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Epidemiologia unidade 04

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EPIDEMIOLOGIA
MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO 
EPIDEMIOLÓGICA 
Diogo Tavares Cardoso
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Olá!
Você está na unidade Métodos de investigação epidemiológica. Conheça aqui quais os métodos que a
epidemiologia utiliza para descrever a doença. Todos esses mecanismos são importantes para a epidemiologia.
Para conhecer todos os métodos, é necessário saber a da população e a sua . Ao ter essefecundidade natalidade
conhecimento, é possível identificar a composição da população e a epidemiologia das doenças transmissíveis e
não transmissíveis. Além disso, vigilância epidemiológica é algo fundamental para conhecer os métodos de
investigação pela epidemiologia.
Bons estudos!
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1 Fecundidade
A fecundidade refere-se à . É a e, com o aumento da sua prole, deixageração de filhos capacidade de procriar
descendentes. Como a , a fecundidade é algoepidemiologia estuda a população e a relação saúde-doença
fundamental para esta relação. A epidemiologia é dinâmica, e sofre constantes mudança devido à alteração na
população, e estas mudanças podem ter início com a alterações nas taxas de fecundidade. O Brasil passou por
grandes mudanças no século XX. Estas transformações estão relacionadas, principalmente, com a estrutura e
com a dinâmica populacional brasileira. O para que esta mudança tenha ocorrido é a principal determinante
, que, no século XX, teve uma nosfecundidade redução nos números de forma rápida e de maneira intensa
países mais populosos no mundo.
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1.1 Fecundidade e fertilidade
Apesar de a fecundidade ser um fator relevante para a mudança, ela não anda sozinha. A fertilidade também
acompanha a fecundidade. Ambos os termos, e trazem referência à geração de filhos.fecundidade fertilidade
Contudo, mesmo com a referência similar, eles . Para evitar confusão sobre os seusnão são sinônimos
significados, vamos começar trazendo a definição de ambos.
A possui algumas definições. A Associação Internacional de Epidemiologia - IEA (internationalfecundidade 
epidemiolocal association) traz, no seu dicionário de epidemiologia, que é apresentado por Porta , o(2008, p. 93)
seguinte conceito para fecundidade:
A capacidade de produzir filhos vivos. A fecundidade é difícil de medir, pois se refere à capacidade
teórica de uma mulher de conceber e carregar um feto a termo. Se uma mulher produz um
nascimento vivo, sabe-se que ela e seu parceiro foram fecundos durante algum tempo no passado.
Assista aí
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/9e603a7e2e326d494a4a6a68e67cfcba
Este mesmo dicionário da associação Internacional de epidemiologia também traz a definição para fecundidade.
“A produção real de filhotes vivos. Natimortos, mortes fetais e abortos não são incluídos na medição da
fertilidade em uma população. Veja também gravidade; paridade” (PORTA, 2008. p. 93).
Estas são algumas definições utilizadas internacionalmente. Porém, acredito que podemos utilizar outros
conceitos para fecundidade e fertilidade mais próximos da realidade brasileira. Assim, segundo Pereira (1995, p.
145) a fecundidade é a “ geração de filhos, isto é, a materialização do potencial de procriar, é a informação
prática de interesse, que é dada pelas medidas de fecundidade”. Assim, pode-se perceber que este autor
menciona que a fecundidade é o potencial de procriar, mesmo que, de maneira prática, algumas mulheres possa
não ser fecundas, por serem estéreis ou inférteis (PEREIRA, 1995).
Segundo Pereira (1995, p. 145), também a fertilidade pode ser definida como: “a capacidade de gerar filhos. Toda
mulher, teoricamente, tem essa capacidade, desde a menarca à menopausa”. Já, neste caso, seria a simples
possibilidade de poder gerar filhos, ou simplesmente, de engravidar.
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De maneira geral, a faixa etária que é utilizada para determinar a fecundidade das mulheres é entre 15 e 49 anos
de idade. No entanto, em algumas delas, a menarca pode ocorrer antes dessa idade, o que indica que ela já
poderia ter filhos. Embora isso possa acontecer, para facilitar o assunto em termos estatísticos, utiliza-se 15 anos
como limite inferior e também pelo fato de a maioria dos nascimentos no Brasil ocorrer após essa idade.
1.2 Estudos de fecundidade, origem dos dados
Para estudar a fecundidade de determinada população, é importante conhecer onde ir buscar tal informação. É
importante procurar uma fonte confiável e, se possível, oficial, pois assim não haverá “erros” nos dados. Apesar
de o termo não significar que não possui nenhum viés, ele simplesmente aponta que os erro dados são oficiais
, o que , devido a e apresentados pelas autoridades não exime a ocorrência de subnotificação erro durante
, ou, simplesmente, por .o processo erro no preenchimento falta de interesse do responsável
1.3 Registro civil
Os registros civis são uma fonte rica em informações para a epidemiologia. Neles, podemos encontrar diversas
informações sobre a sociedade e, com isso, é possível inferir a tendência de saúde de toda a população. Mesmo
que estes dados possam conter erros ou imprecisões, não invalidam a sua utilização, pois, com eles, é possível
fazer uma avaliação aproximada da situação em quase que em tempo real.
Tanto o IBGE (instituto brasileiro de geografia e estatística) quanto o Ministério da Saúde coletam estas
informações sobre os nascidos vivos no País.
1.4 Inquéritos
Hoje os inquéritos são menos utilizados devido ao alto custo. Contudo, em locais onde os registros de
nascimentos são bastante imprecisos ou onde ocorra um número expressivo de nascimentos não notificados, é
necessária a utilização de inquéritos para avaliar esse dado. Atualmente, o IBGE realiza uma pesquisa amostral
para conhecer a fecundidade de toda a população.
Assista aí
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/b6ad4215b9c535eec22742d9ee8f2b29
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2 Coeficiente de fecundidade 
O coeficiente de fecundidade, assim como outros valores de nascimento vivos em uma dada população, pode ser
relacionado com outros valores. A utilização de um coeficiente ou taxa é uma maneira que permite comparar os
valores entre as regiões. Como exemplo, podemos pensar que o nascimento no município de São Paulo (SP) é
maior do que o número de nascimento em Porto Velho (RO). Porém, isso se deve ao fato que, na capital paulista,
possui mais pessoas vivendo lá, o que, consequentemente, faz com que lá ocorra o nascimento de mais bebês -
quando comparado a Manaus ou a outro município brasileiro.
Por isso, utilizamos ou , e é possível comparar diferentes locais, pois, durante o cálculo, écoeficientes taxas
levado em consideração a população exposta ao evento, nesse caso, as mulheres.
2.1 Taxa de fecundidade geral
A TFG (taxa de fecundidade geral) traz a relação entre número de nascimentos vivos em determinado período.
Para o cálculo, são consideradas mulheres com idade entre 15 e 49 anos. Este é um indicador bastante refinado
(PORTA, 2008). A taxa de fecundidade é definida como:
TFG=(Número de nascidos vivos no período)/(Número de mulheres entre 15 e 49 anos ) ×1000
Este indicador que é extremamente útil, porém, possui algumas limitações. Uma delas é, justamente, a estrutura
. Por diversos motivos, as mulheres não possuem filhos na mesma faixa etária. Assim, aetária da população
faixa etária é um instrumento extremamente importante. Por isso, a taxa de fecundidade geral não é muito
utilizada. Dessa forma, a e a são maistaxa de fecundidade geral por idade taxa de fecundidadetotal 
utilizadas do que a taxa de fecundidade geral.
