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Estudos Epidemiológicos

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Maria Eduarda de Azeredo Amaral | Medicina - UniRV 
EPIDEMIOLOGIA 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
EPIDEMIOLOGIA 
É o estudo da distribuição e dos determinantes das 
doenças ou condições relacionadas à saúde em 
populações especificadas. Além de poder realizar a 
aplicação dos estudos para tentar controlar os 
problemas de saúde. 
Estudos são feitos por meio de: 
• Vigilância; 
• Observação; 
• Pesquisa analítica; 
• Experimento; 
Distribuição: 
Análise em determinado tempo, local, características 
dos indivíduos; 
Determinantes: 
Fatores físicos, biológicos, sociais, culturais e 
comportamentais que influenciam a saúde; 
Condições relacionadas à saúde: 
Doenças, causas de mortalidade, hábitos de vida 
(tabagismo, dieta, atividades físicas, provisão), uso de 
serviços de saúde e de medicamentos. 
Populações especificadas: 
As com características identificada (por exemplo, uma 
faixa etária da população); 
Estratégias usadas: 
• Estudo de caso; 
• Investigação laboratorial; 
• Pesquisa populacional; 
ESTUDO DE CASO 
Avaliação inicial de problemas não bem esclarecidos e 
com características ou variações não detalhadas; 
Observar um ou poucos indivíduos com uma mesma 
doença ou evento e, a partir da descrição dos 
respectivos casos, traçar um perfil das suas principais 
características. (PEREIRA et al) 
Benefícios: 
• Fácil; 
• Custo baixo; 
Limitações: 
• Subjetividade na apreciação: ideias preconcebidas 
sobre o tema; 
• Falta de controle: seria necessário para contornar 
problemas e comparar com outras variáveis; 
• Número pequeno de indivíduos incluídos; 
INVESTIGAÇÃO EXPERIMENTAL DE LABORATÓRIO 
• Adoção de rigorosos controles; 
• Teste de numerosas hipóteses; 
Limitações: 
• Extrapolação de resultados para seres humanos; 
• Espécies podem invalidar generalizações; 
PESQUISA POPULACIONAL 
Abordagem central da epidemiologia; 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Os estudos apresentam diferentes perspectivas para 
analisar as situações. Podem partir de estudos em que 
a unidade é o indivíduo, outros que a unidade é um 
grupo de indivíduos. 
Outros analisam o modo de exposição das pessoas, 
separados pelos estudos de observação e intervenção. 
 
1. Estudos descritivos 
2. Estudos analíticos 
•Ensaio clínico randomizado 
•Estudo de coorte 
•Estudo de caso-controle 
•Estudo transversal 
3. Estudos ecológicos (ou estatísticos) 
 
ESTUDOS OBSERVACIONAIS 
DESCRITIVOS 
• Quando? Onde? Quem? 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral | Medicina - UniRV 
Determinar distribuição das doenças ou condições 
relacionadas com a saúde → usando determinado 
tempo, lugar e características dos indivíduos; 
 Termos quantitativos; 
População: 
• Só de doentes, ou só de sadios ou até mistura de 
ambos. 
Dados: 
 Dados primários → coletados para o estudo; 
 Dados secundários → dados pré-existentes já 
coletados em outros estudos; 
Como a incidência (novos casos) ou prevalência (casos 
existentes) variam entre populações com 
características distintas (sexo, idade, condição social e 
outros); 
As divergências de incidência e prevalências das 
doenças, possibilitam: 
 Identificar grupos de risco; 
 Formulação de hipóteses etiológicas; 
Exemplo: 
Estudo descritivo verifica que a mortalidade por 
doença de Chagas no Brasil está reduzindo de forma 
progressivamente, em quase todas as faixas etárias 
(exceto na de 70+ anos) e que o pico da mortalidade se 
situa na sexta década de vida. 
 
