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Políticas Públicas para Educação 
a Distância no Brasil
Veronica Ramos Gomes
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Aula 11 • Políticas Públicas para Educação a Distância no Brasil
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Meta
Apresentar as Políticas Públicas no Brasil que utilizam a Educação a 
Distância como suporte em seus projetos.
Objetivos 
Esperamos que, após o estudo desta aula, você seja capaz de:
1. Definir política pública;
2. Listar programas públicos que utilizam a Educação a Distância para 
sua difusão. 
Pré-requisitos
Para melhor entendimento, releia a Aula 5, sobre legislação.
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Educação a Distância
Introdução
Olá!
Nossa conversa agora é sobre as políticas públicas e a EaD no Brasil.
Na Aula 5, vimos as leis que regulamentam e legitimam a modalida-
de de educação que você optou para fazer a sua graduação.
Agora, apresentaremos as políticas públicas voltadas para Educação 
a Distância. Listaremos programas governamentais que utilizam a EaD 
nos projetos educacionais, quer seja para sua difusão, como estratégia 
pedagógica, ou para tentar resolver problemas imediatos e graves da 
educação no país, como a ampliação do acesso ao ensino superior, for-
mação e aperfeiçoamento de professores ou visando à inclusão social de 
um maior número de pessoas através da educação.
A legislação educacional brasileira oficializou e deu abertura a esta 
modalidade a partir da Constituição Brasileira de 1988, em especial, por 
meio do inciso II, do artigo 206, que estabeleceu o princípio brasileiro 
de que, aqui se tem “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, e divul-
gar o pensamento, a arte e o saber”(Brasil. Constituição. Brasília, 1988).
A partir de então, houve um esforço do Poder Público, no sentido de 
regulamentar, incentivar e promover o desenvolvimento da EaD, ou seja, 
o país teve que investir em políticas públicas específicas de incentivo.
É esta caminhada que veremos agora, juntamente com projetos edu-
cacionais concebidos para EaD, que tem obtido sucesso em seus objeti-
vos, principalmente ampliando o acesso dos alunos do interior do nosso 
país a cursos de qualidade. 
Política Pública: o que é isto?
“O Estado não fazer nada em relação a um problema também é 
uma forma de política pública” (Bachrach e Baratz, 1962).
Vivemos um novo modelo de sociedade, regido pelo mundo globali-
zado. Formação e informação passaram a ser instrumentos para impul-
sionar o projeto de grande nação. 
Embora o conceito de grande nação seja subjetivo e pessoal, no geral, 
seriam países que respeitam seus cidadãos, ou seja, “todos são iguais pe-
rante a lei”, priorizando a educação de qualidade, acarretando menores 
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desigualdades sociais, há oportunidades maiores de inserção no mer-
cado de trabalho e, consequentemente, uma vida mais produtiva. Além 
de assistência médica adequada para população, garantia das liberdades 
individuais, estimulando o desenvolvimento cultural, fortalecendo a 
identidade do povo, entre outros fatores. 
O mercado de trabalho tem feito maiores exigências àqueles que nele 
chegam. Consequentemente, a população, como um todo, passou a bus-
car atualização e aperfeiçoamento em vários campos do conhecimento, 
tornando a sociedade mais competitiva.
De acordo com Preti (2009, p.20, 23): 
“As mudanças tecnológicas fazem com quegrande parte das qua-
lificações fique defasada, a um ritmo cada vez mais rápido, dian-
te dos aparatos de informação que operam em tempo real. Por 
outro lado, existe interdependência maior entre conhecimento e 
vida econômica... Mas do que aprender a fazer, deve-se se formar 
para “aprender a aprender”. Isto de maneira grupal, coletiva, com 
visão ampla, não fragmentada do processo produtivo.”
Para iniciarmos nossa conversa sobre políticas públicas voltadas à 
EaD, buscaremos entender política pública como referencial teórico.
Política Pública, como área de estudo, nasceu nos Estados Unidos da 
América, contrapondo-se à tradição europeia, que concentrava seus es-
tudos mais no papel do Estado e suas instituições do que na produção de 
leis pelo governo, com finalidade de resolver problemas das populações.
