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1 CASA, COMIDA, ROUPA LAVADA E AMOR DE MÃE: UMA ANÁLISE DOS DETERMINANTES DA GERAÇÃO CANGURU NO BRASIL Otoniel Rodrigues dos Anjos Júnior 1 Juliane da Silva Ciríaco 2 Ivan Targino Moreira 3 RESUMO A presente pesquisa possui como principal objetivo analisar empiricamente os determinantes da geração canguru no Brasil. Tal denominação foi implementada para se referir aos indivíduos em idade adulta que por algum motivo ainda vivem com os país. Utiliza-se determinado modelo logit que atribui o valor de “um” para os indivíduos com idade entre 25 a 34 anos que possuem status de “filho” no domicílio (ou seja, canguru) e “zero” caso o indivíduo nesta faixa de idade possua status de “chefe” ou “cônjuge” do responsável pelo lar (aqui considerado como independente). Para tanto, utiliza-se dados oriundos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos anos de 2002 e 2012 respectivamente. Adicionalmente, para avaliar o impacto da incorporação do plano amostral sobre a precisão das estimativas, foi realizado o processo exposto por Leite e Nascimento Silva (2002) com base no modelo proposto por Kish (1965). Em linhas gerais, os resultados do modelo evidenciaram que a decisão de permanecer no ninho está fortemente associada ao fato do indivíduo ser homem, possuir mãe viva, estudar e ter idosos no lar. Sendo que a educação se tornou o principal fator de incentivo a levar o indivíduo, na fase adulta, a morar com a família de origem. Em contrapartida, o fato de ter crianças no lar e estar trabalhando, tende a reduzir a probabilidade de permanência ou regresso ao lar parental. Palavras-chave: Geração Canguru. Determinantes. Econômico. Afetivo. Familiar. 1 Doutorando em Economia pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Paraíba (PPGE-UFPB) - Fone: (83) 98860-3463. E-mail: pbdosanjos@hotmail.com 2 Doutoranda em Economia pelo Centro de Aperfeiçoamento de Economistas do Nordeste (CAEN-UFC) Fone: (85) 98872-2413. E-mail: julianeciriaco@hotmail.com 3 Professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal da Paraíba (PPGE- UFPB). E-mail: ivantarginomoreira@yahoo.com.br mailto:julianeciriaco@hotmail.com 2 1 INTRODUÇÃO No apogeu dos anos 70 pôr o pé na estrada e sair de casa era sinônimo de liberdade e independência para uma parte relevante da população juvenil. No entanto, sabe-se que de lá pra cá muita coisa mudou, principalmente porque o desenvolvimento da sociedade contemporânea aliado ao expressivo processo de transição demográfica acabou modificando os arranjos familiares e transformando lares, inicialmente, extensos e jovens em famílias menores e mais envelhecidas, desencadeando o surgimento de novos modelos de família (SILVA et al, 2004). A família outrora marcada pela hierarquia entre os membros, atualmente, está regida por ideias mais igualitárias e possibilitando maior espaço para negociação e diálogos entre as gerações (HENRIQUES, JABLONSKI, FERES-CARNEIRO,2004). Neste cenário, tornou-se comum, na atualidade, jovens brasileiros em idade adulta entre 25 a 34 anos, mesmo com certa estabilidade financeira, residirem com os respectivos pais. Tal fenômeno vem sendo alvo de diversas discussões na mídia e acabou despertando o interesse da academia e dos intelectuais. Estes indivíduos foram denominados pela literatura atual de “cangurus”. No Brasil, o jovens cangurus representavam por volta 24,3% de indivíduos em 2012, enquanto que em 2002 não ultrapassavam os 20%, ou seja, na respectiva janela de tempo houve um acréscimo de aproximadamente 4 pontos percentuais (p.p.)