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CIÊNCIAS DA NATUREZA


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APC2 – INTERDISCIPLINAR DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS.
PERÍODO: 02/06/21 A 22/06/21
EIXO TEMÁTICO: TERRITÓRIO E FRONTEIRA
HABILIDADES: (MS.EM13CHS205) Analisar a produção de diferentes territorialidades em suas dimensões culturais, econômicas, ambientais, políticas e sociais, no Brasil e no mundo contemporâneo, com destaque para as culturas juvenis.
Material para pesquisa
https://www.youtube.com/watch?v=b-YDsLVgK3k
https://www.youtube.com/watch?v=a_Gcz8F7hIQ
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/contracultura-juventude-brasileira.htm
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2009-pdf/2173-1-etica-juvenil-pdf/file
https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/industria-cultural.htm
TEXTO 1
Ações antrópicas no meio ambiente
Ações antrópicas são as ações exercidas pelo homem. Essa expressão ficou conhecida quando se viu a necessidade de se falar sobre as alterações provocadas pelo ser humano no meio ambiente e quais eram os impactos causados. O espaço geográfico é produzido pela relação entre a sociedade e a natureza, portanto, a ação humana tem gerado mudanças no meio ambiente.
Quando nos referimos à palavra impacto, é comum associarmos a algo negativo. Porém, é importante dizer que o termo “impacto” refere-se às consequências das alterações provocadas no meio ambiente, sejam elas positivas, sejam negativas
Ações antrópicas negativas para o meio ambiente
Atualmente, a sociedade apresenta um modo de produção e ação sobre o meio ambiente cada vez mais insustentável. Muitos recursos da natureza têm sido usados pelo homem de maneira desregrada, demonstrando certa despreocupação com a sua disponibilidade. A industrialização associada à mentalidade capitalista de produção e consumo exagerado desencadeou ações que visam apenas à obtenção de lucro, aumentando então os problemas socioambientais, visto que produzir mais requer explorar mais os recursos naturais.
A ação do homem tem acelerado a degradação da natureza. Desmatamentos, poluição de rios, mares e florestas, e o uso indevido da água e de energia, por exemplo, vêm provocando alterações diversas. O que antes parecia distante da nossa realidade agora já faz parte do cotidiano de muitas pessoas, como o racionamento de água, o horário de verão em alguns países como alternativa para diminuir o consumo de energia, inundações recorrentes, secas devastadoras e mudanças climáticas.
São exemplos de impactos ambientais agravados pela ação antrópica:
→ Agravamento do aquecimento global
O meio ambiente passou a ser alvo de discussões frequentes a partir do século XX, quando o aquecimento global, a extinção de diversas espécies em todo o mundo e o esgotamento dos recursos naturais tornaram-se pauta dos principais estudos relacionados às ações antrópicas. A maior parte dos estudiosos relaciona o aquecimento global ao excesso de gases poluentes (gases do efeito estufa) emitidos para a atmosfera. A camada de gases que se forma acaba impedindo que a radiação solar se disperse, o que provoca um aquecimento anormal do planeta. As causas do aquecimento global também estão associadas ao desmatamento e à queima de combustíveis fósseis.
→ Maré Negra
O derramamento de petróleo provocado pela extração falha tem prejudicado a vida marinha. As algas não conseguem fazer fotossíntese e, consequentemente, não há produção de oxigênio, colocando em risco toda a vida marinha.
→ Desflorestamento
Uma das ações antrópicas mais vistas refere-se à retirada da vegetação para a agropecuária ou para a indústria madeireira. As consequências do desflorestamento são a perda de habitat de muitas espécies de animais, empobrecimento dos solos nas regiões em que a vegetação é retirada, alteração das condições climáticas da região afetada, entre outros problemas ambientais.
