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International Auditing and
Assurance Standards Board
Manual das Normas 
Internacionais de Controlo 
de Qualidade, Auditoria, 
Revisão, Outros Trabalhos 
de Garantia de Fiabilidade 
e Serviços Relacionados
International Auditing 
and Assurance 
Standards Board
Versão Original
Traduzido e Republicado
ISA™ ISQC™ IAPN™
Edição 2015
Parte I
3
NOTA À EDIÇÃO 2015
A presente edição do Manual das Normas Internacionais de Controlo de Qualidade, 
Auditoria, Revisão, Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e Serviços 
Relacionados (Edição 2015 – Parte I) é uma tradução da Ordem dos Revisores Oficiais 
de Contas com base no texto original em língua inglesa emitido pelo Internacional 
Audit and Assurance Standards Board (IAASB) da International Federation of 
Accountants (IFAC).
O material técnico incluído neste Manual compreende todas as Normas Internacionais 
de Auditoria (ISA), a ISQC 1, e a Recomendação de Práticas Internacionais de 
Auditoria IAPN 1000, Considerações Especiais na Auditoria de Instrumentos 
Financeiros.
Comparativamente com a Edição de 2010, foi introduzida a ISA 701, Comunicar 
Matérias Relevantes de Auditoria no Relatório do Auditor Independente e foram 
feitas revisões às seguintes ISA:
•	 ISA 260, Comunicação com os Encarregados da Governação
•	 ISA 315, Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material Através do 
Conhecimento da Entidade e do Seu Ambiente
•	 ISA 570, Continuidade
•	 ISA 610, Usar o Trabalho de Auditores Internos
•	 ISA 700, Formar uma Opinião e Relatar sobre Demonstrações Financeiras
•	 ISA 705, Modificações à Opinião no Relatório do Auditor Independente
•	 ISA 706, Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outras Matérias
•	 ISA 720, As Responsabilidades do Auditor Relativas a Outra Informação
A introdução da ISA 701 e as revisões a outras ISA assinaladas acima determinaram, 
também, ajustamentos em outras ISA as quais, no texto original, não estão consideradas 
nas normas respetivas mas numa secção independente intitulada “Conforming 
Amendments To Other ISAs”.
Na versão em língua portuguesa, esses ajustamentos já estão incluídos nos textos 
respetivos das ISA agora publicadas.
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I
5 ÍNDICE PARTE I
MANUAL DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTROLO 
DE QUALIDADE, AUDITORIA, REVISÃO, OUTROS 
TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E SERVIÇOS 
RELACIONADOS 
PARTE I
ÍNDICE
Página
A Função da International Federation of Accountants .................................. 9
Estrutura das Normas Emitidas pelo International Auditing and Assurance
 Standards Board ..................................................................................... 10
Prefácio às Normas Internacionais de Controlo de Qualidade, Auditoria,
 Revisão, Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e Serviços
 Relacionados .......................................................................................... 11–16
Glossário de Termos ...................................................................................... 17–42
NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTROLO DE QUALIDADE
ISQC 1, Controlo de Qualidade para Firmas que Executem Auditorias e 
Revisões de Demonstrações Financeiras e Outros Trabalhos de Garantia 
de Fiabilidade e Serviços Relacionados ........................................................ 43–81
AUDITORIAS DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA HISTÓRICA
200–299 PRINCÍPIOS E RESPONSABILIDADE GERAIS
ISA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma
Auditoria de Acordo com as Normas Internacionais de Auditoria ............... 82–114
ISA 210, Acordar os Termos de Trabalhos de Auditoria ............................... 115–140
ISA 220, Controlo de Qualidade para uma Auditoria de Demonstrações
 Financeiras ............................................................................................. 141–161
ISA 230, Documentação de Auditoria .......................................................... 162–175
ISA 240, As Responsabilidades do Auditor Relativas a Fraude numa 
 Auditoria de Demonstrações Financeiras .............................................. 176–223
ISA 250, Consideração de Leis e Regulamentos numa Auditoria de 
 Demonstrações Financeiras ................................................................... 224–239
ISA 260 (Revista), Comunicação com os Encarregados da Governação ..... 240–271
6ÍNDICE PARTE I
MANUAL DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTROLO DE QUALIDADE, AUDITORIA, 
REVISÃO, OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E SERVIÇOS RELACIONADOS 
PARTE I
ISA 265, Comunicar Deficiências no Controlo Interno aos Encarregados da 
Governação e à Gerência .............................................................................. 272–284
300–499 AVALIAÇÃO DO RISCO E RESPOSTA AOS RISCOS AVALIADOS
ISA 300, Planear uma Auditoria de Demonstrações Financeiras ................. 285–300
ISA 315 (Revista), Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material
 Através do Conhecimento da Entidade e do Seu Ambiente .................. 301–361
ISA 320, A Materialidade no Planeamento e na Execução de uma
 Auditoria ................................................................................................ 362–372
ISA 330, As Respostas do Auditor a Riscos Avaliados ................................. 373–398
ISA 402, Considerações de Auditoria Relativas a uma Entidade que 
 Utiliza uma Organização de Serviços .................................................... 399–424
ISA 450, Avaliação de Distorções Identificadas durante a Auditoria ........... 425–439
500–599 PROVA DE AUDITORIA
ISA 500, Prova de Auditoria ......................................................................... 440–458
ISA 501, Prova de Auditoria — Considerações Especificas para Itens
 Selecionados .......................................................................................... 459–470
ISA 505, Confirmações Externas .................................................................. 471–483
ISA 510, Trabalhos de Auditoria Iniciais — Saldos de Abertura ................. 484–496
ISA 520, Procedimentos Analíticos .............................................................. 497–505
ISA 530, Amostragem de Auditoria .............................................................. 506–523
ISA 540, Auditar Estimativas Contabilísticas, Incluindo Estimativas 
 Contabilísticas de Justo Valor e Respetivas Divulgações ...................... 524–572
ISA 550, Partes Relacionadas ....................................................................... 573–603
ISA 560, Acontecimentos Subsequentes ....................................................... 604–617
ISA 570 (Revista), Continuidade .................................................................. 618–647
ISA 580, Declarações Escritas ...................................................................... 648–665
600–699 USAR O TRABALHO DE TERCEIROS
ISA 600, Considerações Especiais — Auditorias de Demonstrações
 Financeiras de Grupos (Incluindo o Trabalho dos Auditores de
 Componente) .......................................................................................... 666–719
ISA 610 (Revista), Usar o Trabalho de Auditores Internos .......................... 720–744
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I
7 ÍNDICE PARTE I
MANUAL DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTROLO DE QUALIDADE, AUDITORIA, 
REVISÃO, OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E SERVIÇOS RELACIONADOS 
PARTE I
ISA 620, Usar o Trabalho de um Perito do Auditor ...................................... 745–766
700–799 CONCLUSÕES DE AUDITORIA E RELATO
ISA 700 (Revista), Formar uma Opinião e Relatar sobre Demonstrações
 Financeiras .............................................................................................767–825
ISA 701, Comunicar Matérias Relevantes de Auditoria no Relatório do
 Auditor Independente ............................................................................. 826–851
ISA 705 (Revista), Modificações à Opinião no Relatório do Auditor
 Independente .......................................................................................... 852–884
ISA 706 (Revista), Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outras Matérias no 
 Relatório do Auditor Independente ........................................................ 885–903
ISA 710, Informação Comparativa — Números Correspondentes e 
 Demonstrações Financeiras Comparativas ............................................ 904–925
ISA 720 (Revista), As Responsabilidades do Auditor Relativas a Outra
 Informação ............................................................................................. 926–977
800–899 ÁREAS ESPECIALIZADAS
ISA 800, Considerações Especiais — Auditorias de Demonstrações 
 Financeiras Preparadas de Acordo com Referenciais de
 Finalidade Especial ................................................................................ 978–994
ISA 805, Considerações Especiais — Auditorias de Demonstrações
 Financeiras Isoladas e de Elementos, Contas ou Itens Específicos de
 uma Demonstração Financeira ..............................................................995–1015
ISA 810, Trabalhos para Relatar Sobre Demonstrações Financeiras
 Resumidas ............................................................................................1016–1042
RECOMENDAÇÕES DE PRÁTICAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
IAPN 1000, Considerações Especiais na Auditoria de Instrumentos
 Financeiros ............................................................................................. 1043
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9 IFAC
A FUNÇÃO DA INTERNATIONAL FEDERATION OF ACCOUNTANTS
A International Federation of Accountants (IFAC) serve o interesse público 
ao contribuir para o desenvolvimento de organizações fortes e sustentáveis, 
mercados e economias. Ela defende a transparência, responsabilidade pelos atos 
e comparabilidade do relato financeiro; auxilia o desenvolvimento da profissão de 
auditoria e contabilidade; e comunica a importância e valor dos profissionais de 
auditoria e contabilidade à comunidade financeira global. Fundada em 1977, a IFAC 
é atualmente composta por 175 membros e associados de 130 países e jurisdições, 
representando aproximadamente 2,84 milhões de profissionais em regime liberal, e na 
educação, setor público, indústria e comércio. 
Como parte do seu mandato de interesse público, a IFAC contribui para o 
desenvolvimento, adoção e implementação de normas de auditoria e garantia de 
fiabilidade de alta qualidade, principalmente através do seu apoio ao International 
Auditing and Assurance Standards Board (IAASB). A IFAC proporciona recursos 
humanos, instalações, suporte de comunicações e financiamento a este organismo de 
normalização independente e facilita as nomeações e processos de seleção dos seus 
membros.
O IAASB estabelece as suas próprias agendas e aprova as suas publicações de 
acordo com um processo estabelecido e sem o envolvimento da IFAC. A IFAC não 
tem capacidade de influenciar as agendas ou publicações. A IFAC publica manuais, 
normas e outras publicações e detêm os direitos de autor.
A independência do IAASB é salvaguardada através de vários modos:
•	 supervisão independente do interesse público, formal, relativamente 
ao estabelecimento das normas pelo Public Interest Oversight Board 
(ver www.ipiob.org para mais informação), a qual inclui um processo 
rigoroso envolvendo consulta pública;
•	 um convite público para nomeações e uma supervisão independente, 
formal, do processo de nomeação/seleção, pelo Public Interest 
Oversight Board;
•	 transparência total, tanto em termos do processo devido para a 
normalização como do acesso público aos materiais da agenda, 
reuniões e a publicação de bases para conclusões em cada norma final;
•	 o envolvimento de um Grupo de Aconselhamento Consultivo e 
observadores no processo de normalização; e
•	 o requisito que os membros do IAASB, bem como as organizações 
de nomeação/empregadores, se comprometam com a independência, 
integridade e missão de interesse público do conselho.
Para mais informações visite o website da IFAC em www.ifac.org
10IFAC
ESTRUTURA 8 
Código de Ética dos Profissionais de Contabilidade e Auditoria do IESBA 
Outros Trabalhos de Garantia de 
Fiabilidade 
ISQC 1–99 Normas Internacionais de Controlo de Qualidade 
Auditorias e Revisões de 
Informação Financeira Histórica 
Referencial Internacional para Trabalhos de Garantia de Fiabilidade 
ISA 100–999 
Normas Internacionais 
de Auditoria 
ISAE 3000–3699 
Normas Internacionais de Trabalhos 
de Garantia de Fiabilidade 
ISRE 2000–2699 
Normas Internacionais 
de Trabalhos de Revisão 
ISRS 4000–4699 
Normas Internacionais de 
Serviços Relacionados 
Serviços Relacionados 
Âmbito das Normas do IAASB 
ESTRUTURA DAS NORMAS
EMITIDAS PELO INTERNATIONAL AUDITING 
AND ASSURANCE STANDARDS BOARD 
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11 PREFÁCIO
PREFÁCIO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS 
DE CONTROLO DE QUALIDADE, AUDITORIA, REVISÃO, 
OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE 
E SERVIÇOS RELACIONADOS
(Em vigor desde 15 de dezembro de 2011)
ÍNDICE
Parágrafo
Introdução .................................................................................................... 1–2
As Normas do International Auditing and Assurance Standards Board 
 (IAASB) ............................................................................................... 3–4
As Normas Oficiais do IAASB ..................................................................... 3–4
A Autoridade Inerente às Normas Internacionais Emitidas 
pelo IAASB ................................................................................................... 5–17
Normas Internacionais de Auditoria ............................................................. 11
Normas Internacionais de Controlo de Qualidade ......................................... 12
Outras Normas Internacionais ........................................................................ 13–16
Julgamento Profissional ................................................................................. 17
Aplicabilidade das Normas Internacionais .................................................... 18–19
Material não Oficial .................................................................................... 20–22
Recomendações de Práticas Internacionais de Auditoria .............................. 21–22
Recomendações de Práticas Relacionadas com Outras Normas
 Internacionais ......................................................................................... 23
Publicações Internas ...................................................................................... 24
Língua .......................................................................................................... 25
12PREFÁCIO
PREFÁCIO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTROLO DE QUALIDADE, AUDITORIA, 
REVISÃO, OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E SERVIÇOS RELACIONADOS
Introdução
1. Este prefácio às Normas Internacionais de Controlo de Qualidade, Au-
ditoria, Revisão, Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e Serviços 
Relacionados é emitido para facilitar a compreensão do âmbito e autoridade 
das normas que o International Auditing and Assurance Standards Board 
(IAASB) emite, conforme estabelecido nos Termos de Referência do IAASB.
2. O IAASB tem um compromisso para desenvolver um conjunto de Normas 
Internacionais e outras normas que sejam geralmente aceites em todo o 
mundo. Os membros do IAASB agem no interesse comum do público em 
geral e da profissão de auditoria mundial. Daqui pode resultar que se tome 
uma posição numa matéria que não esteja de acordo com a prática corrente 
no seu país ou firma ou que não esteja de acordo coma posição tomada por 
aqueles que pretendem tornar-se membros do IAASB. 
As Normas do International Auditing and Assurance Standards 
Board (IAASB)
As Normas Oficiais do IAASB
3. As normas do IAASB regem a auditoria, a revisão, outros trabalhos de garantia 
de fiabilidade e serviços relacionados, que sejam conduzidos de acordo com 
Normas Internacionais. Não se sobrepõem às leis ou regulamentos nacionais 
que regem a auditoria de demonstrações financeiras históricas ou os trabalhos 
de garantia de fiabilidade sobre outra informação num determinado país, e 
que são exigidos de acordo com as normas nacionais desse país. No caso 
em que as leis ou regulamentos nacionais difiram das Normas do IAASB, 
ou sejam com elas conflituantes, num determinado assunto, um trabalho 
conduzido de acordo com as leis ou regulamentos nacionais não está 
automaticamente em conformidade com as Normas do IAASB. Um auditor 
não deve invocar conformidade com as Normas do IAASB a menos que o 
auditor tenha cumprido integralmente todas as normas que sejam relevantes 
para o trabalho.
4. As normas oficiais do IAASB são as Normas Internacionais que são emitidas 
seguindo um processo estabelecido do IAASB. 
A Autoridade Inerente às Normas Internacionais Emitidas pelo 
IAASB
5. As Normas Internacionais de Auditoria (ISA) devem ser aplicadas na 
auditoria de informação financeira histórica.
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13 PREFÁCIO
PREFÁCIO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTROLO DE QUALIDADE, AUDITORIA, 
REVISÃO, OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E SERVIÇOS RELACIONADOS
6. As Normas Internacionais de Trabalhos de Revisão (ISRE) devem ser 
aplicadas na revisão de informação financeira histórica. 
7. As Normas Internacionais de Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade 
(ISAE) devem ser aplicadas em trabalhos de garantia de fiabilidade que não 
sejam auditoria ou revisão de informação financeira histórica.
8. As Normas Internacionais de Serviços Relacionados (ISRS) devem ser 
aplicadas a trabalhos de compilação, trabalhos para aplicar procedimentos 
acordados a informação e outros trabalhos de serviços relacionados conforme 
especificados pelo IAASB.
9. As ISA, ISRE, ISAE e ISRS são coletivamente referidas como as Normas de 
Trabalho do IAASB.
10. As Normas Internacionais de Controlo de Qualidade (ISQC) devem ser 
aplicadas a todos os serviços abrangidos pelas Normas de Trabalho do 
IAASB.
Normas Internacionais de Auditoria
11. As ISA são escritas no contexto de uma auditoria de demonstrações 
financeiras1 executadas por um auditor independente. Devem ser adaptadas 
conforme necessário nas circunstâncias quando aplicadas à auditoria de outra 
informação financeira histórica. A autoridade das ISA está estabelecida na 
ISA 200.2
Normas Internacionais de Controlo de Qualidade
12. As ISQC são escritas para serem aplicadas pelas firmas relativamente a 
todos os seus serviços abrangidos pelas Normas de Trabalho do IAASB. A 
autoridade da ISQC é estabelecida na introdução às ISQC.
Outras Normas Internacionais
13. Algumas Normas Internacionais identificadas nos parágrafos 6-8 contêm: 
objetivos, requisitos, material de aplicação e outro material explicativo, 
matérias introdutórias e definições. Estes termos devem ser interpretados de 
forma análoga diretamente à forma como estão explicados no âmbito das ISA 
e de auditorias de demonstrações financeiras na ISA 200.
1 Salvo disposto de forma diferente, “demonstrações financeiras” significa demonstrações financeiras 
compreendendo informação financeira histórica.
2 ISA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de Acordo com as 
Normas Internacionais de Auditoria
14PREFÁCIO
PREFÁCIO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTROLO DE QUALIDADE, AUDITORIA, 
REVISÃO, OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E SERVIÇOS RELACIONADOS
14. Outras Normas Internacionais identificadas nos parágrafos 6-8 contêm 
princípios básicos e procedimentos essenciais (identificados a letras a negrito 
pela palavra”deve”) juntamente com a respetiva orientação na forma de 
material explicativo e outro, incluindo apêndices. Os princípios básicos e 
procedimentos essenciais devem ser entendidos e aplicados no contexto do 
material explicativo e outro que proporciona orientação para a sua aplicação. 
É por isso necessário considerar todo o texto de uma Norma para compreender 
e aplicar os princípios básicos e procedimentos essenciais.
15. Os princípios básicos e procedimentos essenciais de uma Norma devem ser 
aplicados em todos os casos em que sejam relevantes nas circunstâncias 
do trabalho. Porém, em circunstâncias excecionais um auditor pode julgar 
necessário não cumprir um procedimento essencial relevante a fim de 
atingir a finalidade desse procedimento. Quando surgir tal situação, exige-
se que o auditor documente como os procedimentos alternativos executados 
atingem a finalidade do procedimento e, exceto quando for claro de forma 
diferente, as razões do não cumprimento. Espera-se que a necessidade do 
auditor não cumprir um procedimento essencial relevante só surja quando, 
nas circunstâncias específicas do trabalho, esse procedimento seria ineficaz. 
16. Os apêndices, que fazem parte do material de aplicação, são uma parte 
integrante de uma Norma. A finalidade e uso pretendido de um apêndice são 
explicados no corpo da respetiva Norma ou dentro do título e introdução do 
próprio apêndice.
Julgamento Profissional
17. A natureza das Normas Internacionais exige que o auditor exerça julgamento 
profissional ao aplicá-las. 
Aplicabilidade das Normas Internacionais
18. O âmbito, data de entrada em vigor e qualquer limitação específica da 
aplicabilidade de uma Norma Internacional específica estão clarificados na 
Norma. Salvo disposto de forma diferente na Norma Internacional, permite-
se que o auditor aplique uma Norma Internacional antes da data de entrada 
em vigor nela constante. 
19. As Normas Internacionais são relevantes para trabalhos no setor público. 
Quando apropriado, são incluídas considerações específicas do setor público:
(a) Dentro do corpo de uma Norma Internacional no caso das ISA e ISQC; 
ou
(b) Numa Perspetiva do Setor Público (PSP) que aparece no final de outras 
Normas Internacionais.
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15 PREFÁCIO
PREFÁCIO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTROLO DE QUALIDADE, AUDITORIA, 
REVISÃO, OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E SERVIÇOS RELACIONADOS
Material não Oficial
20. O material não oficial inclui as Recomendações de Práticas emitidas pelo 
IAASB e publicações internas. O Material não oficial não faz parte das 
Normas Internacionais do IAASB.
Recomendações de Práticas Internacionais de Auditoria
21. As Recomendações de Práticas Internacionais de Auditoria (IAPN) não 
impõem requisitos adicionais para além dos incluídos nas ISA, nem alteram 
a responsabilidade do auditor de cumprir todas as ISA relevantes para a 
auditoria. As IAPN proporcionam orientação prática aos auditores e têm 
como finalidade ser disseminadas pelos responsáveis por normas nacionais, 
ou serem usadas no desenvolvimento de material nacional correspondente. 
Também proporcionam material que as firmas podem usar no desenvolvimento 
dos seus programas de formação e orientação interna.
22. Dependendo da natureza dos tópicos cobertos, uma IAPN pode ajudar o 
auditor a: 
•	 Compreender as circunstâncias da entidade e fazer julgamentos sobre a 
identificação e avaliação dos riscos de distorção material; 
•	 Fazer julgamentos sobre como responder aos riscos avaliados, 
incluindo julgamentos sobre procedimentos que podem ser apropriados 
nas circunstâncias; ou
•	 Fazer considerações sobre o relato, incluindo formar uma opinião 
sobre as demonstrações financeiras e comunicar com os encarregados 
da governação.
Recomendações de Práticas Relacionadas com Outras Normas Internacionais
23. O IAASB pode também emitir Recomendações de Práticas Internacionais de 
Trabalhos de Revisão (IREPN), Recomendações de Práticas Internacionais de 
Trabalhosde Garantia de Fiabilidade (IAEPN) e Recomendações de Práticas 
Internacionais de Serviços Relacionados (IRSPN) para servir a mesma 
finalidade na implementação das ISRE, ISAE e ISRS, respetivamente.
Publicações Internas
24. As publicações internas são usadas para ajudar a aumentar a consciência dos 
profissionais sobre matérias novas ou emergentes significativas ao referirem-
se a requisitos existentes e material de aplicação, ou para direcionar a sua 
atenção para disposições relevantes das normas do IAASB.
16PREFÁCIO
PREFÁCIO ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTROLO DE QUALIDADE, AUDITORIA, 
REVISÃO, OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E SERVIÇOS RELACIONADOS
Língua
25. O único texto oficial de uma Norma Internacional, Recomendação de Práticas, 
projeto de norma ou outra publicação do IAASB é o publicado pelo IAASB 
em língua inglesa.
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17 GLOSSÁRIO
GLOSSÁRIO DE TERMOS1
(Novembro de 2015)
*Acontecimentos subsequentes – Acontecimentos que ocorrem entre a data das 
demonstrações financeiras e a data do relatório do auditor e factos de que o auditor 
toma conhecimento depois da data do seu relatório.
Actividades de controlo – As políticas e os procedimentos que contribuem para 
assegurar que as directivas da gerência são levadas a efeito. As actividades de controlo 
são um componente do controlo interno.
Ambiente de controlo – Inclui as funções de governação e de gerência e as atitudes, 
conhecimento e acções dos encarregados da governação e da gerência com respeito ao 
sistema de controlo interno e à sua importância na entidade. O ambiente de controlo é 
um componente do controlo interno.
Ambiente de TI – As políticas e os procedimentos que a entidade implementa e a infra-
estrutura de TI (hardware, sistemas operativos, etc.) e software de aplicação que usa 
para suportar as operações do negócio e atingir as estratégias de negócio.
Âmbito de uma revisão – Os procedimentos considerados necessários nas circunstâncias 
para atingir o objectivo da revisão.
*Amostragem – (Ver Amostragem de auditoria)
*Amostragem de auditoria (amostragem) – Aplicação de procedimentos de auditoria 
a menos de 100% dos itens de uma população relevante para a auditoria, de tal forma 
que todas as unidades de amostragem tenham uma probabilidade de selecção, com o 
objectivo de proporcionar ao auditor uma base razoável para extrair conclusões acerca 
de toda a população.
*Amostragem estatística – Uma abordagem à amostragem que tem as características 
seguintes:
(i) Selecção aleatória dos itens da amostra; e
(ii) Uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados da amostra, 
incluindo a mensuração do risco de amostragem.
1 * Indica um termo definido nas ISA
† Indica um termo definido na ISQC 1
 No caso de trabalhos do sector público, os termos deste Glossário devem ser lidos como se referindo 
aos seus equivalentes do sector público.
 Sempre que não tenham sido definidos termos contabilísticos nas tomadas de posição do International 
Auditing and Assurance Standards Board, deve ser feita referência ao Glossário de Termos publicado 
pelo International Accounting Standards Board.
GLOSSÁRIO DE TERMOS
18GLOSSÁRIO
Uma abordagem de amostragem que não tenha as características (i) e (ii) é considerada 
amostragem não estatística.
*Anomalia – Uma distorção ou um desvio que é comprovadamente não representativo 
de distorções ou desvios numa população.
Apreciar – Identificar e analisar os aspectos relevantes, incluindo a execução de 
procedimentos adicionais conforme necessário, para chegar a uma conclusão 
específica sobre uma matéria. “Apreciar”, por convenção, é apenas usada em relação 
a um conjunto de matérias, incluindo a prova, os resultados de procedimentos e a 
eficácia da resposta da gerência a um risco. (ver também Avaliar) 
*Apropriação (da prova de auditoria) – A medida da qualidade da prova de auditoria, 
isto é, a sua relevância e a sua fiabilidade em apoio das conclusões nas quais se baseia 
a opinião do auditor.
Apropriação indevida de activos – Envolve o roubo de activos de uma entidade e 
é muitas vezes perpetrado por empregados em quantias relativamente pequenas e 
imateriais. Porém, pode também envolver a gerência que geralmente é mais capaz de 
esconder ou disfarçar apropriações indevidas por formas que são difíceis de detectar.
Quando o auditor expressa uma opinião sobre se as demonstrações financeiras 
estão apropriadamente apresentadas, em todos os aspectos materiais, ou dão uma 
imagem verdadeira e apropriada, as distorções também incluem os ajustamentos 
de quantias, classificações, apresentação ou divulgações que, no julgamento do 
auditor, são necessários para que as demonstrações financeiras sejam apresentadas 
apropriadamente, em todos os aspectos materiais, ou dêem uma imagem verdadeira 
e apropriada.
*Arquivo de auditoria – Um ou mais arquivos ou outros meios de armazenamento, 
em forma física ou electrónica, contendo os registos que integram a documentação de 
auditoria relativa a um trabalho específico.
*Asserções – Declarações prestadas da gerência, de forma explícita ou outra, que são 
incorporadas nas demonstrações financeiras e usadas pelo auditor para considerar os 
diferentes tipos de distorções materiais que podem ocorrer. 
Assistência Direta – O uso de auditores internos para executarem procedimentos de 
auditoria sob a direção, supervisão e revisão do auditor externo.
Associação – (ver Associação do auditor à informação financeira)
Associação do auditor à informação financeira – Um auditor está associado à 
informação financeira quando anexa um relatório a essa informação ou consente o 
uso do seu nome numa relação profissional.
*Auditor – O termo “auditor” é usado para referir a pessoa ou pessoas que conduzem a 
auditoria, geralmente o sócio responsável pelo trabalho ou outros membros da equipa 
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de trabalho ou, como aplicável, a firma. Quando uma ISA se destina expressamente 
a que um requisito ou responsabilidade seja satisfeito pelo sócio responsável pelo 
trabalho, usa-se a expressão “sócio responsável pelo trabalho”, em vez de “auditor”. 
“Sócio responsável pelo trabalho” e “firma” devem ser lidos como se referindo aos 
seus termos equivalentes do sector público, quando relevante.
*Auditor antecessor – O auditor de uma firma de auditoria diferente que auditou as 
demonstrações financeiras de uma entidade no período anterior e que foi substituído 
pelo auditor corrente.
*Auditor do componente – Um auditor que, a pedido da equipa de trabalho do grupo, 
executa trabalho sobre informação financeira relativa a um componente para efeitos 
de auditoria do grupo.
*Auditor do serviço – Um auditor que, a pedido da organização de serviços, emite um 
relatório de garantia de fiabilidade sobre os controlos de uma organização de serviços.
*Auditor do utente – Um auditor que audita e relata sobre as demonstrações financeiras 
de uma entidade utente.
*Auditor experiente – Um indivíduo (interno ou externo à firma) com experiência 
prática de auditoria e um conhecimento razoável: 
(a) De processos de auditoria;
(b) Das ISA e dos requisitos legais e regulamentares aplicáveis;
(c) Do ambiente do negócio em que a entidade opera; e
(d) Dos assuntos de auditoria e de relato financeiro relevantes para o sector de 
actividade da entidade.
*Auditores internos – Os indivíduos que executam as actividades da função de 
auditoria interna. Os auditores internos podem pertencer a um departamento de 
auditoria interna ou função equivalente.
*Auditoria do Grupo – A auditoria das demonstrações financeiras do grupo.
Avaliar – Analisar riscos identificados para concluir sobre a sua importância, 
“Avaliar”, por convenção, é apenas usado em relação ao risco (ver também Apreciar).
Carta de compromisso – Termos acordados de um trabalho escritos em forma de carta.
*Cepticismo profissional – Atitude que inclui uma mente interrogativa, alerta para 
condições que possam indicar uma possíveldistorção devido a erro ou a fraude, e uma 
apreciação crítica da prova.
*Componente – Uma entidade ou actividade empresarial relativamente à qual a 
gerência de um grupo ou de um componente prepara informação financeira que deve 
ser incluída nas demonstrações financeiras do grupo.
GLOSSÁRIO DE TERMOS
20GLOSSÁRIO
*Componente significativo – Um componente identificado pela equipa de trabalho do 
grupo que (i) é de importância financeira individual para o grupo ou que, (ii) devido à 
sua natureza ou circunstâncias específicas, implica provavelmente riscos significativos 
de distorção material para as demonstrações financeiras do grupo.
*Confirmação externa – Prova de auditoria obtida através de uma resposta directa 
escrita ao auditor por um terceiro (a parte que confirma), em papel, por meio 
electrónico ou por outro meio.
*Controlo interno – Processo concebido, implementado e mantido pelos encarregados 
da governação, gerência e outro pessoal para proporcionar segurança razoável acerca 
da consecução dos objectivos de uma entidade com respeito à fiabilidade do relato 
financeiro, eficácia e eficiência das operações e cumprimento das leis e regulamentos 
aplicáveis. O termo “controlos” refere-se a qualquer aspecto de um ou mais dos 
componentes do controlo interno. 
*Controlos ao nível do Grupo – Controlos concebidos, implementados e mantidos 
pela gerência do grupo sobre o relato financeiro do grupo.
Controlos aplicacionais em tecnologias de informação – Procedimentos manuais ou 
automáticos que operam tipicamente ao nível de processos de negócio. Os controlos 
aplicacionais podem ser de natureza preventiva ou de detecção e são concebidos para 
assegurar a integridade dos registos contabilísticos. Por conseguinte, estes controlos 
dizem respeito aos procedimentos usados para iniciar, registar, processar e relatar 
transacções ou outros dados financeiros.
*Controlos complementares da entidade utente – Controlos que, na concepção do seu 
serviço, a organização de serviços assume serão implementados por entidades utentes 
e que, se necessário para atingir objectivos de controlo, são identificados na descrição 
do seu sistema.
Controlos de acesso – Procedimentos concebidos para restringir o acesso a 
aparelhos terminais, programas e dados on-line. Os controlos de acesso consistem 
na “autenticação do utilizador” e na “autorização do utilizador”. A “autenticação 
do utilizador” tem geralmente a intenção de identificar um utilizador por meio de 
identificações exclusivas de entrada, palavras senha, cartões de acesso ou dados 
biométricos. A “autorização do utilizador” consiste em regras de acesso que determinam 
os recursos computorizados a que cada utilizador pode aceder. Especificamente, tais 
procedimentos são concebidos para evitar ou detectar:
(a) O acesso não autorizado a aparelhos terminais, programas e dados on-line;
(b) O lançamento de transacções não autorizadas;
(c) Alterações não autorizadas a ficheiros de dados;
(d) O uso de programas de computador por pessoal não autorizado; e
(e) O uso de programas de computador que não tenha sido autorizado.
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Controlos gerais de TI – Políticas e procedimentos que se relacionam com muitas 
aplicações e suportam o funcionamento eficaz dos controlos aplicacionais contribuindo 
para assegurar o funcionamento apropriado e continuado dos sistemas de informação. 
Os controlos de TI gerais incluem geralmente controlos sobre os centros de dados e 
as operações de rede, a aquisição, alteração e manutenção de software do sistema, 
a segurança do acesso, e a aquisição, desenvolvimento e manutenção de sistemas 
aplicacionais.Critérios – Referenciais usados para avaliar ou mensurar o assunto em 
causa incluindo. Os “critérios apropriados” são os critérios usados para um trabalho 
particular.
*Critérios aplicados (no contexto da ISA 8102) – Os critérios aplicados pela gerência 
na preparação das demonstrações financeiras resumidas. 
*Critérios apropriados – (ver Critérios)
*Data da aprovação das demonstrações financeiras – A data em que todas as 
demonstrações que integram as demonstrações financeiras, incluindo as respectivas 
notas, foram preparadas e as pessoas com autoridade reconhecida para tal declararam 
assumir a responsabilidade por essas demonstrações financeiras. 
*Data das demonstrações financeiras – A data do final do último período coberto 
pelas demonstrações financeiras.
†Data do relatório (em relação ao controlo de qualidade) – A data escolhida pelo 
profissional para aposição no relatório.
*Data do relatório do auditor – A data que o auditor apõe no seu relatório sobre as 
demonstrações financeiras de acordo com a ISA 700. 3
*Data em que as demonstrações financeiras são emitidas – A data em que o relatório 
do auditor e as demonstrações financeiras auditadas são colocadas à disposição de 
terceiros.
*Declaração escrita – Uma declaração escrita prestada pela gerência ao auditor 
para confirmar determinadas matérias ou para suportar outra prova de auditoria. 
As declarações escritas neste contexto não incluem demonstrações financeiras, as 
asserções nelas contidas ou livros e registos de suporte.
*Deficiência no controlo interno – Existe quando:
(i) Um controlo é concebido, implementado ou operado de tal forma que não 
é consegue evitar, ou detectar e corrigir em tempo oportuno, distorções nas 
demonstrações financeiras; ou
2 ISA 810, Trabalhos para Relatar sobre Demonstrações Financeiras Resumidas
3 ISA 700, Formar uma Opinião e Relatar sobre Demonstrações Financeiras
GLOSSÁRIO DE TERMOS
22GLOSSÁRIO
(ii) Não existe um controlo que seria necessário para evitar, ou detectar e corrigir 
em tempo oportuno, distorções nas demonstrações financeiras. 
*Deficiência significativa no controlo interno – Uma deficiência ou combinação de 
deficiências no controlo interno que, no julgamento profissional do auditor, assume 
suficiente importância para merecer a atenção dos encarregados da governação.
*Demonstrações financeiras – Uma representação estruturada da informação financeira 
histórica, incluindo divulgações, destinada a comunicar os recursos económicos ou as 
obrigações de uma entidade numa determinada data ou as alterações neles ocorridos 
durante um período de tempo de acordo com um referencial de relato financeiro. O 
termo “demonstrações financeiras” refere-se geralmente a um conjunto completo de 
demonstrações financeiras conforme determinado pelos requisitos do referencial de 
relato financeiro aplicável, mas também se pode referir a uma única demonstração 
financeira. As divulgações compreendem informação descritiva ou explicativa 
preparada de acordo com o que é exigido ou expressamente permitido pelo referencial 
de relato financeiro aplicável, seja na face das demonstrações financeiras, seja através 
de notas, seja ainda através da incorporação de referência cruzada.
*Demonstrações financeiras auditadas (no contexto da ISA 810) – Demonstrações 
financeiras4 auditadas pelo auditor de acordo com as ISA e a partir das quais foram 
extraídas as demonstrações financeiras resumidas.
*Demonstrações financeiras comparativas – Informação comparativa onde as quantias 
e outras divulgações relativas ao período anterior são incluídas para comparação com 
as demonstrações financeiras do período corrente mas, se auditadas, são referidas na 
opinião do auditor. O nível de informação incluído nessas demonstrações financeiras 
comparativas é comparável com o das demonstrações financeiras do período corrente.
*Demonstrações financeiras de finalidade geral – Demonstrações financeiras 
preparadas de acordo com um referencial de relato de finalidade geral.
*Demonstrações financeiras de finalidade especial – Demonstrações financeiras 
preparadas de acordo com um referencial com finalidade especial.
*Demonstrações financeiras do Grupo – Demonstrações financeiras que incluem 
a informação financeira de mais do que um componente. O termo “demonstrações 
financeiras do grupo”também se refere a demonstrações financeiras combinadas 
que agreguem a informação financeira preparada por componentes que não têm uma 
empresa-mãe mas estão sob controlo comum.
*Demonstrações financeiras resumidas (no contexto da ISA 810) – Informação financeira 
histórica que é extraída de demonstrações financeiras, mas que contém menos detalhes 
4 A ISA 200, Objectivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de Acordo com 
as Normas Internacionais de Auditoria, parágrafo 13(f) define o termo “demonstrações financeiras”
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que as demonstrações financeiras, embora proporcionando ainda uma representação 
estruturada consistente com a que é proporcionada pelas demonstrações financeiras 
sobre os recursos económicos ou as obrigações da entidade numa determinada data ou 
as suas alterações durante um período de tempo.5 Jurisdições diferentes podem usar 
terminologia diferente para descrever tal informação financeira histórica.
Destinatários – A pessoa, pessoas ou grupo de pessoas para quem o profissional 
prepara o relatório de garantia de fiabilidade. A parte responsável pode ser um dos 
destinatários, mas não o único. 
*Desfecho de uma estimativa contabilística – A quantia monetária real que resulta da 
concretização da(s) transacção(ões), acontecimento(s) ou condição(ões) subjacente(s) 
à estimativa contabilística.
*Distorção – Uma diferença entre a quantia relatada, classificação, apresentação 
ou divulgação de um item das demonstrações financeiras e a quantia, classificação, 
apresentação ou divulgação que é exigida para o item ficar de acordo com o referencial 
de relato financeiro aplicável. As distorções podem decorrer de erro ou de fraude.
Quando o auditor expressa uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão 
apresentadas de forma apropriada, em todos os aspectos materiais, ou dão uma imagem 
verdadeira e apropriada, as distorções também incluem os ajustamentos de quantias, 
classificações, apresentação ou divulgações que, no seu julgamento, sejam necessários 
para que as demonstrações financeiras estejam apresentadas de forma apropriada, em 
todos os aspectos materiais, ou dêem uma imagem verdadeira e apropriada.
*Distorção de um facto – Outra informação não relacionada com matérias que 
apareçam nas demonstrações financeiras auditadas e que está incorrectamente 
declarada ou apresentada. Uma distorção material de um facto pode pôr em causa a 
credibilidade do documento que contém as demonstrações financeiras auditadas. 
*Distorção tolerável – Uma quantia monetária estabelecida pelo auditor e a respeito 
da qual este procura obter um nível apropriado de segurança de que não é excedida 
pela distorção real na população.
*Distorções não corrigidas – Distorções que o auditor identificou durante a auditoria 
e que não foram corrigidas.
*Documentação de auditoria – Registo dos procedimentos de auditoria executados, 
da prova de auditoria obtida e das conclusões a que o auditor chegou (é também usada, 
por vezes, a expressão “papéis de trabalho”).
†Documentação do trabalho – O registo do trabalho executado, dos resultados 
obtidos, e das conclusões a que o profissional chegou (algumas vezes é usado o termo 
“papéis de trabalho”). 
5 ISA 200, parágrafo 13(f)
GLOSSÁRIO DE TERMOS
24GLOSSÁRIO
*Elemento – (ver Elemento de uma demonstração financeira)
*Elemento de uma demonstraçao financeira (no contexto da ISA 8056) – Um elemento, 
uma conta ou um item de uma demonstração financeira.
*Encarregados da governação – A(s) pessoa(s) ou organização(ões) (por exemplo, 
um trustee empresarial) com responsabilidade pela supervisão da direcção estratégica 
da entidade e pelas obrigações relacionadas com a responsabilidade da entidade em 
prestar contas pelos seus actos. Tal inclui a supervisão do processo de relato financeiro. 
Para algumas entidades em algumas jurisdições, os encarregados da governação 
podem incluir pessoal da gerência como, por exemplo, membros executivos de um 
órgão de gestão de uma entidade do sector privado ou público ou um sócio-gerente.7 
*†Entidade admitida à cotação – Uma entidade cujas partes de capital ou instrumentos 
de dívida estão cotados ou admitidos à cotação numa bolsa de valores reconhecida ou 
são transaccionados segundo os regulamentos de uma bolsa de valores reconhecida ou 
outro organismo equivalente.
*Entidade utente – Uma entidade que usa uma organização de serviços e cujas 
demonstrações financeiras estão a ser auditadas.
*†Equipa de trabalho – Todos os sócios e pessoal que executam o trabalho, incluindo 
quaisquer indivíduos designados pela firma ou por uma firma da rede que executam 
procedimentos de auditoria nesse trabalho. Isto exclui um perito externo do auditor 
contratado pela firma ou por uma firma da rede.O termo “equipa de trabalho” também 
exclui indivíduos designados pela firma dentro da função de auditoria interna do 
cliente que prestam assistência direta a um trabalho de auditoria quando o auditor 
externo cumpre com os requisitos da ISA 610 (Revista) 8
*Equipa de trabalho do Grupo – Sócios, incluindo o sócio responsável pelo grupo, e 
outro pessoal que estabelecem a estratégia de auditoria global do grupo, comunicam 
com os auditores de componentes, executam trabalho sobre o processo de consolidação 
e avaliam as conclusões resultantes da prova de auditoria como base para formar uma 
opinião sobre as demonstrações financeiras do grupo.
Erro – Uma distorção não intencional nas demonstrações financeiras, incluindo a 
omissão de uma quantia ou de uma divulgação.
6 ISA 805, Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Financeiras Únicas e Elementos, 
Contas ou Itens Específicos
7 Para debate da diversidade de estruturas de governação, ver parágrafos A1-A8 da ISA 260, 
Comunicação com os Encarregados da Governação.
8 A ISA 610 (Revista), Usar o Trabalho de Auditores Internos, estabelece limites para o uso de assistência 
direta. Também reconhece que pode ser proibido por lei ou regulamento que o auditor externo obtenha 
assistência direta de auditores internos. Por isso, o uso de assistência direta +e restringido às situações 
em que é permitida. 
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*Estimativa contabilística – O valor aproximado de uma quantia monetária na 
ausência de um meio preciso de mensuração. Este termo é usado para uma quantia 
mensurada pelo justo valor quando haja incerteza de estimação, bem como para outras 
quantias que exijam estimação. Quando a ISA 5409 se refere apenas a estimativas 
contabilísticas que envolvem mensurações pelo justo valor, é usado o termo 
“estimativas contabilísticas ao justo valor”.
* Estimativa de um ponto da gerência – A quantia seleccionada pela gerência para 
reconhecimento ou divulgação nas demonstrações financeiras como estimativa 
contabilística.
* Estimativa de um ponto do auditor ou intervalo do auditor – A quantia ou intervalo 
de quantias, respectivamente, derivados da prova de auditoria para uso na avaliação 
da estimativa de um ponto da gerência. 
Estratégia global de auditoria – Estabelece o âmbito, tempestividade e direcção da 
auditoria, e orienta o desenvolvimento do plano detalhado de auditoria. 
*Estratificação – O processo de dividir uma população em sub-populações, cada 
uma das quais é um grupo de unidades de amostragem com características similares 
(muitas vezes em termos de valor monetário).
*Excepção – Uma resposta que indica uma diferença entre a informação cuja 
confirmação é pedida ou que está contida nos registos da entidade e a informação 
proporcionada pela parte que confirma. 
*Factores de risco de fraude – Acontecimentos ou condições que indicam um 
incentivo ou pressão ou proporcionam uma oportunidade para cometer fraude.
*Falta de isenção da gerência – Uma falta de neutralidade da gerência na preparação 
da informação. 
*†Firma – Um profissional individual, parceria, sociedade ou outra entidade de 
contabilistas ou auditores profissionais.A “Firma” deve ser lida como se referindo 
aos seus equivalentes do setor público quando relevante.
*†Firma da rede – Uma firma ou uma entidade que pertence a uma rede. 
*†Firma de auditoria – (ver Firma)
*Fraude – Um acto intencional praticado por um ou mais indivíduos de entre a 
gerência, encarregados da governação, empregados ou terceiros, envolvendo o uso 
propositado de falsidades para obter uma vantagem injusta ou ilegal. 
9 ISA 540, Auditar Estimativas Contabilísticas, Incluindo Estimativas de Justo Valor e Respectivas 
Divulgações
GLOSSÁRIO DE TERMOS
26GLOSSÁRIO
*Função de auditoria interna – Uma actividade de análise estabelecida ou 
proporcionada como um serviço para a entidade. Estas funções incluem nomeadamente 
examinar, avaliar e monitorizar a adequação e a eficácia do controlo interno.
*†Garantia de fiabilidade – (ver Garantia razoável de fiabilidade)
*†Garantia razoável de fiabilidade (no contexto de trabalhos de garantia de 
fiabilidade, incluindo trabalhos de auditoria, e de controlo de qualidade) – Um nível 
de garantia de fiabilidade alto, mas não absoluto.
*Gerência – A(s) pessoa(s) com responsabilidade executiva pela condução das 
operações da entidade. Para algumas entidades em algumas jurisdições, a gerência 
inclui alguns ou todos os encarregados da governação, como por exemplo membros 
executivos de um órgão de gestão ou um sócio-gerente. 
*Gerência do componente – Gerência responsável pela preparação da informação 
financeira de um componente.
*Gerência do Grupo – Gerência responsável pela preparação das demonstrações 
financeiras do grupo.
