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hermeneutica constitucional - introducao

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Hermenêutica constitucional
Prof. Marcelo Caminha Filho
Hermenêutica constitucional
Hermenêutica constitucional
“Estudo e sistematização dos processos aplicáveis para 
determinar o sentido e o alcance das expressões do direito.” 
(Carlos Maximiliano).
Hermenêutica constitucional
“Estudo e sistematização dos processos aplicáveis para 
determinar o sentido e o alcance das expressões do direito.” 
(Carlos Maximiliano).
Determinado na própria norma (“aos militares é vedado
[...]”) ou pela competência da autoridade legiferante (e.g.:
Lei nº 9.784, de 1999 [processo administrativo federal])
Hermenêutica constitucional
Hermenêutica constitucional ou hermenêutica jurídica?
Tem diferença?
Hermenêutica constitucional
Hermenêutica constitucional ou hermenêutica jurídica?
Tem diferença? Não muita! O que muda são os critério de
solução de antinomias.
Antinomia real x antinomia aparente
Hermenêutica constitucional
Antinomia aparente: parece um conflito insolúvel de normas, mas não é. Pode ser
solucionada pela aplicação dos critérios de solução de antinomias:
Hierarquia:
Cronologia: LINDB: “Art. 2º (...) § 1º A lei posterior revoga a anterior quando
expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.”
Especialidade: LINDB: “Art. 2º (...) § 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais
ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.”
Hermenêutica constitucional
Lei nº 9.099, de 1995: “Art. 12-A.
Na contagem de prazo em dias,
estabelecido por lei ou pelo juiz,
para a prática de qualquer ato
processual, inclusive para a
interposição de recursos, computar-
se-ão somente os dias úteis.”
(Incluído pela Lei nº 13.728, de
2018)
Lei nº 9.099, de 1995: “Art. 42. O recurso será
interposto no prazo de dez dias, contados da
ciência da sentença, por petição escrita, da qual
constarão as razões e o pedido do recorrente.”
X
Código de Processo Civil: “Art. 219. Na 
contagem de prazo em dias, estabelecido por lei 
ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias 
úteis.”
=
Enunciado Cível nº 165 do FONAJE: “Nos 
Juizados Especiais Cíveis, todos os prazos serão 
contados de forma contínua” (XXXIX Encontro -
Maceió-AL).
Hermenêutica constitucional
Antinomia real: “oposição que ocorre entre duas normas contraditórias (total ou
parcialmente), emanadas de autoridades competentes num mesmo âmbito
normativo, que colocam o sujeito numa posição insustentável pela ausência ou
inconsistência de critérios aptos a permitir uma saída nos quadros de um
ordenamento dado.” (Tércio Sampaio Ferraz Júnior).
CRFB: “Art. 45. (...) § 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado
e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que
nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta
Deputados.”
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB “A solução do conflito aparente de normas dá-
se, na hipótese, mediante a incidência do critério da especialidade, segundo o qual 
prevalece a norma específica sobre a geral.” É conhecida a distinção no âmbito da 
Teoria do Direito entre antinomias aparentes (ou antinomias solúveis) e antinomias 
reais (ou antinomias insolúveis). Para o jusfilósofo Norberto Bobbio, uma antinomia 
real se caracteriza quando estamos diante
(A) de duas normas colidentes que pertencem a ordenamentos jurídicos diferentes.
(B) de normas que colidem entre si, porém essa colisão é solúvel mediante a 
aplicação do critério cronológico, do critério hierárquico ou do critério de 
especialidade.
(C) de normas colidentes e o intérprete é abandonado a si mesmo pela falta de um 
critério ou pela impossibilidade de solução do conflito entre os critérios existentes.
(D) de duas ou mais normas que colidem entre si e que possuem diferentes 
âmbitos de validade temporal, espacial, pessoal ou material.
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB “A solução do conflito aparente de normas dá-
se, na hipótese, mediante a incidência do critério da especialidade, segundo o qual 
prevalece a norma específica sobre a geral.” É conhecida a distinção no âmbito da 
Teoria do Direito entre antinomias aparentes (ou antinomias solúveis) e antinomias 
reais (ou antinomias insolúveis). Para o jusfilósofo Norberto Bobbio, uma antinomia 
real se caracteriza quando estamos diante
(A) de duas normas colidentes que pertencem a ordenamentos jurídicos diferentes.
(B) de normas que colidem entre si, porém essa colisão é solúvel mediante a 
aplicação do critério cronológico, do critério hierárquico ou do critério de 
especialidade.
(C) de normas colidentes e o intérprete é abandonado a si mesmo pela falta de um 
critério ou pela impossibilidade de solução do conflito entre os critérios 
existentes.
