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2 Índice Introdução Orações para todos os dias Canto do Magnificat Salve Rainha Salve Rainha Ladainha de Nossa Senhora Oremos Preces 1º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 2º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 3º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração final 4º DIA 3 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 5º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 6º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 7º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 8º DIA 1. Sinal da Cruz 4 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 9º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto Do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 10º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 11º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 12º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 5 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 13º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 14º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração final 15º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 16º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 6 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 17º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 18º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 19º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 20º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 7 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 21º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 22º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 23º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 24º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 8 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 25º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 26º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 27º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 28º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 9 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 29º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final 30º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração final 31º DIA 1. Sinal da Cruz 2. Ave-Maria 3. História 4. Salve Rainha 5. Texto Bíblico 6. Ladainha de Nossa Senhora 7. Canto do Magnificat 8. Preces 9. Rezar o Terço 10. Oração Final Celebração de Coroação de Nossa Senhora 1. Motivação 2. Sinal da Cruz 3. Canto 4. A Realeza de Nossa Senhora A Festa de Maria Rainha Exortação à devoção mariana A Igreja do silêncio 10 Maria, Rainha e Medianeira da paz 5. Saudação a Nossa Senhora com a oração da Ave-Maria 6. Canto 7. Reza do Quinto Mistério Glorioso do Terço 8. Ladainha de Nossa Senhora 9. Coroação de Nossa Senhora 10. Oração Final 11. Bênção 12. Canto Reza do Terço* 1. Mistérios Gozosos 2. Mistérios Luminosos 3. Mistérios Dolorosos 4. Mistérios Gloriosos 11 Introdução Tudo começou há mais de dois mil anos. Tudo começou com um SIM! Uma jovem simples, de nome Maria, da cidade de Nazaré, aceita o convite de Deus para ser a Mãe do Salvador esperado pelo povo de Israel, anunciado pelos profetas, aguardado pelo povo pobre e marginalizado. Com a adesão de Maria à vontade de Deus, acontece o milagre da vida: a encarnação do Filho de Deus. Disse o anjo a Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Disse então Maria: ‘Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim, segundo a tua palavra’” (Lc 1,31.37). Segundo Pe. Tiago Alberione (Fundador da Família Paulina), “na encarnação, o Filho de Deus une-se em comunhão estreitíssima com Maria, é a primeira comunhão de Deus com a criatura, pela qual o Cântico de Maria é o mais digno agradecimento”. E a consequência da encarnação, diz-nos Pe. Tiago Alberione, é a não separação: “Quem encontra Maria, encontra Jesus”. Continua ele: “A Igreja e os santos, guiados pelo Espírito de Deus, jamais separam Jesus Cristo de Maria. Os pastores e os magos encontraram o Menino com Maria, sua Mãe. Maria é a haste, Jesus, a flor; Maria é a planta, Jesus Cristo, o fruto bendito…”. Maria é aquela criatura dócil e humilde, mas, sobretudo, confiante em Deus que nos trouxe a vida nova: Jesus Cristo. Ela viveu em vista de Jesus e exprime essa verdade com as palavras: “O Todo-poderoso fez em mim grandes coisas” (Lc 1,49). A vida de Maria se resumia àquilo que deve ser o ideal de todo cristão: tudo por Jesus, tudo com Jesus, tudo em Jesus. Sigamos os passos de Maria, que, incansavelmente, acompanhou Jesus, de Belém até o Calvário, até o sepulcro. Caso contrário, “aprenderemos o que os outros ensinam, saberemos falar, saberemos atéindicar aos outros o caminho, mas nós mesmos não trilharemos o caminho… Não sejamos dos que somente ensinam aos outros o caminho: sejamos os primeiros a percorrê-lo e digamos depois aos outros: ‘Vinde, segui-me!’ Maria leva-nos a conhecer Jesus de acordo com o tempo, a situação e as ocupações”, conclui Pe. Tiago Alberione. 12 Este livro — simples, de fácil compreensão e manuseio — quer ajudar-nos a caminhar com Maria durante um mês, através de trinta e um títulos marianos, que são a manifestação viva e de fé do povo que venera a Mãe de Jesus e nossa. Um mês em companhia de Nossa Senhora é um subsídio para os devotos de Nossa Senhora, com os seus mais variados títulos, para que possam passar todo um mês, não exclusivamente maio, na companhia daquela que viveu na fidelidade a sua missão de discípula e missionária do seu Filho que é Caminho, Verdade e Vida. Nele encontramos para cada um dos trinta e um dias do mês um título mariano; uma breve história do título dado a Maria naquele dia; indicação de um texto bíblico para leitura e meditação, e que certamente irá possibilitar-nos assumir o compromisso de também acompanhar em nosso cotidiano os passos de Maria: “Felizes os que seguem os passos de Maria!”, dizia Pe. Tiago Alberione. Além disso, rezaremos a Ladainha de Nossa Senhora, recordando as várias invocações marianas. Também recitaremos todos os dias o Cântico de Nossa Senhora, o Magnificat. Teremos um momento para elevar a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, as nossas preces. Em seguida, rezaremos o terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana e cada dia é concluído com uma oração própria. O livro conclui-se com uma Celebração de Coroação de Nossa Senhora, que pode ser coroada Rainha do céu e da terra, sob o título com o qual é venerada naquela paróquia ou comunidade particular. Portanto, Um mês em companhia de Nossa Senhora oferece-nos uma oportunidade a mais de rezarmos com Maria por todos nós e agradecermos por ela ter gerado em seu ventre a Semente da Vida que, desabrochando, tornou-se vida abundante e plena para todos (cf. Jo 10,10). Meu mais sincero e profundo desejo é que estejamos dispostos a recomeçar sempre no seguimento de Maria e de Jesus. Pe. Antônio Lúcio, ssp 13 Orações para todos os dias Canto do Magnificat Minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, porque olhou para a humilhação da sua serva. Doravante todas as gerações me felicitarão, porque o Todo-poderoso realizou grandes obras em meu favor: seu nome é santo, e sua misericórdia chega aos que o temem, de geração em geração. Ele realiza proezas com seu braço: dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias. Socorre Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia — conforme prometera aos nossos pais — em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém. Salve Rainha (rezada) Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva, a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém! Salve Rainha (cantada) Salve Rainha, Mãe de Deus! És Senhora nossa mãe! Nossa doçura, nossa luz, doce Virgem Maria. Nós a ti clamamos! Filhos exilados! Nós a ti voltamos! Nosso olhar confiante. Volta para nós, ó Mãe, teu semblante de amor! Dá-nos teu Jesus, ó Mãe, quando a noite passar. Salve Rainha, Mãe de Deus! És auxílio dos cristãos! Ó Mãe clemente, ó Mãe piedosa! Doce Virgem Maria. 