→ Uso inadequado dos recursos hídricos
A falta de água já é uma realidade em várias partes do mundo em virtude do uso indevido dos recursos hídricos pelo homem. São exemplos de ações antrópicas quem podem afetar a água:
1. Uso irregular da água para irrigação de monoculturas por meio do desvio das águas de mananciais por parte de agricultores e fazendeiros;
2. Uso intenso de agrotóxicos nas lavouras, que acabam atingindo o solo e, com as águas das chuvas, podem chegar aos lençóis freáticos, contaminando-os e prejudicando a qualidade da água;
3. Poluição de rios e mares com derramamento de esgoto.
→ Processo de urbanização
A multiplicação das cidades em razão do crescimento populacional tem causado alterações no meio ambiente. Muitas cidades não foram planejadas e acabam ocupando áreas de preservação, alterando o curso dos rios e diminuindo a área verde, que é essencial à manutenção da vida humana.
É uma necessidade mundial buscar iniciativas que diminuam os impactos negativos causados ao meio ambiente pela ação do homem. Atualmente, há inclinações para ações que visem ao desenvolvimento sustentável, ou seja, que haja um desenvolvimento que utilize os recursos naturais de maneira adequada e sem comprometer a sua disponibilidade para as gerações futuras, com o objetivo de se discutir o que é possível fazer para preservar o meio ambiente.
Hoje em dia, há tendências de desenvolvimento sustentável para minimizar os impactos negativos causados ao meio ambiente.
Ações antrópicas positivas para o meio ambiente
Ações antrópicas que visam a preservar o meio ambiente são consideradas positivas. Já é realidade em muitos discursos a preocupação em recuperar o que foi degradado na natureza. Termos como revitalizar e replantar estão presentes em vários estudos que pretendem minimizar os efeitos provocados pelo homem no meio ambiente. A proposta acerca do desenvolvimento sustentável iniciou-se nos anos 1980. No ano de 1972, na Suécia, aconteceu a primeira conferência mundial sobre o meio ambiente, organizada pela ONU. A segunda conferência foi realizada no Brasil e ficou conhecida como ECO-92.
São exemplos de ações antrópicas positivas:
1. Reflorestamento: essa ação antrópica visa a recuperar áreas que foram degradadas. O replantio traz benefícios ao solo, à biodiversidade da área e às condições climáticas.
2. Uso de filtros nas indústrias: usar filtros que diminuam a emissão de gases poluentes é uma importante ação que pode ser adotada pelas indústrias.
3. Utilização de produtos biodegradáveis: os produtos biodegradáveis possuem menor tempo de decomposição e não geram resíduos poluentes.
4. Incentivo de políticas para a educação ambiental: mudar a mentalidade da população é um grande passo para o desenvolvimento e ao mesmo tempo um grande desafio.
5. Recuperação de matas ciliares: recuperar as matas ciliares evita inundações nas grandes cidades e possíveis deslizamentos de terra. As matas ciliares são coberturas vegetais que desempenham uma função essencial no meio ambiente: estabilizam os solos, evitando erosões e, consequentemente, ajudam na manutenção da qualidade da água e da biodiversidade da região.
Outras ações de impactos positivos no meio ambiente não tão distantes da nossa realidade são:
· Poupar energia;
· Usar os recursos hídricos de forma consciente;
· Criar o hábito da coleta seletiva do lixo;
· Não descartar lixo nas ruas e rios, evitando assim inundações e problemas ecológicos;
· Evitar o uso de produtos descartáveis e de material plástico.
· O ativismo ambiental é um movimento realizado por mobilizações populares que lutam em nome do meio ambiente, defendendo os direitos dos animais e a conservação do planeta. Atualmente, existem diversas organizações no mundo que trabalham com ativistas que promovem o movimento. Essa mobilização pode ocorrer de maneira pacífica ou através de interações físicas.
· No Brasil, um dos mais importantes ativistas foi o Chico Mendes, seringueiro, sindicalista, ativista político e ambientalista brasileiro. Com início na preservação das seringueiras, Chico Mendes conheceu mais sobre as matas e a necessidade da conservação ambiental e o uso sustentável dos recursos.
TEXTO 2
Contracultura e a juventude brasileira
A contracultura foi um movimento cultural da juventude que influencioudiversos artistas brasileiros na produção de novos ritmos e costumes.
