Buscar

Objeto e finalidade da Introdução ao Estudo do Direito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Objeto e finalidade da introdução ao 
estudo do direito
APRESENTAÇÃO
A sociedade está em constante transformação e é fundamental acompanhar as transições sociais 
sob o prisma jurídico, que pretende promover a convivência social de forma ordenada e 
equilibrada. É importante entender o Direito como meio de regulação social e compreender 
como suas definições basilares contribuem para a assimilação dos diversos ramos em que se 
divide. O Direito permite a percepção da abrangência de sua aplicabilidade na vida social, bem 
como colabora no entendimento do quanto a linguagem é importante para a correta incidência 
das normas. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá compreender qual é o objeto e a finalidade do estudo 
do Direito, conhecerá a importância dos conceitos introdutórios da área para os diversos ramos 
do Direito e de que forma a linguagem jurídica contribui para a aplicação e o desenvolvimento 
das leis. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o objeto e a finalidade da introdução ao estudo do Direito.•
Relacionar a disciplina introdução ao estudo do Direito às demais áreas relacionadas.•
Reconhecer a importância da linguagem no Direito.•
INFOGRÁFICO
O Direito é dividido em duas grandes áreas: público e privado. Em cada uma dessas áreas, 
concentram-se ramos que regulam as mais diversas esferas da nossa vida em sociedade.
Conheça alguns dos mais importantes ramos do Direito público e privado.
CONTEÚDO DO LIVRO
Para compreender os desdobramentos do Direito, é fundamental conhecer os conceitos iniciais 
dessa ciência, que embasam todo o sistema jurídico do Brasil.
Neste Capítulo Objeto e Finalidade do Estudo do Direito da obra Introdução ao Estudo do 
Direito, você irá conhecer as definições básicas de Direito, as áreas que essa ciência se divide e 
qual a linguagem utilizada para sua expressão. 
INTRODUÇÃO AO 
ESTUDO DO 
DIREITO
Cinthia Louzada Ferreira
Giacomelli
Revisão técnica:
Gustavo da Silva Santanna 
Bacharel em Direito
Especialista em Direito Ambiental Nacional 
e Internacional e em Direito Público
Mestre em Direito
Professor em cursos de graduação 
e pós-graduação em Direito
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
G429i Giacomelli, Cinthia Louzada Ferreira.
Introdução ao estudo do direito [ recurso eletrônico ] / 
Cinthia Louzada Ferreira Giacomelli , Magnum Koury de 
Figueiredo Eltz ; revisão técnica: Gustavo da Silva Santanna. 
– Porto Alegre: SAGAH, 2017.
ISBN 978-85-9502-219-5
1. Direito – História. I. Eltz, Magnum Koury de 
Figueiredo. II.Título.
CDU 340.111
Objetivo e finalidade 
da introdução ao 
estudo do Direito
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir o objeto e a finalidade da introdução ao estudo do Direito.
 � Aproximar a disciplina introdução ao estudo do Direito às demais 
áreas do Direito.
 � Reconhecer a importância da linguagem no Direito.
Introdução
A sociedade está em constante transformação, e é fundamental acompa-
nhar as transições sociais sob o prisma jurídico, que pretende promover 
a convivência social de forma ordenada e equilibrada.
Entender o Direito como meio de regulação social e compreender 
as suas definições basilares contribuem para a assimilação dos diversos 
ramos em que se divide e permitem a percepção da abrangência da 
sua aplicabilidade na vida social, além de colaborar no entendimento do 
quanto a linguagem é importante para a correta incidência das normas.
Neste capítulo, você vai identificar qual é o objeto e a finalidade do 
estudo do Direito, bem como reconhecer a importância dos conceitos 
introdutórios da área para os diversos ramos do Direito e de que forma 
a linguagem jurídica contribui para a aplicação e o desenvolvimento 
das leis. 
O que é e por que estudamos Direito?