14 Ladainha de Nossa Senhora Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, atendei-nos. Jesus Cristo, atendei-nos. Pai celeste que sois Deus, tende piedade de nós. Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós. Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós. Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós. Santa Maria, rogai por nós. Santa Mãe de Deus, rogai por nós. Santa Virgem das virgens, rogai por nós. Mãe de Jesus Cristo, rogai por nós. Mãe da divina graça, rogai por nós. Mãe puríssima, rogai por nós. Mãe castíssima, rogai por nós. Mãe imaculada, rogai por nós. Mãe intacta, rogai por nós. Mãe amável, rogai por nós. Mãe admirável, rogai por nós. Mãe do bom conselho, rogai por nós. Mãe do Criador, rogai por nós. Mãe do Salvador, rogai por nós. Mãe da Igreja, rogai por nós. Virgem prudentíssima, rogai por nós. Virgem venerável, rogai por nós. Virgem louvável, rogai por nós. Virgem poderosa, rogai por nós. Virgem clemente, rogai por nós. 15 Virgem fiel, rogai por nós. Espelho de justiça, rogai por nós. Sede de sabedoria, rogai por nós. Causa da nossa alegria, rogai por nós. Vaso espiritual, rogai por nós. Vaso honorífico, rogai por nós. Vaso insigne de devoção, rogai por nós. Rosa mística, rogai por nós. Torre de David, rogai por nós. Torre de marfim, rogai por nós. Casa de ouro, rogai por nós. Arca da aliança, rogai por nós. Porta do céu, rogai por nós. Estrela da manhã, rogai por nós. Saúde dos enfermos, rogai por nós. Refúgio dos pecadores, rogai por nós. Consoladora dos aflitos, rogai por nós. Auxílio dos cristãos, rogai por nós. Rainha dos anjos, rogai por nós. Rainha dos patriarcas, rogai por nós. Rainha dos profetas, rogai por nós. Rainha dos apóstolos, rogai por nós. Rainha dos mártires, rogai por nós. Rainha dos confessores, rogai por nós. Rainha das virgens, rogai por nós. Rainha de todos os santos, rogai por nós. Rainha concebida sem pecado original, rogai por nós. Rainha elevada ao céu em corpo e alma, rogai por nós. Rainha do sacratíssimo Rosário, rogai por nós. Rainha da paz, rogai por nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 16 Oremos Senhor Deus, nós vos suplicamos que concedais aos vossos servos perpétua saúde de alma e de corpo; e que, pela gloriosa intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria. Por Cristo Nosso Senhor. Amém. Preces Dirijamos confiantes nossa oração a Deus Pai, que prometeu habitar nos corações das pessoas que, como Nossa Senhora, guardam a sua Palavra. 1. Para que o espírito de gratidão e louvor que brilhou em Nossa Senhora nos faça sempre fiéis e agradecidos nos momentos de provações e de alegria, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 2. Pelos enfermos que encontram em Nossa Senhora ajuda e consolo, e nos irmãos, solidariedade generosa que alente a sua esperança, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 3. Para que, guardando a Palavra que escutamos, sejamos servidores fiéis e testemunhas do Reino entre as pessoas, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 4. Pelas pessoas que dedicaram suas vidas ao seguimento de Jesus Cristo, para que, olhando para Nossa Senhora, saibam oferecer a todos o testemunho de uma entrega generosa e serena, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 5. Para que aprendamos de Nossa Senhora a confiar humildemente na Palavra de Deus e experimentemos em quaisquer circunstâncias de nossa vida a força do amor de Deus, rezemos ao Senhor. Escuta-nos,Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 6. Para que, a exemplo e Nossa Senhora, possamos corresponder com generosa disponibilidade às exigências do nosso batismo, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 7. Pelas pessoas consagradas a serviço do Reino de Deus, para que vivam o seu 17 chamado com a mesma generosidade com que Nossa Senhora se ofereceu ao Senhor, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 8. Para que meditemos, como Nossa Senhora, a Palavra de Deus e conformemos nossa vida à mensagem que anunciamos, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 9. Para que, como Nossa Senhora, a mulher forte, sejamos maduros na fé e cooperemos com o mistério da redenção, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 10. Para que, como Nossa Senhora em sua visita a sua prima Santa Isabel, sejamos imagem da solicitude de Cristo pelos irmãos, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 11. Para que, a exemplo de Nossa Senhora, que viveu a experiência da vida oculta de Jesus em Nazaré, saibamos viver no cotidiano à luz e à força da fé, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 12. Para que, invocando a Nossa Senhora como vida, doçura e esperança nossa, recebamos dela a perseverança até o dia do luminoso encontro com seu Filho na glória do céu, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 13. Por todas as pessoas que estejam passando por momentos difíceis em suas vidas, para que se sintam assistidas por Nossa Senhora, como São João ao pé da cruz, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 14. Para que todos sejamos, como Nossa Senhora, fiéis ouvintes da Palavra de Deus, para acolhê-la e meditá-la em nosso coração, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 15. Por todas as pessoas que sofrem e choram “neste vale de lágrimas”, para que sintam a proteção e a presença de Nossa Senhora em suas vidas; e se libertem de suas angústias, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. 16. Por todas as pessoas que perderam os seus entes queridos, para que 18 encontrem em Nossa Senhora o afeto e a proteção de uma mãe que recebeu esta missão de seu Filho na Cruz, rezemos ao Senhor. Escuta-nos, Senhor, por intercessão de Nossa Senhora. Pai misericordioso, tu que conheces o nosso coração, vem em ajuda da nossa fraqueza e, por intercessão de Nossa Senhora, mulher orante, escuta nossas súplicas. Te pedimos, por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém. 19 20 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História O Calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima no mistério de sua divina maternidade. Trata-se da primeira festa mariana que surgiu na Igreja do Ocidente. E proclama que Maria é verdadeiramente a Mãe de Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Esta verdade de fé foi proclamada solenemente no Concílio Ecumênico de Éfeso, em 431. Nesse Concílio foi dado a Maria o título de Theotokos, isto é, geradora de Deus. Deus se fez carne por meio de Maria, começou a fazer parte de um povo, constituiu o centro da história. Ela é o ponto de união entre o céu e a terra. Ela, que deu a vida ao Filho de Deus, continua a apresentar às pessoas a vida divina. É, por isso, considerada mãe de cada pessoa que nasce para a vida de Deus, e mãe de todos. É em nome de Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, que nesse dia se celebra no mundo inteiro o “dia da paz”; aquela paz que Maria, uma de nós, encontrou no abraço infinito do amor divino; aquela paz que Jesus veio trazer às pessoas que creram no amor. