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ANÁLISE COMPARATIVA DAS HEPATITES VIRAIS MAIS COMUNS NO BRASIL Hepatites A, B e C

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20
LAYSE CORRÊA LINHARES
ANÁLISE COMPARATIVA DAS HEPATITES VIRAIS MAIS COMUNS NO BRASIL: 
Hepatites A, B e C
Niterói
2017
Layse corrêa linhares
ANÁLISE COMPARATIVA DAS HEPATITES VIRAIS MAIS COMUNS NO BRASIL: 
Hepatites A, B e C.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera- Kroton, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Biomedicina. 
Orientadora: Ma. Renata Streck Fernandes
Niterói
2017
nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
ANÁLISE COMPARATIVA DAS HEPATITES VIRAIS MAIS COMUNS NO BRASIL: 
Hepatites A, B e C.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera- Kroton, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Biomedicina.
Aprovado em: __/__/____
BANCA EXAMINADORA
Profª. Ana Carolina Mercadante
Profª. Fernanda da Silveira Cavalcante
Prof. Mário Coimbra Brasil
LINHARES, Layse Corrêa. ANÁLISE COMPARATIVA DAS HEPATITES VIRAIS MAIS COMUNS NO BRASIL: Hepatites A, B e C. 2017. 25 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Universidade Anhanguera de Niterói, Niterói, 2017.
RESUMO
A Hepatite é uma doença relacionada a inflamação do fígado, que pode levar a falhas do mesmo e até a morte. O principal agente biológico responsável pela doença é o vírus, diferenciando no tipo de vírus para cada tipo de hepatite. Eles também possuem diferença quanto ao material genético. Essa doença afeta gravemente a saúde pública no Brasil e, também, no mundo. Muitas pessoas podem ser portadoras desses vírus mesmo sem saber, pois são doenças silenciosas e, muitas vezes, não apresentam sintomas. Por não saberem, correm o risco de as doenças se tornarem crônicas e causarem danos maiores ao fígado como o câncer. Os sintomas dos três tipos são bastante semelhantes como cansaço, náuseas, mal-estar, tontura, febre, vômitos, dor abdominal, urina escura, fezes claras e, principalmente, pele e olhos amarelados. Alguns indivíduos apresentam sintomas virais inespecíficos, que são bem parecidos com os da gripe. Esse trabalho foi desenvolvido com base em uma revisão bibliográfica acerca do tema Análise comparativa das hepatites virais mais comuns no Brasil. Para sua realização foram feitas pesquisas nas principais bases de dados como livro acadêmico, Scielo e google acadêmico a procura de artigos publicados na área. O objetivo foi definir as principais característica da doença, enfatizando os diferentes tipos e meios de contaminação, para a minimização de ocorrência da mesma.
Palavras-chave: Hepatite A; Hepatite B; Hepatite C; hepatites virais; Doenças virais.
.
LINHARES, Layse Corrêa. COMPARATIVE ANALYSIS of VIRAL HEPATITIS MORE COMMON in BRAZIL: Hepatitis A, B and C. 2017. 25 sheets. Work of conclusion of course (graduation in Biomedicine)-University Anhanguera de Niterói, Niterói, 2017.
ABSTRACT
Hepatitis is a disease related to liver inflammation, which can lead to failure and even death. The main biological agent responsible for the disease is a virus, differentiating the type of virus to each type of hepatitis. They also have a difference as to genetic material. This disease affects the public health in Brazil and in the world. Many people may be carriers of these viruses without even knowing, because they are silent diseases, and often do not present symptoms. By not knowing, they run the risk of becoming chronic diseases and cause further damage to the liver such as cancer. The symptoms of the three types are quite similar as fatigue, nausea, malaise, dizziness, fever, vomiting, abdominal pain, dark urine, light stools and, especially, skin and yellow eyes. Some individuals have symptoms nonspecific viral, which are very similar to those of flu. This work was developed based on a bibliographical review about the topic comparative analysis of viral hepatitis more common in Brazil. For your achievement were made in major research databases like academic book, Scielo and google scholar to search for articles published in the area. The objective was to define the main feature of the disease, emphasizing the different types and means of contamination, for the minimization of occurrence.
