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MATERIAL EMPREENDEDORISMO MODULO 1

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PONTE NOVA
E. E. Dr. RAIMUNDO ALVES TORRES
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: EMPREENDEDORISNO MODULO: 1
TURMA: TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO TURNO: NOTURNO
Nº DE AULAS SEMANAIS: 03
PROFESSOR (A): Danielle Aparecida dos Santos
 
O que é empreendedorismo?
Empreendedorismo é a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade.
Pode ser um negócio, um projeto ou mesmo um movimento que gere mudanças reais e impacto no cotidiano das pessoas.
Segundo o teórico Joseph Schumpeter, empreendedorismo está diretamente associado à inovação. Para Schumpeter, o empreendedor é o responsável pela realização de novas combinações.
A introdução de um novo bem, a criação de um método de produção ou comercialização e até a abertura de novos mercados, são algumas atividades comuns do empreendedorismo.
Isso significa que “a essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios”.
O Brasil apresenta grande potencial para o empreendedorismo. De acordo com a Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a taxa de Empreendedorismo é de 38,7 (2019), segundo melhor patamar total de empreendedores, desde 2002. São mais de 53,4 milhões de brasileiros se dedicando ao negócio próprio.
A pesquisa também mostra que em 2019, o país atingiu 23,3% de taxa de empreendedorismo inicial, quando uma empresa possui menos de 3,5 anos de existência, a maior já alcançada.
O Empreendedorismo, como “comportamento”, pode estar associado a um negócio, uma empresa, mas também pode estar associado a um projeto, a uma realização pessoal.
 É a partir dessa visão que surgem novas “formas” de empreendedorismo. E o que era só “empreendedorismo”, agora pode ser subdividido em “empreendedorismo de negócios”; “empreendedorismo social” e “intra-empreendedorismo”. 
Origens do conceito de empreendedorismo
 Empreendedorismo Aspectos Conceituais 
Diz-se que a visão empreendedora já nasce com o indivíduo, não se constrói. No entanto, temos convicção de que eles podem ser desenvolvidos e este potencial empresarial é uma qualidade muito comum entre a população em geral. Antes de iniciar qualquer tipo de atividade de risco no ramo de negócios é fundamental identificar seu potencial empreendedor, desenvolver habilidades empreendedoras, desenvolver suas características de comportamento empreendedor e identificar oportunidades e recursos. 
Segundo o Dornelas (2008), ao analisar as várias definições existentes para o termo “empreendedorismo”, alguns aspectos sempre estarão presentes em todas elas, principalmente no que diz respeito ao comportamento empreendedor, como: 
· Utilização de recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico; 
· Saber os riscos calculados e a possibilidade de fracassar. 
· Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo o que faz 
Ou seja, o empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização. 
“O Empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi para o século 20.” Timmons, Jefrey A., New Venture Creation, Irwin, Boston, USA 
O primeiro uso do termo “empreendedorismo” foi registrado por Richard Cantillon, em 1755, para explicar a receptividade ao risco de comprar algo por um determinado preço e vendê-lo em um regime de incerteza. Jean Baptiste Say, em 1803 ampliou essa definição para ele, empreendedorismo esta relacionado àquele que “transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento” ficando, portanto, convencionado que quem abre seu negócio é um empreendedor. 
Como já dito o empreendedorismo tem sua origem na reflexão dos pensadores econômicos do século XVIII e XIX. O empreendedorismo tem sido visto como um engenho que direciona a inovação e promove o desenvolvimento econômico. No entanto, outras ciências sociais têm contribuído para a compreensão do empreendedorismo: a sociologia, a psicologia, a antropologia e, a história econômica. 
Alguns conceitos administrativos predominaram em determinados períodos de tempo, principalmente no século XX, em virtude de contextos sociopolíticos, culturais, de desenvolvimento tecnológico de desenvolvimento e consolidação do capitalismo, entre outros. 
Globalização
Não existe uma definição que seja aceita por todos, mas é basicamente um processo ainda em curso de integração de economias e mercados nacionais. No entanto, ela compreende mais do que o fluxo monetário e de mercadoria; implica a interdependência dos países e das pessoas, além da uniformização de padrões e está ocorrendo em todo o mundo, também no espaço social e cultural. É chamada de “terceira revolução tecnológica” (processamento, difusão e transmissão de informações) e acredita-se que a globalização define uma nova era da história humana (BRASIL ESCOLA, 2008, extraído da Internet).
A globalização é um tema bastante polêmico, objeto de estudo de vários autores, das mais diferentes áreas do conhecimento. Na prática, esse fenômeno está presente diáriamen- te em nossas vidas, quando compramos um produto, por mais simples que seja, mas que foi produzido do outro lado do planeta, ou quando pagamos mais caro ou mais barato por de- terminado alimento, em função da “crise” ou da superprodução na safra desse mesmo ali- mento, em algum país distante; quando ligamos o aparelho de televisão, fabricado por uma empresa transnacional, ou assistimos a um seriado de sucesso, produzido em outro país, em outro idioma e traduzido para o português.
TIPOS DE EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo de negócios
O “empreendedorismo de negócios” pode ser definido como o comportamento empreendedor vinculado a um negócio, uma empresa, um empreendimento. É quando você tem uma boa ideia e a transforma em um negócio lucrativo. Esse comportamento envolve planejamento, criatividade e inovação. Mas lembre-se: uma inovação nem sempre quer dizer a criação de um novo produto ou um novo serviço. Você pode oferecer ao mercado um mesmo produto ou serviço, só que de forma mais barata, mais rápida ou de melhor qualidade em relação aos seus concorrentes. Isso é empreendedorismo.
