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PUBLICAÇÕES INTERAMERICANAS Pacific Press Publishing Association Mountain View, Califórnia EE. UU. do N.A. -------------------------------------------------------------------- VERSÃO ESPANHOLA Tradutor Chefe: Victor E. AMPUERO MATTA Tradutora Associada: NANCY W. DO VYHMEISTER Redatores: Sergio V. COLLINS Fernando CHAIJ TULIO N. PEVERINI LEÃO GAMBETTA Juan J. SUÁREZ Reeditado por: Ministério JesusVoltara http://www.jesusvoltara.com.br Igreja Adventista dou Sétimo Dia --------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------------------------------- Terceira Epístola de San Juan APÓSTOLO INTRODUÇÃO 1. Título. Nos antigos manuscritos gregos o título simplesmente é IÇánnou G, literalmente, "Do Juan 3". Quanto ao título da primeira epístola ver P. 641. 2. Autor. Se não houvesse uma segunda epístola seria muito discutível a paternidade literária desta terceira carta; mas a similitude de estilo entre estas duas curtas epístolas indica um autor comum. Uma vez que se reconhece ao Juan como o que escreveu a segunda epístola também pode ser reconhecido como o autor da terceira. 3. Marco histórico. Esta epístola é evidentemente uma carta pessoal escrita a um tal Gayo, que não é identificado. trata-se de um cristão fiel, muito gabado por sua bondosa hospitalidade com os professores itinerantes. nomeiam-se outros dois personagens: Diótrefes, dirigente dado à polêmica, e Demetrio, que possivelmente era um dos professores itinerantes. O quadro que se deduz pelo que está escrito aproxima destes três personagens, apresenta-nos uma notável evolução na igreja cristã e sugere que esta epístola foi escrita depois da segunda, e por o tão ainda mais perto da morte do Juan. Parece ficar bem estabelecido o ministério dos pregadores itinerantes ou de irmãos visitantes (vers. 5-8). Diótrefes se atribui o poder de expulsar da igreja possivelmente mediante uma espécie de excomunhão (vers. 10) a aqueles a quem não passa pessoalmente, e a autoridade do apóstolo foi escavada pelos seguidores do Diótrefes (vers. 9-11). Tudo isto indica que a situação revelada na segunda epístola evoluiu, e isto converte à terceira epístola na última das três cartas do Juan que chegaram até nós. Isto não quer dizer que Juan não escreveu outras cartas. Não se pode provar que a carta ou escrito que se menciona no vers. 9 seja a segunda epístola, embora é uma boa possibilidade de que assim fora, nem tampouco se pode determinar quanto tempo transcorreu entre a redação da segunda e a terceira epístolas; mas parece provável que o intervalo foi breve, pois ambas se parecem tanto em estilo como em contido. 4. Tema. É singelo e direto. A segunda epístola foi escrita para advertir contra os falsos professores itinerantes, mas a terceira se envia para opor-se às posses cismáticas exemplificadas pelas ações do Diótrefes. É provável que Diótrefes fora o ancião da igreja e que tivesse aceito algumas dos falsos ensinos dos gnósticos (pp. 643-644). Quando Juan escreveu às Iglesias para refutar esses falsos ensinos, parece que Diótrefes se opôs a que a carta fora lida diante dos membros da igreja (vers. 9). Também se 712 impediu que se escutasse aos ministros itinerantes que puderam ter sido enviados pelo Juan, e os que os escutaram em privado foram excomungados publicamente pelo Diótrefes, homem arrogante. Quando Juan escreve ao Gayo se esforça por assegurar-se que sua mensagem chegue a os irmãos leais. Pode ter estado preparando-os para que aceitassem um mudança de anciões de igreja quando ele chegasse e lhes "recordasse" as ações do Diótrefes (vers. 10). Nesta carta, como nos outros escritos do Juan, se manifesta o mesmo espírito de tenro afeto pessoal; mas por cima do propósito imediato de a epístola, brilha a beleza do caráter do apóstolo e a inspiração que há proporcionado a seus leitores através dos séculos. 