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Lista exercicios - Fuvest 2 fase

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Lista exercícios – FUVEST 2ª fase – História
História Geral
História Antiga
1. (2021) “Assim se realizam, no correr do século IV, a transformação do cristianismo de religião perseguida em religião do estado e a transformação de um deus rejeitado em um Deus oficial. Os homens e as mulheres que vivem na Europa ocidental passam, em poucos decênios, do culto de uma multiplicidade de deuses a um Deus único”.
LE GOFF, J. O Deus da Idade Média. Conversas com Jean-Luc Pouthier. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p. 19-20.
a) Indique uma motivação que levou o Império Romano a adotar o cristianismo como religião oficial em seus domínios.
b) Aponte dois exemplos da incorporação de elementos do paganismo às práticas devocionais cristãs na passagem da Antiguidade para a Idade Média.
c) Indique duas características do cesaropapismo que se desenvolveu na cristandade oriental.
2. (2017) A construção da modernidade econômica no Ocidente teve como elementos determinantes a aquisição de características mentais e sociais totalmente estranhas ao mundo greco-romano: uma árdua e longa reapropriação civil do trabalho e a invenção de uma relação nunca antes experimentada entre trabalho dependente e liberdade pessoal, seja nas cidades que renasciam, seja nos campos depois do feudalismo. E também uma reconquista da dimensão física da natureza – matéria e movimento, em um novo quadro de experiências e conceitos – como condição para uma aliança entre inteligência e produtividade e, entre conhecimento científico, saberes artesanais e inovações tecnológicas.
Aldo Schiavone, Uma História rompida. Roma Antiga e Ocidente Moderno.
A partir do texto,
a) caracterize a relação entre trabalho e “liberdade pessoal” na Antiguidade Clássica;
b) compare a natureza do conhecimento científico e das inovações tecnológicas do mundo greco-romano com a do mundo moderno.
História Medieval
3. (2017) De acordo com o historiador Nicolau Sevcenko, “a metrópole moderna tem esta característica, ela difere das cidades anteriores justamente porque não tem muralhas. O que me parece, no entanto, é que as muralhas não desapareceram, o que houve é que elas perderam a sua visibilidade”.
“As muralhas invisíveis da Babilônia moderna”, Óculum, nº 1, 1985.
a) Explique a função atribuída às muralhas nas formações urbanas anteriores às metrópoles modernas.
b) Identifique e comente dois exemplos de muralhas da metrópole moderna.
4. (2016) No século XII, padres e guerreiros esperavam da dama que, depois de ter sido filha dócil, esposa clemente, mãe fecunda, ela fornecesse em sua velhice, pelo fervor de sua piedade e pelo rigor de suas renúncias, algum bafio de santidade à casa que a acolhera. Ela, por certo, era dominada. Entretanto, era dotada de um singular poder por esses homens que a temiam, que se tranquilizavam clamando bem alto sua superioridade nativa, que a julgavam, contudo, capaz de curar os corpos, de salvar as almas, e que se entregavam nas mãos das mulheres para que seus despojos carnais depois de seu último suspiro fossem convenientemente preparados e sua memória fielmente conservada pelos séculos dos séculos. 
Georges Duby, Damas do século XII. Adaptado.
A partir do texto,
a) identifique dois papéis sociais exercidos pelas mulheres na Idade Média;
b) associe as relações entre homens e mulheres à estrutura social na Idade Média.
História Moderna
5. (2021) De acordo com o historiador Nicolau Sevcenko, é possível identificar um “confronto entre o impulso libertador, presente nos anseios de mudança social, e o caráter autoritário, elitista do planejamento reformador” em muitas obras produzidas por escritores identificados com o pensamento Iluminista.
“Apresentação”. Restif de La Bretonne. Noites revolucionárias. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.
a) Cite um pensador identificado com o Iluminismo.
b) Identifique dois elementos do Iluminismo que contribuíram para a crítica do Antigo Regime.
c) Indique uma medida marcada pelo “impulso libertador” e outra pelo “planejamento reformador” adotada durante a Convenção Nacional ou sob o Diretório.
