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Simulado ENEM: Linguagens e Ciências Humanas

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A DOR PASSA. A APROVAÇÃO FICA!
1
AZUL
1º DIA
CADERNO
SIMULADO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às 
questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2.
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência,
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
término das provas.
02 DE JANEIRO DE 2021
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E 
SUAS TECNOLOGIAS 
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção inglês) 
................................................................................... 
Questão 01 
One of the things ‘that made an incredible impression 
on me in the film was Frida’s comfort in and celebration 
of her own unique beauty. She didn’t try to fit into con-
ventional ideas or images about womanhood or what 
makes someone or something beautiful. Instead, she 
fully inhabited her own unique gifts, not particularly 
caring what other people thought. She was magnetic 
and beautiful in her own right. She painted for years, 
not to be a commercial success or to be discovered, but 
to express her own inner pain, joy, family, love and cul-
ture. She absolutely and resolutely was who she was. 
The trueness of her own unique vision and her ability 
to stand firmly in her own truth was what made her 
successful in the end. 
HUTZLER, L. Disponível em: www.etbscreenwriting.com. 
Acesso em: 6 maio 2013. 
A autora desse comentário sobre o filme Frida mostra-
se impressionada com o fato de a pintora 
a) ter uma aparência exótica. 
b) vender bem a sua imagem. 
c) ter grande poder de sedução. 
d) assumir sua beleza singular. 
e) recriar-se por meio da pintura. 
................................................................................... 
Questão 02 
Israel Travel Guide 
 Israel has always been a standout destination. 
From the days of prophets to the modern day nomad 
this tiny slice of land on the eastern Mediteranean has 
long attracted visitors. While some arrive in the ‘Holy 
Land’ on a spiritual quest, many others are on cultural 
tours, beach holidays and eco-tourism trips. Weeding 
through Israel’s convoluted history is both exhilarating 
and exhausting. There are crumbling temples, ruined 
cities, abandoned forts and hundreds of places associ-
ated with the Bible. And while a sense of adventure is 
required, most sites are safe and easily accessible. 
Most of all, Israel is about its incredible diverse popu-
lation. Jews come from all over the world to live here, 
while about 20% of the population is Muslim. Politics 
are hard to get away from in Israel as everyone has an 
opinion on how to move the country forward – with a 
ready ear you’re sure to hear opinions from every side 
of the political spectrum. 
Disponível em: www.worldtravelguide.net. Acesso em: 15 jun. 
2012. 
Antes de viajar, turistas geralmente buscam informa-
ções sobre o local para onde pretendem ir. O trecho do 
guia de viagens de Israel. 
a) descreve a história desse local para que turistas va-
lorizem seus costumes milenares. 
b) informa hábitos religiosos para auxiliar turistas a en-
tenderem as diferenças culturais. 
c) divulga os principais pontos turísticos para ajudar tu-
ristas a planejarem sua viagem. 
d) recomenda medidas de segurança para alertar turis-
tas sobre possíveis riscos locais. 
e) apresenta aspectos gerais da cultura do país para 
continuar a atrair turistas estrangeiros. 
................................................................................... 
Questão 03 
Italian university switches to English 
By Sean Coughlan, BBC News education correspondent 
16 May 2012 Last updated at 09:49 GMT 
Milan is crowded with Italian icons, which makes it 
even more of a cultural earthquake that one of Italy’s 
leading universities — the Politecnico di Milano — is 
going to switch to the English language. The university 
has announced that from 2014 most of its degree 
courses — including all its graduate courses — will be 
taught and assessed entirely in English rather than Ital-
ian. 
The waters of globalisation are rising around higher ed-
ucation — and the university believes that if it remains 
Italian-speaking it risks isolation and will be unable to 
compete as an international institution. “We strongly 
believe our classes should be international classes — 
and the only way to have international classes is to use 
the English language”, says the university’s rector, Gio-
vanni Azzone. 
COUGHLAN, S. Disponível em: www.bbc.co.uk. 
Acesso em: 31 jul. 2012. 
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As línguas têm um papel importante na comunicação 
entre pessoas de diferentes culturas. Diante do movi-
mento de internacionalização no ensino superior, a 
universidade Politecnico di Milano decidiu 
a) elaborar exames em língua inglesa para o ingresso 
na universidade. 
b) ampliar a oferta de vagas na graduação para alunos 
estrangeiros. 
c) investir na divulgação da universidade no mercado 
internacional. 
d) substituir a língua nacional para se inserir no con-
texto da globalização. 
e) estabelecer metas para melhorar a qualidade do en-
sino de italiano. 
................................................................................... 
Questão 04 
Frankentissue: printable cell technology 
In November, researchers from the University of Wol-
longong in Australia announced a new bio-ink that is a 
step toward really printing living human tissue on an 
inkjet printer. It is like printing tissue dot-by-dot. A drop 
of bio-ink contains 10,000 to 30,000 cells. The focus 
of much of this research is the eventual production of 
tailored tissues suitable for surgery, like living Band-
Aids, which could be printed on the inkjet. 
However, it is still nearly impossible to effectively rep-
licate nature’s ingenious patterns on a home office ac-
cessory. Consider that the liver is a series of globules, 
the kidney a set of pyramids. Those kinds of structures 
demand 3D printers that can build themup, layer by 
layer. At the moment, skin and other flat tissues are 
most promising for the inkjet. 
Disponível em: http://discovermagazine.com. 
Acesso em: 2 dez. 2012. 
O texto relata perspectivas no campo da tecnologia 
para cirurgias em geral, e a mais promissora para este 
momento enfoca o(a) 
a) uso de um produto natural com milhares de células 
para reparar tecidos humanos. 
b) criação de uma impressora especial para traçar ma-
pas cirúrgicos detalhados. 
c) desenvolvimento de uma tinta para produzir pele e 
tecidos humanos finos. 
d) reprodução de células em 3D para ajudar nas cirur-
gias de recuperação dos rins. 
e) extração de glóbulos do fígado para serem reprodu-
zidos em laboratório. 
................................................................................... 
Questão 05 
My brother the star, my mother the earth 
my father the sun, my sister the moon, 
to my life give beauty, to my 
body give strength, to my corn give 
goodness, to my house give peace, to 
my spirit give truth, to my elders give 
wisdom. 
Disponível em: www.blackhawkproductions.com. Acesso em: 8 
ago. 2012. 
Produções artístico-culturais revelam visões de mundo 
próprias de um grupo social. Esse poema demonstra a 
estreita relação entre a tradição oral da cultura indí-
gena norte-americana e a 
a) transmissão de hábitos alimentares entre gerações. 
b) dependência da sabedoria de seus ancestrais. 
c) representação do corpo em seus rituais. 
d) importância dos elementos da natureza. 
e) preservação da estrutura familiar. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E 
SUAS TECNOLOGIAS 
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção espanhol) 
................................................................................... 
Questão 01 
Dicen que Tita era tan sensible que desde que estaba 
en el vientre de mi bisabuela lloraba y lloraba cuando 
ésta picaba cebolla; su llanto era tan fuerte que Nacha, 
la cocinera de la casa, que era medio sorda, lo escu-
chaba sin esforzarse. Un día los sollozos fueron tan 
fuertes que provocaron que el parto se adelantara. Y 
sin que mi bisabuela pudiera decir ni pío, Tita arribó a 
este mundo prematuramente, sobre la mesa de la co-
cina, entre los olores de una sopa de fideos que estaba 
cocinando, los del tomillo, el laurel, el cilantro, el de la 
leche hervida, el de los ajos y, por supuesto, el de la 
cebolla. Como se imaginarán, la consabida nalgada no 
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fue necesaria, pues Tita nació llorando de antemano, 
tal vez porque ella sabía que su oráculo determinaba 
que en esta vida le estaba negado el matrimonio. Con-
taba Nacha que Tita fue literalmente empujada a este 
mundo por un torrente impresionante de lágrimas que 
se desbordaron sobre la mesa y el piso de la cocina. 
ESQUIVEL, L. Como agua para chocolate. Buenos Aires: Debolsillo, 2005. 
No fragmento do romance mexicano, publicado em 
1989, prevalece a 
a) narração com base em elementos fantásticos. 
b) descrição com base no retrato objetivo da realidade. 
c) injunção com base no diálogo entre os personagens. 
d) exposição com base na definição do papel da mulher 
na sociedade. 
e) argumentação a partir da discussão acerca de dile-
mas existenciais. 
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Questão 02 