Key- words: hepatitis A; Hepatitis B; Hepatitis C; viral hepatitis; Viral diseases.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Pessoa com icterícia e pessoa normal	10
Figura 2 - Hepatite “não A, não B” ...........................................................................13
Figura 3 - Vírus VHA ................................................................................................14
Figura 4 - Vírus HBV ................................................................................................16
Figura 5 - Vírus VHC ...............................................................................................17
Figura 6- Formas de prevenção ...............................................................................19
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................08
2. HISTÓRIA DA HEPATITE VIRAL...................................................................10
3. OS TIPOS DE VÍRUS QUANTO AO SEU MATERIAL GENÉTICO................14
3.1. Vírus VHA......................................................................................................14
3.2. Vírus HBV......................................................................................................15
3.3. Vírus VHC .....................................................................................................16
4. TRANSMISSÃO, PREVENÇÃO, SINTOMAS E DIAGNÓSTICO....................18
4.1. Hepatite A......................................................................................................18
4.2. Hepatite B .....................................................................................................20
4.3. Hepatite C .....................................................................................................21
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................23
REFERÊNCIAS....................................................................................................24
2
INTRODUÇÃO
Denomina-se Hepatite qualquer processo degenerativo que acomete o fígado tendo diversas causas, podendo ser através de vírus, uso excessivo de álcool e o abuso de substâncias tóxicas, como alguns medicamentos. Isso pode levar o fígado a falhas, como cirrose, ocorrência de câncer e até mesmo provocar a morte (BUTEL, 2012)
O principal agente etiológico responsável pela causa da doença é o vírus, que são diferenciados em um tipo de vírus para cada tipo de hepatite. Eles também possuem diferença quanto ao seu material genético. Os tipos mais comuns de Hepatites virais são os tipos A, B e C, contendo altos índices de notificações da doença por ano (BUTEL, 2012).
Essa doença afeta gravemente a saúde pública no Brasil e, também, no mundo. A Hepatite ainda é desconhecida por muitas pessoas, podendo ser portadoras desses vírus mesmo sem saber, pois são doenças silenciosas e, muitas vezes, não apresentam sintomas. Por não saberem, correm o risco de as doenças se tornarem crônicas e causarem danos maiores ao fígado como o câncer. Então, Para que a incidência da doença seja minimizada, é de extrema importância obter um diagnóstico precoce (SOUTO, 2015).
A hepatite A foi descoberta em 1973, a hepatite B em 1965 e a Hepatite C em 1989. Cada tipo da doença é transmitido por um vírus diferente, sendo a hepatite A pelo vírus VHA, hepatite B pelo VHB e hepatite C pelo VHC. São transmitidos através da via digestiva, via sanguínea, pelos fluidos corporais e relação sexual. Os sintomas dos três tipos da doença são muito similares, podendo variar um pouco de acordo com o tipo de vírus envolvido, tais como cansaço, náuseas, mal-estar, tontura, febre, vômitos, dor abdominal, urina escura, fezes claras e, principalmente, pele e olhos amarelados.Para diagnóstico é utilizado o anti-VHA, anti-VHB e Anti-VHC. Porém apesar de já obtermos esse conhecimento precisa-se entender: De que modo as hepatites virais podem ser diferenciadas, considerando sintomatologias de características semelhantes?
Com isso, a escolha deste tema teve como finalidade: comparar os tipos, esclarecer, alertar, expor informações, e atualizar o acervo bibliográfico da doença através de embasamento científico recente. Estes esclarecimentos irão possibilitar aos profissionais da área a certeza e a segurança na orientação às pessoas acerca da doença. Esta pesquisa também teve como relevância, conscientizar os profissionais sobre os riscos da doença.
Esta revisão bibliográfica foi realizada através de Pesquisa Documental, a partir de artigos científicos, através de pesquisas específicas na área da saúde, com publicações em outros idiomas, além do português. Foi utilizado como meio de pesquisa Livros acadêmicos e sites como: PubMed; Scielo. As pesquisas nos sites citados, foram realizadas através da utilização de “palavras- chave”: hepatite, hepatites virais, hepatite A, hepatite B, hepatite C. Sendo publicados entre os anos de 2003 a 2017.