5. Bosquejo. I. Introdução, 1. II. Mensagem, 2-12. A. Bons desejos e satisfação, 2-4. B. A hospitalidade é elogiada, 5-8. C. Se reprova a hostilidade, 9-10. D. Uma lição e louvor, 11-12. III. Conclusão, 13-14. 1 Elogio do Gayo devido a sua piedade, 5 e sua hospitalidade 7 com os verdadeiros pregadores. 9 Denúncia contra a desmedida ambição do Diótrefes, 11 cujo mau exemplo não deve ser seguido; 12 Mas se dá um bom testemunho do Demetrio. 1 O ANCIÃO ao Gayo, o amado, a quem amo na verdade. 2 Amado, eu desejo que você seja prosperado em todas as coisas, e que tenha saúde, assim como prospera sua alma. 3 Pois muito me regozijei quando vieram os irmãos e deram testemunho de você verdade, de como anda na verdade. 4 Não tenho eu maior gozo que este, o ouvir que meus filhos andam na verdade. 5 Amado, fielmente te conduz quando dispostas algum serviço aos irmãos, especialmente aos desconhecidos, 6 os quais deram ante a igreja testemunho de seu amor; e fará bem em encaminhá-los como é digno de seu serviço a Deus, para que continuem sua viagem. 7 Porque eles saíram por amor do nome do, sem aceitar nada dos gentis. 8 Nós, pois, dever acolher a tais pessoas, para que cooperemos com a verdade. 9 Eu tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, ao qual gosta de ter o primeiro lugar entre eles, não nos recebe. 10 Por esta causa, se eu for, recordarei as obras que faz tagarelando com palavras malignas contra nós; e não contente com estas coisas, não recebe a os irmãos, e aos que querem recebê-loso proíbe, e os expulsa da igreja. 11 Amado, não imite o mau, a não ser o bom. que faz o bom é de Deus; mas o que faz o mau, não viu a Deus. 12 Todos dão testemunho do Demetrio, e até a verdade mesma; e também nós damos testemunho, e vós sabem que nosso testemunho é verdadeiro. 13 Eu tinha muitas coisas que te escrever mas não lhe quero escrever isso com tinta e pluma, 14 porque espero verte breve, e falaremos cara a cara. 15 A paz seja contigo. Os amigos lhe saúdam. Saúda você aos amigos, a cada um em particular. 713 1. O ancião. Juan (ver com. 2 Juan 1). Gayo. Nome muito comum no Império romano. Assim se chamavam, pelo menos, outros três personagens do NT (Hech. 19:29; 20:4; ROM. 16:23; 1 Cor. 1:14). Ver com. Hech. 19:29. Não é possível identificar a nenhum estes homens com o Gayo a quem escreve agora. Nada se sabe deste membro da igreja, exceto o que se diz nesta epístola. Amado. Término afetuoso freqüentemente usado nas saudações do NT (ROM. :7; 16:5; Couve. 4:9; etc.) pelo general em relação com pessoas conhecidas por quem escrevia. Amo. Ver com. 2 Juan 1. Na verdade. Ver com. 2 Juan 1. 2. Amado. Ver com. vers. 1. Eu desejo. A oração do Juan ilustra um bom hábito que devem formar os cristãos: e1 lembrança de um amigo deve estimular a oração em seu favor (cf. com. Fil. 1:3-4; 1 Lhes. 1:2-3). Prosperado em todas as coisas. O desejo do Juan era equilibrado; desejava que Gayo gozasse de completo bem-estar. O verbo euodóÇ, "fazer bom caminho", "encaminhar-se bem", se refere só à prosperidade financeira; compreende também o físico, o espiritual o social. Deus se interessa em todos os aspectos da vida de seus filhos. O mesmo fazia Juan. Que tenha saúde. Gr. hugiáinÇ (compare-se com nossa palavra "higiene"), "estar