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ENTORSE Uma entorse de tornozelo é uma lesão ligamentar (dos ligamentos) que ocorre, habitualmente, após uma torção no tornozelo. Os ligamentos do tornozelo são estruturas elásticas que permitem manter a articulação na sua posição correta. Os ligamentos, que constituem os estabilizadores laterais do tornozelo, são os principais responsáveis pela estabilidade da articulação, nomeadamente, em movimentos nos extremos das amplitudes articulares. Em condições normais, os ligamentos, como estruturas elásticas que são, distendem (esticam) até ao seu limite, regressando, de seguida, à sua posição inicial. Todos os ligamentos possuem uma amplitude específica de movimento e limites que lhes permitem manter as articulações estabilizadas. O entorse ocorre quando o ligamento é forçado para lá da sua normal capacidade. No tornozelo, podemos identificar 2 ligamentos: complexo ligamentar externo e ligamento lateral interno. A lesão, geralmente, ocorre quando alguém, acidentalmente, mobiliza o tornozelo de forma anormal, ou seja o tornozelo é “torcido”. São exemplo de movimentos anormais a torção do pé (torcer o pé), rotações e rolamentos do pé. Este movimento pode levar os ligamentos a estirarem (fazer uma distensão ou esticar para além do normal, criando problemas na sua função) ou mesmo, nos casos mais graves, a romper (rasgar). Uma lesão onde ocorre o rompimento dos ligamentos (rotura) é mais grave quando comparada com uma lesão onde ocorre apenas estiramento dos ligamentos, conforme veremos adiante com maior detalhe. Existem essencialmente dois tipos de entorse do tornozelo. Os entorses mais frequentes são os que ocorrem com inversão do pé, que se define por forçar a articulação para o lado de dentro (“o pé está preso ao solo pela carga e o corpo roda para fora”). Por sua vez, em casos mais raros podem ocorrer entorses em eversão do pé (mecanismo contrário ao de inversão). A lesão ligamentar externa (do ligamento lateral externo ou ligamento da “parte de fora”) é a mais frequente e a maioria das vezes ocorre de forma incompleta, ocorrendo maioritariamente no entorse por inversão. FISIOTERAPIA A fisioterapia deve ser iniciada logo após a entorse do tornozelo, devendo ser realizada todos os dias e a duração do programa de tratamento irá depender da gravidade da lesão e da sua evolução, pelo que tanto pode demorar alguns dias (entorses muito ligeiras) como meses (entorses graves). Não obstante a utilização de correntes elétricas analgésicas para diminuição da dor, a fisioterapia precoce tem um papel fundamental na diminuição do edema (inchaço) do pé e tornozelo e também no retomar dos movimentos da articulação, sempre adequados a cada caso, tendo como o objetivo a aceleração da sua recuperação. Os exercícios de reabilitação podem e devem igualmente ser realizados em meio aquático, já que a realização de movimentos na água vai também aumentar a drenagem do edema e a vantagem da diminuição do peso corporal pela imersão na água vai, por exemplo, permitir que se caminhe mais rapidamente com apoio total no pé/tornozelo atingidos (dentro de água). Numa entorse do tornozelo é sempre necessário realizar a reeducação da marcha, já que mesmo numa entorse ligeira surgem pequenas alterações no apoio do pé ao caminhar que podem originar outros problemas, incluindo noutras articulações. Se é necessária a utilização de canadianas, além da correta postura, é fundamental ensinar que quando só se utiliza 1 canadiana é sempre no membro superior oposto ao lado da entorse, isto é, utiliza-se a canadiana no “lado bom” (se a entorse é no tornozelo direito a canadiana deve colocar-se no braço esquerdo e vice-versa). Mal a dor e o edema comecem a diminuir, com a ajuda dos diversos tipos de massagem, o fisioterapeuta vai o quanto antes tentar que o tornozelo volte progressivamente a efetuar os seus movimentos normais, utilizando variadas técnicas manuais/especiais. É importante ter em atenção que a recuperação do movimento que originou a entorse (normalmente a inversão) deverá ser realizada mais tardiamente e que se deve insistir tanto quanto possível no aumento do movimento de dorsiflexão (puxar o pé para cima). Assim que a dor permita, devem-se iniciar exercícios de estimulação da propriocetividade (consciência da posição) do pé/tornozelo e melhoria do