A juventude representa possibilidades de mudanças e inovações na sociedade. Nas décadas de 60 e 70, jovens de várias partes do mundo iniciaram uma fase conhecida por movimento de Contracultura. Aproveitando as mudanças pelas quais a humanidade estava passando, como a descolonização da África e da Ásia e, principalmente, a explosão do maio de 1968, em Paris, a juventude mundial inaugurou uma era de rebeldia e de desapego material.
A principal característica do movimento de Contracultura foi a profunda crítica ao sistema capitalista e aos padrões de consumo desenfreado. Os jovens que integraram esse movimento de contestação aos valores morais e estéticos da sociedade global promoviam revoluções em seus modos de vestir. Suas roupas e penteados tornavam-se símbolos desse universo paralelo que eles elaboraram para romper com os modismos capitalistas das elites.
Os festivais de Rock, o consumo de drogas e a postura underground afirmavam a identidade desses jovens que por meio da arte e da música mostravam suas posições e suas alternativas de vida. Músicos como Jimi Hendrix e Janis Joplin entoavam o hino de luta por um mundo mais poético e menos incerto. Esses movimentos contestatórios chegaram ao Brasil dando origem ao grupo chamado de “Tropicália”, que contava com artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Tom Zé.
Esse movimento musical no Brasil inovou bastante a música popular brasileira, trazendo em suas letras versos irreverentes que rompiam com o tipo de música feito até então. Em suas roupas e estilos também havia a influência do estilo hippie que contestava os padrões elitistas da sociedade. O cinema brasileiro, com o cineasta Glauber Rocha, contribuiu para o nascimento do chamado Cinema Novo, em que os filmes criticavam a pobreza e as desigualdades sociais no Brasil.
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Não se pode deixar de mencionar também o importante papel que o escritor José Agrippino teve na difusão de ideias revolucionárias através de seus trabalhos, pois ele retratava temas centrais sobre alguns personagens, como Che Guevara, sinônimo de ideais socialistas. Essas inovações inspiraram artistas brasileiros mais adiante, como foi o caso do poeta da música Raul Seixas, que gritou ao mundo versos como “Viva a sociedade alternativa”, empolgando o surgimento de bandas de rock and roll no Brasil a partir da década de 1980. Assim, outros hinos foram entoados em solo brasileiro criticando temas relacionados à política e à desigualdade social, como nos casos das bandas Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Titãs etc.
A contracultura nesse sentido seria uma forma de contestação dos padrões elitistas vigentes no mundo. A prioridade dos jovens que encabeçavam esses ideais era a de criar novas maneiras de viver e novos estilos que se diferenciassem dos modelos eruditos das classes dominantes.  No Brasil, portanto, houve representantes que soltaram sua voz através de sua arte, como uma maneira de criar, antes de tudo, outra cultura fora dos padrões dominantes.
TEXTO 3
Juventude e ética
COTIDIANO
Entende-se por ética como um ramo da filosofia que se dedica aos estudos dos valores morais e princípios legais do comportamento humano perante a sociedade. São regras e normas impostas pela sociedade ou por um determinado grupo de pessoas. Sem a ética, a sociedade viveria um caos. A questão é: será que nossos jovens sabem, verdadeiramente o que é ética?
A principal referência de ética que os jovens possuem, está na mídia (televisão, cinema, internet, rádio, revistas, games, etc.), sendo assim, muitos jovens recebem a instrução imposta pelos veículos de comunicação, ficando sem base, entretanto, a profundeza da ética deve ser dada já na escola e ignorada pelos maus exemplos apresentados na mídia. Porém, o pouco que é ensinado, não é o suficiente para ajudar um adolescente a se tornar um adulto responsável o suficiente para ser aceito em sociedade.
A ética em sua essência começa a ser esmiuçada já na universidade. Porém, não são todos os jovens no Brasil que possuem condições de entrar em um curso de ensino superior. Então, se perguntarmos à população mais humilde, o que é ética, é quase sensato pensarmos que a maioria não conseguirá dizer o seu significado, embora elas sigam regras e normas que a vida lhes ensinou. Mas somente estas regras não são suficientes.