Fique de olho
O termo coeficiente, que em inglês também é coeficiente, praticamente não é utilizado nos
termos epidemiológicos no idioma inglês, que é o idioma de origem da epidemiologia. Assim,
em textos brasileiros e podem ser considerados sinônimos. Porém, algunstaxa coeficiente
utilizam taxa para macro indicadores e coeficiente para micro indicadores, mas isso não é uma
definição.
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2.2 Taxa de fecundidade específica por idade
A taxa de fecundidade específica por idade faz a relação entre o número de nascidos vivos (em relação a uma
determinada idade da mãe) e o número total de mulheres na população que possui a mesma idade. Para esta
taxa, é necessário conhecer a idade da mãe para que se possa calcular este indicador (PEREIRA, 1995).
A fecundidade não é homogênea em todas as faixas etárias, e esta heterogeneidade é decorrente de diversos
motivos em relação à idade da mulher. O próprio IBGE (2012) traz a definição para a taxa de fecundidade
especifica por idade.
A taxa específica de fecundidade por idade da mulher refere-se ao quociente entre o número de filhos tidos
nascidos vivos de mães em um determinado grupo etário e o número de mulheres nesse mesmo grupo,
indicando o número médio de filhos que uma mulher teria dentro daquele grupo etário (IBGE, 2012, p. 75).
2.3 Taxa de fecundidade total
A TFT (taxa de fecundidade total) é calculada a partir das taxas de fecundidade específicas. Ela é bastante
empregada quando se . O dicionário da Associação Internacional decompara populações distintas
Epidemiologia, que é apresentado por Porta traz o seguinte conceito para taxa de fecundidade total:(2008, p. 93)
O número médio de filhos que nasceriam por mulher se todas as mulheres vivessem até o fim de
seus anos férteis e tivessem filhos de acordo com um determinado conjunto de taxas de fertilidade
específicas da idade. É calculada somando as taxas de fertilidade específicas para cada idade e
multiplicando pelo intervalo em que as idades são agrupadas. A TFT é uma medida importante de
fertilidade.
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3 Natalidade
A natalidade é a quantidade de pessoas que nasceram em relação à população. Com isso, são excluídos os
 e são considerados somente os que nasceram vivos. Conforme a OMS (organização mundial danatimortos
saúde), 2009, é a expulsão completa do corpo da mãe independente da duração da gravidez.nascimento vivo
Que após o parto, ele seja , com o cordão umbilical cortadocapaz de respirar ou de ter qualquer sinal de vida
ou não. Cada produto de um parto que reúna estas condições é considerado uma criança viva.
3.1 Taxa de natalidade
A natalidade também pode ser medida na população. Para isso, utilizamos a taxa de natalidade e o dicionário da
Associação Internacional de Epidemiologia para conceituá-la.
“Uma taxa resumida com base no número de nascidos vivos em uma população durante um determinado
período, geralmente, 1 ano ”. E ela pode ser dada pela seguinte formula:(PORTA, 2008, p. 93)
TN=(Número de nascidos vivos no período)/(População no meio do período) ×1000
Como é possível observar nessa fórmula, o é a quantidade de nascido em determinado período,numerador
geralmente, um ano. Contudo, esse lapso pode ser maior. Já o inclui a população da metade dodenominador
período. Entra como população: homens, mulheres, adultos e crianças. Como a taxa de natalidade leva em conta
a estrutura da população, ela varia com a alteração dessa estrutura. Assim a taxa oscila com o tempo, e essa
mudança pode ser resultante das mudanças no numerador e no denominador. Mesmo que a taxa sofra com
alterações da estrutura da população, ela é de grande valia para sabermos o que está acontecendo com os
indivíduos ao longo do tempo .(PEREIRA, 1995)
Ao analisar a taxa de natalidade por longos períodos, é preciso ter cuidado, pois a taxa varia com a estrutura da
população. Contudo, quando esta observação é em curto período, não é necessário se preocupar com esta
questão. Outra importância para a utilização da taxa de natalidade é devido ao fato de ela permitir acompanhar o
crescimento natural da população. Isso é possível ao comparar a taxa de natalidade com a taxa de mortalidade;
quando a primeira é maior do que a segunda, ocorre um .aumento natural da população (PEREIRA, 1995)
A epidemiologia faz uso dessa taxa para poder planejar as suas atividades nos serviços de saúde-doença, como o
planejamento de leitos, hospitais, programas habitacionais etc.
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3.2 Sub-registro de nascimento
O número de nascimento é feito por meio dos dados oficiais. Logo, se uma pessoa não é registrada, ela não existe
para o Estado; o que pode deixá-la fora dos programas governamentais e fazer com essa pessoa sem registro
tenha dificuldades para ter acesso aos programas de saúde. Por isso, o sub-registro é algo que preocupa a
epidemiologia, visto que não se sabe o número total de nascidos, o que não permite a ampliação dos sistemas de
saúde na região. No passado, esse número era enorme. Na década de 40, o total de sub-registros de nascimento
chegava a 40% em alguns Estados. Com o passar do tempo, esse número reduziu drasticamente, mas ainda
existe isso no Brasil .(PEREIRA, 1995)
Apesar de parecer um pouco fantasiosa, ainda hoje ocorre sub-registro no país. Os dados oficiais do IBGE, no
censo de 2010, apontou que cerca de 599 mil crianças com idade inferior a 10 anos não têm registro de
nascimento. Essas crianças sem registro corresponde à aproximadamente 2% de crianças menores de 10 anos 
.(IBGE, 2010)
Diversos são os motivos para que ocorra os sub-registros. Eles podem variar por características regionais ou
sociais, dentre elas a distância dos cartórios ou o custo de deslocamento. Outro impeditivo pode ser o
desconhecimento sobre a importância do registro ou sobre a própria paternidade da criança.
Algumas ações como o Bolsa Família, auxílio-maternidade e o BPC (benefício de prestação continuada), pagos
INSS, são fatores que ajudam na redução dos sub-registros, pois, as famílias, para serem atendidas por estas
programas e políticas sociais, precisam estar com todos os documentos em dia .(MELO, 2019)
Fique de olho
Em termos estatísticos, o sub-registro é sempre quando o registro ocorre após um ano de
nascimento. Existe um problema social do sub-registro, porém, o grande problema para a
epidemiologia é que, se o sub-registro for em grande quantidade, isso pode impossibilitar as
estatísticas oficiais como fonte de informações.
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4 Composição da população
A população é composta por seus indivíduos, e a composição da população não é igual nos diferentes locais ou ao
longo do tempo. Por isso, idade e sexo são reflexos da história que esta população teve e também da dinâmica
populacional.
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4.1 Composição por idade e sexo
A epidemiologia estuda quem, quando e onde os agravos ocorrem. Para isso, entender a influência dos fatores
demográficos é de grande importância para os epidemiologistas. Ao conhecer os fatores demográficos, pode-se
saber quais as características da população e quais agravos podem ocorrer.