equilíbrio, de acordo com a gravidade da entorse, e depois deve-se aumentar progressivamente a sua dificuldade, isto é, ir diminuindo aos poucos as “ajudas” - por exemplo passar de exercícios na posição de sentado para a posição de pé, de bipodálicos (apoio nos 2 pés) para unipodálicos (apoio só num pé) e de superfícies mais estáveis para as mais instáveis (como o bosu). A intenção é ir habituando novamente o pé/ tornozelo às instabilidades normais dos gestos do dia-a-dia e da profissão e/ou desporto. Além da reeducação do movimento do pé/tornozelo, deve-se potenciar todo o processo de reabilitação de uma entorse do tornozelo com outros estímulos sensório-motores e também cognitivos, como por exemplo realizar os exercícios atrás referidos com e sem o auxílio da visão, executar outra tarefa motora ao mesmo tempo (equilibrar um bastão com uma mão) ou efetuar simultaneamente uma tarefa cognitiva simples (fazer contas matemáticas “de cabeça”). Esta estimulação tão variada vai originar processamentos múltiplos e uma consequente aprendizagem mais eficaz, já que tira partido da neuroplasticidade (capacidade de adaptação do sistema nervoso) – o cérebro também assume um papel fundamental na reabilitação das lesões musculo-esqueléticas. Os protocolos clássicos de reabilitação de cada tipo de entorse do tornozelo são muito importantes como guias globais do tratamento, mas é essencial que se vá avaliando a evolução de cada caso e, se necessário, se façam adaptações ao programa que estava instituído – deve-se por exemplo atrasar o início de um exercício “mais difícil” se o exercício semelhante “mais fácil” não estiver a ser corretamente efetuado ou originar dor relevante, assim como se pode antecipar um pouco o início de um movimento de maior instabilidade se não existir dor ou défice importante de estabilidade da articulação. Fortalecimento dos músculos Após uma entorse do tornozelo é muito importante que no programa de fisioterapia / reabilitação se restabeleça também o equilíbrio e a eficiência dos músculos da articulação, isto é, tem que se fortalecer os músculos que ficaram atingidos e também tem que se treinar as suas respostas automáticas aos movimentos excessivos da articulação, para tentar evitar novas entorses. Nos exercícios de reforço muscular após uma entorse deve-se insistir no trabalho dos músculos intrínsecos do pé, nos dorsiflexores e, na maior parte das vezes, no trabalho dos músculos peroneais (que estão na “parte de fora” do pé/tornozelo/perna), já que são estes os músculos que mais frequentemente ficam lesionados (na entorse em inversão). Nesta fase da reabilitação utilizam-se diversos tipos de exercícios, por exemplo estáticos ou dinâmicos, sem ou com a ajuda de resistências e ainda com a intervenção direta do Fisioterapeuta ou só com a sua supervisão. O reforço muscular é também associado e complementado com a reeducação da propriocetividade, para que a resposta muscular protetora seja o mais eficiente possível. É também importante que se ensinem alguns exercícios simples adequados a serem realizados em casa, não só para ajudar a recuperação, mas também para envolver mais a própria pessoa no seu processo de reabilitação. ENTORSE Uma entorse de tornozelo é uma lesão ligamentar (dos ligamentos) que ocorre, habitualmente, após uma torção no tornozelo . Os ligam entos do tornozelo são estruturas elásticas que permitem manter a articulação na sua posição correta. Os ligamentos, que constituem os estabilizadores laterais do tornozelo, são os principais responsáveis pela estabilidade da articulação, nomeadamente, em movimentos nos extremos das amplitudes articulares. Em condições normais, os ligamentos, como estruturas elásticas quesão, distendem (esticam) até ao seu limite, regressando, de seguida, à sua posição inicial. Todos os ligamentos possuem uma amplitude esp ecífica de movimento e limites que lhes permitem manter as articulações estabilizadas. O entorse ocorre quando o ligamento é forçado para lá da sua normal capacidade. No tornozelo, podemos identificar 2 ligamentos: complexo ligamentar externo e ligamento l ateral interno. A lesão, geralmente, ocorre quando alguém, acidentalmente, mobiliza o tornozelo de forma anormal, ou seja o tornozelo é “torcido”. São exemplo de movimentos anormais a torção do pé (torcer o pé), rotações e rolamentos do pé. Este movimento