(D) de duas ou mais normas que colidem entre si e que possuem diferentes 
âmbitos de validade temporal, espacial, pessoal ou material.
Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: OAB De acordo com a dogmática 
constitucional contemporânea, as normas definidoras de direitos fundamentais 
têm hierarquia maior que os dispositivos que definem a organização do Estado, 
exceto quando as primeiras tiverem o caráter de normas programáticas. A 
afirmação acima é equivocada porque
(A) a dogmática constitucional contemporânea não admite a distinção 
hierárquica entre normas constitucionais. 
(B) a única diferença hierárquica admitida pela dogmática constitucional é a 
existente entre regras e princípios constitucionais, sendo que os princípios têm
status hierárquico superior ao das regras. 
(C) somente as normas definidoras de direitos individuais têm hierarquia 
superior aos demais dispositivos constitucionais. 
(D) as normas definidoras de direitos fundamentais são sempre normas 
programáticas. 
Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: OAB De acordo com a dogmática 
constitucional contemporânea, as normas definidoras de direitos fundamentais 
têm hierarquia maior que os dispositivos que definem a organização do Estado, 
exceto quando as primeiras tiverem o caráter de normas programáticas. A 
afirmação acima é equivocada porque
(A) a dogmática constitucional contemporânea não admite a distinção 
hierárquica entre normas constitucionais. 
(B) a única diferença hierárquica admitida pela dogmática constitucional é a 
existente entre regras e princípios constitucionais, sendo que os princípios têm
status hierárquico superior ao das regras. 
(C) somente as normas definidoras de direitos individuais têm hierarquia 
superior aos demais dispositivos constitucionais. 
(D) as normas definidoras de direitos fundamentais são sempre normas 
programáticas. 
Hermenêutica constitucional
Ponderação de princípios: diante da colisão de princípios, atribui-se, em face de
uma situação objetiva, peso maior a determinado princípio em relação a outro.
EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO
PÚBLICO. PROVIMENTO DERIVADO. MANDADO DE SEGURANÇA . DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO.
AÇÃO RESCISÓRIA. PONDERAÇÃO DE PRINCÍPIOS. DESCISÃO ALINHADA À JURISPRUDÊNCIA DO STF. 1. A
decisão do Superior Tribunal de Justiça que julgou improcedente ação rescisória que visava a desconstituir decisão
transitada em julgado proferida em mandado de segurança que reconheceu o direito de nomeação em cargo de
Delegado de Polícia do Distrito Federal está de acordo com os princípios resguardados pela Constituição Federal. 2.
Agravo interno a que se nega provimento. (RE 552145 AgR, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Primeira Turma,
julgado em 27/10/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-258 DIVULG 13-11-2017 PUBLIC 14-11-2017)
OAB (2021): O parlamentar José, em apresentação na Câmara dos Deputados, afirmou que os 
direitos à informação e à liberdade jornalística possuem normatividade absoluta e, por esta razão, 
não podem ceder quando em colisão com os direitos à privacidade e à intimidade, já queestes 
últimos apenas tutelam interesses meramente individuais. Preocupado com o que reputou “um 
discurso radical”, o deputado Pedro recorreu a um advogado constitucionalista, a fim de que este 
lhe esclarecesse sobre quais direitos devem prevalecer quando os direitos à intimidade e à 
privacidade colidem com os direitos à liberdade jornalística e à informação. O advogado afirmou 
que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o parlamentar José 
A) está correto, pois, em razão do patamar atingido pelo Estado Democrático de Direito 
contemporâneo, os direitos à liberdade jornalística e à informação possuem valor absoluto em 
confronto com qualquer outro direito fundamental. 
B) está equivocado, pois os tribunais entendem que os direitos à intimidade e à privacidade têm 
prevalência apriorística sobre os direitos à liberdade jornalística e à informação. 
C) está equivocado, pois, tratando-se de uma colisão entre direitos fundamentais, se deve buscar 
a conciliação entre eles, aplicando-se cada um em extensão variável, conforme a relevância que 
apresentem no caso concreto específico. 
D) está correto, pois a questão envolve tão somente um conflito aparente de normas, que poderá 
ser adequadamente solucionado se corretamente utilizados os critérios da hierarquia, da 
temporalidade e da especialidade.
OAB (2021): O parlamentar José, em apresentação na Câmara dos Deputados, afirmou que os 
direitos à informação e à liberdade jornalística possuem normatividade absoluta e, por esta razão, 
não podem ceder quando em colisão com os direitos à privacidade e à intimidade, já que estes 
últimos apenas tutelam interesses meramente individuais. Preocupado com o que reputou “um 
discurso radical”, o deputado Pedro recorreu a um advogado constitucionalista, a fim de que este 
lhe esclarecesse sobre quais direitos devem prevalecer quando os direitos à intimidade e à 
privacidade colidem com os direitos à liberdade jornalística e à informação. O advogado afirmou 
que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o parlamentar José 
A) está correto, pois, em razão do patamar atingido pelo Estado Democrático de Direito 
contemporâneo, os direitos à liberdade jornalística e à informação possuem valor absoluto em 
confronto com qualquer outro direito fundamental. 
