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RESUMO PISO VINILICO - TÉCNICAS DE EDIFICAÇÃO - OBRA E CARACTERISTICAS

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REVESTIMENTO VINÍLICO
O vinil, segundo plástico mais produzido no mundo, surgiu a partir da necessidade de substituir o linóleo – revestimento amplamente utilizado na Europa a partir do final do século XIX e que manteve-se popular até o final da II Guerra Mundial – por um material mais viável, uma vez que ele era produzido a partir de produtos naturais, como farinha de pinheiro, óleo de linhaça e base de juta. Assim, as empresas encontraram no policloreto de vinila (PVC) – resina termoplástica descoberta pelo químico alemão Eugen Baumann e, mais tarde, aperfeiçoada pelo americano Waldo Semon – a matéria-prima ideal para a produção dos revestimentos. O PVC, então, desenvolvido a partir de um composto unificado de elementos básicos do petróleo combinado a elementos como cloro e etileno, a depender dos aditivos e outras substâncias utilizadas nas últimas etapas de sua fabricação, pode tomar diferentes formas e características, fornecendo à indústria inúmeras possibilidades de aplicação.
O revestimento vinílico tem como matéria-prima básica, portanto, o policloreto de vinila. Sua composição varia de acordo com o fabricante, mas, de forma geral, é dividida em, aproximadamente, 30% de aglomerante – o PVC, nesse caso – e 65% de cargas minerais, como calcário, aditivos, como plastificantes e estabilizantes, e pigmentos. Dependendo da quantidade utilizada em cada um dos elementos obtém-se revestimentos com características distintas a fim de atender a um leque variado de necessidades do mercado. O Paviflex®, também conhecido como Vinyl Composition Tile (VCT), por exemplo, possui uma pequena quantidade de PVC (de 3 a 4%) e muita carga mineral na composição, fazendo dele um piso menos resistente mecanicamente, mas, por outro lado, mais leve e rápido de se instalar.
Usualmente, os revestimentos vinílicos apresentam-se na forma de mantas (flexíveis) ou de placas (semiflexíveis). O piso vinílico em manta surgiu da demanda por uma opção de revestimento que podia ser armazenado em rolos e que tivesse fácil aplicação em áreas maiores, e ele pode ser dividido, por sua vez, em duas subcategorias, os homogêneos (HO) e os heterogêneos (HE). Os pisos em manta homogêneos têm mais PVC e menos carga mineral e plastificantes em sua composição, originando superfícies monolíticas flexíveis e menos quebradiças, cuja massa única determinará o desenho do piso. No entanto, diante da limitação de desenhos nos materiais homogêneos, foi desenvolvido um piso vinílico em manta com várias camadas – ou seja, heterogêneo –, constituído por uma concentração menor de carga mineral e plastificantes e mais PVC, tal como um HO, mas que permitisse a impressão de desenhos e texturas personalizados.
FIGURA 01: piso vinílico homogêneo em manta
	Nos pisos flexíveis heterogêneos a superfície exposta é denominada capa de uso (Figura 2), e corresponde a uma camada transparente e altamente resistente feita puramente de PVC. É ela quem define a durabilidade do revestimento e, portanto, qual produto é o mais adequado para cada ambiente – sua espessura pode variar, assim, de 0,1mm para uso residencial até 0,7mm para ambientes de alto tráfego, como aeroportos e supermercados. Ela também dá o relevo desejado e determina o grau de brilho que o acabamento terá. A capa de uso pode receber dois tipos de tratamento. O primeiro deles é o tratamento em PU, uma versão leve de poliuretano que serve para proteger o acabamento durante os processos de instalação e limpeza. Por tratar-se, no entanto, de uma solução a curto prazo, essas capas exigem, no futuro, uma manutenção por meio de polimento ou selamento, especialmente em situações de grande fluxo de pessoas. O outro tratamento é o PUR, versão muito mais pesada de poliuretano cujo processo de tratamento e cura com raios ultravioleta proporciona ao produto um custo futuro de manutenção relativamente menor, pois não será necessário realizar o polimento para manutenção.