são", estar em boa saúde". O médico Lucas emprega esta palavra com a mesma conotação (Luc. 5:31; 7:10; 15:27). Pablo a usa refiriéndose aos que são "sãs na fé" (Tito 1:13; 2:2). Deus está interessado em nossa condição física; deseja que desfrutemos de ótima saúde. devido à estreita relação entre a mente e o corpo, quando prospera e1 alma ou o caráter, o corpo está em melhores condicione de ter saúde (Exo. 15:26; Prov. 14:30; MC 185); e à inversa: quando se descuida a saúde do corpo e se cultivam maus hábitos físicos, também sofre a vida religiosa (MC 213, 242, 246). Sua alma. Uma evidente referência à vida espiritual do Gayo, que era vigorosa. É possível que sua condição física não fora muito boa. Pôde ter descuidadoos aspectos físicos da vida por causa dos deveres religiosos. Este descuido prejudica, pois o equilíbrio é essencial para desfrutar da vida. O inimigo das almas compreende bem a importância do equilíbrio, e procura que os cristãos ferventes caiam nos extremos (MC 245-249). A combinação de um programa de saúde equilibrado com progressos espirituais nos prepara para vencer as tentações da vida e nos ajuda a cumprir as elevadas normas de quem se dispõe a entrar no céu (2 T 375- 376). Todos os que são seguidores de Cristo podem fazer sua a oração do Juan por Gayo, a favor deles mesmos, de suas famílias e de seus irmãos na fé. 3. Muito me regozijei. Ver com. 2 Juan 4. Quando vieram os irmãos. Segundo o texto grego pode entender-se que teve repetidas visitas dos irmãos. De modo que Juan recebia freqüentemente relatórios referentes ao Gayo. Deram testemunho. Note-se que os irmãos eram portadores voluntários de bons informe. Não propagavam intrigas malignas. Anda. Gr. peripatéÇ,"conduzir-se" (ver com. F. 2:2). Gayo não estava contente com possuir a verdade; também praticava as crenças que tinha. Na verdade. Quanto ao conceito que tinha Juan da verdade, ver com. Juan 1:14; 8: 32. Cf. com. 2 Juan 1. Note-se que Gayo caminhava "na verdade. havia-se empossado dela e a punha em prática. 4. Não tenho eu maior gozo. O gozo máximo possível embarga a um missionário cristão quando vê que os membros de sua grei ficam de parte da retidão e a verdade em forma firme e decidida. sente-se muito mais contente que se só tivesse notícias de seu êxito em adquirir riquezas ou escalar posições (cf. 2 Cor. 7:7-, 1 Lhes. 3:6). Meus filhos. Melhor "meus próprios filhos", o que pode indicar que Gayo era um dos conversos do Juan (cf. com. 1 Juan 2:1; 2 Juan 4; cf. 1 Lhes. 2:7-12; 1 Tim. 1:2). Andam na verdade. Quer dizer, punham sua vida de acordo com a revelação do caráter de Deus como foi dada pelo Jesucristo. 5. Amado. Ver com. vers. 1. Fielmente. Todos os atos de bondade do Gayo eram obras de fé. Aos irmãos. Quer dizer, os irmãos na fé da igreja. Aos desconhecidos. A evidência textual estabelece (cf. P. 10) o texto "e isto a estrangeiros", que significa: "especialmente a estrangeiros". Gayo não conhecia muitos dos que 714 tão generosamente hospedava; mas pelo que manifestavam, ele se dava conta que era gente digna. 6. Igreja. Gr. ekkl'era (ver com. Mat. 18:17). Amor. Gr. agáp' (ver com. 1 Cor. 13: 1). Fará bem. A hospitalidade que Gayo brindava aos irmãos que viajavam, além de promover a predicación do Evangelho ajudava a unir aos crentes e rebatia a tendência dos missionários de separar-se formando uma hierarquia à parte. encaminhá-los. Gr. propémpÇ, "acompanhar", "escoltar", "ajudar a uma em uma viagem". Como é digno de seu serviço a Deus. Melhor "como é digno de Deus" (cf. com. 1 Lhes. 2:12); "de maneira digna de Deus" (BJ, NC). Gayo devia ver em cada fiel missionário cristão a um embaixador de Deus, alguém que merecia um tratamento respeitoso devido à obra que estava fazendo (ver com. Mat. 10:40; 2 Cor. 5.20). 