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico 21 Mateus 18,1-5 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humanidade a salvação eterna, dai-nos contar sempre com a sua intercessão, pois ela nos trouxe o autor da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 22 23 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História Esta festa é chamada também de Purificação de Nossa Senhora, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Candelária ou ainda Festa das Luzes. Sua origem remonta ao século IV. O rito da bênção das velas se inspira nas palavras do velho Simeão: “Meus olhos viram a tua Salvação que preparaste diante de todos os povos, como luz para iluminar as Nações”. É o dia em que São José e Nossa Senhora “apresentam” a Deus o Filho Jesus. Eles se encontram no templo na presença da profetisa Ana e do profeta Simeão, a quem Deus prometera que não morreria sem ver o Messias, reconheceu-o no colo de Maria e profetizou a respeito dela: “Uma espada transpassará tua alma”. Maria, por causa da sua íntima união com a pessoa de Cristo, foi associada ao sacrifício do Filho. A reforma litúrgica de 1960, querendo dar o verdadeiro sentido ao acontecimento de origem, que é a oferta de Jesus ao Pai, símbolo do sacrifício da Cruz, deu o nome de Apresentação do Senhor, segundo a lei de Moisés. Esta lei fixava o tempo em que as mães deviam se apresentar, com seus filhos recém-nascidos, diante dos altares e determinava uma oferenda a ser feita quando a criança era do sexo masculino. 4. Salve Rainha (Rezada ou Cantada) [Cf. P. 10] 5. Texto Bíblico 24 Lucas 2,22-40 6. Ladainha de Nossa Senhora (Cf. P. 11) 7. Canto do Magnificat (Cf. P. 9) 8. Preces (Cf. P. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Deus eterno e todo-poderoso, ouvi as nossas súplicas. Assim como o vosso Filho único, revestido da nossa humanidade, foi hoje apresentado no templo, fazei que nos apresentemos diante de vós com os corações purificados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 25 26 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História No dia 11 de fevereiro de 1858 uma menina de 14 anos, Bernadete Soubirous, simples e humilde, foi em companhia de uma irmã e de uma vizinha recolher lenha perto de Massabielle. Ouviu um barulho entre as árvores e levantando os olhos, viu uma senhora com as faces radiantes, vestida de branco, com uma faixa azul, toda sorridente. Recitou com Bernadete um terço, fazendo uso do rosário que trazia consigo sempre. Maria manifestou-se como “Imaculada Conceição” a Bernadete, que mais tarde tornou-se uma Irmã Conversa das Religiosas de Nevers, por dezoito vezes, na gruta de Massabiele, perto de Lourdes, na França. As aparições se deram de 11 de fevereiro a 16 de julho de 1858. Santa Bernadete muito sofreu por causa das aparições de Maria, pois foi considerada impostora, injuriada e interrogada pela polícia, que pretendeuimpedir os romeiros de se aproximarem da gruta, tornando-se malvista pelas autoridades civis e eclesiásticas. As curas milagrosas obtidas com a água da fonte obrigaram as autoridades a ceder, e a 11 de janeiro de 1862 o bispo de Tarbes autorizou o culto de Nossa Senhora de Lourdes. Desde 1858, Lourdes tornou-se grande centro de piedade cristã e muitos doentes são curados de seus males físicos e espirituais. A mensagem de Lourdes consiste no apelo à conversão, à oração e à caridade. A iconografia cristã apresenta Nossa Senhora de Lourdes de pé, vestida de uma túnica branca e um véu da mesma cor, que lhe cobre a cabeça e cai nas costas até os 27 pés, tem as mãos juntas ou cruzadas sobre o peito. Na cintura usa uma faixa azul e de seu braço direito pende um rosário. Usa algumas vezes uma coroa aberta adornada de estrelas. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico João 2,1-11 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração final Ó Deus de misericórdia, socorrei a nossa fraqueza para que, ao celebrarmos a memória da Virgem Imaculada, Mãe de Deus, possamos, por sua intercessão, ressurgir de nossos pecados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 28 29 30 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História Não foi apenas uma preocupação de exatidão cronológica que contribuiu para fixar a festa da Anunciação nove meses antes do nascimento do Senhor; cálculos eruditos e considerações místicas fixavam igualmente em 25 de março a data da crucificação de Jesus e da criação do mundo. Tinha razão o antigo povo de Florência em dar início ao ano civil não no dia 1º de janeiro, mas no dia 25 de março, festa da Anunciação, isto é, da Encarnação do Verbo, data com a qual se dá início à história não de um povo ou de uma civilização, mas de toda a humanidade remida em Cristo. O apóstolo e evangelista são João afirma: “O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós”. O Sim de Maria marcou o momento em que a história da humanidade dividiu-se em duas partes, antes e depois; a eternidade entrou no tempo e Deus se fez história. O anjo usa a linguagem dos Profetas do Antigo Testamento em suas profecias messiânicas, iniciando com um convite à alegria e garantindo a ajuda de Deus à Virgem escolhida para a mais alta missão. Maria é objeto das complacências divinas: o Senhor está com ela, encontrou graça aos olhos do Altíssimo, será Virgem e Mãe de Deus. A própria Maria reconhece nas palavras do anjo os termos proféticos que prenunciam a revelação do Messias. Comparando a profundidade religiosa do total abandono de Maria à vontade de Deus com aquilo que tem de sobrenatural com o anúncio feito, podemos afirmar que no momento da sua resposta definitiva do Fiat (faça-se), nela estava já presente de modo real aquilo que se tornaria pouco a pouco manifesto, no decorrer de sua vida, graças ao contato com o seu divino Filho. 31 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Lucas 1,26-38 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 32 33 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História A pequena localidade de Genazzano na Itália, situada cerca de 40 km a leste de Roma, é célebre pelo grande número de peregrinações realizadas no Santuário da Senhora do Bom Conselho. Com o advento dos imperadores cristãos a Roma, a pitoresca aldeia foi doada aos papas e são Sisto III, que governou a Igreja de 432 a 440, mandou construir ali um templo dedicado à Virgem do Bom Conselho, invocação proveniente talvez dos primórdios do Cristianismo, por ter sido a Mãe de Deus a grande conselheira dos Apóstolos e da Igreja nascente. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Isaías 7,10-14; 8,10 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 34 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Senhor, que conheceis os pensamentos dos homens mortais, como são tímidos e incertos, por intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, da qual tomou carne vosso Filho, dai-nos vosso dom do conselho, para fazer-nos conhecer o que vos agrada e dirigir-nos em nossos trabalhos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 35 36 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História No dia 5 de maio de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, o Papa Bento XV convidou os católicos do mundo inteiro para se unirem em uma cruzada de orações para obter a paz com a intercessão de Nossa Senhora. Oito dias depois, a Beatíssima Virgem dava aos homens a sua resposta, aparecendo a 13 de maio a três pastorinhos portugueses: Lúcia de 10 anos, Francisco de 9 e Jacinta de 7. A Senhora marcou com eles um encontro, naquele mesmo lugar espaçoso e descampado denominado Cova da Iria, para o dia 13 de todo mês. Lúcia recomendou aos primos para não contarem nada em casa. Mas Jacinta não soube guardar o segredo e, no dia 13 de junho, os três pastorinhos não estavam mais sozinhos no encontro. No dia 13 de julho, durante a terceira aparição, Nossa Senhora prometeu um milagre para que o povo acreditasse na história das três crianças. A 13 de agosto os três videntes, fechados no cárcere, não puderam ir à Cova da Iria. A 13 de outubro, último encontro, setenta mil pessoas lotavam o lugar das aparições e foram testemunhas do milagre anunciando: o sol parecia mover-se medrosamente, como se estivesse para destacar-se do firmamento, crescendo entre as chamas multicores. Nossa Senhora, em momentos sucessivos, ia aumentando os prodígios para persuadir da sua mensagem, para dar a sua resposta que empenha todos