 
 
 
	
2. HISTÓRIA DA HEPATITE VIRAL
A hepatite é uma das doenças mais antigas conhecida por pesquisadores, tendo sua descrição comparada com a epidemia que ocorreu na ilha de Minorca no século 18. Depois disso, vários outros casos de epidemia foram relatados, tendo sua titulada de icterícia catarral, devido ao número de trombos biliares vistos por Virchow nas necropsias. Há relatos ainda que a hepatite viral existe a milênios de anos. De acordo com os estudos realizados por Fonseca (2010), a mais de 2.500 anos alguns surtos de icterícia foram citados na Babilônia. Na Grécia, no século 5, nos escritos redigidos por Hipócrates já aponta a icterícia epidêmica, sugerindo que poderia ser de origem infecciosa e que acometia o fígado. No século 8, uma carta foi enviada pelo Papa Zacarias a São Bonifácio, nela era recomendado que fossem isolados todos os indivíduos com icterícia dos outros a fim de evitar uma expansão maior da doença que já mostrava seu caráter infeccioso. Nesse momento sugeriram a classificação de hepatite A em hepatite infecciosa e hepatite B em ictéria sérica, mas ainda não tinham certeza se era o mesmo tipo de vírus ou vírus diferentes para as duas doenças.
FIGURA 1. PESSOA COM ICTERÍCIA E PESSOA NORMAL
FONTE: PINHEIRO (2017) 
Os relatos da doença ocorreram com mais frequência no século 18, antes disso os informes sobre as hepatites são muito escassos. Nessa época, em 1725, foi publicado um trabalho científico considerado um clássico, onde foram introduzido pela primeira vez o termo hepatite por Bianchi JB. Há relatos de grandes números de casos de hepatites em proporções de pandemias já na primeira guerra mundial, provocados certamente pelo vírus da hepatite A, onde milhares de soldados no front da guerra foram contaminados, influenciando de maneira desfavorável a evolução da guerra. Na segunda Guerra mundial o número de ocorrencias foi contabilizado em cerca de 16 milhoes de pessoas contaminadas com hepatite aguda, provavelmente por transmição fecal-oral (FONSECA, 2010).
Em seus relatos, Ferreira (2004) conta que nos Estados Unidos da América, no ano de 2003, cerca de 61.000 pessoas se infectaram através do vírus da hepatite A (VHA) e outras 73.000, pelo da hepatite B. Depois de 45 anos, foram realizados estudos que comprovaram que indivíduos infectados na segunda gerra mundial, contraíram a doença através do virus HBV. De acordo com Pereira (2003) há relatos que a transmissão de homem pra homem aconteceu na Alemanha em 1942, Oriente Médio em 1943 e Nos Estados Unidos da América em 1944, através de voluntários, como médico e estudantes de medicina. Foi feita uma encubação da doença e obervaram que ela era transmitida pela ingestão de fezes. Depois desse episódio muitos relatos da hepatite foram realizados e foi dada uma denominação de icterícia catarral por Virchow. A partir daí é que obtiveram certeza da existência de duas formas diferentes de hepatite, a infecciosa e a ictéria por soro homólogo, contendo períodos de incubação bastante diferentes, além de diversos modos de transmições da doença.
No final dos anos 80 há uma descoberta de mais quatros agentes virais das hepatitis. No século 19, Fonseca (2010) conta que a hepatite transmitida por inoculação parenteral a partir de soro humano foi somente confirmada no final dos anos trinta, mas só em 1985, foi documentada cientificamente a existência de um modo de hepatite, que possivelmente fosse transmitida por essa via. Seu período de incubação é classificado como mais longo do que o observado na hepatite infecciosa. Depois da exposição a pacientes ictéricos as primeiras manifestações clínicas começam a aparecer entre o sétimo e o décimo dia. No ano de 1943, foi descrito nos Estados Unidos um surto de icterícia que ocorreu após transfusão de sangue ou plasma, no intervalo de um a quatro meses. Considerando as diferentes formas epidemiológicas, observadas em hepatite infecciosa e icterícia por soro homologo, foi inserido, por MacCallum, o termo hepatite A e hepatite B nas categoria dessas duas unidades e aceito logo em seguida pela Organização Mundial de Saúde. De acordo com Souto (2015), o Brasil antigamente era conhecido como um país que possuía endemia intermediária de Hepatite B, que apresentava diversidades entre as várias regiões e àreas e domínio, como a Amazôniam. 