*Governação – Descreve o papel da(s) pessoa(s) ou organização(ões) com funções de 
supervisão da direcção estratégica da entidade e das obrigações relacionadas com a 
responsabilidade da entidade em prestar contas pelos seus actos.
Governação da entidade – (ver Governação)
*Grupo – Todos os componentes cuja informação financeira é incluída nas 
demonstrações financeiras do grupo. Um grupo tem sempre mais do que um 
componente.
Importância – A relevância relativa de uma matéria, considerada num determinado 
contexto. A importância de uma matéria é julgada pelo profissional no contexto em 
que está a ser considerada. Isto pode incluir, por exemplo, a perspectiva razoável de 
alterar ou de influenciar as decisões dos destinatários do relatório do profissional ou, 
noutro exemplo, quando o contexto é um julgamento acerca de se relatar uma matéria 
aos encarregados da governação, se a matéria deve ser vista por eles como importante 
em relação aos seus deveres. A importância pode ser considerada no contexto de 
factores quantitativos e qualificativos, tais como a grandeza relativa, a natureza e 
efeito sobre o assunto em causa e os interesses declarados pelos destinatários.
Incerteza – Uma matéria cujo desfecho depende de acções ou acontecimentos 
futuros que não estão sob o controlo directo da entidade mas que pode afectar as 
demonstrações financeiras.
*Incerteza de estimação – A susceptibilidade de uma estimativa contabilística e das 
divulgações relacionadas a uma falta de precisão inerente na sua mensuração. 
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*Inconsistência – Outra informação que contradiz informação contida nas 
demonstrações financeiras auditadas. Uma inconsistência material pode levantar 
dúvida sobre as conclusões de auditoria extraídas da prova de auditoria anteriormente 
obtida e, possivelmente, sobre a base para a opinião do auditor sobre as demonstrações 
financeiras.
*Incumprimento (no contexto da ISA 25010) – Actos ou omissões pela entidade, 
intencionais ou não intencionais, que são contrários às leis ou regulamentos em 
vigor. Tais actos incluem transacções celebradas pela entidade, ou em seu nome ou 
representação, pelos encarregados da governação, pela gerência ou pelos empregados. 
O incumprimento não inclui a má conduta pessoal (não relacionada com os negócios 
da entidade) dos encarregados da governação, da gerência ou dos empregados da 
entidade. 
Indagação – A indagação consiste na procura da informação junto de pessoas 
conhecedoras dentro ou fora da entidade.
Independência11 – Compreende:
(a) Independência da mente – o estado mental que permite a elaboração de uma 
opinião sem ser afectada por influências que comprometam o julgamento 
profissional, permitindo a um indivíduo actuar com integridade e ter 
objectividade e cepticismo profissional. 
(b) Independência na aparência – o evitar factos e circunstâncias que sejam tão 
significativos que um terceiro razoável e informado, tendo conhecimento de 
toda a informação relevante, incluindo quaisquer salvaguardas aplicáveis, 
concluiria de forma razoável que foram comprometidas a integridade, a 
objectividade ou o cepticismo profissional da firma, ou de um membro da 
equipa de auditoria.
*Informação comparativa – As quantias e divulgações incluídas nas demonstrações 
financeiras respeitantes a um ou mais períodos anteriores de acordo com o referencial 
de relato financeiro aplicável.
*Informação financeira histórica – Informação expressa em termos financeiros em 
relação a uma dada entidade, derivada principalmente do sistema contabilístico dessa 
entidade, sobre acontecimentos económicos que ocorreram em períodos de tempo 
passados ou sobre condições ou circunstâncias em determinadas datas no passado.
Informação financeira prospectiva – Informação financeira baseada em pressupostos 
sobre acontecimentos que podem ocorrer no futuro e sobre possíveis acções de uma 
10 ISA 250, Consideração de Leis e Regulamentos numa Auditoria de Demonstrações Financeiras
11 Conforme definido no Código de Ética para Profissionais de Contabilidade e Auditoria do IESBA 
GLOSSÁRIO DE TERMOS
28GLOSSÁRIO
entidade. A informação financeira prospectiva pode apresentar-se na forma de uma 
previsão, de uma projecção ou de uma combinação de ambas (ver Previsão e Projecção).
Informação ou demonstrações financeiras intercalares – Informação financeira (que 
pode ser menos do que um conjunto completo de demonstrações financeiras como se 
definiu atrás) emitida em datas intercalares (usualmente semestral ou trimestralmente) 
com respeito a um período financeiro.
Informação sobre o assunto em causa – O desfecho da avaliação ou mensuração de 
um assunto em causa. É a informação sobre o assunto em causa acerca da qual o 
profissional recolhe prova apropriada suficiente para proporcionar uma base razoável 
para expressar uma conclusão num relatório de garantia de fiabilidade.
Informação suplementar – Informação que é apresentada juntamente com as 
demonstrações financeiras e que não é exigida pelo referencial de relato financeiro 
aplicável usado para preparar as demonstrações financeiras, geralmente apresentada 
quer em quadros suplementares quer em notas adicionais.
Inspecção (como um procedimento de auditoria) – O exame de registos ou documentos, 
quer internos quer externos, seja em forma de papel ou em forma electrónica, ou o 
exame físico de um activo.
*†Inspecção (em relação a controlo de qualidade) – Em relação a trabalhos de 
auditoria concluídos, procedimentos concebidos para proporcionar evidência do 
cumprimento pelas equipas de trabalho das políticas e procedimentos de controlo de 
qualidade da firma.
*Intervalo do auditor – (ver Ponto de estimativa do auditor)
Investigar – Indagar sobre matérias que surjam de outros procedimentos para as 
resolver.
*Julgamento profissional – A aplicação de formação, conhecimento e experiência 
relevantes, no contexto das normas de auditoria, de contabilidade e éticas, para tomar 
decisões com fundamento acerca das linhas de acção apropriadas nas circunstâncias 
do trabalho de auditoria.
*Materialidade do componente – A materialidade relativa a um componente, 
determinada pela equipa de trabalho do grupo.
*Materialidade de execução – A quantia ou quantias estabelecidas pelo auditor, 
inferiores à materialidade estabelecida para as demonstrações financeiras como um 
todo, com vista a reduzirpara um nível apropriadamente baixo a probabilidade de 
as distorções não corrigidas e não detectadas agregadas excederem a materialidade 
para as demonstrações financeiras como um todo. Se aplicável, a materialidade de 
execução refere-se também à quantia ou quantias estabelecidas pelo auditor, inferiores 
ao nível ou níveis de materialidade, para classes particulares de transacções, saldos de 
contas ou divulgações.
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*Matérias relevantes de auditoria – As matérias que, no julgamento profissional do 
auditor, foram as de maior importância na auditoria das demonstrações financeiras do 
período corrente. As matérias relevantes de auditoria são selecionadas das matérias 
objeto de comunicação com os encarregados da governação
*†Monitorização (em relação ao controlo de qualidade) – Um processo que abrange 
a consideração e avaliação contínuas do sistema de controlo de qualidade da firma, 
incluindo uma inspecção periódica a uma selecção de trabalhos concluídos, concebido 
para proporcionar à firma segurança razoável de que o seu sistema de controlo de 
qualidade está a operar com eficácia. 
Monitorização de controlos – Um processo para apreciar a eficácia do desempenho 
do controlo interno ao longo do tempo. Inclui apreciar a concepção e funcionamento 
dos controlos regularmente e tomar as acções correctivas necessárias, modificadas 
pelas alterações nas condições. A monitorização de controlos é um componente do 
controlo interno.
*Não resposta –A ausência de resposta ou de resposta completa pela parte que confirma 
a um pedido de confirmação positiva ou um pedido de confirmação devolvido sem 
resposta.
*Normas Internacionais de Relato Financeiro – As Normas Internacionais de Relato 
Financeiro emitidas pelo International Accounting Standards Board. 
*Normas profissionais – Normas Internacionais de Auditoria (ISA) e requisitos éticos 
relevantes.
†Normas profissionais (no contexto da ISQC 112) – Normas de Trabalho do 
IAASB, conforme definido no Prefácio às Normas Internacionais sobre Controlo 
de Qualidade, Auditoria, Revisão, Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e 
Serviços Relacionados, e requisitos éticos relevantes.
*Números correspondentes – Informação comparativa onde as quantias e outras 
divulgações do período anterior são incluídas como parte integrante das demonstrações 
financeiras do período corrente, destinando-se a ser lidas apenas em relação com as 
quantias e outras divulgações relativas ao período corrente (referidas como “números 
do período corrente”). O nível de detalhe apresentado nas quantias e divulgações 
correspondentes é ditado principalmente pela sua relevância em relação aos 
números do período corrente.Observação – Consiste em olhar para um processo ou 
procedimento que está a ser executado por outros, como por exemplo, a observação 
pelo auditor da contagem dos inventários efectuada pelo pessoal da entidade ou a 
observação do desempenho de actividades de controlo.
12 ISQC 1, Controlo de Qualidade para Firmas que Executem Auditorias e Revisões de Demonstrações 
Financeiras e Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e Serviços Relacionados
GLOSSÁRIO DE TERMOS
30GLOSSÁRIO
*Opinião de auditoria – (ver Opinião modificada e Opinião não modificada)
*Opinião de auditoria do Grupo – A opinião de auditoria sobre as demonstrações 
financeiras do grupo.
*Opinião modificada – Uma opinião com reservas, uma opinião adversa ou uma 
escusa de opinião.
*Opinião não modificada – A opinião expressa pelo auditor quando conclui que 
as demonstrações financeiras estão preparadas, em todos os aspectos materiais, de 
acordo com o referencial de relato financeiro aplicável.13 
*Organização de serviços – Uma organização terceira (ou um segmento de uma 
organização terceira) que presta serviços a entidades utentes que são parte dos sistemas 
de informação dessas entidades relevantes para o relato financeiro. 
*Organização de subserviços – Uma organização de serviços usada por uma outra 
organização de serviços para executar alguns dos serviços prestados a entidades 
utentes que são parte dos sistemas de informação dessas entidades utentes relevantes 
para o relato financeiro. 
*Outra informação – Informação financeira e não-financeira (distinta das 
demonstrações financeiras e do relatório do auditor sobre as mesmas) incluída por 
força da lei, regulamento ou prática num documento que contém as demonstrações 
financeiras auditadas e o relatório do auditor sobre as mesmas.
*Parágrafo de Ênfase – Um parágrafo incluído no relatório do auditor que se 
refere a uma matéria apropriadamente apresentada ou divulgada nas demonstrações 
financeiras que, no julgamento do auditor, é de importância tal que é fundamental para 
a compreensão das demonstrações financeiras por parte dos utentes.
*Parágrafo de Outras Matérias – Um parágrafo incluído no relatório do auditor que se 
refere a uma matéria que não as matérias apresentadas ou divulgadas nas demonstrações 
financeiras que, no julgamento do auditor, é relevante para a compreensão da auditoria, 
das responsabilidades do auditor ou do seu relatório por parte dos utentes. 
*Parte relacionada – Uma parte que é ou: 
(a) Uma parte relacionada como definido no referencial de relato financeiro 
aplicável; ou
(b) No caso de um referencial de relato financeiro aplicável que estabelece 
requisitos mínimos ou não estabelece requisitos sobre partes relacionadas:
13 Na ISA 700, os parágrafos 35-36, abordam as frases usadas para expressar esta opinião no caso de um 
referencial de apresentação apropriada e um referencial de cumprimento, respectivamente.
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(i) Uma pessoa ou outra entidade que tem controlo ou influência significativa, 
directa ou indirectamente por meio de um ou mais intermediários, sobre 
a entidade que relata;
(ii) Uma outra entidade sobre a qual a entidade que relata tem controlo ou 
influência significativa directa ou indirectamente por meio de um ou 
mais intermediários; ou
(iii) Uma outra entidade que está sob controlo comum com a entidade que 
relata tendo:
a. Controlo de propriedade comum;
b. Proprietários que são membros próximos da família; ou
c. Gerência principal comum. 
Porém, as entidades que estão sob controlo comum por um Estado 
(isto é, um governo nacional, regional ou local) não são consideradas 
relacionadas salvo se empreenderem transacções significativas ou 
partilharem recursos numa extensão significativa umas com as outras.
Parte responsável –A(s) parte(s) responsáveis pelo assunto em causa,
*Pedido de confirmação negativa – Um pedido para que a parte que confirma responda 
directamente ao auditor apenas se discordar da informação apresentada no pedido.
*Pedido de confirmação positiva – Um pedido para que a parte que confirma responda 
directamente ao auditor indicando se concorda ou discorda da informação constante 
do pedido ou fornecendo a informação pedida. 
Pequena entidade – Uma entidade que tipicamente possui características que incluem:
(a) Concentração de propriedade e gerência num pequeno número de indivíduos 
(muitas vezes um único indivíduo – quer uma pessoa quer uma outra empresa 
que detém a entidade desde que o proprietário tenha as características 
qualitativas relevantes); e
(b) Uma ou mais das situações seguintes:
(i) Transacções lineares ou não complicadas;
(ii) Escrituração simples;
(iii) Poucas linhas de negócio e poucos produtos dentro das linhas de negócio;
(iv) Poucos controlos internos; 
(v) Poucos níveis de gerência com responsabilidade por uma vasta gama de 
controlos: ou
GLOSSÁRIO DE TERMOS
32GLOSSÁRIO
(vi) Pouco pessoal, muitos deles tendo um vasto conjunto de responsabilidades.
Estas características qualitativas não são exaustivas, não são exclusivas das 
entidades mais pequenas, e estas entidades não apresentam necessariamente 
todas estas características.
*Perícia – Habilitações, conhecimentos e experiência numa dada área.
*Perito– (ver Perito do auditor e Perito da gerência)
*Perito da gerência – Um indivíduo ou organização que possui competências 
especializadas numa área distinta da contabilidade ou da auditoria e cujo trabalho 
nessa área é usado pela entidade como auxiliar na preparação das demonstrações 
financeiras.
*Perito do auditor – Um indivíduo ou organização com competências especializadas 
numa área que não seja a contabilidade ou auditoria, cujo trabalho nessa área é usado 
pelo auditor para o ajudar a obter prova de auditoria suficiente e apropriada. Um perito 
do auditor pode ser interno (que seja sócio14 ou pertença ao pessoal técnico, incluindo 
o pessoal técnico temporário, da firma do auditor ou de uma firma da rede) ou externo.
*†Pessoal – Sócios e pessoal técnico.
*†Pessoal Técnico – Profissionais não sócios, incluindo quaisquer peritos que a firma 
empregue.
*População – O conjunto completo de dados a partir dos quais se selecciona uma 
amostra e sobre os quais o auditor deseja extrair conclusões.
*Pré-condições para uma auditoria – A utilização pela gerência de um referencial de 
relato financeiro aceitável na preparação das demonstrações financeiras e o acordo da 
gerência e, quando apropriado, dos encarregados da governação quanto à premissa15 
em que assenta a condução de uma auditoria. 
*Premissa, relativa às responsabilidades da gerência e, quando apropriado, dos 
encarregados da governação, em que assenta a condução de uma auditoria – O facto 
de que a gerência e, quando apropriado, os encarregados da governação reconhecem e 
compreendem que têm as seguintes responsabilidades, fundamentais para a condução 
de uma auditoria de acordo com as ISA:
(a) Pela preparação das demonstrações financeiras de acordo com o referencial 
de relato financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, a sua apresentação 
apropriada;
14 “Sócio” e “firma” devem ser lidos como referências aos seus equivalentes no sector público, quando 
relevante.
15 ISA 200, Objectivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de Acordo com as 
Normas Internacionais de Auditoria, parágrafo 13
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(b) Pelo controlo interno que a gerência e, quando apropriado, os encarregados 
da governação, determinem ser necessário para possibilitar a preparação de 
demonstrações financeiras isentas de distorção material devido a fraude ou a 
erro; e
(c) Por proporcionar ao auditor:
(i) Acesso a toda a informação de que a gerência e, quando apropriado, os 
encarregados da governação tenham conhecimento e que seja relevante 
para a preparação das demonstrações financeiras, tal como registos, 
documentação ou outras matérias;
(ii) Informação adicional que o auditor possa pedir à gerência e, quando 
apropriado, aos encarregados da governação para efeitos da auditoria; e
(iii) Acesso sem restrições às pessoas da entidade de entre as quais o auditor 
determina que é necessário obter prova de auditoria.
No caso de um referencial de apresentação apropriada, a alínea (i) acima pode ser 
reexpressa como “pela preparação e apresentação apropriada das demonstrações 
financeiras de acordo com o referencial de relato financeiro” ou “pela preparação de 
demonstrações financeiras que dêem uma imagem verdadeira e apropriada de acordo 
com o referencial de relato financeiro”.
A “premissa relacionada com as responsabilidades da gerência e, quando apropriado, 
dos encarregados da governação, em que assenta a condução de uma auditoria” pode 
também ser referida apenas como a “premissa”.
Previsão – Informação financeira prospectiva preparada na base de pressupostos 
quanto a acontecimentos futuros que a gerência espera que se realizem e a acções que 
a gerência espera tomar à data em que é preparada a informação (melhor estimativa 
possível dos pressupostos).
*Procedimento substantivo – Procedimento de auditoria concebido para detectar 
distorções materiais ao nível de asserção. Os procedimentos substantivos 
compreendem:
(a) Testes de detalhe (de classes de transacções, saldos de contas e divulgações); e
(b) Procedimentos analíticos substantivos.
*Procedimentos analíticos – Apreciações da informação financeira através da análise 
de relações plausíveis não só entre dados financeiros como também não-financeiros. 
Os procedimentos analíticos também abrangem a investigação que for necessária sobre 
flutuações ou relações identificadas que sejam inconsistentes com outra informação 
relevante ou que difiram de valores esperados numa quantia significativa.
*Procedimentos de avaliação do risco – Procedimentos de auditoria executados para 
compreender a entidade e o seu ambiente, incluindo o seu controlo interno, e para 
GLOSSÁRIO DE TERMOS
34GLOSSÁRIO
identificar e avaliar os riscos de distorção material devido a fraude ou erro, quer a 
nível das demonstrações financeiras quer a nível de asserção.
Procedimentos de revisão – Os procedimentos considerados necessários para satisfazer 
os objectivos de um trabalho de revisão, principalmente indagações ao pessoal da 
entidade e procedimentos analíticos aplicados a dados financeiros.
Processo de avaliação do risco da entidade – Componente do controlo interno que 
é o processo da entidade para identificar os riscos do negócio relevantes para os 
objectivos do relato financeiro e para decidir acerca das acções que endereçam esses 
riscos, e os respectivos resultados.
Profissional – Um contabilista ou auditor que exerce publicamente a sua prática 
profissional.
Profissional de contabilidade ou auditoria16 — Um indivíduo que é membro de uma 
organização membro da IFAC.
Profissional de contabilidade ou auditoria em prática pública17 – Um profissional, 
independentemente da sua classificação funcional (como, por exemplo, auditoria, 
fiscalidade, ou consultoria) numa firma que presta serviços profissionais. Este termo 
também é usado para se referir a uma firma de contabilistas ou auditores que exercem 
publicamente a sua prática.
*Profundo – Termo usado, no contexto de distorções, para descrever os efeitos ou 
os possíveis efeitos de distorções nas demonstrações financeiras, se existirem, que 
não sejam detectadas devido à incapacidade de obter prova de auditoria suficiente 
e apropriada. Os efeitos profundos nas demonstrações financeiras são os que, no 
julgamento do auditor:
(i) Não estão confinados a elementos, contas ou itens específicos das demonstrações 
financeiras;
(ii) Se confinados, representam ou podem representar uma parte substancial das 
demonstrações financeiras; ou
(iii) Em relação a divulgações, são fundamentais para a compreensão das 
demonstrações financeiras pelos utentes.
Projecção – Informação financeira prospectiva preparada na base de:
(a) Pressupostos hipotéticos acerca de futuros acontecimentos e acções da gerência 
que necessariamente não se espera que se realizem, tal como nos casos de 
algumas entidades que estão numa fase de arranque ou que estão a considerar 
uma alteração significativa na natureza das operações; ou
16 Como definido no Código de Ética para Profissionais de Contabilidade e Auditoria do IESBA
17 Como definido no Código de Ética para Profissionais de Contabilidade e Auditoria do IESBA
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(b) Uma mistura de pressupostos hipotéticos e das melhores estimativas possíveis.
*Prova de auditoria – Informação usada pelo auditor para chegar às conclusões sobre 
as quais baseia a sua opinião. A prova de auditoria inclui não só a informação contida 
nos registos contabilísticos subjacentes às demonstrações financeiras, mas também 
informação de outras fontes. (Ver Suficiência da prova de auditoria e Apropriação da 
prova de auditoria)
Recálculo – Consiste na verificação do rigor matemático de documentos ou registos.
*†Rede – Uma grande estrutura que:
(a) Tem como objectivo a cooperação; e
(b) Está claramente orientada para a partilha de lucros ou de custos, apresenta 
propriedade, controlo ou gestão comum ou partilha políticas e procedimentosde controlo de qualidade, uma estratégia de negócio, o uso de um nome de 
marca ou uma parte significativa de recursos profissionais comuns.
Reexecução – A execução pelo auditor independente de procedimentos ou controlos 
que foram originariamente executados como parte dos controlos internos da entidade.
*Referencial de apresentação apropriada – (ver Referencial de relato financeiro 
aplicável e Referencial com finalidade geral).
*Referencial com finalidade especial – Um referencial de relato financeiro concebido 
para satisfazer as necessidades de informação financeira de utentes específicos. O 
referencial de relato financeiro pode ser um referencial de apresentação apropriada ou 
um referencial de cumprimento.18 
*Referencial de cumprimento – (ver Referencial de relato financeiro aplicável e 
Referencial com finalidade geral)
*Referencial de relato de finalidade geral – Um referencial de relato financeiro 
concebido para satisfazer as necessidades comuns de informação financeira de um 
conjunto alargado de utilizadores. O referencial de relato financeiro pode ser um 
referencial de apresentação apropriada ou um referencial de cumprimento.
A expressão “referencial de apresentação apropriada” é usada para referir um 
referencial de relato financeiro cujos requisitos são de cumprimento obrigatório e que:
(a) Reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir uma apresentação 
apropriada das demonstrações financeiras, pode ser necessário que a gerência 
faça divulgações para além das especificamente exigidas pelo referencial; ou
(b) Reconhece explicitamente que pode ser necessário que a gerência não aplique 
um requisito do referencial para conseguir uma apresentação apropriada das 
18 ISA 200, parágrafo 13(a)
GLOSSÁRIO DE TERMOS
36GLOSSÁRIO
demonstrações financeiras. Estas situações só deverão ser necessárias em 
circunstâncias extremamente raras.
A expressão “referencial de cumprimento” é usada para referir um referencial de 
relato financeiro cujos requisitos são de cumprimento obrigatório mas que não contém 
os reconhecimentos descritos nas alíneas (a) ou (b)19 supra.
*Referencial de relato financeiro aplicável – Referencial de relato financeiro adoptado 
pela gerência e, quando apropriado, pelos encarregados da governação na preparação 
das demonstrações financeiras, que seja aceitável tendo em vista a natureza da 
entidade e o objectivo das demonstrações financeiras, ou que seja exigido por lei ou 
regulamento.
A expressão “referencial de apresentação apropriada” é usada para referir um 
referencial de relato financeiro que exige o cumprimento dos seus próprios requisitos 
e que:
(a) Reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir uma apresentação 
apropriada das demonstrações financeiras, pode ser necessário que a gerência 
faça divulgações para além das especificamente exigidas pelo referencial; ou
(b) Reconhece explicitamente que pode ser necessário que a gerência não aplique 
um requisito do referencial para conseguir uma apresentação apropriada das 
demonstrações financeiras. Espera-se que estas situações só sejam necessárias 
em circunstâncias extremamente raras.
A expressão “referencial de cumprimento” é usada para referir um referencial de relato 
financeiro que exige o cumprimento dos seus próprios requisitos mas não contém os 
reconhecimentos de (a) ou (b) acima.
*Registos contabilísticos – Registos de lançamentos contabilísticos iniciais e registos 
de suporte, tais como cheques e registos de transferências electrónicas de fundos; 
facturas; contratos; o razão geral e razões auxiliares, os lançamentos de diário e 
outros ajustamentos às demonstrações financeiras que não estejam reflectidos em 
lançamentos de diário; e outros registos, como folhas de trabalho e de cálculo, que 
suportem imputações de custos, cálculos, reconciliações e divulgações.
Relato financeiro fraudulento – Envolve distorções intencionais, incluindo omissões 
de quantias ou de divulgações nas demonstrações financeiras, para enganar os utentes 
das demonstrações financeiras.
Relatório anual – Um documento emitido por uma entidade, geralmente numa base 
anual, que inclui as suas demonstrações financeiras juntamente com o respectivo 
relatório do auditor. 
19 ISA 200, parágrafo 13(a)
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Relatório sobre a descrição e concepção de controlos numa organização de serviços 
(referido na ISA 40220 como um relatório tipo 1) – Um relatório que compreende:
(a) Uma descrição, preparada pela gerência da organização de serviços, do sistema, 
dos objectivos de controlo e dos controlos relacionados da organização de 
serviços concebidos e implementados numa data especificada; e
(b) Um relatório pelo auditor do serviço com o objectivo de transmitir garantia 
razoável de fiabilidade que inclui a opinião do auditor do serviço sobre a 
descrição do sistema, objectivos de controlo e controlos relacionados da 
organização de serviços e sobre a adequação da concepção dos controlos para 
atingir os objectivos de controlo especificados.
*Relatório sobre a descrição, concepção e eficácia operacional de controlos numa 
organização de serviços (referido na ISA 402 como um relatório tipo 2) – Um 
relatório que compreende:
(a) Uma descrição, preparada pela gerência da organização de serviços, do sistema, 
objectivos de controlo e controlos relacionados da organização de serviços, da 
sua concepção e implementação numa data especificada ou ao longo de um 
período especificado e, em alguns casos, da sua eficácia operacional ao longo 
de um período especificado; e
(b) Um relatório pelo auditor do serviço com o objectivo de transmitir garantia de 
razoável fiabilidade que inclui:
(i) A opinião do auditor do serviço sobre a descrição do sistema, objectivos 
de controlo e controlos relacionados da organização de serviços, sobre 
a adequação da concepção dos controlos para atingir os objectivos de 
controlo especificados e sobre a eficácia operacional desses controlos; e
(ii) Uma descrição dos testes aos controlos pelo auditor do serviço e os 
respectivos resultados.
*†Requisitos éticos relevantes – Requisitos éticos a que a equipa de trabalho e o 
revisor do controlo de qualidade do trabalho estão sujeitos, os quais compreendem 
geralmente as Partes A e B do Código de Ética para Contabilistas e Auditores 
Profissionais da International Federation of Accountants (Código da IFAC) relativos 
a uma auditoria de demonstrações financeiras, juntamente com os requisitos éticos 
nacionais que sejam mais restritivos. 
Revisão (em relação ao controlo de qualidade) – Apreciação da qualidade do trabalho 
executado por outros e das conclusões por eles atingidas.
20 ISA 402, Considerações de Auditoria Relativas a uma Entidade que Utiliza uma Organização de 
Serviços
GLOSSÁRIO DE TERMOS
38GLOSSÁRIO
*†Revisão de controlo de qualidade do trabalho – Um processo concebido para 
proporcionar uma avaliação objectiva, à data do relatório do auditor ou antes dessa 
data, dos julgamentos significativos que a equipa de trabalho fez e das conclusões a 
que chegou ao formular o relatório. O processo de revisão do controlo de qualidade 
do trabalho destina-se apenas a auditorias de demonstrações financeiras de entidades 
admitidas à cotação e a outros trabalhos de auditoria, se existirem, relativamente aos 
quais a firma tenha determinado que é necessária uma tal revisão.
*†Revisor de controlo de qualidade do trabalho – Um sócio, outra pessoa da firma, 
pessoa externa adequadamente qualificada ou uma equipa constituída por estes 
indivíduos, nenhum dos quais é membro da equipa de trabalho, com experiência 
e autoridade suficiente e apropriada para avaliar objectivamente os julgamentos 
significativos que a equipa de trabalho fez e as conclusões a que chegou ao formular 
o relatório.
Risco ambiental – Em determinadas circunstâncias, os factores relevantes da avaliação 
do risco inerente relativo para o desenvolvimento do plano global de auditoria podem 
incluir o riscode distorção material das demonstrações financeiras devido a matérias 
ambientais.
*Risco de amostragem – O risco de que a conclusão do auditor baseada numa 
amostra possa ser diferente da conclusão se toda a população fosse sujeita ao mesmo 
procedimento de auditoria. O risco de amostragem pode conduzir a dois tipos de 
conclusões erróneas:
(a) No caso de um teste aos controlos, que os controlos são mais eficazes do 
que realmente são ou, no caso de um teste de pormenor, que não existe uma 
distorção material quando de facto existe. Este tipo de conclusão errónea 
interessa ao auditor essencialmente porque afecta a eficácia da auditoria e será 
mais provável que conduza a uma opinião de auditoria não apropriada.
(b) No caso de um teste aos controlos, que os controlos são menos eficazes do que 
realmente são ou, no caso de um teste de pormenor, que existe uma distorção 
material quando de facto não existe. Este tipo de conclusão errónea afecta a 
eficiência da auditoria dado que geralmente conduziria a trabalho adicional 
para verificar que as conclusões iniciais foram incorrectas.
*Risco de auditoria – Risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria 
inapropriada quando as demonstrações financeiras estão materialmente distorcidas. 
O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção material e do risco de 
detecção. 
*Risco de controlo – (ver Risco de distorção material)
*Risco de detecção – O risco de que os procedimentos executados pelo auditor para 
reduzir o risco de auditoria para um nível aceitavelmente baixo não detectem uma 
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distorção que existe e que possa ser material, quer individualmente quer quando 
agregada a outras distorções.
*Risco de distorção material – O risco de as demonstrações financeiras estarem 
materialmente distorcidas anteriormente à auditoria, o qual consiste de dois 
componentes, descritos como segue ao nível de asserção: 
(a) Risco inerente – A susceptibilidade de uma asserção relativa a uma classe 
de transacções, saldo de conta ou divulgação a uma distorção que possa 
ser material, individualmente ou agregada com outras distorções, antes da 
consideração de quaisquer controlos relacionados.
(b) Risco de controlo – O risco de que a ocorrência de uma distorção relativa 
a uma classe de transacções, saldo de conta ou divulgação e que possa ser 
material, individualmente ou agregada com outras distorções, não seja evitada 
ou detectada e corrigida em tempo oportuno pelo controlo interno da entidade.
*Risco de negócio – Risco resultante de condições, acontecimentos, circunstâncias, 
acções ou inacções significativas que possam afectar adversamente a capacidade de 
uma entidade para atingir os seus objectivos e executar as suas estratégias, ou para 
fixar objectivos e estratégias não apropriados.
Risco de trabalho de garantia de fiabilidade – Risco de um profissional expressar 
uma conclusão inapropriada quando a informação sobre o assunto em causa está 
materialmente distorcida. 
*Risco inerente – (ver Risco de distorção material)
*Risco não relacionado com a amostragem – O risco de o auditor chegar a uma 
conclusão errónea por qualquer razão não relacionada com o risco de amostragem.
*Risco significativo – Um risco de distorção material identificado e avaliado que, no 
julgamento do auditor, exige uma consideração especial no âmbito da auditoria.
*Saldos de abertura – Os saldos de contas que existem no inicio do período. Os 
saldos de abertura baseiam-se nos saldos de fecho do período anterior e reflectem 
os efeitos de transacções e acontecimentos de períodos anteriores e de políticas 
contabilísticas aplicadas no período anterior. Os saldos de abertura incluem também 
matérias existentes no início do período e que exigem divulgação, como contingências 
e compromissos.
Sector público – Governos nacionais, regionais (por exemplo, estaduais, provinciais, 
territoriais), locais (por exemplo, cidade, município) e entidades governamentais 
relacionadas (por exemplo, agências, conselhos, comissões e empresas).
Serviços relacionados – Compreende procedimentos acordados e compilações.
Sistema de informação relevante para o relato financeiro – Um componente do 
controlo interno que inclui o sistema de relato financeiro, e consiste dos procedimentos 
GLOSSÁRIO DE TERMOS
40GLOSSÁRIO
e registos estabelecidos para iniciar, registar, processar e relatar as transacções da 
entidade (bem como acontecimentos e condições) e para manter a a responsabilidade 
em prestar contas pelos respectivos activos, passivos e capital próprio. 
*Sistema da organização de serviços – As políticas e procedimentos concebidos, 
implementados e mantidos pela organização de serviços para proporcionar às 
entidades utentes os serviços abrangidos pelo relatório do auditor do serviço.
*†Sócio – Qualquer indivíduo com autoridade para obrigar a firma com respeito à 
execução de um trabalho de serviços profissionais.
*Sócio responsável pelo Grupo – O sócio ou outra pessoa da firma que é responsável 
pelo trabalho de auditoria do grupo, pela sua execução e pelo relatório do auditor 
sobre as demonstrações financeiras do grupo que é emitido em nome da firma. 
Quando existem auditores que conduzem conjuntamente a auditoria do grupo, os 
sócios responsáveis pelo trabalho conjunto e as suas equipas de trabalho constituem 
colectivamente o sócio responsável pelo grupo e a equipa de trabalho do grupo. 
*†Sócio responsável pelo trabalho21 – O sócio ou outra pessoa na firma que é 
responsável pelo trabalho de auditoria e pela sua execução e pelo relatório do auditor 
emitido em nome da firma, e que goza, quando necessário, de autorização adequada 
concedida por um organismo profissional, legal ou regulador. O “Sócio responsável 
pelo trabalho” deve ser lido como se referindo aos seus equivalentes do setor público 
quando relevante.
*Suficiência (da prova de auditoria) – A medida da quantidade da prova de auditoria. 
A quantidade da prova de auditoria necessária é afectada pela avaliação do auditor dos 
riscos de distorção material e também pela qualidade de tal prova de auditoria.
*Taxa de desvio tolerável – Uma taxa de desvio dos procedimentos de controlo interno 
prescritos estabelecida pelo auditor e a respeito da qual este procura obter um nível 
apropriado de segurança de que não é excedida pela taxa real de desvio na população.
Técnicas de auditoria assistidas por computador – Aplicações de procedimentos 
de auditoria que usam o computador como uma ferramenta de auditoria (também 
conhecidas por CAAT).
Teste – A aplicação de procedimentos a alguns ou a todos os itens de uma população.
Teste de Walk-through – Envolve o seguimento de algumas transacções através do 
sistema de relato financeiro.
*Testes aos controlos – Procedimento de auditoria concebido para avaliar a eficácia 
operacional dos controlos na prevenção, ou na detecção e correcção, de distorções 
materiais ao nível de asserção. 
21 “Sócio responsável pelo trabalho”, “sócio”, e “firma” devem ser lidos como se referindo aos 
equivalentes do sector público quando relevante.
GLOSSÁRIO DE TERMOS
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41 GLOSSÁRIO
*Trabalho de auditoria inicial – Um trabalho de auditoria em que:
(a) As demonstrações financeiras do período anterior não foram auditadas; ou
(b) As demonstrações financeiras do período anterior foram auditadas por outro 
auditor, o auditor antecessor.
Trabalho de compilação – Um trabalho no qual se usa a perícia contabilística, em 
oposição à perícia de auditoria, para recolher, classificar e resumir informação 
financeira.
Trabalho de revisão – O objectivo de um trabalho de revisão é o de habilitar um 
auditor a afirmar se, na base de procedimentos que não proporcionam toda a prova 
que seria necessária numa auditoria, algo chamou a sua atenção que o leve a crer que 
as demonstrações financeiras não estão preparadas, em todos os aspectos materiais, de 
acordo com um referencial de relato financeiro aplicável.
Trabalho degarantia de fiabilidade – Um trabalho no qual um profissional visa obter 
prova suficiente e apropriada para expressar uma conclusão concebido para aumentar 
o grau de confiança dos destinatários que não sejam a parte responsável sobre a 
informação do assunto em causa (isto é, o resultado da mensuração ou avaliação 
de um assunto em causa subjacente contra critérios). Cada trabalho de garantia de 
fiabilidade é classificado em duas dimensões:
(i) Ou um trabalho de garantia razoável de fiabilidade ou um trabalho de garantia 
limitada de fiabilidade:
a. Trabalho de garantia razoável de fiabilidade – Um trabalho de garantia 
de fiabilidade no qual o profissional reduz o risco do trabalho a um nível 
aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como a base para 
a conclusão do profissional. A conclusão do profissional é expressa de 
uma forma que transmite a opinião do profissional sobre o resultado da 
mensuração ou avaliação do assunto em causa subjacente contra critérios.
b. Trabalho de garantia limitada de fiabilidade – Um trabalho de garantia 
de fiabilidade no qual o profissional reduz o risco do trabalho a um nível 
que seja aceitável nas circunstâncias do trabalho mas onde o risco é 
maior do que a de um trabalho de garantia razoável de fiabilidade como a 
base para expressar uma conclusão de uma forma que transmite se, com 
base em procedimentos executados e prova obtida, uma(s) matéria(s) 
chegou à atenção do profissional para motivar o profissional a crer que a 
informação do assunto em causa está distorcida materialmente. A natureza, 
oportunidade e extensão dos procedimentos é limitada comparada 
com a necessária num trabalho de garantia razoável de fiabilidade 
mas é planeada para obter um nível de garantia de fiabilidade que, no 
GLOSSÁRIO DE TERMOS
42GLOSSÁRIO
julgamento profissional do auditor, é significativo. Para ser significativo, 
é provável que o nível de garantia de fiabilidade obtido pelo profissional 
aumente a confiança dos destinatários sobre a informação do assunto em 
causa para um grau que é claramente maior que inconsequente.
(ii) Ou um trabalho de atestação ou um trabalho direto:
a. Trabalho de atestação - Um trabalho de garantia de fiabilidade no qual 
uma parte que não seja o profissional mensura ou avalia o assunto em 
causa subjacente contra critérios. Uma parte que não seja o profissional 
também muitas vezes apresenta a informação do assunto em causa 
resultante num relatório ou declaração. Em alguns casos, contudo, a 
informação do assunto em causa pode ser apresentada pelo profissional 
no relatório de garantia de fiabilidade. Num trabalho de atestação, a 
conclusão do profissional trata de saber se a informação do assunto em 
causa está livre de distorção material. A conclusão do profissional pode 
ser formulada sobre:
i. O assunto em causa subjacente e os critérios aplicáveis;
ii. A informação do assunto em causa e os critérios aplicáveis; ou
iii. Uma declaração efetuada pela(s) parte(s) apropriada(s)
b. Trabalho direto – Um trabalho de garantia de fiabilidade no qual o 
profissional mensura ou avalia o assunto em causa subjacente contra 
critérios aplicáveis e o profissional apresenta a informação do assunto em 
causa resultante como parte do, ou a acompanhar, relatório de garantia 
de fiabilidade. Num trabalho direto, a conclusão do profissional trata 
do resultado relatado da mensuração ou avaliação do assunto em causa 
subjacente contra critérios. 
Trabalho de procedimentos acordados – Um trabalho em que um auditor é contratado 
para executar os procedimentos de natureza de auditoria acordados entre o auditor 
e a entidade e quaisquer terceiros interessados e para relatar conclusões factuais. 
Os destinatários dos relatórios têm de tirar as suas próprias conclusões a partir do 
relatório do auditor. O relatório é restrito às partes que acordaram os procedimentos 
a serem executados, uma vez que outros, desconhecedores das razões quanto aos 
procedimentos, podem interpretar mal as conclusões.
*Transacção entre partes não relacionadas – Uma transacção efectuada em 
determinados termos e condições, de livre vontade, entre um comprador e um 
vendedor que não são relacionados e que actuam de forma independente um do outro 
na defesa dos seus próprios interesses.
*Unidade de Amostragem – Os itens individuais que constituem uma população.
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NORMA INTERNACIONAL DE 
CONTROLO DE QUALIDADE 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS 
QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS 
DE GARANTIA DE FIABILIDADE E SERVIÇOS 
RELACIONADOS 
(Aplicável a partir de 15 de dezembro de 2009)
ÍNDICE
Parágrafo
Introdução
Âmbito desta ISQC ....................................................................................... 1-3
Autoridade desta ISQC ................................................................................. 4-9
Data de Entrada em Vigor ............................................................................. 10
Objetivo ....................................................................................................... 11
Definições ..................................................................................................... 12
Requisitos 
Aplicação e Cumprimento de Requisitos Relevantes ................................... 13-15
Elementos de um Sistema de Controlo de Qualidade ................................... 16-17
Responsabilidades de Liderança em Relação à Qualidade na Firma ............ 18-19
Requisitos Éticos Relevantes ........................................................................ 20-25
Aceitação e Continuação de Relacionamentos com Clientes e de 
 Trabalhos Específicos ............................................................................ 26-28
Recursos Humanos ........................................................................................ 29-31
Execução do Trabalho ................................................................................... 32-47
Monitorização ............................................................................................... 48-56
Documentação do Sistema de Controlo de Qualidade .................................. 57–59
44ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Aplicação e Cumprimento de Requisitos Relevantes ................................... A1
Elementos de um Sistema de Controlo de Qualidade ................................... A2-A3
Responsabilidades de Liderança em Relação à Qualidade na Firma ............ A4-A6
Requisitos Éticos Relevantes ........................................................................ A7-A17
Aceitação e Continuação de Relacionamentos com Clientes e de 
 Trabalhos Específicos ...................................................................... A18-A23
Recursos Humanos .................................................................................. A24-A31
Execução do Trabalho ............................................................................. A32-A63
Monitorização .......................................................................................... A64-A72
Documentação do Sistema de Controlo de Qualidade ............................ A73-A75
A Norma Internacional de Controlo de Qualidade (ISQC) 1, Controlo de Qualidade 
para Firmas que Executem Auditorias e Revisões de Demonstrações Financeiras 
e Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e Serviços Relacionados, deve 
ser lida em conjunção com a ISA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente 
e Condução de uma Auditoria de Acordo com as Normas Internacionais de 
Auditoria.
45 ISQC 1
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Introdução
Âmbito desta ISQC
1. Esta Norma Internacional de Controlo de Qualidade (ISQC) aborda as 
responsabilidades de uma firma pelo seu sistema de controlo de qualidade 
para auditorias e revisões de demonstrações financeiras e para outros 
trabalhos de garantia de fiabilidade e serviços relacionados. Esta ISQC deve 
ser lida juntamente com os requisitos éticos relevantes.
2. Outras tomadas de posição do International Auditing and Assurance 
Standards Board (IAASB) estabelecem normas e orientações adicionais sobre 
as responsabilidades do pessoal da firma com respeito aos procedimentos de 
controlo de qualidade para tipos específicos de trabalhos. A ISA 220,1 por 
exemplo, aborda os procedimentos de controlo de qualidade para auditorias 
de demonstrações financeiras.
3. Um sistema de controlo de qualidade consiste em políticas concebidas 
para atingir o objetivo estabelecido no parágrafo 11 e nos procedimentos 
necessários para implementar e monitorizar o cumprimento dessas políticas.
Autoridade desta ISQC
4. Esta ISQC aplica-se a todas as firmas de auditores profissionais com respeito 
a auditorias e revisões de demonstrações financeiras e a outros trabalhos 
de garantia de fiabilidade e serviços relacionados. A natureza das políticas 
e procedimentos desenvolvidos por uma firma para dar cumprimento a 
esta ISQC depende de fatores diversos, como a dimensão e características 
operacionais da firma e se faz ou não parte de uma rede. 
5. Esta ISQC indica o objetivo da firma no quadro do seu cumprimento e 
os requisitos concebidos para habilitar a firma a satisfazer esse objetivo 
declarado. Além disso, contém orientação relacionada na forma de material 
de aplicação e outro material explicativo, como referido adiante no parágrafo 
8, bem como material introdutório que proporciona o contexto relevante para 
uma compreensão apropriada da ISQC 1 e definições.
6. O objetivo proporciona o contexto em que são estabelecidos os requisitos 
desta ISQC e destina-se a ajudar a firma a:
•	 Compreender quais as necessidades a satisfazer; e
•	 Decidir se devem ser identificadas mais necessidades para atingir o 
objetivo.
1 ISA 220, Controlo de Qualidade para uma Auditoria de Demonstrações Financeiras
46ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
7. Os requisitos desta ISQC são expressos usando o termo “deve”. 
8. Quando necessário, o material de aplicação e outro material explicativo dá 
explicações adicionais dos requisitos e orientação para os levar a efeito. Em 
particular, pode:
•	 Explicar mais precisamente o que um requisito significa ou o que 
pretende cobrir; e
•	 Incluir exemplos de políticas e procedimentos que possam ser 
apropriados nas circunstâncias. 
Embora tal orientação não imponha por si mesmo um requisito, é relevante 
para a devida aplicação dos requisitos. O material de aplicação e outro 
material explicativo podem também proporcionar informação de base 
relativa a matérias tratadas nesta ISQC. Quando apropriado, são incluídas no 
material de aplicação e outro material explicativo considerações específicas 
adicionais relativas às organizações de auditoria do setor público ou a firmas 
de pequena dimensão. Estas considerações adicionais ajudam a aplicar os 
requisitos desta ISQC, mas não limitam nem reduzem a responsabilidade da 
firma na aplicação e cumprimento dos seus requisitos.
9. Esta ISQC inclui, sob o título “Definições”, uma descrição dos significados 
atribuídos a determinados termos para os fins desta ISQC. Estas definições 
são dadas para ajudar na aplicação e interpretação consistentes desta ISQC 
e não se destinam a derrogar definições que possam ser estabelecidas para 
outros efeitos na lei, regulamento ou noutra forma. O Glossário relativo às 
Normas Internacionais emitido pelo IAASB no Handbook of International 
Quality Control, Auditing, Review, Other Assurance, and Related Services 
Pronouncements (Manual das Normas Internacionais de Controlo de 
Qualidade, Auditoria, Revisão, Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e 
Serviços Relacionados) publicado pela IFAC inclui os termos definidos nesta 
ISQC. Também inclui descrições de outros termos previstos nesta ISQC, para 
ajudar a uma interpretação e tradução comuns e consistentes.
