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Universidade Federal Rural de Pernambuco Licenciatura em História Disciplina: História da América II Discente: Daiana Gomes de Oliveira Texto 02 Fichamento: A sociedade de massas: os populismos”. FERRERAS, Norberto. “A sociedade de massas: os populismos”. In: AZEVEDO, Cecília. RAMINELLI, Ronald. História das Américas: novas perspectivas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. pp.213-240. Outros autores entendem que o populismo é em si um mito e que a única forma de ser apresentado é em sua especificidade (Gomes, 2002). O fenômeno do populismo está ligado ao crescimento e à diversificação da sociedade da América Latina em meados do século XX. O populismo como questão historiográfica está relacionado com a denominada sociedade de massas, entendida como a sociedade que corresponde à sociedade industrial, onde a cultura, os consumos e a comunicação se dão pela mediação do mercado, criando relações impessoais entre os sujeitos. Por isso sua emergência é associada com o período de expansão das economias de nossa região. A questão era que as características principais dos populismos variaram de caso para caso, dificultando a construção de um modelo interpretativo unificado. Os principais casos de modernismo: o Cardenismo mexicano e o peronismo argentino. Período áureo do populismo (as décadas de 1930 a 1950). POPULISMO COMO CONCEITO. A questão do populismo apresenta-se desde os anos 1930, quando surgiram teses favoráveis à construção de um Estado com capacidade de planejar, organizar e dirigir o desenvolvimento econômico e social e de intervir nos conflitos sociais. As teses sobre a intervenção do Estado gradualmente são aceitas na política da América Latina. Liberalismo X populismo. (No princípio). A década de 1930 se iniciou sob o signo da crise de 1929, que teve como consequência imediata a mudança do signo dos governos da região. Na maioria dos casos, esses governos tentaram restaurar as sociedades aristocráticas de finais do século XIX, buscando retomar o liberalismo econômico e o conservadorismo político do século XIX. Esses liberais tiveram de aprender a lidar com a questão social, fosse esta agrária ou urbana; tiveram de aceitar que as mudanças sociais eram irreversíveis, assim como fenômenos do crescimento urbano e da migração do campo para as cidades. Ao longo da década de 1930, esses governos alternaram o reformismo conservador com o simples autoritarismo, como meio para controlar as demandas sociais e manter a taxa de lucro dos setores vinculados à exportação. A situação se mostrou insustentável a médio prazo, e como alternativa surgiram os governos ditos populistas. . Este é um dos grandes problemas interpretativos do fenômeno conhecido como populismo. Os analistas partiram primeiro da teoria para ver se esta se adequava à realidade e não para atualizar a teoria a partir da análise da realidade. Um dos primeiros analistas do populismo foi o sociólogo italiano Gino Germani, radicado na argentina. Germani analisou o peronismo lançando mão da teoria da modernização. Em sua obra mais influente, ele entendia que o populismo era o resultado de um momento da transição de uma sociedade tradicional para uma moderna. Para ele, o populismo era uma etapa necessária dessa transição nos países da América Latina, e nos periféricos em geral… Lembremos que Germani era italiano e em grande medida partia da identificação do populismo como uma variante do fascismo. Ao ser utilizado de forma ampla, então o termo carecia de status científico. … Na maioria das vezes, o sentido é pejorativo, refere-se a atitudes com conotações negativas, como o apelo feito ao sentimento popular ou de determinado grupo de pessoas. Porém, esse apelo seria feito de forma ardilosa e com o interesse de enganar pessoas que ingenuamente acreditam nele. . Todavia, mesmo com todas essas características negativas, o termo populista chegou à política como um adjetivo positivo. . Em primeiro, encontramos esse termo na Rússia. O populismo é utilizado para denominar o grupo Vontade Popular, um grupo de ação direta, destinado a atuar em conjunto com o