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Educação a Distância
Figura 11.1: Diante de um mercado mais exigente e competitivo e a conse-
quente necessidade de formação continuada da população para se adequar 
às exigências e especificidades de cada segmento, surge a premência do 
agendamento de ações públicas com vistas a promover soluções à necessi-
dade de formação.
Link da imagem:https://www.flickr.com/photos/gamerscore/505331200/in/
photostream/
O interesse pelo estudo acerca das políticas públicas tem aumentado 
nos últimos anos, em virtude da política de restrição de gastos públi-
cos e, também, como afirma Matias-Pereira (2005,p.14), pelo fato “de 
que a política pública tem sido definida e implantada como resposta 
do Estado para atender as demandas que surgem a partir dos anseios 
da população.”
O que nos leva à seguinte questão: como equacionar a restrição de 
gastos públicos e o atendimento às reais necessidades da população?
Política pública é uma condição exclusiva de governo, embora o filó-
sofo e historiador Michel Foucault (1979, p.38) tenha afirmado que “to-
das as pessoas fazem política, todos os dias, e até consigo mesmas!”. Ele 
se referia às questões do dia a dia, nas quais somos chamados a tomar 
decisões ou partido de algo ou alguém.
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Michel Foucault nasceu em 15 de outubro de 1926 e morreu em 
25 de junho de 1984 em Paris aos 57 anos. Foi filósofo, contrarian-
do a família, de médicos, que desejava que ele seguisse a mesma 
carreira. Também foi historiador, teórico social e crítico literário.
Suas teorias abordavam a relação entre poder e conhecimento e 
como eles são usados como forma de controle social por meio das 
instituições sociais.
Entre suas obras mais conhecidas estão Vigiar e Punir, um estu-
do sobre a disciplina na sociedade moderna, e Doença Mental e 
Psicologia, de 1954, retratando as práticas de exclusão social dos 
séculos XVII e XVIII, das pessoas desprovidas de razão.
Disponível em:http://www.ufrgs.br/corpoarteclinica/?page_id=70
Assim temos que um dos maiores desafio das nações é atender as 
necessidades da população com gasto consciente do dinheiro público. 
Para melhor entendermos como esta equação acontece, particularmen-
te na EaD, vale a pena conhecermos, inicialmente, algumas definições 
sobre o que caracteriza uma política pública e seus respectivos autores. 
Veja no quadro a seguir:
PRINCIPAIS DEFINIÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS
AUTOR DEFINIÇÃO
Matias-Pereira 
(2005,2007. p 45)
“Compreende um elenco de ações e pro-
cedimentos que visam à resolução pacífica 
de conflitos em torno de bens e recursos 
com destaques para as áreas de econo-
mia, trabalho, saúde, educação, seguran-
ça, socioambiental, ciência e tecnologia. 
As políticas públicas, no seu processo de 
estruturação, devem seguir um roteiro claro 
de prioridades, princípios, objetivos, normas 
e diretrizes delineadas nas normas constitu-
cionais...”.
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Educação a Distância
Souza (2003, 2006, p. 69)
“Pode-se, então resumir política pública 
como campo do conhecimento que busca 
ao mesmo tempo, colocar o “governo em 
ação” e/ou analisar essa ação e, quando 
necessário, propor mudanças no rumo ou 
no curso dessas ações...”.
Mead, (1995, p.32)
“Campo dentro do estudo da política que 
analisa o governo à luz de grandes questões 
públicas”. 
Lynn (1980, p. 72)
“Conjunto de ações do governo que irão 
produzir efeitos específicos.”
Peters (1986, p.8)
“Política pública é a soma das atividades 
dos governos, que agem diretamente ou 
através de delegações, e influenciam a vida 
dos cidadãos.” 
Dye (1984, p 64) “(...) o governo escolhe o que fazer ou não.” 
Azevedo (2003, p.38)
“(...) política pública é tudo que o governo 
faz e deixa de fazer, com todos os impactosde suas ações e de suas omissões”.
Laswell (1958, p7)
Diz, ironicamente: 
“(...) decisões e análise sobre política 
pública implicam responder às seguintes 
questões: quem ganha o quê, por que e que 
diferença faz.”
Agora, pare e pense: você consegue perceber o que há em comum a 
todas essas definições?