Revolución en la arquitectura China 
Levantar rascacielos en 19 días 
Un rascacielos de 57 pisos no llama la atención en la 
China del siglo XXI. Salvo que se haya construido en 19 
días, claro. Y eso es precisamente lo que ha conseguido 
Broad Sustainable Building (BSB), una empresa dedi-
cada a la fabricación de purificadores de aire y de equi-
pos de aire acondicionado para grandes infraestructu-
ras que ahora se ha empeñado en liderar una revolu-
ción con su propio modelo de arquitectura modular 
prefabricada. Como subraya su presidente, Zhang Yue, 
es una fórmula económica, ecológica, segura, y limpia. 
Ese último término, además, lo utiliza tanto para refe-
rirse al polvo que se produce en la construcción como 
a los gruesos sobres que suelen circular por debajo de 
las mesas en adjudicaciones y permisos varios. “Quiero 
que nuestros edificios alumbren una nueva era en la 
arquitectura, y que se conviertan en símbolo de la lu-
cha contra la contaminación y el cambio climático, que 
es la mayor amenaza a la que se enfrenta la humani-
dad”, sentencia. 
“Es como montar un Lego. Apenas hay subcontrata-
ción, lo cual ayuda a mantener un costo bayo y un con-
trol de calidad estricto, y nos permite eliminar también 
la corrupción inherente al sector”, explica la vicepresi-
denta de BSB y responsable del mercado Internacional, 
Jiang Yan. 
Disponível em: http://tecnologia.elpais.com. Acesso em: 23 jun. 
2015 (adaptado) 
No texto, alguns dos benefícios de se utilizar estruturas 
pré-moldadas na construção de altos edifícios estão ex-
pressos por meio da palavra limpia. Essa expressão in-
dica que, além de produzir menos resíduos, o uso desse 
tipo de estrutura 
a) reduz o contingente de mão de obra. 
b) inibe a corrupção na construção civil. 
c) facilita o controle da qualidade da obra. 
d) apresenta um modelo arquitetônico conciso. 
e) otimiza os custos da construção de edifícios. 
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Questão 03 
Mayo 
15 
Que mañana no sea otro nombre de hoy 
En el año 2011, miles de jóvenes, despojados de sus ca-
sas y de sus empleos, ocuparon las plazas y las calles de 
varias ciudades de España. 
Y la indignación se difundió. La buena salud resultó más 
contagiosa que las pestes, y las voces de los indignados 
atravesaron las fronteras dibujadas en los mapas. Así 
resonaron en el mundo: 
Nos dijeron "¡a la puta calle!", y aquí estamos. 
Apaga la tele y enciende la calle. 
La Ilaman crisis, pero es estafa. 
No falta dinero: sobran ladrones. 
Los mercados gobiernan. Yo no los voté. 
EIlos toman decisiones por nosotros, sin nosotros. 
Se alquila esclavo económico. 
Estoy buscando mis derechos. 
¿Alguien los ha visto? 
Si no nos dejan soñar. no los dejaremos dormir. 
GALEANO, E. Los hijos de los días. Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 2012. 
Ao elencar algumas frases proferidas durante protes-
tos na Espanha, o enunciador transcreve, de forma di-
reta, as reivindicações dos manifestantes para 
a) provocá-los de forma velada. 
b) dar voz ao movimento popular. 
c) fomentar o engajamento do leitor. 
d) favorecer o diálogo entre governo e sociedade. 
e) instaurar dúvidas sobre a legitimidade da causa. 
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Questão 04 
El día en que lo iban a matar, Santiago Nasar se le-
vantó a las 5:30 de la mañana para esperar el buque 
en que llegaba el obispo. Había soñado que atrave-
saba un bosque de higuerones donde caía una llo-
vizna tierna, y por un instante fue feliz en el sueño, 
pero al despertar se sintió por completo salpicado de 
cagada de pájaros. “Siempre soñaba con árboles", 
me dijo Plácida Linero, su madre, evocando 27 años 
después los pormenores de aquel lunes ingrato. “La 
semana anterior había soñado que iba solo en un 
avión de papel de estaño que volaba sin tropezar por 
entre losalmendros", me dijo. Tenía una reputación 
muy bien ganada de intérprete certera de los sueños 
ajenos, siempre que se los contaran en ayunas, pero 
no había advertido ningún augurio aciago en esos 
dos sueños de su hijo, ni en los otros sueños con ár-
boles que él le había contado en las mañanas que 
precedieron a su muerte. 
MÁRQUEZ, G. G. Crónica de una muerte anunciada. Disponível 
em: http://biblio3.url.edu.gt. Acesso em. 2 jan. 2015. 
Na introdução do romance, o narrador resgata lem-
branças de Plácida Linero relacionadas a seu filho San-
tiago Nasar. Nessa introdução, o uso da expressão au-
gurio aciago remete ao(à) 
a) relação mística que se estabelece entre Plácida e seu 
filho Santiago. 
b) destino trágico de Santiago, que Plácida foi incapaz 
de prever nos sonhos. 
c) descompasso entre a felicidade de Santiago nos so-
nhos e seu azar na realidade. 
d) crença de Plácida na importância da interpretação 
dos sonhos para mudar o futuro. 
e) presença recorrente de elementos sombrios que se 
revelam nos sonhos de Santiago. 
................................................................................... 
Questão 05 
El virus del papiloma humano (HPV) tambiém es un 
problema de hombres 
 Para algunos hombres, el virus del papiloma 
humano (HPV) es algo muy lejano. Se olvidan de que 
ellos también se infectan y de que, al contagiarmos, 
nos están regalando un pasaporte mágico para el cán-
cer cérvico-uterino – segunda causa de muerte entre 
las mujeres de México –; incluso me ha tocado escu-
char en boca de algunos de ellos que “sólo se trata de 
una infeccioncita”. Pues bien, el HPV tambén es un 
problema de hombres, no sólo porque propaga la in-
fección entre la población femenina, sino también por-
que este virus produce otros problemas de salud tanto 
en hombres como en mujeres, incluyendo verrugas ge-
nitales y cáncer de boca y garganta que, si bien no son 
tan conocidos o alarmantes por su cantidad, como 
otros tipos de cáncer, también constituyen un riesgo. 
Por lo anterior, la Academia Americana de Pediatría de-
cidió enfrentarse al HPV mediante vacunas que se po-
nen tanto a mujeres como hombres. Los especialistas 
afirman que la vacuna es más efectiva si se administra 
antes de que el niño se vuelva sexualmente activo, y 
responde mejor en el organismo de varones entre 9 y 
15 años. 
Albiter, K. Disponível em: http://vivirmexico.com. 
Acesso em: 10 jul 1012 (adaptado). 
O texto aborda a temática do HPV. Ao discorrer sobre 
o contágio e a prevenção do papiloma humano, a au-
tora informa aos leitores que esse vírus é 
a) estudado pela Academia Americana de Pediatria por 
seus efeitos em crianças. 
b) responsável pelo aumento de casos de câncer na po-
pulação jovem mexicana. 
c) ignorado pelos homens por se restringir à população 
feminina. 
d) combatido por vacinas que devem ser aplicadas 
tanto em mulheres quanto em homens. 
e) classificado como um problema superável pela faci-
lidade com que se enfrenta a infecção. 
Questões de 06 a 45 
................................................................................... 
Questão 06 
Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe bei-
jou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos e 
eu parti. 
Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha insta-
lação. 
Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por 
um sistema de nutrido reclame, mantido por um dire-
tor que de tempos a tempos reformava o estabeleci-
mento, pintando-o jeitosamente de novidade, como os 
negociantes que liquidam para recomeçar com artigos 
de última remessa; o Ateneu desde muito tinha conso-
lidado crédito na preferência dos pais, sem levar em 
conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações 
o bombo vistoso dos anúncios. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família 
do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com 
o seu renome de pedagogo. Eram boletins de propa-
ganda pelas províncias, conferências em diversos pon-
tos da cidade, a pedidos, à substância, atochando a im-
prensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros ele-
mentares, fabricados às pressas com o ofegante e esba-
forido concurso de professores prudentemente anôni-
mos, caixões e mais caixões de volumes cartonados em 
Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte 
com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas, em 
que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-se 
ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos 
confins da pátria. Os lugares que os não procuravam 
eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gra-
tuita, espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar 
a farinha daquela marca para o pão do espírito. 
POMPEIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005. 
Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o 
narrador revela um olhar sobre a inserção social do co-
légio demarcado pela 
a) ideologia mercantil da educação, repercutida nas 
vaidades pessoais. 
b) interferência afetiva das famílias, determinantes no 
processo educacional. 
c) produção pioneira de material didático, responsável 
pela facilitação do ensino. 
d) ampliação do acesso à educação, com a negociação 
dos custos escolares. 
e) cumplicidade entre educadores e famílias, unidos 
pelo interesse comum do avanço social. 
.................................................................................................................................................................................. 
Questão 07 
 