OUTROS EXEMPLOS: 
A incidência de infecção chagásica em habitantes 
rurais; 
A prevalência da hepatite B entre os voluntários à 
doação de sangue; 
As características demográficas e socioeconômicas dos 
pacientes que sofrem de artrite reumatoide ou das 
pessoas que fumam; 
As principais causas de óbito da população residente 
em um dado município; 
O estado imunitário de pré-escolares, de um 
município, frente à poliomielite; 
Os padrões de crescimento e desenvolvimento de 
crianças normais ou daquelas acometidas por uma 
determinada doença; 
A variação regional na utilização de serviços de saúde; 
A tendência do coeficiente de mortalidade por 
tuberculose, de uma cidade, nos últimos anos; 
METODOLOGIA 
Observação da ocorrência dessas situações, em uma 
ou mais populações, e expressar as respectivas 
frequências de modo apropriado; 
Dados: 
Bases de dados do sistema de saúde ou coletar novos 
dados específicos quando não estiverem disponíveis; 
Uso dos resultados: 
 Identificar grupos de risco; 
 Sugerir explicações para as variações de 
frequência; 
ANALÍTICOS 
São destinados a pesquisar as relações causais entre 
eventos, tais como entre “exposição e doença” ou 
“intervenção e cura”. 
Examinar a existência de associação entre uma 
exposição e uma doença ou condição relacionada à 
saúde; 
 Causa e efeito; 
 Exposição e doença; 
 
• Possuem um grupo-controle para comparação de 
resultados; 
Os estudos podem ser feitos a partir de perspectivas 
distintas, a partir da exposição, da doença ou ambas. 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral | Medicina - UniRV 
Isso modifica o tipo de estudo usado, que pode se de 
Coorte, estudo caso-controle ou randomizado. 
 
Podem ser: 
 Ecológico; 
 A exposição e ocorrência da doença são 
determinadas para grupos de indivíduos; 
 
 Seccional/transversal; 
 Caso-controle (caso-referência); 
 Coorte (prospectivo); 
ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO 
Causa → efeito; 
Questão central: Quais os efeitos da intervenção? 
Análise: Incidência do efeito em expostos x não 
expostos; 
Grupos com alocação aleatória, para gerar os grupos e 
estudo e caso controle. 
Depois realiza-se a intervenção, para avaliar os 
resultados em apenas um dos grupos, utilizando o 
outro para comparação. 
Exemplo: Comparação de efeito de vacina e de um 
placebo; 
 
Resultados: 
Os grupos observados são relacionados pelo “risco 
relativo” (RR = incidência em um grupo/incidência no 
outro grupo). 
Risco Relativo = 2/10 = 0,2 
Intervalo de confiança de 95% para o risco relativo: 
0,12 - 0,32 
Eficácia da vacina = [(10-2)/10] × 100 = 80% 
ESTUDO DE COORTE 
• Identificação da população do estudo; 
• Causa → efeito; 
• Alocação não aleatória da exposição; 
 Grupo de pessoas com características comuns 
Classificação da exposição (sim/não) dos pacientes a 
um fator de interesse em determinado período de 
tempo; 
Avaliação da incidência entre expostos e não expostos; 
Tipos: 
Prospectivo: Início no tempo presente, concluído no 
tempo futuro (avaliação se inicia no ingresso do 
estudo); 
Retrospectivo: Resgate de informações passadas dos 
pacientes (p. ex., a partir da avaliação de prontuários), 
para tentar entender qual atributo em comum 
conduziu tal desfecho (p. ex., doença) em determinado 
grupo; 
Exemplo: Investigação sobre a associação entre 
exercício físico e mortalidade por Coronariopatia em 
adultos de meia-idade 
 
Risco Relativo = 80/40 = 2 
Intervalo de confiança de 95% para o risco relativo: 
1,50 - 2,53 
Exposição e 
ocorrência para 
indivíduos 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral | Medicina - UniRV 
Geram limitações próprias decorrentes de a alocação 
aleatória não ter sido usada para formar grupos de 
participantes: 
Outros fatores de risco podem estar contribuindo para as 
diferenças encontradas, entre sedentários e não-
sedentários, pois estes dois grupos, provavelmente, são 
diferentes em termos de tipo de dieta, peso corporal, 
hábito de fumar e outros fatores que aumentam o risco de 
doença cardiovascular. 
Desvantagem: 
• Custo elevado; 
• Perda de participante (despesas, mudanças de 
endereço); 
 