Data de Entrada em Vigor
10. Os sistemas de controlo de qualidade em conformidade com esta ISQC 
devem estar estabelecidos até 15 de dezembro de 2009.
Objetivo
11. O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controlo de 
qualidade que proporcione garantia razoável de que: 
(a) A firma e o seu pessoal cumprem as normas profissionais e requisitos 
legais e regulamentares aplicáveis; e
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(b) Os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios responsáveis pelo 
trabalho são apropriados nas circunstâncias.
Definições
12. Nesta ISQC, são aplicáveis as seguintes definições: 
(a) Data do relatório – A data escolhida pelo profissional para aposição no 
relatório. 
(b) Documentação de trabalho – O registo do trabalho executado, dos 
resultados obtidos e das conclusões a que chegou o profissional (são 
muitas vezes usadas expressões como “papéis de trabalho”).
(c) Entidade admitida à cotação – Uma entidade cujas partes de capital 
ou instrumentos de dívida estão cotados ou admitidos à cotação 
numa bolsa de valores reconhecida ou são transacionados segundo os 
regulamentos de uma bolsa de valores reconhecida ou outro organismo 
equivalente.
(d) Equipa de trabalho – Todos os sócios e pessoal que executam o 
trabalho, incluindo quaisquer indivíduos designados pela firma ou por 
uma firma da rede que executam procedimentos nesse trabalho. Isto 
exclui peritos externos do auditor contratados pela firma ou por uma 
firma da rede. O termo “equipa de trabalho” também exclui indivíduos 
na função de auditoria interna do cliente que prestam assistência 
direta a um trabalho de auditoria quando o auditor externo cumpre os 
requisitos da ISA 610 (Revista 2013).2 
(e) Firma – Um profissional individual, parceria, sociedade ou outra 
entidade de auditores profissionais. 
(f) Firma da rede – Uma firma ou entidade que pertence a uma rede.
(g) Garantia razoável de fiabilidade – No contexto desta ISQC, um nível 
elevado, mas não absoluto, de garantia de fiabilidade. 
(h) Inspeção – Em relação a trabalhos concluídos, procedimentos 
concebidos para proporcionar evidência do cumprimento pelas equipas 
de trabalho das políticas e procedimentos de controlo de qualidade da 
firma.
2 A ISA 610 (Revista 2013), Usar o Trabalho de Auditores Internos, estabelece limites sobre a 
assistência direta da função de auditoria interna e reconhece que o auditor externo pode estar proibido 
por lei ou regulamento de obter assistência direta de auditores internos. Por isso, a assistência direta é 
restrita a situações onde é permitida.
48ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
(i) Monitorização – Um processo que abrange a consideração e avaliação 
contínuas do sistema de controlo de qualidade da firma, incluindo uma 
inspeção periódica a uma seleção de trabalhos concluídos, concebido 
para proporcionar à firma segurança razoável de que o seu sistema de 
controlo de qualidade está a operar com eficácia.
(j) Normas profissionais – Normas de Trabalho do IAASB, conforme 
definido no Prefácio às Normas Internacionais de Controlo de 
Qualidade, Auditoria, Revisão, Outros Trabalhos de Garantia de 
Fiabilidadee Serviços Relacionados, e requisitos éticos relevantes.
(k) Pessoa externa adequadamente qualificada – Um indivíduo externo à 
firma com capacidade e competência para atuar como sócio responsável 
pelo trabalho, como por exemplo um sócio de uma outra firma ou um 
empregado (com experiência apropriada), seja de uma organização 
profissional cujos membros possam executar auditorias e revisões 
de informação financeira histórica ou outros trabalhos de garantia 
de fiabilidade ou serviços relacionados, seja de uma organização que 
preste serviços relevantes de controlo de qualidade.
(l) Pessoal – Sócios e pessoal técnico.
(m) Pessoal técnico – Profissionais não sócios, incluindo quaisquer peritos 
que a firma empregue.
(n) Rede – Uma grande estrutura que:
(i) Tem como objetivo a cooperação; e
(ii) Está claramente orientada para a partilha de lucros ou de custos, 
partilha propriedade, controlo ou gestão, políticas e procedimentos 
de controlo de qualidade, uma estratégia de negócio, o uso de um 
nome de marca ou uma parte significativa de recursos profissionais 
comuns.
(o) Requisitos éticos relevantes – Requisitos éticos a que a equipa de 
trabalho e o revisor do controlo de qualidade do trabalho estão sujeitos, 
os quais compreendem geralmente as Partes A e B do Código de Ética 
para Profissionais de Contabilidade e Auditoria do International Ethics 
Standards Board for Acountants (Código do IESBA), juntamente com 
os requisitos éticos nacionais que sejam mais restritivos.
(p) Revisão do controlo de qualidade do trabalho – Um processo concebido 
para proporcionar uma avaliação objetiva, à data do relatório ou antes 
dessa data, dos julgamentos significativos que a equipa de trabalho 
fez e das conclusões a que chegou ao formular o relatório. O processo 
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de revisão do controlo de qualidade do trabalho destina-se apenas a 
auditorias de demonstrações financeiras de entidades admitidas à 
cotação e a outros trabalhos, se existirem, relativamente aos quais a 
firma tenha determinado que é necessária uma tal revisão.
(q) Revisor do controlo de qualidade do trabalho – Um sócio, outra pessoa 
da firma, pessoa externa adequadamente qualificada ou uma equipa 
constituída por estes indivíduos, nenhum dos quais é membro da equipa 
de trabalho, com experiência e autoridade suficiente e apropriada para 
avaliar objetivamente os julgamentos significativos que a equipa de 
trabalho fez e as conclusões a que chegou ao formular o relatório.
(r) Sócio – Qualquer indivíduo com autoridade para obrigar a firma com 
respeito à execução de um trabalho de serviços profissionais.
(s) Sócio responsável pelo trabalho3 – O sócio ou outra pessoa na firma 
que é responsável pelo trabalho de auditoria e pela sua execução e 
pelo relatório do auditor emitido em nome da firma, e que goza, 
quando necessário, do estatuto adequado concedido por um organismo 
profissional, legal ou regulador.
Requisitos
Aplicação e Cumprimento de Requisitos Relevantes 
13. O pessoal da firma responsável por estabelecer e manter o respetivo sistema de 
controlo de qualidade deve inteirar-se de todo o texto desta ISQC, incluindo 
o seu material de aplicação e outro material explicativo, para entender o seu 
objetivo e aplicar devidamente os seus requisitos.
14. A firma deve cumprir cada um dos requisitos desta ISQC salvo se, nas 
circunstâncias da firma, o requisito não for relevante para os serviços 
prestados com respeito a auditorias e revisões de demonstrações financeiras 
e a outros trabalhos de garantia de fiabilidade e serviços relacionados. (Ref: 
Parágrafo A1)
15. Os requisitos estão concebidos para habilitar a firma a alcançar o objetivo 
apresentado nesta ISQC. Espera-se, por isso, que a devida aplicação dos 
requisitos proporcione uma base suficiente para a consecução do objetivo. 
Porém, na medida em que as circunstâncias variam muito e não podem ser 
todas previstas, a firma deve considerar se existem matérias ou circunstâncias 
3 “Sócio responsável pelo trabalho”, “sócio” e “firma” devem ser lidos como referências aos seus 
equivalentes do setor público, quando relevante. 
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
particulares que lhe exijam que estabeleça políticas e procedimentos além 
dos exigidos nesta ISQC para cumprir o objetivo declarado.
Elementos de um Sistema de Controlo de Qualidade
16. A firma deve estabelecer e manter um sistema de controlo de qualidade 
que inclua políticas e procedimentos que abordem cada um dos seguintes 
elementos: 
(a) Responsabilidades de liderança relativas à qualidade dentro da firma.
(b) Requisitos éticos relevantes. 
(c) Aceitação e continuação dos relacionamentos com os clientes e de 
trabalhos específicos.
(d) Recursos humanos.
(e) Execução do trabalho.
(f) Monitorização. 
17. A firma deve documentar as suas políticas e procedimentos e comunicá-las ao 
seu pessoal. (Ref: Parágrafos A2–A3) 
Responsabilidades de Liderança em Relação à Qualidade na Firma
18. A firma deve estabelecer políticas e os procedimentos concebidos para 
promover uma cultura interna que reconheça que a qualidade é essencial na 
execução dos trabalhos. Tais políticas e procedimentos devem exigir que o 
diretor-geral (ou equivalente) ou, se apropriado, a administração da firma 
(ou equivalente) assuma a responsabilidade final pelo sistema de controlo de 
qualidade da firma. (Ref: Parágrafos A4–A5)
19. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos tais que qualquer pessoa 
ou pessoas a quem o diretor-geral ou a administração da firma atribua a 
responsabilidade operacional pelo sistema de controlo de qualidade da 
firma tenha experiência e capacidade suficiente e apropriada e a autoridade 
necessária para assumir essa responsabilidade. (Ref: Parágrafo A6) 
Requisitos Éticos Relevantes
20. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para lhe 
proporcionar segurança razoável de que a firma e o seu pessoal cumprem os 
requisitos éticos relevantes. (Ref: Parágrafos A7–A10)
Independência
21. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para lhe 
proporcionar garantia razoável de que a firma, o seu pessoal e, quando 
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aplicável, outros sujeitos aos requisitos de independência (incluindo pessoal 
da firma da rede), mantêm a independência sempre que exigido pelos 
requisitos éticos. Tais políticas e procedimentos devem habilitar a firma a: 
(Ref: Parágrafo A10)
(a) Comunicar os seus requisitos de independência ao seu pessoal e, quando 
aplicável, a outros que lhes estejam sujeitos; e
(b) Identificar e avaliar as circunstâncias e relacionamentos que criem ameaças 
à independência e tomar medidas apropriadas para eliminar essas ameaças 
ou reduzi-las a um nível aceitável através da aplicação de salvaguardas 
ou, se for considerado apropriado, renunciar ao trabalho, quando essa 
renúncia for permitida por lei ou regulamento. 
22. Estas políticas e procedimentos devem exigir que: (Ref: Parágrafo A10)
(a) Os sócios responsáveis pelo trabalho prestem à firma informação relevante 
acerca dos trabalhos, incluindo o âmbito dos serviços, de forma a habilitar 
a firma a avaliar o impacto global, se o houver, sobre os requisitos de 
independência;
(b) O pessoal notifique de imediato a firma das circunstâncias e relacionamentos 
que criem uma ameaça à independência para que possam ser tomadas 
medidas apropriadas; e 
(c) A informação relevante seja recolhida e comunicada aopessoal apropriado 
a fim de que: 
(i) A firma e o seu pessoal possam rapidamente determinar se satisfazem 
os requisitos de independência;
(ii) A firma possa manter e atualizar os seus registos relativamente à 
independência; e 
(iii) A firma possa tomar medidas apropriadas com respeito a ameaças 
identificadas à independência cujo nível não seja aceitável. 
23. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para lhe 
proporcionar garantia razoável de que será notificada de violações de 
requisitos de independência e a habilitar a tomar medidas apropriadas para 
resolver tais situações. As políticas e procedimentos devem incluir requisitos 
no sentido de que: (Ref: Parágrafo A10)
(a) O pessoal notifique de imediato à firma violações de independência que 
cheguem ao seu conhecimento;
(b) A firma comunique de imediato violações identificadas destas políticas e 
procedimentos: 
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SERVIÇOS RELACIONADOS 
(i) Ao sócio responsável pelo trabalho que, em conjunto com a firma, 
terá de tratar a violação; e
(ii) A outro pessoal relevante da firma e, quando apropriado, da rede, 
e a outros que estejam sujeitos a requisitos de independência e que 
devam tomar medidas apropriadas; e
(c) O sócio responsável pelo trabalho e os outros indivíduos referidos no 
parágrafo 23(b)(ii) comuniquem imediatamente à firma, se necessário, 
as medidas tomadas para resolver o assunto, a fim de que a firma possa 
determinar se deve tomar outras medidas. 
24. Pelo menos anualmente, a firma deve obter confirmação escrita do 
cumprimento das suas políticas e procedimentos relativos à independência 
por parte de todo o pessoal da firma cuja independência seja exigida por 
requisitos éticos relevantes. (Ref: Parágrafos A10–A11)
25. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos: (Ref: Parágrafo A10)
(a) Que estabeleçam critérios para determinar a necessidade de salvaguardas 
que reduzam a ameaça de familiaridade para um nível aceitável quando 
a firma utilizar o mesmo pessoal sénior num trabalho de garantia de 
fiabilidade durante um longo período de tempo; e
(b) Que exijam, para auditorias de demonstrações financeiras de entidades 
admitidas à cotação, a rotação do sócio responsável pelo trabalho e de 
quaisquer indivíduos responsáveis pela revisão do controlo de qualidade 
e, quando aplicável, de outros sujeitos a um regime de rotação, após um 
período especificado de acordo com requisitos éticos relevantes. (Ref: 
Parágrafos A12–A17)
Aceitação e Continuação de Relacionamentos com Clientes e de Trabalhos 
Específicos
26. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para a aceitação e 
continuação de relacionamentos com clientes e de trabalhos específicos, 
concebidos de forma a proporcionar-lhe garantia razoável de que somente 
empreenderá ou continuará relacionamentos e trabalhos em que: 
(a) Seja competente para executar o trabalho e tenha as capacidades, 
tempo e recursos para o fazer; (Ref: Parágrafos A18, A23)
(b) Possa cumprir os requisitos éticos relevantes; e
(c) Tenha considerado a integridade do cliente e não disponha de 
informação que a leve a concluir que o cliente não é íntegro. (Ref: 
Parágrafos A19-A20, A23) 
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27. Estas políticas e procedimentos devem exigir que:
(a) A firma obtenha a informação que considere necessária nas 
circunstâncias antes de aceitar um trabalho de um novo cliente, de 
decidir se continua um trabalho existente e de considerar a aceitação 
de um novo trabalho com um cliente já existente. (Ref: Parágrafos 
A21-A23)
(b) Se for identificado um potencial conflito de interesses ao aceitar um 
trabalho para um cliente novo ou para um cliente já existente, a firma 
determine se é apropriado aceitar o trabalho.
(c) Se forem identificadas questões e a firma decidir aceitar ou continuar 
o relacionamento com um cliente ou um trabalho específico, a firma 
documente a forma como as questões foram resolvidas.
28. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos sobre a continuação de 
um trabalho e do relacionamento com um cliente que permitam resolver 
circunstâncias em que a firma obtenha informação que faria com que 
declinasse o trabalho caso essa informação estivesse disponível mais cedo. 
Tais políticas e procedimentos devem incluir a consideração: 
(a) Das responsabilidades profissionais e legais que se aplicam às 
circunstâncias, nomeadamente se existe um requisito de a firma relatar 
à pessoa ou pessoas que fizeram a nomeação ou, em certos casos, às 
autoridades reguladoras; e
(b) Da possibilidade de renunciar ao trabalho ou de renunciar 
simultaneamente ao trabalho e ao relacionamento com o cliente. (Ref: 
Parágrafos A22–A23)
Recursos Humanos
29. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para 
lhe proporcionar garantia razoável de que tem pessoal suficiente com a 
competência, capacidades e compromisso com princípios éticos necessários 
para:
(a) Executar trabalhos de acordo com as normas profissionais e os 
requisitos legais e regulamentares aplicáveis; e
(b) Habilitar a firma ou os sócios responsáveis pelo trabalho a emitir 
relatórios que sejam apropriados nas circunstâncias. (Ref: Parágrafos 
A24–A29)
54ISQC 1
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
Designação de Equipas de Trabalho
30. A firma deve atribuir a responsabilidade de cada trabalho a um sócio 
responsável por esse trabalho. A firma deve estabelecer políticas e 
procedimentos exigindo que: 
(a) A identidade e a função do sócio responsável pelo trabalho sejam 
comunicados aos principais membros da gerência do cliente e aos 
encarregados da governação;
(b) O sócio responsável pelo trabalho tenha a competência, capacidades e 
autoridade apropriadas para desempenhar a sua função; e
(c) As responsabilidades do sócio responsável pelo trabalho sejam 
claramente definidas e comunicadas a esse sócio. (Ref: Parágrafo A30)
31. A firma deve também estabelecer políticas e procedimentos para designar 
pessoal apropriado com a necessária competência e capacidades para: 
(a) Executar trabalhos de acordo com as normas profissionais e os 
requisitos legais e regulamentares aplicáveis; e
(b) Habilitar a firma ou os sócios responsáveis pelo trabalho a emitir 
relatórios que sejam apropriados nas circunstâncias. (Ref: Parágrafo 
A31)
Execução do Trabalho 
32. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para lhe 
proporcionar garantia razoável de que os trabalhos são executados de acordo 
com as normas profissionais e requisitos legais e regulamentares aplicáveis 
e que a firma ou o sócio responsável pelo trabalho emitem relatórios que são 
apropriados nas circunstâncias. Tais políticas e procedimentos devem incluir: 
(a) Matérias relevantes para promover a consistência na qualidade da 
execução do trabalho; (Ref: Parágrafos A32-A33) 
(b) Responsabilidades de supervisão; e (Ref: Parágrafo A34)
(c) Responsabilidades de revisão. (Ref: Parágrafo A35)
33. As políticas e procedimentos sobre a responsabilidade de revisão da firma 
devem ser determinados na base de que o trabalho dos membros da equipa 
de trabalho menos experientes é revisto por membros da equipa de trabalho 
mais experientes. 
55 ISQC 1
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Consultas
34. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para lhe 
proporcionar garantia razoávelde que: 
(a) Se realizam consultas apropriadas em matérias difíceis ou contenciosas;
(b) Estão disponíveis recursos suficientes para possibilitar a realização de 
consultas apropriadas;
(c) A natureza e âmbito dessas consultas, bem como as respetivas 
conclusões, estão documentadas e são aceites tanto pelo indivíduo que 
procura a consulta como pelo indivíduo consultado; e
(d) As conclusões resultantes das consultas são implementadas. (Ref: 
Parágrafos A36-A40)
Revisão do Controlo de Qualidade do Trabalho
35. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que exijam, para trabalhos 
específicos, uma revisão do controlo de qualidade do trabalho que proporcione 
uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipa de 
trabalho e das conclusões atingidas ao formular o relatório. Essas políticas e 
procedimentos devem: 
(a) Exigir uma revisão do controlo de qualidade do trabalho para todas 
as auditorias de demonstrações financeiras de entidades admitidas à 
cotação;
(b) Estabelecer critérios face aos quais todas as outras auditorias e revisões 
de informação financeira histórica e outros trabalhos de garantia 
de fiabilidade e serviços relacionados devem ser avaliados para 
determinar se deve ser executada uma revisão do controlo de qualidade 
do trabalho; e (Ref: Parágrafo A41)
(c) Exigir uma revisão do controlo de qualidade do trabalho para todos os 
trabalhos que satisfaçam os critérios estabelecidos em conformidade 
com o parágrafo (b) anterior, caso existam.
36. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que estabeleçam a 
natureza, oportunidade e extensão duma revisão do controlo de qualidade de 
um trabalho. Essas políticas e procedimentos devem exigir que o relatório 
do trabalho não tenha data anterior à conclusão da revisão do controlo de 
qualidade do trabalho. (Ref: Parágrafos A42-A43) 
37. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que exijam que a revisão 
do controlo de trabalho inclua: 
56ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
(a) Discussão das matérias significativas com o sócio responsável pelo 
trabalho;
(b) Revisão das demonstrações financeiras ou outra informação sobre a 
matéria em causa e do relatório proposto;
(c) Revisão de documentação selecionada do trabalho relativa a julgamentos 
significativos da equipa de trabalho e às conclusões a que chegou; e
(d) Avaliação das conclusões atingidas na formulação do relatório e 
consideração sobre se o relatório proposto é apropriado. (Ref: Parágrafo 
A44)
38. Relativamente a auditorias de demonstrações financeiras de entidades 
admitidas à cotação, a firma deve estabelecer políticas e procedimentos que 
exijam que a revisão do controlo de qualidade do trabalho também inclua a 
consideração dos seguintes elementos: 
(a) A avaliação pela equipa de trabalho da independência da firma em 
relação ao trabalho específico;
(b) Se se realizaram consultas apropriadas sobre matérias que envolvam 
diferenças de opinião ou outras matérias difíceis ou contenciosas, bem 
como as conclusões decorrentes dessas consultas; e
(c) Se a documentação selecionada para revisão reflete o trabalho 
executado em relação aos julgamentos significativos e suporta as 
conclusões atingidas. (Ref: Parágrafos A45-A46)
Critérios para a Elegibilidade de Revisores do Controlo de Qualidade do Trabalho
39. Uma firma deve estabelecer políticas e procedimentos para tratar a 
designação de revisores do controlo de qualidade de trabalho e estabelecer a 
sua elegibilidade através: 
(a) Das qualificações técnicas exigidas para executar a função, incluindo a 
experiência e autoridade necessárias; e (Ref: Parágrafo A47) 
(b) Do grau até ao qual um revisor do controlo de qualidade do trabalho 
pode ser consultado sobre o trabalho sem comprometer a sua 
objetividade. (Ref: Parágrafo A48) 
40. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para manter a 
objetividade do revisor do controlo de qualidade do trabalho. (Ref: Parágrafos 
A49-A51)
41. As políticas e procedimentos da firma devem prever a substituição do revisor 
do controlo de qualidade do trabalho sempre que a sua capacidade para 
executar uma revisão objetiva possa estar diminuída.
57 ISQC 1
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SERVIÇOS RELACIONADOS 
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Documentação da Revisão do Controlo de Qualidade do Trabalho
42. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para documentar a revisão 
do controlo de qualidade do trabalho que exijam a documentação: 
(a) De que foram executados os procedimentos exigidos pelas políticas da 
firma sobre revisão do controlo de qualidade do trabalho;
(b) De que a revisão do controlo de qualidade do trabalho foi concluída 
antes ou na data do relatório; e
(c) De que o revisor não tem conhecimento de quaisquer matérias por 
resolver que o façam acreditar que os julgamentos significativos 
que a equipa de trabalho fez e as conclusões a que chegou não são 
apropriados.
Diferenças de Opinião
43. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para tratar e resolver 
as diferenças de opinião dentro da equipa de trabalho, com os consultados 
e, quando aplicável, entre o sócio responsável pelo trabalho e o revisor do 
controlo de qualidade do trabalho. (Ref: Parágrafos A52-A53)
44. Essas políticas e procedimentos devem exigir que:
(a) As conclusões atingidas sejam documentadas e implementadas; e
(b) O relatório não seja datado até que a matéria esteja resolvida. 
Documentação do Trabalho
Conclusão da Organização dos Arquivos Finais do Trabalho
45. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para as equipas de trabalho 
concluírem a organização dos arquivos finais do trabalho em tempo oportuno 
após a finalização dos relatórios do trabalho. (Ref: Parágrafos A54-A55)
Confidencialidade, Custódia Segura, Integridade, Acessibilidade e Recuperabilidade 
da Documentação do Trabalho
46. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para 
manter a confidencialidade, custódia segura, integridade, acessibilidade e 
recuperabilidade da documentação do trabalho. (Ref: Parágrafos A56-A59)
Conservação da Documentação de Trabalho
47. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para a conservação 
da documentação de trabalho por um período suficiente para satisfazer as 
necessidades da firma ou conforme exigido por lei ou regulamento. (Ref: 
Parágrafos A60-A63)
58ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
Monitorização
Monitorização das Políticas e Procedimentos de Controlo de Qualidade da Firma
48. A firma deve estabelecer um processo de monitorização concebido para 
lhe proporcionar garantia razoável de que as políticas e procedimentos 
relacionados com o sistema de controlo de qualidade sejam relevantes, 
adequados e operem eficazmente. Este processo deve: 
(a) Incluir a consideração e avaliação contínuas do sistema de controlo 
de qualidade da firma, incluindo, numa base cíclica, a inspeção de 
pelo menos um trabalho concluído por cada sócio responsável pelo 
trabalho;
(b) Exigir responsabilidade pelo processo de monitorização, a atribuir a 
um sócio ou sócios ou a outras pessoas com experiência suficiente e 
apropriada e autoridade na firma para assumir essa responsabilidade; e
(c) Exigir que os que executem o trabalho ou a revisão do controlo de 
qualidade do trabalho não estejam envolvidos na inspeção de trabalhos. 
(Ref: Parágrafos A64-A68)
Avaliação, Comunicação e Correção das Deficiências Identificadas
49. A firma deve avaliar o efeito de deficiências notadas em consequência do 
processo de monitorização e deve determinar se elasrepresentam:
(a) Casos que não indicam necessariamente que o sistema de controlo 
de qualidade da firma é insuficiente para lhe proporcionar garantia 
razoável de que cumpre as normas profissionais e requisitos legais e 
regulamentares aplicáveis e de que os relatórios emitidos pela firma 
ou pelos sócios responsáveis pelo trabalho são apropriados nas 
circunstâncias; ou
(b) Deficiências sistémicas, repetitivas ou outras significativas que exigem 
medidas corretivas imediatas.
50. A firma deve comunicar aos sócios responsáveis pelo trabalho relevantes e 
outro pessoal apropriado as deficiências notadas em consequência do processo 
de monitorização e as recomendações para medidas corretivas apropriadas. 
(Ref: Parágrafo A69)
51. As recomendações para medidas corretivas apropriadas em relação às 
deficiências notadas devem incluir um ou mais dos seguintes tópicos:
(a) Adoção de medidas corretivas apropriadas em relação a um trabalho 
individual ou a um membro do pessoal;
59 ISQC 1
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(b) Comunicação das conclusões aos responsáveis pela formação e 
desenvolvimento profissional;
(c) Alterações às políticas e procedimentos de controlo de qualidade; e
(d) Ação disciplinar contra os que não cumpriram as políticas e 
procedimentos da firma, em especial se o fizerem repetidamente. 
52. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para tratar os casos em 
que os resultados dos procedimentos de monitorização indiquem que um 
relatório pode não ser apropriado ou que foram omitidos procedimentos 
durante a execução do trabalho. Tais políticas e procedimentos devem exigir 
que a firma determine que medidas adicionais são apropriadas para cumprir 
as normas profissionais relevantes e os requisitos legais e regulamentares 
aplicáveis e considere a possibilidade de obter aconselhamento jurídico. 
53. A firma deve comunicar pelo menos anualmente os resultados da 
monitorização do seu sistema de controlo de qualidade aos sócios responsáveis 
por trabalhos e outros indivíduos apropriados dentro da firma, incluindo o seu 
diretor-geral ou, se apropriado, a sua administração. Esta comunicação deve 
ser suficiente para habilitar a firma e estes indivíduos a tomarem, quando 
necessário, medidas imediatas e apropriadas de acordo com as suas funções e 
responsabilidades definidas. A informação comunicada deve incluir:
(a) Uma descrição dos procedimentos de monitorização executados.
(b) As conclusões extraídas dos procedimentos de monitorização.
(c) Quando relevante, uma descrição das deficiências sistémicas, 
repetitivas ou outras significativas e das medidas tomadas para resolver 
ou corrigir essas deficiências. 
54. Algumas firmas operam como parte de uma rede e, para efeitos de consistência, 
podem implementar alguns dos seus procedimentos de monitorização na 
base dessa rede. Quando as firmas de uma rede operam segundo políticas 
e procedimentos de monitorização comuns concebidos para cumprir esta 
ISQC e confiam num sistema de monitorização desse tipo, as políticas e 
procedimentos da firma devem exigir que: 
(a) Pelo menos anualmente, a rede comunique o âmbito geral, a extensão e 
os resultados do processo de monitorização aos indivíduos apropriados 
dentro das firmas da rede; e
(b) A rede comunique prontamente quaisquer deficiências identificadas no 
sistema de controlo de qualidade aos indivíduos apropriados dentro da 
firma ou firmas da rede relevantes, de forma que possam ser tomadas 
as medidas necessárias, para que os sócios responsáveis pelo trabalho 
60ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
nas firmas da rede possam confiar nos resultados do processo de 
monitorização implementados dentro da rede, salvo se as firmas ou a 
rede aconselharem o contrário. 
Queixas e Alegações
55. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para lhe 
proporcionar garantia razoável de que trata apropriadamente: 
(a) Queixas e alegações de que o trabalho executado pela firma não 
cumpre as normas profissionais e os requisitos legais e regulamentares 
aplicáveis; e 
(b) Alegações de incumprimento do sistema de controlo de qualidade da 
firma. 
 Como parte deste processo, a firma deve estabelecer canais claramente 
definidos para o pessoal da firma levantar quaisquer preocupações de uma 
maneira que os habilite a fazê-lo sem receio de represálias. (Ref: Parágrafo 
A70)
56. Se durante as investigações sobre queixas e alegações forem identificadas 
deficiências na conceção ou operação das políticas e procedimentos de 
controlo de qualidade da firma ou o incumprimento do sistema de controlo 
de qualidade da firma por um indivíduo ou indivíduos, a firma deve tomar as 
medidas apropriadas, como estabelecido no parágrafo 51. (Ref: Parágrafos 
A71–A72) 
Documentação do Sistema de Controlo de Qualidade
57. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que exijam documentação 
apropriada para proporcionar prova do funcionamento de cada elemento do 
seu sistema de controlo de qualidade. (Ref: Parágrafos A73–A75)
58. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que exijam a conservação 
da documentação por um período de tempo suficiente para permitir que aqueles 
que executam procedimentos de monitorização avaliem o cumprimento pela 
firma do seu sistema de controlo de qualidade ou por um período maior se 
exigido por lei ou regulamento.
59. A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que exijam a documentação 
de queixas e alegações e das respetivas respostas.
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61 ISQC 1
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SERVIÇOS RELACIONADOS 
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Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Aplicação e Cumprimento de Requisitos Relevantes 
Considerações Específicas para Firmas de Pequena Dimensão (Ref: Parágrafo 14)
A1. Esta ISQC não exige o cumprimento de requisitos que não sejam relevantes, 
por exemplo na circunstância de um profissional individual, que não 
emprega outro pessoal. Os requisitos desta ISQC relativos por exemplo às 
políticas e procedimentos para a designação do pessoal apropriado para a 
equipa de trabalho (ver o parágrafo 31), às responsabilidades de revisão 
(ver o parágrafo 33) à comunicação anual dos resultados da monitorização 
aos sócios responsáveis por trabalhos na firma (ver o parágrafo 53) não são 
relevantes quando não existe pessoal. 
Elementos de um Sistema de Controlo de Qualidade (Ref: Parágrafo 17)
A2. Em geral, a comunicação das políticas e procedimentos de controlo 
de qualidade ao pessoal da firma inclui uma descrição das políticas e 
procedimentos de controlo de qualidade e dos objetivos que se pretendem 
atingir e a mensagem de que cada indivíduo tem uma responsabilidade 
pessoal pela qualidade e deverá cumprir essas políticas e procedimentos. O 
encorajamento ao pessoal da firma no sentido de comunicar os seus pontos de 
vista ou preocupações sobre matérias de controlo de qualidade constitui um 
reconhecimento da importância de obter reações sobre o sistema de controlo 
de qualidade da firma.
Considerações Específicas para Firmas de Pequena Dimensão 
A3. A documentação e a comunicação de políticas e procedimentos nas firmas 
mais pequenas podem ser menos formais e extensivas do que em firmas 
maiores.
Responsabilidades de Liderança em Relação à Qualidade na Firma 
Promover uma Cultura Interna de Qualidade (Ref: Parágrafo 18)
A4. A liderança da firma e os exemplos que estabelece influenciam significativa-
mente a sua cultura interna. A promoção de uma cultura interna orientada para 
a qualidade depende de ações e mensagensclaras, consistentes e frequentes 
a partir de todos os níveis da administração da firma que enfatizem as suas 
políticas e procedimentos de controlo de qualidade e a necessidade de:
(a) executar trabalho que cumpra as normas profissionais e os requisitos 
legais e regulamentares aplicáveis; e
(b) emitir relatórios que sejam apropriados nas circunstâncias.
62ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
Tais ações e mensagens encorajam uma cultura que reconhece e recompensa 
um trabalho de alta qualidade. Estas ações e mensagens podem ser 
comunicadas, nomeadamente, através de ações de formação, reuniões, 
diálogos formais ou informais, definição de funções, boletins informativos ou 
memorandos de reuniões. Podem ser incorporadas na documentação interna e 
materiais de formação da firma e nos procedimentos de avaliação dos sócios 
e do pessoal de um modo que suporte e reforce o ponto de vista da firma 
sobre a importância da qualidade e sobre a forma como deverá ser garantida 
na prática.
A5. A necessidade de a liderança da firma reconhecer que a estratégia de negócio 
da firma está sujeita ao requisito imperativo de a firma atingir qualidade em 
todos os trabalhos que execute assume particular importância na promoção 
de uma cultura interna baseada na qualidade. Essa promoção inclui: 
(a) Estabelecer políticas e procedimentos para a avaliação do desempenho, 
as remunerações e as promoções (incluindo sistemas de incentivo) do 
pessoal, a fim de demonstrar o empenhamento imperativo da firma 
quanto à qualidade. 
(b) Atribuir as responsabilidades de gestão para que as considerações 
comerciais não se sobreponham à qualidade do trabalho executado; e
(c) Prever recursos suficientes para o desenvolvimento, documentação e 
suporte das políticas e procedimentos de controlo de qualidade.
Atribuir a Responsabilidade Operacional pelo Sistema de Controlo da Qualidade da 
Firma (Ref: Parágrafo 19)
A6. Uma experiência e capacidades suficientes e apropriadas habilitam a pessoa 
ou pessoas responsáveis pelo sistema de controlo de qualidade da firma a 
identificar e compreender as questões de controlo de qualidade e a desenvolver 
políticas e procedimentos apropriados. A necessária autoridade habilita essa 
pessoa ou pessoas a implementar essas políticas e procedimentos.
Requisitos Éticos Relevantes 
Cumprimento de Requisitos Éticos Relevantes (Ref: Parágrafo 20)
A7. O Código do IESBA estabelece os princípios fundamentais de ética 
profissional, que incluem: 
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência profissional e zelo devido;
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(d) Confidencialidade; e
(e) Comportamento Profissional.
A8. A Parte B do Código do IESBA ilustra a forma como a estrutura conceptual 
deve ser aplicada em situações específicas. Dá exemplos de salvaguardas 
que podem ser apropriadas no tratamento de ameaças ao cumprimento dos 
princípios fundamentais e também de situações em que poderão não estar 
disponíveis salvaguardas para essas ameaças.
A9. Os princípios fundamentais são reforçados, em particular, através: 
•	 Da liderança da firma;
•	 De educação e formação;
•	 De monitorização; e
•	 De um processo para tratar os casos de incumprimento. 
Definição de “Firma”, “Rede” e “Firma da Rede” (Ref: Parágrafos 20-25)
A10. As definições de “firma”, “rede” ou “firma da rede” em requisitos éticos 
relevantes podem diferir das estabelecidas nesta ISA. Por exemplo, o Código 
do IESBA define “firma” como:
(i) Um profissional individual, parceria ou sociedade de contabilistas ou 
auditores profissionais;
(ii) Uma entidade que controla estas partes por via de propriedade, gestão 
ou outros meios; e
(iii) Uma entidade controlada por estas partes por via de propriedade, 
gestão ou outros meios.
O Código do IESBA proporciona também orientação em relação aos termos 
“rede” e “firma da rede”.
Para o cumprimento dos requisitos dos parágrafos 20-25, as definições 
usadas nos requisitos éticos relevantes são aplicáveis na medida em que 
sejam necessárias para interpretar esses requisitos éticos.
Confirmações Escritas (Ref: Parágrafo 24)
A11. As confirmações escritas podem ser feitas em papel ou por via eletrónica. Ao 
obter confirmação e ao tomar ações apropriadas sobre informação que indique 
incumprimento, a firma demonstra a importância que dá à independência e 
faz disso uma questão corrente e visível para o seu pessoal.
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
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Ameaça de Familiaridade (Ref: Parágrafo 25)
A12. O Código do IESBA aborda a ameaça de familiaridade que pode ser criada ao 
usar o mesmo pessoal sénior num trabalho de garantia de fiabilidade durante 
um longo período e as salvaguardas que podem ser apropriadas para tratar 
tais ameaças. 
A13. A determinação de critérios apropriados para tratar a ameaça de familiaridade 
pode incluir matérias como: 
•	 A natureza do trabalho, nomeadamente até que ponto envolve uma 
matéria de interesse público; e
•	 A duração do período de serviço do pessoal sénior no trabalho.
Exemplos de salvaguardas incluem a rotação do pessoal sénior ou a 
necessidade de uma revisão do controlo de qualidade do trabalho. 
A14. O Código do IESBA reconhece que a ameaça da familiaridade é 
particularmente relevante no contexto de uma auditoria de demonstrações 
financeiras de entidades admitidas à cotação. Para estas auditorias, o Código 
do IESBA exige a rotação do sócio principal de auditoria4 após um período 
predefinido, normalmente não mais de sete anos, e proporciona normas e 
orientações relacionadas. Os requisitos nacionais podem estabelecer períodos 
de rotação mais curtos.
Considerações Específicas para Organizações de Auditoria do Setor Público
A15. Podem existir medidas oficiais que proporcionem salvaguardas para 
a independência de auditores do setor público. Porém, as ameaças à 
independência podem continuar a existir apesar de quaisquer medidas 
oficiais concebidas para a proteger. Por isso, ao estabelecer as políticas e 
procedimentos exigidos pelos parágrafos 20-25, o auditor do setor público 
pode ter em atenção o mandato do setor público e tratar quaisquer ameaças à 
independência nesse contexto.
A16. As entidades admitidas à cotação referidas nos parágrafos 25 e A14 não são 
comuns no setor público. Porém, podem existir outras entidades do setor 
público que sejam significativas devido à sua dimensão, complexidade 
ou a aspetos de interesse público e que, consequentemente, tenham um 
conjunto alargado de interessados. Por isso, pode haver casos em que uma 
firma determine, baseada nas suas políticas e procedimentos de controlo de 
qualidade, que uma entidade do setor público é significativa para efeitos de 
procedimentos de controlo de qualidade adicionais.
4 Como definido no Código do IESBA
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A17. No setor público, a legislação pode estabelecer as nomeações e a duração 
do mandato dos auditores que atuem na qualidade de sócio responsável pelo 
trabalho. Em consequência, pode não ser possível cumprir estritamente os 
requisitos de rotação do sócio responsável pelo trabalho previstos para as 
entidades admitidas à cotação. Apesar disso, relativamente às entidades do 
setor público consideradas significativas, como referido no parágrafo A16, 
pode ser do interesse público que as organizações de auditoria do setor 
público estabeleçampolíticas e procedimentos para promover o cumprimento 
do espírito da rotação do sócio responsável pelo trabalho.
Aceitação e Continuação de Relacionamentos com Clientes e de Trabalho 
Específicos 
Competência, Capacidades e Recursos (Ref: Parágrafo 26(a))
A18. A consideração sobre se a firma tem a competência, as capacidades e os 
recursos para se encarregar de um novo trabalho para um novo cliente ou 
para um cliente já existente envolve a revisão dos requisitos específicos do 
trabalho e dos perfis dos sócios e do pessoal existentes a todos os níveis 
relevantes e, nomeadamente, sobre se:
•	 O pessoal da firma tem conhecimento dos setores ou dos assuntos 
relevantes;
•	 O pessoal da firma tem experiência dos requisitos de regulação ou 
de relato relevantes ou tem capacidade para obter eficazmente as 
competências especializadas e conhecimentos necessários;
•	 A firma tem pessoal suficiente com as necessárias capacidades e 
competências;
•	 Estão disponíveis peritos, se necessário;
•	 Estão disponíveis indivíduos que satisfaçam os critérios e os requisitos 
de elegibilidade para executar a revisão de controlo de qualidade do 
trabalho, quando aplicável; e
•	 A firma está em condições de concluir o trabalho no prazo de relato. 
•	 Integridade do Cliente (Ref: Parágrafo 26(c))
A19. Relativamente à integridade de um cliente, as matérias a considerar incluem, 
por exemplo: 
•	 A identidade e reputação comercial dos principais proprietários, dos 
principais gestores e dos encarregados da governação do cliente.
•	 A natureza das operações do cliente, incluindo as suas práticas 
comerciais.
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•	 Informação respeitante à atitude dos principais proprietários, dos 
principais gestores e dos encarregados da governação do cliente 
perante matérias como, por exemplo, uma interpretação agressiva de 
normas contabilísticas e o ambiente de controlo interno.
•	 Se o cliente está preocupado em manter a todo o custo os honorários da 
firma tão baixos quanto possível.
•	 Indicações de uma limitação não apropriada no âmbito do trabalho.
•	 Indicações de que o cliente possa estar envolvido em lavagem de 
dinheiro ou outras atividades criminosas.
•	 As razões para a proposta de nomeação da firma e a não recondução 
da firma anterior.
•	 A identidade e reputação comercial das partes relacionadas.
O nível do conhecimento que uma firma terá quanto à integridade de um 
cliente aumentará geralmente no contexto de uma relação continuada com 
esse cliente. 
A20. As fontes de informação sobre estas matérias obtida pela firma podem incluir: 
•	 Comunicações com atuais ou anteriores prestadores de serviços de 
contabilidade ou auditoria ao cliente, de acordo com os requisitos 
éticos relevantes, e discussões com terceiros.
•	 Indagações junto de outro pessoal da firma ou de terceiros, como 
banqueiros, consultores jurídicos e pares do setor.
•	 Pesquisas de antecedentes em bases de dados relevantes. 
Continuação do Relacionamento Com o Cliente (Ref: Parágrafo 27(a))
A21. Decidir se se deve continuar ou não um relacionamento com um cliente 
inclui a consideração de matérias significativas que tenham surgido durante 
trabalhos correntes ou anteriores e as suas implicações para a continuação 
do relacionamento. Por exemplo, um cliente pode ter começado a expandir 
as suas operações comerciais para uma área onde a firma não possui as 
competências especializadas necessárias.
Renúncia (Ref: Parágrafo 28)
A22. As políticas e procedimentos relativas à renúncia a um trabalho ou à renúncia 
simultânea ao trabalho e ao relacionamento com o cliente abordam questões 
que incluem: 
•	 Discutir com o nível apropriado da gerência e com os encarregados da 
governação do cliente a ação apropriada que a firma pode tomar com 
base nos fatos e circunstâncias relevantes.
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•	 Se a firma determinar que é apropriado renunciar, discutir com o 
nível apropriado da gerência e com os encarregados da governação do 
cliente a renúncia ao trabalho ou a renúncia simultânea ao trabalho e ao 
relacionamento com o cliente e as respetivas razões.
•	 Considerar se há um requisito profissional, regulamentar ou legal 
para que a firma permaneça em funções ou para que a firma relate 
às autoridades reguladoras a renúncia a um trabalho ou a renúncia 
simultânea ao trabalho e ao relacionamento com o cliente, bem como 
as respetivas razões.
•	 Documentar matérias significativas, consultas, conclusões e as bases 
para as conclusões.
Considerações Específicas para Organizações de Auditoria do Setor Público (Ref: 
Parágrafo 26–28)
A23. No setor público, os auditores podem ser nomeados de acordo com 
procedimentos oficiais. Consequentemente, podem não ser relevantes 
alguns dos requisitos e considerações respeitantes à aceitação e continuação 
do relacionamento com um cliente ou a determinados trabalhos, conforme 
estabelecido nos parágrafos 26-28 e A18-A22. Apesar disso, estabelecer 
políticas e procedimentos conforme descrito pode proporcionar aos auditores 
do setor público informação valiosa para a execução de avaliações do risco e 
o cumprimento das suas responsabilidades de relato.
Recursos Humanos (Ref: Parágrafo 29)
A24. As matérias relativas ao pessoal relevantes para as políticas e procedimentos 
da firma relacionados com os recursos humanos incluem, por exemplo:
•	 Recrutamento.
•	 Avaliação do desempenho.
•	 Capacidades, incluindo o tempo para desempenhar as funções.
•	 Competência.
•	 Evolução na carreira.
•	 Promoção;
•	 Retribuição.
•	 Estimativa de necessidades pessoais.
 Processos e procedimentos de recrutamento eficazes ajudam a firma a 
selecionar indivíduos íntegros, capazes de desenvolver as competências 
e capacidades necessárias para executar o trabalho da firma e com as 
características apropriadas para um desempenho competente.
68ISQC 1
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SERVIÇOS RELACIONADOS 
A25. A competência pode ser desenvolvida por intermédio de uma variedade de 
métodos, incluindo:
•	 Educação profissional.
•	 Desenvolvimento profissional contínuo, incluindo formação.
•	 Experiência de trabalho.
•	 Aconselhamento por pessoal mais experiente, por exemplo outros 
membros da equipa de trabalho.
•	 Formação relativa à independência, para o pessoal a quem é exigida.
A26. A continuada competência do pessoal da firma depende, em larga medida, 
de um nível apropriado de desenvolvimento profissional contínuo, para 
que o pessoal mantenha os seu conhecimento e capacidades. Políticas e 
procedimentos eficazes salientam a necessidade de formação contínua a 
todos os níveis de pessoal da firma e proporcionam os recursos de formação 
e assistência necessários para que o pessoal desenvolva e mantenha as 
capacidades e competências necessárias. 
A27. A firma pode usar uma pessoa externa convenientemente qualificada, 
nomeadamente quando não dispuser de recursos técnicos e de formação 
internos.