Aos olhos do homem comum, o Direito é lei e ordem, isto é, um conjunto de 
regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento 
de limites à ação de cada um dos seus membros. Assim, quem age de con-
formidade com essas regras comporta-se direito; quem não o faz, age torto. 
Direção, ligação e obrigatoriedade de um comportamento, para que possa 
ser considerado lícito, parece ser a raiz intuitiva do conceito de Direito. A 
palavra lei, segundo a sua etimologia mais provável, refere-se a ligação, liame, 
laço, relação, o que se completa com o sentido nuclear de jus, que invoca a 
ideia de jungir, unir, ordenar, coordenar. 
Podemos, pois, dizer, sem maiores indagações, que o Direito corresponde 
à exigência essencial e indeclinável de uma convivência ordenada, pois ne-
nhuma sociedade poderia subsistir sem um mínimo de ordem, de direção e 
solidariedade. É a razão pela qual um grande jurista contemporâneo, Santi 
Romano, cansado de ver o Direito concebido apenas como regra ou comando, 
concebeu-o antes como “realização de convivência ordenada”.
De “experiência jurídica”, só podemos falar onde e quando se formam 
relações entre os homens, por isso denominadas relações intersubjetivas, por 
envolverem sempre dois ou mais sujeitos. Daí a sempre nova lição de um antigo 
brocardo: ubi societas, ibi jus (onde está a sociedade, está o Direito). A recíproca 
também é verdadeira: ubi jus, ibi societas, não se podendo conceber qualquer 
atividade social desprovida de forma e garantia jurídicas, nem qualquer regra 
jurídica que não se refira à sociedade.
O Direito é, por conseguinte, um fato ou fenômeno social; não existe senão 
na sociedade e não pode ser concebido fora dela. Uma das características da 
realidade jurídica é, como se vê, a sua socialidade, a sua qualidade de ser social.
Considerando que as formas mais antigas de vida social já implicavam um 
esboço de ordem jurídica, é necessário desde logo observar que, durante milênios, 
o homem viveu ou cumpriu o Direito, sem se propor o problema do seu significado 
lógico ou moral. É somente em um estágio bem maduro da civilização que as 
regras jurídicas adquirem estrutura e valor próprios, independentemente das 
normas religiosas ou costumeiras e, por consequência, é só então que a huma-
nidade passa a considerar o Direito como algo merecedor de estudos autônomos. 
Essa tomada de consciência do Direito assinala um momento crucial e decisivo na 
história da espécie humana, podendo-se dizer que a conscientização do Direito é a 
semente da ciência do Direito.
Objetivo e finalidade da introdução ao estudo do Direito2
Passou-se a entender o Direito como, de um lado, instrumento para nos 
proteger do poder arbitrário, exercido à margem de qualquer regulamentação, 
salvando o indivíduo da maioria caótica e da ditadura, dando oportunidades 
iguais a todos e, ao mesmo tempo, amparando os desfavorecidos. Por outro 
lado, é também um instrumento manipulável que pode frustrar as aspirações 
dos menos privilegiados e permitir o uso de técnicas de controle que, devido 
à sua complexidade, são acessíveis a apenas alguns especialistas no assunto.
A palavra direito, em português, guardou tanto o sentido daquilo que é 
consagrado pelo ideal de justiça (em termos de virtude moral) quanto o que é 
o exercício fundamenta do aparelho judicial. Isso pode ser observado pelo fato 
de que hoje se utiliza o termo tanto para significar o ordenamento vigente (o 
direito brasileiro), como também a possibilidade concedida pelo ordenamento 
de agir e fazer valer uma situação (direito de alguém).
Dessa forma, podemos afirmar que o estudo do Direito é fundamental para 
que possamos compreender a sociedade em que vivemos e contribuir para o 
seu desenvolvimento sadio e organizado. Entender o Direito como parte da 
nossa vida — tendo em vista que está presente em todos os atos que praticamos 
diariamente — é o primeiro passo para uma conduta que nos protege e torna 
dignos da vida em sociedade.
