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ACUPONTOS-PONTOS-PRINCIPAIS-E-TECNICAS-ESPECIAIS

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4 
2 ACUPUNTURA E SUA HISTÓRIA ........................................................................... 5 
2.1 Mecanismo de ação e funcionamento da acupuntura ......................................... 7 
3 ACUPONTOS ........................................................................................................... 9 
3.1 Sistema meridianos ........................................................................................... 11 
3.2 Teoria Yin e Yang.............................................................................................. 14 
3.3 Teoria dos Cinco Elementos ............................................................................. 16 
3.4 Teoria QI (Energia)............................................................................................ 17 
3.5 Teoria Zang Fu .................................................................................................. 18 
4 MICROSSISTEMAS ................................................................................................ 20 
4.1 Auriculoterapia .................................................................................................. 20 
4.2 Manopuntura ..................................................................................................... 24 
4.3 Podopuntura ...................................................................................................... 25 
4.4 Craniopuntura ................................................................................................... 26 
5 APLICAÇÃO DA ACUPUNTURA DE DIFERENTES MODOS ................................ 31 
5.1 Agulha ............................................................................................................... 31 
5.2 Semente de mostarda ....................................................................................... 32 
5.3 Laseracupuntura ............................................................................................... 32 
5.4 Frequências de Nogier ...................................................................................... 33 
5.5 Ventosaterapia .................................................................................................. 35 
5.6 Moxabustão ....................................................................................................... 37 
5.7 Termografia ....................................................................................................... 41 
6 ELETROACUPUNTURA ......................................................................................... 43 
 
3 
 
7 ELETRODIAGNÓSTICO DOS MERIDIANOS DE ACUPUNTURA 
(RYODORAKU)............................................................................................................... 44 
7.1 Propriedades elétricas dos pontos de Acupuntura ............................................ 51 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao 
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno 
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para 
que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça 
a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, 
é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao 
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida 
e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 ACUPUNTURA E SUA HISTÓRIA 
 
Fonte: sabedoriapolitica.com.br 
Devido a conscientização a respeito da relação existente entre mente e corpo vem 
ocorrendo um grande aumento na procura do estabelecimento de um equilíbrio entre 
estes, para tal vem ocorrendo uma grande busca por tratamentos alternativos para 
auxiliarem e ampliarem o potencial das terapias convencionais, tal procura acaba 
forçando o surgimento de novas terapias (BOLETA-CERANTO & MIURA, 2013). 
A acupuntura é uma prática milenar a qual possui como base o equilíbrio entre 
mente e corpo (ALVARENGA; AMARAL & STEFFEN, 2014). 
O nome acupuntura vem do latim acus = agulha e punctura = picada, portanto logo 
refere-se à introdução de agulhas em pontos específicos da pele, pontos esses 
chamados de acupontos os quais foram determinados de forma empírica ao transcorrer 
de milhares de ano de prática médica, tal procedimento objetiva originalmente a cura e 
prevenção de males, a acupuntura também é conhecida como uma terapêutica reflexiva, 
uma vez que ao estimular um ponto do corpo outro ponto sofre uma reação, utilizando-
se principalmente do estimulo nociceptivo (ARSLAN et al., 2019). 
Na Medicina tradicional chinesa, a acupuntura como linha terapêutica é aplicada 
no Ocidente, por ser de fácil aplicação, baixo custo e a descrença alopáticos. No Brasil 
ela chega no Sistema de Informação Ambulatorial SIA/SUS em 1999 e publicada pelo 
historia-acupuntura-destaque (1).webp
 
 
6 
 
Ministério da Saúde em 2006, que implementou sua praticas integrativas e 
complementares no Sistema Único de Saúde. Este documento implementou essa 
abordagem como recurso que estimula o uso estímulos elétricos, no tratamento de 
doenças 
Consiste em uma técnica onde se é feita a introdução, circulação, mobilização de 
agulhas, que vão promover o equilíbrio do organismo, fortalecendo os órgãos e das 
vísceras do corpo. Trabalhando a energia do corpo e promovendo a interrupção de um 
processo de adoecimento. 
O tipo de agulha utilizada na pratica da acupuntura diferem daquelas usadas em 
injeções e vacinas, por serem mais finas e flexíveis e terem tamanhos diferentes de 
acordo com a técnica e local que serão colocadas. São de aço inoxidável e estéril, os 
pontos de acupuntura são meio e comunicação do interior com exterior do corpo, com 
tendência a influência de energias que o indivíduo está exposto (HADDAD., 2009). 
Isso se dá pelo fato de agulha promover estimulação de nervos periféricos 
localizados nos locais de inserção das agulhas, isso ocorre pela alteração nos 
neurotransmissores do sistema nervoso central (SNC), consequente modulação de 
respostas positivas em relação aos desequilíbrios energéticos apresentados (HADDAD, 
2012). 
Outras técnicas são utilizadas na acupuntura, como a auriculoacupuntura, a 
moxabustão e a eletrocupuntura dentre outras. Essas técnicas segue as linhas do 
acupontos que são distribuídos nos meridianos que se estendem por todo o corpo 
humano, e ao mesmo tempo respeitando suas especificidades (HADDAD, 2012). 
As reações químicas desencadeadas na agulha após penetrar a pele até seu final 
objetivo, não está totalmente esclarecida. O conceito que se tem da acupuntura até 
momento é que ela não só trata apenas o local comprometido, mas também age no 
sistema nervoso com a finalidades de equilibrar o corpo, e eliminar causadores da 
doença. Este processo se dá para realinhar e redistribuir as energias estimulando-se 
pontos de Acupuntura através de uso de agulhas metálicas finas, laser, pressão e outras 
formas (OMS, 2021). 
A acupuntura é consideradauma das mais antigas e respeitadas ciências de todo 
o mundo, em especial pelos orientais mais especificamente na china, local onde tal 
 
7 
 
ciência iniciou sua disseminação como segredo de família. A acupuntura vem sendo 
usada a mais de cinco mil anos pelos chineses, sendo que atualmente existem mais de 
3 mil anos de registros escrito e mais de 2 mil anos de achados arqueológicos tais como 
agulhas feitas de pedras, inscrições em osso e carapaças de animais, tal fato comprova 
que este procedimento teve uma longa trajetória de evolução (ALVARENGA et al., 2014; 
SOUSA, 2018). 
O Ying – Yang se refere as duas partes opostas e complementares da natureza, 
os quais se relacionam reciprocamente, tal ideia representa tanto dois elementos 
opostos, bem como dois fatores que formam a essência de um aspecto. Seguindo esta 
filosofia, Ying representa qualidades negativas, enquanto Yang representa as positivas, 
sendo que um não consegue existir sem o outro, logo pode-se se concluir que não existe 
nem Ying nem Yang absolutos. A união de Ying e Yang formam Tai Chi que é o princípio 
e o fim, ou seja, a vida e a morte, de acordo com esta crença tais condições opostas e 
complementares devem manter um perfeito equilíbrio (BOLETA-CERANTO & MIURA, 
2013; GIL, 2019; SOUSA, 2018). 
A preocupação com os aspectos legais da Acupuntura no país teve início em 1984 
com a criação do Projeto de Lei 3838 da Câmara dos Deputados Federais. Desde então, 
os Conselhos Federais, preocupados com tal prática pelos seus pares, iniciaram 
regulamentações próprias: o COFFITO (fisioterapia e terapia ocupacional) em 1985, o 
CFBM (biomedicina) em 1986, o COFEN (enfermagem) e o CFM (medicina) em 1995, o 
CFF (farmácia) em 2000, o CFF a (fonoaudiologia) em 2001 e o CFP (psicologia) em 
2002 (RIZZI et al., 2010). 
Segundo Rizzi et al., (2010), a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera 
que a Acupuntura pode ser praticada por diversos profissionais habilitados, formando 
uma equipe multidisciplinar e que a regulamentação e fiscalização é de competência do 
seu Conselho Regional. 
2.1 Mecanismo de ação e funcionamento da acupuntura 
Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, a acupuntura visa, através da inserção 
das agulhas, regular o fluxo de energia através dos seus canais pelo corpo. Assim, com 
 
