaticais. De acordo com Serrani (2005, p.15), “[...] enquanto 
o componente sociocultural é sempre posto em relevo na teoria, não é raro que 
tenha um papel secundário em práticas de ensino de línguas”, pois se sabe como 
comum é associar uma aula de língua estrangeira a uma aula de gramática com-
pletamente desvinculada de qualquer contexto significativo cultural que faça real 
diferença na vida dos alunos. A autora define como interculturalista o docente 
que contempla o ensino da língua estrangeira com mediações socioculturais e 
sociolinguísticas; entretanto, afirma que “[...] se requer uma capacitação adequada 
para que o professor não conceba seu objeto de ensino — a língua — como um 
mero instrumento a ser dominado pelo aluno” Serrani (2005, p. 17-18).
O professor interculturalista deve ser sensível à língua e ao seu processo 
discursivo, o qual carrega história, cultura e identidade. Segundo Serrani (2005, 
p. 17-18), “O perfil do interculturalista requer que o profissional considere 
especialmente, em sua prática, os processos de produção/compreensão do 
Figura 1. Países falantes de espanhol.
Fonte: Adaptadas de Pinterest (2018, documento on-line). 
9Modelo comunicativo
discurso, relacionados diretamente à identidade sociocultural”. Em relação ao 
mesmo ponto de vista, Marcuschi (2008) afirma que a língua é um fenômeno 
cultural, histórico, social e cognitivo que varia ao longo do tempo e, de acordo 
com os falantes, ela se manifesta no seu funcionamento e é sensível ao contexto, 
ou seja, é um sistema simbólico que pode significar muitas coisas, mas que 
não tem uma semântica indissociável pronta e nem completamente ilimitada 
de autonomia significativa. 
Determinar que o ensino da língua espanhola se restringe apenas à gra-
mática e ao seu ensino normativo corresponde à limitação do conhecimento 
muito mais amplo que perpassa as páginas de um livro cheio de regras e 
de normas. É completamente possível carregar para a sala de aula um novo 
universo histórico-cultural, capaz de transformar não só o conhecimento 
linguístico dos indivíduos em questão, mas também auxiliar na sua formação 
identitária como sujeitos. 
Entretanto, vale ressaltar que o ensino plural do espanhol não descarta o en-
sino normativo da língua; pelo contrário, deve utilizá-lo como ferramenta para 
que se alcance o objetivo pretendido. Uma abordagem não exclui a outra, elas 
se complementam, pois nenhuma é plena sozinha. Nas diretrizes curriculares 
da educação básica de língua estrangeira moderna do Paraná (2008), baseada 
em Vygotsky (2008, p. 65), está explícito que “[...] o conhecimento linguístico, 
ainda que condição necessária, não é suficiente para chegar à compreensão, 
considerando que o leitor precisa executar um processo ativo de construção de 
sentidos e também relacionar a informação nova aos saberes já adquiridos”, 
pois “a análise linguística, portanto, deve estar subordinada ao conhecimento 
discursivo, ou seja,devem ser decorrentes das necessidades específicas dos 
alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos”. 
Por mais que as palavras possuam significado, nenhum falante é um di-
cionário humano. Ensinar vocabulário, seja em espanhol, francês, italiano 
ou inglês, é desenvolver um novo idioma e representa compreender um novo 
cenário linguístico e sociocultural. De acordo com Ferrarezi Junior (2008, p. 
27), “[...] uma palavra só vai ter um sentido definido depois que for inserida em 
um contexto devidamente inserido em um ambiente de produção identificado 
pelos seus interlocutores, o cenário”.
É responsabilidade do professor apresentar a universalidade da língua 
espanhola e acabar com o preconceito linguístico existente nas variantes que 
não são a da Espanha, pois o aluno deve entender que a identidade linguística 
de cada comunidade é uma forma de representação social e, no momento em 
que se trata uma variante com desdém, demonstra-se preconceito, não apenas 
com um sotaque, mas com uma comunidade linguística. Em relação a esse 
Modelo comunicativo10
aspecto, Coan e Ponte (2013, p. 185), baseados em Richards (1990), afirmam 
que, nos livros didáticos de língua espanhola, a variedade peninsular ainda 
prevalece sobre as demais variedades americanas e, além do predomínio da 
variedade peninsular, quando há exploração das variedades americanas, é feita 
de forma superficial, em sua maioria em pequenos textos, figuras, notas de 
rodapé ou, ainda, em algum tópico de curiosidade. Além disso, para Ferrarezi 
Junior (2008), o aluno deve entender que, ao utilizar a língua, encontrará di-
ferentes construções linguísticas e, entre elas, uma variante de mais prestígio, 
que poderá ser aprendida e dominada para fins específicos. 