A fim de diminuir a incidencia, a vacinação sistemática das crianças foi estabelecida no final do século 20, no ano 1998. Em 1989, foram feitas diversas pesquisas a procura dos tipos de hepatite, sendo conhecida até então como hepatites pós-transfusionais não-A e não-B.Nesse exato ano o genoma do agente viral do terceiro tipo da doença foi descoberto possuindo características biológicas específicas que o diverdificaria dos outros dois vírus. De acordo com Strauss (2001), O virus VHC, virus que causa a hepatite C foi descoberto a 10 anos, porém, o terceiro tipo da doença já havia vindo sendo estudada mesmo antes de confirmarem a existência do virus causador. 
Figura 2. Hepatite “não-A, não-B”.
FONTE: SIMAS (2014).
A hepatite C está sendo relacionada com a doença hepática alcoólica como um elevado motivo de doença crônica do fígado, podendo ser a maior em várias áreas no mundo. Nos estudos realizados por Strauss (2001) os métodos responsáveis pela insistência da infecção pelo virus VHC ainda não foram esclarecidos. De acordo com Fonseca (2010), estudos feitos na Espanha e publicados no ano de 1989 identificaram a detecção sérica do anti-HCV, pacientes com histórico de hepatite pós-transfusional não-A e não-B na maioria das vezes se encontravam nos grupos de risco.
3. OS TIPOS DE VÍRUS 
3.1 VÍRUS VHA. 
A hepatite A é uma doença endêmica que acomete o Brasil e o mundo. Conhecida como “hepatite infecciosa”, o vírus correspondente a hepatite A é o VHA, do genero Hepatovirus, da família Picornaviridae. É um virus de RNA viral de fita simples, com aproximadamente 7.500 nucleotídeos em sentido positivo, sendo assim, já preparado para sua tradução. Seu genoma está envolto por um capsídeo com simetria icosaédrica, não envelopado. Existem sete tipos de genótipos, mas apenas três infectam os seres humanos, sendo mais frequentes as infecções pelos genótipos 1 e 3 (PEREIRA, 2003).
Figura 3. Vírus VHA
Fonte: Doenças... (2017).
De acordo com os estudos realizados por Pereira (2003) mostram que pesquisas que estão em experimento relatam que o virus VHA é absorvido, porém pode infectar células epiteliais onde há sua proliferação, na mucosa digestiva. Por ação de uma RNA polymerase viral a cadeia com sentido positivo promove uma cadeia de RNA com sentido negativo, fazendo com o virus se multiplique no hepatatócito. O virus VHA estimula resposta imunitária humoral, correspondente aos anticorpos e resposta imunitária celular, sendo as duas importantes no processo de defesa e, principalmente, a celularna patogênese de lesões. Altas concentrações do vírus são encontradas nas fezes antes da infecção se manifestar de forma clínica ou laboratorial, isto é, anterior ao aparecimento de necrose hepatocitária.
O virus VHA é moderadamente resistente a temperaturas mais elevadas, éter ou ácido. Pode ser inativado através da formalina, pelo microondas, pela utilização de cloro e por irradiação ultravioleta (FERREIRA, 2004).
3.2. VÍRUS HBV.
O Vírus HBV é o virus da Hepatite do tipo B, doença infecciosa, também conhecida como soro-homóloga. O vírus pertence a família dos Hepadnaviridae, que corresponde a um reduzido número de virus que possui muitas características. O virus é constituído por ácido desoxirribonucleico. O HBV é o único vírus de hepatite que possui como material genético ADN e tendo um diâmetro de 42 nm, um dos mais reduzidos, em comparação aos genomas dos outros virus humanos. É formado por uma molécula de DNA circular relativamente dupla. O virus HBV contém um mecanismo exclusivo entre os vírus que podem infectar o homem, o que pode possibilitar a produção de diversos tipos de particulas virais. Quando há preparação de lamina com soro do pacientesão analisadas três tipos de partículas chamadas de completes infecciosas, as incompletas esféricas e as incompletas filamentosas (VÍRUS, 2017). 