7. Saíram. Quer dizer, deixaram sua própria igreja, possivelmente Efeso. Nos dias do Juan era digno de louvor o ativo espírito de evangelismo que impulsionava aos cristãos a publicar as boas novas de um lugar a outro. Por amor do nome do. A evidência textual estabelece (cf. P. 10) o texto "por amor no Nome" (BA); quer dizer, o nome do Jesus (ver com. Hech. 3:16; 4:12; ROM. 1:5). Sem aceitar nada. Ou sem esperar que os sustentaram os pagãos aos quais pregavam o evangelho (cf. com. 2 Cor. 12:14; 1 Lhes. 2:9). Isto fazia que os missionários fossem ainda mais agradecidos pela hospitalidade que lhes ofereciam seus irmãos cristãos. Não há nenhuma proibição bíblica contra aceitar a ajuda que se oferece voluntariamente (ver com. Mat. 10:8-14; Fil. 4:10, 14-17). Gentis. Gr. ethnikós, "pagão", "gentil" (ver com. Gál. 3:8). 8. Nós, pois. Como os missionários não aceitavam nada dos pagãos, e nesse tempo não havia um sistema de sustento regular, uma tesouraria organizada, era necessário que homens como Gayo ajudassem aos missionários para que não tivessem necessidade de pedir esmolas. Com o pronome "nós" Juan reconhece seu dever neste assunto da hospitalidade. Devemos. Ver com. 1 Juan 2:6. Acolher. Gr. hupolambánÇ; usa-se aqui com sentido de "sustentar" ou "receber com espírito de hospitalidade". Tais pessoas. As que se mencionam no vers. 7. Juan toma cuidado ao definir aos que mereciam a hospitalidade dos crentes (cf. com. 2 Juan 10 -1 l). Para que cooperemos. Ou "para que colaboradores cheguemos a ser". Os que ajudam aos missionários são também contados como missionários. Com a verdade. Há duas possíveis interpretações destas palavras: (1) os membros de igreja que manifestam hospitalidade são colaboradores com os missionários na proclamação da verdade; (2) são colaboradores com a verdade, ou seja que a verdade é personificada. O uso que Juan dá a "verdade" faz mais aceitável a segunda interpretação (cf. 1 Juan 1:6; 2:4; 3 Juan 3-4; etc.). 9. Eu tenho escrito. A evidência textual se inclina por (cf. P. 10) o texto "escrevi algo", declaração que geralmente se entende que se refere a uma prévia e breve epístola. É possível que Juan se esteja refiriendo à segunda epístola; mas contra este ponto de vista e em favor de uma carta que se perdeu, hão-se apresentado muito sólidos argumentos. Em favor de que se refere à segunda epístola está a similitude do conteúdo entre as duas cartas: a primeira apresenta um conselho negativo a respeito dos pregadores itinerantes; a segunda parece ocupar-se mais do ponto de vista positivo. É possível que Diótrefes se negasse a ler a segunda epístola devido a suas inclinações gnósticas (pp. 643-644), e não queria lhe negar sua hospitalidade aos falsos professores que compartilhavam suas idéias. Mas qualquer que seja a explicação que se proponha, no melhor dos casos é só hipotética; e é possível que Juan se referisse a uma carta que não se conservou no canon sagrado. Se este fosse o caso aqui, temos então outro exemplo de um escrito apostólico que não se incluiu nas Escrituras (cf. com. 1 Cor. 5:9). A igreja. Quer dizer, a igreja da qual eram membros Diótrefes e Gayo. Diótrefes. Gr. Diotréfes, de Deus, que significa "do Zeus" e tréfo, "alimentar", "nutrir"; portanto, "nutrido pelo Zeus". Alguns sugeriram que pode ser significativo o fato de que Diótrefes tivesse retido seu nome pagão; sem