As diferenças na população são apresentadas quando se procura configurar a estrutura dessa população, em
relação ao local de residência, estado civil, profissão, nível econômico. As variáveis demográficas são inúmeras,
porém as mais apresentadas em trabalhos epidemiológicos são idade, sexo e local de residência.
Diversas são as características e formas de apresentar estes dados. Essa mudança é devida à redução das taxas
de fecundidade total no Brasil, e a composição da população brasileira também vem se alterando. Essas
modificações são perceptíveis a cada censo demográfico divulgado pelo IBGE.
A estrutura etária da população residente no Brasil sofreu profundas mudanças nos últimos 50 anos. Em 1960, o
país tinha uma população mais jovem, com maior concentração na base da pirâmide. Em 2010, a estrutura
mudou devido ao envelhecimento da população e houve ainda um alargamento dapirâmide na faixa etária dos
15 aos 35 anos.
Figura 1 - Composição relativa da população residente, por sexo, segundo as idades - 1960/2010
Fonte: IBGE, 2010.
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#Paracegover: A imagem mostra um gráfico em pirâmide etária da população em dois períodos: a linha azul em
1960, e a linha laranja em 2010. É possível observar que em 2010 ocorre a redução das pessoas com idade
menor que 25 anos.
É possível perceber que a dinâmica da população e como ela se altera no tempo. E isso ocorre devido à saída ou à
entrada de indivíduos. A de determinada população ocorre por meio de migração ou pelasaída dos indivíduos
mortalidade. A acontece pela .entrada fecundidade, natalidade e migração
4.2 Descrição da população
Diversos são os motivos para a estruturação da população para a epidemiologia, um surto de determinado
agravo, que acometa mais idosos, ou mulheres acima de 60 anos. Ao saber a estrutura da população, a
epidemiologia pode utilizar estas questões para o .planejamento das ações de intervenção
Outro exemplo para conhecer a importância do perfil da população é durante a implantação de um novo
atendimento. Se você está na equipe de implantação de uma maternidade, onde antes não havia, é importante
conhecer a população para buscar saber qual é a demanda que esta nova unidade de saúde deverá estar
preparada para atender.
Existem diversos meios para conhecer estas informações, seja por meio oficial, como pelo censo populacional, ou
por meio outros dados. A população em certa idade (20 anos) é o resultado do número de nascimentos de 20
anos atrás menos a mortalidade que este grupo estava sujeito desde o nascimento. Esta é uma maneira de
descrever a população em certo lugar.
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4.3 Razão de sexo
A razão de sexo é uma das medidas mais importantes. Ela aponta a variável demográfica mais conhecida e a mais
importante. O equilíbrio entre os sexos na população humana é o que determina a união monogâmica. A razão de
sexo é a medida mais utilizada, e ela compara a proporção de homens e mulheres.
Conforme o dicionário da Associação Internacional de Epidemiologia, apresentado por Porta (2008, p. 228), o
conceito de razão de sexo é: “a proporção de um sexo para o outro. Geralmente definida como a proporção de
homens para mulheres (ou das bandas observadas em homens e mulheres).” E ele pode ser dado pela seguinte
fórmula:
RS = Número de homens em determinado lugar em certo período/Número de mulheres em determinado lugar
em certo período ×100
A razão de sexo pode ser utilizada para a análise de algumas características da população como fecundidade,
mortalidade, migração, mortalidade. A razão de sexo permite comparar, de maneira direta, a composição do sexo
da população.
No Brasil, a razão de sexo é maior na zona rural do que na urbana, conforme os dados disponibilizados pelo
censo populacional de 2010 e também possui mais homens na zona urbana do que na zona rural. No País, é
possível perceber como a razão de sexo se altera com o tempo. Veja a seguir.
Quadro 1 - Razão de sexo, por situação do domicílio - Brasil - 1960/2010
Fonte: IBGE, 2010.
#PraCegoVer: O quadro mostra a razão de sexo desde 1960 até 2010 nos censos, nas zonas rurais e urbanas.
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4.4 Razão de dependência
A razão de dependência também é utilizada para conhecer uma população. Ela mede a porcentagem da
população potencialmente inativa em relação à população potencialmente ativa.
O dicionário da Associação Internacional de Epidemiologia que é apresentado por Porta traz o(2008, p. 63)
seguinte conceito para razão de dependência:
Proporção de crianças e idosos em uma população em comparação a todos os outros (isto é, a
proporção de economicamente inativo para economicamente ativo); “Crianças” são geralmente
definidas com menos de 15 anos de idade e “idosos” com 65 anos ou mais.
A razão de dependência pode ser dada pela seguinte formula:
RS = (Nº indivíduos ≤14 anos)+(Nº indivíduos≥65 anos))/(Nº indivíduos entre 15 a 64 anos) ×100
Como a epidemiologia tem como pilar as ciências sociais, ela se preocupa com indicadores sociais - quanto
menor for esta relação mais problemas sociais a região pode ter. Esses problemas sociais que esta população
pode vir a apresentar, provavelmente, irá trazer problemas e agravos no futuro para esta população.
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5 Epidemiologia das doenças transmissíveis (doenças 
infecciosas)
As doenças transmissíveis são um importante fator de morte dos indivíduos, afligindo diversas pessoas pelo
mundo. A doença é um desajuste no organismo, que ocorre em função de uma falha no equilíbrio natural do
corpo. Durante o estágio inicial da doença, o organismo detecta a presença de vírus e tenta combatê-lo. Caso o
sistema imune consiga vencê-lo, a doença não passa da fase subclínica. As doenças podem ser:
• infecciosas; e
• não infecciosas.
Agora vamos aprofundar nas doenças infecciosas.
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•
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5.1 Doenças transmissíveis: definição
As ou também conhecidas como podem ser explicadas como cujodoenças infecciosas doenças transmissíveis 
o . Todas as doenças que o agente “parasita” outro indivíduo e podeagente etiológico é vivo e transmissível
migrar (transmitir) para outro indivíduo é causador de doença. Nesse caso, o parasita pode ser definido como
vírus, bactéria, helminto, protozoário, assim seria a definição de um agente causador de doença, ou a própria
definição do termo, em que causa uma relação desarmônica, nesse caso a doença.
A maioria das doenças infecciosas estão relacionadas à pobreza, à miséria. Assim alguma dessas doenças
transmissíveis estão intimamente ligadas à pobreza ou à falta de condições sanitárias adequadas. O
epidemiologista atua, principalmente, em detectar a ocorrência da doença e implementar intervenções para
resultados rápidos para interromper a cadeia de transmissão para outras pessoas, além de propor ações que
previnam a ocorrência dessas enfermidades. Assim, as doenças transmissíveis são aquelas causadas por agentes
infecciosos específicos: bactéria, vírus, protozoário, helminto, fungo ou príon, ocorrendo após a transmissão de
algum desses agentes, de uma pessoa ou animal infectado para um hospedeiro suscetível. Compreender este
processo de transmissão é fundamental para o conhecimento e recomendações efetivas de prevenção e controle
das doenças.