Empreendedorismo social
O “empreendedorismo social” tem características semelhantes ao “empreendedorismo de negócios”. A diferença está na missão social, cujo objetivo final não é a geração de lucro, mas o impacto social. Empreendedores sociais são como empresários, utilizam as mesmas técnicas de planejamento, mas são motivados por objetivos sociais, ao invés de benefícios materiais. Ou seja: se para o empreendedor de negócios o sucesso significa o crescimento da sua empresa (e dos seus lucros), para o empreendedor social o sucesso significa a transformação de uma realidade social, a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem naquele local.
Intra-empreendedorismo
O intra-empreendedorismo surgiu quando grandes empresas começaram a identificar a necessidade de incentivar o empreendedorismo dentro dos seus departamentos. Pode ser definido simplesmente como “empreender dentro das empresas”. Apresentar idéias, soluções, projetos e colocar essas idéias em ação. O intra-empreendedorismo se aplica tanto ao funcionário da iniciativa privada quanto ao servidor público, por exemplo. É a pessoa empregada que apresenta um comportamento empreendedor, independente da função que ocupa na organização onde trabalha, e é esse comportamento que a leva a merecer destaque e crescer profissionalmente.
A verdade é que nunca se falou tanto em empreendedor e empreendedorismo.
A figura do empreendedor vem sendo elogiada por sua coragem de se arriscar, de se libertar do tradicional modelo do “emprego com carteira assinada”. Para a maioria das pessoas, o empreendedor é o indivíduo que se fez sozinho, apesar dasadversidades e que conquistou um sucesso individual. Mas é preciso conceber o empreendedor para além dessa perspectiva do sucesso apenas individual. Fernando Dolabela, criador de um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo na educação básica e universitária no Brasil, a metodologia Oficina do Empreendedor (utilizada em projetos
do Instituto Euvaldo Lodi – IEL, Confederação Nacional da Indústria – CNI, SEBRAE, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico –
CNPq e outros órgãos), lembra que: [...] o empreendedorismo não pode ser um instrumento de concentração de renda, de aumento de diferenças sociais ou uma estratégia pessoal de enriquecimento. No Brasil o tema central do empreendedorismo deve ser o desenvolvimento social, tendo como prioridade o combate à miséria, oferecendo-se como um meio de geração e distribuição de renda. Mais do que uma preocupação com o indivíduo, o empreendedorismo deve ser relacionado à capacidade de se gerar riquezas acessíveis a todos. Como geralmente a renda concentrada teima em não se distribuir, é importante que ela seja gerada já de forma distribuída. É disto que cuida o empreendedorismo. (DOLABELA,2008, extraído da Internet).
Dolabela está falando do empreendedorismo de forma geral, mas o foco da sua discussão é o empreendedorismo de negócios. Ele fala que o empreendedorismo não pode ser uma “estratégia pessoal de enriquecimento”, mas deve “gerar riquezas acessíveis a todos”.
Isso significa que, ao optar pelo seu próprio negócio, o empreendedor deve agir de forma ética. Uma empresa que gera novos postos de trabalho também contribui para melhorar a qualidade de vida das pessoas que estavam desempregadas. Mais pessoas trabalhando também significa mais clientes para o comércio local do município e assim por diante. Mas, e se essa nova empresa causar poluição ambiental? E se os salários pagos aos trabalhadores incluírem descontos abusivos? E se a empresa sonegar impostos? Isso, com certeza, não é empreendedorismo.
O QUE É ARRANJO PRODUTIVO LOCAL – APL?
Ao contrário dos demais empreendimentos coletivos, o Arranjo Produtivo Local – APL – não se constitui sob a forma de pessoa jurídica ou é determinado por um contrato. Mais especificamente, o Arranjo Produtivo Local2 é uma aglomeração de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. 
Para melhor compreensão do conceito de APL, é importante detalhar alguns de seus termos, conforme adiante.
 Aglomeração de Empresas 
Quando se fala em um Arranjo Produtivo Local, deve-se considerar, em primeiro lugar, a existência de uma aglomeração de um número de empresas que atua em torno de uma atividade produtiva principal.
 O termo aglomeração – produtiva, científica, tecnológica e/ou inovativa – tem como aspecto central a proximidade territorial de agentes econômicos, políticos e sociais (empresas e outras organizações e organizações públicas e privadas). Uma questão importante, associada a esse termo, é a formação de economias de aglomeração, ou seja, as vantagens oriundas da proximidade geográfica dos agentes, incluindo acesso a matérias-primas, equipamentos, mão de obra e outros. Considera-se que a aglomeração de empresas amplie suas chances de sobrevivência e crescimento, constituindo-se em relevante fonte geradora de vantagens competitivas. Isso é particularmente significativo no caso dos pequenos negócios.
A atuação dessas empresas pode se destacar sobre o aspecto vertical, quando as empresas participam de várias etapas de determinado processo produtivo, ou horizontal quando se destacam por fazer, basicamente, uma das etapas do processo. 
 A aglomeração não se mede somente pelo número de empresas. Outros fatores devem ser levados em conta, tais como: número de postos de trabalho, faturamento, mercado, geração de empregos indiretos e até potencial de empreendedores informais que poderiam organizar-se como pessoa jurídica entre outros. 