8 
 
o equilíbrio da energia, pode-se alcançar a cura de diversos sintomas e melhoras em 
várias patologias. Os estudos publicados no ocidente, que em grande parte são ensaios 
clínicos, carecem de metodologias eficazes para estes estudos. Porém, se fez possível 
com o tempo estudar as consequências das inserções das agulhas em pontos 
específicos, tal como estudar os próprios pontos em si, mostrando que os mesmos 
apresentam características particulares e que são capazes de gerar respostas, a nível do 
sistema nervoso central, quando estimulados (OLIVEIRA, 2018). 
O processo de aplicação da acupuntura é feito através da inserção de agulhas em 
pontos específicos (os canais de energia e dos Zang Fu) gerando um potencial de ação 
elétrico e um pequeno processo inflamatório local. Esses pontos se localizam próximos 
de nervos ou em regiões com densa inervação, facilitando a geração de impulsos 
nervosos como resposta a estimulação elétrica ou mecânica. 
 
Fonte: interfisio.com.br 
A ação das agulhas de acupuntura ocorre em dois tipos de fibras neuronais usadas 
como alvo: as fibras A-Delta e as fibras C. Elas transmitem a dor e a temperatura a 
medula espinhal. Elas são capazes de alcançar o hipotálamo e a hipófise, podendo 
promover o equilíbrio do funcionamento destes centros. 
Como a Hipófise é capaz de coordenar e regular a função de diversas outras 
glândulas do corpo. Assim, o efeito da Acupuntura sobre este órgão afeta o 
funcionamento de várias glândulas de grande importância pelo corpo, como por exemplo 
 
9 
 
as suprarrenais, tireoide e ovários. Logo, estímulos feitos através da inserção de agulhas 
nos pontos específicos são capazes de gerar respostas capazes de melhorar diversas 
funções do organismo. 
A estimulação neuro modular tem como o alvo os nervos, os receptores, as vias 
de diferentes modalidades sensoriais, sentidos do tato, temperatura e dor, inervação 
motora dos músculos e fibras aferentes e eferentes. Estes estímulos induzem respostas 
locais, segmentares (periféricos e axilares) e supraspinhais como no tronco cerebral, por 
exemplo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2007). 
A acupuntura, de acordo com os conhecimentos atuais, possui modulação em três 
níveis: Local, espinhal ou segmentar. Ela pode, dessa forma, gerar respostas no sistema 
nervoso e consequentemente influenciar no quadro do paciente. O mecanismo humoral 
da acupuntura diz que a sua ação no sistema nervoso central terá como resposta 
produção e a liberação de neurohormônios, neurotransmissores e hormônios (OLIVEIRA, 
2018). 
O mecanismo neural refere-se a eletrofisiologia que as áreas da pele usadas como 
pontos de acupuntura apresentam. Estas áreas possuem condutividade elétrica por 
diminuição da resistência e, quando estimulados, geram efeitos variados de acordo com 
a manipulação, que pode ser tonificar ou sedar, ao se inserir as agulhas. Essa 
manipulação irá determinar a liberação de neurotransmissores específicos nas sinapses, 
como por exemplo a substância P, prostaglandinas, histamina, bradicinina e serotonina, 
o que irá causar diferentes respostas (OLIVEIRA, 2018). 
3 ACUPONTOS 
Acupontos foram determinados de forma empírica ao transcorrer de milhares de 
ano de prática médica, tal procedimento objetiva originalmente a cura e prevenção de 
males, a acupuntura também é conhecida como uma terapêutica reflexiva, uma vez que 
ao estimular um ponto do corpo outro ponto sofre uma reação, utilizando-se 
principalmente do estimulo nociceptivo (ALVARENGA et al., 2014; ARSLAN et al., 2019;). 
Esta técnica terapêutica visa não apenas tratar a região afetada do corpo, mas sim 
agir sobre o sistema nervoso como um todo, promovendo o sistema de equilíbrio e 
 
10 
 
compensação em todo o corpo (ALVARENGA et al., 2014). Os acupontos são tidos na 
Medicina Tradicional Chinesa, como os locais mais externos do corpo energético de um 
indivíduo, trabalhando como um vínculo de comunicação entre o meio externo e o meio 
interno (OLIVEIRA, 2020). 
Através da incitação destes pontos é possível alterar a movimentação da 
circulação sanguínea além de realizar o relaxamento muscular, encerrando espasmos e 
reduzindo a dor e a inflamação, também é possível gerar a liberação de hormônios como 
as endorfinas e o cortisol gerando a analgesia (GIL, 2019; GRILLO, 2011; OLIVEIRA, 
2020; SOUSA, 2018). 
Os acupontos, são situados em vias específicas dos meridianos (CAI et al., 2019). 
Dentro da prática da acupuntura, a interligação entre os meridianos, órgãos e sistemas é 
parte fundamental para esse equilíbrio (ALVAREZ et al., 2019; ZHANG et al., 2015; 
WONG, 2018). 
Na Acupuntura, a concepção dos Canais de Energia (Meridianos) e dos Pontos de 
Acupuntura, o diagnóstico energético e o tratamento baseiam-se nos conceitos do Yin e 
do Yang; Cinco Elementos; do QI (Energia); do Xue (Sangue) e da Teoria dos Zang Fu 
(Órgãos/Vísceras). A acupuntura possui a finalidade de restaurar, promover e equilibrar 
as funções energéticas dos tecidos e órgãos, melhorando a circulação sanguínea, 
aumentando a imunidade, e trazendo bem-estar físico e mental (RIZZI et al.; 2010). As 
agulhas são estimuladas manualmente até o aparecimento da “sensação de agulha” (De 
QI), descrita como uma sensação subjetiva de formigamento, distensão, choque ou 
aquecimento que erradia da ponta da agulha (GHAZZAOUI et al.; 2016). 
Os acupontos são regiões da pele em relação íntima com nervos, vasos 
sanguíneos, tendões, periósteos e cápsulas articulares, e sua estimulação possibilita 
acesso direto ao sistema nervoso central. A acupuntura também é considerada uma 
terapia reflexa, emque o estímulo de uma área age sobre outra(s) (VASCONCELOS et 
al.; 2011). 
Os acupontos são classificados em 4 tipos: 
Tipo I, são pontos motores e também os mais comuns, onde os nervos penetram 
no músculo; 
 
11 
 
Tipo II, encontram-se em regiões onde os nervos se interceptam na porção ventral 
e dorsal do corpo; 
Tipo III, localizam-se sobre os nervos e plexos superficiais; 
Tipo IV, estão localizados nas junções músculo tendinosas (órgãos tendinosos de 
Golgi são abundantes) (GUNN, 1976; apud PANTANO, 2011). 
3.1 Sistema meridianos 
 
