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8
Acadêmicos¹
 Tutor externo²
RESUMO
Palavras-chave: 
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3. MATERIAIS E MÉTODOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2002.
MOURA, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de Adultos. São Paulo: Cortez, 2001.
PAIVA, J. Desafios da LDB: educação de jovens e adultos para um novo século. Rio de Janeiro: Qualitymark,1997.
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta Curricular de Santa Catarina. Florianópolis: COGEN, 1998.
VISÃO DE PAULO FREIRE NA EDUCAÇÃO DO EJA
A educação de jovens e adultos passou ao longo dos tempos por várias mudanças. Paulo Freire foi um dos estudiosos que deixou marcas positivas na construção de uma educação para esta clientela especial, que através do conhecimento pretende mudar o seu contexto social. É uma geração que foi desprovida da educação básica na primeira infância. Vários são os motivos deste abandono escolar nesta fase tão importante.. O autor escolhido não foi por acaso pois ofereceu um novo modelo de educação para uma sociedade que precisava de mudanças. Onde o professor assume agora o papel de educador e mediador do conhecimento, e o aluno um sujeito crítico que através do conhecimento e troca de experiências torna capaz de escrever sua própria história. 
Educação. Conhecimento. Jovens. Adultos.
A educação de jovens e adultos tem por objetivo incluir as pessoas na sociedade, recuperando muitas vezes a autoestima perdida, dando a oportunidade de se reinventar através do conhecimento. E nesse processo de desenvolvimento humano, buscando resolver problemas do próprio cotidiano com maior facilidade, de maneira crítica e consciente de sua responsabilidade enquanto cidadão que tem direitos e deveres a serem exigidos e cumpridos. A construção do conhecimento neste tipo de educação se dá através das experiências vividas em conjunto com os conhecimentos científicos, e os construídos no ambiente escolar.
 O adulto quando se defronta com novos conhecimentos, muda sua postura em relação ao outro, a si mesmo, se tornando uma pessoa crítica, provocando mudanças no meio social onde vive. Deixa de ser um cidadão passivo, começa a ter sua opinião própria, não aceitando as coisas que já vem prontas e acabadas, participando de todo processo que possa modificar sua própria história. Nessa concepção a educação de jovens e adultos, vem para agregar valores as pessoas que não tiveram a oportunidade e o acesso à educação. Muitas pessoas, ao retornar os estudos encontrar um tempo para desenvolver-se enquanto pessoa é um desafio, já que se deparam com dificuldades em relação a aprendizagem, em relação a organização do tempo para estudar dentro de sua rotina, e ter a motivação necessária para não desistir no meio do caminho.
A Educação de Jovens e Adultos deve ser desenvolvida e considerada como uma atividade que promove a integração social, a valorização do conhecimento e o aprendizado significativo
	Os alunos da EJA apresentam singularidade que os diferem dos que frequentam o ensino regular. Na maioria das vezes, são jovens e adultos, em sua maioria trabalhadores, maduros, com experiência profissional ou com expectativa de (re) inserção no mercado de trabalho, ou até mesmo aqueles que não concluíram seus estudos na faixa etária adequada por razões socioculturais, abandono por questões financeiras, reprovação, ausência de incentivo familiar ou de condições socioeconômicas de frequentar a escola.
O programa de alfabetização e escolarização destinada a jovens e adultos surge da necessidade de incluir as pessoas, que por vários motivos abandonam a escola, na idade regular e demonstram interesse em voltar a estudar ou a pressão da sociedade cobra essa escolarização.
O fator social é marcante e notório no aluno da EJA e, por não ser mais criança, pela sua interação com o mundo acontecer de maneira mais dinâmica, pelas vivências, pelas escolhas, o determinismo biológico torna-se menos evidente. Esse sujeito traz na sua trajetória escolar a lembrança da exclusão, o sentimento de impotência e do fracasso, os quais, na maioria das vezes, são atribuídos como de sua responsabilidade
Segundo Freire (1996, p.15), “[...] é neste sentido que reinsisto em que formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”.
Segundo Paulo Freire (1996, p. 26) 
Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade. O educando por sua vez, vem cheio de expectativas, e espera encontrar na figura do educador alguém o que respeite, que valorize a sua história, que tenha a sensibilidade de ver em cada sujeito, alguém em busca de crescimento pessoal, que lhe foi negado em algum momento de sua vida.
Ao acreditar que é capaz, o aluno das turmas de Educação de Jovens e Adultos, participam, cada vez mais, da sociedade e deixa de estar à margem, sendo discriminado e, muitas vezes, marginalizado pela ausência de escolaridade (PAIVA, 1997).