B) está equivocado, pois os tribunais entendem que os direitos à intimidade e à privacidade têm 
prevalência apriorística sobre os direitos à liberdade jornalística e à informação. 
C) está equivocado, pois, tratando-se de uma colisão entre direitos fundamentais, se deve 
buscar a conciliação entre eles, aplicando-se cada um em extensão variável, conforme a 
relevância que apresentem no caso concreto específico. 
D) está correto, pois a questão envolve tão somente um conflito aparente de normas, que poderá 
ser adequadamente solucionado se corretamente utilizados os critérios da hierarquia, da 
temporalidade e da especialidade.
Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Um sério problema com o qual o advogado 
pode se deparar ao lidar com o ordenamento jurídico é o das antinomias. Segundo 
Norberto Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico, são necessárias duas 
condições para que uma antinomia ocorra. Assinale a opção que, segundo o autor da 
obra em referência, apresenta tais condições.
(A) As duas normas em conflito devem pertencer ao mesmo ordenamento; as duas 
normas devem ter o mesmo âmbito de validade, seja temporal, espacial, pessoal ou 
material.
(B) Ambas as normas devem ter procedido da mesma autoridade legislativa; as duas 
normas em conflito não devem dispor sobre uma mesma matéria.
(C) Ocorre no âmbito do processo judicial quando há uma divergência entre a 
decisão de primeira instância e a decisão de segunda instância ou quando um 
tribunal superior de natureza federal confirma a decisão de segunda instância.
(D) As duas normas aplicáveis não apresentam uma solução satisfatória para o caso; 
as duas normas não podem ser integradas mediante recurso a analogia ou costumes.
Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Um sério problema com o qual o advogado 
pode se deparar ao lidar com o ordenamento jurídico é o das antinomias. Segundo 
Norberto Bobbio, em seu livro Teoria do Ordenamento Jurídico, são necessárias duas 
condições para que uma antinomia ocorra. Assinale a opção que, segundo o autor da 
obra em referência, apresenta tais condições.
(A) As duas normas em conflito devem pertencer ao mesmo ordenamento; as duas 
normas devem ter o mesmo âmbito de validade, seja temporal, espacial, pessoal ou 
material.
(B) Ambas as normas devem ter procedido da mesma autoridade legislativa; as duas 
normas em conflito não devem dispor sobre uma mesma matéria.
(C) Ocorre no âmbito do processo judicial quando há uma divergência entre a 
decisão de primeira instância e a decisão de segunda instância ou quando um 
tribunal superior de natureza federal confirma a decisão de segunda instância.
(D) As duas normas aplicáveis não apresentam uma solução satisfatória para o caso; 
as duas normas não podem ser integradas mediante recurso a analogia ou costumes.
Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: OAB De acordo com a 
dogmática constitucional contemporânea, as normas definidoras de direitos 
fundamentais têm hierarquia maior que os dispositivos que definem a 
organização do Estado, exceto quando as primeiras tiverem o caráter de 
normas programáticas. A afirmação acima é equivocada porque
(A) a dogmática constitucional contemporânea não admite a distinção 
hierárquica entre normas constitucionais.
(B) a única diferença hierárquica admitida pela dogmática constitucional é a 
existente entre regras e princípios constitucionais, sendo que os princípios 
têm status hierárquico superior ao das regras.
(C) somente as normas definidoras de direitos individuais têm hierarquia 
superior aos demais dispositivos constitucionais.
(D) as normas definidoras de direitos fundamentais são sempre normas 
programáticas.
Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: OAB De acordo com a 
dogmática constitucional contemporânea, as normas definidoras de direitos 
fundamentais têm hierarquia maior que os dispositivos que definem a 
organização do Estado, exceto quando as primeiras tiverem o caráter de 
normas programáticas. A afirmação acima é equivocada porque
(A) a dogmática constitucional contemporânea não admite a distinção 
hierárquica entre normas constitucionais.
(B) a única diferença hierárquica admitida pela dogmática constitucional é a 
existente entre regras e princípios constitucionais, sendo que os princípios 
têm status hierárquico superior ao das regras.
(C) somente as normas definidoras de direitos individuais têm hierarquia 
superior aos demais dispositivos constitucionais.
(D) as normas definidoras de direitos fundamentais são sempre normas 
programáticas.