Se você respondeu que todas essas citam o papel do governo na reso-
lução de problemas sociais, você acertou!
No entanto, críticos apontam falhas nas definições normalmente 
apresentadas, pois:
•	 superestimam pontos cruciais, como o embate em torno de ideias e 
interesses que envolvem as políticas públicas; 
•	 ignoram a possibilidade de uma cooperação entre governo, institui-
ções e grupos sociais na formulação das políticas públicas.
Como já citado em Azevedo (2003), política pública é “coisa” para 
governo, mas nada impede que haja pressão por parte da sociedade ci-
vil, visando ao bem comum. 
Assim, podemos afirmar que são atores importantes na formulação 
de políticas públicas grupos com diferentes interesses que se encontram 
organizados socialmente em sindicados, associações comerciais, asso-
ciações de banco, associações de bairro e a mídia.
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Por meio da união de interesses, esses grupos podem estabelecer es-
tratégias de pressão junto aos governos, a fim de que leis sejam criadas 
para resolverem problemas que afetam a sociedade.
Porém, determinadas demandas são mais rápidas que as leis exis-
tentes. É o caso de leis que envolvem, por exemplo, saúde, educação e 
segurança. 
Muitas leis de relevância para o nosso país foram articuladas na so-
ciedade civil e terminaram aprovadas. Como exemplo recente, podemos 
citar a lei da “ficha limpa”, para eleição de parlamentares. Mesmo com o 
espírito corporativista do Congresso, foi aprovada, muito por conta da 
pressão popular. 
Este é um exemplo de como o trabalho da sociedade civil tem im-
portância, pode intervir e pressionar o meio político, a fim de conseguir 
leis de interesse maior. 
Baker (2004) e Schwartzman (2006) ressaltam que: 
“(...) dentre as políticas sociais, a educação ocupa posição espe-
cial. Esta posição de destaque não se restringe às teorias de capital 
humano - que atribuem à educação um papel fundamental para 
o desenvolvimento econômico - mas também pela constatação 
mais recente de que as desigualdades educacionais são o principal 
correlato das desigualdades de renda, oportunidades e condições 
de vida”. Baker (2004, p.26) Schuwartzman (2006, p.32)
A palavra educação, em si, como um conceito mais amplo, compre-
ende aprendizado durante a vida, a formação de qualidades humanas, 
quais sejam: morais, físicas, culturais ou intelectuais. Portanto, família, 
amigos e sociedade são responsáveis pela nossa educação, cabendo à 
escola, mais especificamente, a educação escolar ou ensino, a “transmis-
são” do conhecimento sistematizado, selecionado com bases científicas 
ou culturais e acumulado pela experiência social da humanidade duran-
te sua trajetória, este sim, responsável pela democratização da socieda-
de, pois abre caminhos para participação consciente dos indivíduos em 
sociedade, conservando e desenvolvendo habilidades para participação 
mais efetiva no sistema de mercado, nas decisões políticas e no campo 
do trabalho.
A força de trabalho no Brasil, sob o ponto de vista da escolarida-
de, se encontra ainda em uma posição muito frágil e atrasada em re-
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Educação a Distância
lação a outros países, mesmo latino-americanos, em relação ao tempo 
de escolaridade.
Em média, o trabalhador brasileiro possui entre cinco a nove anos de 
escolaridade, atrás de Argentina, Uruguai e Chile, apenas para ficarmos 
na América do Sul.
“... o Brasil é, lamentavelmente, o país da América Latina com 
o menor índice de atendimento a jovem na faixa etária de 18 a 
24 anos no ensino superior, tendo cerca da metade do índice da 
Bolívia e um terço do Chile” (Preti, pag.107, 2009).
Concluímos, então, que é uma faixa etária em que há muitos jovens 
sem uma formação mais aprimorada para um mercado de trabalho exi-
gente. A baixa escolaridade do trabalhador coloca limites nos avanços 
da qualidade e da produtividade dos nossos trabalhadores, levando o 
nosso mercado a ser menos competitivo.
O Banco Mundial divulgou pesquisa no ano de 2003, informando 
que pessoas com curso superior têm 20% mais chance de obter um em-
prego, em relação às pessoas que possuem apenas o curso elementar. 