A ética precisa começar a ser mais delineada já na adolescência, para que os jovens saibam sobre seus direitos, deveres e obrigações perante o coletivo, visto que a mídia por si só, não apresenta bons princípios éticos à um cidadão. São sempre expostas histórias fictícias de personagens que realizam atos que fogem do que é eticamente correto. E como a maioria dos jovens possui apenas este referencial, pode ficar difícil corrigir um problema que poderia ser evitado através da formação escolar básica.
Seguir normas e regras impostas pela sociedade é importante. Mais importante ainda é entender o porquê de sua profundeza, de modo que, como futuros adultos e profissionais, possam exercer suas funções sem problemas. O país precisa de mais mentes pensantes, para que eles possam expressar suas opiniões com embasamento, e poder assim tornar o país menos corrupto e propício a existir uma quantidade significativa de homens e mulheres de caráter, pois os mesmos receberam desde cedo as informações relevantes para que isso se concretize.
TEXTO 4
Indústria cultural
A elaboração do conceito de indústria cultural foi um dos principais resultados da chamada Escola de Frankfurt — um instituto de pesquisas de cunho social inaugurado em 1924. Apesar da herança marxista dos seus membros, seu objetivo era produzir estudos interdisciplinares, e a teoria crítica que se pretendeu elaborar esteve influenciada por propostas psicanalíticas e fatores culturais.
Tal expressão foi utilizada originalmente em Dialética do esclarecimento (1947), obra de Theodor Adorno e Max Horkheimer, com colaboração de outros membros. Essa publicação visava esclarecer um fenômeno característico do capitalismo presente nas sociedades industriais do século XIX, a saber, a criação de um mercado consumidor de bens culturais.
O que é indústria cultural?
As condições desse fenômeno estiveram relacionadas com as mudanças trabalhistas e a introdução de novidades tecnológicas nos meios de comunicação do final do século XIX. Com a maior parte da população operária e trabalhadores em geral usufruindo de tempo livre, houve maior procura por atividades de lazer e entretenimento.
Antes supridos por atividades escolhidas pelas pessoas dessas classes sociais, os espaços destinados a elas começaram a contratar artistas e oferecer outros serviços, já formando o que seria qualificado como popular. As casas de grandes espetáculos e os teatros, nessa época, ainda eram frequentados somente pela classe de maior poder aquisitivo. Adorno (à esquerda) e Horkheimer (à direita) criticaram a massificação das produções culturais na contemporaneidade. 
É com a popularização das transmissões de rádio, no início do século XX, que o caráter ideológico de uma cultura para as massas evidenciou-se — processo que ocorreu de forma semelhante no cinema, anos mais tarde.
A modificação do conteúdo das programações culturais para atender ao público crescente ocasionou uma massificação desse conteúdo. Essa padronização consistiu, em alguns casos, em uma diminuição da complexidade de obras voltadas para a cultura superior. Era apenas com a padronização de suas mercadorias que essa indústria poderia satisfazer muitos consumidores.
A expressão indústria cultural deveria soar estranha e indicar uma contradição. A indústria possui características distintas da produção que poderia ser legitimamente caracterizada como cultural. Enquanto esta palavra está associada com a criação como expressão de dúvidas, anseios e valores, aquela relaciona-se com a satisfação de demandas de consumidores. A indústria cultural alcança seus objetivos porque os produtos culturais servema uma demanda formada ideologicamente. A expectativa e o interesse nesses produtos têm origem em objetivos econômicos de grandes grupos empresariais e influenciam as pessoas pelos meios de comunicação. Se não nos tornamos conscientes desse processo, é porque já estamos de tal forma acostumados que não questionamos nem o conteúdo nem a forma do que nos é apresentado como cultura.
O entretenimento é a característica mais perceptível dos produtos culturais planejados pela indústria cultural. Esse aspecto é, muitas vezes, usado como critério de avaliação pelas próprias pessoas, quando classificam em bom ou ruim determinado livro, filme etc. Há um conflito, nesse sentido, com a produção artística autônoma, que visa, muitas vezes, criticar a cultura vigente em uma sociedade.
