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O Sistema de Contas Nacionais e Contas Satélites

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O Sistema de Contas Nacionais e Contas Satélites
Contabilidade Social 
É a somatória de todas as 
categorias econômicas, que são 
divulgadas pela mídia em forma de 
estatísticas, as quais produzem 
informações atualizadas e 
compreensíveis de grande valor 
para todas as empresas e 
sociedade em geral. 
Essas estatísticas são levantadas de 
acordo com regras universais de 
mensuração e revelam dados sobre 
o nível de produção, renda, 
emprego, desemprego, salários e 
outros indicadores econômicos 
Através da Contabilidade Social 
obtém-se um retrato da realidade 
econômica e social dos países, 
permitindo uma análise do 
desenvolvimento econômico deles 
ao longo do tempo. 
Os dados estatísticos da 
Contabilidade Social possibilitam 
visualizar as várias etapas e 
transações realizadas pelos 
agentes econômicos, como 
governo, empresas, famílias e resto 
do mundo. 
A Contabilidade Social é formada 
pelos seguintes componentes: 
1. Sistema de Contas Nacionais e 
Contas Satélite (que tem seus 
dados apresentados nas Contas 
Econômicas Integradas (CEI); e 
2. Matrizes de Insumo-Produto e 
Números Índice (que têm seus 
dados apresentados pela Tabela de 
Recursos e pela Tabela Uso de 
Bens e Serviços). 
Os métodos de registro das Contas 
Nacionais utilizados nos anos 30 e 40 
foram atualizados a partir de 1953 pelas 
Nações Unidas – ONU, sendo conhecidos 
como um sistema que integra as equações 
e contas geradas a partir dos registros 
contábeis dos agentes econômicos que se 
relacionam através da aquisição ou 
contratação dos fatores de produção 
(capital, trabalho e terra), que são 
utilizados no processo produtivo. 
A ONU formulou três etapas nas 
propostas de contas nacionais: 
Etapa 1: em 1952 o sistema de contas 
nacionais seria representado por seis 
contas: 
1- Produto Interno, 
2- Renda Nacional, 
3- Formação Interna de Capital, 
4- Unidades Familiares, 
5- Governo geral e 
6- Transações com o Exterior. 
Etapa 2: em 1968 foi feita a revisão das 
contas nacionais, com o objetivo de 
abranger um novo sistema, integrando as 
contas de insumo-produto, de fluxos de 
geração, apropriação e uso da renda, de 
fluxos financeiros e de balanços 
patrimoniais. Para tanto, surgem novos 
três grupos de contas, sendo: 
1- Contas consolidadas para a 
nação: Produto Interno Bruto, 
Renda Nacional Disponível, 
Formação de Capital e 
Transações com o Exterior; 
2- Contas de produção de bens e 
serviços por setor de atividade, 
contas de oferta e utilização de 
bens e serviços por grupo de 
bens e serviços; 
3- Contas de apropriação e uso da 
renda, contas de formação de 
capital e contas financeiras. 
Etapa 3: em 1993 surgem novas alterações 
no sistema de contas nacionais da ONU, 
vejamos: 
1- Agregação da primeira conta 
proposta em 1968 aos demais 
dois grupos, 
2- Incorporação da matriz 
insumo-produto como parte 
integrante das contas 
nacionais e 
3- Integração das tabelas sobre 
população e emprego nas 
contas nacionais. 
 
 
No Brasil, as contas 
nacionais seguiram a 
cronologia: 
 
 
 
 
 