Fonte: a-static.mlcdn.com.br 
Há uma rede de hierarquia existente em nosso corpo chamado sistema de 
meridianos. Os clínicos relatam que o meridiano e o acuponto tem uma impedância 
diferenciada dos tecidos circunvizinhos, e o epitélio em geral, mantém uma diferença de 
voltagem de 30-100 mV. O blastóporo, um clássico centro organizador celular, apresenta 
alta condutância elétrica e de densidade de corrente, sendo que campos elétricos que 
envolvem o embrião servem como indutores para a morfogênese. Corrente de íons 
 
12 
 
transitam no embrião, mostrando o aspecto bioelétrico do ser humano, se mostrando 
como um paralelo entre a técnica milenar e a ciência convencional (MARTINS FILHO, 
2020). 
Outro conceito relacionado ao meridiano é o ponto de acupuntura. De acordo com 
o primeiro capítulo de Ling shu no clássico do Imperador Amarelo, ponto de acupuntura, 
chamado Jie (“Joint”) não é nenhum tecido como pele, músculo, tendão ou osso, mas as 
entradas, através do qual o “QI-Blood” entra ou sai do meridiano, expressão que pode 
ser definida como, QI, sangue, líquidos orgânicos, fluidos intersticiais e de compostos 
químicos ativos pelo seu trajeto. São 365 pontos de acupuntura em 14 meridianos, 
existem 365 subcolateriais ligados aos 14 canais meridianos. 
As articulações entre os subcolateriais e os meridianos são os locais dos pontos 
de acupuntura (ZHANG et al., 2015). 
 
Fonte: ZHANG et al., (2015) 
Acupuntura se concentra especialmente na regulação do fluxo de uma substância 
identificada na MTC como “QI-Blood” em canais meridianos colaterais. A acupuntura em 
estreito sentido é a manipulação usando agulha de metal filiforme, moxabustão, 
escavação, massagem, agulha de faca e assim por diante. Todos pertencem à terapia 
de acupuntura por causa do similar princípio de regular o “QI-Blood”. Portanto, meridiano 
“QI-Blood”, ponto de acupuntura e acupuntura, constituem quatro conceitos básicos da 
 
13 
 
MTC, que são muito importantes para entender o princípio da acupuntura. A parte 
principal do sistema são os tamanhos diferentes de canais, os canais de meridiano, 
canais colaterais, e canais sub colaterais, todos trafegam essa substância, modificando 
o fluido intersticial por onde trafega (ZHANG et al., 2015). 
Imagens demonstrando o meridiano (direito ao ponto) em vista posterior (A) e 
anterior (B): 
 
Fonte: ZHANG et al., (2015) 
De acordo com a MTC, o Sangue é uma forma distinta e material de QI, entretanto 
as duas formas são dependentes entre si. O QI cria e move o Sangue e também o 
mantém no lugar. O Sangue, por sua vez, alimenta os órgãos que produzem e regulam 
o QI. A teoria tradicional chinesa descreve as relações entre os vários órgãos internos e 
a criação e o funcionamento do Sangue. Alguns problemas ginecológicos são descritos 
em termos chineses envolvendo desequilíbrios do Sangue. 
Em contraste com a filosofia ocidental, na cultura chinesa Sangue é o nome que 
representa a função nutritiva do material chamado Sangue, em vez de a substância em 
si. O Coração é visto como o "comandante do sangue", responsável por mover o Sangue 
 
14 
 
através do corpo. O Rim e a medula óssea são vistos contribuindo para a sua produção, 
e o Estômago e Baço são os principais componentes que o derivam, a partir da 
transformação dos alimentos. 
O Sangue se mistura com o ar nos pulmões, sendo movido posteriormente pelo 
QI para o coração, que por sua vez move o Sangue por todo o corpo. O Fígado armazena 
o Sangue, particularmente quando o corpo está em repouso. É fascinante e intrigante 
notar que os antigos chineses reconheceram a contribuição de medula óssea para a 
produção de sangue, uma descoberta que foi feita pelo mundo ocidental só depois de 
séculos de estudo científico. 
Shen é geralmente traduzido como espírito ou mente, e é descrito unicamente 
associado com a vida humana, a personalidade e a força da consciência. Os processos 
de discernimento e pensamento dependem da mente, e o seu desequilíbrio pode levar a 
problemas com o sono, esquecimento e confusão mental. 
3.2 Teoria Yin e Yang 
A Medicina Chinesa foi desenvolvida no contexto da cultura chinesa antiga, na 
qual vigorava a filosofia do taoísmo e do confucionismo. De acordo com esse 
pensamento, o Tao ou o Caminho é alinhar-se com o fluxo e refluxo da vida, vivendo 
em harmonia com ela. Nesta visão, a humanidade é colocada em relação com o céu e 
a terra, e a saúde é definida como um estado de equilíbrio e harmonia dentro de um 
indivíduo, e entre a terra, o céu, e o homem (ARRUDA,2012). 
A relação Yin e Yang expressa esse equilíbrio, uma vez que eles são opostos e 
complementares. Dentro de cada um há a semente do outro, e são usados para 
descrever como as coisas funcionam em relação umas às outras e ao universo. Yin e 
Yang são termos relativos, portanto, as coisas são Yin e Yang apenas em relação a 
outras coisas. 
Yang é associado à energia que está ativa, ou ao componente ativo de um 
evento ou de uma situação; está associado com as qualidades de firmeza, força, luz, 
plenitude, atividade e masculinidade. O ideograma para Yang significa "lado 
ensolarado da encosta". Yin está associado à energia que é receptiva, ou com aspectos 
 
15 
 
construtivos de uma situação. O ideograma para Yin significa "lado sombrio da 
encosta", e está associado com qualidades de flexibilidade, receptividade, água, chuva, 
noite, vazio, quietude e feminilidade. No parto, por exemplo, a fase prodrômica seria 
vista como Yin (ou construtiva) em relação à fase de expulsão do feto, que é Yang 
(ARRUDA,2012). 
O Yin e Yang fornecem um modelo para olhar a dualidade dos seres e 
eventos, considerando que todas as situações e todos os seres têm aspectos Yin e 
Yang. Os machos e as fêmeas têm um número igual de meridianos Yin e Yang (BEAL, 
1999). Yin-Yang não é uma dialética de opostos conflitantes, é a unidade de dois 
aspectos da energia QI, cujo contínuo movimento gira em um jogo constante de 
equilíbrio. Essa interação se move em um ciclo e nenhum aspecto é mais importante 
do que o outro. 
 O Yin e o Yang são um modelo da dualidade e, no caso do sistema de 
meridianos, também é usado para descrever as qualidades de QI que se movem neles. 
O QI nos meridianos Yang é descrito como fluindo de cima do corpo para baixo (céu 
para a terra). Os meridianos Yang estão localizados em mais superfícies externas do 
corpo, como a parte de trás do tronco e as superfícies externas dos braços e pernas. 
O fluxo dos meridianos Yin flui de baixo para cima (da terra para o céu) e em áreas 
mais interiores ou privadas do corpo, tais como as superfícies internas dos braços e 
pernas (BEAL, 1999). 
No sistema tradicional de diagnóstico, avalia-se as qualidades do funcionamento 
dos meridianos Yin e Yang e seus órgãos associados, incluindo o equilíbrio do fluxo de 
energia nos meridianos do corpo do paciente. Como mencionado anteriormente, os 
meridianos são canais, e os pontos, posicionados em várias profundidades sob a 
superfície da pele, são locais no meridiano onde o QI é de acesso mais fácil para o 
tratamento (ARRUDA, 2012). 
O Rim está estreitamente relacionado às alterações reprodutivas, uma vez que 
ele armazena a Essência pré-celestial que é responsável pelo crescimento, maturação 
sexual, fertilidade e o desenvolvimento. Essa Essência se divide em um aspecto Yine 
outro Yang. O aspecto Yang da essência do rim concentra-se no ponto Du-4 (Mingmen) 
 