Além disso, elas têm 38% menos propensão a ficar desempregadas e, 
quando ficam, conseguem emprego em um período seis vezes menor.
Banco Mundial, o que é?
O nome inteiro é Banco Internacional para a Reconstrução e De-
senvolvimento. Foi concebido na Conferência de Bretton Woods, 
em junho de 1944, como instrumento para financiar a reconstru-
ção dos países destruídos pela Segunda Guerra Mundial, sobre-
tudo os da Europa. À medida que os países europeus se restabele-
ceram, o BIRD (como também é chamado) passou a orientar seus 
empréstimos para os países da América do Sul.
O Banco Mundial provê também aconselhamento econômico 
e assistência técnica e serve de catalizador de investimentos ao 
setor privado. 
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De TOMMASI, Livia, WARDE, Mirian Jorge, HADDAD, Sérgio: 
O Banco Mundial e as Políticas Educacionais SP: Ed. Cortez, 2003.
Nesta aula, iremos trabalhar, com o conceito de políticas públicas, 
como ações governamentais voltadas para a tentativa de soluções para 
os problemas sociais, particularmente, as relacionadas à educação. 
Atividade 1
No dia 12/02/15, foi publicada, no jornal O Globo, a reportagem intitu-
lada Oito em cada dez alunos do Rio têm ensino ruim de matemática. A 
origem desta conclusão é fruto da análise dos dados da Prova Brasil de 
2013, realizada pelo grupo Todos pela Educação. 
O estudo mostra que há uma dificuldade em alcançar a meta estipulada 
pelo Plano Nacional de Educação. O Rio de Janeiro tinha a meta de me-
lhorar em quase 38% a nota dos alunos em matemática e cerca de 42% 
em português. No entanto, falhou nas duas disciplinas. 
De acordo com a coordenadora do grupo, Alejandra Velasco, para solu-
cionar o problema, a pesquisa demonstra que:
“(...) é necessário empreender novas políticas públicas, pois, se as 
cidades que cresceram nas provas anteriores estagnaram as que 
estão em evolução agora podem sofrer o mesmo mal” (KAPA, 
2015).
Para ler a reportagem na íntegra, acesse o seguinte endereço: http://
oglobo.globo.com/sociedade/educacao/oito-em-cada-dez-alunos-do-
-rio-tem-ensino-ruim-de-matematica-diz-pesquisa-15313396.
A partir da leitura, descreva o que seria uma política pública em educação.
Resposta comentada
A reportagem versa sobre os resultados negativos da última edição da 
Prova Brasil de 2013 nas escolas públicas brasileiras. A Prova Brasil faz 
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Educação a Distância
parte da política pública para educação, chamado Plano Nacional de 
Educação. A prova, com objetivo diagnóstico, é aplicada para alunos do 
6º ao 9º ano do ensino fundamental.
O estado do Rio de Janeiro não cumpriu sua meta, que era de 37,8% 
alunos com boas notas em Matemática e 41,8% em Língua Portuguesa.
Portanto, o objetivo dessa política pública era mudar um cenário na edu-
cação por meio de metas e estratégias, mas que, neste caso, não foram 
atingidas, requerendo, assim, novas políticas públicas na educação, ou 
seja, novas ações do poder público para uma efetiva mudança, que seria 
o desenvolvimento de ações para a melhoria do rendimento dos alunos, 
a fim de que, na próxima avaliação, já se pudesse ter um resultado mais 
favorável e alcançar a meta estipulada.
Políticas públicas no Brasil relacionadas à EaD
Visto várias definições sobre políticas públicas, vamos “entrar” espe-
cificamente nas políticas públicas voltadas para EaD no Brasil.
Para começar,vale lembrar que com a promulgação de nova LDB 
9394/96,ficou implícita a “obrigatoriedade” dos professores com forma-
ção em nível médio buscarem a formação em nível superior, ameaçan-
do-os inclusive, com perdas de direitos, tais como perda de regência de 
turma, diminuição de pagamento devido à formação incompleta, o que 
interferiria no valor da aposentadoria, no futuro, dentre outros. 
A lei, inclusive, estabelecia um prazo de dez anos para regulamen-
tação da situação. Estabeleceu-se, então, grande preocupação para os 
profissionais da educação e governos em todas as esferas: municipal, 
estadual e federal.