Chamamos de Direito Positivo o conjunto de normas instituído pelo Estado: é a lei 
escrita, quevaria de acordo com cada país. Já o Direito Natural é a ideia universal de 
justiça e baseia-se no bom senso: o direito à vida, por exemplo. O Direito Positivo e o 
Direito Natural nem sempre convergem, mas ambos são diretrizes fundamentais para 
a regulação da vida em sociedade.
O Direito em diversos contextos
Como fato social e histórico, o Direito se apresenta sob múltiplas formas, em 
função de múltiplos campos de interesse, o que se reflete em distintas estruturas 
normativas. Mas é inegável que, apesar das mudanças que se sucedem em 
diferentes contextos sociais, continuamos a referir-nos sempre a uma única 
realidade: a sociedade em que vivemos. 
3Objetivo e finalidade da introdução ao estudo do Direito
Antes de se fazer o estudo de determinado campo do Direito, impõe-se 
uma visão de conjunto: ver o Direito como um todo, antes de examiná-lo 
por meio das suas partes especiais. O Direito se divide, em primeiro lugar, 
em duas grandes classes: o Direito Privado e o Direito Público. As relações 
que se referem ao Estado e traduzem o predomínio do interesse coletivo são 
chamadas relações públicas, ou de Direito Público. Porém, o homem não vive 
apenas em relação com o Estado, mas também — e principalmente — em 
ligação com os seus semelhantes: a relação que existe entre pai e filho ou 
entre quem compra e quem vende determinado bem não é uma relação que 
interessa de maneira direta ao Estado, mas ao indivíduo enquanto particular. 
Essas são as relações de Direito Privado. 
Essas classes, por sua vez, subdividem-se em vários outros ramos, como, 
por exemplo, o Direito Constitucional, o Direito Administrativo, no campo 
do Direito Público; o Direito Civil, o Direito Comercial, no campo do Direito 
Privado. O Direito é, pois, um conjunto de estudos discriminados; abrange 
um tronco com vários ramos, ou seja, um sistema de enlaces, destinados a 
balizar o comportamento dos indivíduos de qualquer idade ou classe social, 
bem como as atividades dos entes coletivos e do próprio Estado. 
Há, em cada comportamento humano, a presença, embora indireta, do 
fenômeno jurídico — o Direito está pelo menos pressuposto em cada ação 
do homem que se relacione com outro homem. O médico, que receita para um 
doente, pratica um ato de ciência, mas exerce também um ato jurídico. Talvez 
não o perceba, nem tenha consciência disso, nem ordinariamente é necessário 
que haja percepção do Direito que está sendo praticado. Na realidade, porém, 
o médico que redige uma receita está no exercício de uma profissão garantida 
pelas leis do País e em virtude de um diploma que lhe faculta a possibilidade 
de examinar o próximo e de ditar-lhe o caminho para restabelecer a saúde; 
outro homem qualquer, que pretenda fazer o mesmo, sem iguais qualidades, 
estará exercendo a Medicina ilicitamente. Não haverá para ele o manto protetor 
do Direito; ao contrário, O seu ato provocará a repressão jurídica para a tutela 
de um bem, que é a saúde pública. 
O Direito é, sob certo prisma, um manto protetor de organização e de 
direção dos comportamentos sociais. Posso, em virtude do Direito, ficar na 
minha casa, quando não estiver disposto a trabalhar, assim como posso dedicar-
-me a qualquer ocupação, sem ser obrigado a estudar Medicina no lugar de 
Direito, a ser comerciante, não agricultor. Todas essas infinitas possibilidades 
de ação se condicionam à existência primordial do fenômeno jurídico. O Direito, 
Objetivo e finalidade da introdução ao estudo do Direito4
por conseguinte, tutela comportamentos humanos — para que essa garantia 
seja possível é que existem as regras, as normas de direito como instrumentos 
de salvaguarda e amparo da convivência social. 