CASO CONTROLE:Investigar etiologia de doenças ou condições 
relacionadas à saúde entre idosos, determinantes de 
longevidade; (investigação etiológica retrospectiva) 
Efeito → causa; 
Questão central: Quais são as causas do agravo à 
saúde? 
Análise de dados: Proporção de expostos em casos × 
controles 
Avaliações dos serviços e ações de saúde; 
Investigar história natural das doenças; 
1. Identificar os casos (indivíduos com a doença); 
2. Identificar os controles (indivíduos sem a doença); 
3. Determinação da Odds (razão entre a incidência 
entre indivíduos expostos pela incidência entre os 
não-expostos); 
Partem do efeito (doença) para a investigação da causa 
(exposição), o contrário dos estudos de coorte; 
Vantagens: 
• Tempo mais curto; 
• Custo reduzido; 
• Eficiência para estudo de doenças raras; 
• Ausência de risco para os participantes; 
• Investigação simultânea de diferentes hipóteses 
diagnósticas; 
Desvantagens: 
• Seleção: diferenciação sistemática entre casos e 
controles, por erro na seleção dos participantes; 
• Memória: casos e controles podem difereir 
siistematicamente na capacidade de lembrar a 
história da exposição; 
 
Exemplo 1: Associação entre toxoplasmose e 
debilidade mental. Crianças com diagnóstico de 
debilidade mental são testadas para Toxoplasma 
gondii. 
 
Risco: estimado pelo odds ratio (ou razão dos produtos 
cruzados): 
OR = (45 × 285)/(15 × 255) = 3,35 
Intervalo de confiança de 95% para o odds ratio: 1,76 - 6,46 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral | Medicina - UniRV 
Exemplo 2: associação de quedas entre idosos e uso de 
medicamentos está sendo desenvolvido no Município 
do Rio de Janeiro; 
Casos: pessoas com 60+, internadas em 6 hospitais por 
fratura decorrente de queda; 
Controles: pacientes dos mesmos hospitais internados 
por outras causas; 
Risco maior de quedas e fraturas entre os que faziam 
uso de benzodiazepínicos; 
ESTUDO TRANSVERSAL/SECCIONAL 
Exposição e condição da saúde são determinadas de 
forma simultânea; 
• Causa + efeito simultaneamente; 
• A análise de dados que permite identificar os 
grupos expostos, os não-expostos, os doentes e os 
sadios; 
Questão central: 
• Quais são as frequências dos eventos? 
• Estão a exposição e a doença associadas? 
Análise de dados: 
• Prevalência do efeito em expostos × não-expostos 
• Proporção de expostos em casos × controle 
Comparação dos indivíduos doentes com os não 
doentes; 
Não permite identificar se exposição antecede ou é 
consequência da doença/condição relacionada à 
saúde; 
Exemplo: Associação entre migração e doença mental. 
Exames psiquiátricos mostraram que a doença mental 
era mais frequente em migrantes (6%) do que em não-
migrantes (3%). 
 
Cálculo de risco: Razão de prevalências = 6/3 = 2 
OR = (18 × 679)/(282 × 21) = 2 
Intervalo de confiança de 95% para o odds ratio: 1,03 - 4,11 
 
ESTUDO ECOLÓGICO 
Unidade de observação: grupo de indivíduos; 
Análise da ocorrência de uma doença ou condição 
relacionada a saúde e a exposição entre um grupo de 
indivíduos (país, munícipio, região, por ex); 
O estudo analisa a doença e exposição na coletividade, 
mas não possui informações sobre os efeitos em cada 
indivíduo; 
Pode resultar nas falácias ou viés ecológico, quando as 
afirmações resultantes do estudo são destoantes da 
realidade, uma vez que as causas individuais não foram 
consideradas; 
Exemplo: Proporção de óbitos por causas mal definidas 
entre idosos e a taxa de pobreza; 
 Falta da assistência médica ao idoso está associada 
à pobreza 
Exemplo 2: Correlação entre o consumo de álcool e a 
incidência de câncer de estômago, em diversos países, 
que utilize informações de anuários estatísticos; 
QUESTIONÁRIO 
Livro: Maurício Gomes Pereira. Epidemiologia teoria e 
prática. Rio de janeiro. Editora Guanabara. 
QUESTÃO 01 
Uma investigação realizada em banco de sangue de um 
hospital chegou aos seguintes resultados: entre 2 mil 
pessoas que receberam transfusão sanguínea, 
acompanhadas durante um ano, 200 contraíram hepatite. 
No grupo-controle, de 5 mil pessoas que não receberam 
transfusão, acompanhadas igualmente durante idêntico 
período, apenas cinco contraíram a doença. Pergunta-se: 
a) Trata-se de um estudo de coorte ou de caso-controle? 
Por quê? 
b) Qual o risco de uma pessoa contrair hepatite, tendo 
recebido transfusão de sangue? 
c) E o risco de ter hepatite sem ter recebido transfusão de 
sangue? Quantas vezes um risco é maior do que o outro? 
RESPOSTAS 
a) Estudo de coorte. 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral | Medicina - UniRV 
b) O risco de uma pessoa contrair hepatite tendo recebido 
transfusão de sangue foi de 0,10 — ou seja, 200 casos 
de hepatite em 2 mil transfusões (10% ou 100 por mil). 
c) O risco de uma pessoa contrair hepatite sem ter 
recebido transfusão de sangue foi de 0,001 — ou seja, 
cinco casos de hepatite em 5 mil pessoas do grupo 
controle (0,1% ou 1 por mil). 
d) Risco 100 vezes maior. 
 
