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ESTUDOS DISCIPLINARES IX CINEMA E EDUCAÇÃO 2022 LUENY

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Unidade I
ESTUDOS DISCIPLINARES 
Cinema e Educação
Prof. Adilson Oliveira
A LUA FOI AO CINEMA, de Paulo Leminski
A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.
Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!
Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava para ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.
A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
– Amanheça, por favor!
Falar de cinema?
Falar de cinema?
Fonte: http://www.cinema7arte.com/
Fonte: 
Fonte: https://spherageek.wordpress.com 
Fonte: http://www.letsfamily.com.br/
Falar de cinema?
 Walter Salles Júnior afirmou que o papel principal do cinema “é 
gerar uma memória de nós mesmos”, refletir o retrato de uma 
sociedade num dado momento.
“Uma professora muito maluquinha”
(2011), resgata a história de 
cidade pequena da década 
de 1940. 
“A menina que roubava
livros” (2014) traz 
história de resistência 
na II Guerra Mundial.
Fonte: http://www.guiadasemana.com.br/
Papel do cinema
 “O bom filme é aquele que ajuda o espectador a viver. O cinema 
tem uma função importante na formação do caráter”, segundo 
Domingos Oliveira (diretor, ator, roteirista). 
Narradores de Javé (2003): 
http://www.guiadasemana.com.br/ 
 Formação cultural; crenças; oposição entre memória, história, 
verdade e invenção; importância da oralidade na construção 
científica; dimensão da escrita e da fala; confronto 
entre o progresso e as tradições. 
Papel do cinema
Cinema como arte
 “Uma pessoa não pode ver o Citizen Kane (Cidadão Kane, 1941) 
entrando na sala de cinema em qualquer momento e vendo 
apenas uma parte. É preciso estar no começo para ver o plano 
de Kane morrendo depois de dizer a célebre palavra 
“Rosebud”. É preciso acompanhar os repórteres que vão ouvir 
os amigos e familiares de Kane para tentar descobrir 
o significado de “Rosebud”. 
Continua
Papel do cinema
 E, finalmente, é preciso estar presente no final, quando os 
empregados jogam todos os bens de Kane numa fornalha 
e a câmera dá um close num trenó infantil onde está escrita 
a palavra “Rosebud”. O filme tem uma estrutura completa, 
tem um desenvolvimento planejado para ser fruído ao longo 
de um tempo e, portanto, não é possível vê-lo num espaço 
instalativo.” (Arlindo Machado. Revista Z Cultural. Ano IX).
 Cidadão Kane (1941):
Papel do cinema
Fonte: 
http://cinemaedebate.com/
E para você: qual é a função do cinema?
 Lazer? Prazer?
 Aprendizagem?
 Conhecimento de uma determinada época?
 Questionamento sobre o ser humano?
 Fuga da realidade?
Fonte: http://pt.depositphotos.com/
Papel do cinema
INTERVALO
 Na virada do século XIX para o XX não existia ainda nenhuma 
forma padronizada de produzir e exibir filmes, a projeção podia 
ser realizada em várias telas em vez de em uma só, ou então 
vários projetores diferentes podiam ser apontados para 
a mesma tela, filmes eram mais frequentemente exibidos 
nos cafés concerts, que eram ambientes mistos e iluminados 
para onde as pessoas iam com a intenção de beber, ouvir 
música ao vivo e dançar.
Cinema tem história
 Os filmes dos primeiros tempos não vinham ainda “fechados” 
numa montagem definitiva.
 O exibidor comprava quantos rolos quisesse e montava 
o seu filme na ordem que bem entendesse.
 O modo de projeção também não estava definido: cada exibidor 
podia inventar o seu próprio “cinema”, projetando por detrás da 
tela, em telas paralelas, ou fundindo duas 
ou mais imagens simultâneas na mesma tela.
Cinema tem história
 O cinema tal como o conhecemos hoje é uma instalação que se 
cristalizou numa forma única: um spot de luz situado atrás da 
plateia, ao atravessar uma película projeta as imagens ampliadas 
da película numa única tela à frente dos espectadores 
mergulhados numa sala escura.
 http://www.rgbstock.com/
Cinema tem história
O tipo de filme produzido a partir de então:
 basicamente narrativo e de longa duração,
 associado ao efeito ilusionista buscado,
 exigia o dispositivo elementar, baseado no efeito mimético 
da fotografia, 
 na ilusão de movimento produzida pela câmera, 
 na sala escura e vedada acusticamente, na projeção 
numa tela grande e única, 
 e no ocultamento do projetor e das caixas de som. 
Cinema tem história
 O modelo de cinema que conhecemos começa a se 
consolidar na primeira metade do século XX, com 
o surgimento dos nickelodeons, as primeiras salas 
dedicadas exclusivamente à exibição de filmes
 nome nickelodeons: de nickel, cinco centavos de dólar, 
que era o preço do ingresso, e odeon, teatro, em grego.