As Contas Econômicas Integradas 
(CEI) são divididas em três grandes 
conjuntos de contas: 
1- Contas Correntes; 
2- Contas de Acumulação; 
3- Contas de Patrimônio. 
Contas Correntes são divididas em: 
1- Conta de Produção; 
2- Contas de Rendas. 
A Conta de Produção traz dados 
sobre a produção (transações 
produtivas das empresas), em um país, 
de bens/serviços finais feitos em 
determinado período de tempo (ou 
seja, o PIB). Quando há um 
crescimento do PIB, a economia está 
produzindo mais bens/serviços, o que 
ajuda a diminuir o desemprego. Nesse 
cenário, os empresários estão mais 
confiantes para manter os 
investimentos produtivos altos, já que 
a economia está melhorando em 
termos econômicos. 
As Contas de Rendas vão sinalizar a 
forma em que se operam a 
apropriação e utilização da renda pelas 
famílias e governo, ou seja, elas vão 
mostrar: o que as pessoas fazem com 
as remunerações (salário, juros, lucro, 
e aluguel) que recebem (elas gastam, 
ou elas poupam nos bancos com 
aplicações financeiras); e o que o 
governo faz com os tributos (impostos) 
arrecadados (o governo gastará todo o 
recurso arrecadado com tributos ou 
conseguirá poupar - e investir 
financeiramente - parte da 
arrecadação tributária). 
As Contas de Acumulação trazem dados 
sobre os investimentos em um país. Nessa 
conta, veremos se as empresas (públicas e 
privadas) estão gastando mais na 
aquisição de máquinas e equipamentos (a 
chamada “Formação Bruta de Capital 
Fixo”), ou se elas não estão investindo em 
novos maquinários porque seus estoques 
estão cada vez maiores (a chamada 
“Variação de Estoques”). Esses dados 
estatísticos são muito importantes para a 
tomada de decisão das empresas, pois 
mostram que menores taxas de 
investimento em máquinas e 
equipamentos representam menor nível de 
emprego, atividade econômica em 
desaceleração, e decréscimo da renda da 
coletividade (as Contas de Acumulação 
também mostram de onde está vindo o 
dinheiro que os bancos estão emprestando 
para as empresas investirem 
produtivamente, se de uma poupança: 
privada (das famílias), do governo, ou de 
outros países (poupança externa). 
CONTAS SATÉLITES 
Para que as contas nacionais possam 
retratar fielmente os números dos diversos 
setores, foram criadas as contas satélite. 
Estas são a extensão do Sistema de Contas 
Nacionais, as quais permitem que sejam 
feitas análises sobre o perfil e evolução de 
cada setor e seja possível a comparação 
com o resultado total da economia. 
• Os resultados das Contas Satélite 
apresentam informações sobre o 
valor bruto da produção de bens e 
serviços de cada setor, os insumos 
consumidos no processo 
produtivo, o valor adicionado 
bruto, consumo final de bens e 
serviços, investimentos realizados, 
salários e postos de trabalho e 
outros aspectos que sejam 
relevantes de acordo com a 
característica de cada setor 
estudado. Podemos citar como 
exemplos de estudo a saúde, 
turismo, entre outros, cujos 
resultados estão disponíveis no site 
do IBGE. 
• As Contas Satélite são um 
subsistema das Contas Nacionais. 
Isto significa que existe uma 
relação de dependência 
(metodológica e de resultados) 
entre as Contas Satélite e as 
Contas Nacionais. 
Assimile 
O PIB – Produto Interno Bruto: É uma 
medida do valor dos bens e serviços que o 
país produz num período, na agropecuária, 
indústria e serviços. 
Para formar o PIB são somados: 
Bens e produtos finais: aqueles 
vendidos ao consumidor final, do 
pão ao carro + Serviços Prestados e 
remunerados: do banco à 
doméstica + Investimentos: os 
gastos que as empresas fazem para 
aumentar a produção no futuro + 
Gastos do governo: tudo que for 
gasto para atender a população, do 
salário dos professores à compra 
de armas para o Exército. Nesta 
conta não devem ser somados: 
Bens intermediários: Aqueles 
usados para produzir outros bens, 
Serviços não remunerados: O 
trabalho da dona de casa; Bens já 
existentes: A venda de uma casa já 
construída ou de um carro usado e 
as atividades informais e ilegais: 
Como o trabalhador sem carteira 
assinada e o tráfico de drogas. 
Contas nacionais: somatória de todas as 
categorias econômicas, as quais produzem 
informações numéricas e estatísticas dos 
diversos setores macroeconômicos do país. 
Contas Satélite: são a extensão do Sistema 
de Contas Nacionais, as quais permitem 
que sejam feitas análises sobre o perfil e 
evolução de cada setor e seja possível a 
comparação com o resultado total da 
economia. Exemplo: saúde, turismo. 
 
 
 
 
 
Referência: Macroeconomia - Vaine 
Fermoseli Vilga e Maria de Fátima Gimenes 
Valente Sprogis.

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