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Análise do filme - Antígona - A resistência está no sangue

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CENTRO UNIVERSITARIO CAMPO LIMPO PAULISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO FILME: ANTÍGONA – A RESISTÊNCIA 
ESTÁ NO SANGUE (2019) 
 
 
 
 
 
 
 
Nome: Vitória Baldibia 
RA:32244 
Docente: Olin Hendrick Brambilla 
Disciplina: Introdução ao Estudo do Direito 
 
 
 
 
 
CAMPO LIMPO PAULISTA 
2021 
Análise do Filme 
Como a tragédia grega de Antígona, nesta nova versão vemos o outro olhar 
sobre a tragédia, como imigrantes refugiados, a família de Antígona consegue 
entrar no Canadá e assim viver por anos, até que tudo vira de ponta cabeça 
quando seu irmão Etéocles é morto por um policial enquanto defendia seu outro 
irmão Polynice. 
Enquanto seu irmão Polynice é preso, Antígona se vem em um caminho cruzado 
entre escolher sua vida civil ou sua família, o caminho que ela escolhe os olhos 
do Estado se configura como uma transgressão da lei, optando por ajudar seu 
irmão a fugir e ocupar o seu lugar. Logo temos um confronto entre os conceitos 
jusnaturalista e juspositivista, assim como na tragedia grega, Antígona nos leva 
a refletir sobre as normas do Estado, será que elas sempre serão justas e bem 
aplicadas? A Alemanha Nazista quando promoveu o holocausto estava sendo 
amparado legalmente, e as normas que “não pegam”? Segundo a lei de trânsito 
é proibido que pedestres caminhem pelas ruas. Este embate entre o 
Juspositivismo e o Jusnaturalismo está presente em nosso dia-a-dia, temos as 
leis e normas emanadas pelo Estado que deveriam nos auxiliar e ajudar em 
embates importantes, entretanto até que ponto elas são eficientes e bem 
aplicadas? O direito Jusnaturalista diz que apenas o direito natural pode trazer o 
verdadeiro direito, com bom senso, racionalidade, equidade, igualdade e justiça, 
mas até que ponto isso pode ter realmente eficácia? No filme vimos que apesar 
dos esforços da protagonista, tudo que ela fez foi perdido porque ela acreditou 
que seu irmão se importava com ela na mesma proporção e apesar de tudo que 
aconteceu, Antígona ainda assim escolheu sua família em vez do amor. 
Em suma as transgressões e ensinamentos de Antígona continuam bem atual, 
nos assombrando inclusive neste momento de transição nebulosa de nossa 
democracia em que o Estado brasileiro e no nosso estado de pandemia, que 
está ditando uma soberania na necropolítica (principalmente em classes sociais 
menos favoráveis), assim eles decidem quem poderá ter o seu luto ou não, 
fazendo com que sejamos apenas pessoas fortes que não expressam 
sentimentos.

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