A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e impulsionou a modificação de outros já estabeleci-
dos nas esferas da comunicação e da informação. A principal consequência criticada na tirinha sobre esse processo é a 
a) criação de memes. 
b) ampliação da blogosfera. 
c) supremacia das ideias cibernéticas. 
d) comercialização de pontos de vista. 
e) banalização do comércio eletrônico. 
................................................................................................................................................................................. 
Questão 08 
Yeda Pessoa de Castro — Durante três séculos, a maior parte dos habitantes do Brasil falava línguas africanas, sobre-
tudo línguas angolanas, e as falas dessas regiões prevaleceram sobre o português. Antes se ignorava essa participação, 
se dizia que o português do Brasil ficou assim falado devido ao isolamento, à predominância cultural e literária do 
português de Portugal sobre os falantes negros africanos analfabetos. Eles realmente não sabiam ler ou escrever por-
tuguês, mas essas teoria seram baseadas em fatores extralinguísticos. Eu introduzi nessa discussão a prevalência e a 
participação dos falantes africanos, sobretudo das línguas níger-congo, que são cerca de 1.530 línguas. As mais faladas 
no Brasil foram as do Golfo do Benim e da região banto, sobretudo do Congo e de Angola. 
SCARRONE, M. Por que a participação da família africana (de línguas) é tão importante? 
Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 8 jun. 2015. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
A importância das pesquisas linguísticas sobre a constituição do português do Brasil fica evidenciada nesse texto, por-
que registra a 
a)importância de aspectos extralinguísticos na formação da língua. 
b) proximidade entre aspectos da língua portuguesa e de línguas africanas. 
c) participação dos falares africanos na formação do português brasileiro. 
d) predominância dos falantes africanos em território brasileiro. 
e) supremacia do português de Portugal sobre os falares africanos. 
.................................................................................................................................................................................. 
Questão 09 
Revolução digital cria era do leitor-sujeito 
 Foi-se uma vez um leitor. Com a revolução di-
gital, quem lê passa a ter voz no processo de leitura. 
“Até outro dia, as críticas literárias eram exclusividade 
de um grupo fechado, assim como em tantas outras 
áreas. Agora, temos grupos que conversam, trocam, se 
manifestam em tempo real, recomendam ou desapro-
vam, trocam ideias com os autores, participam ativa-
mente da construção de obras literárias coletivas. Isso 
é um jeito novo de pensar a escrita, de construir me-
mória e o próprio conhecimento”, analisa uma profes-
sora de comunicação da PUC-MG. 
 A secretária Fabiana Araújo, 32, é uma “leitora-
sujeito”, como Daniela chama esses novos atores do uni-
verso da leitura. Leitora assídua desde o final da adoles-
cência, quando foi seduzida pela série Harry Potter, só 
neste ano já leu mais de 30 títulos. Suas leituras não cos-
tumam terminar quando fecha um livro. Fabiana es-
creve resenhas de títulos como Estilhaça-me, romance 
fantástico na linha de Crepúsculo, publicadas em um 
blog com o qual foi convidada a colaborar. “Escrever so-
bre um livro é uma forma de relê-lo. E conversar, pessoal 
ou virtualmente, com outros leitores também”, de-
fende. 
FANTINI, D. Jornal Pampulha, n. 1138, maio 2012 (adaptado). 
As sequências textuais “Até outro dia” e “agora” auxi-
liam a progressão temática do texto, pois delimitam 
a) o perfil social dos envolvidos na revolução digital. 
b) o limite etário dos promotores da revolução digital. 
c) os períodos pré e pós revolução digital. 
d) a urgência e a rapidez da revolução digital. 
e) o alcance territorial da leitura digital. 
................................................................................... 
Questão 10 
Qual é a segurança do sangue? 
Para que o sangue esteja disponível para aqueles que 
necessitam, os indivíduos saudáveis devem criar o 
hábito de doar sangue e encorajar amigos e familiares 
saudáveis a praticarem o mesmo ato. 
A prática de selecionar criteriosamente os doadores, 
bem como as rígidas normas aplicadas para testar, 
transportar, estocar e transfundir o sangue doado fize-
ram dele um produto muito mais seguro do que já foi 
anteriormente. 
Apenas pessoas saudáveis e que não sejam de risco 
para adquirir doenças infecciosas transmissíveis pelo 
sangue, como hepatites B e C, HIV, sífilis e Chagas, po-
dem doar sangue. 
Se você acha que sua saúde ou comportamento pode 
colocar em risco a vida de quem for receber seu san-
gue, ou tem a real intenção de apenas realizar o teste 
para o vírus HIV, NÃO DOE SANGUE. 
Cumpre destacar que apesar de o sangue doado ser 
testado para as doenças transmissíveis conhecidas no 
momento, existe um período chamado de janela imu-
nológica em que um doador contaminado por um de-
terminado vírus pode transmitir a doença através do 
seu sangue. 
DA SUA HONESTIDADE DEPENDE A VIDA DE QUEM VAI 
RECEBER SEU SANGUE. 
Disponível em: www.prosangue.sp.gov.br. 
Acesso em: 24 abr. 2015 (adaptado). 
Nessa campanha, as informações apresentadas têm 
como objetivo principal 
a) conscientizar o doador de sua corresponsabilidade 
pela qualidade do sangue. 
b) garantir a segurança de pessoas de grupos de risco 
durante a doação de sangue. 
c) esclarecer o público sobre a segurança do processo 
de captação do sangue. 
d) alertar os doadores sobre as dificuldades enfrenta-
das na coleta de sangue. 
e) ampliar o número de doadores para manter o banco 
de sangue. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 11 
Texto I 
Nesta época do ano, em que comprar compulsiva-
mente é a principal preocupação de boa parte da 
população, é imprescindível refletirmos sobre a im-
portância da mídia na propagação de determinados 
comportamentos que induzem ao consumismo exa-
cerbado. No clássico livro O capital, Karl Marx 
aponta que no capitalismo os bens materiais, ao se-
rem fetichizados, passam a assumir qualidades que 
vão além da mera materialidade. As coisas são per-
sonificadas e as pessoas são coisificadas. Em outros 
termos, um automóvel de luxo, uma mansão em um 
bairro nobre ou a ostentação de objetos de deter-
minadas marcas famosas são alguns dos fatores que 
conferem maior valorização e visibilidade social a 
um indivíduo. 
LADEIRA, F. F. Reflexões sobre o consumismo. Disponível em: 
http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 18 jan. 2015. 
Texto II 
Todos os dias, em algum nível, o consumo atinge 
nossa vida, modifica nossas relações, gera e rege 
sentimentos, engendra fantasias, aciona comporta-
mentos, faz sofrer, faz gozar. Às vezes constran-
gendo-nos em nossas ações no mundo, humilhando 
e aprisionando, às vezes ampliando nossa imagina-
ção e nossa capacidade de desejar, consumimos e 
somos consumidos. Numa época toda codificada 
como a nossa, o código da alma (o código do ser) 
virou código do consumidor! Fascínio pelo con-
sumo, fascínio do consumo. Felicidade, luxo, bem-
estar, boa forma, lazer, elevação espiritual, saúde, 
turismo, sexo, família e corpo são hoje reféns da en-
grenagem do consumo. 
BARCELLOS, G. A alma do consumo. Disponível em: 
www.diplomatique.org.br. Acesso em: 18 jan. 2015. 
Esses textos propõem uma reflexão crítica sobre o con-
sumismo. Ambos partem do ponto de vista de que esse 
hábito 
a) desperta o desejo de ascensão social. 
b) provoca mudanças nos valores sociais. 
c) advém de necessidades suscitadas pela publicidade. 
d) deriva da inerente busca por felicidade pelo ser hu-
mano. 
e) resulta de um apelo do mercado em determinadas 
datas. 
Questão 12 
Dronalismo: notas sobre o uso de drones na produção 
de conteúdo jornalístico 
A utilização das aeronaves remotamente pilotadas em 
coberturas jornalísticas tem sido discutida tanto do 
ponto de vista dos veículos de comunicação quanto do 
jornalismo cidadão, uma vez que o público encontra-se 
em uma posição de produção de conteúdos, podendo 
muitas vezes contestar o discurso da mídia tradicional. 
Uma questão que consideramos central no jornalismo 
drone é: quando utilizar esse recurso? O baixo custo da 
operação e a possibilidade de se obterem informações 
de diferentes ângulos é um grande atrativo, ainda mais 
em uma época em que diversos veículos encontram di-
ficuldades em engajar uma audiência dispersa e relu-
tante a pagar pelo conteúdo disponível na web. É im-
portante ter-se em mente que, apesar das característi-
cas extremamente favoráveis ao uso de drones no jor-
nalismo, existe uma preocupação bastante séria com a 
privacidade das pessoas, e a possibilidade de se con-
fundir reportagem com invasão e coberturas informa-
tivas com vigilância, inquietações reveladas com o sur-
gimento das primeiras reportagens que utilizaram o re-
curso das aeronaves não tripuladas. 
PASE, A. F.; GOSS, B. M. Disponível em: www.revistageminis.ufs-
car.br. Acesso em: 30 out. 2015 (adaptado). 
Ao abordar os impactos do uso de drones sobre a pro-
dução de informações, o texto destaca o(a) 
a) impasse ético de sua utilização no jornalismo. 
b) descentralização da elaboração de conteúdo geradapor eles. 
c) receio em relação ao seu uso em matérias sensacio-
nalistas. 
d) sua importância para a redução de custos de empre-
sas de mídia. 
e) sua praticidade para a obtenção de imagens em lu-
gares de difícil acesso. 
................................................................................... 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Como percepção da sociedade moderna, não há nada 
que se compare a ‘O Capital’, ao ‘Manifesto Comunista’ 
e aos escritos sobre a luta de classes na França. A po-
tência da formulação e da análise até hoje deixa boqui-
aberto. Dito isso, os prognósticos de Marx sobre a re-
volução operária não se realizaram, o que obriga a uma 
leitura distanciada. Outros aspectos da teoria, entre-
tanto, ficaram de pé, mais atuais do que nunca, tais 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
como a mercantilização da existência, a crise geral 
sempre pendente e a exploração do trabalho. Nossa 
vida intelectual seria bem mais relevante se não 
fechássemos os olhos para esse lado das coisas. 
 (Roberto Schwarz, “Por que ler Marx”, Folha de S.Paulo, 
22.02.2013) 
................................................................................... 
Questão 13 
No trecho: “... o que obriga a uma leitura distanciada.”, 
a expressão em destaque tem o valor semântico de: 
a) leitura nas entrelinhas, ou seja, do que está suben-
tendido. 
b) leitura que leva em conta o contexto temporal. 
c) leitura fantasiosa, imaginativa. 
d) leitura crítica, sem envolvimento emocional. 
e) leitura interpretativa com uma óptica moderna. 
................................................................................... 
Questão 14 
Entrevista com Terezinha Guilhermina 
Terezinha Guilhermina é uma das atletas mais premia-
das da história paraolímpica do Brasil e um dos princi-
pais nomes do atletismo mundial. Está no Guinness 
Book de 2013/2014 como a “cega” mais rápida do 
mundo. 
Observatório: Quais os desafios você teve que superar 
para se consagrar como atleta profissional? 
Terezinha Guilhermina: Considero a ausência de recur-
sos financeiros, nos três primeiros anos da minha car-
reira, como meu principal desafio. A falta de um atleta-
guia, para me auxiliar nos treinamentos, me obrigava a 
treinar sozinha e, por não enxergar bem, acabava so-
frendo alguns acidentes como trombadas e quedas. 
Observatório: Como está a preparação para os Jogos 
Paraolímpicos de 2016? 
Terezinha Guilhermina: Estou trabalhando intensa-
mente, com vistas a chegar lá bem melhor do que es-
tive em Londres. E, por isso, posso me dedicar a treinos 
diários, trabalhos preventivos de lesões e acompanha-
mento psicológico e nutricional da melhor qualidade. 
Revista do Observatório Brasil de igualdade de Gênero, n. 6, dez. 
2014 (adaptado). 
O texto permite relacionar uma prática corporal com 
uma visão ampliada de saúde. O fator que possibilita 
identificar essa perspectiva é o(a) 
a) aspecto nutricional. 
b) condição financeira. 
c) prevenção de lesões. 
d) treinamento esportivo. 
e) acompanhamento psicológico. 
................................................................................... 
Questão 15 
 