% 4 . A decisão de permanecer no ninho está baseada em justificativas e explicações diversas, envolvendo questões de natureza multidimensional associadas a características de ordem pessoal, familiar e social, podendo ser fruto da ausência de segurança no campo profissional e afetivo, dentre as principais razões podem-se elencar: i) maior liberdade sexual e de expressão no ambiente parental (GALLAGHER, 2013); ii) ambivalência dos pais no que concerne à saída dos filhos de casa (HENRIQUES, JABLONSKI, FERES-CARNEIRO,2004); iii) custo habitacional (MORAIS, RÊGO, 2011); iv) comodismo e falta de maturidade (COBO, SABOIA, 2010); v) transformações dos laços afetivos, como instabilidade no relacionamentos entre os pares (GALLAGHER, 2013; VIEIRA, RAVA, 2010; HENRIQUES, JABLONSKI, FERES- CARNEIRO, 2004); vi) recessão no mercado de trabalho e desemprego (OLIVEIRA, 4 Estas estimativas foram baseadas nos dados reponderados da PNAD, utilizando os respectivos fatores de expansão. 3 CARVALHO, 2010; NICO, 2012); vii) novos padrões de consumo (FERREIRA et al., 2008). No País, ainda são poucas as contribuições técnicas, principalmente em países subdesenvolvidos, uma vez que relevante parte dos estudos está na América do Norte e continente Europeu, (MORAIS, RÊGO, 2011; FILGUEIRA, AMOROSO, 1997; DE VOS, 1989). Diante do exposto, e considerando a relevância do tema, pode-se dizer que o presente artigo contribui atualmente com a literatura ao investigar em âmbito nacional os principais determinantes da geração canguru entre os jovens de 25 a 34 anos de idade. Para isto, utiliza-se o modelo econométrico de ordem qualitativa, o logit, utilizando como fonte de dados a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) para os anos de 2002 e 2012. Para a elaboração do presente estudo, optou-se por dividir a pesquisa em quarto partes, além desta introdução. Inicialmente, apresentam-se as características mais relevantes dos domicílios constituídos por jovens adultos. A próxima contempla a descrição e tratamento do banco de dados. A quarta seção reporta-se os principais resultados encontrados, ressaltando e discutindo os aspectos relevantes que culminam nas considerações finais. 4 2 CARACTERÍSTICAS DOS ARRANJOS FAMILIARES BRASILEIROS: FATOS OBSERVADOS A crescente diversificação dos arranjos familiares é consequência direta das novas opções de vida conjunta entre as pessoas, resultante das transformações sociais, econômicas e demográficas (FERREIRA et al., 2008). Diante disto, torna-se cada vez mais complexo a configuração dos lares, em que a família desponta como um dos principais campos de mudanças em que os processos fundamentais de identidade biológico e social se colocam em curso. As transformações relacionadas ao cenário social, cultural, econômico, institucional e de valores (ex: a maior inserção da mulher no mercado de trabalho) ocorridas nas últimas décadas, acabou tornando cada vez mais complexa a transição de parte dos indivíduos para a fase adulta. Sendo assim, tal fenômeno deixou de ser marcado pela entrada no mercado de trabalho, universidade, constituição de uma família, independência domiciliar e financeira entre outros. O aparente anúncio universal da maioridade, relacionado à autonomia domiciliar completa, tem sido cada vez mais adiado. Os fatores causadores são muitos e podem ser elencados de várias formas, sendo que estão, rotineiramente, associados a aspectos psicológicos e financeiros (ex: apego a família, ambivalência dos pais, instabilidade na carreira profissional e no relacionamento entre os pares). Destaca-se que tais causas são observadas tanto no Brasil quanto em países de primeiro mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, 36% dos indivíduos de 18 a 31 anos viviam com pai ou/e mãe, ou seja, pouco mais de um em cada três jovens adultos no ano de 2012, batendo o recorde histórico dos últimos 40 anos (FRY, 2013). Com base no Figura 1, percebe-se que a proporção de jovens brasileiros que moramcom os respectivos