pode levar os ligamentos a estirarem (fazer uma distensão ou esticar para além do normal, criando problemas na sua função) ou mesmo, nos casos mais graves, a romper (rasgar). Uma lesão onde ocorre o rompimento dos ligamentos (rotura) é mais grave quando co mparada com uma lesão onde ocorre apenas estiramento dos ligamentos, conforme veremos adiante com maior detalhe. Existem essencialmente dois tipos de entorse do tornozelo. Os entorses mais frequentes são os que ocorrem com inversão do pé, que se define por forçar a articulação para o lado de dentro (“o pé está preso ao solo pela carga e o corpo roda para fora”). Por sua vez, em casos mais raros podem ocorrer entorses em eversão do pé (mecanismo contrário ao de inversão). A lesão ligamentar externa (do ligamento lateral externo ou ligamento da “parte de fora”) é a mais frequente e a maioria das vezes ocorre de forma incompleta, ocorrendo maioritariamente no entorse por inversão. FISIOTERAPIA A fisioterapia deve ser iniciada logo após a entorse do tornozelo , deven do ser realizada todos os dias e a duração do programa de tratamento irá depender da gravidade da lesão e da sua evolução, pelo que tanto pode demorar alguns dias (entorses muito ligeiras) como meses (entorses graves). Não obstante a utilização de corrente s elétricas analgésicas para diminuição da dor, a fisioterapia precoce tem um papel fundamental na diminuição do edema (inchaço) do pé e tornozelo e também no retomar dos movimentos da articulação, sempre adequados a cada caso, tendo como o objetivo a acel eração da sua recuperação. ENTORSE Uma entorse de tornozelo é uma lesão ligamentar (dos ligamentos) que ocorre, habitualmente, após uma torção no tornozelo. Os ligamentos do tornozelo são estruturas elásticas que permitem manter a articulação na sua posição correta. Os ligamentos, que constituem os estabilizadores laterais do tornozelo, são os principais responsáveis pela estabilidade da articulação, nomeadamente, em movimentos nos extremos das amplitudes articulares. Em condições normais, os ligamentos, como estruturas elásticas que são, distendem (esticam) até ao seu limite, regressando, de seguida, à sua posição inicial. Todos os ligamentos possuem uma amplitude específica de movimento e limites que lhes permitem manter as articulações estabilizadas. O entorse ocorre quando o ligamento é forçado para lá da sua normal capacidade. No tornozelo, podemos identificar 2 ligamentos: complexo ligamentar externo e ligamento lateral interno. A lesão, geralmente, ocorre quando alguém, acidentalmente, mobiliza o tornozelo de forma anormal, ou seja o tornozelo é “torcido”. São exemplo de movimentos anormais a torção do pé (torcer o pé), rotações e rolamentos do pé. Este movimento pode levar os ligamentos a estirarem (fazer uma distensão ou esticar para além do normal, criando problemas na sua função) ou mesmo, nos casos mais graves, a romper (rasgar). Uma lesão onde ocorre o rompimento dos ligamentos (rotura) é mais grave quando comparada com uma lesão onde ocorre apenas estiramento dos ligamentos, conforme veremos adiante com maior detalhe. Existem essencialmente dois tipos de entorse do tornozelo. Os entorses mais frequentes são os que ocorrem com inversão do pé, que se define por forçar a articulação para o lado de dentro (“o pé está preso ao solo pela carga e o corpo roda para fora”). Por sua vez, em casos mais raros podem ocorrer entorses em eversão do pé (mecanismo contrário ao de inversão). A lesão ligamentar externa (do ligamento lateral externo ou ligamento da “parte de fora”) é a mais frequente e a maioria das vezes ocorre de forma incompleta, ocorrendo maioritariamente no entorse por inversão. FISIOTERAPIA A fisioterapia deve ser iniciada logo após a entorse do tornozelo, devendo ser realizada todos os dias e a duração do programa de tratamento irá depender da gravidade da lesão e da sua evolução, pelo que tanto pode demorar alguns dias (entorses muito ligeiras) como meses (entorses graves). Não obstante a utilização de correntes elétricas analgésicas para diminuição da dor, a fisioterapia precoce tem um papel fundamental na diminuição do edema (inchaço) do pé e tornozelo e também no retomar dos movimentos da articulação, sempre adequados a cada caso, tendo como o objetivo a aceleração da sua recuperação.
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