O ambiente está intimamente interligado com a transmissibilidade das doenças. Cada agente etiológico tem uma
relação diferente com o ambiente. No caso da esquistossomose, a doença precisa de um vetor, nesse caso
caramujo que está em um ambiente aquático. Porém, se a doença for dengue, o ambiente irá influenciar de
maneira diferente. Nesse caso, o vetor, que voa livre durante o dia, irá buscar uma pessoa para exercer a
solenofagia e pode, nesse momento, inocular o vírus do dengue. No caso da gripe, uma pessoa transmite para
outra, e o ambiente influencia de outra maneira.
Diversas doenças transmissíveis possuem estrutura epidemiológica diferente. Alguns indivíduos podem ser
hospedeiro quando sua função for servir para que a infecção cresça, e ele poderá servir como reservatório da
doença quando ajudar na manutenção da enfermidade.
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5.2 Transmissão do agravo
Em se falando de doenças transmissíveis, o principal fato é como ocorre essa transmissão. Transmissão da
 é o termo utilizado por profissionais da saúde para afirmar a passagem do agravo entre pessoas.doença
Contudo, esse termo menciona a doença, o que na verdade ocorre é a , o que porpassagem do agente etiológico
si só . Na realidade, pode-se entender que ocorre a não pode garantir a manifestação da doença transmissão
. Como exemplo podemos citar a gripe, onde a transmissão da gripe nado agente etiológico ou infeccioso
verdade é a transmissão do vírus influenza, o que não caracteriza a transmissão da doença, pois o indivíduo pode
estar imunizado por vacina ou outro fator.
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5.3 Elo de transmissão e manutenção
A transmissão do agente pode ocorrer desde que tenha alguns fatores:
• hospedeirosusceptível;
• indivíduos não imunes e não infectados;
• veículo ou vetor;
• agente infeccioso;
• ecossistema favorável.
Apesar de o estar em último, ele . É por meio dele queecossistema é o mais importante para a transmissão
todos os outros agentes interagem para a manutenção e transmissão do agente.
O agente infeccioso é o patógeno causador do agravo, da doença, ele pode ser o Plasmodium spp. Schistosoma
 Cada um desses agentes infecciosos são causadores de uma doença diferente,mansoni, Trypanossoma cruzi.
sendo malária, esquistossomose e doença de chagas, respectivamente.
O hospedeiro é de extrema importância. Ele alberga a agente, aquele pode ser o , onde os sintomashospedeiro
são manifestados, ou como . O possui grande papel para manter o agente etiológico ereservatório reservatório
a manutenção do ciclo da doença. O reservatório também pode sofrer as ações da doença. Às vezes, devido a
fatores imunológicos referentes ao reservatório, esta fase clínica pode ocorrer após anos ou meses depois do
contágio.
Além dessa característica referente ao hospedeiro, é necessário que ele seja susceptível à infecção. No decorrer
da vida, o indivíduo tem contatos diários com diversos patógenos. Porém, devido ao fato imunológico inerente ao
hospedeiro, como imunização prévia, entre outros, a infecção pode não instalar.
Para o agente passar entre os hospedeiros, é necessário um veículo. Os veículos são objetos ou materiais que
servem de meio para transportar o agente infeccioso, como água, poeira, solo, aerossóis etc.
Caso o agente seja transportado por um , este recebe o nome de . O vetor é qualquer ser vivo queser vivo vetor
seja capas de transportar o agente infeccioso até o novo hospedeiro. Para que a espécie seja considerada vetor, o
agente deve ser capaz de reproduzir no vetor. É o caso da malária, dengue ou Esquistossomose. O agente
infeccioso é capaz de reproduzir no vetor. Nesse caso, o vetor pode ser mecânico, como é o caso do 
no continente americano, em que as moscas do gênero spp ou Stomoxys spp.Trypanossoma evansi Tabanidae .
que são consideradas ou, conforme alguns autores, . Para servetores mecânicos inoculadores mecânicos
considerado vetor propriamente dito, o agente infeccioso deve ser capaz de reproduzir nele, isso não ocorre no 
e seus vetores no continente americano.Trypanossoma evansi 
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5.4 Modelos de transmissão
Hoje possuem alguns modelos para esclarecer a transmissão das doenças, sendo elas:
Transmissão horizontal
A transmissão horizontal ocorre quando o agente infeccioso é transmitido de pessoa em pessoa, ou seja, de uma
pessoa para outra. : é quando um indivíduo contaminado e infectado consegue transmitir oTransmissão direta
agente a outro indivíduo, seja por meio das mãos ou secreções oro nasais. Ou quando o agente é lançado dentro
do outro indivíduo. Nesse caso, podemos pensar nas doenças sexualmente transmissíveis. A transmissão
horizontal também pode ser . Aqui, o agente necessita de agente mediador. Nesse caso, pode ser umindireta
vetor ou veículo.
Transmissão vertical
A transmissão vertical ocorre durante o processo de reprodução, quando a mãe transmite o agente para a sua
prole, sendo por meio do esperma ou do óvulo, desenvolvimento fetal ou durante o parto. Neste caso, podemos
utilizar a sífilis como exemplo.
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6 Epidemiologia das doenças não transmissíveis (doenças 
não infecciosas)
A epidemiologia é uma ciência em constante mudança. Antes as doenças infeciosas eram um grande problema,
hoje já não é assim. Com o advento do antibiótico, e o avanço da medicina as doenças não transmissíveis ou
se tornaram um grande problema global de saúde. Essas doenças são responsáveis por um doenças crônicas 
.grande número de mortes ou incapacidades
O Brasil vem mudando o perfil da sua população. A pirâmide etária antes possuía uma base mais larga, indicando
que o País era uma população mais jovem, com grande concentração de pessoas com menos de 15 anos. Com o
passar do tempo, está ocorrendo um estreitamento na base da pirâmide populacional. Esse estreitamento deve
continuar fazendo o país passar por uma transição demográfica.
6.1 Modelo explicativo das causas das doenças não transmissíveis
O modelo explicativo para as doenças não transmissíveis é utilizado para doenças infecciosas, pois aqui, a doença
deve-se a uma única causa. Isso não é aplicado nas doenças crônicas, pois elas são provocadas por uma cadeia de
eventos de causalidade e não por um agente único. Ou seja, são consideradas doenças multifatoriais.
Neste modelo, possuem alguns elementos que podem influenciar essa causalidade como. Veja a seguir.
Biologia
humana
São fatores genéticos e as suas heranças, envelhecimento, sistema imunológico.
Ambiente
Inclui fatores externos ao indivíduo como os aspectos sociais e relacionados à renda e ao
nível de escolaridade, emprego ou riscos relacionados a este. Outros agentes ambientais
como clima, água, agentes poluentes também podem influenciar nesta multicausalidade.
Estilo de
vida
Incluem os diferentes hábitos que os indivíduos possuem. Estes comportamentos podem
influenciar no surgimento das doenças. Entre esses comportamentos, tem-se as atividades
de lazer, hábitos alimentares ou comportamentos culturais.
Organização
de atenção à
saúde
Este fator está relacionado com a disponibilidade e com a qualidade dos serviços de saúde
disponíveis ao indivíduo.