genitores tem aumentado ano após ano ao longo do decênio, alcançando o patamar de 24,3% em 2012, sendo em sua maioria representado por indivíduos do sexo masculino (60%). Segundo a Síntese de Indicadores Sociais- SIS (2013) os jovens que residem no lar de origem apresentam elevadas taxas de ocupação, porém um pouco inferior ao observado para os demais jovens, no ano de 2012. Em contrapartida, estes participam mais da rede de ensino (14%) e possuem maior nível de escolaridade (ver Figura 2), sugerindo que, a opção de viver no ambiente parental pode estar associado com à maior dedicação aos estudos. No entanto, ressalta-se que diversas pesquisas [Fichtner (2004), 5 Strauber (2005) e Henriques et al. (2006)] têm destacado que o adiamento na independência dos jovens pode estar relacionado, sobretudo, à dura realidade encontrada pelos indivíduos fora do seio familiar. Figura 1-Brasil: Proporção de pessoas (25 a 34 anos de idade) residentes em domicílios particulares por tipo de condição no arranjo familiar-2002 a 2012 Figura 2-Brasil: Média de escolaridade dos indivíduos de 25 a 34 anos de idade em domicílios particulares -2002 a 2012. Fonte: Elaboração dos autores a partir dos dados da PNAD. Nota¹: *Em 2010 não foi realizada a pesquisa, desta forma realizou-se uma média simples entre os anos anterior e posterior. Nota²: Expandido para a população. No que se refere à proporção de filhos que moram no domicílio, observa-se, no último período, um maior destaque na macrorregião do Sudeste com cerca de 26,7%, seguido pelo região Nordeste com 24,3%. Dentre os Estados, as maiores taxas são observadas no Rio de Janeiro (27,2%), São Paulo (27,0%) e Ceará (25,75%), como pode ser visto na Tabela 1: 0 2 4 6 8 10 12 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 * 2 0 1 1 2 0 1 2 Filho Chefe ou Cônjuge Fonte: Elaboração dos autores a partir dos dados da PNAD. Nota¹: *Em 2010 não foi realizada a pesquisa, desta forma realizou-se uma média simples entre os anos anterior e posterior. Nota²: Expandido para a população. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 * 2 0 1 1 2 0 1 2 % Chefe Cônjuge Filho Outro parente Demais 6 Tabela 1-Brasil: Proporção de indivíduos (de 25 a 34 anos) que moram com os pais, 2002-2012. 2002 2012 Brasil 20,5% 24,3% Rondônia 12,9% 15,3% Acre 14,5% 13,5% Amazonas 15,8% 21,1% Roraima 12,6% 14,3% Pará 17,1% 18,8% Amapá 18,5% 19,4% Tocantins 14,8% 17,9% Norte 16,0% 18,5% Maranhão 20,2% 20,1% Piauí 18,8% 23,5% Ceará 19,3% 25,8% Rio Grande do Norte 20,2% 23,7% Paraíba 23,5% 23,4% Pernambuco 20,6% 25,6% Alagoas 19,7% 24,2% Sergipe 20,9% 23,4% Bahia 20,8% 25,3% Nordeste 20,5% 24,3% Minas Gerais 24,2% 26,2% Espírito Santo 18,0% 24,0% Rio de Janeiro 25,8% 27,2% São Paulo 22,0% 27,0% Sudeste 23,1% 26,7% Paraná 17,4% 22,7% Santa Catarina 15,3% 21,2% Rio Grande do Sul 18,4% 23,2% Sul 17,3% 22,5% Mato Grosso do Sul 15,1% 17,4% Mato Grosso 14,0% 17,1% Goiás 16,6% 22,1% Distrito Federal 16,9% 23,7% Centro- Oeste 15,8% 20,6% Fonte: Elaboração dos autores a partir dos dados da PNAD. Nota¹: Expandido para a população. Nota²: Apenas em 2004 a PNAD foi implantada nas áreas rurais dos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, alcançando cobertura completa do território nacional 7 3 METODOLOGIA E BANCO DE DADOS A fonte de dados utilizada, como já mencionada anteriormente, advém da PNAD, restringindo-se ao ano de 2002 e 2012. A escolha desse banco de dados consiste na gama de informações disponíveis sobre a população residente no país, fornecidas anualmente no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variável independente é dicotômica, onde se atribui o valor de “um” para os indivíduos entre 25 a 34 anos que possuem status de “filho” no domicílio (ou seja, canguru) e “zero” caso o indivíduo nesta faixa de