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Moedas - Taxa de Câmbio - Regime Cambial

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Moedas, Taxas de Câmbio e Regimes Cambiais 
A política monetária e a política cambial 
tratam das ações voltadas para o mercado 
externo e aplicação das taxas de câmbio. 
Após a II Guerra Mundial, foi realizada 
uma reunião na Inglaterra, na cidade de 
Bretton Woods, com objetivo de 
determinar um sistema de câmbio fixo 
para que todos os países tivessem, a partir 
daquela data, uma única moeda de 
referência. O dólar norte-americano foi 
definido como moeda de referência e todos 
os países fixaram ou atrelaram suas 
moedas ao dólar americano. 
Em 1970, vários países abandonaram esse 
sistema de câmbio fixo e passaram a 
utilizar o sistema de câmbio flexível, pois, 
dessa forma, os mercados poderiam atuar 
de forma mais livre, de acordo com a sua 
oferta e demanda de mercado. Por 
maiores benefícios do sistema fixo, os 
países tinham que manter políticas 
econômicas parecidas, com propostas de 
manutenção de taxas de inflação e de 
juros. Porém os reflexos negativos 
apareciam nos resultados da balança 
comercial e de pagamentos de cada país. O 
abandono do sistema de Bretton Woods 
iniciou-se pelos Estados Unidos. Essa 
decisão possibilitou que muitos países 
passassem pelas duas crises do petróleo na 
década de 1970 de forma mais equilibrada. 
Com a integração do sistema financeiro e 
do comércio de bens e serviços, 
representado pela globalização dos 
mercados a partir dos anos 1990, houve 
um avanço importante nas relações 
internacionais. Empresas e bancos fazem 
negócios entre si de maneira rápida e 
segura. Tomam empréstimos e financiam 
produção. Os governos promovem o 
processo de integração e liberalização 
financeira, abrindo seus mercados para 
oportunidades de investimento. O Fundo 
Monetário Internacional (FMI), com sede 
em Washington DC (EUA), acompanha 
todo esse movimento financeiro e 
estabelece políticas financeiras eficientes e 
efetivas para a promoção do comércio 
internacional de forma crescente. O 
câmbio flexível também apresenta uma 
fragilidade para os países, pois quando 
ocorrem as crises financeiras 
internacionais, muitos países são afetados, 
como exemplo as crises do México em 
1994, da Ásia em 1997, da Rússia em 1998, 
dos Estados Unidos de 2008. No Brasil, o 
câmbio flexível ditou as regras da política 
cambial até o fim da década de 80. Desta 
data até o início do Plano Real, a política 
cambial variou muito em razão dos 
diversos e desastrosos planos econômicos. 
Durante esse período, foi utilizado o 
sistema de minidesvalorizações, que fazia 
ajustes na taxa de câmbio em intervalos 
menores de tempo, utilizando como 
referência a diferença entre as taxas de 
inflação nacional e internacional. Com a 
nova moeda (o Real) e os ajustes fiscais 
propostos pelo novo plano econômico que 
teve início em 1993, pelo então ministro 
da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, a 
meta era o controle da inflação, e para 
que esse objetivo fosse alcançado definiu-
se que o controle da taxa de câmbio seria 
a chave para o controle da economia 
brasileira. Após 1999, o Brasil abandonou o 
uso de bandas cambiais para definir a taxa 
de câmbio e passou a utilizar desde então o 
sistema de câmbio flutuante. Na política 
flutuante, a taxa do câmbio é definida pela 
intervenção e atuação do mercado, na 
oferta ou procura da moeda. Neste caso, o 
Banco Central do Brasil (BC) atua apenas 
como vendedor/comprador, como 
fiscalizador e regulador das operações. 
Também atua definindo um limite máximo 
e um limite mínimo em que a taxa pode 
flutuar. Havendo qualquer variação para 
mais ou para menos fora desses limites, o 
Bacen intervém no mercado com políticas 
de valorização ou desvalorização cambial, 
atuando como comprador ou vendedor da 
moeda estrangeira (dólar) para dar 
equilíbrio no mercado e assim manter o 
controle da inflação. 