A Educação a distância passa a ser via ou alternativa na resolução do 
problema. Ao longo da história da EaD no mundo e no Brasil, a modali-
dade foi diversas vezes organizada para atender demandas emergenciais 
na esfera do trabalho. 
O fato se deve, também, ao custo menor em relação ao ensino con-
vencional e à possibilidade de atingir um grande número de alunos.
Ainda nos anos 90, o número de profissionais da educação atu-
ando no ensino fundamental e médio sem formação adequada era 
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muito grande.
Estes números ainda são bastante significativos, tendo em vista o ta-
manho do país, suas dificuldades geográficas, mesmo com o empenho e 
o esforço maior dos governos para resolver a questão.
Veja os dados abaixo:
“No Senso Escolar – Sinopse 2000, quase a metade dos professores 
da educação básica (48,52%)não possuía curso superior completo. 
São 1.115.761 professores que terão que complementar sua forma-
ção, caso queiram permanecer no magistério’” (Preti,2009, p.107).
Figura 11.2: Em 2000, quase metade dos professores da educação básica 
tinham a necessidade de atualização de formação, conforme os requisitos 
estabelecidos pela LDB em 1996. Neste contexto, a EaD foi uma alternativa 
para o apoio às políticas públicas.
Fonte: https://www.flickr.com/photos/jcmejiaacera//14509334293
“Os dados do Censo Escolar em 2013 contam que 21,5% dos pro-
fessores que trabalham no ensino fundamental de 6º ao 9º ano 
não fizeram ensino superior”. Dos profissionais em sala de aula 
nesta fase escolar de ensino 35,4% não são habilitados para o ma-
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Educação a Distância
gistério, ou seja, não fizeram licenciatura.
http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/04/23/ma-formacao-
-dos-professores-atrapalha-educacao-brasileira.htm
Assim, a EaD se tornou a melhor alternativa para apoiar a atualização 
dos profissionais da Educação:
“Neste contexto é preciso levar” em conta que a EaD passou a ser 
o caminho escolhido pelos gestores públicos para formar o con-
junto de professores com baixa qualificação ou com qualificação 
desatualizada, quer pelo baixo custo, possibilidade de maior con-
trole, além de ser acessível a professores das diferentes regiões do 
país...’ (Orth, Mangan, Neves, 2012. Pag. 83).
Em 1996, mesmo ano da LDB, foi criada, por decreto número 1917, 
a SEED (Secretaria de Educação a Distância), vinculada ao MEC, com o 
objetivo de colocar em práticas as ações e projetos educacionais voltadas 
para educação à distância. 
A criação da secretaria já constituía um esforço para reforçar a ne-
cessidade de ampliar a oferta ao ensino superior a custos reduzidos e 
até mesmo recuperar o tempo, visto que a utilização da modalidade é 
bastante utilizada em todo o mundo. 
Dentre os objetivos da secretaria estavam:
•	 Expansão do ensino a distância em todos os níveis;
•	 Inclusão social com democratização do ensino (acesso, permanência 
e educação de qualidade para a população mais pobre em todos os 
cantos dos pais);
•	 Aperfeiçoamento de professores. E é neste quesito que a EaD mais se 
expandiu, justificando que os maiores números de alunos matricula-
dos estejam nos cursos de licenciatura ou em formação continuada 
de professores; 
•	 Ensino superior a distância. Programa de ampliação de oferta de 
graduação gratuita e de qualidade; criação do sistema UAB.
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A Universidade Aberta do Brasil
A Universidade Aberta do Brasil (UAB), criada em junho de 2005, 
não é uma universidade com espaço físico estabelecido, mais sim 
um consórcio de instituições públicas de ensino superior, cujo 
ensino seja ministrado através de processos de comunicação a 
distância. Também tem o objetivo de democratizar a educação 
superior, interiorizando a universidade, voltada principalmente 
para licenciatura. 
Vale ressaltar que o consórcio CEDERJ é o pioneiro no modelo. 
Nos primeiros anos do consórcio, o alvo era exclusivamente pro-
fessores das redes públicas; só poderiam se candidatar a uma vaga 
na universidade professores com o segundo grau Normal, tanto 
que o nome do curso era Pedagogia para os Anos Iniciais do En-
sino Fundamental (PAIEF).