idade possua status de “chefe” ou “cônjuge” do responsável pelo lar (aqui considerado como independente). Sendo assim, descreve-se a seguir: = { Com o intuito de atender os objetivos dessa pesquisa, foram aplicados alguns filtros como, por exemplo, excluir aquelas pessoas que simultaneamente não se enquadravam em nenhuma das categorias analisadas, ou seja, aqueles indivíduos que não eram “cangurus” e não eram “independentes”. Além disso, para homogeneizar os dados foram excluídos os lares 20% mais pobres do País 5 - este filtro foi introduzido porque acredita-se que a geração “canguru” é menos evidente em famílias de baixa renda. Para analisar os determinantes da geração “canguru” no Brasil, utiliza-se o modelo de resposta binária, o modelo logit. A equação (1) representa as chances de ocorrência da geração canguru, dada por uma série de atributos especificados por: ( )= + + Onde: ( ) representa o logaritmo ponderado das chances favoráveis a decisão de estar na condição canguru; denota o conjunto de atributos relativos às características do indivíduo i; descreve o conjunto de atributos relacionados à família do indivíduo i; corresponde variável de localização regional do indivíduo; e corresponde ao termo de erro estocástico. 5 Resultados atingidos por meio do rendimento familiar per capita, excluindo-se pensionistas, empregados domésticos e seus respectivos parentes. 8 Este estudo optou por considerar o plano amostral complexo estratificado adotado pela PNAD, pois ao ignorar as características inerentes ao plano amostral podem ocorrer problemas que comprometem a inferência analítica das estimações. Logo, optou-se em levar em consideração tais argumentos com intuito de que os resultados obtidos sejam consistentes e não viciados 6 . Dessa forma, para obtenção de estimativas mais precisas 7 , inclui-se o delineamento amostral, considerando os fatores de expansão (pesos de pessoas), STRAT (estratos) e PSU (unidade primária amostral). Tendo em vista que essas variáveis fazem parte do arquivo domicílios, foi necessária a realização da correspondência com o arquivo de pessoas. Para avaliar o impacto da incorporação do plano amostral da PNAD sobre a precisão das estimativas, realiza-se o processo exposto por Leite e Nascimento Silva (2002) com base no modelo proposto por Kish (1965), sendo denominado Efeito do Plano Amostral (EPA ou Deff – Disgn Effect), cuja expressão é dada por: ̃ ̃ (2) Em que ̃ é a variância estimada incorporando a estrutura do plano amostral efetivamente utilizado; enquanto ̃ é a variância estimada supondo o plano amostral igual a uma amostra aleatória simples (AAS). Cabe destacar que valores do EPA significativamente diferentes de 1 ressaltam a importância da consideração do plano amostral efetivamente utilizado na estimação das variâncias associada aos parâmetros do modelo. Dessa forma, a interpretação do EPA (Efeito do Plano Amostral) segue o seguinte critério: • Se EPA < 1, variância sob AASsuperestimada; • Se EPA = 1, não há diferença entre as estimativas de variância; • Se EPA > 1, variância sob AAS subestimada. Outro método com finalidade semelhante foi desenvolvido por Skinner, Holt e Smith (1989), denominado de EPA ampliado (Meff -Misspecification Effect). Neste método utiliza-se o pressuposto que υ0 é um estimador usual e consistente da variância 6 Segundo Lima (2008) a PNAD não é uma amostra independente e identicamente distribuída (iid), não se originando, portanto, de uma amostra aleatória simples com reposição, sendo necessária a consideração do plano amostral para que as estimações pontuais e as variâncias sejam corretamente especificadas. 7 Neste trabalho utilizou-se o método de Máxima verossimilhança e para à obtenção das estimativas da variância dos coeficientes realizou-se o método de Linearização de Taylor. 