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A MODALIDADE EJA PARA PREPARAÇÃO DOS JOVENS E ADULTOS AO MERCADO DE TRABALHO
Gleidiane Both¹
Janaina Constantino Rodrigues
Letícia Gabriele de Oliveira Seechis Meincheim
Thayna Lais Silverio
Fabiane Heller²
	
RESUMO
 Este trabalho tem como objetivo estudar importância da educação de jovens e adultos na extensão das chances de desenvolvimento profissional e autonomia pessoal. Durante a realização deste artigo, foi elaborada uma leitura bibliográfica ligada ao subtema para exemplificar o fundamento teórico. A conclusão foi atingida um grande número de alunos que conseguiram o primeiro emprego ou foram inseridos no mercado de trabalho. Baseado nesse estudo entendeu que o EJA gera muitas oportunidades, senso critico, a capacidade de ler o mundo e despertar as suas habilidades e competências que são necessárias á vida em sociedade e assim na formação humana e diminuindo o analfabetismo e o desemprego. 
Palavras-chave: Educação Profissional. Sujeito Aluno. Oportunidade.
1. INTRODUÇÃO
Para um adulto que retorna à escola o seu maior desejo é conquistar a independência financeira com uma nova oportunidade de emprego até mesmo uma nova vida, a conclusão do ensino médio muitas vezes é uma conquista pessoal.
As desvantagens acarretadas na educação que muitas vezes as pessoas têm necessidades financeiras e precisam começar a trabalhar ainda quando criança, isso é sem ter idade mínima, estabelecida por lei, acarretando ao desvio escolar, os alunos se afastam da escola para se ir trabalhar por necessidade de ajudar nos mantimentos familiares.
Ao ingressar no mercado de trabalho o aluno deixa a escola, mas o ensino aprendizagem é indispensável, pois vivemos em um mundo de tecnologias e a evolução industrial e assim muitos tornam a escola com a necessidade da conclusão escolar. Recorrendo ao EJA para retorno as salas de aulas e reconhecimento pessoal e profissional.
O objetivo geral deste artigo é estudar como a educação, os jovens e os adultos contribuem para o acesso ao mercado de trabalho. Como explica o objetivo específico: Analisar as adversidades e as conquistas de jovens e adultos quando ingressam no mercado de trabalho. Investigar os aspectos econômicos, políticos e sociais da promoção da educação de jovens e adultos. Estudar a construção das disciplinas dos alunos da EJA e suas expectativas no mercado de trabalho.
2. A MODALIDADE EJA PARA PREPARAÇÃO DOS JOVENS E ADULTOS AO MERCADO DE TRABALHO
O Ensino de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil está incluído no esforço do Governo em extinguir o analfabetismo, e favorecer a complementação escolar as pessoas cuja faixa etária não se insere no Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio. Além da imprescindível necessidade de motivar os alunos da EJA ao aprendizado para que atinjam a formação escolar, também é essencial formar sujeitos analistas, que sejam capazes de lidar com as obrigações do mundo em mudança. Na prática, o que ocorre é as pessoas voltando aos bancos escolares em busca de certificação escolar básica, para que possam estar hábeis e capacitados para o mundo do trabalho, facilitando um posicionamento mais ajustado, em termos de empregabilidade e salários.
Seja na finalidade de alfabetizar pessoas ainda iletradas ou adaptar na formação básica suplementar a jovens e adultos (com objetivo de formação de mão de obra, nas duas posições temos o intuito de prover uma privação. Sabidamente, a EJA possui missão reparadora, quando fornece ao aluno a reparação de seu direito ao ensino de qualidade, baseando-se no início da escola democrática entendida como um serviço público, direito de todos e dever do Estado no senso de causar a igualdade de oportunidades para as pessoas, tendendo ao pleno exercício da cidadania.