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6.2 Evitar doenças não transmissíveis
Como as doenças crônicas não são transmissíveis, você pode se perguntar como evitá-las? Nas doenças
transmissíveis existe sempre algum meio para evitar a proliferação dessas doenças ao afastar-se do indivíduo
que tenha contato com o agente etiológico. No caso das doenças não transmissíveis, como não ocorre a
transmissão, não existe esse meio de atuação para a epidemiologia. No entanto, alguns fatores são modificáveis
com o . Portanto, a epidemiologia, juntamente com a Organização de Atenção à Saúde buscaestilo de vida ,
modificar esses coeficientes pode reduzir a incidência desses casos. Como exemplos, podemos citar o tabaco, a
atividade física, o uso excessivo de álcool, a dieta não saudável, a obesidade, o colesterol, entre outros. Logo, a
epidemiologia irá atuar nesses fatores modificáveis.
Esses fatores modificáveis estão sempre em constante mudança e transição. No passado, a má nutrição infantil
era um grande problema; hoje a se tornou um enorme óbice.obesidade infantil
Atualmente, têm como causa No Brasil, as principaistrês de cada quatro óbitos doenças não transmissíveis.
doenças não transmissíveis são: doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e
.diabetes
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6.3 Abordagem para doenças não transmissíveis
A abordagem para as doenças não transmissíveis deve ser feita em todas as etapas da vida dos indivíduos, desde
os cuidados durante a gestação até a velhice dessa população. Neste caso, os fatores de risco estão difundidos
por toda a sociedade, sendo estes fatores genéticos, comportamentais. Para evitar a epidemias das doenças
crônicas, é necessária uma abordagem voltada para toda a sociedade, na qual deve incluir intervenções 
 ou .preventivas assistenciais
A atuação em é importante para a redução dos casos. Com o tempo, o risco aumenta, umatodo o ciclo da vida
vez que as multicausas vão se acumulando no decorrer da vida das pessoas e, assim, o risco aumenta com o
passar dos anos.
A , nos cuidados , passando pela nutrição correta e pelopromoção à saúde deve iniciar na gravidez pré-natais
aleitamento materno. Esses fatores são importantes na infância e na adolescência. Durante a vida adulta, os
riscos mudam. Nessa fase, devemos cuidar de questões como o tabagismo, o estresse e o álcool (MALTA et al,
.2018)
Quando a epidemiologia atua de maneira eficaz no combate aos fatores de risco, é possível pensar que existe
fatores de proteção, como a alimentação saudável e atividade física. Os cuidados nessas esferas devem iniciar na
infânciae persistir por toda a vida adulta . Quando ocorre a interferência nos fatores de risco(MALTA et al, 2018)
e estes se tornam fatores de proteção, o acúmulo do risco reduz durante a vida, e isso pode ser um determinante
para o surgimento ou não da doença.
Tabela 1 - Comparação sobre os fatores de risco e fatores de proteção das doenças não transmissíveis
Fonte: MALTA et al, 2018 (Adaptado).
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#ParaCegoVer: A imagem mostra um gráfico que apresenta o acúmulo do risco ao longo da vida com e sem
fatores de risco. Na linha vertical tem o desenvolvimento das doenças não transmissíveis, e na linha horizontal o
tempo (idade feta, infância, adolescência, vida adulta e vida idosa).
Quando as medidas de prevenção das doenças crônicas falham, é necessário implementar ações voltadas para os
portadores dessas enfermidades. Nestes casos, deve ocorrer uma atuação mais efetiva da atenção em saúde,
visando reduzir o impacto dos danos causados por doenças crônicas.
- -24
7 Vigilância epidemiológica
A vigilância epidemiologia é definida no país pela Lei n. 8.080. Leia a seguir o que diz a norma.
Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento,
a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle
das doenças ou agravos (BRASIL, 1990, ).on-line
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/fc997a139b8c655340ec71a12f31080d
A vigilância epidemiológica teve início nos séculos XIX e XX, quando Oswaldo Cruz deu início ao controle da
peste bubônica, febre amarela e varíola. Cada um contava com uma abordagem diferente, a peste bubônica era
combatida com a eliminação dos ratos, a febre amarela, através da eliminação do vetor e erradicação dos
criadouros, outra medida que era adotada era a melhora das moradias. A varíola foi com a vacinação em massa
de todas as pessoas, essas ações eram bastante polêmicas e causou o evento conhecido como revolta da vacina
na então capital nacional Rio de Janeiro.
A primeira ação que pode ser considerado como uma ação nacional de vigilância epidemiológica foi a campanha
nacional de erradicação da varíola, que ocorreu entre 1966 – 1973. Esta campanha fomentou a organização das
unidades de vigilância e das secretárias municipais e estatuais. Por meio da campanha de erradicação da varíola
teve início no País uma lista de doenças cujo a notificação deveria ocorrer semanalmente a Fundação serviço de
. Esse não foi um processo simples, devido ao tamanho do país e ao início destas ações até entãosaúde pública
inéditas no Brasil. Com esse processo foi consolidar e estruturas tanto a nível local, estadual e nacional
informações técnicas e propor campanhas de doenças com evitáveis por meio da imunização, nascia assim as
campanhas nacionais de vacinação .(CAVALCANTI et al, 2018)
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7.1 Objetivos e métodos no sistema de vigilância epidemiológica
Muitos podem ser os objetivos da vigilância epidemiológica ou a definição do objetivo, porém, o principal
objetivo da vigilância epidemiológica é estudar o conjunto de doenças e o comportamento epidemiológico sobre
vigilância. Ao se fazer esse acompanhamento das doenças sobre vigilância possibilita detectar de maneira
antecipada dos surtos, epidemias ou alterações na ocorrência espacial das doenças.
Outro objetivo da vigilância epidemiológica, é a de recomendar as ações preventivas e as medidas de controle
das doenças que estão sob vigilância e acompanhamento. Quando se trata de doenças transmissíveis, a vigilância
epidemiológica possui como objetivo a quebra da interrupção de transmissão, buscando assim interromper a
cadeia de transmissão das doenças. Outro objetivo da vigilância na área de saúde pública é identificar e localizar
novos agravos ou problemas de saúde pública.
O método utilizado para o sistema de vigilância epidemiológica pode ser vários, porém, todo o método de coleta
procura incluir a coleta de dados, identificação dos agravos, o mecanismo de detecção a análise e interpretação
dos dados coletados. Além de saber como acompanhar os agravos, é importante saber quais doenças deve ser
acompanhada. O sistema de vigilância leva em consideração quais as doenças devem ter vigilância é levado em
conta a incidência ou a prevalência dessa doença, outros indicadores que devem ser levados em conta é a
mortalidade e a letalidade da doença, assim, a gravidade da doença é levado em conta .(CAVALCANTI et al, 2018)
Como estes fatores pode levar a confusão de quais doenças deve ocorrer a vigilância, no Brasil existe doenças de
notificação compulsória cujo deve obrigatoriamente tem que ser acompanhado. Todas essas doenças estão
relatadas na Portaria n. 204, de 17 de fevereiro de 2016.
Os dados para a vigilância epidemiológica podem ser obtidos por meio da notificação dos casos a partir dos
serviços de saúde, hospitais, ambulatórios, laboratórios. Esses podem ser a fonte de dados para a vigilância,
podendo ser utilizado somente uma dessas fontes isoladas ou combinadas, a depender do agravo ou doença.