Território 
“A territorialidade aqui definida não se refere meramente à localização de atividades e sim à ligação de interdependências específicas da vida econômica de uma região e ocorre com o enraizamento da viabilidade econômica em ativos, que incluem práticas e relações, não disponíveis em outros lugares e que fácil e rapidamente são criadas ou imitadas em lugares que não as têm3 .”
 A noção de território é importante para a atuação em um Arranjo Produtivo Local, já que a aglomeração se dá em um determinado espaço físico. O APL compreende um recorte do espaço geográfico (parte de um município, um município, conjunto de municípios, bacias hidrográficas, vales, serras etc.) que: • possua sinais de identidade coletiva (sinais sociais, culturais, econômicos, políticos, ambientais, históricos, etc.);
 • mantenha ou tenha capacidade de promover uma convergência em termos de expectativas de desenvolvimento; 
• estabeleça parcerias e compromissos para manter e especializar os investimentos de cada um dos atores no próprio território• promova, ou seja, passível de uma integração econômica e social no âmbito local. 
“A proximidade ou concentração geográfica, levando ao compartilhamento de visões e valores econômicos, sociais e culturais, constitui fonte de dinamismo local, bem como de diversidade e de vantagens competitivas em relação a outras regiões.4” “Assim, micro, pequenas e médias empresas do mesmo ramo, localizadas numa região geográfica limitada, organizaram-se em torno de uma associação e sob uma governança baseada na confiança mútua para desenvolver as atividades relacionadas à escolha do ramo de produção, constituindo os chamados Arranjos Produtivos Locais – APL.5”
 
Especialização produtiva 
A especialização produtiva envolve além da produção de bens e serviços, o conhecimento que as pessoas e empresas de um território possuem sobre uma atividade econômica principal, seja ela no segmento da indústria, do comércio, dos serviços, do turismo, do artesanato, seja do Agronegócio.
 Aprendizagem e Inovação
 Esses aspectos manifestam-se pela existência de iniciativas, ações, atividades e projetos realizados em conjunto, entre as empresas, entre empresas e suas associações, entre empresas e instituições técnicas e financeiras, entre empresas e poder público, e outras possíveis combinações entre os atores presentes no APL. A aprendizagem e a inovação podem ocorrer por meio de: • intercâmbio sistemático de informações produtivas, tecnológicas e mercadológicas (com clientes, fornecedores, concorrentes e outros
• interação envolvendo empresas e outras instituições, por meio de programas comuns de treinamento, realização de eventos/feiras, cursos e seminários, entre outros; 
• integração de competências, por meio da realização de projetos conjuntos, incluindo desde melhoria de produtos e processos até pesquisa e desenvolvimento propriamente ditos, entre empresas e dessas com outras instituições.
 • troca de experiências, formando uma rede de aprendizagem e de difusão de inovações. 
Nos APL o aprendizado constitui fonte fundamental para transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacitação produtiva e inovadora das empresas e outras organizações. 
A capacitação inovadora possibilita a introdução de novos produtos, processos, métodos e formatos organizacionais, sendo essencial para garantir a competitividade sustentada dos diferentes arranjos locais, tanto individual como coletivo.
 Cooperação 
O significado genérico de cooperação é o de trabalhar em comum, envolvendo relações de confiança mútua e coordenação, em níveis diferenciados, entre os agentes. Em um Arranjo Produtivo Local, identificam-se dois diferentes tipos de cooperação. 
A primeira é a cooperação produtiva, visando à obtenção de economias de escala e de escopo, bem como a melhoria dos índices de qualidade e produtividade.
 Asegunda, a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos, custos, tempo e, principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o potencial inovativo do Arranjo Produtivo Local. 
A cooperação no APL ocorre em diferentes momentos e, entre diferentes atores, dentro de um processo interativo e dinâmico. Mesmo que no mercado haja uma competição saudável entre empresas que pertencem ao APL, prevalece o espírito da cooperação em prol do desenvolvimento local.
Outros atores locais 
Quando se fala em Arranjo Produtivo Local, é imprescindível considerar a presença dos vários atores (empreendedores, agentes e instituições) que possuem ações voltadas direta ou indiretamente ao desenvolvimento da atividade produtiva local.
 Um APL não é reconhecido somente pelas ações das empresas ou empreendedores, mas também por outras entidades públicas ou privadas comprometidas com o desenvolvimento do APL. 
São exemplos de atores locais as instituições de promoção, financiamento e crédito, de ensino e pesquisa, os centros tecnológicos, as associações empresariais, os prestadores de serviços, as organizações do terceiro setor e os governos em todos os âmbitos, fisicamente localizados no APL ou próximos. 
Por fim, de forma mais simplificada, pode-se definir APL como aglomerações de empresas do mesmo setor ou correlatas, localizadas em um mesmo espaço geográfico, com a presença de agentes econômicos, políticos e sociais, e que apresentam vínculos e interdependência, num ambiente de especialização produtiva. Para a caracterização de um arranjo produtivo, três pré-requisitos básicos devem ser levados em consideração:
 • escala (nº de empresas/empreendedores, valor da produção etc.);
 • importância relativa (variáveis microrregionais/estaduais/nacionais); 
 • contiguidade territorial (associada à proximidade física e/ou facilidade de contatos entre seus agentes). 