Essa história em quadrinhos aborda a padronização da 
imagem corporal na contemporaneidade. O fator que 
pode ser identificado como influenciador do compor-
tamento obsessivo retratado nos quadrinhos é o 
a) entendimento da aparência corporal relacionada à 
saúde. 
b) controle feminino sobre o ideal social de estética 
corporal. 
c) desejo pelo modelo de corpo ideal construído social-
mente. 
d) questionamento crítico dos valores ligados ao su-
cesso social. 
e) posicionamento reflexivo da mulher frente às impo-
sições estéticas. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 16 
Na sociologia e na literatura, o brasileiro foi por vezes 
tratado como cordial e hospitaleiro, mas não é isso o 
que acontece nas redes sociais: a democracia racial 
apregoada por Gilberto Freyre passa ao largo do que 
acontece diariamente nas comunidades virtuais do 
país. Levantamento inédito realizado pelo projeto Co-
munica que Muda [...] mostra em números a intolerân-
cia do internauta tupiniquim. Entre abril e junho, um 
algoritmo vasculhou plataformas [...] atrás de mensa-
gens e textos sobre temas sensíveis, como racismo, po-
sicionamento político e homofobia. Foram identifica-
das 393.284 menções, sendo 84% delas com aborda-
gem negativa, de exposição do preconceito e da discri-
minação. 
Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 6 dez. 2017 
(adaptado). 
Ao abordar a postura do internauta brasileiro mapeada 
por meio de uma pesquisa em plataformas virtuais, o 
texto 
a) minimiza o alcance da comunicação digital. 
b) refuta ideias preconcebidas sobre o brasileiro. 
c) relativiza responsabilidades sobre a no חדo de res-
peito. 
d) exemplifica conceitos contidos na literatura e na so-
ciologia. 
e) expõe a ineficácia dos estudos para alterar tal com-
portamento. 
................................................................................... 
Questão 17 
As cores 
Maria Alice abandonou o livro onde seus dedos 
longos liam uma história de amor. Em seu pequeno 
mundo de volumes, de cheiros, de sons, todas aquelas 
palavras eram a perpétua renovação dos mistérios em 
cujo seio sua imaginação se perdia. [...] Como seria cor 
e o que seria? [...]. Era, com certeza, a nota marcante 
de todas as coisas para aqueles cujos olhos viam, aque-
les olhos que tantas vezes palpara com inveja calada e 
que se fechavam, quando os tocava, sensíveis como 
pássaros assustados, palpitantes de vida, sob seus de-
dos trêmulos, que diziam ser claros. Que seria o claro, 
afinal? Algo que aprendera, de há muito, ser igual ao 
branco. [...] 
E agora Maria Alice voltava outra vez ao Insti-
tuto. E ao grande amigo que lá conhecera. [...]. Lem-
brava-se da ternura daquela voz, da beleza daquela 
voz. De como se adivinhavam entre dezenas de outros 
e suas mãos se encontravam. De como as palavras de 
amor tinham irrompido e suas bocas se encontrado... 
De como um dia seus pais haviam surgido inesperada-
mente no Instituto e a haviam levado à sala do diretor 
e se haviam queixado da falta de vigilância e morali-
dade no estabelecimento. E de como, no momento em 
que a retiravam e quando ela disse que pretendia se 
despedir de um amigo pelo qual tinha grande afeição e 
com quem se queria casar, o pai exclamara, horrori-
zado: 
– Você não tem juízo, criatura? Casar-se com 
um mulato? Nunca! 
Mulato era cor. Estava longe aquele dia. Estava 
longe o Instituto, ao qual não saberia voltar, do qual 
nunca mais tivera notícia, e do qual somente restara o 
privilégio de caminhar sozinha pelo reino dos livros, tão 
parecido com a vida dos outros, tão cheio de cores.. . 
LESSA, O. Seleta de Orígenes Lessa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. 
No texto, a condição da personagem e os desdobra-
mentos da narrativa conduzem o leitor a compreender 
o(a) 
a) percepção das cores como metáfora da discrimina-
ção racial. 
b) privação da visão como elemento definidor das rela-
ções humanas. 
c) contraste entre as representações do amor de dife-
rentes gerações. 
d) prevalência das diferenças sociais sobre a liberdadedas relações afetivas. 
e) embate entre a ingenuidade juvenil e a manutenção 
de tradições familiares. 
................................................................................... 
Questão 18 
Filha do compositor Paulo Leminski lança disco com 
suas canções 
“Leminskanções” dá novos arranjos a 24 composições 
do poeta 
Frequentemente, a cantora e compositora Estrela Ruiz 
é questionada sobre a influência da poesia de seu pai, 
Paulo Leminski, na música que ela produz. “A minha in-
fância foi música, música, música”, responde veemen-
temente, lembrando que, antes de poeta, Leminski era 
compositor. 
Estrela frisa a faceta musical do pai em Leminskanções. 
Duplo, o álbum soma Essa noite vai ter sol, com 13 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
composições assinadas apenas por Leminski, e Se nem 
for terra, se transformar, que tem 11 parcerias com no-
mes como sua mulher, Alice Ruiz, com quem compôs 
uma única faixa, Itamar Assumpção e Moraes Moreira. 
BOMFIM, M. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br. 
Acesso em: 22 ago. 2014 (adaptado). 
Os gêneros textuais são caracterizados por meio de 
seus recursos expressivos e suas intenções comunicati-
vas. Esse texto enquadra-se no gênero 
a) biografia, por fazer referência à vida da artista. 
b) relato, por trazer o depoimento da filha do artista. 
c) notícia, por informar ao leitor sobre o lançamento do 
disco. 
d) resenha, por apresentar as características do disco. 
e) reportagem, por abordar peculiaridades sobre a vida 
da artista. 
................................................................................... 
Questão 19 
Leia o trecho: 
 A figura de Vitorino era toda de indignação, de 
um desespero terrível. 
 - Cambada de cachorros. Eu sou Vitorino Car-
neiro da Cunha, homem branco, de respeito. 
 Falava só, gesticulava como se mantivesse um 
diálogo com um inimigo. Sacudia a tabica com uma fú-
ria de louco. 
 - E o diabo desta besta que não anda! 
 E castigava a égua com impiedade. Pela estrada 
silenciosa o pisar mole da montaria espantava as lagar-
tixas. O capitão Vitorino Carneiro da Cunha atravessava 
as terras do coronel Lula de Holanda, do Santa Fé. Ali 
era a grande aroeira que dava mal-assombrado. Ele 
não acreditava. Ele não tinha medo de coisa viva, de 
coisa morta. 
 ("Fogo Morto", José Lins do Rego) 
tabica: chibata feita com haste de mesmo nome. 
aroeira: tipo de árvore 
Em "Fogo Morto", destaca-se a figura do Capitão Vito-
rino, tido pela crítica literária como uma personagem 
quixotesca, já que, à semelhança de D. Quixote, de Cer-
vantes, é uma figura que possui um idealismo solitário 
convertido em ações intempestivas que beiram a lou-
cura. Guardadas as devidas diferenças, pode-se 
estabelecer um paralelo entre Capitão Vitorino e uma 
outra personagem considerada "herói quixotesco", 
que é: 
a) Leonardinho, por encarnar um amoralismo relacio-
nado com a necessidade de sobrevivência, fome e 
toda sorte de sujeições que oprimem as camadas 
populares; 
b) Jeca Tatu, por ser a imagem do caipira, apático e pre-
guiçoso, que passa a vida vegetando segundo a lei 
do menor esforço; 
c) Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, por repre-
sentar o inconsciente coletivo brasileiro; 
d) Policarpo Quaresma, por simbolizar o ridículo e o pa-
tético de um nacionalismo fanatizante e anacrônico, 
desejando dentre outras o tupi como língua oficial 
no Brasil; 
e) Fabiano, por ser um vaqueiro bruto e ignorante, que 
se expressava através de onomatopeias. 
................................................................................... 
Questão 20 
 