A28. A avaliação do desempenho, a retribuição e os procedimentos de promoção 
da firma reconhecem e recompensam devidamente o desenvolvimento e 
manutenção das competências e do compromisso com princípios éticos. Os 
passos que uma firma pode dar no desenvolvimento e manutenção dessas 
competências e desse empenho incluem: 
•	 Sensibilizar o pessoal para as expectativas da firma com respeito ao 
desempenho e aos princípios éticos;
•	 Proporcionar ao pessoal meios de avaliação e aconselhamento quanto 
ao desempenho, progresso e evolução na carreira; e 
•	 Ajudar o pessoal a compreender quea promoção para posições de 
maior responsabilidade depende, entre outras coisas, da qualidade do 
desempenho e da adesão a princípios éticos e que o incumprimento das 
políticas e procedimentos da firma pode resultar em ação disciplinar. 
Considerações Específicas para Firmas de Pequena Dimensão
A29. A dimensão e as circunstâncias da firma influenciam a estrutura do seu 
processo de avaliação do desempenho. As firmas mais pequenas, em particular, 
podem empregar métodos menos formais de avaliação do desempenho do seu 
pessoal.
69 ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
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Designação de Equipas de Trabalho
Sócios Responsáveis pelo Trabalho (Ref: Parágrafo 30)
A30. As políticas e procedimentos podem incluir sistemas para monitorizar a carga 
e a disponibilidade dos sócios responsáveis pelo trabalho para que estes 
indivíduos tenham tempo suficiente para cumprir adequadamente as suas 
responsabilidades.
Equipas de Trabalho (Ref: Parágrafo 31)
A31. A designação das equipas de trabalho pela firma e a determinação do nível de 
supervisão necessário, incluem, por exemplo, a consideração dos seguintes 
elementos ao nível da equipa de trabalho: 
•	 Compreensão e experiência prática de trabalhos de natureza e 
complexidade similares através de formação e participação apropriados;
•	 Compreensão das normas profissionais e dos requisitos regulamentares 
e legais aplicáveis;
•	 Conhecimento técnico e competências especializadas apropriados, 
incluindo um conhecimento das tecnologias de informação relevantes;
•	 Conhecimento dos setores de atividade relevantes em que o cliente 
opera;
•	 Capacidade de aplicar julgamento profissional; e
•	 Compreensão das políticas e procedimentos de controlo de qualidade 
da firma. 
Execução do Trabalho 
Consistência da Qualidade de Execução do Trabalho (Ref: Parágrafo 32(a))
A32. A firma promove a consistência da qualidade de execução do trabalho através 
das suas políticas e procedimentos. Tal é muitas vezes conseguido por meio 
de manuais em papel ou eletrónico, de ferramentas informáticas ou de outras 
formas de documentação normalizada, bem como de materiais de orientação 
sobre matérias específicas ou setoriais. As matérias tratadas podem incluir:
•	 A forma como as equipas de trabalho são informadas sobre o trabalho 
tendo em vista a compreensão dos objetivos do seu trabalho. 
•	 Os processos para dar cumprimento às normas de trabalho aplicáveis.
•	 Os processos de supervisão do trabalho, de formação e de 
aconselhamento do pessoal.
•	 Métodos de revisão do trabalho executado, dos julgamentos 
significativos feitos e da forma do relatório a emitir.
70ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
•	 Documentação apropriada do trabalho executado e da oportunidade e 
extensão da revisão.
•	 Os processos de atualização de todas as políticas e procedimentos. 
A33. Um trabalho de equipa e uma formação apropriados ajudam os membros da 
equipa de trabalho menos experientes a compreender claramente os objetivos 
do trabalho atribuído.
Supervisão (Ref: Parágrafo 32(b))
A34. A supervisão do trabalho inclui: 
•	 Acompanhar o progresso do trabalho;
•	 Considerar a competência e as capacidades dos membros individuais 
da equipa de trabalho, se têm tempo suficiente para executar o seu 
trabalho, se compreendem as instruções que lhes são dadas e se o 
trabalho está a ser executado de acordo com a abordagem planeada.
•	 Tratar de questões significativas que surjam durante o trabalho, 
considerando o seu significado e modificando apropriadamente a 
abordagem planeada; e
•	 Identificar assuntos para consulta ou consideração por membros mais 
experientes da equipa de trabalho durante o mesmo. 
Revisão (Ref: Parágrafo 32(c))
A35. Uma revisão consiste em considerar se: 
•	 O trabalho foi executado de acordo com as normas profissionais e os 
requisitos regulamentares e legais aplicáveis;
•	 As matérias significativas foram assinaladas para consideração 
adicional;
•	 Tiveram lugar consultas apropriadas e as conclusões resultantes foram 
documentadas e implementadas;
•	 Há necessidade de passar em revista a natureza, oportunidade e 
extensão do trabalho executado;
•	 O trabalho executado suporta as conclusões atingidas e está 
adequadamente documentado;
•	 A prova obtida é suficiente e apropriada para suportar o relatório; e 
•	 Os objetivos dos procedimentos do trabalho foram atingidos.
Consultas (Ref: Parágrafo 34)
A36. As consultas incluem a discussão ao nível profissional apropriado com 
indivíduos com competências especializadas, dentro ou fora da firma. 
71 ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
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A37. As consultas usam recursos de pesquisa apropriados, bem como a 
experiência e competência técnica especializada coletivas da firma. As 
consultas contribuem para promover a qualidade e melhoram a aplicação 
do julgamento profissional. O reconhecimento apropriado das consultas nas 
políticas e procedimentos da firma contribui para promover uma cultura em 
que a consulta é reconhecida como um ponto forte e encoraja o pessoal a 
fazer consultas sobre matérias difíceis ou contenciosas.
A38. A consulta eficaz sobre matérias técnicas, éticas ou outras dentro da firma ou, 
quando aplicável, fora dela, pode ser conseguida quando: 
•	 forem dados aos consultados todos os fatos relevantes que os habilitem 
a dar conselho fundamentado, e
•	 os consultados tenham conhecimentos, senioridade e experiência 
apropriados, 
e quando as conclusões resultantes das consultas forem apropriadamente 
documentadas e implementadas.
A39. Uma documentação suficientemente completa e pormenorizada das consultas 
a outros profissionais que envolvam matérias difíceis ou contenciosas 
contribui para a compreensão:
•	 Da questão sobre a qual foi pedida a consulta; e
•	 Dos resultados da consulta, incluindo quaisquer decisões tomadas, as 
bases para essas decisões e a forma como foram implementadas.
Considerações Específicas para Firmas de Pequena Dimensão
A40. Uma firma que precise de consultar externamente, por exemplo porque não 
tem recursos internos apropriados, pode tirar vantagem dos serviços de 
consultoria prestados por: 
•	 Outras firmas;
•	 Organizações profissionais e reguladoras; ou 
•	 Organizações comerciais que proporcionem serviços de controlo de 
qualidade relevantes. 
Antes de contratar esses serviços, a firma deve considerar a competência e as 
capacidades do prestador de serviços externo a fim de determinar se o mesmo 
é devidamente qualificado para esse efeito.
72ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
Revisão do Controlo de Qualidade do Trabalho 
Critérios para uma Revisão do Controlo de Qualidade do Trabalho (Ref: Parágrafo 
35(b))
A41. Os critérios para determinar quais os trabalhos que, não sendo auditorias 
de demonstrações financeiras de entidades admitidas à cotação, devem ser 
sujeitos a uma revisão do controlo de qualidade podem incluir, por exemplo:
•	 A natureza do trabalho, incluindo até que ponto envolve uma matéria 
de interesse público.
•	 A identificação de circunstâncias ou riscos não usuais num trabalho ou 
num tipo de trabalhos.
•	 Se a lei ou regulamentos exigem uma revisão do controlo de qualidade 
do trabalho.
Natureza, Oportunidade e Extensão da Revisão do Controlo de Qualidade do 
Trabalho (Ref: Parágrafos 36–37)
A42. O relatório do trabalho não é datado até à conclusão da revisãodo controlo 
de qualidade do mesmo. Porém, a documentação da revisão do controlo de 
qualidade do trabalho pode ser concluída após a data do relatório. 
A43. A condução de uma revisão do controlo de qualidade do trabalho de 
forma oportuna em fases apropriadas do trabalho permite que as matérias 
significativas sejam imediatamente resolvidas a contento do revisor do 
controlo de qualidade, à data do relatório ou antes dela.
A44. A extensão da revisão do controlo de qualidade do trabalho pode depender, 
entre outras coisas, da complexidade do trabalho, de a entidade ser ou não 
uma entidade admitida à cotação e do risco de o relatório poder não ser 
apropriado nas circunstâncias. A execução de uma revisão do controlo de 
qualidade do trabalho não reduz as responsabilidades do sócio responsável 
pelo trabalho.
Revisão do Controlo de Qualidade de uma Entidade Admitida à Cotação 
(Ref: Parágrafo 38)
A45. As outras matérias relevantes para a avaliação dos julgamentos significativos 
feitos pela equipa de trabalho que podem ser consideradas numa revisão 
do controlo de qualidade de uma auditoria de demonstrações financeiras 
incluem:
•	 Riscos significativos identificados durante o trabalho e as respostas a 
esses riscos.
•	 Julgamentos feitos, particularmente com respeito à materialidade e a 
riscos significativos.
73 ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
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•	 A importância e o tratamento dado a distorções corrigidas e por corrigir 
identificadas durante o trabalho.
•	 As matérias a comunicar à gerência e aos encarregados da governação 
e, quando aplicável, a outros, nomeadamente organismos reguladores.
Estas outras matérias, dependendo das circunstâncias, podem também ser 
aplicáveis a revisões do controlo de qualidade de auditorias de demonstrações 
financeiras de outras entidades, bem como a revisões de demonstrações 
financeiras e a outros trabalhos de garantia de fiabilidade e serviços relacionados.
Considerações Específicas para Organizações de Auditoria do Setor Público
A46. Embora não sejam referidas como entidades admitidas à cotação, como 
descrito no parágrafo A16, determinadas entidades do setor público podem 
ter importância suficiente para justificar uma revisão do controlo de qualidade 
do trabalho. 
Critérios para a Elegibilidade de Revisores de Controlo de Qualidade de Trabalho
Competência Técnica, Experiência e Autoridade Suficientes e Apropriadas 
(Ref: Parágrafo 39(a))
A47. Aquilo que constitui competência técnica, experiência e autoridade suficientes 
e apropriadas depende das circunstâncias do trabalho. Por exemplo, o revisor 
do controlo de qualidade do trabalho numa auditoria das demonstrações 
financeiras de uma entidade admitida à cotação deve ser um indivíduo com 
experiência e autoridade suficientes e apropriadas para atuar na qualidade de 
sócio responsável de um trabalho de auditoria em auditorias de demonstrações 
financeiras de entidades admitidas à cotação. 
Consultas ao Revisor do Controlo de Qualidade de Trabalho (Ref: Parágrafo 39(b))
A48. O sócio responsável pelo trabalho pode consultar o revisor do controlo de 
qualidade desse trabalho durante o mesmo, por exemplo, para determinar 
que um seu julgamento será aceitável para o revisor do controlo de qualidade 
do trabalho. Tal consulta evita a identificação de diferenças de opinião numa 
fase posterior do trabalho e não compromete necessariamente a elegibilidade 
do revisor do controlo de qualidade do trabalho para executar essa função. Se 
a natureza e extensão das consultas se tornarem significativas, a objetividade 
do revisor pode estar comprometida, salvo se tanto a equipa de trabalho 
como o revisor do controlo de qualidade tiverem o cuidado de salvaguardar 
a objetividade deste. Quando tal não for possível, pode ser designado um 
outro indivíduo da firma ou uma pessoa externa devidamente qualificada para 
desempenhar a função de revisor de controlo de qualidade do trabalho ou da 
pessoa a consultar sobre o trabalho.
74ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
Objetividade do Revisor de Controlo de Qualidade do Trabalho (Ref: Parágrafo 40)
A49. Exige-se que a firma estabeleça políticas e procedimentos concebidos para 
manter a objetividade do revisor do controlo de qualidade do trabalho. 
Consequentemente, estas políticas e procedimentos dispõem que o revisor do 
controlo de qualidade do trabalho:
•	 Quando praticável, não seja selecionado pelo sócio responsável pelo 
trabalho;
•	 Não participe de qualquer forma no trabalho durante o período sob 
revisão;
•	 Não tome decisões que cabem à equipa de trabalho; e
•	 Não esteja sujeito a outras considerações que ameacem a sua 
objetividade.
Considerações Específicas para Firmas de Pequena Dimensão
A50. Pode não ser praticável, no caso de firmas com poucos sócios, que o sócio 
responsável pelo trabalho não esteja envolvido na seleção do revisor do 
controlo de qualidade do trabalho. Quando um profissional individual ou uma 
pequena firma identifiquem trabalhos que exijam verificações do controlo de 
qualidade, podem contratar externamente pessoas devidamente qualificadas. 
Alternativamente, alguns profissionais individuais ou pequenas firmas podem 
desejar usar outras firmas para facilitar as revisões do controlo de qualidade do 
trabalho. Quando a firma contrata pessoas externas devidamente qualificadas, 
aplicam-se os requisitos dos parágrafos 39-41 e a orientação dos parágrafos 
A47-A48.
Considerações Específicas para Organizações de Auditoria do Setor Público
A51. No setor público, um auditor designado oficialmente (por exemplo, um 
Auditor do Tribunal de Contas ou outra pessoa devidamente qualificada 
designada em seu nome) pode agir numa função equivalente à de sócio 
responsável pelo trabalho com a responsabilidade geral pelas auditorias do 
setor público. Nestas circunstâncias, quando aplicável, a seleção do revisor 
do controlo de qualidade do trabalho inclui a consideração da necessidade de 
independência em relação à entidade auditada e da capacidade do revisor do 
controlo de qualidade do trabalho para proporcionar uma avaliação objetiva.
Diferenças de Opinião (Ref: Parágrafo 43)
A52. Os procedimentos eficazes encorajam a identificação de diferenças de 
opinião numa fase inicial, proporcionam claras orientações quanto aos passos 
sucessivos a tomar daí para a frente e exigem documentação respeitante à 
resolução das diferenças e à implementação das conclusões atingidas.
75 ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
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SERVIÇOS RELACIONADOS 
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A53. Os procedimentos para resolver tais diferenças podem incluir a consulta a um 
outro profissional ou a uma organização profissional ou reguladora.
Documentação do Trabalho
Conclusão da Organização dos Arquivos Finais do Trabalho (Ref: Parágrafo 45)
A54. A lei ou regulamento podem prescrever prazos para a conclusão da 
organização dos arquivos finais do trabalho. Quando a lei ou regulamento não 
prescreverem tais prazos, o parágrafo 45 exige que a firma estabeleça prazos 
que reflitam a necessidade de concluir a organização dos arquivos finais do 
trabalho em tempo oportuno. No caso de uma auditoria, por exemplo, esses 
prazos não serão geralmente superiores a 60 dias a contar da data do relatório 
do auditor.
A55. Quando forem emitidos dois ou mais relatórios a respeito de uma mesma 
matéria e para uma mesma entidade, as políticas e procedimentos da firma 
relativos aos prazos para a organização dos arquivos finais do trabalho tratam 
cada relatório como se fosse um trabalho separado. Tal pode ser ocaso 
quando a firma emite um relatório de auditoria sobre a informação financeira 
de um componente para efeitos de consolidação do grupo e, numa data 
subsequente, um relatório de auditoria sobre a mesma informação financeira 
para fins estatutários.
Confidencialidade, Custódia Segura, Integridade, Acessibilidade e Recuperabilidade 
da Documentação do Trabalho (Ref: Parágrafo 46)
A56. Os requisitos éticos relevantes estabelecem a obrigação de o pessoal da firma 
observar, a todo o momento, a confidencialidade da informação contida na 
documentação do trabalho, salvo se o cliente tiver dado autorização específica 
para divulgar essa informação ou se existir um dever legal ou profissional 
de o fazer. As leis e regulamentos específicos podem impor obrigações 
adicionais no sentido de o pessoal da firma manter a confidencialidade do 
cliente, particularmente no que respeita a dados de natureza pessoal.
A57. Quer a documentação seja conservada em papel, meio eletrónico ou outro, a 
integridade, acessibilidade ou recuperabilidade dos dados subjacentes podem 
ficar comprometidas se a documentação puder ser alterada, acrescentada ou 
eliminada sem o conhecimento da firma ou se puder ser permanentemente 
perdida ou danificada. Consequentemente, os controlos que a firma concebe 
e implementa para evitar tal alteração não autorizada podem incluir controlos 
que:
•	 Possibilitem a determinação de quando e por quem a documentação de 
trabalho foi criada, alterada ou revista;
76ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
•	 Protejam a integridade da informação em todas as fases do trabalho, 
especialmente quando a informação é partilhada dentro da equipa de 
trabalho ou transmitida a outras partes através da Internet;
•	 Evitem alterações não autorizadas à documentação de trabalho; e
•	 Permitam o acesso à documentação de trabalho pela equipa de trabalho 
e outras partes autorizadas conforme necessário para o cumprimento 
satisfatório das suas responsabilidades respetivas. 
A58. Os controlos que a firma concebe e implementa para manter a confidencialidade, 
custódia segura, integridade, acessibilidade e recuperabilidade da 
documentação de trabalho podem incluir:
•	 O uso de uma senha pelos membros da equipa de trabalho, para 
restringir o acesso à documentação de trabalho eletrónica a utentes 
autorizados.
•	 Rotinas apropriadas de salvaguarda dos ficheiros (backup) com a 
documentação eletrónica do trabalho em fases apropriadas durante o 
trabalho.
•	 Procedimentos para distribuir devidamente a documentação do 
trabalho aos membros da equipa no início do trabalho, para a processar 
durante o trabalho e para a voltar a reunir no final do trabalho.
•	 Procedimentos para restringir o acesso à documentação de trabalho em 
papel, bem como para permitir a devida distribuição e o armazenamento 
confidencial da mesma. 
A59. Por razões práticas, a documentação original em papel pode ser copiada 
eletronicamente para inclusão nos arquivos de trabalho. Em tais casos, os 
procedimentos aplicados pela firma para manter a integridade, acessibilidade 
e recuperabilidade da documentação podem incluir exigir que as equipas de 
trabalho: 
•	 Façam cópias digitalizadas que reflitam todo o conteúdo da 
documentação original em papel, incluindo assinaturas manuais, 
referências cruzadas e anotações;
•	 Integrem as cópias digitalizadas nos arquivos do trabalho, incluindo 
indexação e rubricas das cópias digitalizadas conforme necessário: e
•	 Possibilitem que as cópias digitalizadas possam ser pesquisadas e 
impressas conforme necessário.
Podem existir razões legais, regulamentares ou outras para uma firma 
conservar a documentação original em papel que tenha sido digitalizada.
77 ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
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SERVIÇOS RELACIONADOS 
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Conservação da Documentação do Trabalho (Ref: Parágrafo 47)
A60. As necessidades da firma quanto à conservação da documentação de trabalho, 
bem como o período de tal conservação, variam com a natureza do trabalho 
e as circunstâncias da firma, dependendo por exemplo de a documentação de 
trabalho ser necessária como registo de matérias de importância continuada 
para trabalhos futuros. O período de conservação pode também depender de 
outros fatores, nomeadamente quando a lei ou o regulamento local prescrevem 
períodos de conservação específicos para determinados tipos de trabalho ou 
quando existem períodos de conservação geralmente aceites na jurisdição em 
questão na ausência de requisitos específicos legais ou regulamentares. 
A61. No caso específico de trabalhos de auditoria, o período de conservação não 
será geralmente inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor 
ou, se posterior, da data do relatório do auditor do grupo.
A62. Os procedimentos que a firma adota para a conservação da documentação de 
trabalho incluem os que possibilitam satisfazer os requisitos do parágrafo 47 
durante o período de conservação, por exemplo para: 
•	 Possibilitar a pesquisa da documentação de trabalho e o acesso à 
mesma, durante o período de conservação, em particular no caso da 
documentação eletrónica, uma vez que a tecnologia subjacente pode 
ser atualizada ou alterada ao longo do tempo;
•	 Proporcionar, sempre que necessário, um registo das alterações feitas à 
documentação de trabalho após a conclusão dos ficheiros de trabalho; e
•	 Habilitar partes externas autorizadas a aceder e a rever documentação 
específica do trabalho para controlo de qualidade ou outros fins.
•	 Propriedade da documentação de trabalho
A63. Salvo quando especificado de outra forma por lei ou regulamento, a 
documentação de trabalho é propriedade da firma. A firma pode, à sua 
discrição, disponibilizar ao cliente partes ou extratos da documentação de 
trabalho, desde que tal divulgação não ponha em causa a validade do trabalho 
executado ou, no caso de trabalhos de garantia de fiabilidade, a independência 
da firma ou do seu pessoal.
Monitorização
Monitorizar as Políticas e Procedimentos de Controlo de Qualidade da Firma (Ref: 
Parágrafo 48)
A64. A finalidade de monitorizar o cumprimento das políticas e procedimentos de 
controlo de qualidade é proporcionar uma apreciação sobre: 
78ISQC 1
CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
•	 O cumprimento das normas profissionais e dos requisitos 
regulamentares e legais;
•	 Se o sistema de controlo de qualidade foi apropriadamente concebido 
e eficazmente implementado; e 
•	 Se as políticas e procedimentos de controlo de qualidade da firma 
foram adequadamente aplicados, a fim de que os relatórios que sejam 
emitidos pela firma ou pelos sócios responsáveis pelo trabalho sejam 
apropriados nas circunstâncias. 
A65. A consideração e avaliação contínuas do sistema de controlo de qualidade 
incluem matérias como:
•	 Análise:
○ De novos desenvolvimentos nas normas profissionais e nos 
requisitos legais e regulamentares e da forma como são refletidos 
nas políticas e procedimentos da firma, quando apropriado;
○ Da confirmação por escrito do cumprimento das políticas e 
procedimentos relativos à independência;
○ Do desenvolvimento profissional contínuo, incluindo a formação; 
e
○ Das decisões relacionadas com a aceitação e continuação de 
relacionamentos com o cliente e de trabalhos específicos. 
•	 Determinação de medidas corretivas a adotar e de melhorias a fazer no 
sistema, incluindo a consideração das reações recebidas no quadro das 
políticas e procedimentos relativos à educação e formação.
•	 Comunicação ao pessoal apropriado da firma de fraquezas identificadas 
no sistema, no nível da compreensãodo sistema ou no seu cumprimento.
•	 Acompanhamento por pessoal apropriado da firma, a fim de que 
sejam feitas imediatamente as modificações necessárias às políticas e 
procedimentos de controlo de qualidade.
A66. As políticas e procedimentos do ciclo de inspeção podem, por exemplo, 
especificar um ciclo de três anos. O modo como esse ciclo de inspeção é 
organizado, incluindo a oportunidade da seleção de trabalhos individuais, 
depende de muitos fatores como: 
•	 A dimensão da firma.
•	 O número e localização geográfica dos seus escritórios.
•	 Os resultados de anteriores procedimentos de monitorização.
•	 O grau de autoridade que tanto o pessoal como os escritórios têm 
(por exemplo, se os escritórios individuais são autorizados a conduzir 
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
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as suas próprias inspeções ou se apenas o escritório central as pode 
conduzir).
•	 A natureza e complexidade da prática e organização da firma.
•	 Os riscos associados aos clientes da firma e a trabalhos específicos.
A67. O processo de inspeção inclui a seleção de trabalhos individuais, alguns dos 
quais podem ser selecionados sem notificação prévia à equipa de trabalho. 
Ao determinar o âmbito das inspeções, a firma pode tomar em conta o âmbito 
ou as conclusões de um programa de inspeção externa independente. Porém, 
um programa de inspeção externa independente não substitui o programa de 
monitorização interna próprio da firma. 
Considerações Específicas para Firmas de Pequena Dimensão
A68. No caso de firmas de pequena dimensão, os procedimentos de monitorização 
poderão ter de ser executados por indivíduos responsáveis pela conceção e 
implementação das políticas e procedimentos de controlo de qualidade da 
firma ou que possam estar envolvidos na execução da revisão do controlo 
de qualidade do trabalho. Uma firma com um número limitado de pessoas 
pode optar por usar uma pessoa externa devidamente qualificada ou outra 
firma para levar a efeito inspeções dos trabalhos e outros procedimentos 
de monitorização. Alternativamente, a firma pode estabelecer acordos para 
partilhar recursos com outras organizações apropriadas de modo a facilitar as 
atividades de monitorização.
Comunicar Deficiências (Ref: Parágrafo 50)
A69. A comunicação de deficiências identificadas a indivíduos que não sejam 
os sócios responsáveis pelo trabalho relevantes não terá de incluir uma 
identificação dos trabalhos específicos em causa, se bem que possam surgir 
casos em que tal identificação possa ser necessária para o devido cumprimento 
das responsabilidades de indivíduos que não sejam os sócios responsáveis 
pelo trabalho.
Queixas e Alegações
Fonte das Queixas e Alegações (Ref: Parágrafo 55)
A70. As queixas e alegações (que não incluem as que sejam claramente frívolas) 
podem ter origem dentro ou fora da firma. Podem ser feitas por pessoal da 
firma, clientes ou outras partes. Podem ainda ser recebidas por membros da 
equipa de trabalho ou por outro pessoal da firma. 
Políticas e Procedimentos de Investigação (Ref: Parágrafo 56)
A71. As políticas e procedimentos estabelecidos para a investigação de queixas 
e alegações podem incluir, por exemplo, que o sócio que supervisiona a 
investigação:
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS TRABALHOS DE GARANTIA DE FIABILIDADE E 
SERVIÇOS RELACIONADOS 
•	 Tenha uma experiência suficiente e apropriada;
•	 Tenha autoridade dentro da firma; e
•	 Não esteja envolvido por qualquer forma no trabalho.
O sócio que supervisiona a investigação pode envolver na mesma um assessor 
jurídico, conforme necessário.
Considerações Específicas Relativas a Firmas de Pequena Dimensão
A72. Pode não ser praticável, no caso de firmas com poucos sócios, que o sócio que 
supervisiona a investigação não esteja envolvido no trabalho. Estas firmas de 
pequena dimensão e os profissionais individuais podem usar os serviços de 
uma pessoa ou pessoas externas devidamente qualificadas para levar a efeito 
a investigação de queixas e alegações.
Documentação do Sistema de Controlo de Qualidade (Ref: Parágrafo 57)
A73. A forma e conteúdo da documentação que evidencia o funcionamento de 
cada um dos elementos do sistema de controlo de qualidade é uma matéria de 
julgamento e depende de uma variedade de fatores, incluindo: 
•	 A dimensão e o número de escritórios da firma.
•	 A natureza e complexidade da prática e da organização da firma. 
Por exemplo, as grandes firmas podem usar bases de dados para documentar 
matérias como as confirmações de independência, a avaliação do desempenho 
e os resultados das inspeções de monitorização. 
A74. A documentação apropriada relacionada com a monitorização inclui, por 
exemplo: 
•	 Procedimentos de monitorização, incluindo o procedimento de seleção 
dos trabalhos concluídos a inspecionar;
•	 Um registo da apreciação sobre:
○ O cumprimento das normas profissionais e dos requisitos legais e 
regulamentares aplicáveis;
○ Se o sistema de controlo de qualidade foi adequadamente 
concebido e eficazmente implementado; e
○ Se as políticas e procedimentos de controlo de qualidade da firma 
foram adequadamente aplicados, a fim de que os relatórios que 
sejam emitidos pela firma ou pelos sócios responsáveis pelo 
trabalho sejam apropriados nas circunstâncias; e.
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA FIRMAS QUE EXECUTEM AUDITORIAS E REVISÕES DE 
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SERVIÇOS RELACIONADOS 
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•	 Identificação das deficiências identificadas, uma apreciação do 
seu efeito e a base para determinar se e que medidas adicionais são 
necessárias.
Considerações Específicas para Firmas de Pequena Dimensão
A75. As firmas de pequena dimensão podem usar métodos mais informais na 
documentação dos seus sistemas de controlo de qualidade, como notas 
manuais, listas de verificação e impressos.
82ISA 200
NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 200
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E 
CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA DE ACORDO COM AS 
NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
(Aplicável a auditorias de demonstrações financeiras de períodos
com início em ou após 15 de dezembro de 2009)
ÍNDICE
Parágrafo
Introdução
Âmbito desta ISA .......................................................................................... 1-2
Uma Auditoria de Demonstrações Financeiras ............................................. 3-9
Data de Entrada em Vigor ............................................................................. 10
Objetivos Gerais do Auditor ...................................................................... 11-12
Definições ..................................................................................................... 13
Requisitos
Requisitos Éticos Relativos a uma Auditoria de Demonstrações
 Financeiras ............................................................................................. 14
Ceticismo Profissional .................................................................................. 15
Julgamento Profissional ................................................................................ 16
Prova de Auditoria Suficiente e Apropriada e Risco de Auditoria ................ 17
Condução de uma Auditoria de Acordo com as ISA ..................................... 18-24
Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Uma Auditoria de Demonstrações Financeiras ............................................. A1-A13
Requisitos Éticos Relativos a uma Auditoria de Demonstrações
 Financeiras ............................................................................................ A14-A17
Ceticismo Profissional .................................................................................A18-A22
Julgamento Profissional ............................................................................... A23-A27
Prova de Auditoria Suficiente e Apropriada e Risco de Auditoria ............... A28-A52
Condução de uma Auditoria de Acordo com as ISA ................................... A53-A76
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
Introdução
Âmbito desta ISA
1. Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda as responsabilidades 
gerais do auditor independente na condução de uma auditoria de demonstrações 
financeiras de acordo com as ISA. Especificamente, estabelece os objetivos 
gerais do auditor independente e explica a natureza e âmbito de uma auditoria 
concebida para permitir ao auditor independente satisfazer esses objetivos. 
Também explica o âmbito, autoridade e estrutura das ISA e inclui requisitos 
que estabelecem as responsabilidades gerais do auditor independente 
aplicáveis a todas as auditorias, incluindo a obrigação de cumprir as ISA. 
O auditor independente é doravante referido como “o auditor”.
2. As ISA são escritas no contexto de uma auditoria de demonstrações 
financeiras executada por um auditor. Quando aplicadas a auditorias de 
outra informação financeira histórica devem ser adaptadas às circunstâncias 
conforme necessário. As ISA não tratam das responsabilidades do auditor 
que possam existir na forma de legislação, regulamentação ou outra, por 
exemplo ligadas à oferta de títulos ao público. Tais responsabilidades podem 
diferir das estabelecidas nas ISA. Consequentemente, embora o auditor 
possa considerar certos aspetos das ISA úteis em tais circunstâncias, tem a 
responsabilidade de assegurar o cumprimento de todas as obrigações legais, 
regulamentares ou profissionais relevantes.
Uma Auditoria de Demonstrações Financeiras
3. A finalidade de uma auditoria é aumentar o grau de confiança dos destinatários 
das demonstrações financeiras. Isto é conseguido pela expressão de uma 
opinião do auditor sobre se as demonstrações financeiras estão preparadas, em 
todos os aspetos materiais, de acordo com um referencial de relato financeiro 
aplicável. Na maioria dos referenciais com finalidade geral, essa opinião 
incide sobre se as demonstrações financeiras estão apresentadas de forma 
apropriada, em todos os aspetos materiais, ou dão uma imagem verdadeira e 
apropriada de acordo com o referencial. Uma auditoria conduzida de acordo 
com as ISA e os requisitos éticos relevantes permite ao auditor formar essa 
opinião. (Ref: Parágrafo A1) 
4. As demonstrações financeiras sujeitas a auditoria são as da entidade, 
preparadas pela respetiva gerência com a supervisão dos encarregados 
da governação. As ISA não impõem responsabilidades à gerência ou aos 
encarregados da governação e não se sobrepõem às leis e regulamentos 
que regem essas responsabilidades. Porém, uma auditoria de acordo com 
as ISA é conduzida na premissa de que a gerência e, quando apropriado, 
os encarregados da governação reconheceram certas responsabilidades 
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
fundamentais para a condução da auditoria. A auditoria de demonstrações 
financeiras não liberta a gerência ou os encarregados da governação das suas 
responsabilidades. (Ref: Parágrafos A2-A11)
5. Como base para a opinião do auditor, as ISA exigem que ele obtenha garantia 
razoável de fiabilidade sobre se as demonstrações financeiras como um todo 
estão isentas de distorções materiais, quer devido a fraude quer a erro. A 
garantia razoável de fiabilidade é um nível elevado de garantia. É conseguida 
quando o auditor tiver obtido prova de auditoria suficiente e apropriada para 
reduzir o risco de auditoria (i.e., o risco de o auditor expressar uma opinião 
não apropriada quando as demonstrações financeiras estão materialmente 
distorcidas) para um nível aceitavelmente baixo. Porém, a garantia razoável 
de fiabilidade não é uma garantia de fiabilidade absoluta, porque uma 
auditoria tem limitações inerentes que resultam de a maior parte da prova 
de auditoria de que o auditor extrai as suas conclusões e em que baseia a sua 
opinião ser persuasiva e não conclusiva. (Ref: Parágrafos A28-A52)
6. O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor tanto no planeamento 
como na execução da auditoria e na avaliação do efeito de distorções 
identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas, se existirem, nas 
demonstrações financeiras.1 Em geral, as distorções, incluindo omissões, 
são consideradas materiais se, individualmente ou em agregado, se puder 
razoavelmente supor que influenciem as decisões económicas tomadas pelos 
utentes com base nas demonstrações financeiras. Os julgamentos acerca da 
materialidade são feitos à luz das circunstâncias em presença e são afetados 
pela perceção do auditor no que respeita às necessidades de informação 
financeira dos utentes das demonstrações financeiras e pela dimensão ou 
natureza de uma distorção, ou por uma combinação de ambas. A opinião do 
auditor diz respeito às demonstrações financeiras como um todo, pelo que o 
auditor não é responsável pela deteção de distorções que não sejam materiais 
para as demonstrações financeiras como um todo. 
7. As ISA contêm objetivos, requisitos, material de aplicação e outro material 
explicativo concebidos para apoiar o auditor na obtenção de garantia razoável 
de fiabilidade. As ISA exigem que o auditor exerça julgamento profissional 
e mantenha ceticismo profissional durante o planeamento e a execução da 
auditoria e, entre outras coisas: 
•	 Identifique e avalie os riscos de distorção material, quer devido a 
fraude quer a erro, com base no conhecimento da entidade e do seu 
ambiente, incluindo o seu controlo interno.
1 ISA 320, Materialidade no Planeamento e na Execução de uma Auditoria e ISA 450, Avaliação de 
Distorções Identificadas durante a Auditoria
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
•	 Obtenha prova de auditoria suficiente e apropriada sobre se existem 
distorções materiais, por meio da conceção e implementação de 
respostas apropriadas aos riscos avaliados. 
•	 Forme uma opinião sobre as demonstrações financeiras, baseada nas 
conclusões extraídas da prova de auditoria obtida. 
8. A forma de opinião expressa pelo auditor depende do referencial de relato 
financeiro aplicável e de qualquer lei ou regulamento aplicável. (Ref: 
Parágrafos A12-A13)
9. O auditor pode também ter outras responsabilidades de comunicação e 
relato para com utentes, gerência, encarregados da governação, ou terceiros 
externos à entidade, em relação a matérias decorrentes da auditoria. 
Essas responsabilidades podem ser estabelecidas pelas ISA ou por lei ou 
regulamento aplicável.2 
Data de Entrada em Vigor
10. Esta ISA é aplicável a auditorias de demonstrações financeiras de períodos 
com início em ou após 15 de dezembro de 2009.
Objetivos Gerais do Auditor 
11. Ao conduzir uma auditoria de demonstrações financeiras, os objetivos gerais 
do auditor são: 
(a) Obter garantia razoável de fiabilidade sobre se as demonstrações 
financeiras como um todo estão isentas de distorção material, devido a 
fraude ou a erro, habilitando assim o auditor a expressar uma opinião 
sobre se as demonstrações financeiras foram preparadas, em todos os 
aspetos materiais, de acordo com um referencial de relato financeiro 
aplicável; e 
(b) Relatar sobre as demonstrações financeiras, e comunicar conforme 
exigido pelas ISA, de acordo com as conclusões a que chegar. 
12. Em todos os casos em que não possa ser obtida garantia razoável de fiabilidade 
e uma opinião com reservas é insuficiente nas circunstâncias para fins de 
relato aos utentes, as ISA exigem que o auditor emita uma escusa de opinião 
ourenuncie ao (ou se demita do)3 trabalho, quando a renúncia é possível nos 
termos da lei ou regulamento aplicável. 
2 Ver, por exemplo, a ISA 260, Comunicação com os Encarregados da Governação e o parágrafo 43 
da ISA 240, As Responsabilidades do Auditor Relativas a Fraude numa Auditoria de Demonstrações 
Financeiras.
3 Nas ISA, só é usado o termo “renúncia”.
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
Definições
13. Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes definições: 
(a) Auditor – O termo “auditor” é usado para referir a pessoa ou pessoas 
que conduzem a auditoria, geralmente o sócio responsável pelo 
trabalho ou outros membros da equipa de trabalho ou, como aplicável, 
a firma. Quando uma ISA se destina expressamente a que um requisito 
ou responsabilidade seja satisfeito pelo sócio responsável pelo 
trabalho, usa-se a expressão “sócio responsável pelo trabalho”, em vez 
de “auditor”. “Sócio responsável pelo trabalho” e “firma” devem ser 
lidos como se referindo aos seus termos equivalentes do setor público, 
quando relevante.
(b) Ceticismo profissional – Atitude que inclui uma mente interrogativa, 
alerta para condições que possam indicar uma possível distorção 
devido a erro ou a fraude, e uma apreciação crítica da prova. 
(c) Demonstrações financeiras – Uma representação estruturada da 
informação financeira histórica, incluindo divulgações, destinada a 
comunicar os recursos económicos ou as obrigações de uma entidade 
numa determinada data ou as alterações neles ocorridos durante um 
período de tempo de acordo com um referencial de relato financeiro. O 
termo “demonstrações financeiras” refere-se geralmente a um conjunto 
completo de demonstrações financeiras conforme determinado pelos 
requisitos do referencial de relato financeiro aplicável, mas também 
se pode referir a uma única demonstração financeira. As divulgações 
compreendem informação descritiva ou explicativa preparada de acordo 
com o que é exigido ou expressamente permitido pelo referencial de 
relato financeiro aplicável, seja na face das demonstrações financeiras, 
seja através de notas, seja ainda através da incorporação de referência 
cruzada. (Ref: Parágrafos A1-A1a)
 (d) Distorção – Uma diferença entre a quantia, classificação, apresentação, 
ou divulgação de um item relatado nas demonstrações financeiras e a 
quantia, classificação, apresentação, ou divulgação que é exigida para 
o item ficar de acordo com o referencial de relato financeiro aplicável. 
As distorções podem decorrer de fraude ou de erro. 
Quando o auditor expressa uma opinião sobre se as demonstrações 
financeiras estão apresentadas de forma apropriada, em todos os 
aspetos materiais, ou dão uma imagem verdadeira e apropriada, as 
distorções também incluem os ajustamentos de quantias, classificações, 
apresentação ou divulgações que, no seu julgamento, sejam necessários 
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
para que as demonstrações financeiras estejam apresentadas de forma 
apropriada, em todos os aspetos materiais, ou deem uma imagem 
verdadeira e apropriada. 
(e) Encarregados da governação – A(s) pessoa(s) ou organização(ões) 
(por exemplo, um trustee empresarial) com responsabilidade pela 
supervisão da direção estratégica da entidade e pelas obrigações 
relacionadas com a responsabilidade da entidade em prestar contas 
pelos seus atos. Tal inclui a supervisão do processo de relato financeiro. 
Para algumas entidades em algumas jurisdições, os encarregados da 
governação podem incluir pessoal da gerência como, por exemplo, 
membros executivos de um órgão de gestão de uma entidade do setor 
privado ou público ou um sócio-gerente. 
(f) Garantia razoável de fiabilidade – No contexto de uma auditoria de 
demonstrações financeiras, um nível de garantia elevado, mas não 
absoluto. 
(g) Gerência – A(s) pessoa(s) com responsabilidade executiva pela 
condução das operações da entidade. Para algumas entidades em 
algumas jurisdições, a gerência inclui alguns ou todos os encarregados 
da governação, como por exemplo membros executivos de um órgão 
de gestão ou um sócio-gerente.
(h) Informação financeira histórica – Informação expressa em termos 
financeiros em relação a uma dada entidade, derivada principalmente 
do sistema contabilístico dessa entidade, sobre acontecimentos 
económicos que ocorreram em períodos de tempo passados ou sobre 
condições ou circunstâncias em determinadas datas no passado.
(i) Julgamento profissional – A aplicação de formação, conhecimento 
e experiência relevantes, no contexto das normas de auditoria, de 
contabilidade e éticas, para tomar decisões com fundamento acerca das 
linhas de ação apropriadas nas circunstâncias do trabalho de auditoria. 
(j) Premissa, relacionada com as responsabilidades da gerência e, quando 
apropriado, dos encarregados da governação, em que assenta a condução 
de uma auditoria – O facto de que a gerência e, quando apropriado, os 
encarregados da governação reconhecem e compreendem que têm as 
seguintes responsabilidades, fundamentais para a condução de uma 
auditoria de acordo com as ISA. Isto é, responsabilidade:
(i) Pela preparação das demonstrações financeiras de acordo com 
o referencial de relato financeiro aplicável, incluindo, quando 
relevante, a sua apresentação apropriada; 
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
(ii) Pelo controlo interno que a gerência e, quando apropriado, os 
encarregados da governação, determinem ser necessário para 
possibilitar a preparação de demonstrações financeiras isentas 
de distorção material devido a fraude ou a erro; e
(iii) Por proporcionar ao auditor:
a. Acesso a toda a informação de que a gerência e, quando 
apropriado, os encarregados da governação tenham 
conhecimento e que seja relevante para a preparação das 
demonstrações financeiras, tal como registos, documentação 
ou outras matérias;
b. Informação adicional que o auditor possa pedir à gerência 
e, quando apropriado, aos encarregados da governação para 
efeitos da auditoria; e
c. Acesso sem restrições às pessoas da entidade de entre as 
quais o auditor determina que é necessário obter prova de 
auditoria.
No caso de um referencial de apresentação apropriada, a alínea (i) 
acima pode ser reexpressa como “pela preparação e apresentação 
apropriada das demonstrações financeiras de acordo com o referencial 
de relato financeiro” ou “pela preparação de demonstrações financeiras 
que deem uma imagem verdadeira e apropriada de acordo com o 
referencial de relato financeiro”. 
A “premissa relacionada com as responsabilidades da gerência e, 
quando apropriado, dos encarregados da governação, em que assenta 
a condução de uma auditoria” pode também ser referida apenas como 
a “premissa”.
(k) Prova de auditoria – Informação usada pelo auditor para chegar às 
conclusões sobre as quais se baseia a sua opinião. A prova de auditoria 
inclui não só a informação contida nos registos contabilísticos 
subjacentes às demonstrações financeiras mas também outras 
informações. Para efeito das ISA:
(i) Suficiência da prova de auditoria é a medida da quantidade da 
prova de auditoria. A quantidade da prova de auditoria necessária 
é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção 
material e também pela qualidade de tal prova de auditoria.
(ii) Apropriação da prova de auditoria é a medida da qualidade da 
prova de auditoria, isto é, a sua relevância e a sua fiabilidade em 
apoio das conclusões nas quais se baseia a opinião do auditor. 
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
(l) Referencial de relato financeiro aplicável – Referencial de relato 
financeiroadotado pela gerência e, quando apropriado, pelos 
encarregados da governação na preparação das demonstrações 
financeiras, que seja aceitável tendo em vista a natureza da entidade e 
o objetivo das demonstrações financeiras, ou que seja exigido por lei 
ou regulamento. 
A expressão “referencial de apresentação apropriada” é usada para 
referir um referencial de relato financeiro que exige o cumprimento 
dos seus próprios requisitos e que: 
(i) Reconhece explícita ou implicitamente que, para conseguir uma 
apresentação apropriada das demonstrações financeiras, pode 
ser necessário que a gerência faça divulgações para além das 
especificamente exigidas pelo referencial; ou
(ii) Reconhece explicitamente que pode ser necessário que a gerência 
não aplique um requisito do referencial para conseguir uma 
apresentação apropriada das demonstrações financeiras. Espera-
se que estas situações só sejam necessárias em circunstâncias 
extremamente raras.
A expressão “referencial de cumprimento” é usada para referir um 
referencial de relato financeiro que exige o cumprimento dos seus 
próprios requisitos mas não contém os reconhecimentos de (i) ou (ii) 
acima.
(m) Risco de auditoria – Risco de o auditor expressar uma opinião de 
auditoria inapropriada quando as demonstrações financeiras estão 
materialmente distorcidas. O risco de auditoria é função dos riscos de 
distorção material e do risco de deteção. 
(n) Risco de deteção – O risco de que os procedimentos executados pelo 
auditor para reduzir o risco de auditoria para um nível aceitavelmente 
baixo não detetem uma distorção que existe e que possa ser material, 
quer individualmente quer quando agregada a outras distorções. 
(o) Risco de distorção material – O risco de as demonstrações financeiras 
estarem materialmente distorcidas anteriormente à auditoria, o qual 
consiste de dois componentes, descritos como segue ao nível de 
asserção:
(i) Risco inerente – A suscetibilidade de uma asserção relativa a 
uma classe de transações, saldo de conta ou divulgação a uma 
distorção que possa ser material, individualmente ou agregada 
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
com outras distorções, antes da consideração de quaisquer 
controlos relacionados.
(ii) Risco de controlo – O risco de que a ocorrência de uma distorção 
relativa a uma classe de transações, saldo de conta ou divulgação 
e que possa ser material, individualmente ou agregada com 
outras distorções, não seja evitada ou detetada e corrigida em 
tempo oportuno pelo controlo interno da entidade.