Existem tantas espécies de normas e regras jurídicas quantos os possíveis 
comportamentos e atitudes humanas. Se o comportamento humano é de de-
linquência, tal comportamento sofre a ação de regras penais, mas se a conduta 
visa à consecução de um objetivo útil aos indivíduos e à sociedade, as normas 
jurídicas cobrem-na com o seu manto protetor.
A interação dos diversos temas e contextos em que se aplica o Direito é a 
principal razão para que se estudem os aspectos basilares e introdutórios dessa 
ciência: não existe um Direito Comercial que nada tenha a ver com o Direito 
Constitucional, por exemplo. Ao contrário, os temas jurídicos representam e 
refletem um fenômeno jurídico unitário que precisa ser examinado. 
O Direito Ambiental é um recente ramo do Direito, que surgiu em meados do século 
XX devido à crise ambiental que o planeta passou a enfrentar, quando então se tornou 
necessário regular a ação humana no que se refere aos impactos ambientais. Os ramos 
do Direito se desenvolvem, portanto, de acordo com a necessidade social.
A importância da linguagem para o Direito
Cada ciência se exprime em uma linguagem. Dizer que há uma Ciência Física 
é dizer que existe um vocabulário da Física. É por esse motivo que alguns 
pensadores modernos ponderam que a ciência é a linguagem mesma, porque 
na linguagem se expressam os dados e valores comunicáveis. Assim, onde 
quer que exista uma ciência, existe uma linguagem correspondente. Cada 
cientista tem a sua maneira própria de expressar-se, e isso também acontece 
com a Ciência do Direito. 
Os juristas falam uma linguagem própria e devem ter orgulho da sua lin-
guagem multimilenar, dignidade que bem poucas ciências podem invocar. Às 
vezes, as expressões correntes, de uso comum do povo, adquirem, no mundo 
jurídico, um sentido técnico especial. 
5Objetivo e finalidade da introdução ao estudo do Direito
Vejam, por exemplo, o que ocorre com a palavra “competência” — adjetivo: competente. 
Quando dizemos que o juiz dos Feitos da Fazenda Municipal é competente para julgar 
as causas em que a Prefeitura é autora ou ré, não estamos absolutamente apreciando 
a “competência” ou preparo cultural do magistrado. Competente é o juiz que, por 
força de dispositivos legais da organização judiciária, tem poder para examinar e 
resolver determinados casos, porque competência, juridicamente, é “a medida ou a 
extensão da jurisdição”. 
Um uma palavra pode mudar de significado, quando aplicada na Ciência 
Jurídica. Dizer que um juiz é incompetente para o homem do povo é algo de 
surpreendente. Não se trata do valor, do mérito ou demérito do magistrado, mas 
da sua capacidade legal de tomar conhecimento da ação que nos propúnhamos 
intentar. É necessário, pois, que se dedique a maior atenção à terminologia 
jurídica, sem a qual não se pode frequentar no mundo do Direito. 
Assim, podemos afirmar que a língua é vista como um sistema de sím-
bolos que possuem significados de acordo com as atribuições humanas. O 
que deve ser levado em conta é o uso desses conceitos, que variam de acordo 
com o contexto.
A linguagem no universo jurídico tem por finalidade persuadir e convencer. E, para 
fazê-lo, os fatos devem ser expostos de forma clara, demonstrando que a conclusão 
do raciocínio é a sentença que se espera. Presume-se que os indivíduos de uma dada 
sociedade, ao edificarem o Direito que vai reger as suas relações sociais e limitar a 
satisfação das suas necessidades, tanto aceitem como legítimo o poder que cria as 
normas quanto válidas (e também aceitáveis) os conteúdos destas.