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7.2 Investigação epidemiológica
A investigação epidemiológica procura apurar alguns fatores que possam ter favorecido o indivíduo a adoecer. A
investigação epidemiológica procura identificar fatores ou ações, hábitos ou costumes, habitação ou presença de
insetos no domicilio, fonte de alimento ou água, uso de substâncias licitas e ilícitas. A investigação
epidemiológica busca assim identificar a causa da doença, o vetor, o local ou fonte de infecção da doença. A
investigação epidemiológica pode ser realizada de duas maneiras distintas. e Clínico-laboratorial caso-índice.
A investigação epidemiológica clínico-laboratorial objetiva esclarecer o diagnóstico e as informações sobre o
caso-índice.
A informação “de campo” é o momento muito importante para a investigação epidemiológica que possui o
objetivo de ir mais fundo durante a investigação que houve início no momento da entrevista no caso-índice. As
informações “de campo” busca coletar informações complementares que podem contribuir para a fonte de
infecção ou fatores de risco relacionada com a transmissão da doença e auxiliando na descoberta de novos casos
ou outros indivíduos que por ventura venham a ser exposto aos mesmo risco e na investigação “de campo”
também busca orientar a população da profilaxia que deve ser adotada .(BRASIL 2017; CAVALCANTI et al, 2018)
Cada doenças possui um processo de investigação e este processo deve ser padronizado, por isso no Brasil
possui o Guia de vigilância em Saúde, onde nele padroniza as medidas de vigilância a serem adotadas, no caso de
leishmaniose visceral humana deve realizar a investigação de vetor e reservatório canino, caso seja confirmado
for esquistossomose, deve investigar a origem do caso se autóctone ou não e a fonte de investigação com a
pesquisa do caramujo do gênero spp .Biomphalaria (BRASIL 2017)
Hoje o modelo que é adota no Brasil quem é recomendado para a vigilância também é responsável peal gestão e
execução das medidas de controle e prevenção a serem adotadas e práticas a depender do agravo. Adotar este
modela apesar de apresentar uma contração de tarefa em determinado órgão, essa medida é importante pela
aproximação de quem determina o caso e quem deve implementar a prevenção e profilaxia do agravo. Assim, o
mesmo órgão responsável pela vigilância também faz a prevenção.
As informações geradas por meio do sistema de vigilância são de grande valia e extrema importância, pois, todos
que possuem interesse nessa informação pode utiliza-la e consulta-la. Ao divulgar as informações é possível
demonstrara todos que de alguma maneira estão envolvidos no sistema de vigilância a sua importância, como
uma alimentação continua, ocorre a entrada de dados brutos e saem informações concretas por meio dos
boletins epidemiológicos. Outra vantagem da divulgação é com a avaliação das mediadas de intervenção onde
qualquer participante do sistema de vigilância epidemiológica pode ajudar nessa avaliação de intervenção ou
evolução do agravo.
- -27
As medidas de intervenção precisam ser avaliadas periodicamente, com a alimentação continua do sistema de
vigilância é possível avaliar a eficácia da intervenção que foi adotado, essa avaliação ocorre por meio das series
temporais de incidência e prevalência das doenças ou agravos que estão sob vigilância. Com isso é possível saber
a eficácia das medidas de intervenção adotada e com esse conhecimento adaptar as medidas ou mantê-las.
- -28
8 Métodos de investigação epidemiológica
A epidemiologia busca uma . Contudo, como dever ser realizada esta pesquisa prarelação entre saúde-doença
responder estar questões? Para isso, a epidemiologia busca responder a estes temas que estão relacionados aos
diversos agravos para a saúde. Para isso, a epidemiologia busca, por meio da interpretação dos dados, responder
a estes questionamentos. Diversos são os meios para realizar a investigação epidemiológica e, a depender do
tipo o método, eles são alterados.
Destes métodos, os estudos epidemiológicos utilizam ferramentas para trazer as respostas. Com isso, a
epidemiologia divide os estudos em dois grandes grupos. Veja a seguir.
Estudos descritivos
Descrevem as doenças ou agravos na população ou a ocorrência das doenças em cerca localidade ou área
geográfica ou a descrição por características pessoais ou ambientais.
Estudos analíticos
Buscam comparar o grupo ou indivíduos que estejam doentes entre os indivíduos não doentes ou ainda, entre
exposto e não exposto a determinado fator.
O consiste em traçar um caminho de acordo com os dados e buscar respostadelineamento epidemiológico
para as perguntas. O delineamento está relacionado com o desenho do estudo, a técnica ou o método aplicado do
estudo. A epidemiologia existe alguns delineamentos epidemiológicos que podem ser escolhidos a depender do
objetivo pretendido ou dos dados disponíveis, agora nós iremos estudar esses delineamentos.
- -29
8.1 Estudo transversal ou seccional
Os estudos transversais são utilizados para conhecer a situação de determinado agravo no tempo, naquele
momento. Assim, é utilizado para . Este delineamento éestimar os paramentos da população alvo do estudo
caracterizado pela observação de determina quantidade de indivíduos em um único momento. Os estudos
transversais :apresentam três elementos essenciais
• as medidas feitas em único momento no tempo;
• excelentes para descrever uma variável ou a distribuição de determinado agravo;
• constitui hoje o único desenho que permite conhecer a prevalência de um agravo.
Os resultados podem contribuir para a dentição de características demográfica ou característica clinicas do
grupo que foi objeto de estudo ou ainda revelar uma associação importante. Além disso, por meio dos estudos
, é possível . Por ser o único delineamento quetransversais gerar hipótese e estudar múltiplas associações
permite conhecer a prevalência, esse tipo de estudo também é conhecido como .estudo de prevalência
Para esse tipo de estudo, é realizado a amostragem da população. Assim ocorre a comparação entre quatro tipo
de indivíduos:
• expostos e doentes;
• não exposto e doentes;
• exposto e não doente;
• não exposto e não doente. os resultados.
São apresentados como razão de chance ou Assim, é possível responder a Odds ratio. chance de desenvolver a
 no grupo de expostos é maior (ou menor) do que no grupo de não-expostos.doença
Nesse tipo de estudo, a , e a ideia principal desse tipo de estudo é verificar naunidade de análise é o indivíduo
amostra as .variáveis de exposição e o desfecho
A é pela dificuldade em estabelecer uma relação de causa.principal desvantagem dos estudos transversais
Como este estudo utiliza uma amostra da população, ele é , justamente pelaimpraticável em doenças raras
dificuldade de se amostrar os indivíduos doentes na população. Ou viés que pode apresentar é em relação a
prevalência, pois, doenças de longa duração tendem a ter uma prevalência mais alta. Neste exemplo, podemos
citar a . Alguns locais podem possuir uma prevalência alta, porém, a incidência serádoença de chagas crônica
zero ou baixa nessa doença. Outro erro que pode ocorrer é devido à amostragem, que, se não for realizada de
maneira aleatória, pode comprometer a validade do estudo .(MEDRONHO et al, 2009)
•
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8.2 Estudo ecológico
O termo ecológico vai mais além de verificar as variáveis ambientais, esse termo traz uma explicação mais ampla
da população e o ambiente. Os estudos ecológicos ou estudos agregados buscam avaliar de que maneira os
contextos social ou ambiental podem afetar a saúde de grupos populacionais. Neste caso, as medidas coletadas
no nível individual são incapazes de refletir adequadamente os processos que ocorrem no nível coletivo 
. Nesse caso os dados são agregados para buscar identificar uma relação.(MEDRONHO et al, 2009)
Os estudos ecológicos se baseiam na comparação entre variáveis que possam estar relacionadas a exposição que
uma população foi submetida e compara esses valores com outras populações para avaliar o nível de exposição
ou múltiplas exposição. Nesse caso o epidemiologista utiliza várias informações e medidas agregadas e compara
todas elas com variáveis ambientais e globais.