 A partir disso, vamos conhecer quem são os sujeitos da EJA. Romanzini (p. 3) nos explica que:
Em relação aos jovens e adultos analfabetos, consideram-se logicamente, os iletrados, aqueles sem qualquer conhecimento dos mecanismos da comunicação escrita. Também os semi analfabetos, que dominam alguns rudimentos da linguagem escrita, mas de forma bastante restrita. E os analfabetos funcionais, que dominam alguns aspectos da linguagem, mas são incapazes de se adaptarem com relativa flexibilidade a uma nova situação.
 Para Oliveira (1999,p.59) os alunos da EJA são migrantes que chegaram a grandes capitais vindos de áreas rurais decaídas, cujos pais são trabalhadores rurais sem capacidade e com baixa escolaridade, além dos jovens que não possuem uma história de escolaridade regular: seja por complicação de acesso, problemas para apropriar o estudo com a entrada imatura no mercado de trabalho, entre outros motivos. São muitas vezes os analfabetos funcionais (pessoas com menos de quatro anos de estudo, ineptos ao interpretar o que leem), buscando na EJA uma chance de terminar os estudos. Nesses casos, a EJA abre novas oportunidades, incluindo as pessoas a oportunidade da participação e reinserção na vida social e no mundo do trabalho.
 No mercado de trabalho, os melhores empregos (com os melhores salários) são para as pessoas com mais capacidade. Muitas vezes, os jovens que ingressaram no mercado de trabalho sem terminar os estudos, com o passar do tempo sentem a hesitação em progredir na carreira e alcançar postos melhores de trabalho, além de lamentar o risco de desemprego.
 Se na pedagogia já tem se comentado muito sobre o sujeito aluno como protagonista da sua experiência, essa é a realidade que precisa ser levada ainda mais em conta na EJA. É essencial do educando encorajar e provocar seus alunos para atingirem o papel de protagonistas na obra de seu conhecimento, regressando o sujeito aprendiz em sujeito construtor do conhecimento. É necessário cogitar e envolver a tentativa de cada um no contexto da sala de aula, sem desmerecer ninguém.
 Para Silva ¨o sentido da aprendizagem para o aluno adulto está em ter alguém para valorizar seus conhecimentos anteriores, usá-los e alcançar novos conhecimentos que sejam úteis para sua vida e façam com que o adulto conquiste seus objetivos¨.
 O aluno adulto anseia um aprendizado voltado para seus interesses, onde é essencial que ele esteja bem consigo mesmo, conheça e reconheça seu potencial mental. Ele exerce o pensamento lógico e o juízo, por isso a vontade pelo conhecimento que precisa ser incentivado.
 Há um momento em que o sujeito de aprendizagem percebe-se no ato de conhecer. Desprende-se da fala social e da fala interna e pensa. Processa perguntas e respostas dentro de si, articula conhecimentos novos e antigos, tira conclusões, enfim, percebe-se em operações mentais complexas apoiadas por instrumentos que já possuía, mas que agora são empregados de modo mais sistemático: a observação, a experimentação, a argumentação, por exemplo. (MARTINS, p.7)
 É nessa situação, em que o sujeito aluno descobre pensamentos e transmite-os em palavras, que ele passa a desvendar e melhorar sua relação com o mundo exterior através do falar. Descobrindo-se capaz de indagar a realidade, realizando perguntas convenientes capazes de organizar um novo conhecimento.
Ora, se a educação básica convencional se estrutura em função da idade dos educandos e entende-se aí que o parâmetro seja o educando, natural supor que a EJA, partícipe do sistema escolar, venha a ter como objeto o jovem e o adulto beneficiários da educação como direito de todos e dever do Estado, e não a gradação de conhecimentos ou os currículos. (SILVA, 2013, p. 224)
 Nessa interpretação, o propósito da formação de pessoas jovens e adultas não se devem limitar o entendimento da educação básica não contraída no passado, mas devem responder as diversas necessidades formativas que os sujeitos têm no presente e terão no futuro.