	Abaixo da capa de uso encontra-se o papel decorativo ou filme impresso, camada responsável pelo aspecto visual do revestimento, podendo simular qualquer tipo de material desejado. A camada interna, que vem logo após o papel decorativo, tem como função conferir maior espessura e, geralmente, é composta de mais carga mineral e menos plastificantes a fim de deixar o produto mais firme. Abaixo dela há uma tela de fibra de vidro ou fios de algodão, cujo principal benefício é garantir estabilidade dimensional extra. Por fim, a última camada é uma base de PVC compacto que contém muito mais plastificantes para aumentar a aderência do adesivo ao contrapiso.
 
FIGURA 02: composição do piso vinílico heterogêneo em manta 
	Os revestimentos vinílicos em placa também podem ser constituídos em massa única (HO) ou em camadas (HE), e são comercializados em placas retangulares ou quadradas (réguas), sistema esse, portanto, modular. O Luxury Vynil Tile (LVT) é considerado a alternativa mais nobre de piso vinílico heterogêneo, uma vez que é fabricado a partir de várias camadas finas, de diferentes composições, agregando atributos que o tornam mais flexível, durável e fácil de limpar.
FIGURA 03: colocação de piso vinílico em placa
A NBR 14.917 estabelece uma classificação para pisos vinílicos flexíveis baseada nos seguintes atributos: se o produto é homogêneo ou heterogêneo, compacto ou acústico, espessura total, espessura da capa de uso (apenas nos heterogêneos) e resistência à abrasão (T, P, M ou F). Assim sendo, ela estabelece que os revestimentos vinílicos sejam classificados em 10 classes, referentes aos níveis de resistência à abrasão e à espessura da capa de uso: 21, 22, 23, 31, 32, 33, 34, 41, 42 e 43. Portanto, de forma geral, o que realmente promove a resistência a essa abrasão é a capa de uso, como já mencionado anteriormente, sendo esse um fator mais importante do que a espessura total do produto.
FIGURA 04: classificação por intensidade de uso dos pisos heterogêneos compactos
FIGURA 05: classificação das áreas de uso
A manutenção do revestimento vinílico é relativamente simples, uma vez que, hoje em dia, a maioria dos produtos comercializados possuem tratamento PU ou PUR, processos já explicados anteriormente. Assim, recomenda-se o uso de vassoura de cerdas macias ou aspirador de pó para pequenos detritos e esponja úmida com detergente neutro para sujeiras mais difíceis.
2.2 CONDIÇÕES PARA A APLICAÇÃO
A base de aplicação do piso deve encontrar-se sempre em perfeitas condições. Portanto, deve estar limpa, seca e curada, impermeabilizada, se necessário, nivelada e firme.
Inicialmente, recomenda-se fazer uma limpeza profunda no contrapiso, removendo quaisquer impurezas, com vassoura e/ou aspirador de pó. Deve-se retirar os restos de massa, gesso, pedaços soltos, marcas de tinta ou de caneta (estas podem migrar para a superfície do revestimento). Assim como remover graxas, óleos e todos os outros tipos de sujeira. Aconselha-se utilizar uma lixadeira elétrica ou lixa manual para assegurar que estes restos sejam completamente eliminados.
 Depois, deve-se verificar se ele está nivelado, podendo isso ser feito de duas maneiras: com uma régua de 2 m, admitindo um desnível máximo de 4 mm entre dois pontos, ou com uma régua de 20cm, admitindo um desnível máximo de 2 mm entre dois pontos. Caso o contrapiso apresente depressões, irregularidades ou imperfeições não profundas, deve-se corrigi-lo utilizando argamassa de regularização de cimento e areia (traço 1:3) desempenada e não queimada, com pelo menos 2,5cm de espessura e caimento, se houver necessidade. O tempo de cura desta massa é de aproximadamente 7 dias por centímetro de espessura.
Entretanto, caso o ajuste seja mais simples, como corrigir a aspereza do contrapiso ou nivelar juntas menores que 5 mm, os fabricantes dispõem, para esse fim, uma massa específica que deve ser aplicada com desempenadeira metálica ou com o uso de autonivelantes. 