embargo, ver com. vers. 12. Poderia ter retido elementos da filosofia pagã e por isso era particularmente 715 suscetível às influências gnósticas. Gosta de ter o primeiro lugar. Diótrefes albergava uma ambição insalubre. Aspirava a ser o primeiro por seu desejo de obter a hierarquia e não pelo bem que podia fazer. Não se diz de qual cargo se tratava, e portanto não se pode demonstrar que era o bispado. A igreja cristã já estava bem instruída a respeito de ambições indesejáveis (Mat. 20:20-28; Luc. 22:24-27; Juan 13:1-17). Entre eles. Quer dizer, entre os membros da igreja a qual pertenciam Gayo e Diótrefes. Recebe. Gr. epidéjomai "aceitar", "reconhecer a autoridade de alguém". Esta palavra aparece aqui e no vers. 10. refere-se a aceitar a autoridade de uma pessoa; mas no vers. 10 equivale a receber a uma pessoa com espírito de hospitalidade. Parece que Diótrefes se opunha a ler a epístola do Juan, com o qual rechaçava a autoridade do apóstolo e de seus colaboradores. 10. Se eu for. Alguns vêem nestas palavras uma referência à esperança expressa em 2 Juan 12, e de passagem um argumento em favor de identificar a segunda epístola com a carta mencionada no vers. 9. Mas deve notar-se que a esperança expressa em o vers. 14 desta epístola é similar a da segunda epístola; pelo tanto, "se eu for" poderia ser nada mais que o anúncio de uma visita futura. Recordarei. Gr. hupomimn'skÇ, "rememorar"(cf. Juan 14:26). O apóstolo faz valer seu categoria de dirigente; tem confiança em sua autoridade e não se acovarda anteo cismático. Tagarelando. Gr. fluaréÇ, "dizer necedades", "apresentar acusações injustas", "denegrir". Palavras malignas. Ou "palavras perversas". Não contente com estas coisas. Díótrefes não estava satisfeito com suas palavras ímpias que tinham o propósito de escavar a autoridade apostólica; continuava sua oposição com feitos inamistosos. Recebe. Gr. epidejomai (ver com. vers. 9). Ao negar sua hospitalidade aos missionários itinerantes, Diótrefes resistia a reconhecer a autoridade do Juan, pois os irmãos que viajavam levavam consigo a recomendação do apóstolo. Proíbe. Gr. kÇlúÇ, "estorvar", "impedir", "proibir", o que sugere que Diótrefes tomava medidas concretas para impedir que outros brindassem a hospitalidade que ele mesmo se negava a dar. A flexão do verbo grego implica uma repetida proibição. Os atos inamistosos refletem o poder que tinha Diótrefes na igreja local; mas a situação demonstra que não toda a igreja estava com ele, pois pelo menos alguns estavam de acordo com o apóstolo e desejavam receber aos missionários itinerantes. Expulsa-os. Quer dizer, excomunga-os (cf. Juan 9:34). É evidente que a luta era séria: havia um decidido enfrentamento entre os da escola apostólica e os que eram seguidores dos falsos professores. Nessa igreja ou congregação o partido herético tinha preeminencia, pelo menos transitoriamente, e podia impor sua vontade sobre o conjunto dos crentes. 11. Não imite. Juan se detém em seu exame do conflito dentro da igreja e apresenta verdades gerais que, de ser obedecidas, fariam que Gayo sempre tomasse decisões acertadas. O bom. Com esta severo linguagem o apóstolo possivelmente está analisando a situação que enfrentavam Gayo e seus amigos: o proceder do Diótrefes é "mau", e não deve ser imitado; o proceder gabado pelo Juan nos vers. 5-8 é "bom", e deve ficar em prática. Faz o bom. No resto do versículo há uma similitude notável com a linguagem da primeira epístola do Juan (cf. 1 Juan 3:6-10). Aqui está a exposição positiva da verdade que se apresenta em forma negativa em 1 Juan 3:9. Ver o comentário respectivo. Faz o mau. O equivalente de "sarda" de 1 Juan 3: 6. 