povo. . O outro movimento conhecido como populista se deu nas pradarias dos Estados Unidos, quase que simultaneamente à experiência russa, como oposição à concentração de terras, os banqueiros, os donos das estradas de ferro e os especuladores da Bolsa de Mercadorias de Chicago. … A organização política aludida foi o Peoples’s Party (o Partido do Povo). . Ambos os movimentos que se autodenominaram populistas no século XIX tinham em comum o fato de serem movimentos agrários com um forte antagonismo em relação às elites, que encarnaram uma alternativa ante a incompreensão das necessidades dos camponeses e produtores agrários. Periodização do fenômeno analisando o populismo do ponto de vista do momento histórico em que se produziu. A periodização seria a seguinte: -Precoce. Podemos denominar dessa forma o período também conhecido como radicalismo ou Reformismo das classes médias, ou seja, estamos falando das primeiras três décadas do século XX, sendo seus representantes mais conhecidos: Yrigoyen, na Argentina, e Batlle Ordóñez, no Uruguai. -Clássico. Seria o período que abarca as décadas de 1930 a 1950. Lázaro Cardenas no México, Getúlio Vargas no Brasil e Juan Domingo Perón na Argentina são seus principais representantes. Esse período está marcado pela mobilização das massas urbanas, a conformação do Estado de bem-estar e o crescimento industrial. Mesmo depois e com menos êxito, são considerados populistas vários líderes das décadas de 1950 e 1960: Paz Estenssoro na Bolívia e Velasco Ibarra no Equador. Aqui teríamos outros elementos diferenciadores, como a mobilização agrária e a participação de indígenas na política, que fariam esses casos um tanto diferente dos anteriores. -Tardio. A característica principal residia em que seus protagonistas tentaram retornar às experiências anteriores em vez de estabelecer processos originais. Tiveram lugar na década de 1970, e seus principais representantes foram novamente Perón na Argentina e Luís Echeverría no México. -Neopopulismo. Contrariando a expectativa de que os populismos estivessem extintos e depois de considerar que na década de 1980 as democracias se consolidavam prescindindo dessa forma política, os pesquisadores retomaram a utilização dessa categoria para denominar os processos políticos da década de 1990. -Populismo radical. Uma vez restabelecido, o termo foi reformulado, mais uma vez, para caracterizar-se a fase mais recente da política na América Latina. Os governos do novo milênio mantiveram o estilo de mobilização, base social e engajamento político dos períodos anteriores. … Esses movimentos políticos tiveram origens as mais diversas: no Uruguai, no Brasil, no Chile e na Argentina estiveram lastreados em experiências políticas anteriores e sua radicalização é menor; na Venezuela, no Equador e na Bolívia, pelo contrário, são movimentos políticos de novo signo e com vínculos menores com os grupos políticos preexistentes; portanto, estiveram mais livres para radicalizar suas políticas. Os analistas que tentam conceituar o termo têm partido de quatro pontos (MacKinnon e Petrone, 1998:21-35). 1. A relação com o processo de “modernização”. Para os autores dessa corrente interpretativa, "modernização" é um fenômeno próprio de países em desenvolvimento e que teriam atravessado um rápido processo de transformação, entendido como urbanização e industrialização simultâneas. A característica principal é a transição de uma sociedade "tradicional" para outra "moderna”. A dominação estaria representada pelo populismo, que teria componentes da sociedade tradicional, com a liderança carismática e autoritária, a dominação das classes inferiores, e componentes inovadores,como o confronto com os setores aristocráticos, não como um conflito de classes, mas um conflito popular e plebeu. O principal autor dessa corrente é Gino Germani. 