É importante destacar, também, que a linguagem jurídica é mediadora 
entre o poder social e as pessoas. Por isso, deve expressar com fidelidade 
os modelos de comportamento a serem seguidos, evitando-se, dessa forma, 
distorções na aplicação do Direito. Os vocábulos técnicos e a linguagem 
precisa exercem a função de contribuir para a compreensão do Direito e para 
a eficácia do ato da comunicação jurídica. O emprego da palavra, portanto, 
Objetivo e finalidade da introdução ao estudo do Direito6
no âmbito jurídico, deve ser exato, claro e conciso a fim de evitar sutilezas 
semânticas e dubiedades na interpretação e na aplicação das leis.
Contudo, alguns estudiosos do Direito contestam que a tecnicidade e re-
buscamento da linguagem jurídica sejamprejudiciais em algum aspecto. O 
argumento utilizado quase sempre é o de que o Direito é ciência (assim como a 
medicina, a matemática e outros ramos do conhecimento) e, por isso, tem as suas 
peculiaridades linguísticas que se limitam ao conhecimento dessa “elite jurídica”.
O Direito, entre os diversos campos do conhecimento especializado, é um 
dos que mais interessam à sociedade, uma vez que é a ordem jurídica que proíbe, 
obriga ou permite certas ações, penalizando aqueles que não se comportam 
conforme o estabelecido. Contudo, não se pode confundir a linguagem técnica 
do Direito com o chamado “juridiquês”, que é uma das maiores críticas ao 
Direito — sendo um ramo do conhecimento que interessa tanto a sociedade, 
além de “conduzi-la” à ordem social, alguns autores argumentam sobre a 
necessidade de uma democratização do discurso. 
O site juridiques.adv.br se propõe a “traduzir” a lin-
guagem jurídica! Nele, qualquer pessoa pode, além de 
acessar materiais sobre o Direito, conhecer os termos 
jurídicos em linguagem mais acessível. Acesse por meio 
do código ao lado. 
FERRAZ JR. T. S. Introdução ao estudo do Direito. São Paulo: Atlas, 2008.
NADER, P. Introdução ao estudo do Direito. São Paulo: Editora Forense, 2010.
REALE, M. Lições preliminares de Direito. São Paulo: Saraiva, 2010.
SANTANA, S. B. P. A linguagem jurídica como obstáculo ao acesso à justiça: uma análise 
sobre o que é o Direito engajado na dialética social e a consequente desrazão de utilizar 
a linguagem jurídica como barreira entre a sociedade e o Direito/Justiça. Âmbito Jurídico, 
Rio Grande, v. 15, n. 105, out. 2012. Disponível em: <http://www.ambito juridico.com.
br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12316>. Acesso em: 18 set. 2017.
7Objetivo e finalidade da introdução ao estudo do Direito
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O vídeo a seguir ressalta a importância do Direito como regulador da sociedade, a fim de 
garantir o equilíbrio da vida social.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
NA PRÁTICA
Alberto e Cristina foram casados por muitos anos. Alberto era professor e Cristina dona de casa. 
Em meados de 2016, Alberto adoeceu e logo em seguida faleceu, deixando Cristina sem 
condições de subsistência. Para que Cristina não passe por dificuldades e consiga manter-se com 
dignidade, ela poderá solicitar ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) uma pensão 
em virtude do falecimento de Alberto e, uma vez apresentados os documentos necessários e 
atendidos os requisitos legais, a pensão por morte será concedida à Cristina, que poderá viver 
com tranquilidade financeira.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro
Sobre a introdução ao estudo do Direito que apresenta diretrizes gerais para a compreensão das 
normas brasileiras.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
A distinção entre público e privado e sua caracterização no âmbito do Estado brasileiro
O artigo visa problematizar a dicotomia entre as esferas pública e privada no contexto do Estado 
brasileiro.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Direito, hermenêutica e linguagem
Leia neste site o artigo que versa sobre o discurso jurídico e Hermenêutica.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

Continue navegando