Requisitos
Requisitos Éticos Relativos a uma Auditoria de Demonstrações Financeiras
14. O auditor deve cumprir os requisitos éticos relevantes, incluindo os que 
digam respeito à independência, com relação a trabalhos de auditoria de 
demonstrações financeiras. (Ref: Parágrafos A14-A17)
Ceticismo Profissional
15. O auditor deve planear e executar uma auditoria com ceticismo profissional, 
reconhecendo que podem existir circunstâncias que originaram que as 
demonstrações financeiras estejam materialmente distorcidas. (Ref: 
Parágrafos A18-A22) 
Julgamento Profissional
16. O auditor deve exercer julgamento profissional ao planear e executar uma 
auditoria de demonstrações financeiras. (Ref: Parágrafos A23-A27) 
Prova de Auditoria Suficiente e Apropriada e Risco de Auditoria
17. Para obter garantia razoável de fiabilidade, o auditor deve obter prova de 
auditoria suficiente e apropriada para reduzir o risco de auditoria para um 
nível aceitavelmente baixo e, assim, permitir ao auditor extrair conclusões 
razoáveis que sirvam de base para a sua opinião. (Ref: Parágrafos A28-A52)
Condução de uma Auditoria de Acordo com as ISA
Cumprimento das ISA Relevantes para a Auditoria
18. O auditor deve cumprir todas as ISA relevantes para a auditoria. Uma ISA 
é relevante para a auditoria quando está em vigor e as circunstâncias nela 
consideradas se verificam. (Ref: Parágrafos A53-A57)
19. O auditor deve compreender todo o texto de uma ISA, incluindo o seu material 
de aplicação e outro material explicativo, para entender os seus objetivos e 
aplicar de forma apropriada os seus requisitos. (Ref: Parágrafos A58-A66)
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
20. O auditor não deve declarar o cumprimento das ISA no seu relatório a não 
ser que tenha cumprido os requisitos desta ISA e de todas as outras ISA 
relevantes para a auditoria.
Objetivos Expostos em ISA Individuais
21. Para atingir os seus objetivos globais, o auditor deve usar os objetivos expostos 
nas ISA relevantes ao planear e executar a auditoria, tendo em atenção os 
inter-relacionamentos entre as ISA, para: (Ref: Parágrafos A67-A69) 
(a) Determinar se quaisquer procedimentos de auditoria além dos exigidos 
pelas ISA são necessários para prosseguir os objetivos expostos nas 
ISA; e (Ref: Parágrafo A70) 
(b) Verificar se foi obtida prova de auditoria suficiente e apropriada. (Ref: 
Parágrafo A71) 
Cumprimento dos Requisitos Relevantes
22. Sem prejuízo do parágrafo 23, o auditor deve cumprir todos os requisitos de 
uma ISA, salvo se, nas circunstâncias da auditoria: 
(a) Toda a ISA não é relevante; ou 
(b) O requisito não é relevante porque é condicional e a condição não 
existe. (Ref: Parágrafos A72-A73)
23. Em circunstâncias excecionais, o auditor pode julgar necessário não aplicar 
um requisito relevante de uma ISA. Nessas circunstâncias, o auditor deve 
executar procedimentos de auditoria alternativos para alcançar o objetivo 
desse requisito. Espera-se que a necessidade de um auditor não aplicar um 
requisito relevante só ocorra quando o requisito é relativo a um procedimento 
específico a ser executado e, nas circunstâncias específicas da auditoria, 
esse procedimento seria ineficaz para atingir o objetivo do requisito. (Ref: 
Parágrafo A74)
Não Consecução de um Objetivo 
24. Se um objetivo de uma ISA relevante não puder ser atingido, o auditor 
deve avaliar se isso o impede de atingir os objetivos gerais do auditor e, 
por conseguinte, exige que, de acordo com as ISA, modifique a sua opinião 
ou renuncie ao trabalho (quando a renúncia for possível segundo lei ou 
regulamento aplicável). A não consecução de um objetivo representa uma 
matéria significativa, que exige documentação de acordo com a ISA 230.4 
(Ref: Parágrafos A75–A76) 
4 ISA 230, Documentação de Auditoria, parágrafo 8(c)
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
***
Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Uma Auditoria de Demonstrações Financeiras
A1. Alguns referenciais de relato financeiro podem referir-se a recursos 
económicos ou obrigações de uma entidade com outros termos. Por exemplo, 
podem ser referidos como ativos e passivos de uma entidade e a diferença 
entre eles como o capital próprio.
A1a. A informação descritiva ou explicativa exigida incluir pelo referencial de 
relato financeiro aplicável pode ser incorporada através de referência cruzada 
para outros documentos, tais como um relatório de gestão ou um relatório 
de risco. Incorporar através de referência cruzada significa fazer a referência 
das demonstrações financeiras para outros documentos, mas não de outros 
documentos para as demonstrações financeiras. Quando o referencial de relato 
financeiro aplicável não proibir expressamente onde se indicar a referência 
cruzada, e a informação está apropriadamente referenciada, tal informação 
passa a fazer parte das demonstrações financeiras.
Âmbito da Auditoria (Ref: Parágrafo 3)
A1b. A opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras aborda a questão 
de as demonstrações financeiras estarem ou não preparadas, em todos os 
aspetos materiais, de acordo com o referencial de relato financeiro aplicável. 
Tal opinião é comuma todas as auditorias de demonstrações financeiras. 
Assim, a opinião do auditor não assegura, por exemplo, a viabilidade futura 
da entidade nem a eficiência ou eficácia com que a gerência conduziu os 
negócios da entidade. Em algumas jurisdições, porém, a lei ou regulamento 
aplicável pode exigir que os auditores deem opiniões sobre outras matérias 
específicas, tais como a eficácia do controlo interno ou a consistência de 
um relatório da gerência com as demonstrações financeiras. Embora as 
ISA incluam requisitos e orientação em relação a tais matérias na medida 
em que são relevantes para formar uma opinião sobre as demonstrações 
financeiras, é exigido ao auditor que execute trabalho adicional caso tenha 
responsabilidades adicionais para emitir tais opiniões.
Preparação das Demonstrações Financeiras (Ref: Parágrafo 4) 
A2. A lei ou regulamento pode estabelecer as responsabilidades da gerência e, 
quando apropriado, dos encarregados da governação em relação ao relato 
financeiro. Porém, a extensão destas responsabilidades, ou a maneira como 
são descritas, pode diferir de uma jurisdição para outra. Apesar destas 
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
diferenças, uma auditoria de acordo com as ISA é conduzida na premissa 
de que a gerência e, quando apropriado, os encarregados da governação 
reconheceram e compreenderam que têm responsabilidade: 
(a) Pela preparação das demonstrações financeiras de acordo com o 
referencial de relato financeiro aplicável, incluindo, quando relevante, a 
sua apresentação apropriada; 
(b) Pelo controlo interno que a gerência e, quando apropriado, os encarregados 
da governação, determinam ser necessário para possibilitar a preparação 
de demonstrações financeiras isentas de distorção material devido a fraude 
ou a erro; e
(c) Por proporcionar ao auditor: 
(i) Acesso a toda a informação de que a gerência e, quando apropriado, 
os encarregados da governação tenham conhecimento e que seja 
relevante para a preparação das demonstrações financeiras, tais 
como registos, documentação e outras matérias;
(ii) Informação adicional que o auditor possa pedir à gerência e, 
quando apropriado, aos encarregados da governação para efeitos 
da auditoria; e
(iii) Acesso sem restrições às pessoas da entidade das quais o auditor 
determina que é necessário obter prova de auditoria.
A3. A preparação das demonstrações financeiras pela gerência e, quando 
apropriado, pelos encarregados da governação exige: 
•	 A identificação do referencial de relato financeiro aplicável, no 
contexto de quaisquer leis ou regulamentos relevantes. 
•	 A preparação das demonstrações financeiras de acordo com esse 
referencial.
•	 A inclusão de uma descrição adequada desse referencial nas 
demonstrações financeiras. 
A preparação das demonstrações financeiras exige que a gerência exerça 
julgamento ao efetuar estimativas contabilísticas que sejam razoáveis nas 
circunstâncias e que selecione e aplique políticas contabilísticas apropriadas. 
Estes julgamentos são feitos no contexto do referencial de relato financeiro 
aplicável. 
A4. As demonstrações financeiras podem ser preparadas de acordo com um 
referencial de relato financeiro concebido para satisfazer: 
•	 As necessidades comuns de informação de um conjunto alargado de 
utentes (i.e., “demonstrações financeiras com finalidade geral”); ou 
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
•	 As necessidades de informação financeira de utentes específicos (i.e., 
“demonstrações financeiras com finalidade especial”).
A5. O referencial de relato financeiro aplicável compreende geralmente normas de 
relato financeiro estabelecidas por uma organização autorizada ou reconhecida 
de emissão de normas ou requisitos exigidos por lei ou regulamentos. 
Em alguns casos, o referencial de relato financeiro pode abranger não só 
normas de relato financeiro estabelecidas por uma organização autorizada 
ou reconhecida de emissão de normas, mas também normas exigidas por lei 
ou regulamentos. Outras fontes podem proporcionar orientação na aplicação 
do referencial de relato financeiro aplicável. Em alguns casos, o referencial 
de relato financeiro aplicável pode abranger estas fontes, ou pode mesmo 
consistir apenas de tais fontes. Estas outras fontes podem incluir:
•	 O ambiente legal e ético, incluindo estatutos, regulamentos, decisões 
judiciais e obrigações éticas profissionais relativas a matérias 
contabilísticas;
•	 Interpretações contabilísticas publicadas de autoridade diversa, 
emitidas por organizações emissoras de normas, organizações 
profissionais ou entidades reguladoras;
•	 Opiniões publicadas de autoridade diversa sobre assuntos emergentes 
de contabilidade provenientes de organizações emissoras de normas, 
organizações profissionais ou entidades reguladoras;
•	 Práticas gerais e setoriais amplamente reconhecidas e predominantes; 
e
•	 Literatura contabilística.
 Quando existirem conflitos entre o referencial de relato financeiro e as fontes 
de onde pode ser obtida orientação para a sua aplicação, ou entre as fontes 
que compreendem o referencial de relato financeiro, prevalece a fonte com a 
mais alta autoridade.
A6. Os requisitos do referencial de relato financeiro aplicável determinam a 
forma e o conteúdo das demonstrações financeiras. Embora o referencial 
possa não especificar como contabilizar ou divulgar todas as transações ou 
acontecimentos, geralmente incorpora princípios suficientemente vastos 
que podem servir de base para o desenvolvimento e aplicação de políticas 
contabilísticas consistentes com os conceitos subjacentes aos requisitos do 
referencial.
A7. Alguns referenciais de relato financeiro são referenciais de apresentação 
apropriada, enquanto outros são referenciais de cumprimento. Os referenciais 
de relato financeiro que abrangem principalmente as normas de relato 
financeiro estabelecidas por uma organização autorizada ou reconhecida para 
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
promulgar normas a utilizar por entidades na preparação de demonstrações 
financeiras com finalidade geral são muitas vezes concebidos para garantir 
uma apresentação apropriada, como acontece por exemplo com as Normas 
Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) emitidas pelo International 
Accounting Standards Board (IASB).
A8. Os requisitos do referencial de relato financeiro aplicável também determinam 
o que constitui um conjunto completo de demonstrações financeiras. Para 
alguns referenciais de relato financeiro, as demonstrações financeiras destinam-
se a proporcionar informação acerca da posição financeira, desempenho 
financeiro e fluxos de caixa de uma entidade. Para estes referenciais, um 
conjunto completo incluiria um balanço, uma demonstração dos resultados, 
uma demonstração de alterações no capital próprio, uma demonstração dos 
fluxos de caixa e as respetivas notas. Para outros referenciais, uma única 
demonstração financeira e as respetivas notas podem constituir um conjunto 
completo de demonstrações financeiras: 
•	 Por exemplo, a Norma Internacional de Contabilidade do Setor Público 
(IPSAS), Relato Financeiro Segundo o Regime de Contabilidade de 
Caixa, emitida pelo International Accounting Public Sector Standards 
Board, dispõe que a principal demonstração financeira é uma 
demonstração de recebimentos e pagamentos de caixa quando uma 
entidade do setor público prepara as suas demonstrações financeiras de 
acordo com essa IPSAS.
•	 Outros exemplos de uma única demonstração financeira, cada uma das 
quais incluiria as respetivas notas, são: 
○ Balanço.
○ Demonstração dos resultados ou demonstração de atividades.
○ Demonstração de resultados transitados.
○ Demonstraçãode fluxos de caixa.
○ Demonstração de ativos e passivos que não inclui o capital 
próprio dos proprietários.
○ Demonstração de alterações no capital próprio dos proprietários.
○ Demonstração de réditos e de gastos.
○ Demonstração de atividades por linhas de produtos.
A9. A ISA 210 estabelece requisitos e dá orientação sobre a determinação da 
aceitabilidade do referencial de relato financeiro aplicável.5 A ISA 800 aborda 
5 ISA 210, Acordar os Termos de Trabalhos de Auditoria, parágrafo 6(a)
96ISA 200
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
considerações especiais quando as demonstrações financeiras são preparadas 
de acordo com um referencial com finalidade especial.6 
A10. Devido à importância da premissa para a condução de uma auditoria, exige-
se que o auditor obtenha o acordo da gerência e, quando apropriado, dos 
encarregados da governação de que reconhecem e compreendem que têm 
as responsabilidades estabelecidas no parágrafo A2, como pré-condição para 
aceitar o trabalho de auditoria.7 
Considerações Específicas para Auditorias no Setor Público
A11. Os mandatos para auditorias das demonstrações financeiras de entidades 
do setor público podem ser mais vastos que os de outras entidades. 
Consequentemente, a premissa relativa às responsabilidades da gerência, sobre 
a qual assenta a condução de uma auditoria das demonstrações financeiras de 
uma entidade do setor público, pode incluir responsabilidades adicionais, tal 
como a responsabilidade pela execução de transações e acontecimentos de 
acordo com a lei, regulamento ou outra autoridade.8
Forma da Opinião do Auditor (Ref: Parágrafo 8)
A12. A opinião expressa pelo auditor é sobre se as demonstrações financeiras estão 
preparadas, em todos os aspetos materiais, de acordo com o referencial de 
relato financeiro aplicável. A forma da opinião do auditor dependerá, porém, 
do referencial de relato financeiro aplicável e de qualquer lei ou regulamento 
aplicável. A maior parte dos referenciais de relato financeiro inclui requisitos 
relativos à apresentação das demonstrações financeiras; para tais referenciais, 
a preparação das demonstrações financeiras de acordo com o referencial de 
relato financeiro aplicável inclui a apresentação. 
A13. Quando o referencial de relato financeiro aplicável é um referencial de 
apresentação apropriada, como é geralmente o caso das demonstrações 
financeiras com finalidade geral, a opinião exigida pelas ISA é sobre se as 
demonstrações financeiras estão apresentadas de forma apropriada, em 
todos os aspetos materiais, ou dão uma imagem verdadeira e apropriada. 
Quando o referencial de relato financeiro aplicável é um referencial de 
cumprimento, a opinião exigida é sobre se as demonstrações financeiras estão 
preparadas, em todos os aspetos materiais, de acordo com o referencial. Salvo 
se especificamente declarado de forma diferente, as referências nas ISA à 
opinião do auditor cobrem ambas as formas de opinião. 
6 ISA 800, Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Financeiras Preparadas de 
Acordo com Referenciais com Finalidade Especial, parágrafo 8
7 ISA 210, parágrafo 6(b)
8 See paragraph A57.
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
Requisitos Éticos Relativos a uma Auditoria de Demonstrações Financeiras 
(Ref: Parágrafo 14)
A14. O auditor está sujeito a requisitos éticos relevantes, incluindo os que 
dizem respeito à independência, em relação aos trabalhos de auditoria de 
demonstrações financeiras. Os requisitos éticos relevantes compreendem 
geralmente as Partes A e B do Código de Ética dos Profissionais de 
Contabilidade e Auditoria (o Código do IESBA) emitido pelo International 
Ethics Standard Board for Accountants relativos a uma auditoria de 
demonstrações financeiras, juntamente com os requisitos nacionais que sejam 
mais restritivos.
A15. A Parte A do Código do IESBA estabelece os princípios fundamentais de ética 
profissional relevantes para o auditor ao conduzir uma auditoria de demonstrações 
financeiras e proporciona uma estrutura conceptual para aplicar esses princípios. 
Os princípios fundamentais que o Código do IESBA exige que o auditor cumpra 
são:
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional; 
(d) Confidencialidade; e 
(e) Comportamento profissional. 
A Parte B do Código do IESBA ilustra como o referencial deve ser aplicado 
em situações específicas. 
A16. No caso de um trabalho de auditoria, é do interesse público e, por conseguinte, 
exigido pelo Código do IESBA, que o auditor seja independente da entidade 
sujeita a auditoria. O Código do IESBA descreve a independência como 
compreendendo não só a independência da mente como a independência na 
aparência. A independência do auditor em relação à entidade salvaguarda a 
sua capacidade para formar uma opinião de auditoria sem ser afetado por 
influências que possam comprometer essa opinião. A independência aumenta 
a capacidade do auditor para agir com integridade, ser objetivo e manter uma 
atitude de ceticismo profissional. 
A17. A Norma Internacional de Controlo de Qualidade (ISQC) 1,9 ou os requisitos 
nacionais que sejam pelo menos tão exigentes,10 trata das responsabilidades 
9 ISQC 1, Controlo de Qualidade para Firmas que Executem Auditorias e Revisões de Demonstrações 
Financeiras, e Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e Serviços Relacionados
10 ISA 220, Controlo de Qualidade para uma Auditoria de Demonstrações Financeiras, parágrafo 2
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
da firma em estabelecer e manter o seu sistema de controlo de qualidade para 
trabalhos de auditoria. A ISQC 1 estabelece as responsabilidades da firma em 
estabelecer políticas e procedimentos concebidos para lhe proporcionarem 
garantia razoável de fiabilidade de que a firma e o seu pessoal cumprem os 
requisitos éticos relevantes, incluindo os que dizem respeito à independência.11 
A ISA 220 estabelece as responsabilidades do sócio responsável pelo trabalho 
no que respeita aos requisitos éticos relevantes. Estas incluem permanecer 
alerta, por meio da observação e das indagações necessárias, para ter 
evidência de incumprimento de requisitos éticos relevantes por membros da 
equipa do trabalho, determinar a ação apropriada se tomar conhecimento de 
matérias que indiquem que membros da equipa de trabalho não cumpriram 
requisitos éticos relevantes e formar uma conclusão sobre o cumprimento dos 
requisitos de independência que se apliquem ao trabalho de auditoria.12 A ISA 
220 reconhece que a equipa de trabalho tem o direito de confiar no sistema de 
controlo de qualidade da firma para satisfazer as suas responsabilidades com 
respeito a procedimentos de controlo de qualidade aplicáveis ao trabalho de 
auditoria individual, a menos que a informação prestada pela firma ou outras 
partes sugira o contrário. 
Ceticismo Profissional (Ref: Parágrafo 15)
A18. O ceticismo profissional inclui estar alerta para, por exemplo:
•	 Prova de auditoria que contradiga outra prova de auditoria obtida.
•	 Informação que ponha em causa a fiabilidade de documentos e de 
respostas a indagações a serem usados como prova de auditoria.
•	 Condições que indiquem possível fraude.
•	 Circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de 
auditoria adicionais, para além dos exigidos pelas ISA. 
A19. É necessário manter o ceticismo profissional durante toda a auditoria se o 
auditor quiser, por exemplo, reduzir os riscos de: 
•	 Não dar conta de circunstâncias não usuais.
•	 Generalizar em excesso quando extrai conclusões de observações de 
auditoria.
•	 Usar pressupostos não apropriados ao determinar a natureza, 
oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar 
os respetivosresultados. 
11 ISQC 1, parágrafos 20–25
12 ISA 220, parágrafos 9–12
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
A20. O ceticismo profissional é necessário para a avaliação crítica da prova de 
auditoria. Isto inclui questionar as provas de auditoria contraditórias e a 
fiabilidade de documentos e respostas a indagações e de outras informações 
obtidas da gerência e dos encarregados da governação. Também inclui a 
consideração da suficiência e apropriação da prova de auditoria obtida à luz 
das circunstâncias, como, por exemplo, no caso em que existem fatores de 
risco de fraude e em que um único documento, de uma natureza que seja 
suscetível de fraude, é a única prova de suporte para uma quantia material da 
demonstração financeira. 
A21. O auditor pode aceitar registos e documentos como genuínos, salvo se tiver 
razões para acreditar no contrário. Apesar disso, exige-se que o auditor considere 
a fiabilidade da informação a ser usada como prova de auditoria.13 Em caso de 
dúvida acerca da fiabilidade da informação ou de indicações de possível fraude 
(por exemplo, se houver condições identificadas durante a auditoria que levem o 
auditor a acreditar que um documento pode não ser autêntico ou que os termos 
de um documento podem ter sido falsificados), as ISA exigem que o auditor 
aprofunde a sua investigação e determine que modificações ou adições são 
necessárias aos procedimentos de auditoria para resolver o assunto.14 
A22. Não se espera que o auditor descure a experiência passada da honestidade 
e integridade da gerência da entidade e dos encarregados da governação. 
Apesar disso, a crença de que a gerência e os encarregados da governação 
são honestos e íntegros não liberta o auditor da necessidade de manter 
ceticismo profissional nem permite que o auditor se contente com uma prova 
de auditoria menos persuasiva para obter garantia razoável de fiabilidade. 
Julgamento Profissional (Ref: Parágrafo 16) 
A23. O julgamento profissional é essencial para a adequada condução de uma 
auditoria. Isto porque a interpretação dos requisitos éticos relevantes e das 
ISA e as decisões fundamentadas exigidas durante a auditoria não podem ser 
feitas sem a aplicação de conhecimentos e experiência relevantes aos factos 
e circunstâncias. O julgamento profissional é necessário em particular no que 
respeita a decisões sobre: 
•	 A materialidade e o risco de auditoria.
•	 A natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria 
usados para satisfazer os requisitos das ISA e recolher prova de 
auditoria.
13 ISA 500, Prova de Auditoria, parágrafos 7–9
14 ISA 240, parágrafo 13; ISA 500, parágrafo 11; ISA 505, Confirmações Externas, parágrafos 10–11, e 16
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
•	 A verificação de que foi obtida prova de auditoria suficiente e 
apropriada e da necessidade de fazer mais alguma coisa para atingir os 
objetivos das ISA e, assim, os objetivos gerais do auditor.
•	 A avaliação dos julgamentos efetuados pela gerência na aplicação pela 
entidade do referencial de relato financeiro aplicável.
•	 A elaboração de conclusões baseadas na prova de auditoria obtida, 
como, por exemplo, a avaliação da razoabilidade das estimativas feitas 
pela gerência na preparação das demonstrações financeiras. 
A24. A característica distintiva do julgamento profissional que se espera de um 
auditor é que este é exercido por um auditor cuja formação, conhecimentos e 
experiência contribuíram para desenvolver as competências necessárias para 
chegar a julgamentos razoáveis. 
A25. O exercício de julgamento profissional em qualquer caso particular baseia-se 
nos factos e circunstâncias que sejam conhecidos do auditor. As consultas 
sobre matérias difíceis ou contenciosas no decurso da auditoria, não só dentro 
da equipa de trabalho mas também entre a equipa de trabalho e outros ao 
nível apropriado dentro ou fora da firma, tal como exigido pela ISA 220,15 
ajudam o auditor a fazer julgamentos fundamentados e razoáveis. 
A26. O julgamento profissional pode ser avaliado verificando se reflete uma 
aplicação competente dos princípios de auditoria e de contabilidade e se é 
apropriado à luz dos factos e circunstâncias que eram conhecidos do auditor 
à data do seu relatório e consistente com esses factos e circunstâncias. 
A27. O julgamento profissional deve ser exercido ao longo da auditoria. Também 
deve ser apropriadamente documentado. A este respeito, exige-se que 
o auditor prepare documentação de auditoria suficiente para habilitar 
um auditor experiente, que não tenha prévia ligação com a auditoria, a 
compreender os julgamentos profissionais significativos feitos para atingir as 
conclusões sobre matérias significativas que surgiram durante a auditoria.16 O 
julgamento profissional não deve ser usado como justificação para decisões 
que não sejam suportadas pelos factos e circunstâncias do trabalho ou por 
prova de auditoria suficiente e apropriada. 
15 ISA 220, parágrafo 18
16 ISA 230, parágrafo 8
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
Prova de Auditoria Suficiente e Apropriada e Risco de Auditoria 
(Ref: Parágrafos 5 e 17)
Suficiência e Apropriação da Prova de Auditoria 
A28. A prova de auditoria é necessária para suportar a opinião e o relatório do 
auditor. É por natureza cumulativa e é principalmente obtida a partir de 
procedimentos de auditoria executados no seu decurso. Pode, contudo, incluir 
também informação obtida de outras fontes tais como auditorias anteriores 
(contanto que o auditor determine se ocorreram alterações desde a auditoria 
anterior que possam afetar a sua relevância para a auditoria corrente17) ou os 
procedimentos de controlo de qualidade de uma firma em relação à aceitação 
e continuação do relacionamento com os clientes. Para além de outras fontes 
dentro e fora da entidade, os registos contabilísticos da entidade são uma fonte 
importante de prova de auditoria. A informação que pode ser usada como 
prova de auditoria pode também ter sido preparada por um perito empregado 
da, ou contratado pela, entidade. A prova de auditoria compreende não só 
informação que suporta e corrobora as asserções da gerência, mas também 
qualquer informação que contradiga tais asserções. Adicionalmente, em 
alguns casos, a ausência de informação (por exemplo, a recusa da gerência em 
proporcionar uma declaração que lhe foi pedida) é usada pelo auditor e, por 
isso, também constitui prova de auditoria. A maior parte do trabalho do auditor 
na formação da sua opinião consiste em obter e avaliar prova de auditoria. 
A29. A suficiência e a apropriação da prova de auditoria estão inter-relacionadas. 
A suficiência é a medida da quantidade da prova de auditoria. A quantidade da 
prova de auditoria necessária é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de 
distorção (quanto mais altos os riscos avaliados, mais prova de auditoria será 
provavelmente necessária) e também pela qualidade de tal prova de auditoria 
(quanto mais elevada for a qualidade, menos prova poderá ser necessária). 
A obtenção de mais prova de auditoria pode, contudo, não compensar a sua 
baixa qualidade. 
A30. A apropriação é a medida da qualidade da prova de auditoria, isto é, a sua 
relevância e a sua fiabilidade em proporcionar suporte para as conclusões nas 
quais se baseia a opinião do auditor. A fiabilidade da prova é influenciada pela 
sua fonte e pela sua natureza e depende das circunstâncias específicas em que 
é obtida. 
A31. Se foi obtida prova de auditoria suficiente e apropriada para reduzir o risco 
de auditoria para um nível aceitavelmente baixo e, assim, habilitar o auditor 
17 ISA 315 (Revista), Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material atravésdo Conhecimento da 
Entidade e do Seu Ambiente, parágrafo 9
102ISA 200
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
a tirar conclusões nas quais possa basear a sua opinião, é uma questão de 
julgamento profissional. A ISA 500 e outras ISA relevantes estabelecem 
requisitos adicionais e proporcionam mais orientação aplicável durante a 
auditoria no que diz respeito às considerações do auditor para obter prova de 
auditoria suficiente e apropriada. 
Risco de Auditoria 
A32. O risco de auditoria é função dos riscos de distorção material e do risco de 
deteção. A avaliação dos riscos é baseada em procedimentos de auditoria 
para obter a informação necessária para essa finalidade e na prova obtida no 
decurso da auditoria. A avaliação dos riscos é uma questão de julgamento 
profissional e não é uma questão de capacidade de mensuração precisa.
A33. Para efeito das ISA, o risco de auditoria não inclui o risco de o auditor poder 
expressar uma opinião de que as demonstrações financeiras estão materialmente 
distorcidas quando não o estão. Este risco é geralmente insignificante. Além 
do mais, o risco de auditoria é um termo técnico relacionado com o processo 
de auditoria, não se referindo aos riscos de negócio do auditor, tais como 
perdas proveniente de litígio, publicidade adversa ou outros acontecimentos 
que surjam associados à auditoria de demonstrações financeiras. 
Riscos de Distorção Material
A34. Os riscos de distorção material podem existir a dois níveis: 
•	 Ao nível global das demonstrações financeiras; e
•	 Ao nível de asserção para classes de transações, saldos de contas e 
divulgações. 
A35. Os riscos de distorção material ao nível global das demonstrações financeiras 
referem-se aos riscos de distorção material que se relacionam de forma 
profunda com as demonstrações financeiras como um todo e podem afetar 
muitas asserções. 
A36. Os riscos de distorção material ao nível de asserção são avaliados a fim 
de determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de 
auditoria adicionais necessários para obter prova de auditoria suficiente e 
apropriada. Esta prova habilita o auditor a expressar uma opinião sobre as 
demonstrações financeiras com um nível de risco de auditoria aceitavelmente 
baixo. Os auditores utilizam várias abordagens para cumprir o objetivo de 
avaliar os riscos de distorção material. Por exemplo, o auditor pode fazer uso 
de um modelo que expresse o relacionamento global dos componentes do 
risco de auditoria em termos matemáticos para chegar a um nível aceitável 
de risco de deteção. Alguns auditores acham tal modelo útil quando planeiam 
procedimentos de auditoria.
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
A37. Os riscos de distorção material ao nível de asserção têm dois componentes: 
risco inerente e risco de controlo. O risco inerente e o risco de controlo são 
riscos da entidade e existem independentemente do risco de auditoria das 
demonstrações financeiras. 
A38. O risco inerente é mais elevado para algumas asserções e respetivas classes de 
transações, saldos de contas, e divulgações do que para outras. Por exemplo, 
pode ser mais elevado para cálculos complexos ou para contas que consistam 
de quantias derivadas de estimativas contabilísticas sujeitas a uma incerteza 
significativa de estimação. As circunstâncias externas que dão origem a 
riscos de negócio podem também influenciar o risco inerente. Por exemplo, 
desenvolvimentos tecnológicos podem tornar um dado produto obsoleto, 
fazendo com que os inventários fiquem mais suscetíveis a sobrevalorização. 
Certos fatores da entidade e do seu ambiente que se relacionam com várias 
ou todas as classes de transações, saldos de contas ou divulgações podem 
também influenciar o risco inerente a uma asserção específica. Tais fatores 
podem incluir, por exemplo, uma insuficiência de fundo de maneio para 
continuar as operações ou uma indústria em declínio, caracterizada por um 
grande número de falências.
A39. O risco de controlo é função da eficácia da conceção, implementação e 
manutenção do controlo interno aplicado pela gerência para tratar os riscos 
identificados que ameacem a consecução dos objetivos da entidade relevantes 
para a preparação das respetivas demonstrações financeiras. Devido às suas 
limitações inerentes, porém, o controlo interno, não importa se bem ou mal 
concebido e operado, só pode reduzir, mas não eliminar, os riscos de distorção 
material. Estas limitações incluem, por exemplo, a possibilidade de erros ou 
falhas humanas ou de os controlos serem evitados por via de conluio ou por 
derrogação não apropriada da gerência. Consequentemente, existirá sempre 
algum risco de controlo. As ISA proporcionam as condições pelas quais se 
exige que o auditor teste, ou possa escolher testar, a eficácia operacional 
dos controlos na determinação da natureza, oportunidade e extensão dos 
procedimentos substantivos a executar.18
A40. As ISA não se referem geralmente ao risco inerente e ao risco de controlo 
separadamente, mas antes a uma avaliação combinada dos “riscos de 
distorção material”. Porém, o auditor pode fazer avaliações separadas ou 
combinadas do risco inerente e de controlo, em função das técnicas ou 
metodologias de auditoria preferidas e de considerações práticas. A avaliação 
dos riscos de distorção material pode ser expressa em termos quantitativos, 
18 ISA 330, As Respostas do Auditor a Riscos Avaliados, parágrafos 7–17
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
como percentagens, ou em termos não quantitativos. Em qualquer caso, a 
necessidade de o auditor proceder a avaliações apropriadas do risco é mais 
importante do que as diferentes abordagens pelas quais essas avaliações 
podem ser feitas.
A41. A ISA 315 estabelece os requisitos e proporciona orientação na identificação 
e avaliação dos riscos de distorção material ao nível das demonstrações 
financeiras e ao nível da asserção.
Risco de Deteção
A42. Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de deteção 
é inversamente proporcional aos riscos avaliados de distorção material ao 
nível da asserção. Por exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção 
material que o auditor crê existirem, menor é o risco de deteção que deve ser 
aceite e, consequentemente, mais persuasiva deverá ser a prova de auditoria 
exigida pelo auditor. 
A43. O risco de deteção relaciona-se com a natureza, oportunidade e extensão 
dos procedimentos do auditor que são por ele determinados para reduzir o 
risco de auditoria para um nível aceitavelmente baixo. É portanto função da 
eficácia de um procedimento de auditoria e da sua aplicação pelo auditor. 
Matérias como:
•	 planeamento adequado;
•	 correta afetação de pessoal à equipa de trabalho;
•	 aplicação de ceticismo profissional; e
•	 supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado, 
ajudam a aumentar a eficácia de um procedimento de auditoria e da sua 
aplicação e a reduzir a possibilidade de um auditor poder selecionar um 
procedimento de auditoria não apropriado, aplicar mal um procedimento de 
auditoria apropriado ou interpretar mal os resultados da auditoria.
A44. A ISA 300 19 e a ISA 330 estabelecem requisitos e proporcionam orientação 
quanto ao planeamento de uma auditoria de demonstrações financeiras e às 
respostas do auditor aos riscos avaliados. O risco de deteção, contudo, só 
pode ser reduzido, mas não eliminado, dadas as limitações inerentes de uma 
auditoria. Consequentemente, existirá sempre algum risco de deteção.
19 ISA 300, Planear uma Auditoria de Demonstrações Financeiras
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105 ISA 200
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIALimitações Inerentes a uma Auditoria 
A45. Não se espera, nem tal é possível, que o auditor reduza o risco de auditoria 
a zero, pelo que o auditor nunca pode obter segurança absoluta de que as 
demonstrações financeiras estão isentas de distorção material devido a 
fraude ou a erro. A razão são as limitações inerentes a uma auditoria, que 
resultam do facto de a maior parte da prova de auditoria sobre a qual o auditor 
tira conclusões e baseia a sua opinião ser persuasiva e não conclusiva. As 
limitações inerentes a uma auditoria provêm:
•	 Da natureza do relato financeiro;
•	 Da natureza dos procedimentos de auditoria; e
•	 Da necessidade de a auditoria ser conduzida num período razoável de 
tempo e a um custo razoável. 
Natureza do Relato Financeiro
A46. A preparação de demonstrações financeiras envolve julgamento da gerência na 
aplicação dos requisitos do referencial de relato financeiro aplicável aos factos 
e circunstâncias da entidade. Além disso, muitos itens das demonstrações 
financeiras envolvem decisões ou avaliações subjetivas ou um determinado grau 
de incerteza, podendo existir uma variedade de interpretações ou julgamentos 
aceitáveis. Consequentemente, alguns itens das demonstrações financeiras 
estão sujeitos a um nível inerente de variabilidade que não pode ser eliminado 
pela aplicação de procedimentos de auditoria adicionais. Por exemplo, tal é 
muitas vezes o caso no que respeita a determinadas estimativas contabilísticas. 
Apesar de tudo, as ISA exigem que o auditor considere especificamente se as 
estimativas contabilísticas são razoáveis no contexto do referencial de relato 
financeiro aplicável e respetivas divulgações e analise também os aspetos 
qualitativos das práticas contabilísticas da entidade, incluindo indicadores de 
possíveis faltas de isenção nos julgamentos da gerência.20 
Natureza dos Procedimentos de Auditoria
A47. A capacidade do auditor para obter prova de auditoria tem limitações práticas 
e legais. Por exemplo: 
•	 É possível que a gerência ou outros não proporcionem, intencional-
mente ou não, a informação completa relevante para a preparação 
das demonstrações financeiras ou que seja pedida pelo auditor. Con-
sequentemente, o auditor não pode estar certo da plenitude da infor-
20 ISA 540, Auditar Estimativas Contabilísticas, Incluindo Estimativas Contabilísticas de Justo 
Valor, e Respectivas Divulgações, e ISA 700, Formar uma Opinião e Relatar sobre Demonstrações 
Financeiras, parágrafo 12
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
mação, mesmo que tenha executado procedimentos de auditoria para 
obter garantia de que foi obtida toda a informação relevante.
•	 A fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente 
organizados concebidos para a esconder. Assim, os procedimentos 
de auditoria utilizados para recolher prova de auditoria podem ser 
ineficazes para detetar uma distorção intencional que envolva, por 
exemplo, conluio para falsificar documentação que faça com que 
o auditor creia que a prova de auditoria é válida quando não o é. 
O auditor não está treinado para ser um perito, nem se espera que o 
seja, na autenticação de documentos. 
•	 Uma auditoria não é uma investigação oficial sobre alegados atos 
repreensíveis. Consequentemente, o auditor não recebe poderes legais 
específicos, tal como o poder de busca, que poderiam ser necessários 
para tal investigação. 
Oportunidade do Relato Financeiro e Equilíbrio entre Beneficio e Custo
A48. A questão da dificuldade, do tempo ou do custo envolvido não é por si só uma 
base válida para o auditor omitir um procedimento de auditoria relativamente 
ao qual não existe alternativa ou para se dar por satisfeito com prova de 
auditoria que é menos do que persuasiva. O planeamento apropriado ajuda a 
garantir a disponibilidade de tempo e recursos suficientes para a condução da 
auditoria. Não obstante, a relevância da informação e, assim, o seu valor, tende 
a diminuir ao longo do tempo, existindo um equilíbrio que se procura entre a 
fiabilidade da informação e o seu custo. Isto é reconhecido em determinados 
referenciais de relato financeiro (ver, por exemplo, o Referencial para a 
Preparação e Apresentação de Demonstrações Financeiras do IASB). Assim, 
existe uma expectativa por parte dos utentes das demonstrações financeiras 
de que o auditor formará uma opinião sobre as demonstrações financeiras 
num período razoável de tempo e a um custo razoável, reconhecendo que é 
impraticável tratar toda a informação que possa existir ou abordar todas as 
matérias exaustivamente no pressuposto de que a informação está errada ou é 
fraudulenta até prova em contrário. 
A49. Consequentemente, é necessário que o auditor: 
•	 Planeie a auditoria de forma que seja executada eficazmente;
•	 Oriente o seu esforço de auditoria para áreas em que os riscos de 
distorção material devido a erro ou fraude sejam mais elevados, 
havendo portanto um esforço menor para outras áreas; e
•	 Use testes e outros meios para examinar as populações quanto a 
distorções. 
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
A50. À luz das abordagens descritas no parágrafo A49, as ISA contêm requisitos 
para o planeamento e execução da auditoria e exigem, nomeadamente, que o 
auditor: 
•	 Tenha uma base para a identificação e avaliação dos riscos de distorção 
material ao nível das demonstrações financeiras e ao nível da asserção, 
executando procedimentos de avaliação do risco e atividades conexas;21 
e 
•	 Use testes e outros meios para examinar populações de uma maneira 
que proporcione uma base razoável para o auditor extrair conclusões 
acerca da população.22
Outras Matérias que Afetam as Limitações Inerentes a uma Auditoria
A51. No caso de determinadas asserções ou de assuntos em causa, os efeitos 
potenciais das limitações inerentes à capacidade do auditor para detetar 
distorções materiais são particularmente significativas. Tais asserções ou 
assuntos incluem:
•	 Fraude, particularmente a fraude que envolve a gerência de topo ou 
conluio. Para mais informações, ver a ISA 240.
•	 Existência e plenitude de relacionamentos e de transações com partes 
relacionadas. Para mais informações, ver a ISA 55023.
•	 Incumprimento de leis e regulamentos. Para mais informações, ver a 
ISA 25024.
•	 Acontecimentos ou condições futuros que ameacem a continuidade de 
uma entidade. Para mais informações, ver a ISA 57025.
As ISA relevantes identificam procedimentos de auditoria específicos para 
ajudar a mitigar o efeito das limitações inerentes. 
A52. Dadas as limitações inerentes de uma auditoria, existe um risco inevitável de 
que algumas distorções materiais das demonstrações financeiras possam não 
ser detetadas, mesmo que a auditoria seja devidamente planeada e executada 
de acordo com as ISA. Consequentemente, a descoberta subsequente de uma 
distorção material das demonstrações financeiras devido a fraude ou erro não 
indicia, por si só, uma falha na condução de uma auditoria de acordo com as 
21 ISA 315 (Revista), parágrafos 5–10
22 ISA 330; ISA 500; ISA 520, Procedimentos Analíticos; ISA 530, Amostragem de Auditoria
23 ISA 550, Partes Relacionadas
24 ISA 250, Consideração de Leis e Regulamentos numa Auditoria de Demonstrações Financeiras
25 ISA 570 (Revista), Continuidade
108ISA 200
OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
ISA. Porém, as limitações inerentes a uma auditoria não são justificação para 
o auditor se dar por satisfeito com prova de auditoria que não seja persuasiva. 
A decisão sobre se o auditor executou uma auditoria de acordo com as ISA é 
determinada pelos procedimentos de auditoria executados nas circunstâncias, 
pela suficiência e apropriação da prova de auditoria obtida em consequência 
dos mesmose pela adequação do relatório do auditor baseado na avaliação 
dessa prova à luz dos objetivos gerais do auditor. 
Condução de uma Auditoria de Acordo com as ISA
Natureza das ISA (Ref: Parágrafo 18)
A53. As ISA, tomadas em conjunto, proporcionam normas para o trabalho 
do auditor na consecução dos seus objetivos gerais. As ISA abordam as 
responsabilidades gerais do auditor, bem como as considerações adicionais 
do auditor relevantes para a aplicação dessas responsabilidades a assuntos 
específicos. 
A54. O âmbito, data de entrada em vigor e qualquer limitação específica da 
aplicabilidade de uma determinada ISA são claramente especificados na 
mesma. Salvo disposição em contrário no próprio texto de uma ISA, permite-
se que o auditor a aplique antes da data de entrada em vigor nela especificada.
A55. Ao executar uma auditoria, pode ser exigido ao auditor que cumpra requisitos 
legais ou regulamentares adicionais aos das ISA. As ISA não se sobrepõem às 
leis e regulamentos que regem uma auditoria de demonstrações financeiras. 
Se essas leis e regulamentos diferirem das ISA, uma auditoria conduzida 
apenas de acordo com as leis ou regulamentos não cumprirá automaticamente 
as ISA.
A56. O auditor pode também conduzir a auditoria não só de acordo com as 
ISA mas também com as normas de auditoria de uma jurisdição ou país 
específicos. Nestes casos, além de cumprir com cada uma das ISA relevantes 
para a auditoria, pode ser necessário que o auditor execute procedimentos 
de auditoria adicionais a fim de cumprir com as normas relevantes dessa 
jurisdição ou desse país.
Considerações Específicas para Auditorias no Setor Público
A57. As ISA são relevantes para trabalhos do setor público. As responsabilidades 
do auditor do setor público podem, porém, ser afetadas pelo mandato de 
auditoria ou por obrigações das entidades do setor público decorrentes de 
lei, regulamento ou de outra autoridade (tal como diretivas ministeriais, 
requisitos da política governamental ou resoluções da legislatura), que podem 
abranger um âmbito mais vasto do que uma auditoria de demonstrações 
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
financeiras de acordo com as ISA. Estas responsabilidades adicionais não 
são abordadas nas ISA. Poderão ser abordadas nas tomadas de posição da 
International Organization of Supreme Audit Institutions ou de organismos 
emissores de normas nacionais, ou em orientações desenvolvidas por 
agências governamentais de auditoria.
Conteúdo das ISA (Ref: Parágrafo 19)
A58. Além dos objetivos e requisitos (os requisitos são expressos nas ISA usando 
o termo “deve”), uma ISA contém orientações, sob a forma de material 
de aplicação e outro material explicativo. Pode também conter material 
introdutório, que dá o contexto relevante para a compreensão apropriada da 
ISA, e definições. Por isso, todo o texto da ISA é relevante para a compreensão 
dos objetivos nela expostos e para a devida aplicação dos seus requisitos. 
A59. Quando necessário, o material de aplicação e outro material explicativo 
proporciona explicações adicionais sobre os requisitos de uma ISA e dá 
orientação para a sua aplicação. Em particular, pode: 
•	 Explicar mais precisamente o que um requisito significa ou o que se 
destina a cobrir.
•	 Incluir exemplos de procedimentos que possam ser apropriados nas 
circunstâncias.
Embora tal orientação não imponha por si um requisito, é relevante para a 
apropriada aplicação dos requisitos de uma ISA. O material de aplicação e 
outro material explicativo pode também proporcionar informação de base 
sobre as matérias tratadas numa ISA. 
A60. Os apêndices fazem parte do material de aplicação e outro material explicativo. 
A finalidade e o uso pretendido de um apêndice são explicados no corpo da 
respetiva ISA ou no título e introdução do próprio apêndice.
A61. O material introdutório pode incluir, conforme necessário, explicações sobre: 
•	 A finalidade e âmbito da ISA, incluindo a forma como se relaciona 
com outras ISA.
•	 O assunto em causa da ISA.
•	 As responsabilidades respetivas do auditor e de outros em relação ao 
assunto em causa da ISA.
•	 O contexto em que a ISA é definida.
A62. Uma ISA pode incluir, numa secção separada com o título “Definições”, 
uma descrição dos significados atribuídos a determinados termos para 
efeito das ISA. Estas definições são dadas para ajudar a aplicar e interpretar 
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
consistentemente as ISA e não pretendem sobrepor-se a definições que possam 
ser estabelecidas para outra finalidade, quer na lei, quer em regulamentação 
quer de qualquer outra forma. Salvo indicação em contrário, esses termos 
terão o mesmo significado em todas as ISA. O Glossário relativo às Normas 
Internacionais emitidas pelo International Auditing and Assurance Standards 
Board no Manual das Normas Internacionais de Controlo de Qualidade, 
Auditoria, Revisão, Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e Serviços 
Relacionados publicado pela IFAC contém uma lista completa de termos 
definidos nas ISA. Também inclui descrições de outros termos previstos nas 
ISA, para ajudar a uma interpretação e tradução comuns e consistente.