16 
 
enquanto o Yin no Ren-4 (Guanyuan). O aspecto Yin está relacionado à Água e, 
portanto, ao sêmen, ao sangue menstrual e aos oócitos. 
3.3 Teoria dos Cinco Elementos 
 
Fonte: joacir.com.br 
A teoria dos Cinco Elementos (pentagrama) compõe a essência da MTC e é um 
dos princípios e uma das ferramentas utilizada para fazer o diagnóstico do desequilíbrio 
energético do homem. A concepção dos Cinco Elementos baseia-se nos elementos da 
natureza (Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água) e em como se inter-relacionam, de acordo 
com as funções, a energia e as qualidades de cada elemento para estabelecer o equilíbrio 
do organismo (HICKS; HICKS; MOLE, 2007). 
Cada elemento é representado por um órgão e uma víscera (órgãos ocos) do corpo 
e compõe os Cinco Elementos. Desse modo, o elemento Madeira está associado ao 
fígado e à vesícula biliar, o elemento Fogo ao coração e intestino delgado, o elemento 
Terra ao baço-pâncreas e estômago, o elemento Metal aos pulmões e intestino grosso e 
o elemento Água ao rim e à bexiga (HICKS; HICKS; MOLE, 2007). 
 
17 
 
Esses trocam energia entre si permitindo a harmonia do indivíduo. Em condições 
de equilíbrio entre os elementos, não há desarmonia do pentagrama, e o homem 
encontra-se em seu estado de “saúde”. Quando ocorrem alterações energéticas, 
provocadas pela troca de energia alterada entre os elementos, essa relação fica 
comprometida e se instala o processo de “doença”, que pode ser lento e progressivo 
(YAMAMURA, 2004). 
O desequilíbrio no pentagrama é diagnosticado por meio de uma anamnese e do 
relato de sintomas apresentado por cada indivíduo, avaliado segundo os princípios da 
MTC. Assim, de acordo com essa avaliação, são definidos os pontos do equilíbrio 
energético, de modo individual, os quais correspondem ao órgão e à víscera que 
representam o elemento em que se origina o desequilíbrio do corpo. A partir disso, os 
pontos do pentagrama são aplicados no intuito de restaurar a harmonia do indivíduo, 
restabelecendo a sua saúde (HICKS; HICKS; MOLE, 2007). 
3.4 Teoria QI (Energia) 
QI é um conceito fundamental da MTC e da acupuntura normalmente traduzido 
como ―energia, força vital e energia vital. Segundo o MH é entendido como a capacidade 
vegetativa dos tecidos ou órgãos para uma função podendo causar a sensação de 
pressão, adormecimento ou de um “fluxo”. O QI é definido como a energia imaterial com 
uma determinada qualificação e direção. Existem várias formas de QI e uma delas 
acredita-se estar inerente à própria vida, mantendo-se ao longo dela (QI original – yuan 
QI). O QI major é absorvido e distribuído pela respiração. O QI circula nos condutos ao 
longo do corpo, o QI nutre (QI nutritivum) e protege (QI defensivum) e pode ser 
influenciado pela utilização de pontos de acupuntura (GRETEN, 2017). 
Segundo Santos (2014), a energia QI é considerada a base da vida, a matéria não 
substancial presente em tudo o que existe, trata-se de uma força vital que rege nosso 
corpo, herdada de nossos pais e proveniente de diversas fontes como a água, o ar, os 
alimentos e o sol, considerando também o estado de saúde: quando a energia QI está 
em seu auge e em equilíbrio, o sistema defensivo estará forte conservando a saúde, ao 
 
18 
 
passo que quando essa energia estiver em desequilíbrio, o corpo se tornará alvo para 
invasões de doenças, podendo ser tanto físicas quanto mentais. 
Contudo, o QI pode ser definido como uma energia em movimento que se aplica 
aos processos naturais que abrange alguma possibilidade de mudança, buscando 
descrever os inúmeros processos de oscilação que são primordiais para a cura e a 
manutenção da saúde (SANTOS, 2014) 
3.5 Teoria Zang Fu 
Zang é Yin e Fu é Yang. Além disso, cada um dos cinco Zang controla um dos 
sentidos e um orifício dos sentidos. As orelhas (e ouvidos) recebem nutrição através do 
Rim, sendo este o órgão responsável por promover a audição. Por esta razão, os 
zumbidos e a surdez são, amiúde, decorrentes de uma deficiência do Rim (Shen). 
Entretanto, os ouvidos também são influenciados por outros Órgãos Internos, incluindo 
Coração (Xin), Fígado (Gan), Pulmão (Fei) e Vesícula Biliar (Dan). Embora, o Baço (PI) 
não esteja diretamente relacionado com os ouvidos, a deficiência de QI do Baço (PI) pode 
causar acúmulo de Umidade ou Fleuma, sendo que estas também podem afetar os 
ouvidos (SILVA LIMA, 2018). 
Além dos órgãos internos, é preciso ressaltar que a região dos ouvidos sofre 
influência de muitos Canais, sendo que todos os Canais Yang chegam ou penetram nele. 
O Shao Yang, Canal Principal da Vesícula Biliar (Dan) e do Triplo Aquecedor (San Jiao) 
também têm forte influência sobre os ouvidos, o primeiro rodeando a orelha e o segundo 
penetrando no ouvido. Esses dois Canais estão particularmente envolvidos nas 
patologias agudas dos ouvidos, e podem ser utilizados amplamente no tratamento de 
patologias localizadas nos ouvidos, sendo uma delas o zumbido. 
Além disso, o Canal Principal do Intestino Delgado (Xiao Chang) cruza com o 
Canal da Vesícula Biliar (Dan) na região da orelha e penetra no ouvido, enquanto que o 
Canal Principal da Bexiga (Pang Guang) também cruza com o Canal da Vesícula Biliar 
(Dan) na região do ouvido. O trajeto interno do Canal Principal do Estômago (Wei) 
também chega ao ouvido, enquanto que o Canal Tendino-muscular do Intestino Grosso 
(Da Chang) passa pela frente da orelha (SILVA LIMA, 2018). 
 
19 
 
Órgãos Energéticos da Teoria Zang–Fu: 
 
Fonte: Auriculoterapia Ariculopuntura Auriculotaping. 
Como a Medicina Chinesa (MC) diz que várias síndromes é uma doença e várias 
doenças é uma síndrome a proposta de abordagem obedece, logicamente, ao critério 
dos oito princípios. 
Causas externas 
As seis influências nocivas: Vento, Frio, Calor, Umidade, Secura e Calor de verão. 
Exposição a sons muitos altos como em discotecas, algumas fábricas, ouvir 
música e TV igualmente são fatores geradores de zumbido. 
Causas internas (as sete emoções) 
Raiva, alegria, preocupação, pensamento obsessivo, tristeza, medo, choque. 
Raiva, frustração, ressentimento causam estase do QI e Xue do Fígado, fazendo 
o Fogo do Fígado ascender. 
Tristeza, desgosto preocupação enfraquece o Pulmão e Coração fazendo com que 
o QI deficiente do Pulmão e Coração falhe ao subir para a cabeça e tonificar os orifícios 
do ouvido. 
 