6. (2021) No dia 12 de outubro de 1492, três navios a serviço da coroa de Castela, comandados pelo navegador genovês Cristóvão Colombo, chegaram às atuais Bahamas. Relacione tal acontecimento com a
a) concepção medieval-cristã de que a Terra era uma criação de Deus;
b) competição mercantil interestatal europeia de fins do século XV;
c) memória construída em torno dele em dois momentos dos séculos XX ou XXI.
7. (2020) Observe a imagem e leia o texto.
Felipe Guamán Poma de Ayala, o autor da imagem, foi um cronista ameríndio de ascendência incaica que viveu no Peru entre 1534 e 1615. A imagem faz parte de sua Nueva Corónica y Buen Gobierno, finalizada no começo do século XVII e endereçada ao rei Felipe III, sendo acompanhada da seguinte legenda, traduzida do espanhol:
“Pobre dos índios, de seis animais que comem e a que temem os pobres dos índios deste reino: serpente, corregedor; tigre, espanhóis das cidades; leão, encomendero; cadela, padre da doutrina; gato, escrivão; rato, cacique principal. Estes ditos animais que não temem a Deus esfolam aos pobres índios deste reino, e não há remédio, pobre Jesus Cristo”.
a) Identifique a situação do Peru quando da elaboração da obra.
b) Descreva as estruturas de poder político e econômico que são comentadas na imagem e no texto que a acompanha.
c) Analise as tensões no mundo indígena sugeridas por texto e imagem.
8. (2019) Observe a gravura.
Beeldenstorm (1566). Jan Luyken, 16771679, Rijksmuseum, Amsterdã (271x349 mm).
A gravura ilustra o interior de uma catedral católica na Antuérpia e representa um importante desdobramento sociocultural da Reforma Protestante. A partir da imagem e de seus conhecimentos,
a) identifique o tema da imagem;
b) aponte a abrangência social da Reforma;
c) cite dois princípios da Reforma que permitem compreender os fatos representados na imagem.
9. (2018) 
Com base nos dados fornecidos pela tabela,
a) explique as razões da distribuição geográfica desigual da população indígena no hemisfério americano no momento do contato europeu;
b) compare as unidades políticas indígenas do México com as dos Andes, citando ao menos um padrão comum e uma divergência entre elas.
10. (2018) 
Integrante da poderosa família dos Habsburgos, José II foi coroado imperador da
Áustria em 1765, um dos mais vigorosos centros da cultura europeia no século XVIII.
a) A partir de elementos representados na pintura, aponte e explique duas características das sociedades europeias no período.
b) Explique por que José II é considerado um déspota esclarecido
História Contemporânea
11. (2020) Os efeitos sociais do futebol enquanto elemento de uma dinâmica cultura popular impelira o estado colonial a intervir sobre este universo. Depois da abolição [...] do indigenato, o desporto servirá para alimentar a propaganda luso‐tropicalista, nomeadamente depois das vitórias do Benfica de Coluna e Eusébio (este só na segunda) na Taça dos Campeões Europeus em 1961 e 1962, mais tarde, com a participação da seleção no Mundial de 1966.
Nuno Domingos, “Desporto moderno e situações coloniais: o caso do futebol em Lourenço Marques”. In: MELO, V. A. de e outros (orgs.)
Mais que um jogo: o esporte e o continente africano. Rio de Janeiro: Apicuri, 2010.
a) Explique a relação entre Moçambique e Portugal na década de 1960.
b) Quais as relações da propaganda luso‐tropicalista portuguesa com a imagem da democracia racial no Brasil?
c) As conquistas do Benfica e o desempenho da seleção portuguesa no Mundial de 1966 fortaleceram a propaganda oficial do governo português? Justifique.
12. (2020) Em 29 de outubro de 1956, uma grave crise política descambou em uma intervenção militar na região do Canal de Suez e da Península do Sinai (Egito).
a) Indique a importância dessa região nos quadros da política internacional do período.
b) Mencione as potências envolvidas diretamente nesse conflito e os seus respectivos interesses.
c) Explique as tensões associadas à articulação políticaentre os diversos Estados árabes nesse período.