É importante fixar dois conceitos: a oferta 
de moeda estrangeira é feita pelo 
exportador, ou seja, quando a empresa 
vende uma mercadoria ao exterior, recebe 
moeda estrangeira, exemplo o dólar, mas 
não pode ficar com essa moeda, por isso 
vende a um banco. Por sua vez, a demanda 
(procura) pela moeda estrangeira é do 
importador. Quando a empresa compra 
uma mercadoria, tem que efetuar o 
pagamento e não pode ser em Reais. 
Deverá comprar no banco a moeda e este 
fará a remessa para o exterior 
concretizando a operação. Essas operações 
de compra e venda são registradas no 
Bacen pelo banco através de um contrato 
de câmbio. 
Taxa de Câmbio 
→ Relação existente entre o valor da 
moeda nacional com a moeda 
estrangeira. 
No Brasil, a taxa de câmbio 
representa o preço em moeda 
nacional de unidades de moeda 
estrangeira, normalmente 
utilizamos o dólar. 
→ Para vender ou comprar uma 
moeda estrangeira, deve-se 
observar a cotação do dia em que 
ocorrerá a transação financeira. O 
ideal é a consulta em fontes 
atualizadas e oficiais. Partindo 
deste exemplo (1), cada US$ 1,00 
(um dólar) representa R$ 3,00 (três 
reais). US$ 1,00 = R$ 3,00 
→ Se houver uma flutuação cambial 
teremos duas situações: 
A queda na taxa de câmbio, isso 
provoca a desvalorização da 
moeda, significando que as 
exportações serão prejudicadas 
pois os preços se tornam menos 
competitivos. Para as importações, 
o impacto será positivo, pois os 
preços dos produtos ficaram 
menores. Isso significa que se a 
moeda estrangeira (US$) está 
desvalorizada, a moeda nacional 
(R$) está valorizada. Serão 
necessários menos reais por 
unidade de dólar. Comparando 
com exemplo (1), teremos: US$ 
1,00 = R$ 2,90. 
A alta na taxa de câmbio provoca a 
desvalorização da moeda nacional, 
significando que as exportações 
serão beneficiadas, pois os preços 
se tornam mais competitivos. Para 
as importações, o impacto será 
negativo pois os preços dos 
produtos ficarão menos atrativos. 
Isso significa que a moeda 
estrangeira (US$) está valorizada e 
a moeda nacional (R$) está 
desvalorizada. Serão necessários 
mais reais por unidade de dólar. 
Comparando com exemplo (1), 
teremos: US$ 1,00 = R$ 3,50. 
Qual o impacto dessa flutuação 
cambial sobre a inflação? Com a 
valorização cambial, a moeda 
nacional (R$) fica mais forte em 
relação à moeda estrangeira (US$). 
A importação aumenta e prejudica 
a produção nacional. 
As empresas brasileiras não conseguem 
aumentar seus preços para poder ser 
competitivo e esse controle de preços reduz 
a taxa de inflação. Ocorre uma queda nas 
exportações porque os preços dos produtos 
brasileiros ficam mais caros para o 
comprador estrangeiro. Com o crescimento 
das importações e a queda das 
exportações, teremos um déficit na 
balança comercial. O saldo das 
exportações menos o saldo das 
importações apresentará um resultado 
negativo. Com a desvalorização cambial, 
teremos um efeito contrário da 
valorização. Haverá uma diminuição das 
importações e aumento das exportações. 
Aqueles produtos essenciais de que o Brasil 
tem dependência, como petróleo, trigo 
terão seus preços elevados, provocando o 
aumento no custo da produção, sendo 
necessário o repasse ao preço do produto 
final e, com isso, temos a inflação pelo 
aumento do produto para o consumidor. O 
agente macroeconômico do governo 
atuará através das políticas fiscais, 
monetárias e cambiais para combater a 
alta dos preços e manter o controle da 
inflação. 
Moedas 
→ Meio de pagamento ou meio de 
troca pela aquisição de um bem ou 
de um serviço. 