 Fazem parte dos arranjos as empresas produtoras de bens e serviços finais, os fornecedores de matérias-primas e equipamentos, as prestadoras de serviços, as comercializadoras e os clientes. Devem ser consideradas também como pertencentes aos arranjos as inúmeras instituições locais que se dedicam à formação e treinamento de recursos humanos, ciências e tecnologia, pesquisa e desenvolvimento etc., bem como os agentes sociais e políticos locais. 
Conforme Cassiolato, Lastres & Szafiro (2000)6 , as principais peculiaridades de um APL são: 
• a dimensão territorial (os atores do APL estão localizados em certa área onde ocorre interação);
 • a diversidade das atividades e dos atores (empresários, sindicatos, governo, instituições de ensino, instituições de pesquisa e desenvolvimento, ONGs, instituições financeiras e de apoio);
 • o conhecimento tácito (conhecimento adquirido e repassado por meio da interação, conhecimento não codificado);
 • as inovações e aprendizados interativos (inovações e aprendizados que surgem com base na interação dos atores); e 
• a governança (liderança do APL, geralmente exercida por empresários ou pelo seu conjunto representativo – sindicatos, associações
 O quadro abaixo resume alguns aspectos comuns que fundamentam a constituição de aglomerados locais: 
CLASSIFICAÇÃO DO APL 
Cada arranjo apresenta suas próprias características com relação às origens, contexto econômico, ambiente sociocultural, nível de complexidade da cadeia produtiva entre outras. Com relação ao grau ou estágio de desenvolvimento, os arranjos podem ser classificados em três níveis: 
Arranjos incipientes São os arranjos desarticulados, carentes de lideranças legitimadas. Falta integração entre as empresas, o poder público e a iniciativa privada e uma visão mais ampla para o empresariado. Não há centros de pesquisa ou de profissionalização que poderiam contribuir para elaborar/implementar novos processos produtivos. São determinados por:
 		 • baixo desempenho empresarial; 
 • foco individual;
 • isolamento entre empresas;
 • ausência de interação do poder público; 
 • ausência de apoio/presença de entidade de classe; 
 • mercado local (mercado de atuação restrito); 
 • base produtiva mais simples. 
Este nível engloba aqueles arranjos incipientes, bastante desarticulados, carentes de governança, cooperação, entidades de classe estruturadas, investimentos em ciência e tecnologia. São importantes em termos locais pela interferência positiva na arrecadação do município e no número de empregos gerados, mas os resultados obtidos estão aquém da sua potencialidade.
 São também carentes de recursos financeiros, não sendo satisfatoriamente contemplados com linhas de crédito pelos bancos tradicionais, motivos. Seu mercado ainda é o local ou microrregional, não apresentando competitividade para tentativas mais arrojadas. 
2. Arranjos em desenvolvimento 
São importantes para o desenvolvimento local, pois atraem novas empresas e incentivam os empreendedores a investirem em competitividade, como condição para sua sobrevivência. 
Preocupam-se com os demais elos da cadeia produtiva, com impacto direto sobre a qualidade de seus produtos. As lideranças são mais capacitadas e legitimadas, organizando-se em entidades de classe, defendendo interesses regionais em vez de particulares. Apresentam uma incipiente integração entre o poder público e o empresarial. São reconhecidos por:
 • foco setorial;
 • possíveis estrangulamentos nos elos da cadeia produtiva; 
 • dificuldade no acesso a serviços especializados (tecnologia/design/ logística/crédito);
 • interação com entidade de classe; 
 • mercado local/estadual/nacional. 
Seu processo de desenvolvimento é reconhecido, possibilitando a atração de novas empresas e incentivando os empreendedores locais a também participarem da geração de renda do novo movimento empresarial. Novas atividades econômicas relacionadas com o arranjo produtivo começam a surgir e há uma demanda por maior competitividade ao longo da cadeia produtiva e também por serviços.
 Suas lideranças empresariais estão mais legitimadas e capacitadas, atuando em entidades de classe, com ênfase maior no trabalho setorial. Inicia-se uma cooperação intersetorial das empresas com seus fornecedores e suas entidades. 
 O arranjo passa a interessar aos Bancos, que, por conhecer melhor o setor e seus empresários, aumentam as operações financeiras. Há centros de educação profissional e de aperfeiçoamento técnico e disposição, pelas empresas, de investir em novas tecnologias e novos produtos. Verifica-se uma participação regular das empresas como visitantes e expositores em feiras do setor.
O produto já começa a ser identificado com alguma característica sociocultural local (posicionamento de produto). Realizam-se de forma mais constante pesquisas relativas a inovações técnicas e questões mercadológicas e as empresas apresentam-se mais competitivas, iniciando a participação em novos mercados. 
3. Arranjos desenvolvidos
(Sistemas Produtivos e Inovativos Locais)8 São aqueles arranjos produtivos cuja interdependência, articulação e vínculos consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem, possibilitando inovações de produtos, processos e formatos organizacionais e gerando maior competitividade empresarial e capacitação social. 