13. (2019) Observe atentamente as imagens e depois responda às questões.
a) Explique o protesto relacionado ao chamado massacre de Tlatelolco, ocorrido no México, em 1968 (foto 1).
b) Explique o protesto relacionado à chamada Primavera de Praga, ocorrida na Tchecoslováquia, em 1968 (foto 2).
c) Relacione esses dois protestos ao contexto mundial desse período.
14. (2018) A Índia exporta para a China vastas quantidades de ópio, para cujo cultivo possui facilidades peculiares. O ópio pode ser produzido em Bengala melhor e mais barato do que em qualquer outra parte do mundo; e a China oferece um mercado quase que ilimitado em suas dimensões. O gosto por essa droga espalhou-se pelo império, a despeito das severas regulações para sua exclusão, e se diz que ele entrou no próprio palácio. Não obstante o consumo desse estimulante pernicioso eventualmente ser reprimido de um ponto de vista moral, é certo que ele promove diversos objetos que são igualmente desejáveis tanto pela Índia como pela Inglaterra. A Índia, ao exportar ópio, auxilia o fornecimento de chá à Inglaterra. A China, ao consumir ópio, facilita as operações de receita entre a Índia e a Inglaterra. A Inglaterra, ao consumir chá, contribui para aumentar a demanda por ópio indiano.
Edward Thornton, India, its state and prospects. Londres: Parbury, Allen & Co., 1835. Adaptado.
a) Indique como o texto caracteriza a cadeia mercantil do ópio e qual sua importância para a economia inglesa do século XIX e para as relações coloniais entre Grã-Bretanha e Índia.
b) Identifique e explique um conflito posterior a 1835 que se relacione diretamente aos processos descritos no texto.
15. (2018) 
Come ananás, mastiga perdiz.
Teu dia está prestes, burguês.
Vladimir Maiakóvski. Come ananás, 1917.
Cidadão fiscal de rendas! Desculpe a liberdade.
Obrigado... Não se incomode... Estou à vontade.
A matéria que me traz é algo extraordinária:
O lugar do poeta da sociedade proletária.
Ao lado dos donos de terras e de vendas
estou também citado por débitos fiscais.
Você me exige 500 rublos por 6 meses e mais
(...)
Cidadão fiscal de rendas, eu encerro.
Pago os 5 e risco todos os zeros.
Tudo o que quero é um palmo de terra
ao lado dos mais pobres camponeses e obreiros.
Porém se vocês pensam que se trata apenas
de copiar palavras a esmo,
eis aqui, camaradas, minha pena,
podem escrever vocês mesmos!
Vladimir Maiakóvski. Conversa sobre poesia com o fiscal de rendas, 1926.
a) Indique duas características da produção cultural na Rússia, nos anos posteriores à Revolução de 1917.
b) Identifique e comente uma crítica e uma proposta de mudança presentes nos dois poemas.
16. (2017) Há meses os jornais londrinos – The Times, The Economist, The Examiner, Saturday Review – têm repetido a mesma ladainha sobre a Guerra Civil americana. Enquanto insultam os estados livres do Norte, defendem-se ansiosamente contra a suspeita de simpatizarem com os estados escravistas do Sul. Seus argumentos extenuantes são basicamente os seguintes. A guerra entre Norte e Sul é uma guerra de tarifas, entre um sistema protecionista e um sistema de livre comércio, e a Inglaterra, claro, está do lado do livre comércio. Ademais, a guerra não está sendo travada sobre qualquer questão de princípio; ela não se refere ao problema da escravidão, mas, sim, centra-se nos desejos de soberania do Norte.