O sucesso da Open University de Londres serviu de estímulo e 
base para a criação da nossa UAB.
Para relembrar, você poderá consultar a Aula 2, História da EaD, 
o conteúdo sobre a Open University, e a Aula 3, sobre o Consórcio 
CEDERJ.
No entanto, alguns pesquisadores brasileiros na área de educação a 
distância afirmam que não há uma política educacional específica vol-
tada para EaD. Entre eles, está o professor da Universidade Federal do 
Mato Grosso, Oreste Preti, autor de vários livros e artigos sobre EaD.Ele 
afirma que: 
“Apesar de o governo federal utilizar-se da EaD em seus progra-
mas de capacitação e formação profissional, não chegou a definir 
uma política educacional na qual a EaD tivesse função clara e de-
finida...estes programas sempre correram por fora, na periferia 
das políticas educacionais,muito mais como ações ou estratégias 
emergenciais para dar conta de problemas graves e imediatos na 
educação, por exemplo: qualificação de professores, ampliação 
245
Educação a Distância
do ensino superior...” Preti (2009, pag.105)
O impacto de não se ter um política pública clara e específica é a 
fragilidade de seus projetos. Como já comentamos na aula sobre a his-
tória da EaD no Brasil, é o fato de que projetos que tinham a EaD como 
suporte foram desativados com as mudanças de governo que não de-
ram continuidade ou estabilidade aos programas iniciados, mesmo com 
sucesso comprovado.
Mesmo os profissionais envolvidos com a modalidade trabalham 
com muita instabilidade; o professor que trabalha com EaD é chamado 
de tutor, embora exerça todas as funções de professor.
“O que se percebe é uma grande diversidade de propostas, cujo 
sentido é responder a problemas específicos. Esta forma de pen-
sar a EaD tem excluído sistematicamente a ideia de criação de 
sistemas de EaD em caráter permanente que pudesse atender a 
projetos e programas diferenciados, tanto em nível federal como 
no interior das próprias universidades” (Preti 2009, pag. 106)
Citaremos agora alguns programas governamentais que usam a EaD 
como suporte. 
Vamos lá:
•	 PRÓ-Licenciatura (Programa de Formação Inicial para Professo-
res do Ensino Fundamental e Médio) curso do MEC voltado para 
formação de professores que, embora não tenham a formação mí-
nima, estão em exercício do magistério nos anos/séries do ensino 
fundamental e médio. Saiba mais: http://portal.mec.gov.br/index.
php?Itemid=708
•	 Proinfo: promover o uso pedagógico das diversas mídias eletrônicas 
nas escolas públicas no país, equipando-as com tecnologia de infor-
mação e capacitando os professores para uso de forma satisfatória. 
Acesso: http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=462
•	 Projeto Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil) tem como ob-
jetivo democratizar o acesso ao ensino técnico público por meio de 
rede nacional de ensino profissionalizante na modalidade a distân-
cia. Acesso: http://redeetec.mec.gov.br/
•	 O Pró-Letramento - Mobilização pela Qualidade da Educação - é um 
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programa de formação continuada de professores para a melhoria 
da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nos 
anos/séries iniciais do ensino fundamental. O programa é realizado 
pelo MEC, em parceria com universidades que integram a Rede Na-
cional de Formação Continuada.
•	 Pró-Infantil: é um curso em nível médio, a distância, na moda-
lidade Normal. Destina-se aos profissionais que atuam em sala de 
aula da educação infantil, nas creches e pré-escolas das redes pú-
blicas – municipais e estaduais – e da rede privada, sem fins lu-
crativos – comunitários filantrópicos ou confessionais – con-
veniados ou não, sem a formação específica para o magistério. 