“[A] arte não é social apenas mediante o modo da sua produção, em que se concentra a dialética das forças produtivas e das relações de produção, nem pela origem social do seu conteúdo temático. Torna-se antes social através da posição antagonista que adopta perante a sociedade, e só ocupa tal posição enquanto arte autónoma.” 
Uma vez que os grandes meios de comunicação influenciam e orientam padrões estéticos, o que vier a provocar incômodo ou insatisfação será avaliado como ruim pelas pessoas, podendo inclusive não ser entendido como arte. Contribui-se, assim, para inibir mudanças no que é culturalmente aceito em uma sociedade.
O que é cultura de massa?
A classificação de algo como cultura de massa pretende referir-se ao processo de produção de bens culturais por grandes empresas, mas possibilita uma interpretação equivocada, a saber, poderia sugerir que essa oferta fosse uma demanda originada pelas próprias classes populares, o que seria exatamente o oposto do que os pensadores da Escola de Frankfurt propuseram.
Andy Warhol foi um grande entusiasta da pop art, vertente artística que reproduzia temas relativos ao consumo e à cultura popular.
Embora essa expressão tenha sido usada nos rascunhos de alguns escritos, foi escolhida a expressão indústria cultural para ser publicada na obra Dialética do esclarecimento. Como Theodor Adorno expôs em muitos textos, essa nova expressão visa indicar que aquilo que se apresenta como cultura é orquestrado para ser consumido e não resulta legitimamente de uma manifestação criativa. A indústria cultural pode ser entendida, então, como um uso específico dos meios de comunicação com efeitos ideológicos.
É importante frisar que os filósofos que implementaram uma teoria crítica da sociedade não pretenderam idealizar as produções culturais. Explicitaram, antes, o que estava na base da popularização dos bens culturais, ou seja, o lucro. Mesmo com muitas novidades nas artes e na cultura hoje, por exemplo, o sucesso de um filme ainda está atrelado às rendas que conquista, o que já havia sido criticado por Theodor Adorno há mais de 50 anos. 
Novos estudos sobre a indústria cultural
Novos estudos continuam a acompanhar a relação entre meios de comunicação e cultura, indicando seus aspectos alienantes e seus impactos no consumo. Com o surgimento de novas formas de comunicação, novos bens culturais são produzidos, o que renova a discussão acerca da produção da cultura.
Alguns estudiosos apontam jogos em mídia digital e mesmo atrações turísticas como as novas facetas da cultura industrializada. O que é mais óbvio nas novas ofertas são as alterações no conteúdo, uma vez que a sociedade, e consequentemente o público, sofreu mudanças.
Embora não se deixe de considerar a influência dos novos meios de comunicação sobre os indivíduos, muitos pesquisadores alegam que os indivíduos hoje são mais críticos do que quando considerados pelos teóricos da Escola de Frankfurt.
EXERCÍCIOS
1) (UFPE- Adaptada) “Os gases do efeito estufa são essenciais à manutenção da vida na Terra, uma vez que controlam o nível de radiação solar que incide sobre ela. Entretanto, o aumento de suas concentrações, causado principalmente por ações antrópicas, tem transformado esses gases em vilões para a atmosfera.” (VALVERDE, Sebastião Renato et al.Ação Ambiental).
Sobre esse assunto, são feitas as considerações:
I. Os principais gases de efeito estufa são o vapor d’água, o dióxido de carbono, o metano, os óxidos nitrosos e os halocarbonos.
II. O aumento de temperatura, em face dos gases do efeito estufa, poderá alterar o regime de chuvas e provocar catástrofes relacionadas às grandes inundações em áreas litorâneas baixas.
III. O Protocolo de Kyoto representa um marco importante das mudanças climáticas, pois propõe a redução da queima de combustíveis fósseis, sem implicar a redução dos desmatamentos.
IV. O Mercado de Créditos de Carbono significa que as empresas que não conseguem reduzir as emissões de carbono ao limite exigido teriam a opção de patrocinar projetos ambientais em países em desenvolvimento, recebendo, em troca, “créditos de carbono”.
V. Os projetos com maiores chances de reivindicar os “créditos de carbono” são aqueles que substituem, na matriz energética, a energia advinda da biomassa por aquela produzida pela hulha, pelo gás natural e pela turfa.