Hermenêutica constitucional
Texto ≠ Norma
“(...) normas não são textos nem o conjunto deles, mas os
sentidos construídos a partir da interpretação sistemática de
textos normativos” (Humberto Ávila)
Hermenêutica constitucional
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
Te
xt
o
Hermenêutica constitucional
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
Te
xt
o
O negócio jurídico celebrado por incapaz é nulo.
Norma
Hermenêutica constitucional
Etapas:
(1) Crítica: apurar a autenticidade e a constitucionalidade do
texto;
(2) Interpretação: descobrir o sentido e o alcance do texto;
(3) Suprimento de lacunas: aplicar técnicas de analogia,
princípios gerais de Direito e costumes.
Hermenêutica constitucional
Escola da Exegese em Direito Positivo (Escolástica ou Dogmática)
Mens legislatoris: vontade ou espírito do legislador (corrente
subjetivista).
Hermenêutica constitucional
Escola da Exegese em Direito Positivo(Escolástica ou Dogmática)
Mens legislatoris: vontade do legislador (corrente subjetivista).
Problemas: – Lei não é produto de uma vontade livre e racional, mas de diversos fatores;
– Pluralidade de legisladores, o que implica:
1. Nem todos votam pelas mesma razões;
2. Necessidade de transigir;
3. Desconhecimento.
– Vontade é alterada pelo tempo (passado impõe-se sobre o futuro);
– Legislação casuística, ignorante quanto às consequências;
– Falta de justificativas.
Hermenêutica constitucional
Mens legislatoris: vontade do legislador (corrente subjetivista).
Mens legis: vontade da lei (corrente objetivista).
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-
RJ Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - TCE-RJ - Analista 
de Controle Externo - Especialidade: Direito
Acerca de Constituição, poder constituinte e princípios 
fundamentais, julgue o item seguinte.
Contemporaneamente, entende-se que o exercício de 
interpretação constitucional não é equivalente à busca da 
vontade original dos constituintes.
Certo
Errado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tce-rj
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-cebraspe-2021-tce-rj-analista-de-controle-externo-especialidade-direito
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-
RJ Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - TCE-RJ - Analista 
de Controle Externo - Especialidade: Direito
Acerca de Constituição, poder constituinte e princípios 
fundamentais, julgue o item seguinte.
Contemporaneamente, entende-se que o exercício de 
interpretação constitucional não é equivalente à busca da 
vontade original dos constituintes.
Certo
Errado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tce-rj
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-cebraspe-2021-tce-rj-analista-de-controle-externo-especialidade-direito
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Segundo o Art. 1.723 do Código Civil, “É reconhecida 
como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência 
pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. 
Contudo, no ano de 2011, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a 
Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito 
Fundamental 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. A situação 
acima descrita pode ser compreendida, à luz da Teoria Tridimendional do Direito de Miguel 
Reale, nos seguintes termos:
(A) uma norma jurídica, uma vez emanada, sofre alterações semânticas pela superveniência 
de mudanças no plano dos fatos e valores.
(B) toda norma jurídica é interpretada pelo poder discricionário de magistrados, no momento 
em que estes transformam a vontade abstrata da lei em norma para o caso concreto.
(C) o fato social é que determina a correta compreensão do que é a experiência jurídica e, 
por isso, os costumes devem ter precedência sobre a letra fria da lei.
(D) o ativismo judicial não pode ser confundido com o direito mesmo. Juízes não podem 
impor suas próprias ideologias ao julgarem os casos concretos.
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Segundo o Art. 1.723 do Código Civil, “É reconhecida 
como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência 
pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. 
Contudo, no ano de 2011, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a 
Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito 
Fundamental 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. A situação 
acima descrita pode ser compreendida, à luz da Teoria Tridimendional do Direito de Miguel 
Reale, nos seguintes termos:
(A) uma norma jurídica, uma vez emanada, sofre alterações semânticas pela superveniência 
de mudanças no plano dos fatos e valores.
(B) toda norma jurídica é interpretada pelo poder discricionário de magistrados, no momento 
em que estes transformam a vontade abstrata da lei em norma para o caso concreto.
(C) o fato social é que determina a correta compreensão do que é a experiência jurídica e, 
por isso, os costumes devem ter precedência sobre a letra fria da lei.
(D) o ativismo judicial não pode ser confundido com o direito mesmo. Juízes não podem 
impor suas próprias ideologias ao julgarem os casos concretos.
Hermenêutica constitucional
Métodos tradicionais de interpretação (Savigny)
● Gramatical
● Lógico
● Histórico
● Sistemático
● Teleológico
Hermenêutica constitucional
Métodos tradicionais de interpretação (Savigny)
● Gramatical: sentido literal.