Quadro 2 - Diferença entre estudos transversal e estudos ecológicos
Fonte: Elaborado pelo autor (2020).
#PraCegoVer: A imagem mostra um mapa que apresenta a diferenciação dos estudos ecológicos e estudo
transversal apresentando a unidade de análise.
Os estudos ecológicos são bastante utilizados na epidemiologia devido à rápida execução, pois os dados já podem
ter sido coletados anteriormente. Por isso, possuem um baixo custo na execução.
- -31
O principal objetivo desse tipo de estudo é gerar e testar hipóteses, e avaliar a efetividade das medidas de
intervenção na população. Um exemplo foi apresentado por um estudo ecológico no qual foi levantada uma
possível associação entre o El nino e os casos de leishmaniose tegumentar americana (CARDOSO et al, 2019).
Este é um exemplo onde nos estudos ecológicos não foi possível testar esta hipótese. Porém, ao observar os
dados, os pesquisadores foram capazes de gerá-la.
Outra forma em que os estudos ecológicos são muito utilizados é para mensurar a efetividade de um programa
de saúde implementado. Esse tipo de ação é bastante usado pelos órgãos de saúde pública.
Além disso, os estudos ecológicos podem ser exploratórios, em que é possível comparar taxas em diversas
regiões ao mesmo tempo ou comparar a evolução ao longo de um período. Em Belo Horizonte (MG), os
pesquisadores puderam observar uma maior ocorrência dos casos de leishmaniose visceral canina nas mesmas
regiões onde ocorreram casos de leishmaniose visceral humana. Porém, a leishmaniose canina ocorria antes dos
casos humanos (ARRUDA et al, 2019). Há também os estudos ecológicos analíticos, em que é possível associar
entre os diferentes níveis de exposição média e taxa da doença entre os diferentes grupos.
As principais desvantagens dos estudos ecológicos são a impossibilidade de associar a exposição e a doença em
nível individual. Certos casos podem ocorrer associação em nível ecológico, porém, quando vai testar em nível
do indivíduo, essa associação não é observada. E a outra a outra desvantagem é fato da dificuldade de controlar
os efeitos de confusão no estudo, com resultados do nível de exposição média (MEDRONHO et al, 2009).
- -32
8.3 Caso-controle
Os são utilizados na epidemiologia, e partem, principalmente, da estudos de caso controle presença ou
. Eles recebem esse nome porqueo estudo é baseado em caso:ausência do agravo
• grupo que apresenta o desfecho e controle; e
• grupo que não apresenta o agravo de interesse.
Como os grupos são fundamentais para a validade do estudo, diz-se que todo estudo de caso-controle é
, pois, a partir do indivíduo doente, e ao compará-lo com os indivíduos não doentes volta noretrospectivo
passado para comparar o que pode ter ocorrido para a doença, ou seja, quais foram os fatores de exposição.
Nesse tipo de estudo não estima a prevalência, nesse caso o número de casos e controle vai depender da amostra
necessária e isso não depende da proporção de casos na população. O processo de amostragem é baseado na
presença ou ausência da doença.
Esse delineamento é ótimo para doenças raras ou de longa duração, porém, quando o processo de exposição for
raro, esse estudo não apresenta boa validade. Sendo assim, ineficiente em exposições raras. Outra característica:
somente é possível estudar um desfecho por vez.
Para a seleção dos controles, eles devem ser comparáveis com os casos. Ambos devem ter o igual para arisco
exposição. Assim, o nível de exposição que é observado nos controles é o nível esperado em toda a população.
Os pois, com eles, controles são importantes é possível estimar a frequência da exposição esperada na
. Além disso, é por meio dos controles que se pode validar o estudo, pois a seleção incorreta dospopulação
controles pode inviabilizar a pesquisa. O processo de seleção dos controles deve ser independente do dastatus 
exposição, com uma quantidade de quatro controle por caso. Dessa forma, esse valor será considerado a
quantidade máxima. Outro fato importante para os controles é que eles devem fazer parte da população que
originou os casos. Se isso não for possível, eles devem ter características similares aos casos.
•
•
Fique de olho
Os diferentes delineamentos, apesar de serem semelhantes em alguns aspectos, possuem a sua
peculiaridade. : seleciona casos com doenças e controles sem doença, e comparaCaso-controle
a frequência da exposição. : estima a prevalência da doença na população, ou emTransversal
estratos dessa população.
- -33
O estudo de . Porém, isso é feito por meio de questionários ou entrevistas, em quecaso-controle volta no tempo
se busca identificar o fator de exposição para comparar doentes e não doentes expostos, e doentes e não doentes
com não expostos. Sendo assim, você .parte do presente para o passado
Este tipo de estudo possui alguns vieses como o de , e o evento ou a variável de exposição pode não teraferição
sido relatada corretamente e hoje não é mais possível refazer essa aferição. Outro viés comum em estudo de
caso-controle é o viés do , que este pode classificar de maneira errada o evento ou a exposição. O viésobservado
de s também é algo que pode ocorrer em estudo de caso controle, pois os óbitos precoces sãoobrevivência
excluídos do estudo e somente entram na análise os casos prevalentes. A exclusão dos casos de óbitos precoce
ocorre não por opção do epidemiologista, mas sim pelo fato de não ser possível acompanhar o indivíduo.
Como nesse estudo não é possível calcular a prevalência ou a incidência, nesse caso deve-se calcular a daodds
exposição em relação os casos e controle. Para isso, calcula-se a a doença entre expostos e da doençaodds odds
entre não expostos. Assim, chega-se à relativa. Caso o valor seja maior que 1, há associação, e ela é positiva;odds 
agora quando o valor da for menor do que 1, possui uma associação negativa, quando o valor da forodds odds
igual a 1, o risco entre exposto e não exposto é igual .(PEREIRA, 1995)
O viés de é algo extremamente comum neste tipo de estudo. Ele ocorre devido ao fato de a exposiçãomemória
ter ocorrido no passado, e a memória pode enganar. Como esse estudo parte do presente para o passado, o viés
de memória está presente em quase todos os estudos de caso-controle e, infelizmente, este viés está totalmente
fora do controle do epidemiologista.
Além dos vieses que possam ocorrer no estudo de caso-controle, existem algumas desvantagens como a
dificuldade de seleção dos controles. A dificuldade na validação de algumas informações do passado, e o estudo
detalhado para a exposição são difíceis de conseguir.