20 
 
4 MICROSSISTEMAS 
4.1 Auriculoterapia 
 
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com 
A auriculoterapia é uma das técnicas de terapia milenar da Medicina Tradicional 
Chinesa (MTC) que consegue equilibrar o organismo através da estimulação de pontos 
auriculares, promovendo a prevenção, diagnóstico e tratamento de diversas 
enfermidades (TESSER; NEVES; SANTOS, 2016). 
O uso da auriculoterapia é evidenciado desde a antiguidade, sendo compreendido 
que o seu desenvolvimento ocorreu há três séculos antes do nosso. Em meados de 
1.572, foi publicado na China, uma obra relacionando meridianos da acupuntura com a 
orelha e sua intensa conexão com meridianos-órgãos. Desde então, estudos evidenciam 
o seu uso tanto no mundo oriental quanto no mundo ocidental (SCAVONE, 2016). 
Na Grécia antiga, Hipócrates, pai da medicina chinesa, escreve em uma de suas 
obras “Ares, águas e lugares” sobre o tratamento para a impotência por intermédio de 
sangria no dorso auricular. Por volta de 1957, o neurocirurgião francês, Dr. Paul Nogier, 
estudou sobre a orelha e suas respectivas inervações, mapeando-as e fazendo analogia 
do pavilhão auricular a um feto invertido, comprovando diversos pontos para a 
estimulação neural, fazendo arco reflexo, e tratamento de doenças (NEVES, 2018). 
 
21 
 
Como grande avanço, surge duas escolas dentro da auriculoterapia que divergem 
em concepções. A primeira, escola francesa, é tecnologicamente mais científica, com 
enfoque na patologiae está associada ao desenvolvimento dos folhetos embrionários na 
formação do ser humano, assim como definindo o microssistema auricular, uma 
reflexologia de ação neurofisiológica. À medida que a linha chinesa parte intuitivamente 
de bases filosóficas e tradicionais, com enfoque no reequilíbrio energético, relacionando 
as teorias Yin-Yang, Zangfu, dos cinco elementos e dos meridianos, divulgando a 
existência de mais de 200 (duzentos) pontos auriculares no tratamento de disfunções 
corpóreas (CENTRO DE EDUCAÇÃO EM SAUDE-IPGU, 2018). 
O pavilhão auricular é um órgão de face anterior e posterior caracterizado pelo seu 
formato ovóide e côncavo, de estrutura flexível e por ser responsável pela audição e 
equilíbrio. Está situado em ambos os lados da cabeça, precisamente atrás da articulação 
temporamandibular e da região parotídea, antes da porção mastoide e abaixo da região 
temporal. É constituído por tecido fibrocartilaginoso, que faz aparo por ligamentos, 
músculos e tecido adiposo. A parte inferior da aurícula é repletas de nervos, vasos 
sanguíneos e linfáticos, e o lóbulo compõem boa parte de tecido adiposo e conjuntivo 
(HIATT, 2011). 
Existem estruturas anatômicas na superfície da orelha que são de suma 
importância para o conhecimento na auriculoterapia. A face anterior e posterior da 
aurícula dispõe de um total de 22 (vinte e duas) estruturas, boa parte composta por 
inervações e vascularizações condizentes a cada ponto auricular, que por sua vez 
somam um montante de mais de 200 (duzentos) pontos em cada pavilhão, fazendo 
correlação com o corpo humano através de terminações nervosas adjunta ao cérebro. 
Desse modo, o que torna a auriculoterapia um recurso terapêutico eficaz no tratamento 
das mais variadas patologias, é a relação dos pontos aurícula-cérebro-órgão (SOUZA, 
2013). 
Na vascularização do pavilhão auricular, as artérias responsáveis pela irrigação, 
procedem da artéria temporal superior e da artéria auricular posterior. A face anterior da 
orelha, nas porções mediais e proximais, é irrigada pelas artérias auriculares anteriores, 
que se originam da artéria temporal superior do ramo terminal da carótida externa. Partes 
 
22 
 
remanescentes do pavilhão, são irrigadas por ramos da artéria auricular posterior que faz 
conexão com artéria carótida externa (DAL MAS, 2004). 
No que tange a inervação sensitiva da orelha, é dividida conforme suas origens: 
Nervos cranianos, predominante na parte central ou interna da orelha, à medida que os 
nervos espinhais se encontram de forma predominante na região externa ou periférica 
do pavilhão, sendo constituído pelo nervo auricular maior e o nervo occipital menor. Os 
nervos cranianos são subdivididos em nervo aurículo temporal e o ramo auricular do 
vago. O nervo vago é considerado o mais importante pela sua inervação parassimpática 
que age praticamente em todos os órgãos internos (HIATT, 2011). 
Acidentes anatômicos do pavilhão auricular e sua correlação com o corpo humano: 
Parte Anterior: 
1. Raiz da hélix – Eminência originada do centro da orelha, que dá origem ao hélix 
e corresponde ao sistema digestivo, diafragma, cardíaco e apêndice. 
2. Hélix – Eminência de aspecto ovoide que circunda a periferia da orelha, 
possuindo pontos de ação anti-inflamatória. 
3. Tubérculo de Darwin – Eminência localizada na parte póstero-superior da hélix, 
tem ação sensitiva e age sobre a mesoderme e a endoderme, tratando perturbações dos 
membros. 
4. Escafa – Localizado entre a hélix e o ante-hélix, correspondendo aos MMII, 
clavícula, ombros e suas articulações. 
5. Anti-hélix – Eminência que se localiza frente ao hélix, de bifurcação em formato 
de cruz, correspondendo à coluna, vértebras, tronco, pescoço, peito, abdômen, tireóide, 
mamas e tórax. 
6. Y da anti-hélix (braço superior) – Parte mais superior da anti-hélix, 
correspondendo aos pés, pernas, joelhos e quadril. 
7. Y da anti-hélix (braço inferior) – Bordo inferior é ligado à concha superior e seu 
bordo superior à fossa triangular, corresponde região glútea, simpático, ciático, cóccix e 
cavidade pélvica. 
8. Fossa triangular – Localiza-se entre os dois ramos da anti-hélix, corresponde ao 
sistema reprodutor, pélvis, útero, ovário e próstata. 
9. Muro da coluna vertebral. 
 
23 
 
10. Concha superior – Localizada inferiormente pela raiz da hélix e 
superolateralmente pelo anti-hélix, correspondendo a todos os órgãos do abdômen. 
11. Concha inferior – localizada abaixo do bordo inferior da cruz da hélix, 
corresponde ao tórax e abdômen. 
12. Antitrago – Localizado na linha posterior do trago, corresponde à cabeça, 
parótidas, fonte e tronco cerebral. 
13. Lóbulo – Porção inferior da orelha, corresponde aos olhos, face, mandíbula, 
maxilar, palato mole e duro, cavidade oral, amígdalas, língua e ouvido interno. 
14. Trago – Fica diante do meato acústico externo, abrange nariz, suprarrenal e 
vícios. 
15. Incisura intertraginosa – Depressão localizada entre o trago e o antítrago, 
correspondendo à ovários, glândulas endócrinas, testículos e nervos cutâneos. 
Anatomia da Orelha Parte Anterior: 
 
Fonte: Atlas de Auriculoterapia de A a Z 
A Parte Posterior da orelha com estruturas anatômicas denominadas: 
1. Dorso da hélix. 
2. Cartilagem do dorso. 
3. Dorso do lóbulo. 
 