os cristãos: “Rezem o terço todos os dias; rezem muito e façam sacrifícios pelos pobres pecadores; são muitos os que vão para o inferno por não haver quem se preocupe em rezar e fazer sacrifício por eles. A guerra logo vai acabar, mas se não pararem de ofender ao Senhor, não passará muito tempo para vir outra pior. Abandonem o pecado de suas próprias vidas e procurem eliminá-lo da vida dos outros, colaborando com a 37 Redenção do Salvador”. Ao constatar-se o fato da Segunda Guerra Mundial, os cristãos lembraram-se da mensagem de Fátima. Em 1946, no meio de uma multidão de oitocentas mil pessoas, houve a coroação da imagem de Nossa Senhora de Fátima. Em 1951, o Papa Pio XII estabeleceu que o encerramento do Ano Santo fosse celebrado no Santuário de Fátima,em Portugal. As aparições de Nossa Senhora de Fátima, após diligente e rigoroso exame dos fatos, tiveram o reconhecimento oficial da Igreja. Os Papas Paulo VI e João Paulo II afiançaram a mensagem de Nossa Senhora, visitando Fátima pessoalmente. A primeira visita foi em 1967, por ocasião do Jubileu de Ouro das Aparições; a segunda, em maio de 1982, renovando, após 40 anos, a consagração do mundo ao Coração Imaculado de Maria. Do dia 11 a 14 de maio de 2010, foi a vez do Papa Bento XVI ir a Fátima, por ocasião do 10º Aniversário de Beatificação de Jacinta e Francisco Marto, Pastorinhos de Fátima. Francisco Marto nasceu em 11 de junho de 1908, em Aljustrel. Sendo ele muito sensível e contemplativo, orientou toda sua vida em oração e penitência para “consolar a Nosso Senhor Jesus Cristo”. Morreu em 4 de abril de 1919, na casa de seus pais. Seus restos mortais ficaram sepultados no cemitério paroquial até o dia 13 de março de 1952, data em que foram trasladados para a Basílica da Cova da Iria. Francisco foi beatificado por João Paulo II no dia 13 de maio de 2000, em Fátima. Jacinta Marto era irmã de Francisco e nasceu em Aljustrel, em 11 de Março de 1910. Depois de uma longa e dolorosa doença, oferecendo todos os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores, pela paz do mundo e pelo Santo Padre, a pequena Jacinta morre em 20 de fevereiro de 1920, no hospital de Dona Estefânia, em Lisboa. No dia 12 de setembro de 1935, seus restos mortais foram trasladados do sepulcro da família do Barão de Alvaiázere, em Ourém, para o cemitério de Fátima e colocados junto aos de seu irmão Francisco. Em 1º de maio de 1951, foi efetuada, com a maior simplicidade, o traslado de seus restos mortais para o novo sepulcro preparado na Basílica da Cova da Iria. No decreto de heroicidade de virtudes, Jacinta Marto é considerada como “modelo de humildade, mortificação e generosidade”. A cura milagrosa usada na beatificação dos Pastorinhos ocorreu em março de 1987, quando Maria Emília Santos rezava uma novena dedicada a Jacinta Marto e começou a sentir suas pernas, depois de viver paralítica durante 22 anos. Jacinta foi beatificada por João Paulo II no dia 13 de maio de 2000, em Fátima. Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, a principal protagonista das aparições, nasceu em 22 de março de 1907, em Aljustrel, e pertencia à Paróquia de Fátima. Em 1917, Lúcia foi a vidente de Fátima que mais interagia nas aparições, 38 sendo ela a única que ouvia, via e falava com Nossa Senhora, já Francisco só via e Jacinta só ouvia. No dia 17 de junho de 1921, entrou no Asilo de Vilar (Porto), dirigido pelas Religiosas de Santa Doroteia. Depois foi para Tuy, onde vestiu o hábito religioso com o nome de Maria Lúcia das Dores. Fez sua primeira Profissão Religiosa no dia 3 de outubro de 1928, e em 3 de outubro de 1934 emitiu os votos perpétuos. No dia 24 de março de 1948, entrou no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, tomando o nome de Irmã Maria Lúcia do Coração Imaculado. No dia 1º de maio de 1949, emitiu seus votos solenes. A Irmã Lúcia foi a Fátima várias vezes: em 22 de maio de 1946; em 13 de maio de 1967; em 1981, para coordenar, no Carmelo de Fátima, um trabalho de pintura sobre as aparições; depois, em 13 de maio de 1982, em 13 de maio de 1991 e 13 de maio de 2000, por ocasião da Beatificação dos Pastorinhos Francisco e Jacinta. Morreu no dia 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos, com uma parada cardio- respiratória, no Carmelo de Santa Teresa em Coimbra. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Lucas 2,41-51 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 39 10. Oração Final Ó Deus de misericórdia, socorrei a nossa fraqueza e concedei-nos ressurgir dos nossos pecados pela intercessão da Mãe de Jesus Cristo, cuja memória hoje celebramos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 40 41 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História A Igreja sempre experimentou auxílio eficacíssimo da Mãe de Deus nas perseguições excitadas pelos inimigos da fé cristã. Desde os primeiros séculos da nossa era, nas perseguições tempestuosas, tomou força o costume de invocar a Virgem Maria sob o título de “Auxílio dos Cristãos”. Esta invocação chegou ao Brasil trazida pelos Padres Salesianos de Dom Bosco. O santo Apóstolo da Juventude escolheu Nossa Senhora Auxiliadora para Padroeira de sua comunidade, devido às grandes lutas que teve de travar nos anos difíceis da formação da Pia Sociedade Salesiana, por ele fundada; por isso, em todas as cidades em que existem colégios salesianos, a Senhora Auxiliadora é venerada pela população. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Carta de São Paulo aos Romanos 12,9-16b 6. Ladainha de Nossa Senhora 42 (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Ó Deus, que constituístes a Mãe de vosso Filho querido mãe e auxílio do povo cristão, concedei, nós vos rogamos, que vivamos sob a sua proteção e a Igreja se alegre em vossa paz perpétua. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 43 44 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História Após a anunciação do anjo, Maria sai (apressadamente, diz São Lucas) para fazer uma visita à sua prima Isabel e prestar-lhe serviços. Ajuntando-se provavelmente a alguma caravana de peregrinos que vão a Jerusalém, passa pela Samaria e chega a Ain-Karin, na Judeia, onde mora a família de Zacarias. É fácil imaginar os sentimentos que povoam sua alma na meditação do mistério anunciado pelo anjo. São sentimentos de humilde gratidão para com a grandeza e a bondade de Deus, que Maria expressará na presença da prima com o Hino do Magnificat. A presença do Verbo Encarnado em Maria é causa de graça para Isabel que, inspirada, percebe os grandes mistérios que se operam na jovem prima, a sua dignidade de Mãe de Deus, a sua fé na palavra divina e a santificação do precursor, que exulta de alegria no ventre da mãe. Maria ficou com Isabel até o nascimento de João Batista, aguardando provavelmente outros oito dias para o rito da imposição do nome. O atual calendário litúrgico leva em conta a narração evangélica que coloca a Visitação no período dos três meses entre a Anunciação e o nascimento de João Batista, fixando-lhe a festa no último dia de maio, como coroação do mês que a devoção popular consagra ao culto particular da Virgem Maria. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 45 5. Texto Bíblico Lucas 1,39-56 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Ó Deus todo-poderoso, que inspirastes à Virgem Maria sua visita a Isabel, levando no seio o vosso Filho, fazei-nos dóceis ao Espírito Santo, para cantar com ela o vosso louvor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 46 47 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do EspíritoSanto. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História A Efígie de Nossa Senhora, sob o título de Perpétuo Socorro, foi venerada até o século XV, na ilha de Creta. Sua devoção foi e continua sendo difundida pelos Padres Redentoristas, a partir de 1866. Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. O papa Pio IX entregou o quadro da imagem milagrosa aos Padres Redentoristas (1866), e ela foi colocada na Igreja de santo Afonso, em Roma. A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Mt 11,28-29 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 48 7. Canto Do Magnificat (cf. p.9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Perdoai, ó Deus, os pecados dos vossos filhos e salvai-nos pela intercessão da Virgem Maria, uma vez que não podemos agradar-vos apenas com os nossos méritos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 49 50 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História A Ordem dos Carmelitas, uma das mais antigas na história da Igreja, embora considere o Profeta Elias como seu Patriarca modelo, não tem um verdadeiro Fundador, mas tem um grande amor: o culto a Maria, honrada como a Bem- aventurada Virgem do Carmo. Elias e Maria estão unidos numa narração que tem sabor de lenda. Refere o Livro das Instituições dos primeiros Monges: “Em lembrança da visão que mostrou ao Profeta a vinda desta Virgem sob a figura de uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia para o Carmelo (cf. 1Rs 18,20-45) os Monges, no ano 93 da Encarnação do Filho de Deus, destruíram sua antiga casa e construíram uma capela sobre o monte Carmelo, perto da fonte de Elias, em honra desta primeira Virgem voltada a Deus”. Expulsos pelos Sarracenos no século XIII, os Monges, que haviam entretanto recebido do Patriarca de Jerusalém, Santo Alberto, então Bispo de Vercelli, uma Regra aprovada em 1226 pelo Papa Honório III, se voltaram ao Ocidente e aí fundaram vários Mosteiros, superando várias dificuldades, nas quais, porém, puderam experimentar a proteção da Virgem. Um episódio em particular sensibilizou os devotos: “Os irmãos suplicavam humildemente a Maria que os livrasse das insídias infernais. A um deles, Simão Stock, enquanto assim rezava, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de uma multidão de anjos, segurando nas mãos o escapulário da Ordem e lhe disse: “Eis o privilégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será salvo”. Numa bula de 11 de fevereiro de 1950, o Papa Pio XII convidava a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de 51 todos”: entendido como veste mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Mateus 12,46-50 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Venha, ó Deus, em nosso auxílio a gloriosa intercessão de Nossa Senhora do Carmo para que possamos, sob sua proteção, subir ao monte que é Cristo, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém. 52 53 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História Maria aparece pela última vez nos escritos do Novo Testamento no primeiro capítulo dos Atos dos Apóstolos: ela está no meio dos apóstolos, em oração no cenáculo, aguardando a descida do Espírito Santo. À concisão dos textos inspirados opõe-se a abundância das informações sobre Nossa Senhora nos escritos apócrifos, especialmente o Proto-evangelho de Tiago e a Narração de são João, o teólogo, sobre a dormitio (passagem da santa Mãe de Deus). O termo dormitio é o mais antigo que se refere ao desfecho da vida terrena de Maria. Esta celebração foi decretada no Oriente no século VII, com um decreto do imperador bizantino Maurício. No mesmo século, a festa da Dormitio (= passagem para a outra vida) foi introduzida também em Roma por um papa oriental, Sérgio I. Mas passou-se um século antes que o termo dormitio cedesse o lugar àquele mais explícito de Assunção. A definição dogmática, pronunciada por Pio XII em 1950, declarando que Maria não precisou aguardar, como as outras criaturas, o fim dos tempos para obter também a ressurreição corpórea, quis pôr em evidência o caráter único da sua santificação pessoal, pois o pecado nunca ofuscou, nem por um instante, o brilho de sua alma. A união definitiva, espiritual e corporal do homem com Cristo glorioso é a fase final e eterna da redenção. À luz dessa doutrina, que tem seu fundamento na Sagrada Escritura, o Proto- evangelho, referindo-se ao primeiro anúncio da salvação messiânica dado por Deus aos nossos progenitores após a culpa, apresenta Maria como a nova Eva, intimamente unida com o novo Adão, Jesus. Jesus e Maria estão realmente associados na dor e no amor para expiarem a culpa dos nossos progenitores. Maria é, portanto, não só Mãe 54 do Redentor, mas também sua cooperadora, a ele intimamente unida na luta e na decisiva vitória. Essa íntima união requer que também Maria triunfe, como Jesus, não somente sobre o pecado, mas também sobre a morte, os dois inimigos do gênero humano. Como a redenção de Cristo tem a sua conclusão com a ressurreição do corpo, também a vitória de Maria sobre o pecado, com a Imaculada Conceição, devia ser completa com a vitória sobre a morte mediante a glorificação do corpo, com a Assunção, pois a plenitude da salvação cristã é a participação do corpo na glória celeste. No Brasil, por determinação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e autorização da Santa Sé, esta solenidade é celebrada no domingo depois do dia 15 de agosto, caso esse não caia em domingo. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Lucas 11,27-28 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 55 10. Oração Final Ó Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 56 57 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História Esta festividade, paralela à de Cristo Rei, foi instituída pelo papa Pio XII em 1955. Era celebrada, até a recente reforma do calendário litúrgico, a 31 de maio, como coroação da singular devoção mariana domês a ela dedicado. Para o dia 22 de agosto estava reservada a comemoração do Imaculado Coração de Maria, em cujo lugar entrou a festa de Maria Rainha para aproximar a realeza da Virgem à sua gloriosa Assunção ao céu. Este lugar de singularidade e de proeminência, ao lado de Cristo Rei, deriva-lhe dos vários títulos ilustrados por Pio XII na carta encíclica À Rainha do Céu de 11 de outubro de 1954. Maria é rainha porque é Mãe de Cristo, o Rei. É Rainha porque excede todas as criaturas em santidade: “Ela encerra toda a bondade das criaturas”, diz Dante na Divina Comédia. Todos os cristãos veem e veneram nela a superabundante generosidade do amor divino, que a cumulou de todos os bens. Mas ela distribui real e maternalmente tudo o que recebeu do Rei, protege com o seu poder os filhos adquiridos em virtude da sua corredenção, e os alegra com os seus dons, pois o rei determinou que toda graça passe por suas mãos de rainha. Por isso a Igreja convida os fiéis a invocá-la não só com o doce nome de mãe, mas também com aquele reverente de rainha, como no céu a saúdam com felicidade e amor os anjos, os patriarcas, os profetas, os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens. Maria foi coroada com o dúplice diadema de virgindade e de maternidade divina: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus”. 