 Com cerca de 100 lugares, exibiam filmes continuamente 
para um fluxo constante de espectadores. O primeiro foi 
constituído nos EUA, em 1905.
Cinema tem história
 Com o surgimento do digital e da internet, a ideia de sair para 
fora do cubo negro ganhou nova força. 
 Em 2008, tivemos em São Paulo um grande evento dedicado 
a um cinema de tipo instalativo, que exigia novos espaços de 
exibição. A mostra se chamou “Cinema sim”.
 Entre os vários trabalhos exibidos na mostra, 
destacou-se a instalação de Julian Rosefeldt, 
chamada “Stunned man”(2004). 
Cinema tem história
 “Stunned man” (2004): filmado em Super-16 mm e transferido 
para DVD, era projetado em duas telas colocadas lado a lado. 
 O efeito das duas telas é estonteante. Ora as duas imagens são 
especulares, ou seja, uma é a inversão simétrica da outra, ora 
elas são diametralmente opostas: uma mostra um homem 
destruindo a sua casa num acesso da fúria e a outra mostra o 
mesmo homem a reconstruindo calmamente.
Cinema tem história
 O homem da tela esquerda atravessa o quadro e entra na tela 
da direita, enquanto o outro faz o percurso inverso. Então, 
a casa que estava reconstruída começa a ser demolida, 
enquanto a outra volta a ser reconstruída.
 Devido ao trabalho em loop, isso vai se repetir infinitamente: 
o personagem enfurecido vai sempre destruir a casa e o seu 
duplo pacífico vai sempre reconstruí-la, apenas invertendo 
os lados. 
 O resultado é uma estranha forma de caleidoscópio, 
com imagens especulares e paradoxais.
Cinema tem história
 “Stunned man” (2004).
Fonte: http://vimeo.com/55126033
INTERVALO
 “Alice no País das Maravilhas” (1903).
Fonte: http://www.proibidoler.com/
 Primeira adaptação, é um filme mudo britânico que se tornou 
memorável por utilizar efeitos especiais, como o encolhimento de 
Alice e a sala com muitas portas. Apenas uma cópia do filme 
original tem existência conhecida e partes estão perdidas.
Filmes para o público infantil
 “O Mágico de Oz” (1939).
Fonte: http://www.proibidoler.com/
 Adaptação do clássico de L. Frank Baum, foi indicado para seis 
categorias do Oscar, inclusive melhor filme. Levou as 
estatuetas de canção com “Over the Rainbow” e trilha sonora.
Filmes para o público infantil
 “A Bela e a Fera”, La Belle et la Bête (França, 1946).
Fonte: http://www.proibidoler.com
Filmes para o público infantil
 No mundo ocidental, o cinema infantil tem uma ligação 
histórica com a literatura infantil. 
 Nos EUA e na Europa, ele surge com base nos clássicos da 
literatura, da narrativa oral e dos contos de fadas, uma vez que 
o consumo por este tipo de leitura é bastante significativo entre 
o público infanto-juvenil. 
 No Brasil, grande parte desses filmes teve como inspiração 
os enredos e os personagens da televisão.
Cinema infantil
 De 1908 até 2002 foram produzidos 3.415 longas-metragens 
brasileiros, mas apenas 2% (cerca de 70 filmes) destinaram-se 
ao público infantil.
 As duas primeiras produções para crianças são de 1956: 
“O saci”, de Rodolfo Nani, inspirada na obra de Monteiro 
Lobato, e “Sinfonia amazônica”, primeiro desenho animado,
que traz influências de Walt Disney.Cinema infantil
 “Os Trapalhões e o Mágico de Oróz” (1984).
 Entre as maiores bilheterias da história do cinema brasileiro, 
teve 2.457.156 espectadores no Brasil.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Cinema infantil no Brasil – Exemplo
 O filme é uma paródia de “O Mágico de Oz”, de 1939, e se passa 
no nordeste brasileiro. Didi, Soró e Tatu reclamam da seca e da 
fome e partem para a cidade em busca de condições melhores 
para sobrevivência. No caminho, eles encontram um 
Espantalho abandonado (Zacarias) e o Homem Lata (Mussum). 
Juntos, chegam à pequena cidade de Oróz, castigada pela seca 
e pela tirania do Coronel Ferreira, em relação ao qual 
o Delegado Leão (Dedé) não toma atitudes para enfrentá-lo, 
pois é covarde. 
Cinema infantil no Brasil – Exemplo
 “Os Trapalhões e o Mágico de Oróz” é um dos filmes dos 
Trapalhões que mais enfatizam problemas sociais (fome, sede, 
pobreza). Logo no início vê-se uma imagem da seca sertaneja 
da região do nordeste brasileiro.
Cinema infantil no Brasil – Exemplo
 Um narrador discursa sobre isso logo no início: “Vinte e cinco 
milhões de habitantes. Quase um continente esquecido. Nordeste. 