Ademais,o teor de umidade deve ser controlado previamente à instalação. Se o piso for instalado sobre contrapiso úmido, a água não conseguirá evaporar e, comoconsequência, podem ocorrer bolhas ou até mesmo o descolamento do produto. Os pisos vinílicos não devem ser entendidos como barreira contra umidade ascendente. Além disso, o uso excessivo de água na limpeza de pisos com juntas secas pode fazer com que o piso se descole do contrapiso, abrindo espaço para infiltrações.
Para medição da umidade recomenda-se um resultado máximo de 2,5% de umidade relativa para a instalação segura. Para isso, pode-se utilizar um medidor por radiofrequência ou o método CMM (carbureto de cálcio) ou método manual, conforme descrito a seguir: 
Método digital: com um medidor por radiofrequência, deve-se colocar o aparelho em uma parte plana do contrapiso ou parede. A interpretação da leitura deve seguir a tabela inscrita no aparelho;
Método CCM (carbureto de cálcio) com o uso  do aparelho medidor “speed test”, através da retirada de volumes de 3g, 6g ou 12g, a uma profundidade de 2 a 3 cm. Para tal, deve-se utilizar uma marreta e talhadeira. Então, as amostras são colocadas dentro do aparelho de medição, com a esfera de aço e a cápsula de carbureto de cálcio. Ao passo de que, quando movimentar o aparelho e romper a cápsula de carbureto de cálcio, dá-se uma reação química e o aparelho mede a quantidade de água presente na amostra; 
Método manual (plástico): deve-se colocar pedaços de plástico (mínimo 40x40cm) em diversos pontos do contrapiso. Então, prender toda a borda do plástico com fita adesiva e aguardar 24 horas. Se o plástico “transpirar” ou se o contrapiso ficar mais escuro nessa área significa que a água ainda está evaporando e, portanto, o contrapiso está úmido. Sendo assim, a recomendação é deixar o local ventilando e então repetir o teste alguns dias depois. No entanto, este teste não é preciso.
Após utilizar um dos três procedimentos descritos acima e ainda sim constatar umidade, é necessário certificar-se da origem (ascendente/infiltração/secagem) e tomar as providências necessárias. No caso de umidade ascendente/ infiltração, o responsável pela obra deve contratar uma empresa especializada em impermeabilização. Se o contrapiso ainda não estiver seco, a orientação é que se aguarde mais alguns dias e refaça o teste. Caso a umidade persista, o contrapiso deve ser devidamente impermeabilizado por uma empresa especializada, e sob comando do responsável pela obra. 
Outrossim, deve-se analisar a absorção/porosidade do contrapiso a ser instalado o piso vinílico. Usualmente um contrapiso é chamado de absorvente ou poroso quando o tempo de absorção de uma gota de água é menor que 1 minuto. Nesses casos, deve-se utilizar um primer composto pela proporção de 8 litros de água para 1kg de cola branca (PVA) ou primer acrílico selador. Contrapisos não-absorventes são aqueles no qual o tempo de absorção de uma gota d´água é maior que 10 minutos. Este tipo de contrapiso pode comprometer a ancoragem da massa de preparação/autonivelante e provocar posterior descolamento do produto. Recomenda-se então o lixamento da superfície com lixadeira elétrica ou lixadeira manual, com a intenção de abrir porosidade e garantir a ancoragem da massa.
Em relação ao contrapiso estar “firme”, sabe-se que ele não pode apresentar partes soltas ou desprendimento de partículas que possam provocar o descolamento do revestimento vinílico. O projeto deve especificar as características da base em função do uso da edificação, conforme a ABNT NBR 14917-1, Tabelas 5 e 6. Recomenda-se resistência mecânica à compressão da base (contrapiso) maior ou igual a 15 MPa para classes de uso 21, 22 e 23, e resistência à compressão mínima de 20 MPa, para classes de uso acima de 31. Um contrapiso fraco não suporta o peso de móveis e outros objetos e começará a ceder. Nestes pontos, o piso vinílico irá acompanhar as depressões e poderá, inclusive, se romper. 