Colcha de retalhos representa a essência do mural e 
convida o público a 
a) apreciar a estética do cotidiano. 
b) interagir com os elementos da composição. 
c) refletir sobre elementos do inconsciente do artista. 
d) reconhecer a estética clássica das formas. 
e) contemplar a obra por meio da movimentação física. 
................................................................................... 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
Questão 21 
 
Assinale a correta. De acordo com a charge: 
a) a primeira fala faz referências à restituição do Im-
posto de Renda, restituição essa frequentemente 
distorcida e sempre aquém do esperado pelo contri-
buinte. 
b) a graça recai sobre a discrepância entre os altos im-
postos auferidos pelo governo e os poucos ou defi-
cientes serviços prestados por este à população. 
c) a resposta do interlocutor é irônica, pois supõe um 
governo capitalista a se apropriar, por meio de im-
postos, do fruto do trabalho da população. 
d) a pergunta da locutora é retórica, pois passou a ser 
lugar comum criticar as enormes arrecadações, via 
impostos, e os sempre insuficientes benefícios soci-
ais para a população. 
e) a graça se concentra numa inusitada interpretação 
político-ideológica da incompetência administrativa 
do governo quanto ao uso do dinheiro público. 
................................................................................... 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
“O homem não pode abster-se da filosofia”, diz Jaspers 
com razão. “Ela está presente em todo lugar e sempre. 
A única questão que se apresenta é saber se ela é cons-
ciente ou não, boa ou má, confusa ou clara”. Na ver-
dade, a pesquisa da verdade científica, que só interessa 
aliás a uma minoria, não exaure¹ em nada a natureza 
do homem, mesmo nessa minoria. Resta que o homem 
vive, toma partido, crê em multiplicidade de valores, 
hierarquiza-os e dá assim um sentido à sua existência 
por opções que ultrapassam sem cessar as fronteiras 
do seu conhecimento efetivo. No homem que pensa, 
essa coordenação pode ser raciocinada, no sentido de 
que, para fazer a síntese entre aquilo em que acredita 
e que sabe, só pode utilizar uma reflexão, seja prolon-
gando seu saber ou opondo-se a ele em um esforço crí-
tico para determinar suas fronteiras atuais e legitimar 
a colocação dos valores que o ultrapassam. Essa síntese 
raciocinada entre as crenças, quaisquer que sejam, e as 
condições do saber, é o que nós chamamos de uma “sa-
bedoria” e tal nos parece o objeto da filosofia. 
(Piaget, Jean. Sabedoria e Ilusões da Filosofia. Tradução de Zilda 
Abujamra Daeir. S.Paulo. Difusão Europeia do Livro) 
¹exaurir = esgotar 
................................................................................... 
Questão 22 
De acordo com o texto: 
a) A minoria que está interessada na verdade científica 
não se ocupa com o sentido da vida. 
b) A busca da verdade filosófica esgota a natureza de 
uma minoria da humanidade. 
c) O homem que vive, que toma partido, que crê em 
multiplicidade de valores, não dispõe de tempo para 
a filosofia. 
d) A reflexão amplia o saber, questiona o próprio saber 
e justifica o que está fora do alcance do saber. 
e) A crença nos valores e sua organização fazem parte 
da natureza humana para alcançar a verdade cientí-
fica. 
................................................................................... 
Questão 23 
Receita 
Tome-se um poeta não cansado, 
Uma nuvem de sonho e uma flor, 
Três gotas de tristeza, um tom dourado, 
Uma veia sangrando de pavor. 
Quando a massa já ferve e se retorceDeita-se a luz dum corpo de mulher, 
Duma pitada de morte se reforce, 
Que um amor de poeta assim requer. 
SARAMAGO, J. Os poemas possíveis. 
Alfragide: Caminho, 1997. 
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Os gêneros textuais caracterizam-se por serem relati-
vamente estáveis e podem reconfigurar-se em função 
do propósito comunicativo. Esse texto constitui uma 
mescla de gêneros, pois 
a) introduz procedimentos prescritivos na composição 
do poema. 
b) explicita as etapas essenciais à preparação de uma 
receita. 
c) explora elementos temáticos presentes em uma re-
ceita. 
d) apresenta organização estrutural típica de um po-
ema. 
e) utiliza linguagem figurada na construção do poema. 
................................................................................... 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Utilize o texto abaixo para responder à questão. 
Governados pelo medo 
A sensação de insegurança rege mercados e relações 
sociais. E ninguém parece ter controle sobre os perigos 
invisíveis que nos ameaçam por FLAVIA TAVARES 
“Que computador foi danificado pelo sinistro 
‘bug do milênio’? Quantas pessoas você conhece que 
foram vítimas dos ácaros de tapete? Quantos amigos 
seus morreram da doença da vaca louca? Quantos co-
nhecidos ficaram doentes ou inválidos por causa de ali-
mentos geneticamente modificados?” Esta sequência 
de perguntas está no (...) livro do sociólogo polonês 
Zygmunt Bauman, Medo Líquido (…). A elas, ele não dá 
uma resposta, cumprindo apenas seu papel de provo-
cador. Mas nem precisaria. Esse questionamento faz 
parte do que ele chama de “a era dos temores”. 
Foi esse temor, inclusive, o motor do abalo que 
atingiu as bolsas de valores do mundo inteiro esta se-
mana. O medo de uma crise econômica se transformou 
na crise em si. E, enquanto o governo dos Estados Uni-
dos não deu sinais de que tinha condições de amenizar 
o estrago, baixando os juros e lançando pacotes, o pâ-
nico se manteve. Para Bauman, este é um dos sinais de 
que estamos subjugados pelo medo: todas as situações 
que nos ameaçam parecem orientadas por poderes 
que nos fogem ao controle. (…) 
Grande amarrador de ideias que vagam no ar, 
ele desenvolveu o conceito de uma sociedade “lí-
quida”, partindo do princípio de que as certezas e a 
previsibilidade do futuro estão diluídas e, porque polí-
ticos e empresas tendem a lucrar com isso, não há 
perspectiva de que esse clima de insegurança seja 
sanado. “Pelo contrário, os governos e os mercados 
têm interesse em manter esses medos intactos e, se 
possível, aumentá-los.” (…) 
(O Estado de S. Paulo, 27/01/2008) 
................................................................................... 
Questão 24 
As perguntas iniciais do fragmento são um recurso ar-
gumentativo para mostrar que 
a) a sociedade moderna está conseguindo aumentar a 
sensação de segurança da população. 
b) os meios de comunicação fizeram com que a popu-
lação percebesse como o mundo atual é perigoso. 
c) existe um clima de insegurança cada vez mais gene-
ralizado, embora muitos temores sejam infundados. 
d) os mercados financeiros lucram com esses temores, 
enquanto governos perdem dinheiro com isso. 
e) não existem respostas prontas para esses questiona-
mentos, que tendem a acabar no mundo contempo-
râneo. 
................................................................................... 
Questão 25 
Soneto VII 
Onde estou? Este sítio desconheço: 
Quem fez tão diferente aquele prado? 
Tudo outra natureza tem tomado; 
E em contemplá-lo tímido esmoreço. 
 