Karl Marx, A Guerra Civil norteamericana. Publicado originalmente em 25 de outubro de 1861,
no jornal Die Presse. Adaptado.
a) Com base no texto, explique os fundamentos econômicos e políticos da Guerra Civil norte-americana.
b) Com base no texto e na imagem, na qual aparece, com destaque, o ativista Martin Luther King, relacione o movimento político a que ela se refere com os resultados da Guerra Civil
17. (2017) O termo “populismo” costuma ser empregado para descrever regimes políticos desenvolvidos entre a Crise de 1929 e meados do século XX na América Latina. Ele pode ser considerado impreciso, pois, ao ser utilizado, refere se aos aspectos comuns a todos os países afetados por este tipo de governo, sem ponderar as especificidades conjunturais das diferentes realidades nacionais, evidenciadas quando analisadas comparativamente. Levando em conta essas considerações e o contexto mencionado,
a) aponte dois governos latino-americanos ditos populistas e suas respectivas lideranças políticas;
b) mencione e caracterize uma semelhança e uma diferença entre cada um dos casos citados no item anterior.
18. (2016) Como proteção contra a fantasia e a demência financeiras, a memória é muito melhor do que a lei. Quando a lembrança do desastre de 1929 se perdeu no esquecimento, a lei e a regulação não foram suficientes. A história é extremamente útil para proteger as pessoas da avareza dos outros e delas mesmas.
John Kenneth Galbraith, O grande crash, 1929.
a) Indique duas das características principais do que o autor chama de “desastre de 1929”.
b) Identifique algum fenômeno posterior, comparável ao “desastre de 1929”, estabelecendo semelhanças e diferenças entre ambos.
19. (2016)
Com base nessas imagens,
a) identifique as situações históricas específicas às quais elas se referem;
b) descreva dois elementos internos a cada uma que permitam estabelecer uma relação entre elas
História do Brasil
Brasil Colonial
1. (2021)
R. Simonsen, História econômica do Brasil. 7ª ed. São Paulo: Companhia Ed. Nacional, 1977.
A partir da análise do gráfico, no qual a ordenada corresponde a valores totais de exportação (em milhões de libras esterlinas) e a abcissa a intervalos de tempo (em décadas), justifique
a) o declínio nos valores do açúcar entre, aproximadamente, 1650 e 1710;
b) a diferença entre os valores totais e a somatória dos valores de açúcar e ouro por volta de 1760;
c) a diferença entre os valores de açúcar e ouro por volta de 1810.
2. (2020) 
O suplício tem então uma função jurídico‐política. É um cerimonial para reconstituir a soberania lesada por um instante [...]. A execução pública, por rápida e cotidiana que seja, se insere em toda a série dos grandes rituais do poder eclipsado e restaurado (coroação, entrada do rei numa cidade conquistada, submissão dos súditos revoltados). [...]
O suplício não restabelecia a justiça; reativava o poder. No século XVII, e ainda no começo do XVIII, ele não era, com todo o seu teatro de terror, o resíduo ainda não extinto de uma outra época. Suas crueldades, sua ostentação, a violência corporal, o jogo desmesurado de forcas, o cerimonial cuidadoso, enfim, todo o seu aparato se engrenava no funcionamento político da penalidade. [...]
Mas nessa cena de terror o papel do povo é ambíguo. Ele é chamado como espectador: é convocado para assistir às exposições, às confissões públicas; os pelourinhos, as forcas e os cadafalsos são erguidos nas praças públicas ou à beira dos caminhos; os cadáveres dos supliciados muitas vezes são colocados bem em evidência perto do local de seus crimes. As pessoas não só têm que saber, mas também ver com seus próprios olhos. Porque é necessário que tenham medo; mas também porque devem ser testemunhas e garantias da punição, e porque até certo ponto devem tomar parte nela.
Michel Foucault, Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1983.
a) Identifique uma das práticas punitivas descritas no texto empregadas na sociedade colonial brasileira.
b) Explique as relações entre a exibição do poder monárquico e as punições judiciais na sociedade do Antigo Regime europeu.
c) A participação do povo nas execuções conferia a elas um caráter democrático? Justifique.
3. (2019) Leia o seguinte texto:
Ocorre aqui ao pensamento o que não é lícito sair à língua, e não falta quem discorra tacitamente, que a causa desta diferença tão notável foi a mudança da monarquia. Não havia de ser assim (dizem) se vivera um D. Manuel, um D. João, o terceiro, ou a fatalidade de um Sebastião não sepultara com ele os reis portugueses.