É importante que você perceba que a atividade de ensinar ou estudar 
uma língua estrangeira não deve se deter apenas a decorar regras normativas 
de uma gramática tradicional; aprender uma língua estrangeira representa 
mergulhar em um novo mundo e se reconstituir, rematerializar e ressignificar 
como indivíduo. 
Métodos de ensino
O aprendizado de uma nova língua contempla não apenas aspectos linguísticos 
formais, mas também históricos e socioculturais. Estudos sobre o ensino de uma 
segunda ou terceira língua começaram no século XVI. No entanto, com o surgimento 
da linguística no século XIX e o avanço da psicologia, novas pesquisas sobre as formas 
e os métodos que poderiam ser usados para garantir o sucesso no aprendizado de 
uma nova língua apareceram.
Gramática e método de tradução
Este método foi o mais utilizado em todos os momentos e o que durou mais tempo 
no ensino de língua estrangeira. Seu principal objetivo é que o aluno adquira conhe-
cimentos lexicais e aprenda regras gramaticais da língua-alvo, para que entenda as 
frases e consiga construí-las. Segundo Mato (2011), esse método consiste no ensino 
de uma segunda língua por meio da primeira, já que toda a explicação da segunda 
é baseada na linguagem do aluno. Para esse método, a linguagem é um conjunto 
de regras que devem ser observadas, estudadas e analisadas, diz Sánchez (2009). O 
objetivo linguístico é treinar os alunos para leitura e análise textual.
Método estruturalista
Em 1916, surgiu uma corrente teórica baseada no Curso de Linguística Geral de Ferdi-
nand Saussure. No entanto, apenas na década de 1930, com a teoria da linguagem de 
descrição, o termo estruturalismo passou a ser usado na linguística. Como ele estava 
em ascensão, tudo que se relacionava à aprendizagem de uma segunda língua ficou 
a cargo da abordagem linguística. A base do estruturalismo é a análise da linguagem 
falada, e o procedimento é descritivo e indutivo.
11Modelo comunicativo
Em meados do século XX, segundo Sanchez (2009), surgiram os métodos audio-
linguais e estruturais, os quais consideravam que o estudo da língua-alvo culminava 
na repetição fonética e fixação de estruturas gramaticais. A corrente estruturalista 
permaneceu por cerca de trinta anos. Na década de 1960, começaram as primeiras 
críticas ao estruturalismo, já que o método não colocava o aluno no contexto comu-
nicativo adequado, isto é, os diálogos eram repetitivos e irreais. Nos anos de 1980, um 
novo método passou a ser valorizado: a abordagem comunicativa.
Abordagem comunicativa
De acordo com Sanchéz (2009), a abordagem comunicativa surgiu para abolir os 
métodos estruturais anteriores. Essa abordagem tem a sua origem nos primeiros anos 
da década de 1970 na Europa, como uma reação aos métodos estruturais anteriores: 
o audiolingual dos Estados Unidos e o situacional da Europa. Para abordagens comu-
nicativas, o objetivo da linguagem é a comunicação, e o ensino da língua estrangeira 
deveria ser baseado em noções e funções reais (SANCHÉZ, 2009, p.67).
Como já vimos, a linguagem é um instrumento de comunicação e seu uso requer 
conhecimento sociocultural, discursivo e estratégico. Além disso, seus ensinamentos, 
segundo Richards e Rodgers (2010), devem considerar as quatro habilidades: fala, 
escrita, escuta e leitura. De acordo com a abordagem comunicativa, o aprendizado 
de uma língua é bem-sucedido quando os alunos enfrentam situações da vida que 
precisam de comunicação, ou seja, as aulas são desenvolvidas com bases em contextos 
de linguagem.
O ensino de uma língua estrangeira deve promover a comunicação real, em situações 
reais e, na abordagem comunicativa, estabelece-se a partir de tarefas. Segundo Sanchéz 
(2009), a apresentação de um conteúdo gramatical está sujeita à funcionalidade e à 
relevância que esse conteúdo possui para a comunicação do aluno não nativo.