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço 
De estar a ela um dia reclinado: 
Ali em vale um monte está mudado: 
Quanto pode dos anos o progresso! 
 
Árvores aqui vi tão florescentes, 
Que faziam perpétua a primavera: 
Nem troncos vejo agora decadentes. 
 
Eu me engano: a região esta não era; 
Mas que venho a estranhar, se estão presentes 
Meus males, com que tudo degenera! 
COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: 
www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2012. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a contempla-
ção da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em 
que transparece uma 
a) angústia provocada pela sensação de solidão. 
b) resignação diante das mudanças do meio ambiente. 
c) dúvida existencial em face do espaço desconhecido. 
d) intenção de recriar o passado por meio da paisagem. 
e) empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da 
terra. 
................................................................................... 
Questão 26 
 
A utilização de determinadas variedades linguísticas 
em campanhas educativas tem a função de atingir o 
público-alvo de forma mais direta e eficaz. No caso 
desse texto, identifica-se essa estratégia pelo(a) 
a) discurso formal da língua portuguesa. 
b) registro padrão próprio da língua escrita. 
c) seleção lexical restrita à esfera da medicina. 
d) fidelidade ao jargão da linguagem publicitária. 
e) uso de marcas linguísticas típicas da oralidade. 
................................................................................... 
Questão 27 
As montanhas correm agora, lá fora, umas atrás das 
outras, hostis e espectrais, desertas de vontades novas 
que as humanizem, esquecidas já dos antigos homens 
lendários que as povoaram e dominaram. 
Carregam nos seus dorsos poderosos as pequenas ci-
dades decadentes, como uma doença aviltante e tenaz, 
que se aninhou para sempre em suas dobras. Não po-
dendo matá-las de todo ou arrancá-las de si e vencer, 
elas resignam-se e as ocultam com sua vegetação es-
cura e densa, que lhes serve de coberta, e resguardam 
o seu sonho imperial de ferro e ouro. 
PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Artium, 2001. 
As soluções de linguagem encontradas pelo narrador 
projetam uma perspectiva lírica da paisagem contem-
plada. Essa projeção alinha-se ao poético na medida 
em que 
a) explora a identidade entre o homem e a natureza. 
b) reveste o inanimado de vitalidade e ressentimento. 
c) congela no tempo a prosperidade de antigas cidades. 
d) destaca a estética das formas e das cores da paisa-
gem. 
e) captura o sentido da ruína causada pela extração mi-
neral. 
................................................................................... 
Questão 28 
Síntese entre erudito e popular 
Na região mineira, a separação entre cultura popular 
(as artes mecânicas) e erudita (as artes liberais) é mar-
cada pela elite colonial, que tem como exemplo os va-
lores europeus, e o grupo popular, formado pela fusão 
de várias culturas: portugueses aventureiros ou degre-
dados, negros e índios. Aleijadinho, unindo as sofistica-
ções da arte erudita ao entendimento do artífice popu-
lar, consegue fazer essa síntese característica deste 
momento único na história da arte brasileira: o barroco 
colonial. 
MAJORA, C. BrHistória, n. 3, mar. 2007 (adaptado). 
No século XVII, a arte brasileira, mais especificamente 
a de Minas Gerais, apresentava a valorização da técnica 
e um estilo próprio, incluindo a escolha dos materiais. 
Artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde têm suas 
obras caracterizadas por pecularidades que são identi-
ficadas por meio 
a) do emprego de materiaisoriundos da Europa e da 
interpretação realista dos objetos representados. 
b) do uso de recursos materiais disponíveis no local e 
da interpretação formal com características pró-
prias. 
c) da utilização de recursos materiais vindos da Europa e 
da homogeneização e linearidade representacional. 
.................................................................................................................................................................................................. 
 