●
●
●
●
Hermenêutica constitucional
Código Penal: “Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr:
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a
suspensão condicional da pena ou o livramento condicional;”
(...) PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. TERMO A QUO. TRÂNSITO EM JULGADO DA
SENTENÇA CONDENATÓRIA PARA A ACUSAÇÃO. (...)
1. A orientação jurisprudencial pacífica desta Corte é de que o termo a quo para contagem do prazo,
para fins de prescrição da pretensão executória, é a data do trânsito em julgado para a acusação, e
não para ambas as partes, prevalecendo a interpretação literal mais benéfica ao condenado.
Inteligência do art. 112, I, do CP. Precedentes. (...)
(AgRg no REsp 1935199/RS, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA,
julgado em 28/09/2021, DJe 07/10/2021)
Hermenêutica constitucional
In claris cessat interpretatio?
Problema: mesmo quando é claro, há a necessidade de interpretar.
E.g.: Lei nº 8.935, de 1994: “Art. 25. O exercício da atividade notarial e de registro é
incompatível com o da advocacia, o da intermediação de seus serviços ou o de
qualquer cargo, emprego ou função públicos, ainda que em comissão.”
Hermenêutica constitucional
In claris cessat interpretatio?
Problema: mesmo quando é claro, há a necessidade de interpretar.
E.g.: Código Civil: “Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma
prescrita ou não defesa em lei.”
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Segundo o jusfilósofo alemão Karl Larenz, os 
textos jurídicos são problematizáveis porque estão redigidos em linguagem 
corrente ou em linguagem especializada, mas que, de todo modo, contêm 
expressões que apresentam uma margem de variabilidade de significação. Nesse 
sentido, assinale a opção que exprime o pensamento desse autor acerca da ideia 
de interpretação da lei.
(A) Deve-se aceitar que os textos jurídicos apenas carecem de interpretação 
quando surgem particularmente como obscuros, pouco claros ou contraditórios.
(B) Interpretar um texto significa alcançar o único sentido possível de uma norma 
conforme a intenção que a ela foi dada pelo legislador.
(C) Os textos jurídicos, em princípio, são suscetíveis e carecem de interpretação 
porque toda linguagem é passível de adequação a cada situação.
(D) A interpretação dada por uma autoridade judicial a uma lei é uma conclusão 
logicamente vinculante que, por isso mesmo, deve ser repetida sempre que a 
mesma lei for aplicada.
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Segundo o jusfilósofo alemão Karl Larenz, os 
textos jurídicos são problematizáveis porque estão redigidos em linguagem 
corrente ou em linguagem especializada, mas que, de todo modo, contêm 
expressões que apresentam uma margem de variabilidade de significação. Nesse 
sentido, assinale a opção que exprime o pensamento desse autor acerca da ideia 
de interpretação da lei.
(A) Deve-se aceitar que os textos jurídicos apenas carecem de interpretação 
quando surgem particularmente como obscuros, pouco claros ou contraditórios.
(B) Interpretar um texto significa alcançar o único sentido possível de uma norma 
conforme a intençãoque a ela foi dada pelo legislador.
(C) Os textos jurídicos, em princípio, são suscetíveis e carecem de interpretação 
porque toda linguagem é passível de adequação a cada situação.
(D) A interpretação dada por uma autoridade judicial a uma lei é uma conclusão 
logicamente vinculante que, por isso mesmo, deve ser repetida sempre que a 
mesma lei for aplicada.
Hermenêutica constitucional
Métodos tradicionais de interpretação (Savigny)
●
● Lógico: silogismo jurídico. Conclusão apoiada em premissas.
●
●
●
Hermenêutica constitucional
Métodos tradicionais de interpretação (Savigny)
Lógico: silogismo jurídico. Conclusão apoiada em premissas.
SE
E
LOGO
Código Civil: “Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter
privado se permite a transação.”
Direitos de personalidade não são patrimoniais de caráter privado.
Não é possível transacionar direitos de personalidade.
Premissa maior
Premissa menor
Conclusão
Hermenêutica constitucional
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL DE RETIFICAÇÃO DE 
REGISTRO CIVIL DE MENOR. (...)
2- O propósito recursal é definir se é válido acordo extrajudicial, posteriormente homologado em juízo, por meio do 
qual as partes transacionaram sobre a retificação do registro civil de um menor, a fim de que fosse substituído o 
nome do pai registral pelo pai biológico em seu registro de nascimento. (...)
5- É inadmissível a homologação de acordo extrajudicial de retificação de registro civil em juízo, ainda que fundada 
no princípio da instrumentalidade das formas, devendo ser respeitados os requisitos e o procedimento legalmente 
instituídos para essa finalidade, que compreendem, dentre outros, a investigação acerca de erro ou falsidade do 
registro anterior, a concreta participação do Ministério Público, a realização de prova pericial consistente em exame 
de DNA em juízo e sob o crivo do mais amplo contraditório e a realização de estudos psicossociais que efetivamente 
apurem a existência de vínculos socioafetivos com o pai registral e com a sua família extensa. (...)