Por fim, é necessário proteger o contrapiso contra umidade, além de assegurar a preservação da construção, proporciona a salubridade dos ambientes e, como consequência, os usuários terão o conforto e a segurança necessários.O contrapiso impermeabilizado corretamente, além de assegurar a preservação das estruturas, irá garantir que o piso vinílico tenha um excelente desempenho por muitos anos.
Uma das grandes vantagens do revestimento vinílico é a possibilidade de instalação sobre pisos já existentes, o que pode reduzir drasticamente o custo de mão-de-obra. No entanto, ele pode ser instalado em apenas alguns tipos superfícies, como mármore, granito polido, cerâmica e porcelanato nivelados com juntas menores que 5 mm, o próprio contrapiso de cimento e lajes de concreto. Já os pisos de cimento queimado, ardósia e outras pedras, de madeira, no geral, como tacos, tábuas, parquets ou laminados, e o contrapiso externo são superfícies em que a instalação desse revestimento não é permitida. O piso de PVC precisa de uma base rígida para ser instalado, e materiais como a madeira, por exemplo, são mais suscetíveis a temperatura e umidade, podendo movimentar-se. 
EXECUÇÃO
A instalação do revestimento vinílico dependerá do tipo de piso em questão, ou seja, flexíveis (manta) ou semiflexíveis (placas). 
	Para a instalação do piso vinílico em manta, deve-se certificar, inicialmente, que todos os produtos utilizados em uma mesma área sejam do mesmo lote. Além disso, os fabricantes recomendam que o material seja aberto e esticado por pelo menos 24h antes da instalação para que ele se ajuste às condições ambientais do local e para que as marcas do rolo possam se assentar. Então, com a base em perfeitas condições – como detalhado no item 2.2 –, deve-se fazer a marcação do eixo. Após realizar o refile de bordas da manta, deve-se posicioná-la no sentido longitudinal desse eixo, alinhando a borda com a marcação realizada. Com a manta dobrada, deve-se limpar seu verso a fim de remover qualquer vestígio de pó, sujeira ou oleosidade. O adesivo deve ser aplicado, a 5 cm do eixo, com uma desempenadeira dentada e, para minimizar as marcas de dente, deve-se utilizar um rolo de lã. Normalmente, as condições de temperatura ambiente ideias para aplicação ficam entre 5 a 30 graus, no entanto, deve-se respeitar a indicação específica do fabricante do adesivo.
Decorrido o tempo especificado pelo fabricante para a secagem total do adesivo, deve-se desdobrar a manta e posicioná-la sobre o piso, em direção à parede, pressionando-a com uma régua revestida por carpete (evitando, assim, marcas indesejáveis). A próxima manta deve ser posicionada sobrepondo 3 cm de sua borda na manta anterior – exceto para estampas modulares, em que deve-se alinhar o desenho, deixando uma sobra no início da próxima manta. A borda sobreposta deve ser cortada com o auxílio do cortador de juntas ou com um estilete e régua de metal, sendo o esquadro importante para a marcação.. Por fim, deve-se passar o adesivo na área da segunda manta e por debaixo da borda da primeira, aguardando tempo de secagem para finalizar a colagem. O procedimento deve, então, ser repetido para a instalação das próximas mantas. 
	A solda fria deverá ser efetuada somente em áreas residenciais ou comerciais de tráfego leve ou moderado (exceto áreas de saúde). Para mantas residenciais é recomendada a aplicação da solda fria (junta selada), devendo-se aguardar ao menos 12h após a instalação do revestimento para iniciar a soldagem. Deve-se colar uma fita crepe de 5 cm de largura na emenda das mantas, realizando um corte com estilete percorrendo toda a extensão dessa emenda. Após o corte, deve-se aplicar com o bico aplicador um selante – Selanfix, por exemplo –, em velocidade constante. Terminado o período de secagem, remove-se a fita crepe. É válido ressaltar que a necessidade da aplicação de juntas seladas varia de acordo com o fabricante, pois a perfeição geométrica e dimensional das mantas possibilita que elas sejam assentadas apenas com juntas secas, não necessitando, também, de junta de movimentação, pois, por ser um material polimérico, o vinil tem capacidade de deformação.	