(…)
Não hei de pregar hoje ao povo, não hei de falar com os homens, mais alto hão de sair as minhas palavras ou asminhas vozes: a vosso peito divino se há de dirigir todo o sermão. (...) quero eu, Senhor, convertervos a vós.
(...)
Mas pois vós, Senhor, o quereis e ordenais assim, fazei o que fordes servido. Entregai aos holandeses o Brasil, entregailhes as Índias, entregailhes as Espanhas (que não são menos perigosas as consequências do Brasil perdido); entregailhes quanto temos e possuímos (como já lhes entregastes tanta parte); ponde em suas mãos o Mundo; e a nós, aos portugueses e espanhóis, deixainos, repudiainos, desfazeinos, acabainos. Mas só digo e lembro a Vossa Majestade, Senhor, que estes mesmos que agora desfavoreceis e lançais de vós, pode ser que os queirais algum dia, e que os não tenhais.
Padre Antônio Vieira, Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda. Sermões, Porto: Lello & Irmão, 1959.p. 300301.
O padre Antônio Vieira foi considerado um dos mais ilustres lusobrasileiros do século XVII. Acerca desse sermão, escrito em
1640, ao final da chamada União Ibérica, responda ao que se pede.
a) Caracterizeo do ponto de vista de seu estilo literário.
b) Identifique o contexto da História de Portugal no qual o sermão foi composto.
c) Explique a situação da América portuguesa, tal como mencionada
4. (2017) 
Esta planta foi elaborada no contexto da nova política estabelecida pela Coroa portuguesa para suas possessões na América, durante o chamado período pombalino (17501777). A partir dela,
a) identifique dois elementos que contrastam a organização espacial das comunidades indígenas com a organização espacial proposta pelos poderes coloniais;
b) descreva as principais diretrizes políticas e culturais do projeto pombalino para a população indígena da América.
5. (2016) O papel da imprensa, como agente histórico, foi decisivo para a Independência do Brasil na medida em que significou e ampliou espaços de liberdade de expressão e de debate político, que formaram e interferiram no quadro da separação de Portugal e de início da edificação da ordem nacional. A palavra impressa no próprio território do Brasil era então uma novidade que circulava e ajudava a delinear identidades culturais e políticas e constituiu-se em significativo mecanismo de interferência, com suas singularidades e interligada a outras dimensões daquela sociedade que aliava permanências e mutações.
Marco Morel, Independência no papel: a imprensa periódica. I. Jancsó (org.). Independência: história e historiografia. Adaptado.
a) Explique por que a imprensa pode ser considerada “uma novidade” no Brasil à época da Independência.
b) O texto se refere a “outras dimensões daquela sociedade que aliava permanências e mutações”. Dê dois exemplos dessas dimensões, relacionando-as com o “início da edificação da ordem nacional” no Brasil da época da Independência.
Brasil Império
6. (2021) No dia 18 de setembro de 1850, o Parlamento brasileiro aprovou a lei nº 601 que ficou conhecida como a “Lei de Terras”.
a) Indique uma alteração no regime da propriedade fundiária no Brasil prevista pela lei.
b) Quais os beneficiários desse dispositivo jurídico no século XIX?
c) Mencione dois efeitos dessa legislação sobre as formas de organização do trabalho na economia cafeeira.
7. (2020) A semente da integração nacional seria, pois, lançada pela nova Corte como um prolongamento da administração e da estrutura colonial, um ato de vontade de portugueses adventícios, cimentada pela dependência e colaboração dos nativos e forjada pela pressão dos ingleses que queriam desfrutar do comércio sem ter de administrar. A insegurança social cimentaria a união das classes dominantes nativas com a “vontade de ser brasileiros” dos portugueses imigrados que vieram fundar um novo Império nos trópicos. A luta entre as facções locais levaria fatalmente à procura de um apoio maissólido no poder central. Os conflitos inerentes à sociedade não se identificam com a ruptura política com a Mãe Pátria, e continuam como antes, relegados para a posteridade.