São corretas:
a) I, II, III
b) I, II, IV e V
c) I, II, IV
d) I. III, V
2) Assinale a alternativa que não representa uma ação antrópica positiva:
a) Coleta seletiva
b) Uso de fontes não renováveis de energia
c) Reflorestamento de áreas desmatadas
d) Não poluição dos recursos hídricos
e) Incentivo de políticas ambientais
3) Leia as três estrofes abaixo e, em seguida, aponte a alternativa correta.
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim
Viva Iracema ma, ma
Viva Ipanema ma, ma, ma, ma...
Os versos acima são da canção “Tropicália”, de Caetano Veloso. Partindo desses versos, é possível afirmar que:
a) Caetano Veloso não se preocupa em passar nenhuma mensagem com a música, apenas enumera palavras soltas, sem sentido algum.
b) Caetano Veloso faz uma crítica irônica ao bairro de Ipanema nos versos finais.
c) Apesar de levar o título de “Tropicália”, essa canção nada tem a ver com o movimento tropicalista.
d) A mistura de elementos aparentemente sem conexão dão o tom da proposta estética da Tropicália.
e) Um dos principais aspectos do movimento tropicalista era falar exclusivamente da cultura nacional.
4) (ENEM – 2013) Mesmo tendo a trajetória do movimento interrompida com a prisão de seus dois líderes, o tropicalismo não deixou de cumprir seu papel de vanguarda na música popular brasileira. A partir da década de 70 do século passado, em lugar do produto musical de exportação de nível internacional prometido pelos baianos com a “retomada da linha evolutória”, instituiu-se nos meios de comunicação e na indústria do lazer uma nova era musical. (TINHORÃO, J.R. Pequena história da música popular: da modinha ao tropicalismo. São Paulo: Art, 1986 [adaptado]).
A nova era musical mencionada no texto evidencia um gênero que incorporou a cultura de massa e se adequou à realidade brasileira. Esse gênero está representado pela obra cujo trecho da letra é:
a) A estrela d' alva/ no céu desponta/ E a lua tonta/ Com tamanho esplendor. (As pastorinhas, Noel Rosa e João de Barro).
b) Hoje/ Eu quero a rosa mais linda que houver/ Quero a primeira estrela que vier/ Para enfeitar a noite do meu bem. (A noite do meu bem, Dolores Duran).
c) No rancho fundo/ Bem pra lá do fim do mundo/ Onde a dor e a saudade/ Contam coisas da cidade. (No rancho fundo, Ary Barroso e Lamartine Babo).
d) Baby, Baby/ Não adianta chamar/ Quando alguém está perdido/ Procurando se encontrar. (Ovelha negra, Rita Lee.)
e) Pois há menos peixinhos a nadar no mar/ Do que beijinhos que eu darei/ Na sua boca. (Chega de Saudade, Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
5) (Enem 2ª aplicação 2010) Eu não tenho hoje em dia muito orgulho do Tropicalismo. Foi sem dúvida um modo de arrombar a festa, mas arrombar a festa no Brasil é fácil. O Brasil é uma pequena sociedadecolonial, muito mesquinha, muito fraca. 
VELOSO, C. In: HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60.
São Paulo: Brasiliense, 1995 (adaptado).
O movimento tropicalista, consagrador de diversos músicos brasileiros, está relacionado historicamente
a) à expansão de novas tecnologias de informação, entre as quais, a Internet, o que facilitou imensamente a sua divulgação mundo afora.   
b) ao advento da indústria cultural em associação com um conjunto de reivindicações estéticas e políticas durante os anos 1960.   
c) à parceria com a Jovem Guarda, também considerada um movimento nacionalista e de crítica política ao regime militar brasileiro.   
d) ao crescimento do movimento estudantil nos anos 1970, do qual os tropicalistas foram aliados na crítica ao tradicionalismo dos costumes da sociedade brasileira.   
e) à identificação estética com a Bossa Nova, pois ambos os movimentos tinham raízes na incorporação de ritmos norte-americanos, como o blues.   