8.4 Estudo de caso-controle pareado 
O estudo de caso-controle pareado tem as mesmas características do caso- controle. Porém, possui uma variação
na seleção dos controles. Neste caso, o processo de seleção dos controles deve possuir características iguais aos
casos como idade, seco, econômico, data e internação etc.status
Aqui pode ocorrer o , em que cada controle é similar aos casos para uma ou maispareamento individual
variáveis especificas ou também um super pareamento; neste caso, o pareamento é socioeconômico ou
ambiental.
- -34
8.5 Coorte
Os estudos de coorte são completos, a . Eles partem dapopulação é acompanhada por longos períodos
exposição, na qual o processo de amostragem, cujos indivíduos são selecionados com a presença ou ausência da
exposição. Neste caso, os indivíduos ainda não apresentaram o agravo. Esse acompanhamento pode seguir por
10, 20, 50 anos ou mais; não existe um tempo determinado para o acompanhamento. Porém, quanto maior for o
acompanhamento, mais informações poderão ser coletadas. O tempo de acompanhamento depende do
.agravo de estudo
Outro tipo de estudo de coorte são as coortes de nascimento, em que são selecionados indivíduos ao nascer e
estes são acompanhados por longos períodos. Neste caso, a amostra representativa é selecionada ao nascimento
e é acompanhada por muitos anos - com o consentimento de seus pais - para rastrear sua saúde,
desenvolvimento, educação e outras circunstâncias da vida. No decorrer no tempo, o foco do estudo de coorte de
nascimento , pois, as características dos participantes, também vão alterando.pode ir mudando
Independentemente do tipo de coorte, sempre ocorre a comparação entre os grupos expostos e os não expostos
e a incidência, mortalidade ou letalidade são calculados. A exposição que estiver relacionada com o agravo ou
determinado comportamento ou fator de risco, haverá uma maior incidência da doença entre os expostos em
comparação aos não expostos.
Existem dois tipos básicos de estudos de coorte:
• retrospectivos; e 
• prospectivos.
Os irão seguir o curso natural do tempo. Neste caso, um estudo de coorte de ,estudos prospectivos nascimento
é um exemplo estudo de coorte prospectivo. Assim, iniciam-se os acompanhamentos dos sujeitos no presente e
continuam para saber qual será o desfecho futuro. Um exemplo pode ser o peso ao nascer (exposição). Ele pode
influenciar na mortalidade infantil. Assim seria um estudo de coorte prospectivo, desde que se inicia o
acompanhamento ao nascer .(MEDRONHO et al, 2009)
Os são semelhantes aos prospectivo. A diferença é que no presente “volta-seestudos de coorte retrospectivos
no tempo” para saber se os indivíduos examinam os dados para saber aqueles que haviam sido expostos e não
expostos no passado. Também podemos ter como exemplo o nascimento. Para basta pensarmos em mães que
foram expostas à cocaína. Avalia-se se elas se tiveram o parto prematuro (MEDRONHO et al, 2009). Estes são
exemplos onde um coorte pode responder diferentes perguntas, e analisar diferentes exposições e agravos.
O estudo de coorte difere do estudo de caso controle, pois o estudo de caso controle é baseado na presença
, e o .ou ausência da doença estudo de coorte é baseado na presença ou ausência da exposição
•
•
- -35
Hoje existem diversos coortes sendo realizados no mundo. Porém, os de grandes impactos são as coortes de
nascimento. No Brasil, é realizado um estudo de coorte de nascimento em Pelotas. Este é um estudo de base
populacional, que começou em 1982, com a primeira amostragem. Houve uma segunda amostragem de recém-
nascidos em 1993, e uma terceira amostragem em 2004. Todos os indivíduos ainda são acompanhados até os
dias presentes.
A principal vantagem dos estudos de coorteé a possibilidade de medir a incidência, e também é possível
produzir medidas diretas de risco. Por meio desse estudo, é possível produzir um alto poder de análise, tendo
um grande conhecimento das variáveis que foram expostas. Como nem tudo é só vantagens, existe algumas
desvantagens neste tipo de estudo, como a durante o seguimento e o vulnerabilidade de perdas alto custo
devido ao longo tempo de acompanhamento. Os estudos de coortes são inadequados para doenças que possuem
baixa frequência ou agravos raros.
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• medir a fecundidade na população;
• compreender a importância da natalidade para a epidemiologia;
• mensurar a população em sexo e idade;
• aprender sobre a vigilância das doenças transmissíveis e não transmissíveis;
• entender como a vigilância epidemiológica atua;
• estudar os métodos utilizados pela epidemiologia para investigar perguntas sobre os agravos.
Referências
ARRUDA, R. M. F. et al. Space-Time Analysis of the Incidence of Human Visceral Leishmaniasis (VL) and
Prevalence of Canine VL in a Municipality of Southeastern Brazil: Identification of Priority Areas for Surveillance
and Control. , 2019.Acta Tropica
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BRASIL. . Brasília - DF: Ministério da Saúde, 2017.Guia Da Vigilância em Saúde
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MEDRONHO, R. A.; BLOCH, K. V.; G. L. Werneck. . 2 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2009.Epidemiologia
MELO, F. - uma etnografia sobre identidade, direitos e cidadania nas trajetórias de brasileiros semInvisíveis
documento. Tese de doutorado - Escola de ciências sociais da Fundação Getúlio Vargas, 2019.
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editado por U. de S. Paulo. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2009.
PEREIRA, M. G. : Teoria e Prática. 12 ed. Reimpr. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.Epidemiologia
PORTA, M. A. . 5 ed. Oxford: Oxford University Press, USA, 2008.Dictionary of Epidemiology
https://censo2010.ibge.gov.br/
	Olá!
	1 Fecundidade
	1.1 Fecundidade e fertilidade
	Assista aí
	1.2 Estudos de fecundidade, origem dos dados
	1.3 Registro civil
	1.4 Inquéritos
	Assista aí
	2 Coeficiente de fecundidade
	2.1 Taxa de fecundidade geral
	2.2 Taxa de fecundidade específica por idade
	2.3 Taxa de fecundidade total
	3 Natalidade
	3.1 Taxa de natalidade
	3.2 Sub-registro de nascimento
	4 Composição da população
	4.1 Composição por idade e sexo
	4.2 Descrição da população
	4.3 Razão de sexo
	4.4 Razão de dependência
	5 Epidemiologia das doenças transmissíveis (doenças infecciosas)
	5.1 Doenças transmissíveis: definição
	5.2 Transmissão do agravo
	5.3 Elo de transmissão e manutenção
	5.4 Modelos de transmissão
	6 Epidemiologia das doenças não transmissíveis (doenças não infecciosas)
	6.1 Modelo explicativo das causas das doenças não transmissíveis
	6.2 Evitar doenças não transmissíveis
	6.3 Abordagem para doenças não transmissíveis
	7 Vigilância epidemiológica
	Assista aí
	7.1 Objetivos e métodos no sistema de vigilância epidemiológica
	7.2 Investigação epidemiológica
	8 Métodos de investigação epidemiológica
	8.1 Estudo transversal ou seccional
	8.2 Estudo ecológico
	8.3 Caso-controle
	8.4 Estudo de caso-controle pareado
	8.5 Coorte
	é isso Aí!
	Referências

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