Maria Odila Leite da Silva Dias, A interiorização da metrópole e outros estudos. São Paulo: Alameda, 2005.
a) Caracterize o período histórico de que trata o texto.
b) Descreva os projetos dos principais grupos políticos do período.
c) Explique a frase: “Os conflitos inerentes à sociedade não se identificam com a ruptura política com a Mãe Pátria, e continuam como antes, relegados para a posteridade”
8. (2018) Em 14 de maio de 1930, um jornalista argentino compôs a seguinte crônica, referindo-se à abolição da escravidão no Brasil:
Hoje almoçando na companhia do senhor catalão cujo nome não vou dizer por razões que os leitores podem adivinhar, ele me disse: 
- 13 de maio é festa nacional...
Ah! É mesmo? Continuei botando azeite na salada. 
- Festa da abolição da escravatura.
- Ah, que bom.
E como o assunto não me interessava especialmente, dedicava agora minha atenção a dosar a quantidade de vinagre que colocava na verdura.
- Semana que vem fará 42 anos que foi abolida a escravidão.
Dei tamanho pulo na cadeira, que metade da vinagreira foi parar na salada...
- Como disse? – repliquei espantado.
- Sim, 42 anos, sob a regência de dona Isabel de Bragança, aconselhada por Benjamin Constant. Dona Isabel era filha de Dom Pedro II.
- Quarenta e dois anos? Não é possível...
- 13 de maio de 1888, menos 1930: 42 anos... 
- Quer dizer que...
- Que qualquer negro de 50 anos que você encontrar hoje pelas ruas foi escravo até os 8 anos de idade; o negro de 60 anos, escravo até os 18 anos.
- Não será possível! O senhor deve estar enganado. Não será o ano de 1788... Olhe: acho que o senhor está enganado. Não é possível.
- Bom, se não acredita em mim, pode averiguar por aí.
Roberto Arlt. Águas-fortes cariocas. Rio de Janeiro: Rocco, 2013. Tradução: Gustavo Pacheco.
a) Identifique e explique o estranhamento do cronista argentino.
b) Aponte e explique duas características do processo de abolição da escravidão no Brasil
9. (2017) O café passou a ser o produto das grandes fazendas doadas em sesmarias, enquanto a corte portuguesa residia no Rio de Janeiro. Na verdade, o café foi a salvação da aristocracia colonial. Foi também a salvação da corte imperial cambaleante, que, assediada por rebeliões regenciais e duramente pressionada a pagar pelas burocracias civil e militar necessárias para consolidar o Estado, foi resgatada pelas receitas do café que afluíam para a alfândega do Rio de Janeiro. Caso as condições de cultivo tivessem sido mais favoráveis ao café nas distantes e rebeldes cidades do Recife, Porto Alegre ou São Luís, seriam geradas forças centrífugas que teriam dividido o Brasil.
Warren Dean, A ferro e fogo. A história e a devastação da Mata Atlântica brasileira, 1996. Adaptado.
A partir do texto,
a) indique a localização geográfica da cultura do café no Império do Brasil, mencionando qual foi sua maior zona produtora;
b) caracterize a economia das províncias que, entre 1835 e 1845, rebelaramse contra o poder central do Império.
Brasil República
10. (2021) “Em 1945, 1954 e 1964, datas de movimentos vitoriosos contra o presidente do país, a pressão civil no sentido de intervenção militar no processo político cresceu e foi comunicada aos militares através de contatos pessoais, manifestos públicos e editoriais da imprensa. [...] Normalmente, os pedidos de intervenção afirmavam que o presidente estava agindo de maneira ilegal e que, em face destas condições, a cláusula de ‘obediência dentro dos limites da lei’ os dispensava do dever de obedecer ao chefe do executivo”.
Stepan, A. Os militares na política. Rio de Janeiro: 1975, p. 73.
a) Identifique um partido político que atuou na oposição aos presidentes nos três momentos citados no texto.
b) Indique duas diferenças entre as crises políticas enfrentadas pelo presidente Vargas em 1945 e 1954.
c) Caracterize uma medida econômico-social que teria contribuído para as crises de 1954 e 1964.