Querer mudar modificando para melhor a qualidade de ensino aprendizagem em uma época onde a prioridade era uma mão de obra barata, numa educação tecnicista onde as pessoas aprendiam para produzir, e não para pensar. Mudar este contexto significava romper padrões de uma sociedade que se preocupava com o lucro, e a educação com qualidade era uma realidade distante dos padrões da época. Os interesses políticos em cidadãos que se preocupavam somente o sustento, viviam camuflados em uma ideia que o progresso viria através do trabalho escravo dentro de fábricas. Em 1971 nasce o ensino chamado supletivo, que passa a ter mais qualidade, melhores materiais didáticos, recursos técnicos para enriquecer o processo de ensino aprendizagem. Ao aluno é dado o direito a qualificação para o trabalho, valorizando o indivíduo e permitindo através do conhecimento a almejar igualdade de oportunidades
Nega-se ou desconsidera-se que o processo de formação dos professores para a educação de jovens e adultos continua a ser um dos maiores desafios na educação brasileira e principalmente para os próprios educadores, não se ouve a alertas como o que fazíamos no inicio dessa década (MOURA, 2001, p. 105).
O professor deve ter uma boa interação com sua turma, seus alunos devem sentir-se bem nas suas aulas, jamais deve haver falta de estímulos da parte do professor com seus alunos. A troca dos professores da turma da de jovens e adultos também faz com que muitas vezes, vários alunos acabem desistindo, dos estudos por isso é muito importante que o professor não desista nem fique faltando as aulas, pois isso afeta diretamente no aprendizado de seus alunos.
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” (FREIRE, 1996, p.63).
Como menciona Paulo Freire, ninguém sabe tudo, por isso mesmo sendo professores deve-se estar em constante aprendizagem e, aprende-se muito, principalmente quando os alunos são adultos, pois possuem uma grande bagagem de conhecimentos vivenciados ao longo de suas vidas, por isso aprendemos muito com eles.
O sucesso para superar estes obstáculos, está no empenho do educador em observar, com cuidado, o comportamento de cada um e buscar, alternativas através do conhecimento científico e da sua criatividade, para conseguir o comprometimento do grupo para o trabalho a ser realizado.
Considera-se que na pedagogia social construtiva, o professor é um pesquisador, porque é ele o criador, o organizador, o coordenador das situações de aprendizagem, partindo da individualidadedos discentes. Exige que o professor esteja atento aos ensinamentos, às reações que apresentam e à maneira como reagem diante da execução das atividades propostas.
A observação, o registro, o planejamento e a avaliação são processos contínuos na metodologia do ensino que oferecem ao educador condições de interferir e interagir no processo, criando novas situações, novos estímulos na troca de conhecimento e no fortalecimento da autonomia de cada educando. Segundo a Proposta Curricular de Santa Catarina (1998, p.43), “o professor enquanto sujeito mediador poderá oportunizar práticas que possibilitem a interlocução com os sujeitos de leitura escrita. [...] projetos estes que poderão ser registrados pelo professor e lidos para e pelos educandos”.
O Centro de Educação de Jovens e Adultos tem por finalidade atender a “todos os jovens e adultos” que não tenham recebido ou concluído a educação básica na faixa etária obrigatória no Ensino Regular. Proporcionando estudos de atualização ou aperfeiçoamento para os que tenham seguido o Ensino Regular no todo ou em parte.
A qualificação e atualização de jovens e adultos visa sua inserção no mundo do trabalho e a criação de alternativas de renda., bem como uma melhor maneira de se posicionar diante do avanço tecnológico e do mundo cada vez mais globalizado.
A metodologia do programa de Educação para Jovens e Adultos é voltada para a utilização dos conhecimentos que o aluno já possui e para a incorporação de novos conhecimentos e habilidades que podem ser imediatamente transferidos para o contexto da vida social e da formação pessoal do aluno. A Educação de Jovens e Adultos oferece a oportunidade de estudo em grupo, coordenado por um professor. O grupo tem um papel fundamental na superação das dificuldades e atua, positivamente, na construção coletiva do conhecimento.
Se classifica como pesquisa bibliográfica que segundo Gil (2002, p.67): “A pesquisa bibliográfica é o conjunto das produções escritas para esclarecer as fontes, ou seja, é toda a literatura originária de determinada fonte ou a respeito de determinado assunto”.
Destaca-se que Paulo Freire utilizava como metodologia a mediação, na conquista da autonomia e no diálogo.
A primeira fase do método de alfabetização de jovens e adultos, de Paulo Freires, consiste no levantamento do universo vocabular dos grupos com quem se trabalhará. Essa fase constitui-se num importante momento de pesquisa e conhecimento do grupo, aproximando educador e educando numa relação mais informal e, portanto, mais carregada de sentimentos e emoções. É igualmente importante para o contato mais aproximado com a linguagem, com as falas típicas do povo (FREIRE, 1996).