(REsp 1698717/MS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe
07/06/2018)
Hermenêutica constitucional
Métodos tradicionais de interpretação (Savigny)
Lógico: silogismo jurídico. Conclusão apoiada em premissas.
CRFB: “Art. 37. (...) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de
direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
Hermenêutica constitucional
Lógico: silogismo jurídico. Conclusão apoiada em premissas.
Resolução nº 35 do CNJ: “Art. 16. É possível a promoção de inventário
extrajudicial por cessionário de direitos hereditários, mesmo na hipótese de
cessão de parte do acervo, desde que todos os herdeiros estejam presentes
e concordes.”
Se for cessão total, não tem motivo para a participação dos “herdeiros”.
Hermenêutica constitucional
Métodos tradicionais de interpretação (Savigny)
●
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● Histórico: contexto do processo de criação legislativa.
●
●
Hermenêutica constitucional
Interpretação histórica: contexto do processo de criação legislativa.
CPP: “Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz mandará autuar em apartado a
petição, dará sua resposta dentro em três dias, podendo instruí-la e oferecer
testemunhas, e, em seguida, determinará sejam os autos da exceção remetidos,
dentro em 24 vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem competir o
julgamento.
(...)
§ 2º Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou relator a rejeitará
liminarmente.”
Juiz julga a própria suspeição?
NÃO! Na época tinha pretores.
Hermenêutica constitucional
(...) 15. Ademais, a interpretação histórica do disposto igualmente aponta no sentido 
trabalhado. Como o art. 100, § 2º integra a redação original do CPP, a previsão 
expressa de que o juiz de primeiro grau possa rejeitar liminarmente a suspeição por 
manifesta improcedência coaduna com a organização judiciária à época, porquanto 
existiam órgãos jurisdicionais inferiores aos juízes de direito à época.
Logo, se aqueles fossem réus no incidente de suspeição, o julgamento caberia aos 
juízes de direito. (...)
(RHC 57.488/RS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 
07/06/2016, DJe 17/06/2016)
Hermenêutica constitucional
Lei nº 8.137, de 1990: “Art. 1° Constitui crime contra a ordem 
tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e 
qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:”
Hermenêutica constitucional
Lei nº 6.015, de 1973: “Art. 114. No Registro Civil de Pessoas Jurídicas serão inscritos: 
I - os contratos, os atos constitutivos, o estatuto ou compromissos das sociedades civis, religiosas, pias, 
morais, científicas ou literárias, bem como o das fundações e das associações de utilidade pública;
II - as sociedades civis que revestirem as formas estabelecidas nas leis comerciais, salvo as anônimas.
III - os atos constitutivos e os estatutos dos partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 9.096, de 1995)”
“Art. 116. Haverá, para o fim previsto nos artigos anteriores, os seguintes livros:
I - Livro A, para os fins indicados nos números I e II, do art. 114, com 300 folhas;
II - Livro B, para matrícula das oficinas impressoras, jornais, periódicos, empresas de radiodifusão e agências 
de notícias, com 150 folhas.”
????????
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9096.htm
Hermenêutica constitucional
Métodos tradicionais de interpretação (Savigny)
●
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● Sistemático: compreensão do dispositivo no contexto do ordenamento.
●
Hermenêutica constitucional
A interpretação sistemática não é apenas um método a ser 
usado em determinado caso, mas um pré-requisito para atingir 
o sentido e o alcance da norma. O texto sempre deve ser 
analisado de forma sistemática. (Carlos Maximiliano)
Hermenêutica constitucional
Código Civil: “Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo 
se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da 
separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no 
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens 
particulares; 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;”
Hermenêutica constitucional
CRFB: “Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. (...) § 3º Para 
efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como 
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.”
C/C
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: (...) III - a dignidade da pessoa humana;”
E
“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (...) IV -
promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação.”
Hermenêutica constitucional
Critério topográfico?
“Topografia (do grego τόπος, topos, que significa "lugar", "região", e γράφω, 
grapho, que significa "descrever", portanto "descrição de um lugar") é a 
ciência que estuda todos os acidentes geográficos definindo a sua situação 
e localização na Terra ou outros corpos astronómicos incluindo planetas, 
luas, e asteroides.” (Wikipédia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_geogr%C3%A1fico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.wikipedia.org/wiki/Asteroide
Hermenêutica constitucional
Critério topográfico: considerar, na interpretação, a localização do 
dispositivono ato normativo.
Fideicomisso por ato inter vivos?