O curso, com duração de dois anos, tem o objetivo de valorizar o 
magistério e oferecer condições de crescimento ao profissional que 
atua na educação infantil. Acesso: http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_content&view=article&id=12321:proinfantil-apr
esentacao&catid=288:proinfantil&Itemid=548
•	 Plataforma Freire: um ambiente virtual criado em 2009 pelo MEC/
CAPES para cadastramento de professor e realização das pré-inscri-
ções nos cursos do PARFOR (Formação Inicial e Formação Conti-
nuada), destinados aos professores sem formação adequada à LDB 
e em exercício nas escolas públicas de educação básica, estaduais e 
municipais. São oferecidos cursos gratuitos e de qualidade, nas mo-
dalidades presenciais e a distância, em municípios dos Estados da 
Federação, por meio de Instituições Públicas de Educação Superior 
e Universidades Comunitárias. Conheça a Plataforma Freire pelo 
http://freire.mec.gov.br . Entre no site do MEC, para saber mais sobre 
estes e outros cursos oferecidos: http://portal.mec.gov.br/index.php
•	 Entre no site da secretaria de educação do seu estado, pois há muitos 
projetos utilizando a modalidade, para atender principalmente jo-
vens e adultos e capacitação de professores, sem divulgação adequada.
Fique por dentro...
Em 1990, o Brasil assumiu o compromisso de garantir educação 
para todos, partindo do princípio que é um direito essencial, sem 
distinção. Este compromisso se fortaleceu após o país ter assina-
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Educação a Distância
do a Declaração do Brasil para a Cúpula Mundial da Educação de 
Dacar, no Senegal.
Neste sentido, a EaD pode ajudar neste compromisso, pois amplia 
o acesso à educação aos alunos que moram em lugares distantes ou 
com difícil acesso, aos jovens que já trabalham, e facilita em todo 
tipo de dificuldades que afastam as pessoas da educação formal. 
Esta declaração é muito importante e seria bom que você lesse na 
íntegra. Para tanto, acesse o seguinte endereço: http://www.inep.
gov.br/imprensa/noticias/outras/news00_13.htm
As perspectivas das políticas públicas: novas 
demandas e possibilidades para EaD
Em janeiro de 2011, a SEED (Secretaria de Educação a Distância) foi 
extinta pelo MEC. Segundo a assessoria do então ministro da educação, 
Fernando Haddad, a medida faz parte do processo de reestruturação, 
e que o fim da secretaria não significa o fim das políticas públicas para 
EaD, ou mesmo a interrupção dos programas em execução pela pasta.
O objetivo do MEC é não mais separar educação a distância da pre-
sencial, no sentido de que elas se “misturem” cada vez mais. 
Os projetos da SEED migraram para a Secretaria de Educação Básica 
ou para a Secretaria de Ensino Superior, ou seja, com o crescimento da 
modalidade, ela passa a ser gerida pelas secretarias “convencionais” de 
educação. 
Alguns pesquisadores importantes da área acham prematura a ex-
tinção da SEED. Como exemplo, podemos citar José Manuel Moran, 
professor de Novas Tecnologias na USP e pesquisador da modalidade. 
Ele afirma “que a EaD não estaria suficientemente madura, consolidada 
e livre de polêmicas no país, podendo, com extinção da SEED, virar uma 
modalidade de segundo plano... correndo o risco de não ser prioridade, 
tendo em vista as outras demandas do MEC.”
Entretanto, os resultados da EaD no Brasil são muito bons. O pro-
fessor Carlos Eduardo Bielschowsky, que foi secretário da SEED, fez 
uma declaração à publicação CHRONOS pelos 25 anos da Escola de 
Educação da UNIRIO em 2013. “Existem quatro razões para a conti-
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nuidade do curso: os alunos do curso de Pedagogia da UNIRIO têm um 
resultado na avaliação do ENADE melhor que dos alunos presenciais. 
E existe uma demanda forte, indicada pela relação candidato/vaga dos 
últimos vestibulares, que mostra que as pessoas querem fazer o cur-
so. É muito importante formar bem professores que vão tratar bem as 
nossas crianças”.
Ele está se referindo ao curso de Pedagogia, mas a todo momento a 
imprensa divulga números com o sucesso da modalidade, e o número 
de alunos que procuram a modalidade tem crescido muito.
Como confirma Moran (2014,p.08), “No caso do ensino superior, 
a EaD cresce proporcionalmente mais do que a presencial, sendo a di-
ferença em favor dessa modalidade, atualmente, de 9%. Com base no 
Censo da Educação Superior de 2012, a tendência é de fortalecimento 
dos modelos on-line com a maioria dos estudantes (83,7) matriculados 
em instituições privadas. Nas instituições públicas estão (16,3) dos es-
tudantes, em sua maioria, no sistema Universidade Aberta do Brasil.”