Figura 4. Vírus HBV
Fonte: Hepatite… (2017)
O material genômico do vírus é acomodado pelo nucleocapsídeo, que contém duas fitas de DNA de dimensões distintas, com cerca de 3200 pares de base. A fita mais extensa possui toda a informação genética e está covalentemente vingulada à polimerase viral. A fita menor tem seqüências que transpassam com as terminações da fita maior não sendo necessário ligações covalentes, o que leva a uma configuração circular. São encontrados quatro genes predominantes nos vírus HBV: O gene S, gene C, gene X e gene P. O sistema imune identifica os antígenos codificados em cada uma dessas regiões, fazendo com que ocorra a formação de anticorpos específicos que têm finalidades clínicas no diagnóstico, acompanhamento e no parecer da doença (ALVARIZ, 2017).
3.3. VÍRUS VHC.
Anteriormente conhecido como “não A, não B”, o vírus VHC é o vírus da hepatite do tipo C. O vírus pertence ao gênero Hepacivirus, da família flaviviridae. O VHC é um vírus de RNA, de genoma com fita simples de polaridade positiva que mede 9,7 kilobases de comprimento, com 50nm de diâmetro, sendo envolto por um invólucro lipoprotéico. Contém proteínas estruturais como core, E1 e E2 e as não estruturais ou NS (1 a 5) que são responsáveis pela replicação viral. A avaliação filogenética possibilitou a caracterização de seis genótipos (1 a 6), sendo prevalente no Brasil os tipos 1, 2 e 3, divididos em grupos a, b, c, etc (STRAUSS, 2001). 
Figura 5- Vírus VHC
Fonte: STRAUSS (2001)
Nos relatos feitos por Strauss (2001) a cronicidade pelo vírus VHC evolui lentamente, normalmente apresenta um vasto espectro clínico, considerando formas assintomáticas com enzimas ou até uma hepatite crônica com elevada ativação, cirrose e hepatocarcinoma. A vasta evolução da doença, a correlação com a alta carga viral, a falta de alterações enzimáticas e alterações histológicas bem baixas ou inexistentes, cocluem dados clínicos inversos ao efeito citopático direto do VHC. O valor da resposta imunológica célula-mediada aparenta ser essencial para a exclusão ou permanência do vírus VHC.
4. TRANSMISSÃO, PREVENÇÃO, SINTOMAS E DIAGNÓSTICO. 
4.1. HEPATITE A.
O meio mais comum de transmissão do vírus é oral-fecal, através da ingestão de alimentos ou água contaminados com o vírus VHA. A transmissão em países subdesenvolvidos a infecção ocorre mais frequentemente em crianças, a partir dos oito meses do nascimento, onde os anticorpos maternos vão sumindo. 
Nos países em desenvolvimento, a contaminação precoce diminui conforme a melhoria das condições higiênicas, como tem sido analisado no Sul e Sudeste do Brasil. O número de pessoas contaminadas a partir da adolescência é bem alto nos países desenvolvidos, onde os surtos epidêmicos podem aparecer não só pela ingestão de alimentos contaminados, mas também em profissionais que trabalham em hospitais, tendo proximidade com pacientes que ainda não identificaram a doença e indivíduos que trabalham nas estações que tratam esgoto (PEREIRA, 2003). 
Alguns casos raros podem ser observados em viajantes para áreas endêmicas que não se protegeram com a vacina, transmissão através do sangue ou material contaminado por um indivíduo no período de incubação ou nos primeiros sete dias da doença e transfusão de sangue em neonatos, quando há transfusão de plaquetas e de plasma e em indivíduos que usam drogas injetáveis. A fase de viremia é bem curta, com baixa concentração de vírus no sangue, sendo então rara a sua contaminação por sangue ou qualquer material contaminado por ele (PEREIRA, 2003).