A63. Sempre que apropriado, o material de aplicação e outro material explicativo 
de uma ISA incluem considerações adicionais específicas às auditorias de 
pequenas entidades e de entidades do setor público. Estas considerações 
adicionais ajudam a aplicar os requisitos da ISA na auditoria de tais entidades. 
Porém, não limitam ou reduzem a responsabilidade do auditor quanto à 
aplicação e cumprimento dos requisitos das ISA. 
Considerações Específicas para Pequenas Entidades 
A64. Para a especificação das considerações adicionais para auditorias de 
pequenas entidades, “pequena entidade” refere-se a uma entidade que possui 
tipicamente, entre outras, as seguintes características qualitativas: 
(a) Concentração da propriedade e gerência num pequeno número de 
indivíduos (muitas vezes um único indivíduo – quer seja uma pessoa 
singular quer seja uma outra empresa que detém a entidade, desde que 
o detentor tenha as características qualitativas relevantes); e 
(b) Uma ou mais das seguintes: 
(i) Transações lineares ou pouco complexas;
(ii) Escrituração simples;
(iii) Poucas linhas de negócio e poucos produtos dentro das linhas 
de negócio;
(iv) Poucos controlos internos;
(v) Poucos níveis de gerência com responsabilidade por uma vasta 
gama de controlos; ou
(vi) Pouco pessoal, com muitos dos empregados a deterem um vasto 
conjunto de responsabilidades.
Estas características qualitativas não são exaustivas nem exclusivas das 
pequenas entidades, e estas não apresentam necessariamente todas as 
características indicadas. 
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
A65. As considerações específicas para pequenas entidades incluídas nas ISA foram 
desenvolvidas tendo em mente principalmente as entidades não admitidas à 
cotação. Porém, algumas dessas considerações podem ser úteis nas auditorias 
de pequenas entidades admitidas à cotação. 
A66. As ISA referem-se ao proprietário de uma pequena entidade que esteja 
envolvido na sua gerência numa base diária como o “sócio-gerente”.
Objetivos Expostos nas ISA Individuais (Ref: Parágrafo 21) 
A67. Cada ISA contém um ou mais objetivos que proporcionam uma ligação 
entre os requisitos e os objetivos gerais do auditor. Os objetivos de uma ISA 
individual servem para focar o auditor no desfecho desejado da ISA, embora 
sendo suficientemente específicos para ajudar o auditor a: 
•	 Compreender o que precisa de ser realizado e, quando necessário, os 
meios apropriados para o fazer; e
•	 Decidir sobre se algo mais deve ser feitopara atingir esses objetivos 
nas circunstâncias particulares da auditoria. 
A68. Os objetivos devem ser entendidos no contexto dos objetivos gerais do auditor, 
expostos no parágrafo 11 desta ISA. Tal como em relação aos objetivos gerais 
do auditor, a capacidade de atingir um determinado objetivo está igualmente 
sujeita às limitações inerentes a uma auditoria. 
A69. Ao usar os objetivos, exige-se que o auditor tenha em atenção os inter-
relacionamentos entre as ISA. Isto porque, conforme indicado no parágrafo 
A53, as ISA tratam nalguns casos de responsabilidades gerais e noutros casos 
da aplicação dessas responsabilidades a tópicos específicos. Por exemplo, 
esta ISA exige que o auditor adote uma atitude de ceticismo profissional; 
isto é necessário em todos os aspetos de planeamento e execução de uma 
auditoria mas não é repetido como um requisito de cada ISA. A um nível mais 
pormenorizado, a ISA 315 e a ISA 330 contêm, nomeadamente, objetivos 
e requisitos que tratam as responsabilidades do auditor na identificação 
e avaliação dos riscos de distorção material e na conceção e execução de 
procedimentos de auditoria adicionais para responder a esses riscos avaliados, 
respetivamente; estes objetivos e requisitos aplicam-se no decurso de toda 
a auditoria. Uma ISA que trate de aspetos específicos da auditoria (por 
exemplo, a ISA 540) pode ser mais descritiva na forma como os objetivos 
e requisitos de ISA como por exemplo a ISA 315 e a ISA 330 devem ser 
aplicados em relação ao seu tema, mas não repete esses objetivos. Assim, ao 
atingir o objetivo exposto na ISA 540, o auditor tem em atenção os objetivos 
e requisitos de outras ISA relevantes.
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
Uso de Objetivos para Determinar a Necessidade de Procedimentos Adicionais de 
Auditoria (Ref: Parágrafo 21(a)) 
A70. Os requisitos das ISA são concebidos para permitir ao auditor atingir os 
objetivos especificados nas ISA e, por conseguinte, os objetivos gerais 
do auditor. Espera-se por isso que a aplicação apropriada dos requisitos 
das ISA pelo auditor proporcione uma base suficiente para a consecução 
daqueles objetivos. Porém, dado que as circunstâncias dos trabalhos de 
auditoria variam significativamente e que nem todas essas circunstâncias 
podem ser antecipadas nas ISA, o auditor é responsável por determinar os 
procedimentos de auditoria necessários para cumprir os requisitos das ISA 
e atingir os objetivos. Nas circunstâncias de um trabalho, podem existir 
matérias particulares que exijam que o auditor execute procedimentos de 
auditoria para além dos exigidos pelas ISA para satisfazer os objetivos nelas 
especificados. 
Uso de Objetivos para Avaliar Se Foi Obtida Prova de Auditoria Suficiente e 
Apropriada (Ref: Parágrafo 21(b))
A71. Exige-se que o auditor use os objetivos para avaliar se foi obtida prova 
de auditoria suficiente e apropriada no contexto dos objetivos gerais do 
auditor. Se, em consequência dessa avaliação, o auditor concluir que a prova 
de auditoria não é suficiente e apropriada, pode seguir uma ou mais das 
abordagens seguintes para cumprir o requisito do parágrafo 21(b):
•	 Avaliar se foi ou se irá ser obtida prova de auditoria relevante adicional 
em resultado do cumprimento de outras ISA;
•	 Complementar o trabalho executado na aplicação de um ou mais 
requisitos; ou
•	 Executar outros procedimentos que o auditor julgue necessários nas 
circunstâncias. 
Quando for de prever que nada do atrás referido seja praticável ou possível 
nas circunstâncias, o auditor não será capaz de obter prova de auditoria 
suficiente e apropriada, sendo-lhe exigido pelas ISA que determine o efeito 
dessa situação no relatório do auditor ou na capacidade do auditor concluir 
o trabalho. 
Cumprimento dos Requisitos Relevantes 
Requisitos Relevantes (Ref: Parágrafo 22)
A72. Em alguns casos, uma ISA (e portanto todos os seus requisitos) pode não 
ser relevante nas circunstâncias. Por exemplo, se uma entidade não tem uma 
função de auditoria interna, nada na ISA 610 (Revista)26 é relevante. 
26 ISA 610 (Revista), Usar o Trabalho de Auditores Internos
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DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
A73. Dentro de uma ISA relevante, podem existir requisitos condicionais. Esses 
requisitos serão relevantes quando as circunstâncias previstas no requisito se 
aplicarem e a condição se verificar. Em termos gerais, o condicionalismo de 
um requisito pode ser explícito ou implícito. Por exemplo:
•	 O requisito para modificar a opinião do auditor se existir uma limitação 
do âmbito da auditoria 27 representa um requisito condicional explícito. 
•	 O requisito de comunicar deficiências significativas no controlo interno 
identificadas durante a auditoria aos encarregados da governação28, que 
depende da existência de tais deficiências significativas identificadas; 
e o requisito de obter prova de auditoria suficiente e apropriada 
respeitante à apresentação e divulgação de informação por segmentos 
de acordo com o referencial de relato financeiro aplicável29, que 
depende desse referencial de relato exigir ou permitir tal divulgação, 
representam requisitos condicionais implícitos. 
Em alguns casos, um requisito pode ser expresso como sendo condicional 
face à lei ou regulamento aplicável. Por exemplo, pode ser pedido ao auditor 
que renuncie ao trabalho de auditoria, quando a renúncia é possível segundo 
lei ou regulamento aplicável, ou pode ser pedido ao auditor que faça algo, 
salvo se proibido por lei ou regulamento. Dependendo das circunstâncias, 
a permissão ou proibição legal ou regulamentar podem ser explícitas ou 
implícitas.
Não Aplicação de um Requisito (Ref: Parágrafo 23)
A74. A ISA 230 estabelece os requisitos de documentação nas circunstâncias 
excecionais em que o auditor não aplica um requisito relevante30. As ISA 
não exigem o cumprimento de um requisito que não seja relevante nas 
circunstâncias da auditoria.
Não Consecução de um Objetivo (Ref: Parágrafo 24)
A75. Se um objetivo foi ou não atingido é uma questão de julgamento profissional 
do auditor. Esse julgamento tem em conta os resultados dos procedimentos 
de auditoria executados para cumprir os requisitos das ISA e a avaliação 
do auditor sobre se foi obtida prova de auditoria suficiente e apropriada e 
sobre necessidades adicionais a satisfazer nas circunstâncias particulares 
27 ISA 705 (Revista), Modificações à Opinião no Relatório do Auditor Independente, parágrafo 13
28 ISA 265, Comunicar Deficiências no Controlo Interno aos Encarregados da Governação e à 
Gerência, parágrafo 9
29 ISA 501, Prova de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Seleccionados, parágrafo 13
30 ISA 230, parágrafo 12
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OBJETIVOS GERAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE E CONDUÇÃO DE UMA AUDITORIA 
DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE AUDITORIA
da auditoria para atingir os objetivos expostos nas ISA. Consequentemente, 
as circunstâncias que podem dar origem à não consecução de um objetivo 
incluem as que: 
•	 Impedem o auditor de cumprir os requisitos relevantes de uma ISA.
•	 Resultam em que não seja praticável ou possível para o auditor levar 
a efeito os procedimentos de auditoria adicionais ou obter mais prova 
de auditoria, como tenha determinado que seria necessário a partir do 
uso dos objetivos de acordo com o parágrafo 21, por exemplo devido a 
uma limitação na prova de auditoria disponível.
A76. Uma documentação de auditoria que satisfaz os requisitos da ISA 230 e os 
requisitos específicos de documentação de outras ISA relevantes proporciona 
prova da base de um auditor para concluir acerca da consecução dos seus 
objetivos gerais. Embora não seja necessário que um auditor documente 
separadamente (por exemplo numa lista de verificação) que objetivos 
individuais foram atingidos, a documentação danão consecução de um 
objetivo ajudará o auditor a avaliar se tal falha fez com que não fossem 
atingidos os objetivos gerais.
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NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
(Aplicável a auditorias de demonstrações financeiras 
de períodos com início em ou após 15 de dezembro de 2009)
ÍNDICE
Parágrafo
Introdução
Âmbito desta ISA .......................................................................................... 1
Data de Entrada em Vigor ............................................................................. 2
Objetivo ....................................................................................................... 3
Definições ..................................................................................................... 4–5
Requisitos
Pré-condições para uma Auditoria ................................................................ 6–8
Acordo dos Termos do Trabalho de Auditoria .............................................. 9–12
Auditorias Recorrentes .................................................................................. 13
Aceitação de uma Alteração nos Termos do Trabalho de Auditoria ............. 14–17
Considerações Adicionais na Aceitação do Trabalho ................................... 18–21
Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Âmbito desta ISA .......................................................................................... A1
Pré-condições para uma Auditoria ................................................................ A2–A20
Acordo dos Termos do Trabalho de Auditoria ............................................... A21–A27
Auditorias Recorrentes ................................................................................... A28
Aceitação de uma Alteração nos Termos do Trabalho de Auditoria .............. A29–A33
Considerações Adicionais na Aceitação do Trabalho .................................... A34–A37
Apêndice 1: Exemplo de uma Carta de Compromisso de Auditoria
Apêndice 2: Determinar a Aceitabilidade de Referenciais com 
 Finalidade Geral
116ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
A Norma Internacional de Auditoria (ISA) 210, Acordar os Termos de Trabalhos 
de Auditoria, deve ser lida em conjunção com a ISA 200, Objetivos Gerais do 
Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de Acordo com as Normas 
Internacionais de Auditoria.
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117 ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
 Introdução
Âmbito desta ISA
1. Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda as responsabilidades do 
auditor quando acorda os termos do trabalho de auditoria com a gerência 
e, quando apropriado, com os encarregados da governação. Isto inclui a 
verificação de que estão presentes determinadas pré-condições para uma 
auditoria, cuja responsabilidade é da gerência e, quando apropriado, dos 
encarregados da governação. A ISA 2201 aborda os aspetos da aceitação do 
trabalho controlados pelo auditor. (Ref: Parágrafo A1) 
Data de Entrada em Vigor 
2. Esta ISA é aplicável a auditorias de demonstrações financeiras de períodos 
com início em ou após 15 de dezembro de 2009.
Objetivo
3. O objetivo do auditor é o de aceitar ou continuar um trabalho de auditoria 
apenas quando tenha sido acordada a base em que este deve ser executado, 
através da: 
(a) Verificação de que estão presentes as pré-condições para uma auditoria; 
e
(b) Confirmação de que há um entendimento comum sobre os termos do 
trabalho de auditoria entre o auditor e a gerência e, quando apropriado, 
os encarregados da governação. 
Definições
4. Para efeito das ISA, é aplicável a seguinte definição:
Pré-condições para uma auditoria - A utilização pela gerência de um 
referencial de relato financeiro aceitável na preparação das demonstrações 
financeiras e o acordo da gerência e, quando apropriado, dos encarregados da 
governação quanto à premissa2 em que assenta a condução de uma auditoria.
5. Para efeitos desta ISA, as referências a “gerência” devem ser lidas doravante 
como “gerência e, quando apropriado, os encarregados da governação”.
1 ISA 220, Controlo de Qualidade para uma Auditoria de Demonstrações Financeiras
2 ISA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de Acordo com as 
Normas Internacionais de Auditoria, parágrafo 13
118ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
Requisitos
Pré-condições para uma Auditoria
6. A fim de determinar se estão presentes as pré-condições para uma auditoria, 
o auditor deverá: 
(a) Determinar se o referencial de relato financeiro a aplicar na preparação 
das demonstrações financeiras é aceitável; e (Ref: Parágrafos A2–A10)
(b) Obter a confirmação da gerência de que esta reconhece e entende a sua 
responsabilidade: (Ref: Parágrafos A11–A14, A20) 
(i) Pela preparação das demonstrações financeiras de acordo com 
o referencial de relato financeiro aplicável incluindo, quando 
relevante, a sua apresentação apropriada; (Ref: Parágrafo A15)
(ii) Pelo controlo interno que a gerência determine ser necessário 
para possibilitar a preparação de demonstrações financeiras 
isentas de distorção material, quer devido a fraude quer a erro; e 
(Ref: Parágrafos A16–A19)
(iii) Por proporcionar ao auditor:
a. Acesso a toda a informação de que a gerência tenha 
conhecimento e que seja relevante para a preparação de 
demonstrações financeiras, como registos, documentação e 
outras matérias;
b. Informação adicional que o auditor possa pedir á gerência para 
efeitos da auditoria; e
c. Acesso sem restrições às pessoas da entidade das quais o 
auditor determina que é necessário obter prova de auditoria.
Limitação no Âmbito Anterior à Aceitação do Trabalho de Auditoria
7. Se a gerência ou os encarregados da governação impuserem uma limitação no 
âmbito do trabalho do auditor no quadro dos termos do trabalho de auditoria 
proposto que seja tal que o auditor considera que resultará numa escusa de 
opinião sobre as demonstrações financeiras, o auditor não deve aceitar tal 
trabalho limitado como um trabalho de auditoria, salvo se isso lhe for exigido 
por lei ou regulamento. 
Outros Fatores que Afetam a Aceitação do Trabalho de Auditoria
8. Se as pré-condições para uma auditoria não estiverem verificadas, o auditor 
deve debater essa questão com a gerência. Salvo se exigido por lei ou 
regulamento o auditor não deve aceitar o trabalho proposto.
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119 ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
(a) Se tiver verificado que o referencial de relato financeiro a ser aplicado 
na preparação das demonstrações financeiras é inaceitável, exepto 
conforme disposto no parágrafo 19; ou 
(b) Se não tiver sido obtido a confirmação referida no parágrafo 6(b). 
Acordo dos Termos do Trabalho de Auditoria 
9. O auditor deve acordar os termos do trabalho de auditoria com a gerência ou 
os encarregados da governação, conforme apropriado. (Ref: Parágrafo A21)
10. Sem prejuízo do parágrafo 11, os termos acordados do trabalho de auditoria 
devem ser registados numa carta de compromisso de auditoria ou outra forma 
apropriada de acordo escrito e devem incluir: (Ref: Parágrafos A22–A25) 
(a) O objetivo e o âmbito da auditoria das demonstrações financeiras;
(b) As responsabilidades do auditor;
(c) As responsabilidades da gerência;
(d) A identificação do referencial de relato financeiro aplicável na 
preparação das demonstrações financeiras;
(e) Uma referência à forma e conteúdo esperados de qualquer relatório a 
ser emitido pelo auditor; e (Ref: Parágrafo A23a)
(f) Uma declaração de que podem existir circunstâncias em que um 
relatório pode diferir da forma e conteúdo esperados.
11. Se a lei ou regulamento estabelecer com suficiente detalhe os termos do 
trabalho de auditoria referidos no parágrafo 10, o auditor não precisa de 
os registar num acordoescrito, exceto quanto ao facto de que se aplica 
tal lei ou regulamento e que a gerência reconhece e compreende as suas 
responsabilidades conforme estabelecido no parágrafo 6(b). (Ref: Parágrafos 
A22, e A26–A27)
12. Se a lei ou regulamento estabelecerem responsabilidades da gerência 
semelhantes às descritas no parágrafo 6(b), o auditor pode determinar que 
a lei ou regulamento incluem responsabilidades que, no seu julgamento, 
são efetivamente equivalentes às estabelecidas naquele parágrafo. Para as 
responsabilidades que são equivalentes, o auditor pode usar a redação da lei ou 
do regulamento para as descrever no acordo escrito. Para as responsabilidades 
que não estão prescritas por lei ou regulamento de forma que o seu efeito 
seja equivalente, o acordo escrito deve usar a descrição do parágrafo 6(b). 
(Ref: Parágrafo A26)
120ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
Auditorias Recorrentes
13. Em auditorias recorrentes, o auditor deve avaliar se as circunstâncias exigem 
que os termos do trabalho de auditoria sejam revistos e se existe a necessidade 
de relembrar à entidade os termos existentes do trabalho de auditoria. (Ref: 
Parágrafo A28)
Aceitação de uma Alteração nos Termos do Trabalho de Auditoria
14. O auditor não deve acordar uma alteração nos termos do trabalho de auditoria 
quando não houver justificação razoável para o fazer. (Ref: Parágrafos 
A29–A31)
15. Se, antes de concluir o trabalho de auditoria, for pedido ao auditor para alterar 
o trabalho de auditoria para um outro trabalho de auditoria que transmita 
um nível mais baixo de segurança, o auditor deve determinar se existe uma 
justificação razoável para o fazer. (Ref: Parágrafos A32–A33) 
16. Se os termos do trabalho de auditoria forem alterados, o auditor e a gerência 
devem acordar e registar os novos termos do trabalho numa carta de 
compromisso ou outra forma apropriada de acordo escrito.
17. Se o auditor não for capaz de acordar a alteração dos termos do trabalho 
de auditoria e não lhe for permitido pela gerência continuar o trabalho de 
auditoria original, o auditor deve:
(a) Renunciar ao trabalho de auditoria, quando possível por lei ou 
regulamento aplicável; e
(b) Determinar se existe qualquer obrigação, contratual ou outra, de relatar 
as circunstâncias a outros, tais como os encarregados da governação, 
proprietários ou reguladores.
Considerações Adicionais na Aceitação do Trabalho
Normas de Relato Financeiro Suplementadas por Lei ou Regulamento 
18. Se as normas de relato financeiro estabelecidas por uma organização 
emissora de normas autorizada ou reconhecida forem suplementadas por lei 
ou regulamento, o auditor deve determinar se existem quaisquer conflitos 
entre as normas de relato financeiro e os requisitos adicionais. Se existirem 
tais conflitos, o auditor deve discutir com a gerência a natureza dos requisitos 
adicionais, e deve chegar a acordo sobre se:
(a) Os requisitos adicionais podem ser satisfeitos mediante divulgações 
adicionais nas demonstrações financeiras; ou
(b) A descrição do referencial de relato financeiro aplicável nas demons-
trações financeiras pode ser alterada em conformidade. 
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Se não for possível qualquer das ações acima, o auditor deve determinar 
se será necessário modificar a sua opinião de acordo com a ISA 705.3 
(Ref: Parágrafo A34)
Referencial de Relato Financeiro Estabelecido por Lei ou Regulamento – Outras 
Matérias que Afetam a Aceitação
19. Se o auditor tiver determinado que o referencial de relato financeiro 
estabelecido por lei ou regulamento seria inaceitável exceto porque foi 
estabelecido por lei ou regulamento, só deve aceitar o trabalho de auditoria 
se estiverem reunidas as seguintes condições: (Ref: Parágrafo A35)
(a) A gerência concorda em prestar nas demonstrações financeiras as 
divulgações adicionais necessárias para evitar que as demonstrações 
financeiras sejam suscetíveis de induzir em erro; e
(b) É reconhecido nos termos do trabalho de auditoria que: 
(i) O relatório do auditor sobre as demonstrações financeiras 
incorporará um parágrafo de Ênfase chamando a atenção dos 
utentes para as divulgações adicionais, de acordo com a ISA 
706;4 e 
(ii) Salvo quando a lei ou regulamento exija ao auditor que expresse a 
sua opinião sobre as demonstrações financeiras usando as frases 
“são apresentadas de forma apropriada, em todos os aspetos 
materiais” ou “dão uma imagem verdadeira e apropriada” de 
acordo com o referencial de relato financeiro aplicável, a opinião 
do auditor sobre as demonstrações financeiras não incluirá tais 
frases.
20. Se as condições indicadas no parágrafo 19 não se verificarem e se a lei ou 
regulamento exigir que o auditor realize o trabalho de auditoria, o auditor 
deve:
(a) Avaliar o efeito da natureza enganadora das demonstrações financeiras 
no seu relatório; e
(b) Incluir referência apropriada a esta matéria nos termos do trabalho de 
auditoria. 
3 ISA 705 (Revista), Modificações à Opinião do Relatório do Auditor Independente
4 ISA 706 (Revista), Parágrafos de Ênfase e Outros Parágrafos de Outras Matérias no Relatório do 
Auditor Independente
122ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
Relatório do Auditor Estabelecido por Lei ou Regulamento
21. Em alguns casos, a lei ou regulamento da jurisdição relevante estabelece 
um formato e uma redação do relatório do auditor numa forma ou em 
termos que são significativamente diferentes dos requisitos das ISA. Nestas 
circunstâncias, o auditor deve avaliar:
(a) Se os utentes podem confundir a segurança obtida com a auditoria das 
demonstrações financeiras e, em caso afirmativo;
(b) Se a inclusão de explicações adicionais no relatório do auditor poderá 
mitigar possíveis equívocos.5 
Se o auditor concluir que explicações adicionais no seu relatório não permitem 
mitigar possíveis equívocos, não deve aceitar o trabalho de auditoria, salvo 
se isso lhe for exigido por lei ou regulamento. Uma auditoria conduzida de 
acordo com tal lei ou regulamento não cumpre as ISA. Consequentemente, o 
auditor não deve incluir qualquer referência no seu relatório que indique que 
a auditoria foi conduzida de acordo com as ISA.6 (Ref: Parágrafos A36–A37)
***
Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Âmbito desta ISA (Ref: Parágrafo 1)
A1. Os trabalhos de garantia de fiabilidade, que incluem trabalhos de auditoria, 
só podem ser aceites quando o profissional considerar que serão satisfeitos 
requisitos éticos relevantes, tais como a independência e a competência 
profissional, e quando o trabalho tem determinadas características.7 As 
responsabilidades do auditor em termos de requisitos éticos, no contexto da 
aceitação de um trabalho de auditoria e na medida em que estejam dentro do 
controlo do auditor, são tratados na ISA 220.8 Esta ISA aborda as matérias 
(ou pré-condições) que estão dentro do controlo da entidade e sobre as quais 
é necessário que o auditor e a gerência da entidade cheguem a acordo. 
5 ISA 706 (Revista)
6 Ver também a ISA 700 (Revista), Formar uma Opinião e Relatar sobre Demonstrações Financeiras, 
parágrafo 43.
7 Referencial Internacional para Trabalhos de Garantia de Fiabilidade, parágrafo 17
8 ISA 220, parágrafos 9–11
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Pré-Condições para uma Auditoria
O Referencial de Relato Financeiro (Ref: Parágrafo 6(a))
A2. Uma das condições para a aceitação de um trabalho de garantia de fiabilidade 
é a de que os critérios referidos na definição de um trabalho de garantia de 
fiabilidade sejam adequados e estejam disponíveis para os destinatários.9 Os 
critérios são os indicadores de referência usados para avaliar ou mensurar 
o assunto em causa incluindo, quando relevantes, indicadores de referência 
de apresentação e divulgação. Critérios adequados permitem a avaliação ou 
mensuração razoavelmente consistente de um assuntoem causa no contexto 
do julgamento profissional. Para efeito das ISA, o referencial de relato 
financeiro aplicável proporciona os critérios que o auditor utiliza para auditar 
as demonstrações financeiras, incluindo, quando relevante, a sua apresentação 
apropriada. 
A3. Sem um referencial de relato financeiro aceitável, a gerência não tem uma 
base apropriada para preparar as demonstrações financeiras e o auditor não 
tem critérios adequados para as auditar. Em muitos casos, o auditor pode 
presumir que o referencial de relato financeiro aplicável é aceitável, conforme 
descrito nos parágrafos A8-A9. 
Determinar a Aceitabilidade do Referencial de Relato Financeiro 
A4. Os fatores relevantes para a determinação pelo auditor da aceitabilidade do 
referencial de relato financeiro a aplicar na preparação das demonstrações 
financeiras incluem:
•	 A natureza da entidade (por exemplo, se se tratar de uma empresa 
comercial, uma entidade do setor público ou de uma organização não 
lucrativa);
•	 A finalidade das demonstrações financeiras (por exemplo, se são 
preparadas para satisfazer as necessidades comuns de informação 
financeira de um conjunto alargado de utentes ou as necessidades de 
informação financeira de utentes específicos);
•	 A natureza das demonstrações financeiras (por exemplo, se se tratar de 
um conjunto completo de demonstrações financeiras ou de uma única 
demonstração financeira); e
•	 Se a lei ou regulamento estabelecem o referencial de relato financeiro 
aplicável.
9 Referencial Internacional para Trabalhos de Garantia de Fiabilidade, parágrafo 17(b)(ii).
124ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
A5. Muitos utentes de demonstrações financeiras não estão em posição de pedir 
demonstrações financeiras que satisfaçam as suas necessidades específicas 
de informação. Embora nem todas as necessidades de informação de utentes 
específicos possam ser satisfeitas, há necessidades de informação financeira 
comuns a um conjunto alargado de utentes. As demonstrações financeiras 
preparadas de acordo com um referencial de relato financeiro concebido para 
satisfazer as necessidades comuns de informação de um conjunto alargado de 
utentes são designadas demonstrações financeiras com finalidade geral. 
A6. Em alguns casos, as demonstrações financeiras serão preparadas de 
acordo com um referencial de relato financeiro concebido para satisfazer 
as necessidades de informação financeira de utentes específicos. Tais 
demonstrações financeiras são designadas demonstrações financeiras 
com finalidade especial. As necessidades de informação financeira dos 
destinatários determinarão o referencial de relato financeiro aplicável nessas 
circunstâncias. A ISA 800 analisa a aceitabilidade de referenciais de relato 
financeiro concebidos para satisfazer as necessidades de utentes específicos.10
A7. Após o trabalho de auditoria ter sido aceite, podem ser encontradas 
deficiências no referencial de relato financeiro aplicável que indicam que 
o mesmo não é aceitável. Quando o uso desse referencial for determinado 
por lei ou regulamento, aplicam-se os requisitos dos parágrafos 19 e 20. 
Quando o uso desse referencial não é determinado por lei ou regulamento, a 
gerência pode decidir adotar um outro referencial que seja aceitável. Quando 
a gerência o fizer, como exigido pelo parágrafo 16, são acordados novos 
termos do trabalho de auditoria para refletir a alteração no referencial, dado 
que os termos anteriormente acordados deixaram de ser adequados.
Referenciais com Finalidade Geral
A8. Presentemente, não existe uma base objetiva e indiscutível globalmente 
reconhecida para julgar a aceitabilidade de referenciais com finalidade 
geral. Na falta de tal base, as normas de relato financeiro estabelecidas 
por organizações autorizadas ou reconhecidas para promulgar normas 
aplicáveis em determinados tipos de entidades presumem-se aceitáveis 
para as demonstrações financeiras com finalidade geral preparadas por tais 
entidades, desde que essas organizações tenham um processo estabelecido 
e transparente que envolva deliberação e consideração dos pontos de vista 
de um conjunto alargado de interessados. Como exemplos de tais normas de 
relato financeiro incluem-se:
10 ISA 800, Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Financeiras Preparadas de 
Acordo com Referenciais com Finalidade Especial, parágrafo 8
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•	 As Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) promulgadas 
pelo International Accounting Standards Board;
•	 As Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público (IPSAS) 
promulgadas pelo International Public Setor Accounting Standards 
Board; e 
•	 Os princípios contabilísticos promulgados por uma organização 
emissora de normas autorizada ou reconhecida numa dada jurisdição, 
desde que a organização tenha um processo estabelecido e transparente 
que envolva deliberação e consideração dos pontos de vista de um 
conjunto alargado de interessados.
Estas normas de relato financeiro são muitas vezes identificadas como o 
referencial de relato financeiro aplicável no quadro da lei ou regulamento 
que regem a preparação de demonstrações financeiras com finalidade geral. 
Referenciais de relato financeiro estabelecidos por lei ou regulamento 
A9. De acordo com o parágrafo 6(a), exige-se que o auditor determine se é 
aceitável o referencial de relato financeiro a ser aplicado na preparação das 
demonstrações financeiras. Em algumas jurisdições, a lei ou regulamento 
podem estabelecer o referencial de relato financeiro a ser usado na preparação 
das demonstrações financeiras com finalidade geral para determinados 
tipos de entidades. Na falta de indicação em contrário, presume-se que tal 
referencial de relato financeiro é aceitável para demonstrações financeiras 
com finalidade geral preparadas por tais entidades. No caso de o referencial 
não ser considerado aceitável, aplicam-se os parágrafos 19 e 20.
Jurisdições que não têm organizações emissoras de normas ou referenciais de relato 
financeiro estabelecidos
A10. Quando uma entidade está registada ou a operar numa jurisdição que não 
tem uma organização emissora de normas autorizada ou reconhecida, ou 
quando o uso do referencial de relato financeiro não está estabelecido por 
lei ou regulamento, a gerência identifica um referencial de relato financeiro 
a aplicar na preparação das demonstrações financeiras. O Apêndice 2 contém 
orientação para a determinação da aceitabilidade dos referenciais de relato 
financeiro em tais circunstâncias. 
Acordo quanto às Responsabilidades da Gerência (Ref: Parágrafo 6(b))
A11. Uma auditoria de acordo com as ISA é conduzida na premissa de que a 
gerência reconhece e compreende que tem as responsabilidades estabelecidas 
126ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
no parágrafo 6(b).11 Em algumas jurisdições, tais responsabilidades podem 
estar especificadas na lei ou regulamento. Noutras, existirá pouca ou nenhuma 
definição legal ou regulamentar de tais responsabilidades. As ISA não se 
sobrepõem às leis ou regulamentos em tais matérias. Porém, o conceito de 
uma auditoria independente exige que o papel do auditor não envolva o 
assumir da responsabilidade pela preparação das demonstrações financeiras 
ou pelo controlo interno da entidade relacionado com essa preparação e que 
o auditor tenha uma expectativa razoável de obter a informação necessária 
para a auditoria (incluindo informação para além dos registos contabilísticos 
gerais e auxiliares), na medida em que a gerência seja capaz de a fornecer ou 
de a obter. Consequentemente, a premissa é fundamental para a condução de 
uma auditoria independente. Para evitar equívocos, chega-se a acordo com 
a gerência de que reconhece e entende que tem tais responsabilidades como 
parte do acordo e registo dos termos do trabalho de auditoria constantes dos 
parágrafos 9 a 12. 
A12. A maneira como as responsabilidadespelo relato financeiro estão divididas 
entre a gerência e os encarregados da governação varia de acordo com os 
recursos e a estrutura da entidade e com qualquer lei ou regulamento relevantes, 
bem como com as funções respetivas da gerência e dos encarregados da 
governação dentro da entidade. Na maioria dos casos, a gerência é responsável 
pela execução, enquanto que os encarregados da governação têm a supervisão 
da gestão. Nalguns casos, os encarregados da governação terão, ou assumirão, 
a responsabilidade pela aprovação das demonstrações financeiras ou pela 
monitorização do controlo interno da entidade relacionado com o relato 
financeiro. Em grandes entidades ou em entidades públicas, um subgrupo dos 
encarregados da governação, tal como uma comissão de auditoria, pode ser 
encarregado de determinadas responsabilidades de supervisão.
A13. A ISA 580 exige que o auditor solicite à gerência que declare por escrito 
de que deu cumprimento a determinadas responsabilidades próprias.12 Pode 
por isso ser apropriado dar conhecimento à gerência que se espera a receção 
de tais declarações escritas, juntamente com as declarações escritas exigidas 
por outras ISA e, quando necessário, com declarações escritas que suportem 
outras provas de auditoria relevantes para as demonstrações financeiras ou 
para uma ou mais asserções específicas das demonstrações financeiras. 
A14. Quando a gerência não reconhece as suas responsabilidades, ou não aceita 
prestar as declarações escritas, o auditor não poderá obter prova de auditoria 
11 ISA 200, parágrafo A2
12 ISA 580, Declarações Escritas, parágrafos 10–11
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suficiente e apropriada.13 Em tais circunstâncias, não seria apropriado que 
o auditor aceitasse o trabalho de auditoria, salvo se a lei ou regulamento 
exigirem que o faça. Nos casos em que isso aconteça, o auditor poderá ter de 
explicar à gerência a importância dessas matérias e as implicações para o seu 
relatório.
Preparação das Demonstrações Financeiras (Ref: Parágrafo 6(b)(i))
A15. A maior parte dos referenciais de relato financeiro incluem requisitos 
relativos à apresentação das demonstrações financeiras; nesses casos, a 
preparação das demonstrações financeiras de acordo com o referencial de 
relato financeiro inclui a respetiva apresentação. No caso de um referencial 
de apresentação apropriada, a importância de um objetivo de relato que 
garanta uma apresentação apropriada é tal que a premissa acordada com a 
gerência inclui uma referência específica à apresentação apropriada, ou à 
responsabilidade de assegurar que as demonstrações financeiras “dão uma 
imagem verdadeira e apropriada” de acordo com o referencial de relato 
financeiro.
Controlo Interno (Ref: Parágrafo 6(b)(ii))
A16. A gerência mantém o controlo interno que entenda ser necessário para 
possibilitar a preparação de demonstrações financeiras isentas de distorção 
material, devido a fraude ou a erro. Devido às suas limitações inerentes, 
o controlo interno, independentemente do seu grau de eficácia, só pode 
proporcionar a uma entidade uma garantia razoável de fiabilidade no que 
respeita à realização dos seus objetivos de relato financeiro.14 
A17. Uma auditoria independente conduzida de acordo com as ISA não serve como 
substituto da manutenção do controlo interno necessário para a preparação 
de demonstrações financeiras pela gerência. Consequentemente, exige-se 
que o auditor obtenha o acordo da gerência no sentido de que reconhece e 
compreende a sua responsabilidade pelo controlo interno. Porém, o acordo 
exigido pelo parágrafo 6(b)(ii) não implica que o auditor conclua que o 
controlo interno mantido pela gerência conseguiu o seu propósito ou que está 
isento de deficiências.
A18. Compete à gerência determinar que controlo interno é necessário para 
permitir a preparação das demonstrações financeiras. A expressão “controlo 
interno” abrange um conjunto alargado de atividades dentro de componentes 
13 ISA 580, parágrafo A26
14 ISA 315 (Revista), Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material através do Conhecimento da 
Entidade e do seu Ambiente, parágrafo A53
128ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
que podem ser descritos como o ambiente de controlo, o processo de 
avaliação do risco da entidade, o seu sistema de informações, incluindo os 
respetivos processos de negócio relevantes para o relato financeiro e respetiva 
comunicação, atividades de controlo e a monitorização de controlos. Esta 
divisão, porém, não reflete necessariamente a forma como uma dada 
entidade pode conceber, implementar e manter o seu controlo interno, ou 
como pode classificar qualquer componente específico.15 O controlo interno 
de uma entidade (em particular, os seus livros e registos contabilísticos ou 
os seus sistemas contabilísticos) refletirá as necessidades da gerência, a 
complexidade do negócio, a natureza dos riscos a que a entidade está sujeita 
e a lei e regulamento relevantes. 
A19. Nalgumas jurisdições, a lei ou regulamento podem referir-se à responsabilidade 
da gerência pela adequação dos livros e registos contabilísticos ou dos 
sistemas contabilísticos. Nalguns casos, a prática geral pode assumir uma 
distinção entre livros e registos contabilísticos ou sistemas contabilísticos, 
por um lado, e o controlo interno ou controlos por outro. Na medida em 
que os livros e registos contabilísticos e os sistemas contabilísticos fazem 
parte integrante do controlo interno, como referido no parágrafo A18, não 
se faz qualquer referência específica aos mesmos no parágrafo 6(b)(ii), 
no contexto da descrição das responsabilidades da gerência. Para evitar 
equívocos, pode ser apropriado que o auditor explique à gerência o âmbito 
desta responsabilidade.
Informação adicional (Ref: Parágrafo 6(b)(iii)b)
A19a. A informação adicional que o auditor pode pedir á gerência para efeitos 
da auditoria pode incluir, quando aplicável, matérias relativas a outra 
informação nos termos da ISA 720 (Revista). Quando o auditor espera 
obter outra informação após a data do seu relatório, os termos do trabalho 
de auditoria também devem reconhecer as suas responsabilidades quanto a 
essa informação incluindo, se aplicável, as ações que possam ser apropriadas 
ou necessárias desenvolver se o auditor concluir que existe uma distorção 
material na outra informação obtida após a data do relatório de auditoria.
Considerações Relevantes para Pequenas Entidades (Ref: Parágrafo 6(b))
A20. Uma das finalidades de acordar os termos do trabalho de auditoria é 
evitar equívocos acerca das responsabilidades respetivas da gerência e 
do auditor. Por exemplo, quando um terceiro tiver ajudado na preparação 
das demonstrações financeiras, poderá ser útil lembrar à gerência que a 
15 ISA 315 (Revista), parágrafo A58 e Apêndice 1
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preparação das demonstrações financeiras de acordo com o referencial de 
relato financeiro aplicável continua a ser da sua responsabilidade.
Acordo dos Termos do Trabalho de Auditoria
Acordar os Termos do Trabalho de Auditoria (Ref: Parágrafo 9)
A21. As funções da gerência e dos encarregados da governação ao acordarem os 
termos do trabalho de auditoria para a entidade dependem da estrutura de 
governação da entidade e da lei ou regulamento relevantes.
Carta de Compromisso de Auditoria ou Outra Forma de Acordo Escrito16 
(Ref: Parágrafos 10–11) 
A22. É no interesse, tanto da entidade quanto do auditor, que antes de iniciar o 
trabalho este envie uma carta de compromisso, de modo a evitar equívocos 
com respeito à auditoria. Porém, nalguns países o objetivo e o âmbito de 
uma auditoria e as responsabilidades da gerência e do auditor podem estar 
suficientemente estabelecidos por lei, ou seja, as matérias descritas no 
parágrafo 10 poderão já estar estabelecidas. Se bem que nestas circunstâncias 
o parágrafo 11só permita ao auditor incluir na carta de compromisso 
referências ao facto de que se aplica essa lei ou regulamento relevantes e de 
que a gerência reconhece e compreende as suas responsabilidades, conforme 
estabelecido no parágrafo 6(b), este pode, apesar de tudo, considerar 
apropriado incluir as matérias descritas no parágrafo 10 numa carta de 
compromisso para informação da gerência.
Forma e Conteúdo da Carta de Compromisso de Auditoria
A23. A forma e o conteúdo da carta de compromisso de auditoria podem variar de 
entidade para entidade. A informação incluída na carta de compromisso de 
auditoria sobre as responsabilidades do auditor pode basear-se na ISA 200.17 
Os parágrafos 6(b) e 12 desta ISA abordam a descrição das responsabilidades 
da gerência. Além de incluir as matérias exigidas pelo parágrafo 10, uma carta 
de compromisso de auditoria pode também fazer referência, por exemplo:
•	 À descrição do âmbito da auditoria, incluindo referência à legislação, 
regulamentação, às ISA e a regras éticas ou outras de organizações 
profissionais a que o auditor adere.
•	 À forma de qualquer outra comunicação dos resultados do trabalho de 
auditoria.
16 Nos parágrafos que se seguem, qualquer referência a uma carta de compromisso de auditoria deve ser 
tomada como uma referência a uma carta de compromisso de auditoria ou outra forma adequada de 
acordo escrito.
17 ISA 200, parágrafos 3–9
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ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
•	 Ao requisito para o auditor comunicar matérias relevantes de auditoria 
no seu relatório de acordo com a ISA 701.18
•	 Ao facto de que, devido às limitações inerentes a uma auditoria, 
juntamente com as limitações inerentes ao controlo interno, existe 
um risco inevitável de que algumas distorções materiais possam não 
ser detetadas, mesmo que a auditoria seja devidamente planeada e 
executada de acordo com as ISA.
•	 Aos acordos respeitantes ao planeamento e execução da auditoria, 
incluindo a composição da equipa de auditoria.
•	 À expectativa de que a gerência prestará declarações escritas (ver 
também o parágrafo A13).
•	 À expectativa de que a gerência proporcionará acesso a toda a 
informação que é relevante para a preparação das demonstrações 
financeiras, incluindo acesso a toda a informação relevante para as 
divulgações.
•	 Ao acordo da gerência para disponibilizar ao auditor versões 
preliminares das demonstrações financeiras, incluindo toda a 
informação relevante para a sua preparação, quer seja obtida dos 
registos contabilísticos ou não, e qualquer outra informação19 oportuna 
que permita ao auditor concluir a auditoria de acordo com o calendário 
proposto.
•	 Ao acordo da gerência para informar o auditor dos factos que possam 
afetar as demonstrações financeiras de que a gerência possa ter tomado 
conhecimento durante o período que medeia entre a data do relatório 
do auditor e a data em que as demonstrações financeiras são emitidas.
•	 À base sobre a qual são calculados os honorários e quaisquer acordos 
de faturação.
•	 A um pedido para que a gerência acuse a receção da carta de 
compromisso de auditoria e aceite os termos do trabalho nela previstos. 
A23a. Quando não for exigido ao auditor que comunique matérias relevantes 
de auditoria no seu relatório, pode ser útil fazer referência na carta de 
compromisso de auditoria sobre a possibilidade de o fazer e, em algumas 
jurisdições, pode ser necessário incluir a referência a essa possibilidade para 
que depois possa fazê-lo.
18 ISA 701, Comunicar Matéria Relevantes de Auditoria no Relatório do Auditor Independente 
19 Tal como definido na ISA 720 (Revista), As Responsabilidades do Auditor Relativas a Outra 
Informação
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ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
A24. Quando relevantes, a carta de compromisso de auditoria pode também incluir 
os seguintes pontos:
•	 Acordos respeitantes ao envolvimento de outros auditores e peritos 
nalguns aspetos da auditoria.
•	 Acordos respeitantes ao envolvimento de auditores internos e de outro 
pessoal da entidade.
•	 Acordos a estabelecer com o auditor antecessor, se existirem, no caso 
de uma auditoria inicial.
•	 Qualquer restrição à responsabilidade do auditor, quando tal 
possibilidade exista.
•	 Uma referência a quaisquer acordos adicionais entre o auditor e a 
entidade.
•	 Qualquer obrigação de proporcionar a terceiros papéis de trabalho de 
auditoria.
No Apêndice 1 é apresentado um exemplo de uma carta de compromisso de 
auditoria. 
Auditorias de Componentes 
A25. Quando o auditor de uma empresa-mãe é também o auditor de um componente, 
entre os fatores que podem influenciar a decisão de enviar ou não uma carta de 
compromisso de auditoria separada ao componente incluem-se os seguintes:
•	 Quem designa o auditor do componente.
•	 Se vai ser emitido um relatório de auditoria separado sobre o 
componente.
•	 Os requisitos legais quanto à designação para fins de auditoria.
•	 A percentagem de propriedade da empresa-mãe.
•	 O grau de independência da gerência do componente em relação à 
empresa-mãe.
Responsabilidades da Gerência Prescritas por Lei ou Regulamento 
(Ref: Parágrafos 11–12)
A26. Se nas circunstâncias descritas nos parágrafos A22 e A27, o auditor concluir 
não ser necessário registar determinados termos do trabalho de auditoria 
numa carta de compromisso, é exigido ao auditor, de acordo com o parágrafo 
11, que solicite à gerência acordo escrito onde esta reconhece e compreende 
as suas responsabilidades estabelecidas no parágrafo 6(b). Porém, segundo 
o parágrafo 12, tal acordo escrito pode utilizar a redação prevista na lei ou 
132ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
regulamento se tal lei ou regulamento estabelecerem responsabilidades para 
a gerência que sejam de facto equivalentes às descritas no parágrafo 6(b). 