Segundo a RedeSist, os Sistemas Produtivos e Inovativos Locais (SPIL) são conjuntos de agentes econômicos, políticos e sociais, localizados em um mesmo território, desenvolvendo atividades econômicas correlatas e que apresentam vínculos expressivos de produção, interação, cooperação e aprendizagem. As empresas e provedores de serviços formam um conjunto integrado, atuando com objetivos e estratégias comuns, exercendo forte impacto sobre o território em geral e sendo por este influenciado. São determinados por:
 • foco territorial;
 • estrangulamento nas demandas comerciais coletivas;
 • interação com a comunidade;
 • mercado estadual/nacional/internacional; 
 • finanças de proximidade (relacionamento comercial estreito entre bancos e empresas)mais avançadas; 
 • base institucional local diversificada e abrangente;
 • estrutura produtiva ampla e complexa. 
Os arranjos classificados como de terceiro nível apresentam-se mais bem articulados, de importância para o desenvolvimento local, pela capacidade de atrair novas empresas, fornecedores, prestadores de serviços, bancos etc. Suas lideranças atuam, principalmente, em entidades de classe, com relacionamentos formais. 
Para as empresas desses arranjos há maior disponibilidade de recursos financeiros oferecidos pelos bancos e entidades financeiras. As empresas, melhor estruturadas, investem mais no desenvolvimento do arranjo, com recursos próprios e de terceiros. 
Verifica-se a presença de centros de pesquisa e instituições de ensino superior com propostas específicas para o arranjo, contribuindo de forma mais eficaz para o desenvolvimento de novas tecnologias, processos e produtos. As empresas apresentam-se mais competitivas e atuam em outros níveis de mercado (regional, nacional e internacional). Há, também, implementação de iniciativas de marketing territorial. 
 CARACTERÍSTICAS DO APL
 Independentemente do seu estágio de evolução, o APL apresenta características marcantes, diferenciando-o de outras aglomerações empresariais ou produtivas: 
• Dimensão territorial – é o espaço onde processos produtivos, inovadores e cooperativos têm lugar, tais como: municípios, microrregiões, entre outros.
 • Diversidade de atividades e atores econômicos, políticos e sociais – os arranjos envolvem a participação e interação de empresas (produtoras de bens e serviços finais, fornecedoras de insumos e equipamentos, prestadoras de serviços, comercializadoras, cliente etc.), órgãos de classe, instituições privadas e públicas de ensino, pesquisa, consultoria, bem como instituições políticas e de promoção e financiamento e a comunidade organizada em geral.
 • Conhecimento tácito – nos arranjos verificam-se processos de geração, compartilhamento e socialização de conhecimento, por parte de empresas, instituições e indivíduos. São importantes os conhecimentos tácitos, ou seja, aqueles que não estão codificados, mas que estão implícitos e incorporados em indivíduos. São elementos de vantagem competitiva de quem os detém. Nos APL mais desenvolvidos, esse conhecimento pode chegar a ser explícito em função de processos de padronização e normatização. O conhecimento tácito reside em crenças, valores, saberes e habilidades do indivíduo ou organização. Encerram, por sua vez: 
1) saberes sobre o processo produtivos não disponíveis em manuais; 
2) saberes gerais e comportamentais;
3) capacidade para resolução de problemas não codificados; e
4) capacidade para estabelecer vínculos entre situações e interagir com outros recursos humanos. Nos APL em desenvolvimento e nos desenvolvidos, também aparecem em maior ou menor grau as seguintes características: 
• Inovação e aprendizado interativos – o aprendizado interativo é a fonte fundamental para a transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacidade produtiva e inovadora das firmas e instituições; 
• Governança – são os diferentes modos de coordenação entre os agentes e atividades, que envolvem da produção à distribuição de bens e serviços, assim como o processo de geração, disseminação e uso de conhecimento e das inovações.
Conceitos relacionados ao empreendedor
A psicologia, a filosofia, a sociologia, a economia, a administração, a política e a medicina, para citar apenas algumas das ciências, vêm se interessando pelo assunto e trazendo suas próprias contribuições, com suas respectivas abordagens para definir esse que vem sendo o grande fenômeno socioeconômico deste século. 
A escola psicológica estuda as características comportamentais e de personalidade dos empreendedores. Nesta escola assume-se que o empreendedor desenvolve uma série de atitudes, crenças e valores que moldam sua personalidade em três campos áreas de atenção: valores pessoais, como: honestidade, comprometimento, responsabilidade e ética; propensão ao risco, e necessidade de realização. 
A escola clássica tem como principal característica a inovação. Ela crê que o empreendedor é aquele que “cria algo” e não simplesmente o “possui”. Descoberta, inovação, criatividade são os temas de estudo desta escola. A base desta linha de estudos é o trabalho do economista Joseph Schumpeter (1950, apud HASHIMOTO, 2009, p.2). 
A escola da administração sugere que o empreendedor é uma pessoa que organiza e administra um negocio, assume os riscos de prejuízo e o lucro inerentes a ele, planejando, supervisionando, controlando e direcionando o empreendimento. A importância do plano de negócios, como instrumento de planejamento e estruturação de ideias, nasce desta escola. 
A escola da liderança mostra que o empreendedor é um líder que mobiliza as pessoas em torno de objetivos e propósitos. Esta escola parte do pressuposto nenhum empreendedor obtém resultados sozinho. É preciso, acima de tudo, que ela saiba montar sua equipe, motivá-la e desenvolvê-la para construir coisas em conjunto. 
Escola corporativa diz que as habilidades empreendedoras podem ser úteis em organizações complexas, para ações de foco bastante especifico como abrir um mercado, expandir serviços ou desenvolver produto. Seu foco de estudo é a organização e o seu desenvolvimento. Ela ganhou relevância a partir da necessidade e das dificuldades das organizações em desenvolver empreendedores internos ou o clima empreendedor. 