A segunda fase centra-se na escolha das palavras selecionadas do universo vocabular pesquisado. A terceira fase é a criação de situações existenciais típicas do grupo com quem se vai trabalhar. (FREIRE, 1996).
A quarta fase é a elaboração de fichas-roteiro que auxiliem os coordenadores de debate no seu trabalho. São fichas que deverão servir como subsídios, mas sem uma prescrição rígida a seguir. A quinta fase é a elaboração de fichas com a decomposição das famílias fonéticas correspondentes aos vocábulos geradores (FREIRE, 1996).
	Os alunos, quando bem integrados com o ambiente escolar, participam das atividades pedagógicas da escola, juntamente com os alunos do ensino regular. Para o bom andamento dos trabalhos, os próprios alunos se responsabilizam pela assiduidade, pontualidade e organização.
	Ao assumirem o compromisso pela escolarização e pelo bom funcionamento da aula, sentem-se capazes, crescem, visivelmente, em sua autoestima e em atitudes de cidadania.
Acredita-se que a Educação tem contribuído para esta mudança de mentalidade, embora as oportunidades que estejam surgindo tenham, ainda, os objetivos mencionados anteriormente, de melhorar a produção, de qualificar o trabalhador para que possa lidar com o avanço tecnológico das empresas, de diminuir o índice de analfabetismo para conquistar novos empréstimos internacionais. 
Enfim, o que vale para os educadores conscientes que trabalham com estes alunos e o que vale para esses jovens e adultos é , de fato, a oportunidade que estão tendo de conhecer coisas novas e de serem capazes de crescer, através desse conhecimento, e não apenas no aspecto profissional, desempenhando-se mais e melhor na profissão, mas também e principalmente aproveitando-se dessa oportunidade para melhorar sua vida, seus relacionamentos e sua autoestima.
Paulo Freire deu ao educador uma nova visão sobre o que é transmitir conhecimento, ensinar para ele nada mais é do que aprender com os educandos formas de valorizar aquilo que já sabem para enriquecer a prática pedagógica. Uma educação que priorize o educando, e que leve a ser a figura central no processo de ensino aprendizagem.
A educação para ele é um processo continuo de desenvolvimento humano, onde as ações cotidianas são reflexos dela, a capacidade de resolver problemas e tornar a sociedade um lugar mais justo, com igualdade para todos, onde o diálogo só é possível com homens sábios, que pensem no coletivo. A sociedade sofre mudanças a partir do momento em que se quer modificar todo o seu contexto a favor do coletivo, pensando que ao mudar a realidade em torno de si todos são favorecidos.
O processo de mudanças é lento e gradativo, mas é necessário e possível, não podemos nos acomodar, e é exigindo educação de qualidade que as mudanças começam acontecer. Aceitar as coisas como elas são nos leva ao comodismo, que vão afetar as gerações futuras. Paulo Freire deixou clara a sua vontade em modificar a realidade das pessoas, partindo delas mesmas, mostrando que cada cidadão é capaz de realizar um projeto de vida concreto, partindo do que já sabe e valorizando o processo de ensino aprendizagem como ferramenta de transformação de vidas. 
A educação de jovens e adultos é um direito assegurado pela constituição federal para aqueles que se encontram a margem da sociedade jovens que não se adaptaram a escola formal tal qual temos hoje, para presidiários, trabalhadores rurais, para todos aqueles que não se escolarizaram na idade própria e procuram uma alternativa para melhorar sua condição de vida. Muitas vezes para solucionar problemas simples como ler a bula do remédio, pegar um ônibus, ajudar o filho na tarefa escolar ou buscar uma recolocação no mercado de trabalho.
A EJA tem função equalizadora na medida em que oferece ao educando a oportunidade de reingresso no sistema educacional, função reparadora quando inclui todos os marginalizados do processo escolar formal e qualificadora, pois oportuniza atualização de conhecimentos e qualificação profissional.
Talvez o aumento dos locais públicos e privados que implantaram, nos últimos anos, EJA em suas dependências, podem ter contribuído para tal afirmação. Sendo assim, o que podemos afirmar é que houve um aumento da institucionalização do Ensino de Jovens e Adultos nos Brasil, que consequentemente acarreta em um trabalho de construção de uma maior criticidade do público alvo destes cursos.
1 Aretuza Firmino, Daniela Alves Pereira Jerônimo, Daniela Fonseca e Josiane Marcondes Esteche
2 Gladys Soraia Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI –Pedagogia (PED 1666) – Seminário Interdisciplinar I– 24/06/19

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