As atividades em sala maximizam oportunidades para que os alunos usem a língua-
-alvo de maneira comunicativa em atividades que realmente tenham significado para 
eles. De acordo com Silva (2001), o princípio da abordagem comunicativa é estabelecer 
a comunicação e, somente depois disso, aprimorar a correção da língua em termos 
gramaticais. Para a autora (SILVA, 2001, p.63), a abordagem comunicativa tem como 
princípios enfatizar: 
  os padrões ativos de aprendizagem, incluindo trabalhos em duplas e em grupos 
(o que normalmente não é explorado adequadamente pelos professores que 
temem uma aula barulhenta); 
  o trabalho oral, revelando as habilidades de fala e de escuta na sala de aula, propor-
ciona o contato constante com a língua para um comando mais eficaz e palpável;
  a importância do desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita para 
promover a confiança dos alunos nas outras duas habilidades; 
  o ensino menos sistemático da gramática, por se reconhecer que a comunicação 
depende dela para que não haja prejuízos no processo comunicacional.
Segundo Robert Galisson, a abordagem comunicativa exige que o aluno tenha 
a habilidade de dominar várias competências, como a gramatical, que se relaciona 
com o domínio das estruturas gramaticais; a discursiva, que trata de aspetos sobre a 
coerência de tipos distintos de textos; a estratégica, na qual as estratégias linguísticas 
podem favorecer a comunicação; e a sociolinguística ou sociocultural (SOARES, 2012).
Modelo comunicativo12
1. Sobre o papel dos interlocutores 
na interação linguística, sabe-se 
que a visão de mundo é umas das 
características que constituem 
o discurso, e sua forma de 
repercutir no enunciado é o 
que torna o interlocutor sujeito. 
Portanto, é possível afirmar 
que os interlocutores:
a) não são responsáveis 
pela conversação.
b) se constituem como sujeitos 
a partir da linguagem.
c) compõem apenas o 
discurso falado.
d) podem ser tanto emissores 
como receptores.
e) são responsáveis pelo 
delineamento discursivo.
2. Sobre os métodos de ensino, 
é correto afirmar que:
a) no método estruturalista, 
a linguagem é um 
conjunto de regras que 
devem ser observadas, 
estudadas e analisadas.
b) na abordagem comunicativa, 
as repetições são fundamentais 
para a memorização.
c) o método audiolingual dos 
Estados Unidos e o situacional 
da Europa compõem aabordagem comunicativa.
d) o método gramática e 
tradução foi o que perdurou 
por mais tempo no ensino 
de línguas estrangeiras.
e) a abordagem comunicativa 
tem como objetivo a 
comunicação e a repetição.
3. Estudar uma língua estrangeira 
faz o indivíduo demarcar um 
novo tipo de significado na 
construção da sua identidade. 
Em relação a esse aspecto e ao 
universo que surge com uma nova 
língua, é incorreto afirmar que:
a) estudar uma segunda língua 
abrange não somente o ato de se 
comunicar, mas também permite 
a compreensão da pluralidade 
linguística e cultural que 
caracteriza diferentes sociedades.
b) aprender uma língua estrangeira 
representa mergulhar em 
uma nova cultura, incluindo a 
aquisição de um conjunto de 
habilidades linguísticas dentro 
de uma norma padrão.
c) assimilar uma nova língua 
reflete em conceber uma nova 
realidade sociocultural, regida 
por normas e convenções que 
podem ser muito diferentes 
das existentes no grupo social 
anteriormente conhecido.
d) adquirir uma língua estrangeira 
requer aprender, primeiramente, 
a sua gramática normativa, pois 
ela é a base para a comunicação 
e, somente assim, é possível 
mergulhar em uma nova cultura. 
e) a aprendizagem de uma 
segunda língua contribui 
para o conhecimento do 
sistema linguístico formal, 
que deve significar para o 
estudante uma ampliação de 
seu mundo, bem como uma 
forma de conhecer o outro e, 
13Modelo comunicativo
consequentemente, exercer a 
tolerância diante das diferenças.
4. Qual é o papel do professor 
interculturalista?
a) Difundir indiferença às 
manifestações culturais 
do processo discursivo. 
b) Apresentar a língua estrangeira 
de forma neutra, para que 
o estudante decida qual 
significado dar a esse ensino.
c) Auxiliar o aluno a considerar 
em sua prática os processos 
de memorização como 
base para o discurso.
d) Salientar que o ensino de línguas 
é homogêneo e que o sistema 
linguístico formal é a base 
para qualquer comunicação.
e) Abordar que a língua é um 
fenômeno cultural, histórico, 
social e que o seu funcionamento 
é sensível ao contexto.