2. Corrente histórico-estrutural. Nessa interpretação, o populismo é visto como uma fase do desenvolvimento do capitalismo na América Latina e surgiria com a crise do modelo agroexportador e, por conseguinte, dos governos oligárquicos. Quase todos eles entendem que essa passagem ao capitalismo estaria marcada pela via prussiana. Assim existem os que pensam o populismo a partir da relação de classes existentes, ou segundo a estrutura produtiva e sua relação com o setor de exportação, entre outras análises. Porém, todos eles concordam na importância atribuída ao Estado no processo. Nessa interpretação, que unifica várias abordagens, os representantes são Fernando Henrique Cardoso, Octavio Ianni, Torcuato Di Tella, entre os mais reconhecidos analistas. 3. Os conjunturalistas. . Os pesquisadores que podem situar-se nessa corrente interpretativa deixam de lado a teoria com ponto de partida e desenvolve análises delimitadas a casos específicos. . O foco passou a ser para um clube, um grupo e não necessariamente a nação. . A mudança de perspectiva está diretamente relacionada com a “história vista de baixo” associada a microanálise. Dessa forma, a expectativa é a de analisar os efeitos do populismo sobre as pessoas; antes que suas origens, compreender como as pessoas se tornam populistas. A política é entendida como a relação entre o Estado - seus aparelhos, instituições - e os grupos subalternos - seus partidos e suas instituições. . O efeito dessa perspectiva dificulta a conceituação do populismo embora agregue uma maior compreensão dos mecanismos de aceitação do populismo entre as pessoas comuns e suas práticas. Praticantes: John French, Angel de Castro Gomes e Daniel James. 4. Análise dos discursos. . Nesse âmbito se concentram aqueles que analisam a relação existente entre o discurso e a realidade. . Alguns, mais radicalizados, entendem que constitui a realidade e, portanto, é o discurso populista o que cria determinada realidade, datada historicamente. . A linguagem é a que permite interpretar a realidade. . O discurso é o ponto de partida para as análises da realidade, e não uma forma de ludibriar ou de enganar os setores populares. Entre os mais reconhecidos analistas do discurso populista estão Emilio de Ippola e Ernesto Laclau. . É por isso que para uma conceituação aceitável devem ser considerados os seguintes elementos: o estilo de mobilização política, a coalizão social heterogênea à qual o fenômeno invoca e convoca; e o conjunto de políticas reformistas que integram o elenco de medidas tomadas pelos populistas. POPULISMO COM SABOR MEXICANO. . Lázaro Cárdenas foi presidente do México entre 1936 e 1940. Seu governo é visto como parte do processo histórico que conforma a Revolução Mexicana, embora alguns autores entendem que esse governo representa o fim da própria revolução. . Depois de concluídos os conflitos armados, Cárdenas iniciou sua carreira política dentro desse grupo que passou a chamar-se Partido Nacional Revolucionário (PNR). . Tudo fazia crer que Cárdenas atuaria sob a influência de Calles, que pretendia manter o controle do partido e do México, e Cárdenas não se afastaria de seu mentor. Porém, ele tinha seus próprios objetivos e posições políticas e os pôs em prática desde o momento em que chegou à presidência. . Para impor um limite ao poder de Calles, Cárdenas precisava dos grupos mais ativos e mobilizados da sociedade e foi isso que o fez. Em um ano, Calles foi forçado a se exilar e uma onda de militância varreu o México. . Em certos sentidos, Cárdenas foi menos radical que seus predecessores; entre outras questões, ele encerrou os conflitos existentes com a Igreja. . No lugar de apoiar os trabalhadores de serviços das grandes cidades, agora os trabalhadores que procuravam o amparo do Estado eram os industriais, os próprios trabalhadores do Estado e das empresas privadas estrangeiras, principalmente naquelas em que se exploravam os recursos primários. . O outro grande apoio de Cárdenas foram os camponeses. . Depois de Cárdenas a hacienda praticamente desapareceu, sendo que o sistema de fazendas tinha estado na base da produção de exportação desde o período do Porfiriato. . Os trabalhadores reivindicavam melhores condições de trabalho e salário, e as empresas responderam com a suspensão das atividades. A consequência foi que o governo se envolveu no conflito e posicionou-se a favor dos Trabalhadores. A única solução para o impasse foi a estatização dos