Em geral, os cursos a distância trabalham para o fortalecimento e 
respeito da modalidade.
A luta então é para que a modalidade não fique na periferia das polí-
ticas institucionais, ou na periferia dos Institutos, Faculdades ou Depar-
tamentos. Que o MEC continue investindo e acreditando na modalida-
de como grande parceira na melhoria da educação no país, pois, como 
já vimos na aula sobre a história da EaD no Brasil, vários projetos de 
sucesso no país que utilizavam a EaD como ferramenta foram desfeitos 
sem grandes esclarecimentos, muito por conta da falta de políticas pú-
blicas específicas e sérias para a Educação a Distância 
Atividade Final
A partir desta aula, e com o conhecimento já adquirido nas aulas so-
bre a história da EaD, você pode concluir que o seu curso faz parte de 
uma ampla política pública voltada para a expansão do ensino superior 
em nosso país. Como também já mencionado, a Educação a Distância 
já foi utilizada como uma ação/estratégia importante desde o início do 
século XX; no entanto, há diferenças entre este momento do passado e 
o atual, que se intensificou a partir da LDB de 96. Preencha o quadro 
comparativo, destacando as características da EAD como política pú-
249
Educação a Distância
blica a partir do seu surgimento e a que vivemos aproximadamente nos 
últimos 15 anos:
EAD como Política Pública no Brasil
Surgimento A partir da LDB de 96
Público-alvo
Concepção de Educação
Tecnologias
Resposta comentada
Surgimento: começo do século XX, por volta de 1904
Público-alvo: alunos que queriam se profissionalizar para a indústria e 
o comércio.
Concepção de educação: instrucional, módulos para estudo
Tecnologia: correspondência e, posteriormente, o rádio
A partir da LDB de 96
Público-alvo: formar e capacitar professores
Concepção de educação: dialógica, interativa
Tecnologia: da correspondência ao computador 
Resumo
•	 A EaD é regulamentada na nossa segunda LDB 9394/96. Em vários 
artigos, a possibilidade aparece, mas no artigo 80º, esta possibilidade 
fica clara;
•	 Neste sentido, houve um grande esforço do poder público a fim de 
incentivar, desenvolver e fiscalizar a EaD;
•	 O decreto 5622/2005 regulamenta o artigo 80º da LDB, traz o concei-
to oficial de EaD e fundamenta a criação dos Referenciais de Quali-
dade para Educação a Distância;
Brena
Realce
250
Aula 11 • Políticas Públicas para Educação a Distância no Brasil
Aula 11 • 
Aula 11 • 
•	 Há muitas definições de políticas públicas, mas elas têm sido defini-
das e implantadas como resposta do Estado para atender as deman-
das que surgem a partir dos anseios da população;
•	 É criada, em 1996, a SEED, com intuito de pôr em práticaa fiscaliza-
ção de projetos em EaD;
•	 Dentre as políticas públicas apoiadas pela EaD, estão os projetos 
Pró- Licenciatura, Proinfo, UAB, E-Tec Brasil, Pró-letramento, Pró-
-infantil, Plataforma Freire;
•	 Em 2011, é extinta a SEED, com o argumento de que a EaD está sufi-
cientemente madura para ser integrada, dentro do MEC, à Secretaria 
de Educação Básica e Secretaria de Ensino Superior;
•	 Os projetos de EaD são vinculados à Secretaria de Educação Básica e 
Secretaria de Ensino Superior;
•	 Em janeiro de 2011, a SEED (Secretaria de Educação a Distância) foi 
extinta pelo MEC;
•	 Os projetos da SEED migraram para Secretaria de Educação Básica 
ou para a Secretaria de Ensino Superior.
•	 Há um temor, entre pesquisadores da área de EaD, de que a mo-
dalidade fique renegada a um segundo plano no MEC, depois da 
extinção da SEED. 
Informações sobre a próxima aula
Na próxima aula, aprofundaremos a questão da Formação Continuada 
na EaD. 
Até lá!
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