.................................................................................................................................................................................................. 
d) da observação e da cópia detalhada do objeto repre-
sentado e do emprego de materiais disponíveis na 
região. 
e) da utilização de materiais disponíveis no Brasil e da 
interpretação idealizada e linear dos objetos repre-
sentados. 
................................................................................... 
Questão 29 
Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz 
livro 
Ao tuitar ou comentar em baixo do post de um de seus 
vários amigos no Facebook, você provavelmente se 
sente privilegiado por viver em um tempo na história em 
que é possível alcançar de forma imediata uma vasta 
rede de contatos por meio de um simples clique no bo-
tão “enviar”. Você talvez também reflita sobre como as 
gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, 
desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de 
receber, gerar e interagir com uma imensa carga de in-
formações. Mas o que você talvez não saiba é que os se-
res humanos usam ferramentas de interação social há 
mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, au-
tor do livro Writing on the Wall – Social Media, The first 
2.000 Years (Escrevendo no mural – mídias sociais, os 
primeiros 2 mil anos, em tradução livre). 
Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e polí-
tico romano, teria sido, junto com outros membros da 
elite romana, precursor do uso de redes sociais. O au-
tor relata como Cícero usava um escravo, que posteri-
ormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens 
em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie 
de rede de contatos. Estas pessoas, por sua vez, copia-
vam seu texto, acrescentavam seus próprios comentá-
rios e repassavam adiante. “Hoje temos computadores 
e banda larga, mas os romanos tinham escravos e es-
cribas que transmitiam suas mensagens”, disse Stand 
age à BBC Brasil. “Membros da elite romana escreviam 
entre si constantemente, comentando sobre as últimas 
movimentações políticas e expressando opiniões”. 
Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada 
pelos romanos era uma tábua de cera do tamanho e da 
forma de um tablet moderno, em que escreviam reca-
dos, perguntas ou transmitiam os principais pontos da 
acta diurna, um “jornal” exposto diariamente no Fó-
rum de Roma. Essa tábua, o “iPad da Roma Antiga”, era 
levada por um mensageiro até o destinatário, que res-
pondia embaixo da mensagem. 
NIDECKER, F. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 7 nov. 
2013 (adaptado}. 
Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias 
de comunicação antigas e atuais. Quanto ao gênero 
mensagem, identifica-se como característica que per-
dura ao longo dos tempos o(a) 
a) imediatismo das respostas. 
b) compartilhamento de informações. 
c) interferência direta de outros no texto original. 
d) recorrência de seu uso entre membros da elite. 
e) perfil social dos envolvidos na troca comunicativa. 
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Questão 30 
Paralimpíadas é a mãe 
Certamente eu descobriria no Google, mas me deu 
preguiça de pesquisar e, além disso, não tem impor-
tância saber quem inventou essa palavra grotesca, 
que agora a gente ouve nos noticiários de televisão e 
lê nos jornais. O surpreendente não é a invenção, 
pois sempre houve besteiras desse tipo, bastando 
lembrar os que se empenharam em não jogarmos fu-
tebol, mas ludopédio ou podobálio. O impressionante 
é a quase universalidade da adoção dessa palavra 
(ainda não vi se ela colou em Portugal, mas tenho 
dúvidas; os portugueses são bem mais ciosos de 
nossa língua do que nós), cujo uso parece ter sido ob-
jeto de um decreto imperial e faz pensar em por que 
não classificamos isso imediatamente como uma 
aberração deseducadora, desnecessária e inaceitá-
vel, além de subserviente a ditames saídos não se 
sabe de que cabeça desmiolada ou que interesse obs-
curo. Imagino que temos autonomia para isso e, se 
não temos, deveríamos ter, pois jornal, telejornal e 
radiojornal implicam deveres sérios em relação à lín-
gua. Sua escrita e sua fala são imitadas e tidas como 
padrão e essa responsabilidade não pode ser enca-
rada de forma leviana. 
Que cretinice é essa? Que quer dizer essa palavra, 
cuja formação não tem nada a ver com nossa língua? 
Faz muitos e muitos anos, o então ministro do Traba-
lho, Antônio Magri, usou a palavra "imexível" e foi 
gozado a torto e a direito, até porque ele não era 
bem um intelectual e era visto como um alvo fácil. 
Mas, no neologismo que talvez tenha criado, aplicou 
perfeitamente as regras de derivação da língua e o 
vocábulo resultante não está nada "errado", tanto 
assim que hoje é encontrado em dicionários e tem 
uso corrente. Já o vi empregado muitas vezes, sem 
alusão ao ex-ministro. Infutucável, inesculhambável 
e impaquerável, por exemplo, são palavras que não 
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se acham no dicionário, mas qualquer falante da lín-
gua as entende, pois estão dentro do espírito da lín-
gua, exprimem bem o que se pretende com seu uso e 
constituem derivações perfeitamente legítimas. 
Por que será que aceitamos sem discutir uma excres-
cência como "paralimpíada"? 
(João Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 23/09/2012) 
O que motivou a indignação do autor com a palavra 
“paralimpíadas” foi o(a): 
a) imposição da palavra, formada por um mecanismo 
que dispensa elementos conhecidos da língua. 
b) aceitação irrestrita do termo por parte da mídia, es-
pecialmente pela televisão. 
c) fato de que, ao contrário do neologismo “imexível”, 
a palavra não foi incorporada aos dicionários. 
d) tentativa de resgatar palavras arcaicas tal como se 
fossem decretos imperiais. 
e) recusa à adoção do neologismo pelos portugueses, 
cuja atitude revela-se conservadora. 
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Questão 31 
Feminismo pra quê? 
Mas será que você sabe o que é feminismo? 
É assustadora a quantidade de gente que não sabe o 
que é feminismo. Ninguém tem a obrigação de saber, 
é claro, mas a partir do momento em que você decide 
opinar sobre um assunto, é de bom tom saber do que 
se trata. As pessoas são “contra” o feminismo sem se-
quer saber o que significa. Feminismo não prega ódio, 
feminismo não prega a dominação das mulheres so-
bre os homens. Feminismo clama por igualdade, pelo 
fim da dominação de um gênero sobre outro. Femi-
nismo não é o contrário de machismo. Machismo é 
um sistema de dominação. Feminismo é uma luta por 
direitos iguais. Feminismo não tem nada a ver com 
deixar de usar batom, salto ou cercear sua liberdade 
sexual. Ninguém vai confiscar sua carteirinha de femi-
nista se você usar rímel. Mas te abre para a possibili-
dade de só usar maquiagem quando quiser, não por-
que tem que obrigatoriamente estar impecável e 
linda todos os dias a enfeitar o mundo. Feminismo 
não tem nada a ver com não ter filhos, e sim com a 
escolha de como e quando esses filhos virão,e se vi-
rão. Feminismo não tem nada a ver com não ser femi-
nina. E nem com ser. Feminismo tem a ver com liber-
dade, com eu, você, elas e eles podermos todos viver 
e ser, sem ninguém dando pitaco em como devemos 
nos portar, como devemos nos vestir, o que devemos 
dizer, o que devemos fazer com nossos corpos. Outra 
coisa importante: nem todas as feministas estão de 
acordo a respeito de todos os tópicos. Cada um cons-
trói seu feminismo. O feminismo não é um livro de re-
gras, mas uma discussão, uma conversa, um processo. 
Chega de reproduzir conceitos sem sequer parar para 
pensar neles. 
AVERBUCK, C. Carta Capital, 28 set. 2015 (adaptado). 
No texto, entre as estratégias argumentativas empre-
gadas para a defesa de um ponto de vista, a autora re-
corre à 
a) definição de feminismo pelo que ele não é para con-
frontar discursos antifeministas. 
b) contradição na caracterização do feminismo para 
contemplar visões antagônicas. 
c) menção a situações cotidianas das mulheres para re-
presentar o universo feminino. 
d) formulação de perguntas para as quais o leitor terá 
de encontrar respostas no texto. 
e) explicitação de diferentes opiniões para chegar a um 
consenso sobre o feminismo. 
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Questão 32 
TEXTO I 
 
TEXTO II 
Speto 
Paulo César Silva, mais conhecido como Speto, é um 
grafiteiro paulista envolvido com o skate e a música. O 
fortalecimento de sua arte ocorreu, em 1999, pela 
oportunidade de ver de perto as referências que trazia 
há tempos, ao passar por diversas cidades do Norte do 
Brasil em uma turnê com a banda O Rappa. 
Revista Zupi, n. 19, 2010. 
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O grafite do artista paulista Speto, exposto no Museu 
Afro Brasil, revela elementos da cultura brasileira reco-
nhecidos 
a) na influência da expressão abstrata. 
b) na representação de lendas nacionais. 
c) na inspiração das composições musicais. 
d) nos traços marcados pela xilogravura nordestina. 
e) nos usos característicos de grafismos dos skates. 
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Questão 33 
Fraudador é preso por emitir atestados com erro de 
português 
Mais um erro de português leva um criminoso 
às mãos da polícia. Desde 2003, M.O.P., de 37 anos, ad-
ministrava a empresa MM, que falsificava boletins de 
ocorrência, carteiras profissionais e atestados de óbito, 
tudo para anular multas de trânsito. Amparado pela 
documentação fajuta de M.O.P., um motorista poderia 
alegar às Juntas Administrativas de Recursos de Infra-
ções que ultrapassou o limite de velocidade para levar 
uma parente que passou mal e morreu a caminho do 
hospital. 
O esquema funcionou até setembro, quando 
M.O.P. foi indiciado. Atropelara a gramática. Havia 
emitido, por exemplo, um atestado de abril do ano pas-
sado em que estava escrito aneurisma “celebral” (com 
l no lugar de r) e “insulficiência” múltipla de órgãos 
(com um l desnecessário em “insuficiência” – além do 
fato de a expressão médica adequada ser “falência 
múltipla de órgãos”). 
M.O.P. foi indiciado pela 2ª Delegacia de Divi-
são de Crimes de Trânsito. Na casa do acusado, em São 
Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia en-
controu um computador com modelos de documentos. 
Língua Portuguesa, n. 12, set. 2006 (adaptado). 
O texto apresentado trata da prisão de um fraudador 
que emitia documentos com erros de escrita. Tendo 
em vista o assunto, a organização, bem como os recur-
sos linguísticos, depreende-se que esse texto é um(a) 
a) conto, porque discute problemas existenciais e soci-
ais de um fraudador. 
b) notícia, porque relata fatos que resultaram no indi-
ciamento de um fraudador. 
c) crônica, porque narra o imprevisto que levou a polí-
cia a prender um fraudador. 
d) editorial, porque opina sobre aspectos linguísticos 
dos documentos redigidos por um fraudador. 
e) piada, porque narra o fato engraçado de um frauda-
dor descoberto pela polícia por causa de erros de 
grafia. 
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Questão 34 
– Não digo que seja uma mulher perdida, mas recebeu 
uma educação muito livre, saracoteia sozinha por toda 
a cidade e não tem podido, por conseguinte, escapar à 
implacável maledicência dos fluminenses. Demais, está 
habituada ao luxo, ao luxo da rua, que é o mais caro; 
em casa arranjam-se ela e a tia sabe Deus como. Não é 
mulher com quem a gente se case. Depois, lembra-te 
que apenas começas e não tens ainda onde cair morto. 
Enfim, és um homem: faze o que bem te parecer. 
Essas palavras, proferidas com uma franqueza por tan-
tos motivos autorizada, calaram no ânimo do bacharel. 
Intimamente ele estimava que o velho amigo de seu pai 
o dissuadisse de requestar a moça, não pelas conse-
quências morais do casamento, mas pela obrigação, 
que este lhe impunha, de satisfazer uma dívida de vinte 
contos de réis, quando, apesar de todos os seus esfor-
ços, não conseguira até então pôr de parte nem o terço 
daquela quantia. 
AZEVEDO, A. A dívida. Disponível em: www.dominiopu-
blico.gov.br. Acesso em: 20 ago. 2017. 
O texto, publicado no fim do século XIX, traz à tona re-
presentações sociais da sociedade brasileira da época. 
Em consonância com a estética realista, traços da visão 
crítica do narrador manifestam-se na 
a) caracterização pejorativa do comportamento da mu-
lher solteira. 
b) concepção irônica acerca dos valores morais ineren-
tes à vida conjugal. 
c) contraposição entre a idealização do amor e as im-
posições do trabalho. 
d) expressão caricatural do casamento pelo viés do 
sentimentalismo burguês. 
e) sobreposição da preocupação financeira em relação 
ao sentimento amoroso. 
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Questão 35 
 