Código Civil: TÍTULO III 
Da Sucessão Testamentária
CAPÍTULO IX.
Das Substituições 
Seção II
Da Substituição Fideicomissária (artigos 1.947 a 1.960) 
Cláusula de reserva de plenário é aplicável ao STF?
CRFB:
CAPÍTULO III – Do Poder Judiciário (arts. 92 a 126)
SEÇÃO I – Disposições Gerais (arts. 92 a 100)
Hermenêutica constitucional
EMENTA Habeas corpus. Penal. Tentativa de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo (CP, art. 155, § 4º, I, 
c/c o art. 14, II). Condenação. Incidência da majorante do repouso noturno (CP, art. 155, § lº) nas formas qualificadas 
do crime de furto (CP, art. 155, § 4º). Admissibilidade. Inexistência de vedação legal e de contradição lógica que 
possa obstar a convivência harmônica dos dois institutos quando perfeitamente compatíveis com a situação fática. 
Entendimento doutrinário e jurisprudencial. Ordem denegada. 1. Não convence a tese de que a majorante do 
repouso noturno seria incompatível com a forma qualificada do furto, a considerar, para tanto, que sua inserção 
pelo legislador antes das qualificadoras (critério topográfico) teria sido feita com intenção de não submetê-la às 
modalidades qualificadas do tipo penal incriminador. 2. Se assim fosse, também estaria obstado, pela concepção 
topográfica do Código Penal, o reconhecimento do instituto do privilégio (CP, art. 155, § 2º) no furto qualificado (CP, 
art. 155, § 4º) -, como se sabe, o Supremo Tribunal Federal já reconheceu a compatibilidade desses dois institutos. 3. 
Inexistindo vedação legal e contradição lógica, nada obsta a convivência harmônica entre a causa de aumento de 
pena do repouso noturno (CP, art. 155, § 1º) e as qualificadoras do furto (CP, art. 155, § 4º) quando perfeitamente 
compatíveis com a situação fática. 4. Ordem denegada. (HC 130952, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, 
julgado em 13/12/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-033 DIVULG 17-02-2017 PUBLIC 20-02-2017)
Hermenêutica constitucional
Código de Processo Civil: “Art. 457. Antes de depor, a testemunha será 
qualificada, declarará ou confirmará seus dados e informará se tem 
relações de parentesco com a parte ou interesse no objeto do processo.”
“Art. 458. Ao início da inquirição, a testemunha prestará o compromisso 
de dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado.”
Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à 
testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz 
aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as 
questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem 
repetição de outra já respondida.
Art. 462. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa 
que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la 
logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.
Código de Processo Civil: 
“Art. 457. (...) § 1º É lícito à 
parte contraditar a 
testemunha, arguindo-lhe a 
incapacidade, o impedimento 
ou a suspeição, bem como, 
caso a testemunha negue os 
fatos que lhe são imputados, 
provar a contradita com 
documentos ou com 
testemunhas, até 3 (três), 
apresentadas no ato e 
inquiridas em separado.”
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FCC – 2021 - TJ-GO - Juiz de Direito: Acerca das provas, considere: 
I. Para que seja aplicada, a pena de confesso demanda prévia intimação pessoal 
para o depoimento pessoal.
II. O juiz não pode indeferir a prova testemunhal ainda que os fatos hajam sido 
confessados.
III. O perito pode escusar-se da nomeação, caso em que o juiz nomeará novo 
perito.
IV. Findo o depoimento, a parte poderá contraditar a testemunha. Está correto o 
que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I, II e III.
(C) II, III e IV.
(D) I e III.
(E) II e IV.
FCC – 2021 - TJ-GO - Juiz de Direito: Acerca das provas, considere: 
I. Para que seja aplicada, a pena de confesso demanda prévia intimação pessoal 
para o depoimento pessoal.
II. O juiz não pode indeferir a prova testemunhal ainda que os fatos hajam sido 
confessados.
III. O perito pode escusar-se da nomeação, caso em que o juiz nomeará novo 
perito.
IV. Findo o depoimento, a parte poderá contraditar a testemunha. Está correto o 
que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I, II e III.
(C) II, III e IV.
(D) I e III.
(E) II e IV.
Hermenêutica constitucional
Código Civil: “Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar
procuração mediante instrumento particular, que valerá desde que
tenha a assinatura do outorgante.”
Hermenêutica constitucional
Código Civil: “Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por
instrumento público, pode substabelecer-se mediante instrumento
particular.”
“Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por lei
para o ato a ser praticado. Não se admite mandato verbal quando o
ato deva ser celebrado por escrito.”