5. Tematização é um termo 
linguístico discursivo que:
a) trata do enfoque comunicativo-
-semântico de uma unidade 
linguística a partir de 
uma certa estruturação 
dentro da sentença. 
b) está baseado nas questões de 
linguística formal, abordando 
conceitos de signo linguístico.
c) oferece à oração o seu caráter 
de mensagem, os conceitos 
de tema e de rema. O tema 
é a nova informação e o 
rema é algo já conhecido.
d) é pouco importante para o 
desenvolvimento de um texto, 
pois não auxilia a coesão, 
somente a semântica discursiva. 
e) não auxilia a compreensão de 
como o produtor organizou a 
sua mensagem para o receptor.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 
2008.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.
BARBOSA, J. Foco e Tópico: algumas questões terminológicas. In: RIO-TORTO, G.; 
FIGUEIREDO, O. M.; SILVA, F. (Ed.). Estudos em homenagem de Mário Vilela. Porto: Fa-
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ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/4571.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2018.
CAAMAÑO TOMÁS, A. La nueva tematización en el desarrollo textual en las investiga-
ciones de Teun A. Van Dijk, János Petöfi y M. A. K. Halliday. 2011. Disponível em: <http://
fuenteshumanisticas.azc.uam.mx/index.php/rfh/article/viewFile/161/157>. Acesso 
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Modelo comunicativo14
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FERNÁNDEZ, S. I. G. Ensinar/aprender espanhol entre brasileiros: visão transcultural. 
In: SEDYCIAS, J. (Org.). O ensino do espanhol no Brasil: passado, presente, futuro. São 
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FERRAREZI JUNIOR, C. Semântica para educação básica. São Paulo: Parábola, 2008.
KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: 
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PINTO, D. Análise do discurso, o uso de imagens e o campo da saúde: aspectos teórico-
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SHOFFEN, J.R. Gêneros do discurso e parâmetros de avaliação de proficiência de português 
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TRAVAGLIA, L. C. Gramática: ensino plural. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
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15Modelo comunicativo
Leituras recomendadas
ANDRADE, D. W.; SEIDE, M. S. Língua e cultura no ensino de espanhol como língua 
estrangeira: um estudo de caso com duas professoras do ensino público do oeste 
paranaense. Entreletras, v. 7, n. 1, jan./jun. 2016 . Disponível em: <https://sistemas.uft.
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LINGODA. Descúbrelo todo sobre los países de habla hispana. 2018. Disponível em: 
<https://www.lingoda.com/es/paises-habla-hispana>. Acesso em: 17 jul. 2018.
MATO, N. A. Principales métodos de enseñanza de lenguas extranjeras en Alemania. 
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NASCIMENTO, M. J. Idioma Espanhol e português e a democratização da informação 
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PINTEREST. Map with Spanish speaking countries. 2018. Disponível em: <https://www.
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Acesso em: 17 jul. 2018.
RICHARDS, J.; RODGERS, T. Enfoques y métodos en la enseñanza de idiomas. 2. ed. 
Madrid: EDINUMEN, 2010.
SANCHÉZ, P. A. Historia de la metodología de la enseñanza de lenguas extranjeras. Ma-
drid: SGEL, 2009.
SILVA, E. L. F. Abordagem comunicativa para o ensino de segunda língua: uma análise da 
sua aplicabilidade. 2001. 148 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção)- 
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001. Disponível em: <https://
repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/79853/185662.pdf?sequence=1>. 
Acesso em: 17 jul. 2018.
SOARES, B. M. P. Abordagem da cultura no ensino do espanhol dentro e fora da sala de aula: 
parte I. 2012. Disponível em: <https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/3376/3/
I%C2%AAPARTE.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2018.
SOUZA, T. Q. O.; OLIVEIRA, D. S. A inclusão da língua espanhola na educação brasileira. 
2010. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/
artigos_teses/LinguaEspanhola/artigos/tassi_art.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2018.
Modelo comunicativo16
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A abordagem comunicativa tem como principal objetivo a competência comunicativa, isto é, o 
aluno deve estar apto a usar a língua apropriadamente em um determinado contexto social.
Nesta Dica do Professor, você verá, de forma didática, a teoria necessária para a prática de 
esnino de Língua Espanhola e três formas possíveis de abordá-la em sala de aula.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Sabe-se que a visão de mundo é umas das características que constitui o discurso, e a 
sua forma de repercutir no enunciado é o que torna o interlocutor um sujeito. Na 
interação linguística, é possível afirmar que os interlocutores: 
A) não são os responsáveis pela conversação.