A profissão, o organismo emissor de normas de auditoria ou o regulador 
da auditoria numa jurisdição podem ter dado orientações quanto à referida 
equivalência. 
Considerações específicas para entidades do setor público
A27. A lei ou regulamento que enquadram as auditorias ao setor público obrigam 
geralmente a que seja designado um auditor do setor público e estabelecem 
as suas responsabilidades e poderes, incluindo o poder de aceder aos registos 
e outras informações da entidade. Mesmo quando a lei ou o regulamento 
estabelecem com suficiente detalhe os termos do trabalho de auditoria, o 
auditor do setor público pode considerar que há benefícios em emitir uma 
carta de compromisso mais completa do que a prevista no parágrafo 11. 
Auditorias Recorrentes (Ref: Parágrafo 13)
A28. O auditor pode decidir não enviar uma nova carta de compromisso ou outro 
acordo escrito em cada período. Porém, os seguintes fatores podem fazer com 
que seja apropriado rever os termos do trabalho de auditoria ou relembrar à 
entidade os termos existentes:
•	 Qualquer indicação de que a entidade interpreta mal o objetivo ou o 
âmbito da auditoria.
•	 Quaisquer termos revistos ou especiais do trabalho de auditoria.
•	 Uma alteração recente na gerência de topo.
•	 Uma alteração significativa na propriedade.
•	 Uma alteração significativa na natureza ou dimensão do negócio da 
entidade.
•	 Uma alteração dos requisitos legais ou regulamentares.
•	 Uma alteração no referencial de relato financeiro adotado na preparação 
das demonstrações financeiras.
•	 Uma alteração noutros requisitos de relato.
Aceitação de uma Alteração nos Termos do Trabalho de Auditoria
Pedido para Alterar os Termos do Trabalho de Auditoria (Ref: Parágrafo 14)
A29. Um pedido da entidade para que o auditor altere os termos do trabalho de 
auditoria pode resultar de uma alteração das circunstâncias que afetam a 
necessidade do serviço, de um equívoco quanto à natureza de uma auditoria, 
conforme originalmente solicitada, ou de uma restrição do âmbito do trabalho 
de auditoria, quer imposta pela gerência quer causada por outras circunstâncias. 
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ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
O auditor, conforme exigido pelo parágrafo 14, analisa a justificação dada 
para o pedido, particularmente as implicações de uma restrição no âmbito do 
trabalho de auditoria. 
A30. Uma alteração das circunstâncias que afete os requisitos da entidade ou 
um equívoco quanto à natureza do serviço originalmente solicitado pode 
ser considerada uma base razoável para pedir uma alteração ao trabalho de 
auditoria. 
A31. Pelo contrário, uma alteração pode não ser considerada razoável se se 
afigurar que diz respeito a informação incorreta, incompleta ou insatisfatória. 
Um exemplo pode ser quando o auditor é incapaz de obter prova de auditoria 
suficiente e apropriada no que respeita a contas a receber e a entidade solicita 
a alteração do trabalho de auditoria para um trabalho de revisão, de modo a 
evitar uma opinião com reservas ou uma escusa de opinião. 
Pedido de Alteração do Trabalho de Auditoria para uma Revisão ou para um Serviço 
Relacionado (Ref: Parágrafo 15)
A32. Antes de dar o seu acordo à alteração de um trabalho de auditoria para uma 
revisão ou um serviço relacionado, um auditor que tenha sido contratado para 
executar uma auditoria de acordo com as ISA pode ter que avaliar, além das 
matérias referidas nos parágrafos A29-A31, quaisquer implicações legais ou 
contratuais da alteração. 
A33. Se o auditor concluir que há justificação razoável para alterar o trabalho de 
auditoria para uma revisão ou serviço relacionado, o trabalho de auditoria 
executado até à data da alteração pode ser relevante para o novo trabalho. 
Porém, o trabalho que terá de ser executado e o relatório a emitir serão os 
apropriados ao novo trabalho. A fim de evitar confundir o leitor, o relatório 
sobre o serviço relacionado não fará referência:
(a) Ao trabalho de auditoria original; ou
(b) A quaisquer procedimentos que possam ter sido executados no 
trabalho de auditoria original, exceto quando o trabalho de auditoria é 
alterado para um trabalho segundo procedimentos acordados, caso em 
que a referência aos procedimentos executados constitui uma parte 
normal do relatório. 
Considerações Adicionais na Aceitação do Trabalho
Normas de Relato Financeiro Suplementadas por Lei ou Regulamento 
(Ref: Parágrafo 18)
A34. Em algumas jurisdições, a lei ou regulamento podem suplementar as 
normas de relato financeiro estabelecidas por uma organização emissora 
de normas autorizada ou reconhecida com requisitos adicionais relativos à 
134ISA 210
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
preparação de demonstrações financeiras. Nessas jurisdições, o referencial 
de relato financeiro aplicável para efeito de aplicação das ISA abrange não 
só o referencial de relato financeiro identificado mas também esses requisitos 
adicionais, desde que não colidam com o referencial de relato financeiro 
identificado. Tal pode ser o caso, por exemplo, quando a lei ou o regulamento 
prescrevem divulgações para além das exigidas pelas normas de relato 
financeiro ou quando estreitam o conjunto de opções aceitáveis que podem 
ser tomadas no quadro das normas de relato financeiro.20 
Referencial de Relato Financeiro Determinado por Lei ou Regulamento – Outras 
Matérias que Afetam a Aceitação (Ref: Parágrafo 19)
A35. A lei ou regulamento podem determinar que a redação da opinião do 
auditor use as frases “apresentam de forma apropriada, em todos os aspetos 
materiais” ou “dão uma imagem verdadeira e apropriada” num caso em que 
o auditor conclua que o referencial de relato financeiro aplicável estabelecido 
por lei ou regulamento seria de outra forma inaceitável. Neste caso, os termos 
da redação estabelecida para o relatório do auditor são significativamente 
diferentes dos requisitos das ISA (ver o parágrafo 21).
Relatório do Auditor Determinado por Lei ou Regulamento (Ref: Parágrafo 21)
A36. As ISA determinam que o auditor não deve afirmar que cumpriu as ISA a 
menos que tenha cumprido todas as ISA relevantes para a auditoria.21 Quando 
a lei ou regulamento estabelecem o formato ou a redação do relatório do 
auditor de forma e com termos significativamente diferentes dos requisitos 
das ISA e o auditor concluir que a inclusão de explicações adicionais no seu 
relatório não mitigará possíveis equívocos, pode considerar a possibilidade 
de incluir no seu relatório uma declaração no sentido de que a auditoria não 
foi conduzida de acordo com as ISA. Porém, o auditor é encorajado a aplicar 
as ISA, incluindo as ISA que tratam a questão do relatório do auditor, na 
medida do praticável, ainda que não se permita que o auditor refira que a 
auditoria foi conduzida de acordo com as ISA.
Considerações Específicas para Entidades do Setor Público
A37. No setor público, a legislação que rege os mandatos de auditoria pode conter 
requisitos específicos para esses mandatos, podendo ser exigido ao auditor, por 
exemplo, que relate as suas conclusões diretamente a um membro do Governo, 
ao legislador ou ao público se a entidade tentar limitar o âmbito da auditoria.
20 ISA 700 (Revista), parágrafo 15, inclui um requisito respeitante à avaliação sobre se as demonstrações 
financeiras referem adequadamente ou descrevem o referencial de relato financeiro aplicável. 
21 ISA 200, parágrafo 20
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ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
Apêndice 1
(Ref: Parágrafos A23–24)
Exemplo de uma Carta de Compromisso de Auditoria
Apresenta-se em seguida um exemplo de uma carta de compromisso para uma 
auditoria de demonstrações financeiras com finalidade geral preparadas de acordo 
com as Normas Internacionais de Relato Financeiro. Este exemplo de carta não é 
obrigatório, destinando-se apenas a ser usado como um guia aplicável conjuntamente 
com as considerações que constam desta ISA, e deve ser ajustado em função das 
circunstâncias e requisitos específicos. A carta foi redigida tendo em vista a auditoria 
de demonstrações financeiras para um único período de relato e deve ser adaptada se 
se destinar ou se houver intenção de a aplicar a auditorias recorrentes (ver o parágrafo 
13 desta ISA). Pode ser apropriado obter aconselhamento jurídico quanto à adequação 
da carta proposta.
***
Ao representante apropriado da gerência ou dos encarregados da governação da 
Sociedade ABC:22
[Objetivo e âmbito da auditoria]
Solicitaram-nos23 que auditássemos as demonstrações financeiras da Sociedade ABC, 
que compreendem o balanço (ou demonstração da posição financeira) em 31 de 
dezembro de 20X1, e a demonstração dos resultados (ou demonstração do resultado 
integral), a demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos 
de caixa relativas ao ano findo naquela data, bem como as notas às demonstrações 
financeiras, incluindo um resumo das políticas contabilísticas significativas. Temos 
o prazer de confirmar pela presente a nossa aceitação e o nosso entendimento deste 
trabalho de auditoria. A nossa auditoria será conduzida com o objetivo de expressarmos 
uma opinião sobre as demonstrações financeiras.
Os objetivos da nossa auditoria são obter segurança razoável sobre se as demonstrações 
financeiras como um todo estão isentas de distorções materiais, devido a fraude ou 
erro, e emitir um relatório de auditoria que inclua a nossa opinião. Segurança razoável 
é um grau de segurança elevado, mas não é uma garantia de que uma auditoria 
executada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA) detetará 
22 Os destinatários e as referências na carta serão os que forem apropriados nas circunstâncias do trabalho, 
incluindo a jurisdição relevante. É importante referir-se às pessoas apropriadas – ver parágrafo A21.
23 As referências nesta carta a “vós”, “nós”, “gerência”, “encarregados da governação” e “auditor” 
deverão ser usadas ou alteradas conforme apropriado nas circunstâncias.
136ISA 210 APÊNDICE 1
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
sempre uma distorçãomaterial quando existir. As distorções podem ter origem em 
fraude ou erro e são consideradas materiais se, individual ou agregadamente, puderem 
com razoabilidade influenciar as decisões económicas tomadas pelos utilizadores com 
base nessas demonstrações financeiras.
[Responsabilidades do auditor] 
Executaremos a nossa auditoria de acordo com as ISA as quais exigem que 
cumpramos requisitos éticos. Como parte da auditoria de acordo com as ISA, faremos 
julgamentos profissionais e manteremos ceticismo profissional ao longo da auditoria. 
Adicionalmente:
•	 Identificaremos e analisaremos os riscos de distorção material das 
demonstrações financeiras, devido a fraude ou erro, conceberemos e 
executaremos procedimentos de resposta aos riscos identificados, e obteremos 
prova que seja suficiente e apropriada que proporcione uma base para a nossa 
opinião. O risco de não detetarmos uma distorção material resultante de fraude 
é maior do que o que resulta de erro, dado que a fraude pode envolver conluio, 
falsificação, omissões intencionais, falsas declarações ou não aplicação de 
controlos internos.
•	 Obteremos conhecimento do controlo interno relevante para a auditoria a fim de 
conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, 
mas não com a finalidade de expressar uma opinião sobre a eficácia do controlo 
interno24 da entidade. Porém, comunicar-vos-emos por escrito quaisquer 
deficiências significativas de controlo interno relevantes para a auditoria das 
demonstrações financeiras que tenhamos identificado durante a mesma.
•	 Avaliaremos a adequação dos princípios contabilísticos usados e a razoabilidade 
das estimativas contabilísticas e divulgações efetuadas pela gerência.
•	 Avaliaremos a apropriação do uso pela gerência da continuidade e, com base na 
prova obtida, concluiremos sobre se existe alguma incerteza material relativa 
a acontecimentos ou condições que possam colocar dúvida significativa sobre 
a capacidade da sociedade em prosseguir a sua atividade. Se concluirmos que 
existe uma incerteza material, é exigido que chamemos a atenção no nosso 
relatório para as respetivas divulgações nas demonstrações financeiras ou, se 
tais divulgações forem inadequadas, modifiquemos a nossa opinião. As nossas 
conclusões são baseadas na prova de auditoria que obtivemos até à data do 
nosso relatório. Porém, futuros acontecimentos ou condições podem causar que 
a sociedade não dê continuidade à sua atividade.
24 Esta frase pode ser modificada, como apropriado, em circunstâncias em que o auditor também tem 
a responsabilidade de emitir uma opinião sobre a eficácia do controlo interno em conjunção com a 
auditoria das demonstrações financeiras.
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ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
•	 Avaliaremos a apresentação global, a estrutura e o conteúdo das demonstrações 
financeiras, incluindo as divulgações, e se as demonstrações financeiras 
representam as transações e acontecimentos subjacentes de uma forma que 
atinja uma apresentação apropriada.
Devido às limitações inerentes a uma auditoria, juntamente com as limitações 
inerentes ao controlo interno, existe inevitavelmente o risco de que algumas distorções 
materiais possam não ser detetadas, mesmo que a auditoria seja devidamente planeada 
e executada de acordo com as ISA.
[Responsabilidades da gerência e identificação do referencial de relato financeiro 
aplicável (para efeitos deste exemplo, assume-se que o auditor não considera que a 
lei ou regulamento prescrevem essas responsabilidades em termos apropriados; são 
por isso usadas as descrições constantes do parágrafo 6(b) desta ISA).]
A nossa auditoria será conduzida na base de que [a gerência e, quando apropriado, 
os encarregados da governação]25 reconhecem e compreendem que têm a 
responsabilidade:
(a) Pela preparação e apresentação apropriadas das demonstrações financeiras de 
acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro;26 
(b) Pelo controlo interno que [a gerência] determine ser necessário para possibilitar 
a preparação de demonstrações financeiras isentas de distorção material, devido 
a fraude ou a erro; e
(c) De nos proporcionarem27:
(i) Acesso a toda a informação de que [a gerência] tenha conhecimento e 
que seja relevante para a preparação das demonstrações financeiras, tais 
como registos, documentação e outras matérias;
(ii) Informações adicionais que possamos pedir à [gerência] para efeitos da 
auditoria; e
(iii) Acesso sem restrições a pessoas que dentro da entidade determinemos 
ser necessário contactar para obter prova de auditoria.
Como parte do nosso processo de auditoria, solicitaremos [à gerência e, quando 
apropriado, aos encarregados da governação], confirmação escrita respeitante a 
declarações que nos foram feitas relacionadas com a auditoria.
25 Usar a terminologia apropriada às circunstâncias.
26 Ou, se apropriado, “Pela preparação de demonstrações financeiras que deem uma imagem verdadeira 
e apropriada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro”.
27 Ver parágrafo A23 com exemplos de outras matérias relativas a responsabilidades da gerência que 
possam ser incluídas.
138ISA 210 APÊNDICE 1
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
Esperamos uma total cooperação do vosso pessoal durante a nossa auditoria.
[Outras informações relevantes]
[Inserir outras informações, tais como honorários e faturação acordados e outros 
termos específicos, conforme apropriado]
[Relato]
[Inserir referência apropriada à forma e conteúdo esperados do relatório do auditor, 
incluindo, se aplicável, o relato de outra informação de acordo com a ISA 720 
(revista).]
A forma e o conteúdo do nosso relatório poderão ter de ser alterados à luz das 
conclusões da nossa auditoria.
Queiram assinar e devolver a cópia anexa desta carta para indicar o vosso 
reconhecimento e aceitação dos termos relativos à nossa auditoria das demonstrações 
financeiras, incluindo as nossas responsabilidades respetivas.
XYZ & Co.
Tomámos conhecimento e concordamos em nome da Sociedade ABC
(assinado) 
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ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
Apêndice 2
(Ref: Parágrafo A10)
Determinar a Aceitabilidade de Referenciais com Finalidade Geral
Jurisdições que Não Têm Organizações Emissoras de Normas Autorizadas ou 
Reconhecidas ou Referenciais de Relato Financeiro Estabelecidos por Lei ou 
Regulamento
1. Conforme explicado no parágrafo A10 desta ISA, quando uma entidade está 
registada ou está a operar numa jurisdição que não tem uma organização 
emissora de normas autorizada ou reconhecida, ou em que o uso do referencial 
de relato financeiro não é estabelecido por lei ou regulamento, a gerência 
identifica um referencial de relato financeiro aplicável. A prática nestas 
jurisdições é muitas vezes usar as normas de relato financeiro estabelecidas 
por uma das organizações descritas no parágrafo A8 desta ISA. 
2. Alternativamente, podem existir convenções contabilísticas estabelecidas 
numa dada jurisdição que são geralmente reconhecidas como o referencial 
de relato financeiro para as demonstrações financeiras com finalidade geral 
preparadas por determinadas entidades que operam nessa jurisdição. Quando 
for adotado um tal referencial de relato financeiro, o parágrafo 6(a) desta ISA 
exige que o auditor determine se pode considerar que, coletivamente, essas 
convenções contabilísticas constituem um referencial de relato financeiro 
aceitável para demonstrações financeiras com finalidade geral. Quando as 
convenções contabilísticas forem amplamente usadas numa dada jurisdição, 
a profissão pode ter analisado em nome dos auditores a aceitabilidade do 
referencial de relato financeiro nessa jurisdição. Alternativamente, o auditor 
pode fazer essa determinação verificando se as convenções contabilísticas 
apresentam os atributos geralmente existentes nosreferenciais de relato 
financeiro aceitáveis (ver o parágrafo 3 adiante), ou comparando as 
convenções contabilísticas com os requisitos de um referencial de relato 
financeiro existente considerado como aceitável (ver o parágrafo 4 adiante).
3. Os referenciais de relato financeiro aceitáveis têm geralmente os atributos que 
se seguem, que resultam em informação dada nas demonstrações financeiras 
que é útil aos utentes:
(a) Relevância, no sentido em que a informação dada nas demonstrações 
financeiras é relevante para a natureza da entidade e a finalidade das 
demonstrações financeiras. Por exemplo, no caso de uma empresa 
comercial que prepare demonstrações financeiras com finalidade geral, a 
relevância é avaliada em termos da informação necessária para satisfazer 
140ISA 210 APÊNDICE 2
ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
as necessidades comuns de informação de um conjunto alargado de 
utentes para tomarem as suas decisões económicas. Estas necessidades são 
geralmente satisfeitas apresentando a posição financeira, o desempenho 
financeiro e os fluxos de caixa da empresa comercial.
(b) Plenitude, no sentido em que não são omitidas transações e acontecimentos, 
saldos de contas e divulgações que possam afetar conclusões baseadas nas 
demonstrações financeiras.
(c) Fiabilidade, no sentido em que a informação dada nas demonstrações 
financeiras:
(i) Reflete, quando aplicável, a substância económica dos 
acontecimentos e transações e não meramente a sua forma legal; 
e
(ii) Resulta numa avaliação, mensuração, apresentação e divulgação 
razoavelmente consistentes, quando usadas em circunstâncias 
similares. 
(d) Neutralidade, no sentido em que contribui para a prestação nas 
demonstrações financeiras de informação isenta.
(e) Compreensibilidade, no sentido em que a informação que consta 
das demonstrações financeiras é clara e abrangente, não permitindo 
interpretações significativamente diferentes.
4. O auditor pode decidir comparar as convenções contabilísticas com os 
requisitos de um referencial de relato financeiro existente considerado 
aceitável. Por exemplo, o auditor pode comparar as convenções contabilísticas 
com as IFRS. Para uma auditoria a uma pequena entidade, o auditor pode 
decidir comparar as convenções contabilísticas com um referencial de 
relato financeiro especificamente desenvolvido para tais entidades por uma 
organização emissora de normas autorizada ou reconhecida. Quando o 
auditor fizer tal comparação e forem identificadas diferenças, a decisão sobre 
se as convenções contabilísticas adotadas na preparação e apresentação das 
demonstrações financeiras constituem um referencial de relato financeiro 
aceitável inclui a consideração da razão das diferenças e a possibilidade de 
que a aplicação das convenções contabilísticas, ou a descrição do referencial 
de relato financeiro nas demonstrações financeiras, possa resultar em 
demonstrações financeiras suscetíveis de induzir em erro.
5. Uma acumulação de convenções contabilísticas desenvolvidas para dar 
satisfação a preferências individuais não constitui um referencial de relato 
financeiro para demonstrações financeiras com finalidade geral aceitável. De 
forma análoga, um referencial de cumprimento não será um referencial de 
relato financeiro aceitável, a menos que seja geralmente aceite na jurisdição 
em causa pelos preparadores e pelos utentes.
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NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
(Aplicável a auditorias de demonstrações financeiras de períodos 
com início em ou após 15 de dezembro de 2009) 
ÍNDICE
Parágrafo
Introdução
Âmbito desta ISA .......................................................................................... 1
Sistema de Controlo de Qualidade e Papel da Equipa de Trabalho .............. 2-4
Data de Entrada em Vigor ............................................................................. 5
Objetivo ....................................................................................................... 6
Definições ..................................................................................................... 7
Requisitos
Responsabilidades de Liderança para a Qualidade em Auditorias ................ 8
Requisitos Éticos Relevantes ........................................................................ 9-11
Aceitação e Continuação de Relacionamentos com os Clientes e de 
 Trabalhos de Auditoria ........................................................................... 12-13
Designação das Equipas de Trabalho ............................................................ 14
Execução do Trabalho ................................................................................... 15-22
Monitorização ............................................................................................... 23
Documentação ............................................................................................... 24-25
Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Sistema de Controlo de Qualidade e Papel das Equipas de Trabalho ........... A1-A2
Responsabilidades de Liderança para a Qualidade em Auditorias ............... A3
Requisitos Éticos Relevantes ........................................................................ A4-A7
Aceitação e Continuação de Relacionamentos com os Clientes e de 
 Trabalhos de Auditoria ........................................................................... A8-A9
142ISA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Designação das Equipas de Trabalho ........................................................... A10-A12
Execução do Trabalho ................................................................................... A13-A31
Monitorização .............................................................................................. A32-A34
Documentação ............................................................................................... A35
A Norma Internacional de Auditoria (ISA) 220, Controlo de Qualidade para uma 
Auditoria de Demonstrações Financeiras, deve ser lida em conjunção com a ISA 
200, Objetivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de 
Acordo com as Normas Internacionais de Auditoria.
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143 ISA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Introdução
Âmbito desta ISA
1. Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda as responsabilidades 
específicas do auditor no que se refere aos procedimentos de controlo de 
qualidade para uma auditoria de demonstrações financeiras. Também aborda, 
quando aplicável, as responsabilidades do revisor do controlo de qualidade 
do trabalho. Esta ISA deve ser lida em conjunto com os requisitos éticos 
relevantes.
Sistema de Controlo de Qualidade e Papel das Equipas de Trabalho
2. Os sistemas, políticas e procedimentos de controlo de qualidade são da 
responsabilidade da firma de auditoria. Segundo a ISQC 1, a firma tem a 
obrigação de estabelecer e manter um sistema de controlo de qualidade que 
lhe proporcione garantia razoável de fiabilidade de que: 
(a) A firma e o seu pessoal cumprem as normas profissionais e os requisitos 
legais e regulamentares aplicáveis; e 
(b) Os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios responsáveis pelo 
trabalho são apropriados nas circunstâncias.1
Esta ISA está elaborada na base de que a firma está sujeita à ISQC 1 ou a 
requisitos nacionais que são pelo menos tão exigentes. (Ref: Parágrafo A1)
3. No contexto do sistema de controlo de qualidade da firma, as equipas de 
trabalho têm a responsabilidade de implementar procedimentos de controlo 
de qualidade que sejam aplicáveis ao trabalho de auditoria e proporcionem 
à firma informação relevante que possibilite o funcionamento da parte do 
sistema de controlo dequalidade da firma relativa à independência.
4. As equipas de trabalho podem confiar no sistema de controlo de qualidade 
da firma, a menos que a informação proporcionada pela firma ou por outra 
entidade sugira o contrário. (Ref: Parágrafo A2)
Data de Entrada em Vigor
5. Esta ISA é aplicável a auditorias de demonstrações financeiras de períodos 
com início em ou após 15 de dezembro de 2009. 
1 ISQC 1, Controlo de Qualidade para Firmas que Executem Auditorias e Revisões de Demonstrações 
Financeiras, e Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e Serviços Relacionados, parágrafo 11
144ISA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Objetivo
6. O objetivo do auditor é implementar procedimentos de controlo de qualidade 
ao nível do trabalho que lhe proporcionem garantia razoável de fiabilidade 
de que:
(a) A auditoria cumpre as normas profissionais e os requisitos legais e 
regulamentares; e
(b) O relatório emitido pelo auditor é apropriado nas circunstâncias. 
Definições 
7. Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes definições:
(a) Entidade admitida à cotação – Uma entidade cujas partes de capital 
ou instrumentos de dívida estão cotados ou admitidos à cotação 
numa bolsa de valores reconhecida ou são transacionados segundo os 
regulamentos de uma bolsa de valores reconhecida ou outro organismo 
equivalente.
(b) Equipa de trabalho – Todos os sócios e pessoal que executam o trabalho, 
incluindo quaisquer indivíduos designados pela firma ou por uma firma 
da rede que executam procedimentos de auditoria nesse trabalho. Isto 
exclui um perito externo do auditor contratado pela firma ou por uma 
firma da rede2. O termo “equipa de trabalho” também exclui indivíduos 
dentro da função de auditoria interna do cliente que prestam assistência 
direta a um trabalho de auditoria quando o auditor externo cumpre os 
requisitos da ISA 610 (Revista).3
(c) Firma – Um profissional individual, parceria, sociedade ou outra 
entidade de contabilistas ou auditores profissionais. 
(d) Firma da rede – Uma firma ou entidade que pertence a uma rede. 
(e) Inspeção – Em relação a trabalhos de auditoria concluídos, 
procedimentos concebidos para proporcionar evidência do 
cumprimento pelas equipas de trabalho das políticas e procedimentos 
de controlo de qualidade da firma. 
2 ISA 620, Usar o Trabalho de um Perito do Auditor, parágrafo 6(a), define a expressão “perito do 
auditor”.
3 A ISA 610 (Revista), Usar o Trabalho de Auditores Internos, estabelece limites sobre a utilização de 
apoio direto dos auditores internos e também reconhece que o auditor externo pode estar proibido por 
lei ou regulamento de obter apoio direto de auditores internos. Por isso, a utilização de apoio direto é 
restrito a situações em que é permitido.
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145 ISA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
(f) Monitorização – Um processo que abrange a consideração e avaliação 
contínuas do sistema de controlo de qualidade da firma, incluindo uma 
inspeção periódica a uma seleção de trabalhos concluídos, concebido 
para proporcionar à firma segurança razoável de que o seu sistema de 
controlo de qualidade está a operar com eficácia.
(g) Normas profissionais – Normas Internacionais de Auditoria (ISA) e 
requisitos éticos relevantes.
(h) Pessoa externa adequadamente qualificada - Um indivíduo externo 
à firma com capacidade e competência para atuar como sócio 
responsável pelo trabalho, como por exemplo um sócio de uma outra 
firma ou um empregado (com experiência apropriada), seja de uma 
organização profissional cujos membros possam executar auditorias de 
informação financeira histórica, seja de uma organização que preste 
serviços relevantes de controlo de qualidade. 
(i) Pessoal – Sócios e empregados técnicos.
(j) Pessoal Técnico - Profissionais não sócios, incluindo quaisquer peritos 
que a firma empregue
(k) Rede – Uma grande estrutura que:
(i) Tem como objetivo a cooperação, e
(ii) Está claramente orientada para a partilha de lucros ou de custos, 
apresenta propriedade, controlo ou gestão comum ou partilha 
políticas e procedimentos de controlo de qualidade, uma 
estratégia de negócio, o uso de um nome de marca ou uma parte 
significativa de recursos profissionais comuns.
(l) Requisitos éticos relevantes – Requisitos éticos a que a equipa de 
trabalho e o revisor do controlo de qualidade do trabalho estão sujeitos, 
os quais compreendem geralmente as Partes A e B do Código de Ética 
dos Profissionais de Contabilidade e Auditoria (Código do IESBA) da 
International Ethics Standards Board for Accountants relativos a uma 
auditoria de demonstrações financeiras, juntamente com os requisitos 
éticos nacionais que sejam mais restritivos.
(m) Revisão do controlo de qualidade do trabalho – Um processo concebido 
para proporcionar uma avaliação objetiva, à data do relatório do auditor 
ou antes dessa data, dos julgamentos significativos que a equipa de 
trabalho fez e das conclusões a que chegou ao formular o relatório. 
O processo de revisão do controlo de qualidade do trabalho destina-
se apenas a auditorias de demonstrações financeiras de entidades 
146ISA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
admitidas à cotação e a outros trabalhos de auditoria, se existirem, 
relativamente aos quais a firma tenha determinado que é necessária 
uma tal revisão.
(n) Revisor do controlo de qualidade do trabalho – Um sócio, outra pessoa 
da firma, pessoa externa adequadamente qualificada ou uma equipa 
constituída por estes indivíduos, nenhum dos quais é membro da equipa 
de trabalho, com experiência e autoridade suficiente e apropriada para 
avaliar objetivamente os julgamentos significativos que a equipa de 
trabalho fez e as conclusões a que chegou ao formular o relatório.
(o) Sócio – Qualquer indivíduo com autoridade para obrigar a firma com 
respeito à execução de um trabalho de serviços profissionais.
(p) Sócio responsável pelo trabalho4 – O sócio ou outra pessoa na firma 
que é responsável pelo trabalho de auditoria e pela sua execução e pelo 
relatório do auditor emitido em nome da firma, e que goza, quando 
necessário, de autorização adequada concedida por um organismo 
profissional, legal ou regulador.
Requisitos
Responsabilidades de Liderança para a Qualidade em Auditorias
8. O sócio responsável pelo trabalho deve assumir a responsabilidade pela 
qualidade global em cada trabalho de auditoria para o qual foi designado. 
(Ref: Parágrafo A3) 
Requisitos Éticos Relevantes
9. Ao longo do trabalho de auditoria, o sócio responsável pelo trabalho deverá 
permanecer alerta, por meio da observação e das indagações necessárias, 
para identificar eventuais indícios de incumprimento de requisitos éticos 
relevantes por membros da equipa de trabalho. (Ref: Parágrafos A4-A5) 
10. Se chegaram ao conhecimento do sócio responsável pelo trabalho, por 
intermédio do sistema de controlo de qualidade da firma ou de outra forma, 
matérias que indiquem que os membros da equipa de trabalho não cumpriram 
requisitos éticos relevantes, o sócio responsável pelo trabalho, após consulta 
com outros na firma, decidirá a ação apropriada a tomar. (Ref: Parágrafo A5)
4 “Sócio responsável pelo trabalho”, “sócio” e “firma” devem ser lidos como referências aos seus 
equivalentes do setor público, quando relevante.
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Independência 
11. O sócio responsável pelo trabalho deve elaborar uma conclusão sobre o 
cumprimento dos requisitos de independência que se aplicam ao trabalho de 
auditoria. Ao fazê-lo, o sócio responsável pelo trabalho deve: (Ref: Parágrafo 
A5)
(a) Obter informação relevante da firma e, quando aplicável, das firmas da 
rede, para identificar e avaliar as circunstâncias e os relacionamentos 
que criem ameaças à independência;
(b) Avaliar a informação sobre falhas identificadas,caso existam, nas 
políticas e procedimentos de independência da firma, para determinar 
se constituem uma ameaça à independência do trabalho de auditoria; e
(c) Tomar as ações apropriadas para eliminar tais ameaças ou reduzi-
las a um nível aceitável por aplicação de salvaguardas, ou, se for 
considerado apropriado, renunciar ao trabalho de auditoria, quando 
essa renúncia for possível segundo lei ou regulamento aplicável. O 
sócio responsável pelo trabalho deve comunicar imediatamente à firma 
qualquer incapacidade para resolver uma determinada questão, para 
que seja tomada ação apropriada. (Ref: Parágrafos A6-A7) 
Aceitação e Continuação de Relacionamentos com os Clientes e de Trabalhos de 
Auditoria
12. O sócio responsável pelo trabalho deve assegurar-se de que foram adotados 
os procedimentos apropriados com respeito à aceitação e continuação de 
relacionamentos com os clientes e de trabalhos de auditoria, e deve determinar 
que as conclusões atingidas a este respeito são apropriadas. (Ref: Parágrafos 
A8-A9)
13. Se o sócio responsável pelo trabalho obtiver informação que teria feito com 
que a firma recusasse o trabalho de auditoria, caso essa informação tivesse 
estado disponível antes, deve comunicar imediatamente essa informação à 
firma, de forma a que a firma e o sócio responsável pelo trabalho possam 
tomar a ação necessária. (Ref: Parágrafo A9)
Designação de Equipas de Trabalho
14. O sócio responsável pelo trabalho deve assegurar-se de que a equipa de 
trabalho e quaisquer peritos do auditor que não façam parte da equipa de 
trabalho tenham coletivamente competência e capacidades para: 
(a) Executar o trabalho de auditoria de acordo com as normas profissionais 
e os requisitos legais e regulamentares aplicáveis; e
148ISA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
(b) Possibilitar a emissão de um relatório do auditor que seja apropriado 
nas circunstâncias. (Ref: Parágrafos A10–A12)
Execução do Trabalho
Direção, Supervisão e Execução 
15. O sócio responsável pelo trabalho deve assumir a responsabilidade: 
(a) Pela direção, supervisão e execução do trabalho de auditoria em 
conformidade com as normas profissionais e os requisitos legais e 
regulamentares aplicáveis; e (Ref: Parágrafos A13-A15, A20)
(b) Pelo relatório do auditor ser apropriado nas circunstâncias.
Revisões
16. O sócio responsável pelo trabalho deve assumir a responsabilidade pela 
condução das revisões de acordo com os procedimentos e políticas de revisão 
da firma: (Ref: Parágrafos A16-A17, A20) 
17. Antes ou na data do relatório do auditor, o sócio responsável pelo trabalho 
deve, através de uma revisão da documentação de auditoria e de discussões 
com a equipa de trabalho, assegurar-se de que foi obtida prova de auditoria 
suficiente e apropriada para suportar as conclusões atingidas e para que o 
relatório do auditor seja emitido. (Ref: Parágrafos A18-A20)
Consultas
18. O sócio responsável pelo trabalho deve: 
(a) Assumir a responsabilidade pela equipa de trabalho, realizando 
consultas apropriadas sobre matérias difíceis ou controversas;
(b) Assegurar-se de que os membros da equipa de trabalho levaram a 
efeito consultas apropriadas no decurso do trabalho, quer dentro da 
equipa de trabalho, quer entre a equipa de trabalho e outros de nível 
apropriado dentro ou fora da firma;
(c) Assegurar-se de que a natureza e âmbito de tais consultas, bem como 
as conclusões daí resultantes, foram acordadas com a parte consultada; 
e
(d) Verificar que as conclusões resultantes de tais consultas foram 
implementadas. (Ref: Parágrafos A21-A22)
Revisão do Controlo de Qualidade do Trabalho
19. Nas auditorias de demonstrações financeiras de entidades admitidas à cotação 
e de outros trabalhos de auditoria, caso existam, relativamente aos quais a 
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firma determinou que é necessária uma revisão do controlo de qualidade do 
trabalho, o sócio responsável deve:
(a) Verificar que foi designado um revisor do controlo de qualidade do 
trabalho;
(b) Discutir com o revisor do controlo de qualidade do trabalho questões 
significativas que surjam durante o trabalho de auditoria, incluindo as 
identificadas durante a revisão do controlo de qualidade do trabalho; e
(c) Não datar o relatório do auditor até à conclusão da revisão do controlo 
de qualidade. (Ref: Parágrafos A23-A25) 
20. O revisor do controlo de qualidade do trabalho deve executar uma avaliação 
objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipa de trabalho e das 
conclusões atingidas ao formular o relatório do auditor. Esta avaliação deve 
envolver: 
(a) Discussão das matérias significativas com o sócio responsável pelo 
trabalho; 
(b) Revisão das demonstrações financeiras e da minuta de relatório do 
auditor; 
(c) Revisão de documentação de auditoria selecionada, relativa aos 
julgamentos significativos que a equipa de trabalho fez e das conclusões 
a que chegou; e
(d) Avaliação das conclusões atingidas ao formular o relatório do auditor 
e da apropriação da minuta de relatório do auditor. (Ref: Parágrafos 
A26-A27a, A29-A31)
21. Para auditorias de demonstrações financeiras de entidades admitidas à 
cotação, o revisor do controlo de qualidade do trabalho, ao executar a revisão 
do controlo de qualidade do trabalho, deve também considerar os seguintes 
elementos: 
(a) A avaliação pela equipa de trabalho da independência da firma em 
relação ao trabalho de auditoria; 
(b) Se se realizaram consultas apropriadas sobre matérias que envolvam 
diferenças de opinião ou outras matérias difíceis ou controversas e 
sobre as conclusões decorrentes dessas consultas; e
(c) Se a documentação selecionada para revisão reflete o trabalho 
executado em relação aos julgamentos significativos e suporta as 
conclusões alcançadas. (Ref: Parágrafos A28-A31) 
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Diferenças de Opinião
22. Se surgirem diferenças de opinião dentro da equipa de trabalho, com os 
consultados e, quando aplicável, entre o sócio de trabalho e o revisor do 
controlo de qualidade do trabalho, a equipa de trabalho deve seguir as políticas 
e procedimentos da firma para o tratamento e resolução das diferenças de 
opinião. 
Monitorização 
23. Um sistema de controlo de qualidade eficaz inclui um processo de 
monitorização concebido para proporcionar à firma garantia razoável de 
fiabilidade de que as suas políticas e procedimentos relativos ao sistema de 
controlo de qualidade têm relevância, são adequados e operam com eficácia. 
O sócio responsável pelo trabalho deve considerar os resultados do processo 
de monitorização da firma, conforme evidenciados na última informação 
divulgada pela firma e, se aplicável, por outras firmas da rede, e se as 
deficiências notadas nessa informação podem afetar o trabalho de auditoria. 
(Ref: Parágrafos A32-A34) 
Documentação
24. O auditor deve incluir na documentação de auditoria:5
(a) As questões identificadas no que respeita ao cumprimento de requisitos 
éticos relevantes e a forma como foram resolvidas.
(b) As conclusões sobre o cumprimento de requisitos de independência 
aplicáveis ao trabalho de auditoria e quaisquer discussões no seio da 
firma que suportem essas conclusões.
(c) As conclusões atingidas no que respeita à aceitação e continuação dos 
relacionamentos com os clientes e dos trabalhos de auditoria.
(d) A natureza e o âmbito das consultas realizadas no decurso do trabalho 
de auditoria, juntamente com as respetivas conclusões. (Ref: Parágrafo 
A35)
25. O revisor do controlo de qualidade do trabalho deve documentar, relativamente 
ao trabalho de auditoria objeto de revisão, que: 
(a) Os procedimentos exigidos pelas políticas da firma quanto à revisão do 
controlo de qualidade do trabalho foram executados;
(b) A revisão do controlo de qualidade do trabalho foi concluída antes ou 
à data dorelatório do auditor; e
5 ISA 230, Documentação de Auditoria, parágrafos 8-11, e A6
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(c) O revisor não tem conhecimento de quaisquer matérias por resolver 
que o possam levar a crer que os julgamentos significativos feitos pela 
equipa de trabalho e as conclusões atingidas não foram apropriados.
***
Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Sistema de Controlo de Qualidade e Papel das Equipas de Trabalho 
(Ref: Parágrafo 2)
A1. A ISQC 1, ou os requisitos nacionais que sejam pelo menos tão exigentes, 
tratam as responsabilidades da firma em estabelecer e manter o seu sistema 
de controlo de qualidade para trabalhos de auditoria. O sistema de controlo 
de qualidade inclui as políticas e procedimentos que tratam cada um dos 
seguintes elementos:
•	 Responsabilidades de liderança relativas à qualidade dentro da firma;
•	 Requisitos éticos relevantes;
•	 Aceitação e continuação dos relacionamentos com os clientes e de 
trabalhos específicos;
•	 Recursos humanos;
•	 Execução do trabalho; e
•	 Monitorização. 
Os requisitos nacionais que tratam as responsabilidades da firma em 
estabelecer e manter um sistema de controlo de qualidade são pelo menos 
tão exigentes como os da ISQC 1 quando tratam todos os elementos referidos 
neste parágrafo e impõem obrigações à firma que permitem atingir os 
objetivos dos requisitos estabelecidos na ISQC 1.
Confiança no Sistema de Controlo de Qualidade da Firma (Ref: Parágrafo 4)
A2. Salvo se a informação prestada pela firma ou por outras entidades sugerir 
o contrário, a equipa da trabalho pode confiar no sistema de controlo de 
qualidade da firma em relação a, por exemplo: 
•	 Competência do pessoal, por via do seu recrutamento e formação 
formal.
•	 Independência por via da recolha e comunicação de informação 
relevante sobre independência.
•	 Manutenção de relacionamentos com os clientes através de sistemas de 
aceitação e continuação.
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
•	 Aderência aos requisitos legais e regulamentares aplicáveis através do 
processo de monitorização.
Responsabilidades de Liderança para a Qualidade em Auditorias 
(Ref: Parágrafo 8)
A3. As ações do sócio responsável pelo trabalho e as mensagens apropriadas aos 
outros membros da equipa de trabalho, ao tomarem a responsabilidade pela 
qualidade global em cada trabalho de auditoria, enfatizam:
(a) A importância para a qualidade da auditoria de:
(i) Executar trabalho que cumpra as normas profissionais e os 
requisitos legais e regulamentares aplicáveis;
(ii) Cumprir as políticas e procedimentos de controlo de qualidade 
da firma, conforme aplicável;
(iii) Emitir relatórios de auditor que sejam apropriados nas 
circunstâncias; e
(iv) A equipa de trabalho ter capacidade para suscitar questões sem 
medo de represálias; e
(b) O facto de que a qualidade é essencial na execução de trabalhos de 
auditoria. 
Requisitos Éticos Relevantes
Cumprimento dos Requisitos Éticos Relevantes (Ref: Parágrafo 9)
A4. O Código do IESBA estabelece os princípios fundamentais de ética 
profissional, que incluem:
(a) Integridade;
(b) Objetividade;
(c) Competência e zelo profissional;
(d) Confidencialidade; e 
(e) Comportamento profissional. 
Definição de “Firma”, “Rede” e “Firma de Rede” (Ref: Parágrafos 9–11)
A5. As definições de “firma”, “rede” ou “firma da rede” em requisitos éticos rele-
vantes podem diferir das estabelecidas nesta ISA. Por exemplo, o Código do 
IESBA define uma “firma” como:
(a) Um profissional individual, parceria ou sociedade de contabilistas ou 
auditores profissionais;
(b) Uma entidade que controla tais entidades através de propriedade, de 
gerência ou outros meios;
(c) Uma entidade controlada por tais entidades através de propriedade, de 
gerência ou outros meios.
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O Código do IESBA também proporciona orientação em relação aos termos 
“rede” e “firmas da rede”.
No cumprimento dos requisitos dos parágrafos 9-11, aplicam-se as definições 
usadas nos requisitos éticos relevantes, na medida do que seja necessário para 
interpretar esses requisitos éticos. 
Ameaças à Independência (Ref: Parágrafo 11(c))
A6. O sócio responsável pelo trabalho pode identificar uma ameaça à 
independência respeitante ao trabalho de auditoria que as salvaguardas não 
permitam eliminar ou reduzir para um nível aceitável. Nesse caso, conforme 
exigido pelo parágrafo 11(c), o sócio responsável pelo trabalho contacta as 
pessoa(s) relevante(s) dentro da firma para determinar a ação apropriada, que 
pode incluir a eliminação da atividade ou interesse que cria a ameaça ou a 
renúncia ao trabalho de auditoria, quando essa renúncia for possível segundo 
a lei ou regulamento aplicável. 
Considerações específicas para Entidades do Setor Público
A7. Podem existir medidas estatutárias que proporcionem salvaguardas para a 
independência dos auditores do setor público. Porém, os auditores do setor 
público ou as firmas de auditoria que realizem auditorias do setor público em 
nome do auditor estatutário podem, dependendo dos termos do mandato numa 
dada jurisdição, necessitar de adaptar a sua abordagem a fim de promover o 
cumprimento do espírito do parágrafo 11. Tal pode incluir, quando o mandato 
do auditor do setor público não permitir a renúncia do trabalho, a divulgação 
por meio de um relatório público das circunstâncias ocorridas e que, no setor 
privado, conduziriam à renúncia do auditor. 
Aceitação e Continuação de Relacionamentos com os Clientes e de Trabalhos de 
Auditoria (Ref: Parágrafo 12)
A8. A ISQC 1 exige que as firmas obtenham a informação considerada necessária 
nas circunstâncias antes de aceitar um trabalho para um novo cliente, de 
decidir sobre a continuação ou não de um trabalho existente e de ponderar 
a aceitação de um novo trabalho para um cliente existente.6 As informações 
que se seguem ajudam o sócio responsável pelo trabalho a determinar 
se as conclusões atingidas no que respeita à aceitação e continuação dos 
relacionamentos com os clientes e de trabalhos de auditoria são apropriadas: 
•	 Integridade dos principais proprietários, da gerência de topo e dos 
encarregados da governação da entidade;
6 ISQC 1, parágrafo 27(a)
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
•	 Se a equipa de trabalho é competente para executar o trabalho de 
auditoria e tem as capacidades necessárias, incluindo tempo e recursos; 
•	 Se a firma e a equipa de trabalho podem cumprir os requisitos éticos 
relevantes; e
•	 Matérias significativas que tenham surgido durante o trabalho 
de auditoria corrente ou anterior e respetivas implicações para a 
continuação do relacionamento.
Considerações Específicas para Entidades do Setor Público (Ref: Parágrafos 12–13)
A9. No setor público, os auditores podem ser designados de acordo com 
procedimentos oficiais. Consequentemente, determinados requisitos e 
considerações respeitantes à aceitação e continuação de relacionamentos com 
os clientes e dos trabalhos de auditoria, conforme estabelecidos nos parágrafos 
12, 13 e A8, podem não ser relevantes. Não obstante, a informação recolhida 
em consequência do processo descrito pode ser valiosa para os auditores 
do setor público na execução de avaliações do risco e no desempenho de 
responsabilidades de relato.