A ironia da charge acima reside, sobretudo, no fato de: 
a) não haver uma eficiente comunicação e/ ou diálogo 
entre governantes e população quando se trata de 
uma crise política. 
b) haver um discurso ideológico distorcido por parte do 
governo ao tratar de um problema social. 
c) os problemas da sociedade serem resolvidos apenas 
no plano linguístico, evidenciando o caráter falaci-
oso do discurso. 
d) os governantes invariavelmente atacarem de modo 
equivocado e com medidas ineficazes os problemas 
da população. 
e) os administradores governamentais se mostrarem 
completamente incompetentes ante um problema 
político. 
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Questão 36 
 
A exploração dos contrastes entre o claro e o escuro é 
própria da arte barroca, como é o caso da obra Judite e 
Holoferne. O tratamento de luminosidade empregado 
por Caravaggio nessa obra 
a) cria uma atmosfera de sonho e imaginação, por dei-
xar algumas regiões do quadro na obscuridade. 
b) oculta os corpos na penumbra, eliminando do qua-
dro qualquer traço de sensualidade. 
c) produz um envolvimento místico e distanciado da 
experiência cotidiana. 
d) enfatiza o drama e o conflito, conjugando realismo e 
artificialidade. 
e) recortaas figuras contra o fundo escuro, negando a 
profundidade. 
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Questão 37 
Texto I 
 
Texto II 
Tenho um rosto lacerado por rugas secas e profundas, 
sulcos na pele. Não é um rosto desfeito, como acontece 
com pessoas de traços delicados, o contorno é o 
mesmo mas a matéria foi destruída. Tenho um rosto 
destruído. 
DURAS, M. O amante. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985. 
Na imagem e no texto do romance de Marguerite Du-
ras, os dois autorretratos apontam para o modo de re-
presentação da subjetividade moderna. Na pintura e 
na literatura modernas, o rosto humano deforma-se, 
destrói-se ou fragmenta-se em razão 
a) da adesão à estética do grotesco, herdada do roman-
tismo europeu, que trouxe novas possibilidades de 
representação. 
b) das catástrofes que assolaram o século XX e da des-
coberta de uma realidade psíquica pela psicanálise. 
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c) da opção em demonstrarem oposição aos limites es-
téticos da revolução permanente trazida pela arte 
moderna. 
d) do posicionamento do artista do século XX contra a 
negação do passado, que se torna prática dominante 
na sociedade burguesa. 
e) da intenção de garantir uma forma de criar obras de 
arte independentes da matéria presente em sua his-
tória pessoal. 
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Questão 38 
10 anos de “hashtag”: a ferramenta que mobiliza a internet 
A “hashtag”, ícone das redes sociais, celebrou 
em 2017 seus primeiros 10 anos de uso no acompanha-
mento dos grandes eventos mundiais com um efeito de 
mobilização e expressão de emoção e humor. 
A palavra-chave precedida pelo símbolo do jogo 
da velha foi popularizada pelo Twitter antes de ser in-
corporada por outras redes sociais. A invenção foi de 
Chris Messina, designer americano especialista em re-
des sociais. Em 23 de agosto de 2007, o usuário intensivo 
do Twitter propôs em um tuíte usar o jogo da velha para 
reagrupar mensagens sobre um mesmo assunto. Ele lan-
çou, então, a primeira “hashtag” #barcamp sobre ofici-
nas participativas dedicadas à inovação na web. 
O compartilhamento das palavras-chaves – que 
já são citadas 125 milhões de vezes por dia no mundo – 
já serviu de trampolim para mobilizações em massa. 
Alguns slogans que tiveram grande efeito mobili-
zador foram o #BlackLivesMatter (Vidas negras impor-
tam), após a morte de vários cidadãos americanos negros 
pela polícia, e #OccupyWallStreet (Ocupem Wall Street), 
referente ao movimento que acampou no coração de 
Manhattan para denunciar os abusos do capitalismo. 
AFP. Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 24 
ago. 2017 (adaptado). 
Ao descrever a história e os exemplos de utilização da 
hashtag, o texto evidencia que 
a) a incorporação desse recurso expressivo pela socie-
dade impossibilita a manutenção de seu uso original. 
b) a incorporação desse recurso expressivo pela socie-
dade o flexibilizou e o potencializou. 
c) a incorporação pela sociedade caracterizou esse re-
curso expressivo de forma definitiva. 
d) esse recurso expressivo se tornou o principal meio 
de mobilização social pela internet. 
e) esse recurso expressivo precisou de uma década 
para ganhar notabilidade social. 
Questão 39 
Naquela manhã de céu limpo e ar leve, devido à chuva 
torrencial da noite anterior, sai a caminhar com o sol 
ainda escondido para tomar tenência dos primeiros 
movimentos da vida na roça. Num demorou nem um 
tiquinho e o cheiro intenso do café passado por Dona 
Linda me invadiu as narinas e fez a fome se acordar da-
quela rema letárgica derivada da longa noite de sono. 
Levei as mãos até a água que corria pela bica feita de 
bambu e o contato gelado foi de arrepiar. Mas fui em 
frente e levei as mãos em concha até o rosto. Com o 
impacto, recuei e me faltou o fôlego por alguns instan-
tes, mas o despertar foi imediato. Já aceso, entrei na 
cozinha na buscação de derrubar a fome e me acercar 
do aconchego do calor do fogão à lenha. Foi quando dei 
reparo da figura esguia e discreta de uma senhora 
acompanhada de um garoto aparentando uns cinco 
anos de idade já aboletada na ponta da mesa em pro-
seio íntimo com a dona da casa. Depois de um vigoroso 
“Bom dia!”, de um vaporoso aperto de mãos nas apre-
sentações de praxe, fiquei sabendo que Dona Flor de 
Maio levava o filho Adão para tratamento das feridas 
que pipocavam por seu corpo, provocando pequenas 
pústulas de bordas avermelhadas. 
GUIÃO, M. Disponível em: www.revistaecologico.com.br. Acesso 
em: 10 mar. 2014 (adaptado). 
A variedade linguística da narrativa é adequada à des-
crição dos fatos. Por isso, a escolha de determinadas 
palavras e expressões usadas no texto está a serviço da 
a) localização dos eventos de fala no tempo ficcional. 
b) composição da verossimilhança do ambiente retra-
tado. 
c) restrição do papel do narrador à observação das ce-
nas relatadas. 
d) construção mística das personagens femininas pelo 
autor do texto. 
e) caracterização das preferências linguísticas da per-
sonagem masculina. 
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Questão 40 
Somente uns tufos secos de capim empedrados cres-
cem na silenciosa baixada que se perde de vista. So-
mente uma árvore, grande e esgalhada mas com pou-
quíssimas folhas, abre-se em farrapos de sombra. 
Único ser nas cercanias, a mulher é magra, ossuda, seu 
rosto está lanhado de vento. Não se vê o cabelo, co-
berto por um pano desidratado. Mas seus olhos, a 
boca, a pele – tudo é de uma aridez sufocante. Ela está 
de pé. A seu lado está uma pedra. O sol explode. 
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Ela estava de pé no fim do mundo. Como se andasse 
para aquela baixada largando para trás suas noções de 
si mesma. Não tem retratos na memória. Desapossada 
e despojada, não se abate em autoacusações e remor-
sos. Vive. 
Sua sombra somente é que lhe faz companhia. Sua som-
bra, que se derrama em traços grossos na areia, é que 
adoça como um gesto a claridade esquelética. A mulher 
esvaziada emudece, se dessangra, se cristaliza, se mine-
raliza. Já é quase de pedra como a pedra a seu lado. Mas 
os traços de sua sombra caminham e, tornando-se mais 
longos e finos, esticam-se para os farrapos de sombra da 
ossatura da árvore, com os quais se enlaçam. 
FRÓES, L. Vertigens: obra reunida. Rio de Janeiro: Rocco. 1998. 
Na apresentação da paisagem e da personagem, o nar-
rador estabelece uma correlação de sentidos em que 
esses elementos se entrelaçam. Nesse processo, a con-
dição humana configura-se 
a) amalgamada pelo processo comum de desertifica-
ção e de solidão. 
b) fortalecida pela adversidade extensiva à terra e aos 
seres vivos. 
c) redimensionada pela intensidade da luz e da exube-
rância local. 
d) imersa num drama existencial de identidade e de 
origem. 
e) imobilizada pela escassez e pela opressão do ambi-
ente. 
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Questão 41 
O humor e a língua 
Há algum tempo, venho estudando as piadas, com ên-
fase em sua constituição linguística. Por isso, embora a 
afirmação a seguir possa

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