Nos estudos feitos por Ferreira (2004) mostram que para a prevenção da propagação do vírus é necessário uma intensa higienização pessoal dos doentes, principalmente a lavagem das mãos, cuidados com a água, frutas, verduras, mariscos e outros alimentos mal cozidos e correta desinfecção de sanitários usados pelos pacientes e de brinquedos, pois o vírus VHA pode durar na face dos objetos por semanas. Na fase mais aguda da doença esses indivíduos devem se isolar dos outros. Para um controle mais eficaz da doença, junto com as condições sanitárias, é necessário a vacinação contra o vírus VHA. O período de encubação da doença é de duas a sete semanas, mais ou menos trinta dias, depois da infecção pelo vírus VHA. Logo após esse período começam a aparecer as manifestações clínicas de maneira sintomática ictérica. 
Figura 6: Formas de prevenção.
Fonte: LUCENA (201-?).
Nos estudos feitos por Panni (2016), mostram que a hepatite A tende a ser sintomática ou assintomática. Os sintomas não se manifestam no período de encubação, porém uma pessoa infecctada com o vírus já pode transmití-lo nesse período. Foram relatados alguns sintomas como tontura, cansaço, enjoo e/ou vômitos, estado febril, dor no abdomem, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Na maioria das vezes os sintomas não aparecem, passam despercebidos ou confundidos com estado gripal. Normalmente surgem de 15 a 50 dias após a infecção. 
Para diagnóstico da hepatite A é realizado análises de anticorpos anti-VHA da classe IgM, normalmente, por método de ELISA por competição ou radioimnoensaio. Nas fezes, o vírus é pesquisado por meio do PCR ou por imuno-eletro-microscopia, mas é um método com valor reduzido na rotina para diagnóstico, em razão da excreção viral normalmente diminuir de forma drástica e acaba desaparecendo após os sintomas. Está em desenvolvimento um teste de pesquisa de anti-VHA total em saliva, podendo ter utilidade como método não invasivo para análise da condição imunitário antes da vacina (PEREIRA, 2013). 
4.2. HEPATITE B.
De acordo com os estudos feitos por Ferreira (2004) o vírus da hepatite B é transmitido através da pele e mucosa, relações sexuais desprotegidas, contato percutâneo com agulhas e outros objetos contaminados, transfusão de sangue, utilização de drogas endovenosas, profissionais de saúde que não utilizam a norma de biossegurança, entre outros. Entre a segunda e terceira semana antes de aparecer os primeiros sintomas da doença uma pessoa infectada pelo VHB já pode infectar outras pessoas através do sangue e liquidos orgânicos. Os portadores crônicos tendem a continuar infectantes por toda a vida. Quando infectada no período perinatal, a hepatite B tende a probabilidade de cronificação, devido a tolerância imunológica existênte nessa fase.
A hepatite B foi a primeira hepatite viral a possuir vacina acessível para sua prevenção, sendo produzida no começo dos anos 1980 e executada com plasma humano. O HBsAg recombinante é o antígeno empregado atualmente nas vacinas, feito pela inserção de um plasmídeo, possuindo o gene do antígeno de superfície, em células de um fungo (FERREIRA, 2006). Para diminuição dos casos de HepatibeB foram feitas pesquisa do HBsAg em mulheres na gravidez, campanha de imunização e o surgimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, onde incentivaram as pessoas a utilizar práticas sexuais de forma segura. 
De acordos com os estudos feitos por Varella (2011) os sintomas mais prevalentes na infecção aguda causada pelo vírus VHB são bem parecidos com os da hepatite A como enjoos, Vômitos, mal-estar, estado febril, fadiga, perde de apetite, dor abdominal, urina escura, fezzes claras e a cor amarelada na pele. Por ser uma doença assintomática os sintomas podem não aparecer percebido pelo indivíduo infectado. 
Para o diagnóstico da hepatite B é realizado exames físico e sangue a fim de identificar o valor das aminotransferases e a existência de antígenos do vírus na detecção do DNA viral. Em certos casos, pode haver uma necessidade de realização de biópsia de fígado (VARELLA, 2011).