24 
 
4. Sulco dorsal parietal, correspondem ao mesmo arranjo da face anterior da 
aurícula. 
Anatomia da Orelha Parte Posterior: 
 
Fonte: Atlas de Auriculoterapia de A a Z 
4.2 Manopuntura 
A manopuntura é um método que consiste em estimular certo número de pontos 
na mão com fins terapêuticos e analgésicos, se baseia no fato de que esse membro 
contém pontos correspondentes ao corpo humano. 
São conhecidos atualmente 345 pontos; os mesmos fazem parte de um grupo de 
pontos fora dos meridianos que estão constituídos por ramificações ou cruzamentos 
secundários dos vasos principais. 
O método de tratamento consiste no uso de um microssistema de áreas e pontos 
de correspondência com micro meridianos de acupuntura, localizados nas mãos 
e que podem ser estimulados com uma ampla variedade de métodos: agulhas, 
moxa, ventosas, ímãs, eletricidade ou com pressão manual para obter o efeito 
desejado (SORENSEN,1978) 
Mapa com a localização dos principais pontos: 
 
25 
 
 
Fonte: tuasaude.com 
4.3 Podopuntura 
Assim como a manopuntura, a podo também se baseia no fato de que os pés 
contêm pontos correspondentes ao corpo humano. O pé direito corresponde ao 
hemicorpo D e o pé esquerdo ao hemicorpo E. Com base nessa experiência, os órgãos 
duplos como pulmões, rins, ovários, são encontrados nos dois pés e os órgãos ímpares 
como fígado, coração e baço, são encontrados no pé direito ou esquerdo, seguindo a 
mesma localização que ele no corpo. A coluna por estar no centro do corpo, está 
localizada ao longo da linha lateral interna em ambos os pés e as partes externas como 
ombros, joelhos e quadris estão dispostos na porção lateral externa (MACIOCIA, 2014). 
 
26 
 
 
Fonte:.pinimg.com 
4.4 Craniopuntura 
Craniopuntura é um microssistema de pontos que estão localizados no couro 
cabeludo, e podem ser classificados como uma representação somática do corpo. O 
menor número de agulhas, a maior quantidade de respostas (YAMAMOTO; 
YAMAMOTO; YAMAMOTO, 2007). 
Criada por um médico chinês, a partir da hipótese de que o estímulo de pontos do 
couro cabeludo, que têm maior proximidade com o córtex cerebral do que os pontos 
sistêmicos teriam efeito mais rápido sobre as doenças cerebrais. Com o apoio dos 
colegas, passou a realizar pesquisas, até mesmo estimular os pontos da própria cabeça, 
diante de um espelho. Dados sobre a localização, partes e indicações, fornecidos por 
SILVA (2012): 
Linha da região motora 
 
27 
 
Localização: 0,5 cm atrás do ponto médio VG20. 
Sendo dividida em três partes: 
• 1/5 superior: Indicações: paralisia do membro inferior contralateral. 
• 2/5 médio:Indicações: paralisia do membro superior contralateral. 
• 2/5 inferior: Indicações: paralisia facial contralateral, afasia motora (incapacidade 
de expressão da linguagem) e disartria (dificuldade da fala). 
 
Linha sensorial 
Localização: 1 cm anterior ao ponto médio VG20. 
Sendo dividido em: 
• 1/5 superior: Indicações: alterações do membro inferior contralateral e dores 
lombares acompanhadas de dormência ou formigamento. 
• 2/5 médio: Indicações: paralisia do membro superior contralateral, 
acompanhadas de dormência ou formigamento. 
• 2/5 inferior: Indicações: paralisia facial contralateral, acompanhadas de 
dormência ou formigamento. 
 
 
28 
 
 
Área sensitiva-motora do pé 
Localização: segmento de reta paralela a linha mediana, lateral a 1 cm desta linha 
iniciando a partir do ponto médio da linha sagital entre a proeminência occipital e a base 
do nariz. Na altura do VG20. 
Indicações: 
• Dor, parestesia e paresia de membro inferior contralteral e lombalgia aguda. 
 
Linha vestíbulo-coclear 
Localização: segmento de reta horizontal de 4cm, a 1,5 cm acima do ápice da 
orelha. 
Indicações: 
• Labirinto, equilíbrio, vertigem, problemas auditivos. 
 
 
29 
 
Segunda linha da linguagem 
Localização: segmento de reta de 3 cm no plano sagital, acompanhando o 
contorno do crânio, iniciando a 2 cm atrás da orelha e abaixo da proeminência parietal. 
Indicações: 
 • Afasia motora. 
 
Segunda linha da linguagem 
Localização: segmento de reta horizontal. Inicia no ponto médio da linha vestíbulo 
coclear e termina 4cm acima da orelha. 
Indicações: 
• Zumbido no ouvido, problemas de audição e afasia sensorial. 
 
Linha psicomotora 
 
30 
 
Localização: 3 segmentos de reta, 3 cm cada, iniciando na proeminência parietal, 
1 segmento vertical, 1 formando um ângulo de 40° para frente e o outro para trás. 
Indicações: 
• Apraxia (incapacidade em realizar movimentos voluntários e coordenados, 
dificuldade na coordenação temporal e espacial dos movimentos). 
 
Linha visual 
Localização: segmento de reta, iniciando a 1 cm lateral á protuberância occipital, 
4 cm vertical acima. 
Indicações: 
• Perturbações visuais de origem cortical e dores oculares. 
 
Área de equilíbrio 
 
31 
 
Localização: segmento de reta, iniciando a 3,5 cm lateral á proeminência occipital, 
4 cm verticalmente abaixo. 
Indicações: 
 • alterações de equilíbrio de origem cerebelar. 
 
Princípios de seleção local 
Para o tratamento das afecções unilaterais, seleciona-se a área da cabeça 
contralateral: se for bilateral, trata-se ambos os lados da cabeça. Enquanto distúrbios dos 
órgãos internos, doenças sistêmicas, doenças difíceis de distinguir os lados, são tratadas 
pela estimulação bilateral da cabeça. Seleciona-se a área principal que corresponde à 
área representativa no córtex cerebral de um determinado distúrbio e acrescenta-se uma 
área complementar (SILVA, 2012). 
5 APLICAÇÃO DA ACUPUNTURA DE DIFERENTES MODOS 
5.1 Agulha 
A aplicação consiste na inserção agulhas na pele com profundidade regular em 
pontos específicos com objetivos de tratar sintomas ou distúrbios do corpo humano. 
Nesse tipo de AP alguns fatores são importantes como material da agulha (ouro, prata, 
cobre, alumínio e aço), tamanho e calibre da agulha, profundidade da inserção na pele, 
frequência e tempo de estimulação, esses fatores podem variar de acordo com o tipo de 
 
32 
 
tecido e objetivo do tratamento. Para realização da estimulação as agulhas podem ser 
manipuladas bidirecionalmente, e as sensações causadas podem diversas como dor, 
formigamento, pressão, peso e calor (DUNNING et al., 2018). 
5.2 Semente de mostarda 
 