9 do estimador sob a hipótese de observações idd (independente identicamente distribuída); ̃é a variância do estimador considerando-se o desenho amostral complexo; é a esperança do estimador usual sob o plano amostral complexo. O EPA ampliado é descrito por: ̃ ̃ (3) Após o devido tratamento da base de dados e inclusão desses filtros restaram aproximadamente um total de 46.267 mil observações em 2002 e 46.031 mil observações em 2012, ao se expandir para população alcançar-se-á o número representativo de indivíduos de 21,0 milhões e 25,3 milhões, respectivamente. Por sua vez, as variáveis explicativas são exemplificadas no Quadro 1: Quadro 1-Brasil: Descrição dos dados utilizados nas estimações Variáveis Descrição das variáveis Variável dependente Geração “Canguru” 1 caso o indivíduo possua status de filho na família e “0” caso o mesmo possua status de chefe ou cônjuge do responsável pela família. Variável independente Características dos indivíduos Sexo 1 para mulher e 0 para homem Anos de Estudo Cada série com aprovação é considerado como um ano de estudo Idade Idade aferida em anos de vida. Adiciona-se também o termo quadrático. Branca 1 para Branca e 0 caso contrário Estuda 1 para o indivíduo que estuda e 0 caso contrário. Trabalha 1 para o indivíduo que trabalha e 0 caso contrário. Características da família Criança Número de crianças com idade inferior a 5 anos no domicílio Idoso Número de idosos (ou seja com idade igual ou superior a 85 anos) no lar Mãe viva 1 para a existência de mãe viva e 0 caso contrário Características Geográfica Metropolitana 1 para o indivíduo que mora na região Metropolitana e 0 caso contrário Dummies Estaduais Foram criadas dummies de controle para cada estado brasileiro. O objetivo é tentar captar alguma diferença estadual, dada pelas peculiaridades locais de cada estado, em relação ao estado de Roraima, que servirá de base de comparação. Fonte: Elaboração dos autores. 10 Antes da devida exposição dos resultados econométricos, comtempla-se na Tabela 2 as estatísticas descritivas (média, erro padrão, mínimo e máximo) das variáveis utilizadas neste artigo, considerando os respectivos fatores de expansão. Tabela 2-Brasil: Estatística descritiva do banco de dados, 2002 - 2012. 2002 2012 Variáveis Média Erro-Padrão Linearizado Mínimo Máximo Média Erro-Padrão Linearizado Mínimo Máximo Mulher 0,505 0,002 0 1 0,503 0,002 0 1 Branco 0,575 0,003 0 1 0,495 0,003 0 1 Trabalha 0,768 0,002 0 1 0,811 0,002 0 1 Estuda 0,100 0,001 0 1 0,094 0,002 0 1 Anos de Estudo 8,235 0,0347 0 15 10,24 0,027 0 15 Idade 29,440 0,016 25 34 29,5 0,016 25 34 Idade² 875,002 0,9705 625 1156 878,4 0,921 625 1156 Criança 0,406 0,0040 0 4 0,309 0,004 0 4 Mãe Viva 0,892 0,001 0 1 0,921 0,001 0 1 Idosos 0,006 0,0000 0 2 0,005 0,000 0 2 Metropolitana 0,364 0,0033 0 1 0,353 0,003 0 1 Rondônia 0,006 0,000 0 1 0,009 0,000 0 1 Acre 0,002 0,000 0 1 0,003 0,000 0 1 Amazonas 0,012 0,000 0 1 0,017 0,001 0 1 Pará 0,025 0,001 0 1 0,034 0,001 0 1 Amapá 0,003 0,000 0 1 0,003 0,000 0 1 Tocantins 0,006 0,000 0 1 0,007 0,000 0 1 Maranhão 0,022 0,001 0 1 0,022 0,001 0 1 Piauí 0,011 0,001 0 1 0,012 0,001 0 1 Ceará 0,033 0,001 0 1 0,034 0,001 0 1 Rio G. do Norte 0,014 0,001 0 1 0,014 0,001 0 1 Paraíba 0,015 0,001 0 1 0,016 0,001 0 1 Pernambuco 0,039 0,001 0 1 0,039 0,001 0 1 Alagoas 0,011 0,001 0 1 0,013 0,001 0 1 Sergipe 0,010 0,001 0 1 0,009 0,001 0 1 Bahia 0,059 0,002 0 1 0,062 0,002 0 1 Minas Gerais 0,104 0,002 0 1 0,107 0,002 0 1 Espírito Santo 0,018 0,001 0 1 0,021 0,001 0 1 Rio de Janeiro 0,093 0,002 0 1 0,082 0,002 0 1 São Paulo 0,271 0,003 0 1 0,258 0,004 0 1 Paraná 0,064 0,002 0 1 0,057 0,001 0 1 Santa Catarina 0,038 0,001 0 1 0,036 0,001 0 1 Rio Grande do Sul 0,060 0,001 0 1 0,055 0,001 0 1 Mato Grosso do Sul 0,014 0,000 