FIGURA 06: aplicação de solda fria
Para mantas comerciais,e obrigatoriamente para ambientes de saúde, é necessária a aplicação de solda quente, para evitar que a água utilizada durante a limpeza penetre no contrapiso, parede ou por debaixo da manta. Anteriormente à soldagem deve ser realizada a fresagem, ou seja, a abertura de um sulco de aproximadamente 4 mm com uma fresa elétrica ou manual, sendo sua profundidade de no máximo ⅔ da espessura do revestimento. Após esse processo, todos os chanfros devem ser limpos para o processo de solda quente, que deve ser feito ao menos 12h após a instalação do piso, de modo a garantir que o adesivo esteja seco. 
 Para essa etapa, as juntas devem estar bem fechadas, tocando as extremidades umas das outras, sem estarem comprimidas ou demasiadamente abertas, e o soldador deve estar a uma temperatura de 470ºC. Então, corta-se o cordão de solda no comprimento total da junta e inicia-se a solda com velocidade constante. Após aproximadamente 10 minutos, deve-se retirar o excesso do cordão com uma faca meia lua para um melhor acabamento.
FIGURA 07: aplicação de solda quente
	Em ambientes como os da área da saúde é recomendada a instalação de rodapés curvos para eliminar os cantos de 90º. Para fazer esse arredondamento são utilizados, preferencialmente, perfis de PVC que são colados à parede com cola de contato, sendo as mantas inseridas em suas abas. Na ausência desses perfis, os cantos podem ser arredondados com argamassa, o que, possivelmente, resultará em um acabamento menos uniforme.
Os rodapés curvos podem ser feitos com o auxílio de um suporte curvo ou aquecimento do material com soprador térmico, formando um ângulo de 90º e são finalizados com o arremate de rodapé. O suporte curvo facilita a manutenção do piso e garante uma melhora na higienização. É essencial que ele seja instalado antes da manta, com adesivo de duplo contato.
Para ângulos internos o procedimento é inicialmente remover o excesso de material iniciando da quina a, pelo menos, 5mm do chão, então pressionar o produto em direção à quina usando um rodízio ou bico alisador de solda. Depois, deve-se fazer um corte de 45º utilizando o molde de ângulo 90º, colando as abas soltas e aplicando a solda (em ângulos, não é necessário fresar). Por fim,deve-se cortar o excesso do cordão de solda com o cabo exato e lâmina interna redonda.
Para ângulos externos o procedimento é inicialmente fazer um corte de 45º em cada lado da quina utilizando o molde de ângulo 90º e remover o excesso de material, iniciando a pelo menos 5mm do chão. Então cortar uma peça triangular do tamanho da área a ser preenchida, utilizando o molde de ângulo triangular. Depois, fazer uma cavidade no verso do triângulo para fazer a dobra com perfeição, aplicando o adesivo e pressionando a peça no espaço. Após a secagem do adesivo deve-se soldar os ângulos de 45º. Por fim, cortar o excesso do cordão de solda com o cabo exato e o auxílio de uma lâmina externa quadrada.
FIGURA 08: perfil de PVC para rodapé curvo
Já para os revestimentos vinílicos semiflexíveis (réguas/placas), os padrões de instalação variam de acordo com a sua tipologia, porém, assim, como no piso flexível, eles devem ser posicionados no eixo de marcação. As placas são, então, colocadas a partir do ponto demarcado e distribuídas sempre em duas fileiras. O maior cuidado que se deve ter é evitar colocar réguas de mesmo padrão de cor/ilustração muito próximas, pois pode-se ter a impressão de um produto muito artificial, o ideal é intercalar os padrões impressos. Antes da instalação deve-se certificar se todos os produtos utilizados em uma mesma área são do mesmo lote, respeitam o projeto de paginação, se estão em boas condições de impressão e se não possuem disparidades comprometedoras de cor e estampa.
Esse cuidado vale tanto para as réguas coladas, em que se usa um adesivo na instalação, quanto para as réguas clicadas, em não se faz necessário esse uso, sendo elas posicionadas apenas por encaixe (macho e fêmea, por exemplo), que pode variar, dependendo da tecnologia utilizada pelo fabricante. As bordas sobressalentes podem ser cortadas com o auxílio do cortador de juntas ou com um estilete e régua de metal, sendo o esquadro importante para a marcação. Após a aplicação, deve-se fazer uma leve pressão sobre o material, podendo ser com martelo de borracha, rolo compressor de 50kg, régua de madeira rolante revestida com carpete ou rolo compressor de aço. 