 Desde 2017 foi inserida na grade curricular a disciplina Mercado e Trabalho, tendo como desafio fornecer ao educando a passagem ao conhecimento fundamental necessário para a inclusão no mercado d trabalho, tendendo também o revigoramento da autoestima do aluno. ¨Com conteúdos que abordam o Mercado Local, a demanda doPrimeiro Emprego, Empreendedorismo e Geração de Renda, a nova disciplina busca preparar o aluno da EJA para ser protagonista de sua história¨ (VELOSO,2017).
 Silva nos diz que ¨o homem que aprende mais, amplia seu ponto de vista a respeito do mundo e de si mesmo. Assim, ele participa da transformação do mundo¨. A prática faz toda a diferença na vida do aluno. Um aluno que teve um mau seguimento em seu período escolar (resultado na evasão) ou não teve condições de estar presente em sala de aula na idade apropriada, se sente várias vezes menosprezado tendo baixa autoestima. Para pessoas com baixo autoconceito, as novas disputas parem tortura, e a pessoa se sente inapto a executá-lo.
 O ser humano necessita se sentir parte do lugar aonde ele vive. Quando a pessoa tem a oportunidade de voltar a sala de aula, voltar aos estudos, ela começa a aprender tendo o entendimento de suas habilidades, sua autoimagem é fortalecida e ela se torna optimista para fazer seus trabalhos, o que resulta em vitória. Desde então ela passa a perceber o seu mérito e o que é importante para o mundo ao qual ela vive.
 A EJA é o primeiro passo para que o aluno consiga uma boa avaliação ou mesmo uma inserção no mercado de trabalho. É exigido a cada dia mais habilidades e práticas das pessoas, contudo sem o ensino básico e médio, qualquer outra qualificação fica ainda mais longe. A inserção no mercado de trabalho é o que muitas vezes garantirá a sobrevivência da pessoa e sua família. Todavia quanto maior a educação, maior o regresso profissional, e quando menor, maior o desemprego. Sendo esse um dos motivos da desigualdade social.
 Ao entrar na EJA, o aluno vê uma oportunidade se abrindo, de melhoria de vida não apenas para si próprio, mas também para seus procedentes.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A composição deste artigo acadêmico, teve início com o auxílio de leituras bibliográficas e pesquisas ligadas ao tema e subtema, instruída pelo professor externo de forma online, e encontros virtuais pelo Aplicativo Teams.
Diante desse tema pre estabelecido para a disciplina de Prática Interdisciplinar: Educação de Jovens e Adultos, escolhemos dentre os subtemas propostos " A modalidade EJA para a reparação dos Jovens e Adultos ao Mercado de Trabalho".
Com a definição do subtema observou-se qual seria o obstáculo, o objetivo geral e específico para concretização da pesquisa.
Seguidamente avançamos a identificação dos materiais e serem utilizados para a produção científica, fundamentada em periódicos, sites exclusivos, livros e artigos apropriados. Com o propósito de pesquisa, optamos pelas fotos, imagens descritivas, que exemplifica a modalidade EJA no ambiente da escola.
Na figura 1 conseguimos contemplar a mistura de etnias de uma classe de EJA, mostrando o aluno dessa modalidade de ensino.
FIGURA 1: OPORTUNIDADE A EDUCAÇÃO
Fonte: https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2020/01/11/sesi-oferta-vagas-gratuitas-na-educacao-de-jovens-e-adultos-para-moradores-de-macapa-e-santana.ghtml 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como vimos a modalidade EJA tem um impacto no desenvolvimento humano, principalmente na idade adulta, criando uma tendência de aprender de várias formas em qualquer momento, mesmo que com resultados pedagógicos menores comparados ao ensino regular na idade certa.
 Além dos conteúdos a serem aplicados aos alunos, os professores também precisam considerar dinâmicas que possam estimular a continuação dos alunos em sala de aula, articulando o aprendizado com seu cotidiano. No início das aulas dos alunos com o professor, os alunos requerem uma atenção especial, para que se haja atenção e confiança.