0 1 0,016 0,001 0 1 Mato Grosso 0,018 0,001 0 1 0,017 0,001 0 1 Goiás 0,034 0,001 0 1 0,037 0,001 0 1 Distrito Federal 0,017 0,001 0 1 0,018 0,001 0 1 Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados da PNAD. Nota¹: Para variáveis qualitativas a média equivale à proporção. Nota²: Expandido para a população 11 No ano de 2002, a amostra foi composta por aproximadamente 21 milhões de pessoas, a idade média está por volta dos 29 anos, 76% da população trabalha, 50% são mulheres, 57% declarados de raça branca, com média de 8,2 anos de estudo. No referente a característica das famílias, em média, 89% dos domicílios possuem mãe viva, possuindo de forma geral um menor número de crianças e idosos no lar, localizados em sua maioria na região metropolitana, e residentes dos estados da região Nordeste e Sudeste. Em 2012, partindo-se de uma população de 25,3 milhões de pessoas, averiguar-se que a idade média dos jovens equivale a 29 anos de idade, sendo que por volta de 49% das pessoas são consideradas de raça branca, com pouco mais de 10 anos de estudo, com mais de 92% das famílias com mãe viva, com menor média de crianças e idosos no lar. No referente ao status ocupacional e localização, tem-se que 9,4% estudam e pouco mais de 81% trabalham, com aproximadamente 35% dos indivíduos moradores das respectivas regiões metropolitanas. No que se refere as dummies estaduais, observa-se que a maioria dos jovens adultos são residentes dos Estados de São Paulo (25%) e Minas Gerais (10%). 4 RESULTADOS Nesta seção, são apresentados os resultados dos coeficientes e dos efeitos marginais da regressão logística para a probabilidade de um indivíduo adulto estar na condição canguru no Brasil nos anos de 2002 e 2012, considerando, para tanto, o delineamento do banco de dados (Tabela 3). As estimativas do efeito do plano amostral indicaram a importância de se considerar o delineamento amostral para a obtenção de estimativas robustas e não viciadas. Em linhas gerais, boa parte das estimativas Meff e Deff apresentaram-se superiores ou inferiores a 1, indicando que as variâncias dos coeficientes estimados, caso a amostra complexa fosse considerada como AAS, seriam subestimadas ou superestimadas. Ademais, ressalta-se que a estatística de significância global (Teste F) mostrou-se estatisticamente significante a 1%, sugerindo que o modelo descreve de forma adequada os determinantes da probabilidade do indivíduo estar na condição Canguru. De forma geral, as variáveis mostram-se significativas e com sinal esperado (exceto pela variável relacionada à região metropolitana que não apresentou significância estatística). Os resultados do modelo evidenciam que jovens mais escolarizados e que estão estudando possuem maior probabilidade de continuar morando no lar parental, o que já era esperado, em vistas que um dos principais suportes oferecidos pelos pais para a permanência12 dos filhos no domicílio é possibilitar a obtenção de maior nível de escolaridade e qualificação, corroborando com os argumentos de autores como Ciríaco et al. (2015), Morais e Rêgo (2011) e Cobo e Saboia (2010). A existência materna mostrou significância estatística e sinal positivo na probabilidade do jovem adulto residir com a família. As evidências apontam que, para os jovens, possuir mãe viva, independente do ano analisado, tende em aumentar a probabilidade em mais de 16 pontos percentuais (p.p.) de permanecer na casa dos pais. O que também já era esperado, pois indivíduos que vivem em lares com ausência da figura materna, tendem de certa forma, a acelerar a transição para um arranjo independente. Acredita-se que isso ocorre por que a não existência materna representa uma perda fundamental de recursos disponíveis e de estabilidade emocional, dado que na maioria dos casos é a mãe que