11. (2020) Leia o poema e responda ao que se pede.
Mas a taba cresceu... Tigueras* agressivas,
Para trás! Agora o asfalto anda em Tabatinguera.
Mal se esgueira um pajé entre locomotivasE o forde assusta os manes** lentos do Anhanguera.
[...]
Segue pra forca da Tabatinguera. Lento
O cortejo acompanha a rubra cadeirinha
Pro Ipiranga. Será que em tão pequeno assento
A marquesa botou sua imperial bundinha!... 
Mário de Andrade, “Tabatinguera”, Losango Cáqui (1924). In: Poesias completas v.1. São Paulo: Martins Fontes, 1979. 
* área plantada onde já se fez a colheita.
** alma dos mortos, restos mortais.
a) Identifique um aspecto mencionado no poema que justifique a expressão “a taba cresceu”.
b) Destaque um argumento histórico e outro de caráter estético para o emprego de expressões indígenas no poema.
c) Explique as condições históricas que favoreceram a citação do “asfalto”, das “locomotivas” e do “forde”.
12. (2019) O período do governo Juscelino Kubitschek (19561960) é uma referência positiva no imaginário político brasileiro. Não por acaso ele é denominado de “Anos Dourados”. As transformações implementadas nesse período suscitaram desafios e impasses. A partir destas considerações,
a) caracterize a política econômica adotada no referido período;
b) explique qual foi o papel do Estado e cite uma diretriz implementada por aquele governo;
c) indique de que maneira as transformações implementadas por esse governo repercutiram nas migrações populacionais internas
13. (2019) Observe com atenção as duas imagens, que remetem à propaganda política durante a Era Vargas (1930-1945), e responda ao que se pede.
a) Aponte um elemento formal de mobilização comum aos dois cartazes.
b) Identifique os dois movimentos políticos representados nas propagandas a que se referem as duas imagens.
c) Mencione um traço convergente e outro divergente entre as plataformas destes projetos políticos.
14. (2018) Migrar, portanto, tem sempre um sentido ambíguo – como uma imposição das condições econômicas e sociais ou ambientais – e, nesse caso, ela aparece no mais das vezes como um dos mais fortes elementos que explicariam uma destinação do ser nordestino, mas também como uma escolha contra a miséria e a pobreza da vida no sertão. Migrar é, em última instância, dizer não à situação em que se vive, é pegar o destino com as próprias mãos, resgatar sonhos e esperanças de vida melhor ou mesmo diferente. O problema está no fato de que, numa vasta produção discursiva, retirou-se do migrante a sua condição de sujeito, como se migrar não fosse uma escolha, como se ele não tivesse vontade própria. Migrar pode ser entendido como estratégia não só para minimizar as penúrias do cotidiano, mas também para buscar um lugar social onde se possa driblar a exclusão pretendida pelas elites brasileiras através de seus projetos modernizantes.
Isabel C. M. Guillen. Seca e migração no Nordeste: Reflexões sobre o processo de banalização de sua dimensão histórica. Trabalhos para Discussão nº 111. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2001. Adaptado.
a) Cite uma obra literária e um filme que tenham tratado do fenômeno mencionado no texto.
b) Identifique as motivações dos fluxos migratórios de nordestinos para a região Norte, na segunda metade do século XIX, e para a região Sudeste, na segunda metade do século XX.
15. (2016) A destruição de Canudos se deveu menos ao antirrepublicanismo do Conselheiro do que a fatores como a atuação da Igreja contra o catolicismo pouco ortodoxo dos beatos e as pressões dos proprietários de terras contra Canudos, cuja expansão trazia escassez de mão de obra e rompia o equilíbrio político da região.
Roberto Ventura, Euclides da Cunha. Esboço biográfico. Adaptado.
a) Identifique e explique os fatores que, segundo o texto, motivaram a campanha de Canudos, entre 1896 e 1897.
b) Relacione o episódio de Canudos ao panorama político e social da Primeira República.

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