6) (Mackenzie) Nos últimos meses do governo do General João Figueiredo, a população saiu às ruas para dar seu apoio e sensibilizar deputados e senadores a votarem uma emenda constitucional, de autoria do deputado Dante de Oliveira. A campanha decorrente desse movimento ficou conhecida por:
a) Movimento pela Anistia.
b) Campanha pelas Diretas Já.
c) Movimento pelos Direitos Humanos.
d) Campanha do Colégio Eleitoral.
e) Movimento da Frente Pró Tancredo.
7) (UPE/2013) O Regime Militar Brasileiro (1964-1988) foi marcado por uma bipolarização no âmbito da política e da arte, entre os que apoiavam e os que criticavam o regime.
Dentro do segundo grupo, destacaram-se os músicos que produziram canções de protesto, algumas das quais vinham envoltas em metáforas, além de outros recursos estilísticos, no intuito de ocultar à Censura sua mensagem subliminar.
Dentre essas músicas, pode-se identificar a “Canção da despedida”, de Geraldo Vandré no seguinte trecho:
“Já vou embora, mas sei que vou voltar/ Amor não chora, se eu volto é pra ficar/ Amor não chora, que a hora é de deixar/ O amor de agora, pra sempre ele ficar.// Eu quis ficar aqui, mas não podia/ O meu caminho a ti, não conduzia/ Um rei mal coroado,/ Não queria/ O amor em seu reinado/ Pois sabia/ Não ia ser amado... ”
Com base na crítica retratada pela letra da música, é CORRETO afirmar que
a) no âmbito da arte, a crítica a esse Regime se restringiu à esfera musical.
b) aquele período parecia um conto de fadas, com estórias de reis e amores impossíveis.
c) a difícil experiência do exílio forçado foi vivenciada durante o período.
d) Geraldo Vandré costumava musicar suas desilusões amorosas.
e) a tranquilidade vivenciada pela sociedade permitia a composição de canções de amor.
8) Para Theodor Adorno e Max Horkheimer, criadores do conceito de "indústria cultural", ela assume um caráter alienante, evitando que se desenvolva o pensamento crítico acerca das explorações sofridas no dia a dia.
De que forma é produzida essa alienação?
a) Criando uma ilusão sobre o cotidiano, amenizando a dura rotina e desenvolvendo a ideia de que está tudo bem.
b) Criando grupos de proteção à cultura e desenvolvendo ações que combatem a homogeneidade da produção cultural.
c) Fazendo com que o trabalhador produza e consuma apenas a sua própria cultura, alheio as demais.
d) Homogeneizando a produção cultural a partir de critérios estipulados pelos governos nacionais.
Ver Resposta
9) (Enem/2016) Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)
a) legado social.
b) patrimônio político.
c) produto da moralidade.
d) conquista da humanidade.
e) ilusão da contemporaneidade.
10)  (Unesp 2018) Os homens, diz antigo ditado grego, atormentam-se com a ideia que têm das coisas e não com as coisas em si. Seria grande passo, em alívio da nossa miserável condição, se se provasse que isso é uma verdade absoluta. Pois se o mal só tem acesso em nós porque julgamos que o seja, parece que estaria em nosso poder não o levarmos a sério ou o colocarmos a nosso serviço. Por que atribuir à doença, à indigência, ao desprezo um gosto ácido e mal se o podemos modificar? Pois o destino apenas suscita o incidente; a nós é que cabe determinar a qualidade de seus efeitos.
(Michel de Montaigne. Ensaios, 2000. Adaptado.)
De acordo com o filósofo, a diferença entre o bem e o mal
a) representa uma oposição de natureza metafísica, que não está sujeita a relativismos existenciais.   
b) relaciona-se com uma esfera sagrada cujo conhecimento é autorizado somente a sacerdotes religiosos.    
c) resulta da queda humana de um estado original de bem-aventurança e harmonia geral do Universo.    
d) depende do conhecimento do mundo como realidade em si mesma, independente dos julgamentos humanos.    
e) depende sobretudo da qualidade valorativa estabelecida por cada indivíduo diante de sua vida.