4.3. HEPATITE C.
Nos estudos realizados por Strauss (2001) a hepatite C é transmitida pelo vírus VHC, considerado o agente causador de mais de 90% das hepatites pós-transfusionais. A contaminação também acontece com contato com sangue de indivíduos contaminados, materiais contaminados, como tatuagem e piercing, procedimentos médicos, odontológicose cirurgias. Dentre esses materiais também é listado alicate em manicures, lâmina do barbeiro, uso de drogas ilícitas e objetos intimos compartilhados. O meio mais comum de transmissão é observado na forma não-parenteral através da relação sexual e por meio parenteral de forma materno-fetal. O tempo de encubação do vírus VHC varia de 1 a 13 meses, com anticorpos surgindo apenas 4 a 20 semanas depois do contágio.
Para se evitar a contaminação é necessário o uso de preservativos, alertando o parceiro sexual. Na prevenção do vírus VHC é indicado a não utilização de drogras injetáveis, não compartilhamento de objetos de higiene pessoal, alicates na manicure, objetos cortantes e instrumentos usados na tatuagem. Quando uma mulher estiver tentando engravidar ela deve fazer o teste para descobrir se é portadora do vírus da Hepatite C (VARELLA, 2015).
Mesmo que a doença já tenha atingido de forma agressiva o fígado a hepatite C é assintomática. Em alguns casos , podem surgir uma forma aguda da doença, antes da forma crônica, provocando alguns sintomas como ma-estar, vômitos, pele com cor amarelada, dor muscular, cansaço, diminuição no peso e náuseas. Em um estágio maior as manifestações são: ascite e confusão mental. Por possuir sintomas silenciosos o indivíduo portador da doença só percebe que está contaminado muito tempo depois do contato com o vírus, quando aparecem um quadro grave da hepatite crônica, podendo ter complicações como cirrose e câncer no fígado (VARELLA, 2015).
De acordo com os estudos realizados po Strauss (2001) na pesquisa do diagnóstico da hepatite c é feito teste imunoenzimático (ELISA) para pesquisa de anticorpos contra o vírus VHC, chamado anti-VHC. Além disso, o ELISA é bastante eficaz para diagnóstico das hepatites crônicas, principalmente em doentes com alteração de transaminases e epidemiologia sugestiva de VHC, mas certas vezes pode apresentar resultado negativo nos primeiros meses de contágio, o que dificulta o diagnóstico etiológico no começo da hepatite aguda.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Considerando os estudos realizados para elaboração deste trabalho, foi observado que a hepatite é uma das doenças mais antigas relatada por pesquisadores, principalmente no século 18. Sendo a primeira a ser descoberta a Hepatite B em 1965, depois a hepatite A em 1973 e a mais recente que é a Hepatite C em 1989. É a doença que acomete o fígado mais conhecida pelas pessoas, possuindo característica clássica como a icterícia (coloração amarelada da pele). 
O acervo bibliográfico sobre o tema é bem amplo. Com os artigos científicos obtidos através de pesquisa, foi possível concluir que para cada tipo de hepatite viral existe um tipo de vírus diferente. Sendo esses vírus diferenciados tanto por pertencenter a famílias e gêneros distintos, mas, também, quanto ao seu material genético, diâmetro, e mecanismos de ação no interior do corpo de um indivíduo infectado.
Os artigos científicos destacam a eficácia da prevenção da doença, sendo necessários alguns cuidados básicos como higiene pessoal, convivência em locais com saneamento básico e o uso de preservativos. Além disso, existem as vacinas que agem na forma de imunização contra os vírus. Por obter sintomas bem parecidos é necessário procurar um médico e que se faça exames clinicos específicos de cada tipo de hepatite. 
REFERÊNCIA
ALVARIZ, Ricardo C.. HEPATITE CRÔNICA PELO VÍRUS B(HBV). Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, [s. L.], v. 5, n. 1, p.16-34, Não é um mês valido! 2006. Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=243>. Acesso em: 10 out. 2017.
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