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com 
A estimulação com semente de mostarda geralmente é usada na auriculoterapia, 
por ser pequena e de boa consistência pode ser colocada nos pontos auriculares e 
desempenhar ação terapêutica (LITSHER; RONG, 2016). 
5.3 Laseracupuntura (LA) 
No LA a luz do laser geralmente é aplicada nos pontos de seleção da MTC, os 
aparelhos podem ser os convencionais chamados “agulha laser” em que um sistema de 
fios com pontas de laser é colocado sobre a pele simultaneamente nos pontos 
necessários a estimulação, ou poder ser os mais modernos portáteis que estimulam 
ponto a ponto (WEBER et al., 2007). 
A AP a laser ganhou espaço na Europa na década de 90, quando se percebeu 
que a agulha convencional usada na AP poderia ser substituída por laser já que o objetivo 
da agulha é de fazer estimulação o laser poderia cumprir este papel de um modo não 
 
33 
 
invasivo, pois os dois modos possuem ações semelhantes no meio molecular. O nível de 
estimulação com agulha e efeito resultante não são padronizados pois é difícil quantificá-
los. O laser tem a vantagem de se poder quantificar parâmetros. Já se sabe que corpo 
tem uma característica de se adaptar a fatores externos e isso implica na determinação 
da intensidade de estimulação (SCHIKORA, 2005). 
A estimulação dos pontos de AP tem várias vertentes além do próprio efeito direto 
do laser no tecido, é importante destacar por exemplo que ao estimular com laser um 
conjunto de pontos de um mesmo indivíduo no membro inferior distal: Guangming (GB37) 
- Taichong (Liv 3) - Zhiyin (B67) o efeito será o aumento da velocidade de fluxo sanguíneo 
da artéria cerebral posterior e no membro superior e face: Pianli (LI6) - Hegu (LI4) - 
Yingxiang (LI20) o efeito será o aumento da velocidade do fluxo sanguíneo da artéria 
cerebral anterior, portanto se faz necessário planejamento e coerência entre aplicação e 
objetivo que se deseja atingir (LITSCHER; SCHIKORA, 2005). 
O laser empregado na AP é de baixo nível, que pode empregar luz visível ou 
infravermelha com largura espectral de 600 a 1000 nanômetros (nm) dose 1 - 20 Joules 
por centímetro quadrado (J/cm²) o que produz efeito semelhante ao das agulhas. Esse 
tipo de terapia tem tido bons resultados atuais na dor (CHEN et al., 2019), função 
mastigatória (HUANG et al., 2014), inflamação como estresse oxidativo na artrite 
reumatoide (ATTIA et al., 2016), aumento de beta-endorfina e diminuição na substância 
P com melhora da dor (MOHAMMED et al., 2018), Depressão (SMITH et al., 2013). Ele 
possui algumas vantagens em relação AP convencional: Aplicação sem dor, pouco 
nenhum efeito colateral, não há sangramento, possibilidade de modular frequências 
(CHANG et al., 2014). 
5.4 Frequências de Nogier 
A modulação de frequências tem como objetivo pulsar a luz e desencadear 
fenômenos de ressonância e promover efeito terapêutico, esse tipo de terapia é utilizado 
pela auriculoterapia de Nogier. Este médico criador da somatopia da orelha usava 
cauterização para tratar através da orelha, depois passou a usar agulhas e mais 
 
34 
 
recentemente laser. Em sua pesquisa Nogier descobriu que o estímulo feito na pele 
provocava reflexo no sistema nervoso autônomo (PETERMANN, 2012). 
Com seus estudos a base de laser ele percebeu que a determinadas frequências 
as áreas patológicas da orelha reagiam com sinal vascular autonômico. Em 1980 em 
parceria com um médico Alemão chamado Frank Bahr pesquisou sobre o efeito das 
frequências de laser em pontos reflexos e pontos de AP (RIDOLFI, 2019). 
As frequências estabelecidas por Paul Nogier são 7 nomeadas de A a G: 
A- Frequência de inquietação e desorganização, ressonância com a formação 
reticular e todos os focos perturbadores (2,28 Hz). Utilizada em inflamações e irritações 
no corpo e dente; 
B- Frequência nutritiva, ressonância com os órgãos internos (4,56Hz). Usada para 
tratar tendinite, artrite, fratura e pontos de AP; 
C- Frequência mesenquimal, ressonância com o sistema locomotor (frequência 
ortopédica) (9,12Hz). Usada em tendinites, artrite, fratura, todo corpo, pontos de AP 
exceto pés; 
D- Frequência de lateralidade, ressonância com o tragus e o sistema nervoso 
simpático (18,25Hz). TrataAcupontos dos pés; 
E- Frequência da medula óssea (frequência motora e sensorial) (36,50Hz). Trata 
doenças do sistema nervoso e doenças da medula espinhal; 
F- Frequência psíquica, ressonância com o dente, oral e maxilar regiões, e as 
partes subcorticais do cérebro (por exemplo, o diencéfalo e mesencéfalo e hipotálamo) 
(73,00Hz). Trata Distúrbios das articulações mandibulares, doenças subcorticais; 
G- Frequência psicossomática, ressonância com o córtex, olhos e seios maxilares 
(146,00Hz). Desordens mentais e do córtex. 
As descobertas do médico francês e seus estudos favoreceram muito o avanço do 
tratamento em AP baseado no laser (FUCHTENBUSCH, 2014; PETERMANN, 2017). 
 
35 
 
5.5 Ventosaterapia 
 
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com 
Método que visa tratar doenças causando uma congestão local por meio de um 
vácuo parcial que é criado nas ventosas, geralmente provocado pelo calor e que são 
então aplicados na pele puxando para cima. Em virtude do vácuo formado. Nos tecidos 
superficiais forma-se a estase sanguínea, a drenagem do sangue. A ventosa usada no 
oriente, desde a antiguidade, tem como base a troca gasosa, visando limpar o sangue 
pela pele (a ventosa tem a mesma fisiologia da troca gasosa do pulmão). 
A limpeza do sangue pela respiração é o método mais simples, básico e comum 
dos seres vivos. Graças a esta troca gasosa pela respiração, ocorre a limpeza do sangue 
venoso, obtendo-se o pH equilibrado (7,3 a 7,5) do sangue arterial. É assim que se 
mantém a vida. Se não houvesse este mecanismo, não haveria uma forma material capaz 
de curar a doença, nem tão pouco a intervenção cirúrgica teria sucesso. Este mecanismo 
respiratório se realiza instintivamente, desde o nascimento até a morte. Se parar esta 
respiração, imediatamente faltará O2 no sangue, aumentará a acidez, diminuirá o pH 
arterial, podendo levar ao óbito. 
É mediante um princípio tão lógico, que entenderemos que a limpeza do sangue 
através da respiração é o melhor meio que leva à cura espontânea. Na respiração, há 
uma troca de gases: na inspiração, a quantidade de O2 é 20,9% e na expiração é 16%, 
portanto, mais ou menos 4 % de O2 retirado do ar é absorvido pelo organismo. Por outro 
 