Poços de petróleo. . Comprar o petróleo no México podia ser do outro quanto um México amigo. . O conflito do petróleo tele consequências econômicas pelo fechamento dos mercados internacionais,o que levou ao encerramento da Etapa reformista. Desde 1938 o governo foi muito menos ativo e propenso a entrarem em conflitos que não tinha mais como controlar ou dar curso. Assim, incorporava-se ao novo partido, o Partido da Revolução Mexicana (PRM), a representação dos operários, por mrio da CTm, e dos camponeses, por meio da Confederação Nacional Camponesa (CNC). No fim de seu mandato, o descontentamento por suas tantas mudanças fez emergir a figura de um candidato opositor, Juan ALmazán, Boa tarde segunda linha e com ideias muito contraditórias, que unia o pacifismo de Gandhi com a admiração pelo fascismo e o nazismo. A grande pergunta é se foi Cárdenas quem mobilizou os mexicanos ou se ele foi produto dessa mobilização. Finalmente essa ligação que o estado permitiu o fortalecimento das organizações populares cujas reivindicações foram encampadas e adquiriram o status de políticas de Estado. O POPULISMO EM RITMO DE TANGO. A Argentina teve outro tipo de experiência populista. Segundo a caracterização que apresentamos, o primeiro populismo teria sido o de Hipólito Yrigoyen, que teve forte apelo popular, conseguiu um alto grau de mobilização política e reuniu parte das classes médias e dos setores populares. Perón e o peronismo forma fenômenos próprios de um momento específico da Argentina, embora partilhem com outros populistas o momento de desenvolvimento econômico acelerado e uma situação crítica enfrentada por essa sociedade. Juan Domingo Perón era uma figura marginal no Exército argentino até o golpe militar de 1943. Não ocultava sua admiração pelo fascismo, que qualificava como um “exercício de socialismo nacional sem dogmatismos. Ao retornar, aderiu a uma das múltiplas associações de conspiradores que pululavam no exército argentino. O Grupo de Oficiais Unidos (GOU) estava formado por nacionalistas, mas a posição do GOU em relação ao conflito Mundial não era homogênea. Em 1930 a Argentina tinha sofrido um golpe, os herdeiros do golpe governavam ainda em 1943, sob um regime que privilegiava a fraude nas eleições e a proscrição de algumas correntes políticas, como o radicalismo ou o comunismo. Porém, nem todos estavam de acordo sobre o que deveria ser feito no dia seguinte e, rapidamente, depois de um expurgo, o GOU tornou-se hegemônico. Nesse esquema, Perón foi nomeado diretor do Departamento Nacional do trabalho, posição marginal, mas com a qual o governo golpista pretendia garantir a paz social. Em 1944 teve lugar outra reorganização do governo de fato, depois da ascenção do GOU, e o grupo de Perón saiu vitorioso. Desde esse momento, Perón se aproximou do centro do poder, passando a comandar o ministério do exército, elevando o departamento a categoria de secretária, a Secretária de Trabalho e Previsão, e pouco depois chegando a posição de vice-presidente. Em outubro de 1945, Perón foi rejeitado por seus companheiros de armas,sendo deposto de seus cargos, preso e conduzido à prisão da Ilha de Martín García, no meio do rio da Prata. . Decidiram realizar uma greve, junto a esposa de Perón, Eva Duarte. A mesma foi marcada para o dia 18 de outubro, abrindo uma instância de negociação. Porém, os trabalhadores da indústria da carne, alguns sindicatos rebeldes e muitos trabalhadores decidiram se manifestar por conta própria o dia 17 de outubro. No dia 17 de outubro, a praça de Maio foi tomada por milhares de trabalhadores que chegaram da Periferia e da grande Buenos Aires, os principais distritos industriais. Ficou conhecido como: aluvião zoológico. O 17 de outubro não é um dado menor nem anedótico - é a data de nascimento de Perón como líder de massas e da irrupção definitiva das massas na política. . O radicalismo se dividiu e boa parte optou por acompanhar Perón em sua campanha. A Central Geral dos TRabalhadores (CGT) formou um partido próprio, o Partido Laborista, para apoiar Perón. . As eleições ocorreram em fevereiro de 1946 e foram vencidas amplamente por Perón e seus