Características do empreendedor
Vamos conhecer nesse item as principais características do empreendedor,
elencadas pelo SEBRAE.
a) Busca oportunidades e tem iniciativa
• Faz as coisas antes de ser solicitado ou antes de ser forçado pelas circunstâncias.
• Age para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços.
• Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter
financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.
b) Corre riscos calculados
• Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente.
• Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados.
• Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.
c) Exige qualidade e eficiência
• Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas, ou mais baratas.
• Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de
excelência.
• Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja
terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade
previamente combinados.
d) Persistência
• Age diante de um obstáculo significativo.
• Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio
ou superar um obstáculo.
• Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário para atingir
metas e objetivos.
Aula 1 - Falando de empreendedorismo 19 e-Tec Brasil
e) Comprometimento
• Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço extraordinário para
completar uma tarefa.
• Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário,
para terminar um trabalho.
• Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a
boa vontade em longo prazo, acima do lucro em curto prazo.
1.2.1 Conjunto de planejamento
a) Busca de informações
• Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores
ou concorrentes.
• Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço.
• Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.
b) Estabelecimento de metas
• Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado
pessoal.
• Define metas de longo prazo, claras e específicas.
• Estabelece objetivos de curto prazo, mensuráveis.
c) Planejamento e monitoramento sistemático
• Planeja dividindo tarefas de grande porte em sub-tarefas com prazos definidos.
• Constantemente revisa seus planos, levando em conta os resultados obtidos
e mudanças circunstanciais.
• Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões.
e-Tec Brasil 20 Empreendedorismo
1.2.2 Conjunto de poder
a) Persuasão e rede de contatos
• Utiliza estratégiasdeliberadas para influenciar ou persuadir os outros.
• Utiliza pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos.
• Age para desenvolver e manter relações comerciais.
b) Independência e autoconfiança
• Busca autonomia em relação a normas e controles de terceiros.
• Mantém seu ponto de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados
inicialmente desanimadores.
• Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa
difícil ou de enfrentar um desafio. 
Características, valores e virtudes do ser empreendedor 
 
O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, transforma ideias em realidade, para beneficio próprio e para beneficio da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma ideia simples e mal estruturado em algo concreto e bem sucedido no mercado. 
O empreendedor deverá possuir um perfeito conhecimento e domínio de sua atividade. Isso poderá ser comprovado por um plano de negócios conciso, completo, de fácil comunicação a terceiros e que reflita, de forma realista e clara, o empreendimento em si, o mercado em que está inserido, seus principais concorrentes, fornecedores e equipe de gestão. Além disso, deve informar a etapa em que o negócio se encontra o que planeja para curto, médio e longo prazo, as ações delineadas para atingir as metas estabelecidas e quais os resultados esperados. O empreendedor também deverá estar aberto a aconselhamentos e participação ativa de terceiros em seu negócio, de forma a obter o melhor proveito da sinergia assim criada. 
Assumir riscos. É a primeira e uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso aprender a lidar com eles. 
Identificar oportunidades. Ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bom negócio é outra marca importante do empresário bem-sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta. 
Conhecimento, organização e independência. Quanto maior o domínio de um empresário sobre um ramo de negócio, maior será sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de "dicas" de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes. 
Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom não esquecer que, na maioria das vezes, a desorganização principalmente no início do empreendimento compromete seu funcionamento e seu desempenho. 
Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão, enfim, buscar a independência é meta importante na busca do sucesso. O 
empreendedor deve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se transformar em obstáculos aos negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer seus direitos de cidadão-empresário. 
Tomar decisões. O sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está relacionado com a capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões acertadas é um processo que exige o levantamento de informações, análise fria da situação, avaliação das alternativas e a escolha da solução mais adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões corretas, na hora certa. 
Liderança, dinamismo e otimismo. Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade sempre presente. 
Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a capacidade de fazer com que simples ideias se concretizem em negócios efetivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar certo inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos. 
O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e acima das dificuldades. 
Planejamento e plano de negócios. Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade sempre presente. 
Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto, é notória a falta de cultura de planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre admirado pela sua criatividade e persistência. 
Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples, porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade: o planejamento. 
Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas em estágio de maturidade é creditado ao empreendedor que planejou corretamente o seu negócio e realizou uma análise de viabilidade criteriosa do empreendimento antes de colocá- lo em prática. Quando se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três fatores críticos que podem ser destacados: 
- Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes e para seus parceiros, sejam eles fornecedores ou seus funcionários, 
- Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio, e 
- Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. A maioria destes é composta de micro e pequenos empresários, os quais não têm conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio e projeções de faturamento. Quando entendem o conceito, geralmente não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios. 
Tino empresarial. O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição, faro empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte dessas características terá grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer por conta própria no mercado interno e, principalmente, alçar voos mais altos na conquista do mercado externo deve saber que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só respeitam os que se mostram à altura do desafio. 
Como empresário e empreendedor, você deve vender três coisas: Você mesmo, sua empresa e seu produto. Ser bom vendedor e crucial para o perfil de um grande empreendedor. 
Os estudos na área do empreendedorismo mostram que as características do empreendedor ou do espírito empreendedor, da indústria ou da instituição, não é um traço de personalidade. Para Meredith, Nelson e Nech (apud UFSC/LED 2000 p. 51) “ Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso.São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem riscos para atingirem seus objetivos”. 