58 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Lucas 1,26-38 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Ó Deus, que fizestes a Mãe do vosso Filho nossa Mãe e Rainha, dai-nos, por sua intercessão, alcançar o Reino do céu e a glória prometida aos vossos filhos e filhas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 59 60 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História A celebração de hoje – lemos no trecho dos discursos de santo André de Creta proclamado no atual Ofício das leituras – honra a natividade da Mãe de Deus. Mas o verdadeiro significado e o fim deste evento é a encarnação do Verbo. De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, de Deus. É este, afinal, o motivo pelo qual somente de Maria (além de João Batista e naturalmente de Jesus Cristo) não é festejado só o nascimento para o céu, o que acontece com os outros santos, mas também a vinda a este mundo. Na realidade o maravilhoso nesse nascimento não está no que narram com generosidade de detalhes e com ingenuidade os apócrifos, mas antes no significativo passo à frente que Deus dá na atuação do seu eterno desígnio de amor. Por isso a festa de hoje foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres, que tiraram suas conclusões da Bíblia e de sua sensibilidade e ardor poético. Leiamos algumas expressões do Segundo Sermão sobre a Natividade de Nossa Senhora de são Pedro Damião: “Deus onipotente, antes que o homem caísse, previu a sua queda e decidiu, antes dos séculos, a redenção humana. Decidiu portanto encarnar-se em Maria”. “Hoje é o dia em que Deus começa a pôr em prática o seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Casa linda, porque, se a Sabedoria constrói uma casa com sete colunas trabalhadas, este palácio de Maria está alicerçado nos sete dons do Espírito Santo. Salomão celebrou de modo soleníssimo a inauguração de um templo de pedra. Como celebraremos o nascimento de Maria, templo do Verbo encarnado?”. “Às trevas do paganismo e à falta de fé dos judeus, representadas pelo templo de 61 Salomão, sucede o dia luminoso no templo de Maria. É justo, portanto, cantar este dia e Aquela que nele nasceu. Mas como poderíamos celebrá-la dignamente? Podemos narrar as façanhas heróicas de um mártir ou as virtudes de um santo, porque são humanas. Mas como poderá a palavra mortal, passageira e transitória exaltar Aquela que deu à luz a Palavra que fica? Como dizer que o Criador nasce da criatura?” 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Mateus 1,1-16.18-23 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Abri, ó Deus, para os vossos servos e servas os tesouros da vossa graça: e assim como a maternidade de Maria foi a aurora da salvação, a festa do seu nascimento aumente em nós a vossa paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade 62 do Espírito Santo. Amém. 63 64 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História A sensibilidade de piedosa compaixão do povo cristão está eloquentemente expressa no quadro de Pietá. Nossa Senhora das Dores recebe no colo o filho morto apenas tirado da cruz. É o momento em que se reveste da incomensurável dor uma paixão humana e espiritual única: a conclusão do sacrifício de Cristo, cuja morte sobre a cruz é o ponto culminante da Redenção. Mas como a morte de Cristo está já implícita, como em embrião, desde os primeiros momentos de sua existência de homem, também a compaixão está implícita no inicial: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. Como mãe, Maria assume implicitamente os sofrimentos de Cristo, em cada momento de sua vida. Eis por que a imagem da Pietá típica da arte gótica e do Renascimento (a mais conhecida é a escultura de Michelangelo) exprime só um momento dessa dor da Virgem Mãe. A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Corredentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgota, a crucificação, a deposição da cruz, a sepultura. Mas como o objeto do martírio de Maria é o martírio do Redentor, desde o século XV encontramos as primeiras celebrações litúrgicas sobre a compaixão de Maria aos pés da cruz, colocada no tempo da Paixão ou logo após as festividades pascais. Em 1667, a Ordem dos Servitas, inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora (os sete santos Fundadores no século XIII tinham instituído a “Companhia de Maria Dolorosa”), obteve a aprovação da celebração litúrgica das sete Dores da Virgem, que durante o 65 pontificado do papa Pio VII foi acolhida no calendário romano e lembrada no terceiro Domingo de setembro. O papa Pio X fixou a data definitiva de 15 de setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a uma simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título, nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz. Eis por que hoje se oferece nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Lucas 2,33-35 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169)10. Oração final 66 Ó Deus, quando o vosso Filho foi exaltado, quisestes que sua Mãe estivesse de pé, junto à cruz, sofrendo com ele. Dai à vossa Igreja, na paixão de Cristo, participar da ressurreição do Senhor. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém. 67 68 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História No início do século XII, quase toda a península Ibérica gemia sob o jugo muçulmano. Grande número de espanhóis estava escravizado pelos mouros e sujeito aos piores tratos. A Santíssima Virgem, condoendo-se do sofrimento de seus filhos, quis ser a principal fundadora de uma Ordem Religiosa destinada a prestar socorro a esses infelizes. Para que seu desejo se tornasse realidade, apareceu em sonhos, na mesma noite, a três homens dedicados, a fim de que se consagrassem à causa dos oprimidos. São eles: são Pedro Nolasco, são Raimundo de Penaforte e D. Jaime I de Aragão. Assim fundou-se a Ordem Real e Militar de Nossa Senhora das Mercês da Redenção dos Cativos. Além dos votos de pobreza, obediência e castidade, eles faziam o voto de tornar-se escravos, se fosse necessário, para salvar os cativos. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Judite 9,8-12 69 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Ó Deus, Pai das misericórdias, que enviastes vosso Filho ao mundo como Redentor dos homens, concedei-nos, que, como devotos de sua Mãe sob o título das Mercês, conservemos fielmente a verdadeira liberdade de filhos, que o Cristo Senhor nos mereceu com seu sacrifício, e a possamos promover em todos os povos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 70 71 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História O Rosário nasceu do amor dos cristãos por Maria na época medieval, talvez no tempo das cruzadas à Terra Santa. O objeto da recitação dessa oração, o terço, é de origem muito antiga. Os anacoretas orientais usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Nos conventos medievais, os irmãos leigos, dispensados da recitação do Saltério, pela pouca familiaridade com o latim, completavam as suas práticas de piedade com a recitação dos Pai-Nossos, e para a contagem, são Beda, o Venerável, havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados num barbante. Depois, narra uma lenda, a própria Nossa Senhora, aparecendo a são Domingos, indicou-lhe a recitação do Rosário como arma eficaz para debelar os hereges albigenses. Nasceu assim a devoção do Rosário, que tem o significado de uma grinalda de rosas oferecida a Nossa Senhora. Os promotores dessa devoção foram os dominicanos, que também criaram as confrarias do Rosário. Foi o papa dominicano, são Pio V, o primeiro a encorajar e a recomendar oficialmente a recitação do Rosário, que em breve se tornou a oração popular por excelência, uma espécie de breviário do povo, para ser recitado à noite em família. Aquelas Ave-Marias recitadas em família estão animadas de autêntico espírito de oração: “Enquanto se prossegue na doce e monótona cadência das Ave-Marias, o pai ou mãe de família pensam nas preocupações familiares, no menino que atendem, ou nos problemas provocados pelos filhos mais velhos. Esse emaranhado de aspectos da vida familiar sofre então a iluminação dos mistérios salvíficos de Cristo, e é espontâneo confiar tudo à Mãe do milagre de Caná e de toda a Redenção” (Schillebeeckx). 72 A celebração da festividade hodierna foi instituída por são Pio V para comemorar a vitória de 1571 em Lepanto contra a frota turca (inicialmente dizia-se: Santa Maria da Vitória). A festividade do dia 07 de outubro, que naquele ano caía no Domingo, foi estendida em 1716 à Igreja universal e fixada definitivamente por são Pio X em 1913. A festa do Santíssimo Rosário, como era chamada antes da reforma do calendário de 1960, resume, em certo sentido, todas as festas de Nossa Senhora. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Lucas 1,46-55 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo, pela mensagem do Anjo, a encarnação do Cristo, vosso Filho, cheguemos, por sua paixão 73 e cruz, à glória da ressurreição pela intercessão da Virgem Maria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 74 75 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História Na segunda quinzena de outubro de 1717, três pescadores – Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves –, ao lançarem sua rede para pescar nas águas do rio Paraíba, colheram a imagem de Nossa Senhora da Conceição, no lugar denominado Porto do Itaguassu. Filipe Pedroso levou-a e guardou-a até 1732. Seu filho Atanásio Pedroso construiu um pequeno oratório, onde rezava-se o terço aos sábados, e colocou a imagem da Virgem que ali permaneceu até 1743. Devido à ocorrência de milagres, a devoção a Nossa Senhora começou a divulgar-se, com o nome de Nossa Senhora Aparecida. Em 26 de julho de 1745, foi inaugurada a primeira capela. Como esta, com o passar do tempo, não comportasse mais o número de devotos, iniciou-se em 1842 a construção de um novo templo. Em 24 de junho de 1888, foi bento solenemente o templo, hoje chamado de “basílica velha”. Em 1893, o bispo diocesano de São Paulo, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, elevou-o à dignidade de “Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida”. Em 28 de outubro de 1894, como padres capelães e missionários de Nossa Senhora Aparecida, chegaram os primeiros padres e irmãos redentoristas, vindos da Baviera. Daí em diante, os filhos de santo Afonso vêm prestando assistência religiosa às multidões de romeiros que visitam o santuário. Os triunfos da “Senhora Aparecida” começaram com as romarias paroquiais e diocesanas. A primeira realizou-se em 8 de setembro de 1900. Hoje os romeiros são milhões, vindos de todo o Brasil e dos países vizinhos. No dia 8 de setembro de 1904, por ordem do papa Pio X, a imagem milagrosa foi 76 solenemente coroada pelo bispo de São Paulo, Dom José Camargo Barros. Em 29 de abril de 1908, foi concedido ao santuário o título de basílica menor. Em 1929, no encerramento do Congresso Mariano, Nossa Senhora foi proclamada Rainha do Brasil, sob a invocação de Aparecida. Em 31 de maio de 1931, a imagem aparecida foi levada ao Rio, para que, diante dela, Nossa Senhora recebesse as homenagens oficiais de toda a nação, estando presente também o presidente da república Getúlio Vargas. Nossa Senhora foi aclamada, então, por todos Rainha e Padroeira do Brasil. Em 1958, a cidade de Aparecida foi elevada a arcebispado, sendo seu primeiro arcebispo o cardeal Mota. Em 5 de março de 1967, Aparecida recebeu a Rosade Ouro enviada pelo papa Paulo VI. Em 1952, iniciou-se a construção da nova Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, consagrada pelo papa João Paulo II no dia 4 de julho de 1980. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico João 2,1-11 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 77 10. Oração Final Ó Deus todo-poderoso, ao rendermos culto à Imaculada Conceição de Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 78 79 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal, em meados do século XI. Certo dia, D. Fuas Roupinho perseguia a uma corça numa região de altos penhascos, quando o animal, vendo-se acuado, atirou-se ao mar. O local estava coberto de espessa neblina e D. Fuas percebeu o perigo somente quando viu o precipício sob as patas do cavalo. Instintivamente, lembrando-se de uma pequena e humilde capela da Virgem Maria, que avistara quando corria atrás da caça, implorou o socorro da Mãe de Deus. Imediatamente o cavalo parou, evitando o pior. Ao ser refeito do susto. D. Fuas foi até ao oratório para agradecer a Nossa Senhora o milagre recebido. Com fé ajoelhou-se aos pés da Virgem e, tomando-a nas mãos, encontrou preso a ela um pergaminho. Com grande assombro leu atentamente a história da efígie de Nossa Senhora, que já era venerada em Nazaré, em Isarel, nos inícios do cristianismo (ano de 361), e que, segundo uma antiga tradição, foi esculpida por São José. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu, e ali foi improvisado um altar para a Virgem Santíssima. Em seguida, D. Fuas Roupinho mandou erguer no mesmo local um santuário que perpetuasse o culto de sua Protetora, denominando-a Nossa Senhora de Nazaré, por ter sido proveniente daquela cidade da Palestina. Tempos depois, por ordem expressa do príncipe D. Fernando, filho de D. João II, foi construída ali mesmo uma bela igreja. Na baixada próxima ao templo, junto à praia, formou-se a cidade de Nazaré, aglomerado de pescadores e uma das povoações mais tradicionais e características da terra portuguesa. 80 A Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, situada no alto do penhasco, é vista do mar a grande distância, por isso ela tornou-se Padroeira dos Navegantes. Foram eles que difundiram o seu culto que atravessou o Oceano Atlântico e chegou até o Brasil. Segundo a tradição, no Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em meados do ano de 1700, às margens do Igarapé Murutucu (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem de Nossa Senhora, coberta por uma bonita trepadeira. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana erguida à beira da estrada e, no outro dia, ela não estava mais lá. Correu ao local onde a havia encontrado e lá estava a “Santinha”. Sabendo disso toda a vizinhança acorreu para venerar a imagem da Mãe de Deus, que foi identificada como sendo a réplica da Nossa Senhora de Nazaré venerada em Portugal, pois representava a Virgem Maria, sentada numa cadeira com o Menino Jesus ao colo. A imagem então teria sido levada para a capela do Palácio do Governo da Província, em Belém, onde ficou guardada por soldados. De manhã, não havia nada na capela, a imagem havia retornado ao Igarapé. Obedecendo os desejos da Virgem, à beira do Igarapé foi construída uma ermida, que deu início à romaria e à devoção do povo paraense à Virgem de Nazaré. Tendo falecido Plácido, coube a Antônio Agostinho a missão de propagar o culto popular à Santa, e ele, apesar das dificuldades financeiras, conseguiu construir uma ermida. Posteriormente ela foi demolida, e em seu lugar ergueu-se uma catedral em estilo neo-românico, cuja construção se iniciou em 1909, no tempo áureo da borracha, e a província do grão-Pará foi dedicada a Nossa Senhora de Nazaré. Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro. Tradicionalmente, a imagem é levada da Catedral de Belém à Basílica Santuário. A procissão do Círio de Nazaré é famosa em todo o território nacional e no exterior pela exibição de danças, pagamentos de promessas à velha moda portuguesa, mortalhas e penitências originais. As esculturas geralmente representam a Senhora de Nazaré sentada (às vezes de pé) segurando o Menino Deus em seu colo, do lado esquerdo. Ela veste uma túnica presa à cintura. Sobre a cabeça usa uma coroa real, assim como seu Filho. 