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1 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS Socorro! Preciso voltar a viver D. Lourdes, 68 anos, professora aposentada, hipertensa recém diagnosticada, iniciou há pouco tempo tratamento com anti-hipertensivo com seu clínico geral. Ela é uma pessoa muito querida na comunidade em que vive. A vida social é intensa junto com a família e a igreja e pratica regularmente pilates e hidroginástica. Há mais ou menos 2 meses, D. Lourdes, começou a se queixar de perda involuntária de urina, o que tem a impedido de levar a vida como de costume: é difícil sair de casa, pois necessita ir ao banheiro com frequência, não consegue ir ao pilates nem as outras ativi dades com a mesma assiduidade. Tem receio de ficar constrangida e preferiu o isolamento social. Ficava se questionando: “será normal essa incontinência? será que tenho que usar fralda?”. Marcou consulta com o clínico geral devido a queixa urinária, mas ele explicou que fazia parte do envelhecimento (?) e que seria necessário reduzir a ingesta de líquidos. Questionada sobre outros sintomas, referiu tosse seca persistente, desde que iniciou medicação para pressão alta. Por conta do quadro, foi substituído Captopril (quais os efeitos?) (droga que inibe a enzima conversora da angiotensina) por medicação diurética e a tomada permaneceu as 17hs. Depois disso os sintomas urinários pioraram e agora a paciente está com noctúria, interferindo agora no seu sono. Em uma certa madrugada, apresentou quadro de dor em baixo ventre e calafrios com evolução há 48hs, foi levada por familiares para a urgência. Na sua história pregressa, D. Lourdes relata: 4 gestações a termo, todos partos normais e hospitalares, sem intercorrências; menopausa aos 54 anos. Cirurgia para colecistectomia. Temperatura axilar = 37,5°C, leve desidratação e taquicardia e certa confusão mental. Foram solicitados exames: Eritrograma – normal; Leucograma – 12.500 leucócitos, com desvia à esquerda. Ultrassom abdome: distensão e espessamento de parede vesical. Glicemia (casual) – 190 mg/dl. Função hepática e renal – normais; Sumário de urina: com nitrito positivo, bactérias numerosas e piócitos frequentes. A médica plantonista explicou o planejamento terapêutico: antibióticos por sete dias e mudança das medicações anti -hipertensivas por conta da iatrogenia medicamentosa. Disse-lhe também que se preparasse para voltar à vida de antes em pouco tempo! incontinência urinária E I N C O N T I N Ê N C I A U R I N Á R I A 2 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS β α 3 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS 4 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS INCONTINÊNCIA UNINÁRIA TRANSITÓRIA Delirium Infecções do trato urinário Uretrite e vaginites atróficas Restrição de mobilidade Aumento do débito urinário Medicamentos Impactação fecal Distúrbios psíquicos “ ” “ ” “ ” “ ” “ ” medicamento efeito sobre a continência Agonistas alfa-adrenérgicos Obstrução uretral (em homens) AINE Edema de membros inferiores, noctúria Álcool Frequência, urgência, sedação Anticolinérgicos Retenção urinária, sedação, impactação fecal Antidepressivos tricíclicos Efeitos anticolinérgicos, sedação Antipsicóticos Efeitos anticolinérgicos, rigidez, imobilidade Bloqueadores dos canais de cálcio Retenção urinária, edema de membros inferiores, noctúria, constipação intestinal Bloqueadores alfa- adrenérgicos Diminuição da resistência uretral Diuréticos de alça Poliúria, urgência miccional Hipnóticos Sedação, delirium, imobilidade IECA Tosse GABAérgicos (pregabalina, gabapentina) Edema de membros inferiores, noctúria Antagonistas H2 Confusão mental Antiparkinsonianos Confusão mental, hipotensão postural Opioides Confusão mental, constipação intestinal Anestésicos, raquianestesia, peridural Paralisia detrusora 5 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS “ ” INCONTINÊNCIA URINARIA ESTABELECIDA 1. Incontinência urinária de estresse 2. Incontinência urinária de urgência “ ” 3. Incontinência urinária por hiperfluxo ou transbordamento 6 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS 4. Incontinência urinária mista 5. Incontinência funcional ‘ ’ 7 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS 8 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS 9 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS iatrogenia em idosos – Por ação Diagnóstico Prevenção Tratamento Erro médico – imperícia e imprudência Por omissão Diagnóstico Prevenção Tratamento Erro médico - negligência Por comunicação Deficiências do paciente e do profissional Conteúdo e modo de dar más notícias Grafia 10 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS “ ” 11 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS 12 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS “ ” 13 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS incontinência urinária 14 GERIATRIA | TUTORIA | MED UNIT P3 | RAYSSA OLIVEIRA SANTOS