Designação de Equipas de Trabalho (Ref: Parágrafo 14)
A10. Uma equipa de trabalho inclui uma pessoa com competência numa área 
especializada de contabilidade ou auditoria, contratada ou empregada pela 
firma, se existir, que executa procedimentos de auditoria no trabalho. Porém, 
uma pessoa com essa competência não é um membro da equipa de trabalho 
se o seu envolvimento se limitar a consultas. As consultas são tratadas nos 
parágrafos 18, A21 e A22.A11. Ao considerar as competências e capacidades apropriadas que são esperadas 
da equipa de trabalho como um todo, o sócio responsável pelo trabalho pode, 
relativamente à equipa de trabalho, tomar em consideração matérias como:
•	 Entendimento e experiência prática em trabalhos de auditoria 
de natureza e complexidade semelhantes por via de formação e 
participação apropriados.
•	 Compreensão das normas profissionais e dos requisitos regulamentares 
e legais.
•	 Competência técnica, incluindo competência relevante em tecnologias 
de informação e áreas especializadas de contabilidade ou auditoria.
•	 Conhecimento dos setores de atividade relevantes em que o cliente 
opera.
•	 Capacidade de efetuar julgamento profissional.
•	 Compreensão das políticas e procedimentos de controlo de qualidade 
da firma. 
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Considerações Específicas para Entidades do Setor Público 
A12. No setor público, uma competência adicional apropriada pode incluir as 
habilitações que sejam necessárias para dar cumprimento aos termos do 
mandato de auditoria numa determinada jurisdição. Tal competência pode 
incluir o conhecimento das modalidades de relato aplicáveis, incluindo o 
relato destinado ao legislador ou a outro órgão de governação ou o relato no 
interesse público. O âmbito mais alargado de uma auditoria do setor público 
pode incluir, por exemplo, alguns aspetos de auditoria de desempenhos ou 
uma avaliação integral do cumprimento das leis, regulamentos ou outras 
disposições, e prevenir e detetar fraudes e corrupção. 
Execução do Trabalho 
Direção, Supervisão e Execução (Ref: Parágrafo 15(a))
A13. Dirigir a equipa de trabalho envolve informar os respetivos membros sobre 
matérias como:
•	 As suas responsabilidades, incluindo a necessidade de cumprir os 
requisitos éticos relevantes e de planear e executar uma auditoria com 
ceticismo profissional, tal como exigido pela ISA 200.7 
•	 As responsabilidades dos respetivos sócios, quando a condução de um 
trabalho de auditoria envolver mais do que um sócio.
•	 Os objetivos do trabalho a executar.
•	 A natureza do negócio da entidade.
•	 As questões relacionadas com o risco.
•	 Os problemas que possam surgir.
•	 A abordagem pormenorizada para a execução do trabalho. 
A discussão entre os membros da equipa de trabalho permite que os membros 
menos experientes coloquem questões aos membros mais experientes, de tal 
forma que possa haver uma comunicação apropriada dentro da equipa de 
trabalho. 
A14. O trabalho de grupo e formação apropriados ajudam os membros da equipa 
de trabalho menos experientes a compreenderem claramente os objetivos do 
trabalho atribuído.
7 ISA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de Acordo com as 
Normas Internacionais de Auditoria, parágrafo 15
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A15. A supervisão inclui matérias como:
•	 Acompanhar o progresso do trabalho de auditoria.
•	 Considerar a competência e capacidades dos membros individuais 
da equipa de trabalho, nomeadamente se têm tempo suficiente para 
executar o seu trabalho, se compreendem as suas instruções e se o 
trabalho está a ser executado de acordo com a abordagem planeada do 
trabalho de auditoria.
•	 Tratar de matérias significativas que surjam durante o trabalho 
de auditoria, considerando a sua importância e modificando 
apropriadamente a abordagem planeada.
•	 Identificar matérias para consulta ou consideração por membros mais 
experientes da equipa de trabalho durante o trabalho de auditoria. 
Revisões
Responsabilidades de Revisão (Ref: Parágrafo 16)
A16. De acordo com a ISQC 1, as políticas e procedimentos da firma relativas à 
responsabilidade de revisão determinam que o trabalho dos membros menos 
experientes da equipa seja verificado por membros mais experientes da 
equipa.8
A17. Uma revisão consiste em considerar, por exemplo, se:
•	 O trabalho foi executado de acordo com as normas profissionais e os 
requisitos legais e regulamentares aplicáveis;
•	 Foram identificadas matérias significativas para posterior consideração;
•	 Foram realizadas consultas apropriadas e as conclusões daí resultantes 
foram documentadas e implementadas;
•	 Existe a necessidade de rever a natureza, oportunidade e extensão do 
trabalho executado;
•	 O trabalho executado suporta as conclusões atingidas e está 
apropriadamente documentado;
•	 A prova obtida é suficiente e apropriada para suportar o relatório do 
auditor; e
•	 Os objetivos dos procedimentos do trabalho foram atingidos. 
Revisão do Trabalho Executado pelo Sócio Responsável pelo Trabalho 
(Ref: Parágrafo 17)
A18. Revisões oportunas do que se segue, efetuadas pelo sócio responsável pelo 
trabalho nas fases apropriadas durante o trabalho, permitem que matérias 
8 ISQC 1, parágrafo 33
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
significativas sejam resolvidas em tempo oportuno com satisfação do sócio 
responsável pelo trabalho até à data do relatório do auditor ser emitido: 
•	 Áreas críticas de julgamento, especialmente as relacionadas com 
matérias difíceis ou controversas identificadas no decurso do trabalho;
•	 Riscos significativos; e
•	 Outras áreas que o sócio responsável pelo trabalho considere impor-
tantes. 
O sócio responsável pelo trabalho não necessita de rever toda a documentação 
de auditoria, mas pode fazê-lo. Porém, conforme exigido pela ISA 230, o 
sócio documenta a extensão e oportunidade das revisões.9 
A19. Um sócio responsável pelo trabalho que assuma uma auditoria no decurso 
do trabalho pode aplicar os procedimentos de revisão, conforme descrito no 
parágrafo A18, para rever o trabalho efetuado até à data da alteração, a fim de 
assumir as responsabilidades como sócio responsável pelo trabalho.
Considerações Relevantes Quando é Utilizado um Membro na Equipa de Trabalho 
com Competência numa Área Especializada de Contabilidade ou Auditoria 
(Ref: Parágrafos 15–17)
A20. Quando é utilizado um membro na equipa de trabalho com competência 
numa área especializada de contabilidade ou auditoria, a direção, supervisão 
e revisão do trabalho desse membro da equipa de trabalho pode incluir 
matérias como:
•	 Acordar com esse membro a natureza, âmbito e objetivos do seu 
trabalho e a natureza, oportunidade e extensão das comunicações entre 
esse membro e outros membros da equipa de trabalho, bem como o 
papel de cada um nessa comunicação.
•	 Avaliar a adequação do trabalho desse membro, incluindo a relevância 
e razoabilidade dos seus resultados ou conclusões e a sua consistência 
com outras provas de auditoria.
Consultas (Ref: Parágrafo 18)
A21. As consultas sobre questões técnicas, éticas e outras matérias dentro da firma 
ou, quando aplicável, fora da firma, podem ser eficientes quando os que são 
consultados:
•	 Estão na posse de todos os factos relevantes que lhes permitam 
apresentar pareceres fundamentados; e
•	 Têm conhecimentos, antiguidade no cargo e experiência apropriados. 
9 ISA 230, parágrafo 9(c)
158ISA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A22. Pode ser apropriado que a equipa de trabalho proceda a consultas fora da 
firma, por exemplo quando a firma não tenha recursos internos apropriados. 
A equipa pode tirar proveito de serviços de consultoria prestados por outras 
firmas, organizações profissionais e entidades reguladoras, ou organizações 
comerciais que proporcionem serviços de controlo de qualidade relevantes.
Revisão do Controlo de Qualidade do Trabalho 
Conclusão da Revisão do Controlo de Qualidade do Trabalho antes da Data do 
Relatório do Auditor (Ref: Parágrafo 19(c))
A23. A ISA 700 exige que o relatório do auditor não tenha data anterior à data 
em que o auditor obteve prova de auditoria suficiente e apropriada na qual 
baseara sua opinião sobre as demonstrações financeiras.10 Nos casos de uma 
auditoria de demonstrações financeiras de entidades admitidas à cotação 
ou de um trabalho que cumpra os critérios para uma revisão do controlo de 
qualidade, tal revisão ajuda o auditor a determinar se foi obtida suficiente 
prova de auditora apropriada. 
A24. A condução da revisão do controlo de qualidade do trabalho de forma 
oportuna e em fases apropriadas durante o trabalho, até à data do relatório do 
auditor, permite que as matérias significativas sejam prontamente resolvidas 
para satisfação do revisor do controlo de qualidade do trabalho.
A25. Concluir a revisão do controlo de qualidade do trabalho significa a conclusão 
pelo revisor do controlo de qualidade do trabalho dos requisitos dos parágrafos 
20-21 e, quando aplicável, o cumprimento do parágrafo 22. A documentação 
da revisão do controlo de qualidade do trabalho pode ser concluída após a 
data do relatório do auditor como parte da elaboração do arquivo final de 
auditoria. A ISA 230 estabelece os requisitos e dá orientação a este respeito.11 
Natureza, Extensão e Oportunidade da Revisão do Controlo de Qualidade do 
Trabalho (Ref: Parágrafo 20)
A26. Manter-se alerta para as alterações nas circunstâncias permite ao sócio 
responsável pelo trabalho identificar situações em que é necessária uma 
revisão do controlo de qualidade do trabalho, mesmo que no início do 
trabalho tal revisão não fosse exigida.
A27. A extensão da revisão do controlo de qualidade do trabalho pode depender, 
entre outras coisas, da complexidade do trabalho de auditoria, de se tratar 
ou não de uma entidade admitida à cotação e do risco de que o relatório 
10 ISA 700 (Revista), Formar uma Opinião e Relatar sobre Demonstrações Financeiras, parágrafo 41
11 ISA 230, parágrafos 14-16
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CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
do auditor possa não ser apropriado nas circunstâncias. A realização de uma 
revisão do controlo de qualidade do trabalho não reduz as responsabilidades 
do sócio responsável pelo trabalho de auditoria e pela sua execução. 
A27a. Quando se aplicar a ISA 70112, as conclusões atingidas pela equipa de trabalho 
para formular o relatório do auditor incluem que se tenha determinado:
•	 As matérias relevantes de auditoria a comunicar no relatório do auditor;
•	 As matérias relevantes de auditoria que não serão comunicadas no 
relatório do auditor nos termos do parágrafo 14 da ISA 701, se algum; e
•	 Se aplicável, que não há matérias relevantes de auditoria a comunicar 
face aos factos e circunstâncias da entidade e da auditoria.
Adicionalmente, a revisão da minuta do relatório do auditor de acordo com o 
parágrafo 20(b) inclui considerações sobre sugestões de redação a incluir na 
secção das Matérias Relevantes de Auditoria.
Revisão do Controlo de Qualidade do Trabalho para Entidades Admitidas à Cotação 
(Ref: Parágrafo 21)
A28. Numa revisão do controlo de qualidade do trabalho de uma entidade admitida 
à cotação, podem ser consideradas outras matérias relevantes para avaliar os 
julgamentos significativos feitos pela equipa de trabalho, incluindo:
•	 Riscos significativos identificados durante o trabalho de acordo com a 
ISA 315,13 e as respostas a esses riscos de acordo com a ISA 330,14 
incluindo a avaliação pela equipa de trabalho e a sua resposta ao risco 
de fraude de acordo com a ISA 240.15
•	 Julgamentos efetuados, particularmente os respeitantes à materialidade 
e aos riscos significativos.
•	 A importância e natureza das distorções corrigidas e não corrigidas 
identificadas durante a auditoria.
•	 As matérias a comunicar à gerência e aos encarregados da governação 
e, quando aplicável, a outras entidades, como as entidades reguladoras. 
Estas outras matérias, dependendo das circunstâncias, podem também ser 
aplicáveis em revisões do controlo de qualidade do trabalho para auditorias 
de demonstrações financeiras de outras entidades. 
12 ISA 701, Comunicar Matérias Relevantes de Auditoria no Relatório do Auditor
13 ISA 315 (Revista), Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material através do Conhecimento da 
Entidade e do Seu Ambiente
14 ISA 330, As Respostas do Auditor a Riscos Avaliados
15 ISA 240, As Responsabilidades do Auditor Relativas a Fraude numa Auditoria de Demonstrações 
Financeiras
160ISA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Considerações específicas para Pequenas Entidades (Ref: Parágrafos 20–21) 
A29. Além das auditorias de demonstrações financeiras de entidades admitidas à 
cotação, é necessária uma revisão do controlo de qualidade dos trabalhos de 
auditoria que satisfaçam os critérios, estabelecidos pela firma, que sujeitam 
os trabalhos a uma revisão do controlo de qualidade do trabalho. Em alguns 
casos, nenhum dos trabalhos de auditoria da firma satisfará os critérios que os 
sujeitariam a tal revisão. 
Considerações específicas para Entidades do Setor Público (Ref: Parágrafos 20–21)
A30. No setor público, um auditor designado oficialmente (por exemplo, um 
Auditor do Tribunal de Contas ou outra pessoa devidamente qualificada 
designada em seu nome), pode agir com funções equivalentes às de sócio 
responsável pelo trabalho com a responsabilidade geral por auditorias do 
setor público. Em tais circunstâncias, quando aplicável, a seleção do revisor 
do controlo de qualidade do trabalho inclui a apreciação da necessidade de 
independência em relação à entidade auditada e da capacidade do revisor do 
controlo de qualidade do trabalho para fazer uma avaliação objetiva.
A31. As entidades admitidas à cotação conforme referido nos parágrafos 21 e A28 
não são comuns no setor público. Porém, podem existir outras entidades do 
setor público que são significativas devido à sua dimensão, complexidade ou 
a aspetos de interesse público e que, consequentemente, têm um conjunto 
alargado de interessados. Os exemplos incluem sociedades detidas pelo 
Estado e sociedades de serviços públicos. As transformações em curso no setor 
público podem também dar origem a novos tipos de entidades significativas. 
Não existem critérios objetivos fixados em que se fundamente a determinação 
do que é significativo. Não obstante, os auditores do setor público avaliam 
quais as entidades que poderão assumir importância suficiente para exigir a 
execução de uma revisão do controlo de qualidade do trabalho.
Monitorização (Ref: Parágrafo 23) 
A32. A ISQC 1 exige que a firma estabeleça procedimentos de monitorização 
concebidos para lhe proporcionar garantia razoável de fiabilidade de que 
as políticas e procedimentos relacionados com o sistema de controlo de 
qualidade são relevantes, adequados e operam com eficácia.16
A33. Ao considerar as deficiências que podem afetar o trabalho de auditoria, o 
sócio responsável pelo trabalho pode ter em consideração as medidas que a 
firma tomou para retificar a situação que o sócio responsável pelo trabalho 
considere serem suficientes no contexto dessa auditoria.
16 ISQC 1, parágrafo 48
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161 ISA 220
CONTROLO DE QUALIDADE PARA UMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A34. Uma deficiência no sistema de controlo de qualidade da firma não indica 
necessariamente que um trabalho de auditoria em particular não foi executado 
de acordo com normas profissionais e os requisitos legais e regulamentares 
aplicáveis, ou que o relatório do auditor não foi apropriado.
Documentação 
Documentação das Consultas (Ref: Parágrafo 24(d))
A35. A documentação das consultas a outros profissionais que envolvam matérias 
difíceis ou controversas suficientemente completa e pormenorizada contribui 
para a compreensão:
•	 Da questão sobre a qual se procurou a consulta; e
•	 Dos resultados da consulta, incluindo quaisquer decisões tomadas, da 
base para essas decisões e do modo como foram implementadas. 
162ISA 230
NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 230
DOCUMENTAÇÃODE AUDITORIA
(Aplicável a auditorias de demonstrações financeiras de períodos 
com início em ou após 15 de dezembro de 2009)
ÍNDICE
Parágrafo
Introdução
Âmbito desta ISA .......................................................................................... 1
Natureza e Finalidades da Documentação de Auditoria ............................... 2-3
Data de Entrada em Vigor ............................................................................. 4
Objetivo ........................................................................................................ 5
Definições ..................................................................................................... 6
Requisitos
Preparação Oportuna da Documentação de Auditoria .................................. 7
Documentação dos Procedimentos de Auditoria Executados e 
 da Prova de Auditoria Obtida ................................................................. 8-13
Organização do Arquivo Final de Auditoria ................................................. 14-16
Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Preparação Oportuna da Documentação de Auditoria .................................. A1
Documentação dos Procedimentos de Auditoria Executados e 
 da Prova de Auditoria Obtida ................................................................. A2-A20
Organização do Arquivo Final de Auditoria ................................................. A21-A24
Apêndice: Requisitos Específicos de Documentação de Auditoria
 em Outras ISA
A Norma Internacional de Auditoria (ISA) 230, Documentação de Auditoria, deve 
ser lida em conjunção com a ISA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente 
e Condução de uma Auditoria de Acordo com as Normas Internacionais de 
Auditoria.
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163 ISA 230
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Introdução
Âmbito desta ISA
1. Esta Norma Internacional de Auditoria (ISA) aborda a responsabilidade do 
auditor na preparação da documentação de auditoria para uma auditoria de 
demonstrações financeiras. O Apêndice lista outras ISA que contêm requisitos 
e orientações específicos de documentação. Os requisitos específicos de 
documentação de outras ISA não limitam a aplicação desta ISA. A lei e 
regulamentos podem estabelecer requisitos adicionais de documentação. 
Natureza e Finalidades da Documentação de Auditoria
2. A documentação de auditoria que satisfaça os requisitos desta ISA e os 
requisitos específicos de documentação de outras ISA relevantes proporciona:
(a) Prova dos fundamentos do auditor para concluir acerca da consecução 
dos objetivos gerais do auditor;1 e
(b) Prova de que a auditoria foi planeada e executada de acordo com as 
ISA e os requisitos legais e regulamentares aplicáveis. 
3. A documentação de auditoria serve uma multiplicidade de finalidades 
adicionais, nomeadamente:
•	 Ajudar a equipa de trabalho a planear e executar a auditoria.
•	 Ajudar os membros da equipa de trabalho responsáveis pela supervisão 
a orientar e supervisionar o trabalho de auditoria e a cumprir as suas 
responsabilidades de verificação de acordo com a ISA 220.2
•	 Permitir a responsabilização da equipa de trabalho pelo trabalho 
realizado.
•	 Manter um registo das matérias de importância continuada para 
auditorias futuras.
•	 Permitir a condução de revisões e inspeções de controlo de qualidade 
de acordo com a ISQC 13 ou com requisitos nacionais que sejam pelo 
menos tão exigentes.4 
1 ISA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução de uma Auditoria de Acordo com 
as Normas Internacionais de Auditoria, parágrafo 11
2 ISA 220, Controlo de Qualidade para uma Auditoria de Demonstrações Financeiras, parágrafos 
15–17
3 ISQC 1, Controlo de Qualidade para Firmas que Executem Auditorias e Revisões de Demonstrações 
Financeiras e Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade e de Serviços Relacionados, parágrafos 
32–33, 35–38, e 48
4 ISA 220, parágrafo 2
164ISA 230
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
•	 Permitir a condução de inspeções externas de acordo com os requisitos 
legais, regulamentares ou outros aplicáveis.
Data de Entrada em Vigor
4. Esta ISA é aplicável a auditorias de demonstrações financeiras de períodos 
com início em ou após 15 de dezembro de 2009.
Objetivo
5. O objetivo do auditor é preparar documentação que proporcione:
(a) Um registo suficiente e apropriado dos fundamentos para o seu relatório; e 
(b) Prova de que a auditoria foi planeada e executada de acordo com as 
ISA e os requisitos legais e regulamentares aplicáveis. 
Definições
6. Para efeito das ISA, são aplicáveis as seguintes definições:
(a) Arquivo de auditoria – Um ou mais arquivos ou outros meios de 
armazenamento, em forma física ou eletrónica, contendo os registos 
que integram a documentação de auditoria relativa a um trabalho 
específico.
(b) Auditor experiente – Um indivíduo (interno ou externo à firma) com 
experiência prática de auditoria e um conhecimento razoável: 
(i) De processos de auditoria;
(ii) Das ISA e dos requisitos legais e regulamentares aplicáveis;
(iii) Do ambiente do negócio em que a entidade opera; e
(iv) Dos assuntos de auditoria e de relato financeiro relevantes para 
o setor de atividade da entidade. 
(c) Documentação de auditoria – Registo dos procedimentos de auditoria 
executados, da prova de auditoria obtida e das conclusões a que o 
auditor chegou (é também usada, por vezes, a expressão “papéis de 
trabalho”).
Requisitos
Preparação Oportuna da Documentação de Auditoria
7. O auditor deve preparar a documentação de auditoria em tempo oportuno. 
(Ref: Parágrafo A1)
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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Documentação dos Procedimentos de Auditoria Executados e da Prova de 
Auditoria Obtida 
Forma, Conteúdo e Extensão da Documentação de Auditoria
8. O auditor deve preparar documentação de auditoria suficiente para habilitar 
um auditor experiente sem ligação anterior à auditoria a compreender: (Ref: 
Parágrafos A2–A5 e A16–A17) 
(a) A natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria 
executados para cumprir as ISA e os requisitos legais e regulamentares 
aplicáveis; (Ref: Parágrafos A6–A7)
(b) Os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a prova de 
auditoria obtida; e
(c) Matérias significativas que surgiram durante a auditoria, respetivas 
conclusões e julgamentos profissionais significativos feitos para atingir 
essas conclusões. (Ref: Parágrafos A8–A11)
9. Ao documentar a natureza, oportunidade, e extensão dos procedimentos de 
auditoria executados, o auditor deve registar:
(a) As características que identificam os assuntos específicos ou matérias 
testadas; (Ref: Parágrafo A12) 
(b) Quem realizou o trabalho de auditoria e a data em que tal trabalho foi 
concluído; e
(c) Quem reviu o trabalho executado e a data e extensão de tal revisão. 
(Ref: Parágrafo A13)
10. O auditor deve documentar as discussões de matérias significativas com a 
gerência, os encarregados da governação e outros, incluindo a natureza das 
matérias significativas discutidas e quando e com quem as discussões tiveram 
lugar. (Ref: Parágrafo A14)
11. Se o auditor tiver identificado informações que sejam inconsistentes com 
as suas conclusões finais respeitantes a uma matéria significativa, deve 
documentar a forma como tratou essas inconsistências. (Ref: Parágrafo A15)
Não Aplicação de um Requisito Relevante
12. Se, em circunstâncias excecionais, o auditor julgar necessário não aplicar 
um requisito relevante de uma ISA, deve documentar de que forma os 
procedimentos de auditoria alternativos executados atingem o objetivo desse 
requisito e as razões da sua não aplicação. (Ref: Parágrafos A18–A19) 
166ISA 230
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Matérias que Surjam após a Data do Relatório do Auditor
13. Se, em circunstâncias excecionais, o auditor executar novos procedimentos 
de auditoria ou procedimentos adicionais ou tirar novas conclusõesapós a 
data do seu relatório, deve documentar: (Ref: Parágrafo A20)
(a) As circunstâncias encontradas;
(b) Os novos procedimentos de auditoria ou procedimentos adicionais 
executados, a prova de auditoria obtida e as conclusões atingidas e o 
respetivo efeito no seu relatório; e
(c) Quando e por quem foram feitas e revistas as alterações resultantes à 
documentação de auditoria. 
Organização do Arquivo Final de Auditoria
14. O auditor deve reunir a documentação de auditoria num arquivo de auditoria 
e completar o processo administrativo de organização do arquivo final de 
auditoria em tempo oportuno após a data do seu relatório. (Ref: Parágrafos 
A21–A22) 
15. Após a organização do arquivo final de auditoria ter sido concluída, o auditor 
não deve eliminar ou remover documentação de auditoria de qualquer natureza 
antes do fim do respetivo período de conservação. (Ref: Parágrafo A23) 
16. Em circunstâncias que não as previstas no parágrafo 13, quando o auditor 
considerar necessário modificar a documentação de auditoria existente ou 
adicionar nova documentação de auditoria após a organização do arquivo 
final de auditoria, deve documentar, independentemente da natureza das 
modificações ou adições: (Ref: Parágrafo A24)
(a) As razões específicas para essas modificações ou adições; e
(b) Quando e por quem foram feitas e revistas. 
***
Material de Aplicação e Outro Material Explicativo
Preparação Oportuna da Documentação de Auditoria (Ref: Parágrafo 7)
A1. A preparação de documentação de auditoria suficiente e apropriada em tempo 
oportuno contribui para aumentar a qualidade da auditoria e facilita a revisão 
e avaliação eficazes da prova de auditoria obtida e das conclusões atingidas 
antes da finalização do relatório do auditor. A documentação preparada após 
o trabalho de auditoria ter sido executado será provavelmente menos rigorosa 
do que a documentação preparada durante a execução do trabalho. 
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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Documentação dos Procedimentos de Auditoria Executados e da Prova de 
Auditoria Obtida 
Forma, Conteúdo e Extensão da Documentação de Auditoria (Ref: Parágrafo 8)
A2. A forma, conteúdo e extensão da documentação de auditoria depende de 
fatores como:
•	 A dimensão e complexidade da entidade.
•	 A natureza dos procedimentos de auditoria a executar.
•	 Os riscos de distorção material identificados.
•	 A importância da prova de auditoria obtida.
•	 A natureza e extensão das exceções identificadas.
•	 A necessidade de documentar uma conclusão ou o fundamento para 
uma conclusão que não possa ser facilmente determinável a partir da 
documentação do trabalho executado ou da prova de auditoria obtida.
•	 A metodologia de auditoria e as ferramentas usadas.
A3. A documentação de auditoria pode ser registada em papel ou em meios 
eletrónicos ou outros. Exemplos de documentação de auditoria incluem:
•	 Programas de auditoria.
•	 Análises.
•	 Memorandos relativos a assuntos específicos.
•	 Resumos de matérias significativas.
•	 Cartas de confirmação e de representação.
•	 Listas de verificação.
•	 Correspondência (incluindo e-mails) respeitante a matérias significa-
tivas.
O auditor pode incluir extratos ou cópias de registos da entidade (por 
exemplo, acordos e contratos significativos e específicos) como parte da 
documentação de auditoria. A documentação de auditoria não substitui, 
porém, os registos contabilísticos da entidade. 
A4. O auditor não precisa de incluir na documentação de auditoria minutas de 
papéis de trabalho e de demonstrações financeiras entretanto substituídos, 
notas que reflitam entendimentos incompletos ou preliminares, cópias 
anteriores de documentos corrigidos de erros tipográficos ou outros e 
duplicados de documentos. 
A5. As explicações verbais do auditor, em si mesmas, não representam suporte 
adequado para o trabalho que o auditor executou ou para as conclusões que 
168ISA 230
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
tirou, mas podem ser usadas para explicar ou clarificar informação contida na 
documentação de auditoria. 
Documentação de Cumprimento das ISA (Ref: Parágrafo 8(a))
A6. Em princípio, do cumprimento dos requisitos desta ISA resultará que a 
documentação de auditoria é suficiente e apropriada nas circunstâncias. 
Outras ISA contêm requisitos específicos de documentação que se destinam 
a clarificar a aplicação desta ISA nas circunstâncias particulares dessas 
outras ISA. Os requisitos específicos de documentação de outras ISA não 
limitam a aplicação desta ISA. Além disso, a ausência de um requisito de 
documentação numa ISA em particular não pretende sugerir que não haverá 
qualquer documentação a preparar cm consequência do cumprimento dessa 
ISA. 
A7. A documentação de auditoria proporciona prova de que a auditoria cumpre as 
ISA. Porém, não é necessário nem praticável que o auditor documente todas 
as matérias consideradas ou julgamentos profissionais feitos numa auditoria. 
Além disso, não é necessário que o auditor documente separadamente 
(numa lista de verificação, por exemplo) o cumprimento sobre matérias 
relativamente às quais esse cumprimento está demonstrado em documentos 
incluídos no arquivo de auditoria. Por exemplo: 
•	 A existência de um plano de auditoria adequadamente documentado 
demonstra que o auditor planeou a auditoria.
•	 A existência de uma carta de compromisso de trabalho assinada no 
arquivo de auditoria demonstra que o auditor acordou os termos do 
trabalho de auditoria com a gerência ou, quando apropriado, com os 
encarregados da governação.
•	 Um relatório do auditor contendo uma opinião com as reservas 
apropriadas sobre as demonstrações financeiras demonstra que o 
auditor cumpriu os requisitos para expressar uma opinião com reservas 
nas circunstâncias especificadas nas ISA.
•	 Em relação a requisitos que se aplicam geralmente no decurso de 
toda a auditoria, podem existir várias formas de demonstrar o seu 
cumprimento no arquivo de auditoria: 
○ Por exemplo, pode não haver uma única forma de documentar o 
ceticismo profissional do auditor, mas a documentação de auditoria 
pode, apesar de tudo, proporcionar prova do exercício pelo auditor 
de ceticismo profissional de acordo com as ISA, nomeadamente 
por via de procedimentos específicos executados para corroborar as 
respostas da gerência às indagações do auditor.
○ De forma semelhante, há várias formas de demonstrar na 
documentação de auditoria que o sócio responsável pelo trabalho 
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DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
assumiu a responsabilidade pela direção, supervisão e execução 
da auditoria em conformidade com as ISA. Essa demonstração 
pode incluir a documentação do envolvimento oportuno do sócio 
responsável pelo trabalho em algumas partes da auditoria, como 
por exemplo a participação nas discussões da equipa exigidas 
pela ISA 315.5 
Documentação de Matérias Significativas e dos Respetivos Julgamentos 
Profissionais (Ref: Parágrafo 8(c))
A8. Julgar a importância de uma matéria exige uma análise objetiva dos factos e 
das circunstâncias. Os exemplos de matérias significativas incluem:
•	 Matérias que dão origem a riscos significativos (conforme definido na 
ISA 315).6
•	 Resultados de procedimentos de auditoria que indiquem: (a) que as 
demonstrações financeiras possam estar materialmente distorcidas, 
ou (b) uma necessidade de rever a avaliação dos riscos de distorção 
material feita anteriormente pelo auditor e das suas respostas a esses 
riscos.
•	 Circunstâncias que causem ao auditor dificuldades significativas na 
aplicação dos necessários procedimentos de auditoria,
•	 Conclusões que possam resultar numa modificação da opinião do 
auditor ou na inclusão de um parágrafo de Ênfase no seu relatório.
A9. Um fator importante na determinação da forma, conteúdo e extensão da 
documentação de auditoria de matérias significativas é a extensão do 
julgamento profissional exercido ao executar o trabalho e ao avaliaros 
resultados. A documentação dos julgamentos profissionais significativos 
feitos serve para explicar as conclusões do auditor e reforçar a qualidade 
do julgamento. Tais matérias assumem particular interesse para os 
responsáveis pela verificação da documentação de auditoria, nomeadamente 
para os responsáveis por auditorias subsequentes, na análise de matérias 
de importância continuada (por exemplo, quando executam uma revisão 
retrospetiva de estimativas contabilísticas). 
A10. Alguns exemplos de circunstâncias em que, de acordo com o parágrafo 8, é 
apropriado preparar documentação de auditoria quanto ao uso de julgamento 
profissional incluem, quando as matérias e julgamentos sejam significativos: 
5 ISA 315 (Revista), Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material através do Conhecimento da 
Entidade e do Seu Ambiente, parágrafo 10
6 ISA 315 (Revista), parágrafo 4(e)
170ISA 230
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
•	 A motivação da conclusão do auditor quando um requisito refere que 
o auditor “deve considerar” determinada informação ou fatores e essa 
consideração for significativa no contexto desse trabalho em particular.
•	 A base para a conclusão do auditor quanto à razoabilidade de áreas 
de julgamento subjetivo (por exemplo, a razoabilidade de estimativas 
contabilísticas significativas).
•	 As bases para as conclusões do auditor acerca da autenticidade de 
um documento, quando for levada a cabo uma investigação adicional 
(por exemplo utilizando os serviços de um perito apropriado ou 
procedimentos de confirmação) em resposta a condições identificadas 
durante a auditoria que levaram o auditor a acreditar que o documento 
pode não ser autêntico. 
•	 Quando se aplicar a ISA 7017, a determinação das matérias relevantes 
de auditoria ou de que não há matérias relevantes de auditoria a 
comunicar.
A11. O auditor pode considerar útil preparar e reter como parte da documentação 
de auditoria um resumo (muitas vezes designado memorando de conclusões) 
que descreva as matérias significativas identificadas durante a auditoria 
e o modo como foram tratadas ou que inclua referências cruzadas para 
outra documentação relevante de suporte de auditoria que proporcione 
tal informação. Tal resumo pode facilitar revisões e inspeções eficazes e 
eficientes da documentação de auditoria, particularmente para auditorias 
grandes e complexas. Adicionalmente, a preparação de tal resumo pode 
ajudar o auditor a considerar as matérias significativas. Pode ainda ajudar 
o auditor a verificar se, à luz dos procedimentos de auditoria executados e 
das conclusões atingidas, existe algum objetivo particularmente relevante nas 
ISA que o auditor não conseguiu satisfazer e que ponha em causa a realização 
dos seus objetivos globais.
Identificação de Assuntos ou Matérias Específicas Testadas, do Preparador e do 
Revisor (Ref: Parágrafo 9)
A12. O registo de características identificadoras serve múltiplas finalidades. 
Por exemplo, permite a responsabilização da equipa de trabalho pelo 
trabalho realizado e facilita a investigação de exceções ou inconsistências. 
A identificação das características variará em função da natureza do 
procedimento de auditoria e do item ou matéria testada. Por exemplo:
•	 Para um teste pormenorizado das ordens de compra feitas pela 
entidade, o auditor poderá identificar os documentos selecionados para 
teste através da respetiva data e número de identificação único.
7 ISA 701, Matérias Relevantes de Auditoria no Relatório do Auditor
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171 ISA 230
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
•	 Para um procedimento que exija a seleção ou revisão de todos os itens 
de uma dada população acima de uma quantia específica, o auditor 
pode registar o âmbito do procedimento e identificar a população 
(por exemplo, todos os lançamentos do registo diário acima de uma 
determinada quantia).
•	 Para um procedimento que exija uma amostra sistemática de uma 
determinada população de documentos, o auditor pode identificar os 
documentos selecionados registando a sua fonte, o ponto de partida e 
o intervalo de amostragem (por exemplo, uma amostra sistemática de 
guias de expedição selecionada a partir de um registo de expedições 
relativo ao período de 1 de abril a 30 de setembro, partindo da guia 
número 12345 e selecionando todas as guias em intervalos de 125).
•	 Para um procedimento que exija indagações de determinadas pessoas 
da entidade, o auditor pode registar a data das indagações e o nome e 
categoria do pessoal indagado.
•	 Para um procedimento de observação, o auditor pode registar o 
processo ou a matéria a observar, os indivíduos relevantes, as respetivas 
responsabilidades e onde e quando a observação foi levada a cabo.
A13. A ISA 220 exige que o auditor reveja o trabalho de auditoria efetuado através 
da revisão da documentação de auditoria.8 O requisito para documentar quem 
reviu o trabalho de auditoria executado não implica a necessidade de incluir 
prova da revisão em cada papel de trabalho específico. Implica, porém, que 
seja documentado qual o trabalho de auditoria que foi revisto, quem procedeu 
a essa revisão e quando foi efetuada. 
Documentação de Discussões de Matérias Significativas com a Gerência, 
Encarregados da Governação e Outros (Ref: Parágrafo 10)
A14. A documentação não se limita aos registos preparados pelo auditor, podendo 
incluir outros registos apropriados, como atas de reuniões preparadas pelo 
pessoal da entidade e aceites pelo auditor. Outras partes com quem o auditor 
poderá discutir matérias significativas podem incluir outro pessoal dentro da 
entidade e entidades externas, como pessoas que prestem aconselhamento 
profissional à entidade.
Documentação do Tratamento das Inconsistências (Ref: Parágrafo 11)
A15. O requisito de documentação da forma como o auditor tratou as inconsistências 
na informação não implica que o auditor precise de conservar documentação 
incorreta ou que tenha sido substituída. 
8 ISA 220, parágrafo 17
172ISA 230
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Considerações Específicas para Pequenas Entidades (Ref. Parágrafo 8)
A16. A documentação relativa à auditoria de uma pequena entidade é geralmente 
menos extensa do que a de uma entidade maior. Adicionalmente, no caso 
de uma auditoria em que o sócio responsável pelo trabalho executa todo 
o trabalho de auditoria, a documentação não inclui matérias que devam 
ser documentadas exclusivamente para informar ou instruir membros de 
uma equipa de trabalho ou para proporcionar prova de revisão por outros 
membros da equipa (por exemplo, não haverá matérias para documentar 
relativas à supervisão e às discussões com a equipa). No entanto, o sócio 
responsável pelo trabalho deve cumprir o requisito principal do parágrafo 8 e 
preparar documentação de auditoria que possa ser entendida por um auditor 
experiente, pois a documentação de auditoria pode ser sujeita a revisão por 
entidades externas para fins de regulação ou outros.
A17. Ao preparar documentação de auditoria, o auditor de uma pequena entidade 
pode também achar útil e eficiente registar em conjunto vários aspetos da 
auditoria num único documento, com referências cruzadas para papéis de 
trabalho de suporte, conforme apropriado. Exemplos de matérias que podem 
ser documentadas em conjunto numa auditoria de uma pequena entidade 
incluem a compreensão da entidade e do seu controlo interno, a estratégia 
global e o plano de auditoria, a materialidade, determinada de acordo com 
a ISA 320,9 os riscos avaliados, as matérias significativas notadas durante a 
auditoria e as conclusões atingidas. 
Não Aplicação de um Requisito Relevante (Ref: Parágrafo 12)
A18. Os requisitos das ISA estão concebidos para habilitar o auditor a atingir os 
objetivos especificados nas ISA e, por este meio, a atingir os objetivos gerais 
do auditor. Consequentemente, exceto em circunstâncias excecionais, as ISA 
obrigam ao cumprimento de todos os requisitos relevantes nas circunstâncias 
da auditoria. 
A19. O requisitode documentação só se aplica a requisitos que sejam relevantes 
nas circunstâncias. Um requisito só não é relevante10 nos casos em que: 
(a) Toda a ISA não é relevante (por exemplo, se uma entidade não tiver 
uma função de auditoria interna, nada é relevante na ISA 61011); ou
(b) O requisito é condicional e a condição não existe (por exemplo, o requisito 
para modificar a opinião do auditor quando exista uma incapacidade para 
9 ISA 320, A Materialidade no Planeamento e na Execução de uma Auditoria
10 ISA 200, parágrafo 22
11 ISA 610 (Revista), Usar o Trabalho de Auditores Internos, parágrafo 2
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173 ISA 230
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
obter prova de auditoria suficiente e apropriada e tal incapacidade não se 
verifica). 
Matérias que Surjam após a Data do Relatório do Auditor (Ref: Parágrafo 13)
A20. Exemplos de circunstâncias excecionais incluem factos que se tornam 
conhecidos do auditor após a data do seu relatório mas que já se verificavam 
nessa data e que, a serem conhecidos, poderiam ter feito com que as 
demonstrações financeiras fossem alteradas ou que o auditor modificasse 
a opinião no seu relatório.12 As resultantes alterações na documentação 
de auditoria são revistas de acordo com as responsabilidades de revisão 
estabelecidas na ISA 220,13 com o sócio responsável pelo trabalho a assumir 
a responsabilidade final pelas alterações. 
Organização do Arquivo Final de Auditoria (Ref: Parágrafos 14–16)
A21. A ISQC 1 (ou os requisitos nacionais que sejam pelo menos tão exigentes) 
exige que as firmas estabeleçam políticas e procedimentos para a conclusão 
em tempo oportuno da organização dos arquivos de auditoria.14 Um prazo 
apropriado para concluir a organização do arquivo final de auditoria é 
geralmente não superior a 60 dias após a data do relatório do auditor.15
A22. A conclusão da organização do arquivo final de auditoria após a data do 
relatório do auditor é um processo administrativo que não envolve a execução 
de novos procedimentos de auditoria ou a extração de novas conclusões. 
Contudo, podem ser feitas alterações à documentação de auditoria durante o 
processo de organização final, se forem de natureza administrativa. Exemplos 
de tais alterações incluem: 
•	 Eliminar ou remover documentação substituída.
•	 Ordenar, juntar e fazer referências cruzadas nos papéis de trabalho.
•	 Assinar listas de verificação relativas ao processo de organização do 
arquivo.
•	 Documentar prova de auditoria que o auditor tenha obtido, discutido 
e acordado com os membros relevantes da equipa de trabalho antes da 
data do seu relatório.
A23. A ISQC 1 (ou os requisitos nacionais que sejam pelo menos tão exigentes) 
exige que as firmas estabeleçam políticas e procedimentos para a retenção 
12 ISA 560, Acontecimentos Subsequentes, parágrafo 14
13 ISA 220, parágrafo 16
14 ISQC 1, parágrafo 45
15 ISQC 1, parágrafo A54
174ISA 230
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
da documentação do trabalho.16 O período de retenção para trabalhos de 
auditoria é geralmente não inferior a cinco anos a partir da data do relatório 
do auditor ou, se posterior, a partir da data do relatório do auditor do grupo.17 
A24. Um exemplo de uma circunstância em que o auditor pode achar que é 
necessário modificar a documentação de auditoria existente ou adicionar nova 
documentação de auditoria após a organização do arquivo ter sido concluída 
é a necessidade de clarificar documentação de auditoria existente decorrente 
de comentários recebidos durante as inspeções de monitorização executadas 
por entidades internas ou externas. 
16 ISQC 1, parágrafo 47
17 ISQC 1, parágrafo A61
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175 ISA 230 APÊNDICE
DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA
Apêndice
(Ref: Parágrafo 1)
Requisitos Específicos de Documentação de Auditoria em Outras ISA
Este apêndice identifica os parágrafos de outras ISA que contêm requisitos específicos 
de documentação. Esta lista não substitui a consideração dos requisitos e o respetivo 
material de aplicação e outro material explicativo das ISA.
•	 ISA 210, Acordar os Termos de Trabalhos de Auditoria – parágrafos 10-12
•	 ISA 220, Controlo de Qualidade para uma Auditoria de Demonstrações 
Financeiras – parágrafos 24-25
•	 ISA 240, As Responsabilidades do Auditor Relativas a Fraude numa Auditoria 
de Demonstrações Financeiras – parágrafos 44-47
•	 ISA 250, Consideração de Leis e Regulamentos numa Auditoria de 
Demonstrações Financeiras – parágrafo 29
•	 ISA 260, Comunicação com os Encarregados da Governação – parágrafo 23
•	 ISA 300, Planear uma Auditoria de Demonstrações Financeiras – parágrafo 12
•	 ISA 315, Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material Através do 
Conhecimento da Entidade e do Seu Ambiente – parágrafo 32
•	 ISA 320, A Materialidade no Planeamento e na Execução de uma Auditoria – 
parágrafo 14
•	 ISA 330, As Respostas do Auditor a Riscos Avaliados – parágrafos 28-30
•	 ISA 450, Avaliação de Distorções Identificadas Durante a Auditoria – parágrafo 
15
•	 ISA 540, Auditar Estimativas Contabilísticas, Incluindo Estimativas 
Contabilísticas de Justo Valor e Respetivas Divulgações – parágrafo 23
•	 ISA 550, Partes Relacionadas – parágrafo 28
•	 ISA 600, Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Financeiras 
de Grupos (Incluindo o Trabalho dos Auditores de Componentes) – parágrafo 
50
•	 ISA 610 (Revista), Usar o Trabalho de Auditores Internos – parágrafos 36 e 37
•	 ISA 720 (Revista), As Responsabilidade do Auditor Relativas a Outra 
Informação – parágrafo 25
176ISA 240
NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 240
AS RESPONSABILIDADES DO AUDITOR RELATIVAS 
A FRAUDE NUMA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS
(Aplicável a auditorias de demonstrações financeiras de períodos 
com início em ou após 15 de dezembro de 2009)1*
ÍNDICE
Parágrafo
Introdução
Âmbito desta ISA .......................................................................................... 1
Características da Fraude .............................................................................. 2-3
Responsabilidade pela Prevenção e Deteção da Fraude ............................... 4-8
Data de Entrada em Vigor ............................................................................. 9
Objetivos ...................................................................................................... 10
Definições ..................................................................................................... 11
Requisitos
Ceticismo Profissional .................................................................................. 12-14
Discussão entre a Equipa de Trabalho .......................................................... 15
Procedimentos de Avaliação do Risco e Atividades Relacionadas ............... 16-24
Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Material 
 Devido a Fraude ..................................................................................... 25-27
Respostas aos Riscos Avaliados de Distorção Material 
 Devido a Fraude ..................................................................................... 28-33
Avaliação da Prova de Auditoria ................................................................... 34-37
Auditor Incapaz de Continuar o Trabalho ..................................................... 38
1 * As emendas a esta ISA como consequência da revisão da ISA 610 (Revista), Usar o Trabalho de 
Auditores Internos, serão aplicáveis a auditorias de demonstrações financeiras de períodos findos em 
ou após 15 de Dezembro de 2013.
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177 ISA 240
AS RESPONSABILIDADES DO AUDITOR RELATIVAS A FRAUDE NUMA AUDITORIA 
DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Declarações Escritas ..................................................................................... 39
Comunicações à Gerência e aos Encarregados da Governação .................... 40-42
Comunicações às Autoridades Legais e Reguladoras

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