seguidores, seguiram maioria absoluta em ambas as câmaras e nas províncias. . Já no governo, Perón tentou reformular a legislação social e política da Argentina E para isso deixou atuarem em sindicatos, que aumentavam suas criações a medida que melhoraram as condições trabalhistas e subiam os salários. . Os pilares de seu governo foram o incentivo ao consumo dos setores populares, portanto os setores vinculados ao mercado interno foram bastante beneficiados. . Os trabalhadores agrários também não foram muito beneficiados, para além da sanção de uma lei de proteção desses trabalhadores que nunca foi aplicada. . O que funcionou até 1952 começou a ser deixado de lado a partir desse ano. Esse foi o ano da morte de Evita e de uma grande crise econômica. . Os trabalhadores perderam centralidade no projeto, os empresários questionaram a falta de compromisso do governo no controle dos trabalhadores que favorecesse o crescimento da produtividade, a igreja se afastou e os militares se sentiram cada vez mais isolados de uma sociedade que se radicalizavam contra o peronismo. . Os grupos descontentes cresceram a ponto de, em 1955, ocorrerem atentados e, finalmente, um golpe liderado pelo Exército, uma de suas principais bases, derrubou Perón e seu governo. . E seu nome se produziram levantes armados e um subterrâneo e movimento de massas. Em 1958 começou a resistência, o movimento de pequenos atentados e de propaganda que manteve vivo o peronismo. DE VOLTA À TEORIA. . Para Laclau, pensar o "povo" como categoria política, mais do que sociológica ou cultural, implica tomar decisões teóricas como, fundamentalmente, fazer da heterogeneidade social a base da análise. . Os pontos principais da análise seriam os seguintes: em primeiro lugar, ele consegue "povo" como uma categoria política e no Condado de estrutura social. . Mesmo que a heterogeneidade da classe operária tenha sido demonstrada por Hobsbawm e por E. P. Thompson, as análises teóricas em geral desconhecem esse fato, o que continua prejudicando a compreensão de fenômenos como o populismo. . A reivindicação, como soma das reivindicações existentes, não é permanente nem aglutina todos os membros da mesma forma, mas permite a inclusão de vários grupos que se sentem atraídos pela mesma. A dinâmica é imprevisível e depende da capacidade de agregação dos grupos existentes. . Na contaminação entre a universidade e do populus e a particularidade da plebs é que reside a peculiaridade de "povo" como um ator histórico. E aqui, na lógica de sua construção, é que achamos a razão populista. A Universalidade do particular se apresenta quando uma demanda Popular coloca de Manifesto a ausência de plenitude na comunidade. O que o autor pretende é exceder os marcos estabelecidos pela dupla reforma/revolução com as duas únicas posições possíveis no mundo da política do povo e ver que não são objetivos absolutos nem práticas que estão dissociadas. . Porém, como as reivindicações são as que constituem o grupo, o ato da nomeação é o momento central da conformação e do reconhecimento da nova identidade e do que significa reconhecimento reconhece-se faz reconhecer reconhecimento é parte desse povo. . Portanto, devemos considerar as condições históricas que possibilita a emergência e a expansão das identidades populares. O autor propõe um novo Marco teórico para compreensão do populismo… baseada na teoria psicanalítica de Lacan e na teoria marxista…. O desafio está em recuperar quais são as demandas e como apelam para os distintos grupos sociais, mais do que no emissor das demandas. Portanto, o discurso e sua análise adquirem dimensão central nessa proposta, bem como a heterogeneidade passa a ser o ponto de partida. CONCLUSÃO. Essas experiências apresentam grande diversidade entre si. A base social do peronismo diferiu sensivelmente na base do Cardenismo. Na primeira, o movimento operário organizado e industrialização, aliados ao mercado interno, foram as pedras basais do processo. No caso do Cardenismo, o movimento operário foi ponta de lança, mas os Camponeses organizados tiveram centralidade no processo. .
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