O Líder Empreendedor 
O líder empreendedor assume riscos calculados; gosta de trabalhar com pessoas e acompanha as mudanças tecnológicas que aparecem em uma velocidade estonteante, assim como desenvolve sua competência técnica para formular conhecimentos necessários e imprescindíveis que suportem as decisões estratégicas que ele terá que tomar diariamente. Um líder, para exercer sua liderança necessita de poder e autoridade. 
Necessita principalmente desenvolver a capacidade de saber se comunicar com sua equipe de trabalho. Liderança sempre foi um tema estudado por muitos cientistas sociais e psicólogos, pois é uma importante característica presente dentro dos grupos e particularmente dentro das organizações. A infinidade de teorias sobre esse tema pode, de certa maneira, esclarecer muitos pontos, porém, pode também, dificultar a escolha de um modelo mais adequado. 
O líder convive todos os dias com a diversidade e complexidade dos sistemas. Nestes sistemas processos, tecnologia e pessoas se misturam. Em um ambiente de profundas mudanças o líder precisa ser empreendedor e facilitador de processos além de aliar as necessidades da empresa e as necessidades individuais de seus colaboradores. 
A definição de liderança também sofreu algumas modificações ao longo dos anos. A mais difundida diz que liderança é um processo de influenciar as atividades de um grupo organizado com relação aos seus esforços em relação ao estabelecimento de objetivos e ao esforço para atingi-los. 
Atualmente, a liderança passou a ser vista mais como um “ato simbólico”, em que o líder toma para si a responsabilidade de identificar e desenvolver para os seus subordinados um senso do que é importante - definindo a realidade organizacional. Essa segunda definição é mais fluida que a primeira. Nela, o papel do líder é promover valores que resultarão em um significado comum para o grupo/organização sobre a natureza do negócio. 
Podem-se descrever quatro tipos básicos de liderança: 
· Liderança Autocrática: é o líder quem determina as ideias e o que será executado pelo grupo, e isso implica na obediência por parte dos demais. 
· Liderança Democrática: nesse estilo de liderança, o grupo é considerado o centro das decisões, não tão somente a pessoa do líder. Isso não significa que, na liderança democrática, o papel do líder perca sua importância, pois é exatamente aí que a mesma fica bem caracterizada, distinguindo-se das funções de simples chefia e ganhando um sentido mais profundo. 
· Liderança Liberal: é aquela em que o líder funciona apenas como agente de informação, reduzindo sua importância na atividade de grupo e obtendo o mínimo de controle; o líder estimula a iniciativa e a criatividade, atuando como facilitador do processo. 
· Liderança Situacional: a ideia de liderança situacional parte do princípio de que o estilo de liderança a ser utilizado deve depender mais da situação do que da personalidade do líder. 
Há várias competências que precisam ser desenvolvidas: ter visão de futuro; catalisar as soluções dentro e fora da empresa; transformar dados em informações; distribuí-las adequadamente e com rapidez para toda a equipe e para a empresa; avaliar os processos e inovar; usar e criar novas tecnologias; ser capaz de perceber e atender às necessidades da equipe, da empresa e do mercado; identificar tendências; valorizar as pessoas e os seus talentos e gerir projetos e promover mudanças. 
Este perfil é totalmente diferente do líder do século passado que impunha os objetivos sem a participação das pessoas. Sua liderança tem que ser visionária e ao mesmo tempo capaz de formular estratégias para materializar, junto com a equipe que ele foi capaz de formar e capacitar, a visão de futuro estabelecida de forma participativa. Verá que o sucesso também está no fato de se ter uma equipe com formação coesa, preparada e envolvida com diretrizes bem definidas. Saberá identificar novas oportunidades, internamente, para fazer a estratégia se materializar dentro da visão de futuro e que não adianta determinar nada se as pessoas que serão impactadas não estiverem se sentindo envolvidas no processo. Seria como perguntar para todos: onde queremos chegar e fazer com que todos, de maneira organizada, desenhem o caminho. 
Outro ponto é a questão da comunicação entre os liderados e o líder. Saber se comunicar com sua equipe é importante para o bom processo de gestão. Independentemente da postura do líder o “feedback” é essencial ao aprendizado. O líder do mais autocrático ao mais liberal poderá errar se deixarem de construir um canal direto e aberto para a comunicação entre as partes. Dessa forma, estimular uma cultura empresarial que valorize o “feedback” se torna decisivo para eliminar as restrições que impedem o crescimento dos trabalhadores e, por conseguinte, da empresa. 
Um líder empreendedor tem uma visão mais crítica e reivindicativa perante as atitudes e ações que deve desempenhar, devendo saber ajudar cada membro da equipe a ajustar o seu comportamento para o alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nesta trajetória. Enquanto líder terá que basear a sua gestão na confiança, na valorização das pessoas, na sinergia, na cooperação e em um processo de comprometimento e de envolvimento mental constante e negociado. 
A liderança empreendedora deve ser levada em consideração para a eficácia das organizações, uma vez que pode ser um fator que influência na motivação e no comportamento do grupo de trabalho. Em contra partida a pesquisa realizada pela Global Entrepeneurship Monitor, a GEM 2008, pela primeira vez desde que o estudo é realizado no Brasil, inverteu-se a proporção entre as pessoas que empreendem por necessidade e oportunidade. Para cada brasileiro que empreende por necessidade, há dois que o fazem por oportunidade. 