Destaca-se ainda que o piso, tanto flexível quanto semiflexível, deve passar por um processo de descanso após aplicado, não podendo ser liberado para uso imediato. Isso varia conforme tipologia, tipo de adesivo colante utilizado e fabricante, normalmente em torno de no máximo 48 horas para liberação de uso para passagem são necessárias em média, sendo usualmente o trânsito eventual leve entre 3 e 4 horas após aplicação do piso. Deve-se verificar e obedecer as orientações indicadas pelo fabricante.
Na instalação de placas, a orientação para rodapés é que se faça um pequeno corte nas pontas desse gabarito para apoiar o lápis, então encostar o lápis no gabarito e puxe-o junto ao piso, contornando as paredes. Depois, aplicar adesivo de duplo contato sem toluol nas paredes e no verso do rodapé (que deve estar limpo e livre de pó). Aguardar 15 minutos e colar o rodapé encostando a parte superior junto à linha e depois encaixar a parte de baixo. Para melhor aderência, recomenda-se pressionar o rodapé com as mãos. Além disso, sempre que possível, fazer as emendas dos rodapés nos cantos, de modo a encostar a ponta do outro rodapé na parede junto ao canto e com auxílio de um pedaço de rodapé, passar o estilete fazendo um risco e copiando o esquadro da outra parede. Então, cortar neste risco e fazer um corte de 45° na parte inferior do rodapé, ajustando no canto e depois pressionando com as mãos.
Os rodapés da instalação de piso em réguas são mais fáceis de serem executados. A orientação é para que com uma serra de meia esquadria, cortar as barras do rodapé nas medidas e ângulos das paredes. Então, limpar bem cada barra e parede onde o rodapé será instalado. Em seguida, aplicar o adesivo de duplo contato sem toluol nas paredes e nas barras. Aguardar o adesivo secar por aproximadamente 15 minutos.Outra opção é utilizar também fita VHB para essa fixação. Deve-se então, pressionar bem contra a parede para a perfeita aderência e, se necessário, utilizar a marreta de borracha para auxiliar. Para os acabamentos, utilize massa acrílica. Se necessário, remover o excesso com um pano úmido e limpo. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O que é Piso Vinílico? Ruffino Acabamentos, 2019. Disponível em: <https://www.ruffinoacabamentos.com/o-que-e-piso-vinilico/>. Acesso em: 30 de jun. 2021.
TARKETT. Manual geral de instalação. Disponível em: <https://consolidado.tarkett.com.br/images/arquivos/Manual%20Geral%20de%20Instala%C3%A7%C3%A3o_16305095431698.pdf>. Acesso em: 1 de nov. 2021.
TOGNOLLO, Bianca. Classificação de uso de pisos vinílicos: cada piso em seu ambiente. Tarkett, 2020. Disponível em: <https://tarkett.freshdesk.com/support/solutions/articles/43000591841-classificac%C3%A3o-de-uso-de-pisos-vin%C3%ADlicos-cada-piso-em-seu-ambiente>. Acesso em: 1 de nov. 2021.
VIDEIRA, Luís F. D. Soldadura a Frio de Revestimentos Vinílicos para Pavimentos. Tese (Mestrado em Engenharia Civil) – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Departamento de Engenharia Civil. Lisboa, 107 p. 2010.
ZIRIGA, Marcelo. Como instalar pisos vinílicos sem bagunça e sem sujeira? Tarkett, 2019. Disponível em: <https://tarkett.com.br/blog/como-instalar-pisos-vinilicos-sem-bagunca-e-sem-sujeira/>. Acesso em: 1 de nov. 2021.
ZIRIGA, Marcelo. Mas afinal o que é piso vinílico? Tarkett, 2019. Disponível em: <https://tarkett.com.br/blog/o-que-e-piso-vinilico/>. Acesso em: 30 de jun. 2021.

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