QUESTÃO 02 
Em um hospital universitário foi feito um estudo para 
verificar a associação entre consumo de álcool e câncer de 
estômago. Foram incluídos, na investigação, 300 pacientes 
do sexo masculino com diagnóstico comprovado de câncer 
de estômago; desses, 30 eram casos de alcoolismo crônico. 
Entre 500 controles (por definição, pessoas em que o 
diagnóstico de câncer gástrico foi excluído), 50 foram 
considerados alcoólatras, pelos mesmos critérios 
diagnósticos usados no grupo de casos. Pergunta-se: 
Este é um estudo do tipo coorte ou de caso-controle? Por 
quê? 
RESPOSTAS 
Estudo de caso-controle. 
 
QUESTÃO 03 
Em uma visita de uma equipe de profissionais de saúde, com 
a duração de uma semana, a um município do estado de 
Tocantins, todos os adultos de um pequeno povoado e de 
fazendas vizinhas foram examinados. Entre os resultados 
obtidos estão os seguintes: de 40 pessoas com sorologia 
positiva para Tripanosoma cruzi, quatro eram desnutridas, 
enquanto em 100 outros indivíduos, com sorologia negativa 
para Tripanossoma cruzi 10 foram rotulados como 
desnutridos. Pergunta-se: 
Qual o tipo de estudo? Por quê? 
RESPOSTA 
Estudo transversal. 
 