12. Demetrio. Literalmente "pertencente ao Deméter", quer dizer à deusa da agricultura, conhecida como Ceres pelos romanos. A forma em que Juan elogia ao Demetrio elimina qualquer suspeita de que seu nome pagão indica que tivesse ficado nele alguma simpatia com a religião pagã (cf. com. "Diótrefes", vers. 9). Do Demetrio nada se sabe com certeza, exceto o que se menciona nesta epístola. Alguns sugeriram que deve ser identificado com "um ourives chamado Demetrio" (Hech. 19: 24) porque se tinha convertido devido ao ministério do Juan no Efeso. Outros procuraram identificá-lo com o Demas (Couve. 4:14; 2 Tim. 4: 1 Ou; File. 24); mas para nenhuma destas opiniões há apoio bíblico. 716 Posto que Juan o está elogiando ante o Gayo, poderia ser que fora o portador desta carta; mas isto é só uma conjetura. O que se pode dizer com certeza é que Demetrio era um fiel cristão, leal ao apóstolo, e que Juan se sentia impulsionado a elogiá-lo ante o Gayo em uma forma específica e definida. Por isso é razoável supor que a conduta do Demetrio se havia posto em dúvida, e era necessário que Juan esclarecesse situação para que Demetrio fora aceito sem reservas pelo setor apostólico da igreja de a qual Gayo era membro. Até a verdade mesma. Demetrio vivia em harmonia com as normas cristãs. Juan personifica a verdade: faz-a atestar da excelência do caráter de seu amigo. Também nós damos testemunho. Gayo não tem que depender unicamente de um louvor geral a respeito de Demetrio, por isso lhe dá o testemunho pessoal do Juan e seus colaboradores. Vós sabem. A evidência textual estabelece (cf. P. 10) o texto "você sabe" (BA, NC); o qual está em harmonia com o fato de que a epístola foi dirigida a um indivíduo: ao Gayo (cf. vers. 13). 13. Eu tinha. Quer dizer, quando Juan começou a escrever a epístola tinha o plano de tratar muitos assuntos, mas tendo em conta a grave situação relacionada com a obra do Diótrefes, sentiu-se induzido a fazer planos para visitar logo à igreja perturbada. Muitas coisas. Ver com. 2 Juan 12. Pluma. Gr. kálamos, "cano" ou "pluma", cuja extremidade se convertia em uma broxa fina que se usava para escrever sobre papiro. 14. Breve. Gr. euthéÇs, advérbio que se traduz no NT como "imediatamente", "em seguida", ou suas equivalentes. Se esta terceira epístola foi destinada à mesma igreja a qual se dirigiu a segunda, então euthéos indicaria que a ordem canônico dos livros também é a mesma ordem cronológica e que a terceira carta foi escrita pouco antes da visita que Juan se propunha fazer à igreja (P. 701). Cara a cara. Literalmente "boca a boca" (BC). Ver com. 2 Juan 12. 15. Paz. Ver com. Juan 14:27; ROM. 1:7. Os amigos. Provavelmente os que concordavam com o Juan e Gayo. Tinha que haver um estreito vínculo entre o círculo apostólico e os membros leais da igreja a que pertencia Gayo. A perturbação suscitada pelo Diótrefes só tinha servido para fortalecer os vínculos de amizade cristã entre os membros fiéis. Aviso. Gr. aspázomai (ver com. ROM. 16:3). Em particular. Como não se mencionam nomes, é provável que o apóstolo conhecesse pessoalmente aos companheiros do Gayo. A epístola conclui assim como começou: com uma nota ou toque pessoal e amigável. A paz da igreja tinha sido perturbada pelo Diótrefes; mas o apóstolo não permitiria que semelhante desorganização destruíra a comunhão sagrada que o unia com seus filhos espirituais. COMENTÁRIOS DO ELENA G. DO WHITE 2 374; 3JT 105; MC 76, 220; MeM 139; 9T 15311 MeM 121 719