 Na situação atual em que vivemos, a abordagem antiquada, onde o professor despeja os conteúdos nos alunos, não é mais adequada, tornando o aluno um copiador. A meta do ensino EJA é transformar a sociedade, seu objetivo é explicar, mostrando ao aluno recursos acessíveis para tornar seu cotidiano mais prático, assim atingindo grandes resultados ligado ao mercado de trabalho.
 Por intermédio do EJA o estudante é preparado para buscar respostas para seus problemas no mundo profissional, recuperando o ser humano como sujeito racional ,parte da círculo em que vive.
5. CONCLUSÃO
A partir deste artigo, pode-se constatar a importância da educação de jovens e adultos para a formação dos indivíduos como cidadãos, buscando o exercício pleno de seus direitos e se integrando ao mercado de trabalho como parte de sua sociedade. inseri-lo, 
Você pode não apenas observá-lo, mas também modificá-lo. Dadas as circunstâncias expostas, podemos concluir que é muito difícil para jovens e adultos ingressar no mercado de trabalho sem escolaridade. Exceto que seu caráter costuma ser afetado pela baixa autoestima, dificultando a expressão de suas ideias e a coragem de buscar soluções, eles não estão qualificados para galgar cargos e salários melhores.
 Verificamos como o governo está comprometido em oferecer uma educação que resolva o problema da carência educacional de parte da população.
 O ser humano influencia e é influenciado pelo meio social e cultural em que vive, por isso não pode contar com o sustento de suas famílias para concluir os estudos, ou mesmo ir à escola. Pessoas que vivem em conflitos socioeconômicos e culturais merecem a oportunidade de obter educação de qualidade em sua idade possível. As disciplinas dos alunos do EJA são pensadas para serem protagonistas de sua própria aprendizagem, os conteúdos estão intimamente relacionados com sua vida e cotidiano, levando em consideração o que é importante para o seu dia a dia e a sociedade em que vivem. No entanto, os alunos precisam trabalhar muito e perseverar para concluir o curso e caminhar em direção a um futuro melhor. 
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Martha Kohl de. Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n.12, set./out./nov./dez. 1999.
MARTINS, Leila Chalub. A construção do sujeito pela Educação: revisitando Paulo Freire.
Disponível em: <http://forumeja.org.br/sites/forumeja.org.br/files/A%20constru%C3%A7%C3%A3o%20do%20sujeito%20pela%20Educa%C3%A7%C3%A3o_revisitando%20Paulo%20Freire.pdf>. Acesso em: 20/06/2021
ROMANZINI, Beatriz. EJA – Ensino de Jovens e Adultos e o mercado de trabalho. Qual ensino? Qual trabalho? 
Disponível em: <http://www.uel.br/projetos/lenpes/pages/arquivos/aBeatriz%20Artigo.pdf>. Acesso em: 20/06/2021
SILVA, Luciane Fernandes da. AUTOESTIMA E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO DE JOVENS.
Disponível em: <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/autoestima-aprendizagem-educacao-jovens.htm>. Acesso em: 20/06/2021
SILVA, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues. Elementos para a construção das especificidades na
construção da formação do educador da EJA. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013.
SOUSA, Camila Zeferino De. O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM E A TRAJETÓRIA DE VIDA DOS ALUNOS DA EJA.
Disponível em: <https://fce.edu.br/blog/o-processo-de-ensino-e-aprendizagem-e-a-trajetoria-de-vida-dos-alunos-da-eja/>. Acesso em: 20/06/2021
VELOSO, Fernanda. Nova disciplina da EJA prepara aluno para ingressar no Mercado de Trabalho. 2017.
Disponível em: <https://www.to.gov.br/seduc/noticias/nova-disciplina-da-eja-prepara-aluno-para-ingressar-no-mercado-de-trabalho/42odmeoqz161>. Acesso em: 23/06/2021
1 Gleidiane Both¹, Janaina Constantino Rodrigues, Letícia Gabriele de Oliveira Seechis Meincheim, Thayna Lais Silverio. Fabiane Heller²
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso Pedagogia (PED 3225) – Prática do Módulo VI – 24/10/2021.