QUESTÃO 04 
Uma investigação foi realizada para verificar a eficácia de 
uma nova vacina contra a hepatite B. Foram selecionados 2 
mil adultos, em alto risco de contrair a doença, que 
concordaram em participar na pesquisa. Eles foram 
aleatorizados para constituir o grupo experimental e o 
controle, cada um com mil indivíduos. Ao final da 
investigação foram confirmados 10 casos de hepatite B no 
grupo experimental e 50 no de controle. Pergunta-se: 
a) Qual o tipo de estudo e por quê? 
b) Qual o risco de uma pessoa contrair hepatite, se 
vacinada? 
c) E o risco de contrair hepatite, se não-vacinada? 
RESPOSTA 
a) Estudo de intervenção (ou experimental) aleatorizada 
(preventiva). 
b) Risco de hepatite em vacinados: 10/1000 = 0,01 = 1%. 
c) Risco de hepatite em não-vacinados: 50/1000 = 0,05 = 
5%. 
QUESTÃO 05 
Um total de 30 crianças recém-nascidas, portadoras de 
anomalias congênitas do coração, foram examinadas e suas 
mães interrogadas com respeito a exposições 
potencialmente teratogênicas: 10 relataram que tinham tido 
rubéola no primeiro trimestre de gestação em questão. 
Entre as crianças sadias, nascidas sem evidências de 
malformação congênita, foram selecionadas 300 para o 
grupo-controle; 20 mães afirmaram que tinham tido rubéola 
no primeiro trimestre da gravidez. 
Pergunta-se: 
Qual o tipo de estudo? 
RESPOSTA 
Estudo de caso-controle. 
QUESTÃO 06 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral | Medicina - UniRV 
Uma investigaçãofoi realizada pela comparação de 
estatísticas de diversos países, sendo encontrada correlação 
positiva, estatisticamente significativa, entre o montante de 
cigarros, per capita, vendido à população e o coeficiente de 
mortalidade por doenças cardiovasculares. Pergunta-se: 
qual o tipo de estudo? 
RESPOSTA 
Estudo ecológico. 
QUESTÃO 07 
Classifique a seguinte investigação, realizada no Rio Grande 
do Sul, e assinale aspectos positivos e dificuldades 
encontrados pelos seus realizadores. 
As crianças nascidas no ano de 1982, nos hospitais 
de Pelotas, cidade à época com 250 mil habitantes e onde 
praticamente todos os partos são hospitalares (99%), foram 
identificadas e examinadas periodicamente — desde o 
nascimento e depois por visitas domiciliares, em datas 
próximas aos seus aniversários.31-32 
Cerca de 6 mil crianças foram acompanhadas, com 
o objetivo de relacionar aspectos sociais, perinatais, 
demográficos, ambientais, alimentares e assistenciais, à 
saúde das crianças. O estudo mostrou, segundo os seus 
autores, que é possível acompanhar, com uma perda 
relativamente pequena, um grupo de crianças, selecionado 
em base populacional, em uma cidade brasileira de tamanho 
médio. 
Os dados assim obtidos permitiram formar 
subgrupos de crianças — de diferentes níveis 
socioeconômicos, peso ao nascer etc. — , em cada um dos 
quais foi determinada a incidência de agravos à saúde. 
RESPOSTA 
Estudo de coorte. 
QUESTÃO 08 
Uma pesquisa domiciliar foi realizada no intuito de se obter 
um diagnóstico das condições de saúde e nutrição 
prevalentes em meados da década de 1980 entre as crianças 
residentes no município de São Paulo. Foi estudada uma 
amostra probabilística, composta de 1.016 crianças, entre 0 
e 59 meses de idade. Os dados de identificação e de 
anamnese foram recolhidos junto aos familiares, enquanto 
as crianças foram examinadas, detidamente, para a 
obtenção de dados que refletissem o estado de saúde e 
nutrição naquele momento. Foi também coletada uma 
amostra de sangue para verificação da presença de anemia. 
Embora não houvesse seguimento das crianças, a coleta de 
dados levou cerca de um ano, em 1984-1985, para ser 
completada, devido à enorme quantidade de informações a 
ser recolhida de cada criança. Entre os resultados 
encontrados, constatou-se que 14,7% das crianças estavam 
anêmicas. 
Pergunta-se: como você classificaria esta pesquisa: 
experimental, de coorte, de caso-controle ou transversal? 
Quais as características principais deste tipo de 
investigação? Quais as suas vantagens e limitações? 
RESPOSTA 
Estudo transversal. 
QUESTÃO 09 
Leia a pesquisa descrita abaixo e responda: qual o método 
utilizado? Quais as vantagens e desvantagens da 
metodologia empregada comparada a outros tipos de 
pesquisa que poderiam ser utilizados para estudar o mesmo 
tema? 
Uma investigação, de longa duração, foi realizada para 
avaliar os efeitos tardios das bombas atômicas lançadas 
sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 
agosto de 1945. As pessoas residentes, nestas cidades e nas 
vizinhanças, expuseram-se diferentemente à radiação, em 
função da distância em que se encontravam do epicentro da 
explosão. A partir de então, uma vigilância médica foi 
estabelecida para avaliar a saúde dos sobreviventes, no 
intuito de detectar os efeitos tardios da radiação. 
A comparação de um grupo de pessoas expostas, com as 
não-expostas a este risco, permitiu detectar frequências de 
determinadas condições, nitidamente em excesso às 
encontradas nos controles: certos tipos de câncer estão 
nesta categoria, particularmente leucemia e os localizados 
no pulmão, mama e tireoide. Outras condições de incidência 
maior nos expostos foram: a opacidade lenticular, as 
aberrações cromossômicas, a microcefalia e o retardo 