O Empreendedor 
Quem é o empreendedor? 
Nestor sempre foi motivado pela auto realização, desejo de assumir responsabilidades e independência. Embora busque ter satisfação financeira, considera irresistível assumir novos desafios, estando sempre propondo novas ideias, que são seguidas pela ação. Está sempre se auto avaliando, se autocriticando e controlando seu comportamento em busca do autodesenvolvimento. Ele sabe que para se tornar um empreendedor de sucesso, é preciso reunir imaginação, determinação, habilidade de organizar, liderar pessoas e de conhecer tecnicamente etapas e processos. 
Você também deve estar se perguntando: mas afinal, quais são os atributos pessoais e profissionais necessários para ser empreendedor? 
Segundo haviam lhe dito, a viabilidade de um pequeno negócio está estruturada, basicamente, na figura do empreendedor, pois ele é o ponto central que determinará ou não o sucesso do empreendimento. Muitas vezes, cabe a ele todas as funções da organização como comprar, produzir e vender. 
Por tudo isso, ele sabia que iniciar uma empresa é muito diferente de iniciar um novo trabalho. O empreendedor será aquele que tomará as decisões, e suas características influirão muito no andamento dos negócios. Será muito importante ter determinação e perseverança não só para iniciar o empreendimento como também para mantê-lo ao longo do tempo. 
Porque ser empresário 
Nestor acorda pela manhã com a intenção de sair para caminhar, enquanto pensava na vida e nas coisas que vinha estudando sobre empreendedorismo. 
De repente, ele encontra Reinaldo, seu amigo de escola, da época em que cursava o então primeiro grau. 
(Nestor) – Reinaldo, que bom o encontrar tão feliz! Qual o motivo para tanta alegria? 
(Reinaldo) – Ah, brother, há muito tempo que dou duro em uma empresa, como auxiliar de escritório. É trabalho que não acaba mais, oito horas por dia, 5 dias por semana, dá para aguentar uma vida assim? Tô caindo fora irmão! Aproveite que fui demitido e, com a grana que recebi, irei montar meu negócio. Finalmente, serei independente, “mandarei no meu próprio nariz” falou? Além de ganhar muito dinheiro, tereimais tempo para me dedicar à família; sair da rotina, da mesmice. Poderei até ficar em casa alguns dias e tirar férias quando quiser. Tem coisa melhor? 
Ao ouvir de Reinaldo os motivos que o levavam a iniciar um novo negócio, Nestor espantou-se. Não podia creditar que abrir um negócio fosse menos trabalhoso do que o dia-a-dia de um profissional assalariado. 
(Nestor) – mas, Reinaldo, ter uma empresa própria exige que você trabalhe de 12 a 15 horas diárias no seu negócio. Tirar férias é muito mais difícil, pois dependem de você muitas decisões a serem tomadas na mepresa. Em uma pequena empresa, o empreendedor acaba tendo muito menos tempo disponível para a família, pois se torna dependente de fornecedores, bancos, clientes, funcionários, do governo, dentre outros. Além do mais, seu patrimônio pessoal fica comprometido com as operações da empresa. Não são tudo flores como você está pensando! 
(Reinaldo) – Ah! Nestor, que papo é esse? Você acha que o sujeito que é o dono de negócio precisa trabalhar? Sem essa, quem trabalha é empregado. Patrão só gasta a “bufunfa”. 
(Nestor) – Ih, meu amigo, mas isso não funciona assim mesmo!! Primeiramente você tem de montar um plano de negócios. É ele quem vai nortear todos os seus passos para que você se dê bem na sua empreitada. No plano de negócios vão estar especificados os principais fatores necessários para a criação de um empreendimento, entendeu seu “apressadinho”? 
(Reinaldo) – Como assim? 
(Nestor) – Quando tiver de ir aos bancos pedir empréstimo este plano se revelará um poderosíssimo documento, pois será através dele que você poderá justificar o seu desejo de abrir o próprio negócio. Só assim o gerente irá constatar que você está respaldado com um plano operacional, o qual provará, por A + B, a exiguidade de sua ideia empresarial. Ah, e tem mais: demonstra que o empreendedor Reinaldo está dando crédito e confiabilidade á sua ideia porque já entendeu que se tratando de negócios há que se considerar mercado consumidor, fornecedor, concorrência pesada, propaganda, avaliação de lucros e investimentos. 
(Reinaldo) – Muito Interessante! 
(Nestor) – Olha Reinaldo, a respeito daquilo que você pensa: que o empresário só gasta a “grana”, acho melhor você se informar bem sobre empreendedorismo antes de iniciar seu negócio. Na certa não será como você está pensando. Sei que abrir um negócio não depende só da vontade de ganhar dinheiro, mas de competência. Apenas a intenção não é suficiente. Você precisa conhecer muito sobre o negócio e ter capacidade para administrá-lo com efetividade (Reinaldo) – Sem essa Nestor, me encontre daqui a alguns anos verá a encarnação do sucesso. Tchau! 
 FONTES:
https://www.academia.edu/37782201/Fundamentos_de_Empreendedorismo
https://www.sebrae-sc.com.br/blog/o-que-e-empreendedorismo
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/b8126fa768f69929a146f38122da570b/$File/5197.pdf
https://gerandoempreendedores.com.br/plano-de-negocios-passo-a-passo-para-montar-um/
https://sambatech.com/blog/insights/plano-de-negocios/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/plano-de-negocios/
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