→ Temos a moeda metálica e a 
moeda papel, chamada de notas 
ou ainda as chamadas de moedas 
mobilizadas, representadas por 
cheques ou por cartão de crédito 
ou débito. 
→ A moeda corrente é o dinheiro 
oficial de um país utilizada para 
todos os tipos de transações e seu 
controle é vital para o equilíbrio da 
economia e para as relações 
internacionais. 
A moeda teve origem na antiguidade, as 
mercadorias serviam como moeda detroca 
de um produto pelo outro. Exemplos: 
peles, fumo, óleo de oliva, sal, mandíbulas 
de porco, conchas, gado. A Roma Antiga 
usava o sal como moeda, a China tinha o 
bambu como dinheiro e na Arábia eram os 
fios utilizados como moeda. O ouro e a 
prata muito apreciados como ornamentos 
logo ganharam a preferência, pois 
apresentavam durabilidade, beleza e 
raridade. Os primeiros registros de moedas 
metálicas foram na Lídia, na região da Ásia 
Menor e no sul da Grécia. O papel moeda 
surgiu na China no século IX. No século 
XVII, a Suécia foi o primeiro país da Europa 
em adotar o papel moeda. Pela evolução 
histórica descrita, podemos classificar a 
moeda em três funções: como 
instrumento de troca, instrumento para a 
denominação comum de valores e 
instrumento para reserva de valores. 
Segundo Vasconcelos e Garcia (2012), as 
moedas são representadas por funções e 
tipos – Funções: 
• Instrumento ou meio de troca: 
intermedia o fluxo de bens, serviços e 
fatores de produção da economia; 
• Medida de valor: todos os bens e serviços 
produzidos são expressos por unidade 
monetária; 
• Reserva de valor: pode ser acumulada 
para ser utilizada no futuro na aquisição de 
um bem ou serviço. 
Tipos: 
• Moedas metálicas: unidade monetária 
fracionada (moedas), emitidas pelo Banco 
Central; 
• Papel-moeda: representa a quantidade 
de dinheiro em poder das pessoas e 
também é emitido pelo Banco Central; 
• Moeda escritural ou bancária: é 
representada pelos depósitos à vista nos 
bancos comerciais, pode ser em conta 
corrente ou registro contábil dos bancos. 
As moedas também possuem outra 
característica importante. Trata-se da sua 
aceitação nos diversos países, e são 
aceitas pela sua CONVERSIBILIDADE. Sob o 
aspecto cambial, classificam-se em: 
• Conversíveis: aquelas que são livremente 
aceitas por outros países, sem qualquer 
restrição e em qualquer mercado 
conhecida como moeda forte. Ex.: Dólar 
americano – USD / Dólar canadense – CAD 
/ Dólar australiano – AUD / Libra esterlina – 
GBP / Franco suíço – CHF / Iene japonês – 
JPY / Euro – EUR. 
• Inconversíveis: não tem fácil circulação 
internacional ou que não são aceitas por 
outros países nas transações cambiais. Ex.: 
Guarani (Paraguai) / Rúpia (Índia) / Peso 
(Argentina) e o Real (Brasil). O intercâmbio 
comercial entre países de moeda 
inconversível é, como regra geral, 
conduzido em moeda conversível de 
terceiro país. Nesse caso, o dólar 
americano é a moeda de referência. 
• Escriturais ou de Convênio: aquelas 
decorrentes de acordos bilaterais ou 
multilaterais, com pagamentos firmados 
para atender ao objetivo de desenvolver 
ou possibilitar o intercâmbio comercial 
entre países de moedas inconversíveis. A 
moeda geralmente utilizada nos convênios 
é o dólar americano. 
Assimile Regimes cambiais: regra 
estabelecida para a formação da taxa de 
câmbio que serão utilizadas nas operações 
externas. 
Taxa de câmbio: é a paridade (relação de 
valor) existente entre a moeda nacional e 
moeda estrangeira. 
Moedas – é a unidade de valor aceita como 
instrumento de troca numa sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência: Macroeconomia - Vaine 
Fermoseli Vilga e Maria de Fátima Gimenes 
Valente Sprogis

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