mental, estas últimas quando a radiação incidiu sobre o feto 
em útero, no início da gravidez. As curvas de sobrevivência 
das crianças intensamente expostas ficaram abaixo das de 
seus controles. Os efeitos foram sendo observados e 
anotados pelos investigadores à medida que eram 
diagnosticados. O acompanhamento ainda continua, 
passadas várias décadas da data de exposição, procurando-
se melhor caracterizar os riscos de radiações sobre o 
organismo humano. 
RESPOSTA 
Estudo de coorte. 
QUESTÃO 10 
Como pode ser classificada a pesquisa descrita abaixo? Quais 
as vantagens e desvantagens do método escolhido? Quanto 
tempo durou, na realidade, todo o episódio? E a investigação 
propriamente dita, desde o seu início até a data da primeira 
publicação? 
Em 1967, um grupo de investigadores decidiu estudar os 
efeitos tardios da desnutrição aguda, através de análise de 
acontecimentos que tiveram início na Holanda, 23 anos 
antes.38-39 Durante a Segunda Guerra Mundial, uma parte 
da população passou privações, não igualadas nas demais 
regiões do país. Tal episódio pode ser delimitado no tempo, 
final de 1944 e início de 1945, e no espaço, pois ficou restrito 
à cidade de Roterdam e vizinhança. Os pesquisadores 
verificaram que era possível colher dados sobre este 
 Maria Eduarda de Azeredo Amaral | Medicina - UniRV 
episódio, referentes a consumo alimentar, estatísticas vitais 
e serviços de saúde, especialmente de maternidades. O 
mesmo procedimento foi possível para épocas 
imediatamente anterior e posterior ao episódio. Puderam 
assim compor grupos de pessoas geradas antes, durante e 
após o episódio de fome. A circunstância de que, aos 18 
anos, na época de alistamento militar, o holandês é 
submetido a exame médico padronizado fez com que fosse 
possível também obter os resultados destes exames, 
referentes aos anos de 1962 e 1963, de cerca de 120 mil 
jovens do sexo masculino, dos quais cerca de um terço tinha 
sido exposto à desnutrição durante a fase intra-uterina. 
Desta maneira, os pesquisadores conseguiram obter, 
vasculhando arquivos, informações sobre a exposição ao 
fator de risco, a fome, e sobre diversos efeitos objetos de 
exames clínico e laboratorial de rotina. A análise dos dados, 
comparando-se expostos e não-expostos à fome, mostrou 
que não havia diferença de agravos à saúde. Em outras 
palavras, não foi possível detectar relação entre desnutrição 
aguda intra-uterina e os indicadores de saúde física e mental 
pesquisados entre os sobreviventes ao episódio. 
RESPOSTA 
Estudo de coorte retrospectiva. 
QUESTÃO 11 
Uma investigação foi realizada para verificar a associação 
entre diarreia e desidratação. Crianças atendidas com 
diarreia, em um hospital, foram colocadas em categorias, em 
função da presença, no início do episódio, de determinados 
sinais e sintomas. A subsequente vigilância dos prontuários 
dos pacientes, complementada com visitas domiciliares, 
permitiu determinar a incidência de desidratação nas 
diversas categorias. Entre os achados, detectou-se que o 
grupo de crianças com vômitos estava mais a risco de 
desidratação do que aquele em que os pacientes 
apresentavam sangue nas fezes. 
Como poderia ser classificada esta pesquisa? O que constitui 
exposição na presente investigação? Qual é o efeito? 
RESPOSTA 
Estudo de coorte na vigência da fase clínica de um dano à 
saúde. A exposição é constituída pelos fatores de 
prognóstico para a desidratação: vômitos e sangue nas fezes, 
por exemplo. 
QUESTÃO 12 
Em um inquérito realizado em 1978, no Rio Grande do Sul, 
em amostra aleatória, 4.565 adultos residentes no estado, 
de ambos os sexos, foram entrevistados e examinados no 
intuito de investigar as relações entre cloreto de sódio e 
pressão arterial.40 Cada membro incluído, na amostra, foi 
contactado apenas o suficiente para que se obtivessem as 
informações pertinentes. A conclusão geral, da investigação, 
foi de que a restrição de sal na dieta está associada a efeitos 
benéficos sobre os níveis de pressão arterial da população. 
Como poderia ser classificada estapesquisa? 
RESPOSTA 
Estudo transversal. 
QUESTÃO 13 
Todos os alunos, de sete a 14 anos de idade, matriculados 
em duas escolas localizadas em plena Região Amazônica, na 
ilha de Sirituba, no Estado do Pará, foram examinados por 
odontólogo. 
Foi encontrado um CPOD médio (número de dentes 
cariados, perdidos ou obturados) de 6,5, o que é 
considerado alto pelos especialistas. Como poderia ser 
classificada esta pesquisa? 
RESPOSTA 
Estudo transversal. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
Maurício Gomes Pereira. Epidemiologia teoria e prática. Rio 
de janeiro. Editora Guanabara. 
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
49742003000400003#:~:text=A%20epidemiologia%20descritiva%
20examina%20como,escolaridade%20e%20renda%2C%20entre%2
0outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742003000400003#:~:text=A%20epidemiologia%20descritiva%20examina%20como,escolaridade%20e%20renda%2C%20entre%20outras
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742003000400003#:~:text=A%20epidemiologia%20descritiva%20examina%20como,escolaridade%20e%20renda%2C%20entre%20outras
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