Hermenêutica constitucional
Estatuto da terra:
Art. 92. (...) § 3º No caso de alienação do imóvel
arrendado, o arrendatário terá preferência para
adquiri-lo em igualdade de condições, devendo o
proprietário dar-lhe conhecimento da venda, a fim
de que possa exercitar o direito de perempção
dentro de trinta dias, a contar da notificação judicial
ou comprovadamente efetuada, mediante recibo.
Lei nº 8.245, de 1991 (locação de
imóveis urbanos):
Art. 30. Estando o imóvel sublocado
em sua totalidade, caberá a
preferência ao sublocatário e, em
seguida, ao locatário. Se forem vários
os sublocatários, a preferência caberá
a todos, em comum, ou a qualquer
deles, se um só for o interessado.
Se a lei quisesse contemplar o subarrendatário com o direito de preferência, teria
feito expressa menção, como o fez com o art. 30 da Lei nº 8.245/91 (OPITZ).
Hermenêutica constitucional
Lei nº 9.099, de 1995: “Art. 3º O Juizado
Especial Cível tem competência para
conciliação, processo e julgamento das
causas cíveis de menor complexidade,
assim consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a
quarenta vezes o salário mínimo;
II - as enumeradas no art. 275, inciso II,
do Código de Processo Civil;
III - a ação de despejo para uso próprio;
IV - as ações possessórias sobre bens
imóveis de valor não excedente ao fixado
no inciso I deste artigo.”
CPC/73: Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: (...) II -
nas causas, qualquer que seja o valor;
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao
condomínio;
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de
via terrestre;
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em
acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução;
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o
disposto em legislação especial;
g) que versem sobre revogação de doação;
h) nos demais casos previstos em lei.
Hermenêutica constitucional
Enunciado 58 do FONAJE
As causas cíveis enumeradas no art. 275, II, do CPC admitem
condenação superior a 40 salários mínimos e sua respectiva
execução, no próprio Juizado.
Hermenêutica constitucional
Métodos tradicionais de interpretação (Savigny)
●
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● Teleológico: considera a finalidade determinante e o valor.
Hermenêutica constitucional
CRFB: “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, 
os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
Geral da República;”
Hermenêutica constitucional
CPC: “Art. 610. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao 
inventário judicial.”
Normas de serviço da CGJ-SP: “Cap. XIV. 129. Diante da expressa autorização do juízo 
sucessório competente, nos autos do procedimento de abertura e cumprimento de 
testamento, sendo todos os interessados capazes e concordes, poderãoser feitos o 
inventário e a partilha por escritura pública, que constituirá título hábil para o registro 
imobiliário. 129.1. Poderão ser feitos o inventário e a partilha por escritura pública, 
também, nos casos de testamento revogado ou caduco, ou quando houver decisão 
judicial, com trânsito em julgado, declarando a invalidade do testamento, observadas a 
capacidade e a concordância dos herdeiros.
Hermenêutica constitucional
“4. A mens legis que autorizou o inventário extrajudicial foi justamente a de desafogar o 
Judiciário, afastando a via judicial de processos nos quais não se necessita da chancela 
judicial, assegurando solução mais célere e efetiva em relação ao interesse das partes. 
Deveras, o processo deve ser um meio, e não um entrave, para a realização do direito. Se 
a via judicial é prescindível, não há razoabilidade em proibir, na ausência de conflito de 
interesses, que herdeiros, maiores e capazes, socorram-se da via administrativa para dar 
efetividade a um testamento já tido como válido pela Justiça.”
(REsp 1808767/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 
15/10/2019, DJe 03/12/2019)
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB A hermenêutica aplicada ao 
direito formula diversos modos de interpretação das leis. A 
interpretação que leva em consideração principalmente os objetivos 
para os quais um diploma legal foi criado é chamada de
(A) interpretação restritiva, por levar em conta apenas os objetivos da 
lei, ignorando sua estrutura gramatical.
(B) interpretação extensiva, por aumentar o conteúdo de significado 
das sentenças com seus objetivos historicamente determinados.
(C) interpretação autêntica, pois apenas as finalidades da lei podem 
dar autenticidade à interpretação.
(D) interpretação teleológica, pois o sentido da lei deve ser 
considerado à luz de seus objetivos.
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB A hermenêutica aplicada ao 
direito formula diversos modos de interpretação das leis. A 
interpretação que leva em consideração principalmente os objetivos 
para os quais um diploma legal foi criado é chamada de
(A) interpretação restritiva, por levar em conta apenas os objetivos da 
lei, ignorando sua estrutura gramatical.
(B) interpretação extensiva, por aumentar o conteúdo de significado 
das sentenças com seus objetivos historicamente determinados.
(C) interpretação autêntica, pois apenas as finalidades da lei podem 
dar autenticidade à interpretação.
(D) interpretação teleológica, pois o sentido da lei deve ser 
considerado à luz de seus objetivos.

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