assume o papel de ofertar certas comodidades aos filhos como, por exemplo, “comida”, “roupa lavada”, assim como, maior tempo dedicado a atenção, educação e carinho. Ademais, ressalta-se que os ambientes onde não existem a convivência maternal estão mais susceptíveis a possíveis conflitos familiares, principalmente, quando a ausência da mesma é substituída por a “figura” de uma madrasta (CARVALHO, 2009). Por outro, o fato de estar trabalhando tende a aumentar a probabilidade de determinado jovem adulto sair da casa e formar um novo domicílio. Ressalta-se que para certificar, se tal comportamento ocorre ou não, é essencial uma análise mais aprofundada do banco de dados, uma vez que este comportamento pode estar influenciado pelo nível de renda pessoal e tipo de inserção no mercado de trabalho. O fato de estar estudando tende a influenciar de forma positiva sobre a probabilidade de continuar morando na casa parental. O mesmo é observado pela variável que representa o nível educacional, evidenciando que, quanto maior o nível de escolaridade, maiores as chances de morar com os pais, representando um acréscimo de aproximadamente 0,7 p.p. para cada ano adicional de estudo no ano de 2012, corroborando com os argumentos expostos por Cobo e Saboia (2010), em que os mesmos evidenciam que um dos principais suportes oferecidos pelos pais para a permanência juvenil no domicílio é possibilitar a obtenção de maior nível de escolaridade e qualificação. No referente à idade, em linhas gerais, percebe-se que quanto mais velho for o indivíduo, menores as chances de permanecer na casa dos pais. Ademais, percebe-se que, independente do período analisado, os homens estão mais propensos em continuar a morar com os seus respectivos genitores. 13 Figura 3- Brasil: Probabilidade estimada da geração canguru em função da idade, assegurado o valor médio das demais covariadas, 2002-2012. Fonte: Fonte: Elaboração dos autores com base na PNAD. Para tanto, com o objetivo de facilitar as interpretações dos resultados, foram realizadas previsões em cima dos modelos estimados, apresentadas na Figura 3, considerando o diferencial por sexo, dada a probabilidade de cada indivíduo estar na situação canguru para diferentes idades, enquanto as demais variáveis estão estabelecidas na média amostral. De acordo com essa ilustração, tem-se que a medida que a idade aumenta gradativamente maiores as probabilidades de não habitar com pai/ou e mãe, tanto para os homens como para as mulheres em ambos os anos analisados. 0, 8 0, 6 0, 4 0, 2 0, 0 Pr ob ab ilid ad e 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Idade (anos) Homem Mulher 0, 3 0, 4 0, 5 0, 6 0, 2 0, 1 Pr ob ab ilid ad e 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Idade (anos) Homem Mulher 14 Tabela 3- Brasil: Determinantes da Geração Canguru, 2002-2012. 2002 2012 Variáveis Coeficiente Efeito Marginal Meff Deff Coeficiente Efeito Marginal Meff Deff Mulher -0,928*** -0,126*** 1,1 1,1 -0,757*** -0,126*** 1,2 1,2 Branco -0,080** -0,011** 1,5 1,5 0,052* 0,008* 1,5 1,5 Trabalha -0,557*** -0,076*** 1,2 1,2 -0,629*** -0,105*** 1,1 1,1 Estuda 0,402*** 0,055*** 1,3 1,3 0,432*** 0,072*** 1,3 1,3 Anos de Estudo 0,063*** 0,008*** 1,6 1,6 0,045*** 0,007*** 1,6 1,5 Idade -0,574*** -0,078*** 1,2 1,2 -0,318*** -0,053*** 1,2 1,2 Idade² 0,006*** 0,000*** 1,2 1,2 0,002 0,000 1,2 1,2 Criança -2,804*** -0,382*** 2,3 1,7 -1,973*** -0,328*** 2 1,6 Mãe Viva 1,191*** 0,162*** 1,5 1,5 1,072*** 0,179*** 1,6 1,6 Idosos 2,021*** 0,275*** 1,6 1,5 2,242*** 0,373*** 1,6 1,4 Metropolitana -0,048 -0,006 1,8 2 0,066 0,011 2,1 2,4 Rondônia -0,123 -0,014 2,3 0,8 0,140 0,020 2,3 0,8 Acre -0,068 -0,008 2,1 0,7 -0,213 -0,028 2,1 0,7 Amazonas 0,155 0,019 2,4 0,9 0,430 0,0647* 2,5 0,9 Pará 0,184 0,023 2,4 0,9 0,405 0,061* 2,5 0,9 Amapá 