Massa de um todo que a seca reduziu a pó. Resto 
de verdade. Resto de mundo. Resto de esperanças. Resto de 
gente. Resto de vida num lugar em que a vida confunde-se com a 
morte. Diz o sofrido sertanejo, que a seca é a vida sem vida. Por 
mais que grite, este homem não consegue ser ouvido. Suas 
esperanças vão se diluindo à medida em que aumenta 
a surdez dos homens insensíveis. E o povo carece da prece, 
pois acredita que o Nordeste não é uma terra sem Deus.”
Cinema infantil no Brasil – Exemplo
Em seguida dessas imagens há três personagens, um deles 
é Didi, que fala da pobreza e da luta pra sobreviver. As três 
personagens estão trabalhando na terra seca do Sertão 
quando um dos amigos fala: 
 Amigo 1 – “São cinco anos de sofrimento. Sem chuva, sem 
fruta, sem caça e sem esperança de melhora.” 
 Didi – “É verdade. Se ficar a gente morre. Se não ficar, morre 
também. Então vamos embora!” 
Continua
Cinema infantil no Brasil – Exemplo
 Amigo 2 – “Melhor do que ficar aqui, nessa terra seca, sofrendo.” 
 Amigo 1 – “Sofrendo e fazendo ela sofrer. Cava aqui, cava 
acolá e nada dá.”
 Amigo 2 – “Já ouviu dizer que o sertanejo é antes 
de tudo um forte?” 
 Didi – “Nós éramos. Agora ficamos só no antes de tudo. 
Tou certo ou não tou, Salvação?” (Didi olha para o burro, 
que começa a relinchar).
Cinema infantil no Brasil – Exemplo
INTERVALO
 O Instituto Nacional de Cinema Educativo é criado em 1936 
e dirigido por Roquette-Pinto, tendo o cineasta Humberto 
Mauro como técnico do Instituto. 
 No INCE, entre 1936 e 1964, Mauro realizou 357 filmes 
pedagógicos e científicos. Nas décadas de 1930 e 1940, 
principalmente, os filmes produzidos correspondiam 
ao objetivo de reinventar o Brasil, mostrando a natureza 
exuberante e o homem primitivo como marcas 
de nossa nacionalidade.
Cinema e educação 
 A possibilidade de uso do cinema como instrumento 
pedagógico, doutrinário ou de propaganda, estava 
introduzida, no início do século XX, em vários países do 
mundo, independentemente da ideologia que professavam.
 Porém, um filme não precisa ser didático para ensinar valores 
importantes na formação dos alunos. O cinema é capaz de 
alimentar o intelecto com diversão e criticidade.
Cinema e educação 
 A utilização do cinema como veículo e ferramenta de ensino-
aprendizagem oportuniza enfocar os aspectos culturais, 
históricos, literários e políticos, proporcionando uma visão 
integral do cinema enquanto mídia educativa.
Cinema e educação 
Por que usar o cinema na sala de aula?
 Para mobilizar a expressão e a comunicação pessoal.
 Intensificar as relações dos indivíduos tanto com seu mundo 
interior como com o exterior.
 Auxiliar o aluno a compreender a diversidade de valores 
que orientam tanto seus modos de pensar e agir quanto 
os da sociedade.
Cinema e educação 
 Favorecer o entendimento da riqueza e da diversidade 
da imaginação humana.
 Tornar o aluno capaz de perceber sua realidade cotidiana mais 
vivamente, reconhecendo e decodificando formas, sons, gestos 
e movimentos que estão à sua volta.
Por que usar o cinema na sala de aula?
 Função político-pedagógica do cinema: possibilidade de 
politização dos indivíduos por meio do acesso à cultura, 
 A reprodutibilidade da obra de arte passa a ser de livre 
acesso a todos.
 Atuação da escola: formação de indivíduos críticos
e conscientes. 
Cinema e educação
 Filmes de Walt Disney: “Aladim”, “O Rei Leão”, “A Pequena 
Sereia” e tantos outros, trazem mensagens para as crianças. 
 Tais mensagens nada têm de inocentes.
 Elas estão, de alguma forma, narrando concepções 
de racismo, sexismo, genocídio dos índios americanos, 
questões de poder etc. 
Cinema e educação
 Pais e professores podem tomar os filmes animados 
da Disney como material de discussão e reflexão. 
 Mais do que veículos de entretenimento, fantasia, emoção, eles 
estão vendendo produtos e ensinando valores,
 por isso devem ser considerados como sérios locais 
de aprendizagem e, portanto, podem e talvez devam 
ser incorporados no currículo escolar como objetos 
de conhecimento social e análise crítica. 
Cinema e educação
 Trabalhar com o cinema como recurso em sala de aula 
é propiciar à escola o reencontro com a cultura cotidiana 
e elevada ao mesmo tempo.
 O cinema é a área na qual a estética, o lazer, a ideologia 
e os valores sociais mais abrangentes são compostos 
numa só obra de arte. 
Cinema e educação
ATÉ A PRÓXIMA!

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