B) constituem-se como sujeitos a partir da gramática.
C) compõem apenas o discurso falado.
D) podem ser somente emissores, nunca receptores.
E) são responsáveis pelo delineamento discursivo.
2) Sobre os métodos de ensino de uma segunda língua, é correto afirmar que:
A) no método estruturalista, a linguagem é um conjunto de regras que devem ser observadas, 
estudadas e analisadas.
B) na abordagem comunicativa, as repetições são fundamentais para a memorização.
C) o método audiolingual dos Estados Unidos e o situacional da Europa compõem a 
abordagem comunicativa.
D) o da método gramática e tradução foi o que perdurou por mais tempo no ensino de línguas 
estrangeiras.
E) a abordagem comunicativa tem como objetivo a comunicação e a repetição.
3) Estudar uma língua estrangeira faz com que o indivíduo demarque um novo tipo de 
significado na construção da sua identidade. Em relação a esse aspecto e ao novo 
universo que surge com um nova língua, é correto afirmar que:
A) estudar uma segunda língua abrange não somente o ato de comunicar-se, mas, também, de 
compreender a pluralidade linguística e cultural que caracteriza as diferentes sociedades.
B) aprender uma língua estrangeira é desprezar uma nova cultura, e isso inclui a aquisição de 
um conjunto de habilidades linguísticas dentro de uma norma padrão.
C) assimilar uma nova língua subestima o fato de conceber outra realidade sociocultural, 
regida por normas e convenções que podem ser diferentes daquelas existentes no grupo 
social anteriormente conhecido.
D) adquirir uma língua estrangeira requer aprender, primeiramente, a gramática normativa, 
pois esta é a base da comunicação e somente assim é possível mergulhar em uma nova 
cultura.
a aprendizagem de um segundo idioma contribui para o conhecimento do sistema 
linguístico formal da língua materna e deve significar, para o estudante, a ampliação de seu 
mundo, bem como uma forma de conhecer o outro e, consequentemente, de exercer a 
E) 
tolerância diante das diferenças.
4) Qual é o papel do professor interculturalista? 
A) Difundir a indiferença às manifestações culturais do processo discursivo. 
 
B) Apresentar a língua estrangeira de forma neutra, para que o estudante decida qual 
significado dar a esse ensino. 
 
C) Fazer com que o aluno considere, especialmente, os processos de memorização como base 
para o discurso. 
 
D) Salientar que o ensino de línguas é homogêneo e que o sistema linguístico formal é a base 
para qualquer tipo de comunicação. 
E) Salientar que a língua é um fenômeno cultural, histórico, social e que o seu funcionamento 
é sensível ao contexto ao qual ela está incluída.
5) Tematização é um termo linguístico discursivo que: 
A) Trata-se de um enfoque comunicativo-semântico de uma unidade linguística a partir de 
uma certa estruturação dentro da sentença.
B) Baseia-se nas questões de linguística formal abordando conceitos de signo linguístico.
C) Dá à oração o seu caráter de mensagem, os conceitos de tema e de rema. O tema é a nova 
informação; enquanto o rema é algo já conhecido.
D) É pouco importante para o desenvolvimento de um texto, pois não auxilia a coesão, 
somente a semântica discursiva.
E) Não auxilia a compreensão de como o produtor organizou a sua mensagem para o 
receptor.
NA PRÁTICA
Por mais que as palavras tenham significado, nenhum falante é um dicionário humano. Ensinar 
vocabulário e desenvolver uma segunda língua representa compreender um novo cenário 
linguístico e sociocultural.
É responsabilidade do professor apresentar a universalidade do espanhol e desfazer o 
preconceito linguístico existente para com as variantes que não são da Espanha. É 
imprescindível que o aluno entenda que a identidade linguística de cada comunidade é uma 
forma de representação social, não existindo, dessa forma, comunidade linguística superior. 
Cabe ao professor apresentar o universo cultural que o idioma carrega.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Abordagem da cultura no ensino do Espanhol dentro e fora da sala de aula
Este artigo pode servir de inspiração ao professor na hora de preparar suas aulas.
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Identificar tema e ideia principal
É essencial identificar o tema e sua ideia principal de uma interação. Veja este vídeo para 
agregar mais conhecimento sobre o assunto.
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Enfoque comunicativo
A abordagem comunicativa é essencial para o ensino não somente de Espanhol, mas de qualquer 
segundo idioma. Assista a este vídeo para esclarecer essa abordagem tão nova, importante e 
eficiente.
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