81 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Lucas 2,1-11 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Ó Virgem Imaculada de Nazaré, fostes na terra criatura tão humilde a ponto de dizer ao Anjo Gabriel: “Eis aqui a escrava do Senhor!” Mas por Deus fostes exaltada e preferida entre todas as mulheres para exercer a sublime missão de Mãe do Verbo Encarnado. Adoro e louvo o Altíssimo que vos elevou a esta excelsa dignidade e vos preservou da culpa original. Quanto a mim, soberbo e carregado de pecados, sinto-me confundido e envergonhado perante vós. Entretanto, confiado na bondade e ternura do vosso coração imaculado e maternal, peço-vos a força de imitar a vossa humildade de participar da vossa caridade a fim de viver unido, pela graça, ao vosso divino Filho, Jesus. Assim como vós vivestes no retiro de Nazaré, para alcançar essa graça, quero com imenso afeto e filial devoção saudar-vos como o arcanjo São Gabriel: 82 “Ave Maria, cheia de graça”. Nossa Senhora de Nazaré, rogai por nós. Amém. 83 84 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História Os portugueses, grandes desbravadores dos oceanos, em sua devoção à Virgem não poderiam deixar de invocá-la em suas arriscadas viagens. Assim, deram-lhe o título de “Nossa Senhora da Boa Viagem”, desde tempos imemoriais. Entretanto, só em 1618 foi erigida a primeira igreja em terras lusitanas sob essa invocação, perto de Lisboa. No Brasil, o culto a Nossa Senhora da Boa Viagem passou primeiramente pela Bahia, onde foi construída uma pequena igreja junto à praia. Em Pernambuco, por volta de 1707, o Pe. Leandro Carmelo construiu uma capela, também junto à praia. Providenciou a confecção de uma imagem da Mãe de Deus que foi colocada sobre o altar-mor do templo, em torno do qual surgiu o famoso bairro da Boa Viagem, ponto turístico da capital pernambucana. Ainda no século XVIII, foi construída, na baía de Guanabara, uma capela no alto da penínsulajunto a Niterói. Para custear as despesas do culto instituiu-se uma irmandade de pescadores e homens do mar. Todas as embarcações que aportavam no Rio de Janeiro pagavam de boa vontade uma quantia para a manutenção do templo. Essa capela foi destruída por um incêndio em 1860 e reconstruída pela Sociedade Protetora dos Homens do Mar. Por algo que só mesmo a Providência Divina pode explicar, a padroeira de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, é Nossa Senhora da Boa Viagem. O historiador Augusto de Lima Júnior conta que, como era costume, em meio a uma esquadra lusitana que chegou ao Rio de Janeiro em 1709 encontrava-se a nau Nossa Senhora da Boa Viagem. Seu comandante, não tendo condições de prosseguir viagem, pediu 85 dispensa da Marinha Real e, com alguns companheiros, embrenhou-se nos sertões de Cataguás em busca de ouro. Entre os seus sequazes estava o piloto Francisco Homem del-Rei, que antes de arriscar-se no interior de Minas Gerais, retirou do navio abandonado o nicho com a imagem da Virgem da Boa Viagem e a levou como sua protetora. Os aventureiros encontraram bastante ouro e se enriqueceram. Francisco del-Rei adquiriu terras no cerro de Congonhas. Aí construiu uma ermida em honra da Senhora da Boa Viagem, sua padroeira. Essa capela foi destruída e em seu lugar, em 1905, ergueram a mais antiga igreja da cidade de Belo Horizonte (MG). 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Mateus 2,19-23 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 86 10. Oração Final Virgem Santíssima, Senhora da Boa Viagem, esperança infalível dos filhos da Santa Igreja, sois guia e eficaz auxílio dos que transpõem a vida por entre os perigos do corpo e da alma. Refugiando-nos sob o vosso olhar materno, empreendemos nossas viagens certos do êxito que obtivestes quando vos encaminhastes para visitar vossa prima Santa Isabel. Em ascensão crescente na prática de todas as virtudes transcorreu a vossa vida, até o ditoso momento de subirdes gloriosa para os céus; nós vos suplicamos pois, ó Mãe querida: velai por nós, indignos filhos vossos, alcançando-nos a graça de seguir os vossos passos, assistidos por Jesus e José, na peregrinação desta vida e na hora derradeira de nossa partida para a eternidade. Amém 87 88 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História A invocação de Nossa Senhora das Graças pode denominar-se “devoção evangélica”. Foi o próprio arcanjo são Gabriel quem lhe deu o título, chamando-a “cheia de graça”. Maria apareceu no início do século XIX à jovem Catarina Labouré, noviça da congregação das Filhas da Caridade, no convento de Paris. Estava ela orando na capela de seu mosteiro no dia 27 de novembro de 1830, quando uma iluminação intensa chamou sua atenção. O êxtase de Catarina foi interrompido pelas palavras da Virgem, que dizia: “Estes raios são o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que me invocam”. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Livro de Ester 8,3-8.16-17a 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 89 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 10. Oração Final Ó Deus, por profundo desígnio de vossa providência, quisestes que a Virgem Maria nos desse o Autor da graça, e a fizestes sua companheira no mistério da redenção humana; concedei aos vossos fiéis suplicantes que ela nos obtenha abundância de graças e nos conduza ao porto da salvação eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 90 91 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História O pecado original é uma realidade misteriosa e pouco evidente para nós enquanto comporta um prolongamento da culpa dos progenitores a todos nós. Nesse dia nós consideramos o singular privilégio concedido a Maria, que foi dele preservada desde o primeiro instante de sua concepção, de sua existência humana. O valor doutrinal dessa festividade é manifesto na prece da celebração litúrgica, que sublinha o privilégio concedido à futura Mãe de Deus: “Ó Deus, que pela Imaculada Conceição da Virgem preparaste ao teu Filho uma morada digna dele”, e a própria natureza desse privilégio, enquanto não subtrai Maria à Redenção universal efetuada por Cristo: “Tu que a preservaste de toda a mancha na previsão da morte do teu Filho”. Antes que o papa Pio IX, com a bula Ineffabili Deus de 1854, definisse solenemente o dogma da Imaculada Conceição, não obstante as hesitações de alguns teólogos, que podiam apelar para o próprio santo Tomás de Aquino, tinha-se chegado a um desenvolvimento não só da devoção popular para com a Imaculada, mas também nas intervenções dos papas a favor dessa celebração. Antes que o calendário romano incluísse a festa em 1476, esta já havia aparecido no Oriente no século sétimo, e contemporaneamente, na Itália meridional dominada pelos bizantinos. Em 1570, o papa Pio V publicou o novo Ofício, e finalmente, em 1708, o papa Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória, a toda a cristandade. Mas desde a origem do cristianismo, Maria foi venerada pelos fiéis como a TODA SANTA. Do infinito amor de Cristo para com a Mãe, que a pré-redimiu e acumulou do Espírito Santo desde o primeiro instante da sua existência, derivou esse singular privilégio, que a Igreja hoje celebra para nos fazer meditar não só sobre a inefável beleza da 92 alma de Maria, mas também sobre a beleza de toda alma santificada pela graça redentora de Cristo. Quatro anos após a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, a Virgem apareceu a santa Bernadete Soubirous. Para a menina que, timidamente perguntava: “Senhora, quer ter a bondade de me dizer o seu nome?”, Maria respondeu: “Eu sou a Imaculada Conceição”. No Brasil, por determinação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e autorização da Santa Sé, esta solenidade é sempre celebrada no dia 8 de dezembro, mesmo que este dia seja Domingo do Tempo do Advento. 4. Salve Rainha (rezada ou cantada) [cf. p. 10] 5. Texto Bíblico Gênesis 3,9-15.20 6. Ladainha de Nossa Senhora (cf. p. 11) 7. Canto do Magnificat (cf. p. 9) 8. Preces (cf. p. 14) 9. Rezar o Terço com os mistérios correspondentes ao dia da semana (cf. p. 169) 93 10. Oração Final Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para o vosso Filho, pela imaculada conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós purificados também de toda culpa por sua materna intercessão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 94 95 1. Sinal da Cruz Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. 2. Ave-Maria Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. 3. História Conforme antiga tradição, foi no ano de 1531 que a Virgem Mãe de Deus apareceu a Juan Diego, um piedoso índio, na colina de Tepyac, perto da capital do México. Com muita afabilidade o exorta a