0,238 0,029 2,6 0,9 0,307 0,045 2,1 0,7 Tocantins 0,162 0,020 2,5 0,9 0,330 0,049 2,4 0,8 Maranhão 0,638 0,084 2,5 0,9 0,759*** 0,120*** 2,4 1 Piauí 0,801* 0,109** 2,5 1 0,735** 0,116*** 2,5 1 Ceará 0,605 0,080* 2,4 0,9 0,664*** 0,104*** 2,6 0,9 Rio G. do Norte 0,501 0,065 2,4 0,9 0,527** 0,081** 2,3 0,9 Paraíba 0,872** 0,119** 2,4 0,9 0,602** 0,093** 2,2 0,9 Pernambuco 0,722* 0,097** 2,4 0,9 0,775*** 0,123*** 2,5 0,9 Alagoas 0,715* 0,096* 2,3 0,9 0,648** 0,101** 2,5 1 Sergipe 0,536 0,070 2,5 0,9 0,704*** 0,111*** 2,4 0,9 Bahia 0,675* 0,090* 2,5 0,9 0,700*** 0,110*** 2,6 0,9 Minas Gerais 0,780* 0,106** 2,5 0,9 0,650*** 0,101*** 2,6 0,9 Espírito Santo 0,200 0,025 2,4 0,9 0,516** 0,079** 2,4 0,9 Rio de Janeiro 0,670* 0,089* 2,5 0,9 0,649*** 0,101*** 2,5 0,9 São Paulo 0,395 0,050 2,5 0,9 0,588** 0,091*** 2,6 0,9 Paraná 0,121 0,015 2,5 0,9 0,368 0,054 2,5 0,9 Santa Catarina -0,060 -0,007 2,4 0,9 0,288 0,042 2,4 0,9 Rio G. do Sul 0,176 0,021 2,5 0,9 0,298 0,044 2,5 0,9 Mato Grosso do Sul -0,043 -0,005 2,4 0,9 0,018 0,002 2,5 0,9 Mato Grosso -0,150 -0,017 2,5 0,9 0,074 0,010 2,3 0,9 Goiás 0,128 0,015 2,4 0,9 0,391 0,058* 2,5 0,9 Distrito Federal -0,001 -0,000 2,4 0,9 0,337 0,050 2,5 0,9 Coeficiente 9,366*** - 1,1 1,2 5,186*** - 1,2 1,2 Estatística F 0,00 0,00 Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados da PNAD. Nota: Expandido para a população. *** p<0,01, ** p<0,05, * p<0,1 15 Sugere-se que, um dos principais fatores para a saída da casa dos pais está associado à maternidade ou ao casamento, tendo em vista que a maior existência de crianças reduz as chances de residir com os genitores. Ao passo que, no referente a existência de idosos no lar, verifica-se que estes contribuem de forma positiva, sugerindo que a permanência ou regresso dos jovens adultos ao domicílio familiar possa estar associado ao cuidados dos pais ou avós na velhice. No tocante às características relacionadas às dummies estaduais de localização geográfica, os resultados apontaram que, em comparação aos moradores de Roraima (categoria de Referência), os indivíduos residentes nos Estados nordestinos e sudestinos estão mais propensos a estar morando com pai ou/ e mãe, obtendo maior destaque, no último período, aqueles moradores das unidades Federativas de Pernambuco, Maranhão Piauí, Sergipe, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo. 5 CONCLUSÕES Permanecer ou não do ninho? Há indícios suficientes para se acreditar que a resposta para tal indagação tornou-se relativamente previsível entre os jovens brasileiros. Nota-se que a juventude do país tem optado cada vez mais pela extensão da convivência ao lado de seus pais. Diante disto, este artigo teve como principal objetivo investigar de forma teórica e empírica quais os principais fatores que contribuem com essa opção. Desta forma, buscou-se complementar as pesquisas de Carvalho (2009), Cobo e Saboia (2010), assim como, as realizadas por Morais e Rêgo (2011) e Ciríaco et al. (2015). Tais pesquisas buscaram analisar, sobretudo, o perfil dosadultos que permaneceram ou deixaram o lar de origem, para tanto, considerando determinadas características domiciliares. Constata-se que a decisão de permanecer no ninho está fortemente associada ao fato do indivíduo ser homem, possuir mãe viva, estudar e ter idosos no lar. Sendo que a educação se tornou o principal fator de incentivo a levar o indivíduo, na fase adulta, a morar com a família de origem. Em contrapartida, o fato de ter crianças no lar e estar trabalhando, tende a reduzir a probabilidade de permanência ou regresso ao lar. 16 REFERÊNCIAS CARVALHO, R. L. Casa, comida e roupa lavada: fatores associados à saída do jovem brasileiro do domicílio de origem. Dissertação (Mestrado em Demografia). 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