36 
 
lado, a quantidade de CO2 na inspiração é de 0,03% e na expiração de 4%. Este fato 
mostra que a respiração expulsa o CO2 do sangue e distribui o O2, elevando o pH, 
mesmo que esta diferença seja mínima. Se não houvesse esse mecanismo, não seria 
possível a vida, portanto a respiração é a primeira condição para que se mantenha a vida. 
Por isso, mesmo que pareça tão banal, na realidade é o maior motivo para se manter a 
vida. 
A realização desta troca depende da diferença da pressão gasosa nos alvéolos 
pulmonares. O ar tem a característica de se locomover de pressão mais alta para pressão 
mais baixa. O mesmo acontece com líquidos que se deslocam do nível mais alto para o 
nível mais baixo. 
O ar também muda de lugar, de pressão mais alta para mais baixa, quando a 
diferença é pouca, o movimento do ar se traduz por uma brisa, e quando é grande, pode 
se transformar em furacão. A troca de gases no alvéolo pulmonar segue igual 
mecanismo. O sangue venoso, com mais CO2 e pouco O2, chega à membrana alvéolo-
capilar. Neste local, o CO2 venoso apresenta concentração e pressão mais alta em 
relação ao CO2 do ar. Então, o CO2 venoso atravessa a membrana alvéolo-capilar, sai 
pelos alvéolos e brônquios para o exterior. Simultaneamente, o O2 venoso tem pressão 
menor do que a pressão de O2 alveolar. Então, o O2 do ar passa do alvéolo para dentro 
do capilar pulmonar, sendo levado pelo sangue arterial para todo o corpo. Assim se 
procede no pulmão a troca de CO2 do sangue pelo O2 do ar. Em última análise, ocorre 
uma limpeza do sangue. 
Seguindo este mesmo princípio, desde os tempos antigos usa-se a ventosa, 
baseando-se no fato de ocorrer a troca gasosa ao nível da pele, eliminando o gás do 
corpo e promovendo a limpeza do sangue. 
 
37 
 
5.6 Moxabustão 
 
Fonte: drjorgecosta.com 
A moxabustão originou-se no norte da China, local de muito frio e vento onde as 
pessoas se aqueciam por meio de fogueiras. Em tumbas da dinastia Han (206 a.C. 
a22 d.C.), em Hunan, rolos de seda do período anterior à dinastia Qin (221 a.C.a 206 
a.C.) contém textos que se referem à utilização de moxabustão (de Artemisia vulgaris), 
sugerindo que a técnica de estímulo térmico do ponto precedeu a utilização de inserção 
de agulhas (SCOGNAMILLO-SZABÓ & BECHARA, 2010). 
A técnica consiste na aplicação de uma planta seca e processada (artemísia) que 
é acesa sobre a pele, para que a energia gerada penetre no interior do corpo (PIÑANA, 
2018) e produza estímulos que regularizam as funções fisiológicas, por intermédio dos 
meridianos (LI et al., 2018). A deficiência de QI e Xue propicia a penetração de Frio e 
Umidade (MYASAVA; ALCÂNTARA, 2020). 
A aplicação da moxa aquece o QI e o Xue dos Canais de Energia Principais e 
Secundários a partir do aumento da velocidade da circulação energética dos Canais 
potencializando a nutrição e a circulação de energia, e a atividade dos Zang Fu e 
das Vísceras Curiosas, pela regularização da circulação do Fogo. A moxabustão 
comumente é feita para padrões de deficiência-frio, embora possa ser usada para alguns 
casos de excesso-calor, mas no geral, diminui a deficiência, reduz o excesso e corrige a 
doença, ou então ativa o sistema de auto-regulação do ponto (harmoniza) (DENG e 
SHEN, 2013). 
As técnicas de moxaterapia são utilizadas para: 
 
38 
 
 Aquece e dispersa vento, frio e umidade, ou seja, trata Síndrome Bi devido ao 
Vento, Frio e Umidade, relaxa músculos e tendões, cessa dores abdominais, afecções 
gastrointestinais e diarreias reforçando a atividade funcional do trato digestivo, trata 
dismenorreias por frio (YOUNG, 2012); 
 Aquece e favorece a circulação nos Meridianos e Colaterais, cessa dores 
provocadas por estagnação de QI e Xue (YOUNG, 2012); 
 Trata parestesias, dores, dismenorreias, edemas por estagnação de QI ou Xue 
(AUTEROCHE e AUTEROCHE, 1996); 
 Aumenta o QI e nutre o Xue, cura a debilidade do organismo por problemas 
crônicos como atrofias musculares, paralisias, diarreias crônicas, cistites e nefrites 
crônicas, mal posicionamentos fetais, falta de lactação por deficiência orgânica (WILCOX, 
2008); 
 Aquece e reforça o Yang dos Rins, tonifica QI, trata impotência, espermatorreia, 
ejaculação precoce, afecções por estômago Vazio e Frio, enterites crônicas, ptoses 
gástricas e uterinas, e por fazer voltar o Yang ajuda nas perdas de consciência (WILCOX, 
2008); 
 Promove aumento da água orgânica ou Yin do rim, pois os rins geram Yang 
(Calor) e Yin (Água), que circulam nos canais de energia curiosos; fortalece o canal de 
energia principal dos rins com a aplicação de moxa nos pontos Shu antigos do canal de 
energia principal dos rins; aumenta a água celeste e faz com que esta seja 
canalizada para os Zang Fu(YAMAMURA, 2001); 
 Purifica e dissipa calor tóxico, sendo muito utilizada por sua ação analgésica, 
cicatrizante e dissipadora de inflamações piogênicas, além de dissolver coágulos e 
profilaticamente reforçar a saúde e fortificar o Yang original para evitar afecção aguda 
das vias aéreas superiores (AUTEROCHE e AUTEROCHE, 1996). 
De acordo com Piñana (2018), vários estudos têm sido realizados com relação à 
moxabustão e a imunidade e alguns dos efeitos importantes são: 
 Aumento da produção de leucócitos; 
 Aumento da atividade fagocitária; 
 Aumento da produção de hemácias e hemoglobina; 
 
39 
 
 Aumento do nível de sedimentação das hemácias; 
 Aumento da velocidade de coagulação; 
 Aumento do nível de cálcio no sangue; 
 Aumento dos complementos séricos; 
 Aumento da capacidade de produção dos anticorpos; 
 Produção de efeitos analgésicos; 
 Redução do colesterol e melhorcaptação de oxigênio. 
De acordo com a medicina ocidental quando os fatores químicos e físicos da 
moxabustão agem no receptor do acupontos, o sinal segue pelo sistema nervoso 
central através das vias periféricas ajustando a rede imuno-endócrina e o sistema 
circulatório, de modo a regular o fluxo corporal interno a fim de alcançar os efeitos da 
prevenção e cura de doenças (DENG e SHEN, 2013). 
Estudos recentes sobre os principais mecanismos de ação da moxabustão 
relacionam a importância dos efeitos térmicos, radioativos e farmacológicos da 
combustão de seus produtos (LI et al.,2018), consequentemente melhorando as funções 
imunológicas e fisiológicas do organismo, além de aumentar a fluidez do sangue no 
cérebro de animais (MYASAVA; ALCÂNTARA, 2020). 
Muitas são as matérias primas usadas para a moxaterapia, a mais utilizada é a 
folha da planta Artemísia vulgaris, que possui propriedades antiinflamatórias, cicatrizante, 
dispersa o frio e umidade, e regula a circulação e a energia. Segundo Piñana (2018), para 
os japoneses, a partir da artemísia (yomogi) processada obtém-se o mogusa, mas a 
utilização da moxabustão é relativa ao seu grau de pureza, ou seja, para a técnica do 
grão de arroz utiliza-se Okyu; para a moxa sobre a agulha, usa-se a Kyutoshin; para a 
confecção de cones de moxa que chegam a tocar a pele usa-se a Chinetsukyu; para o 
bastão de moxabustão utiliza-se o Bokyu, e todos possuem efeitos diferentes. 
A menor moxa, em forma de cone, é do tamanho de um grão de trigo e a maior 
não ultrapassa 0,8 mm de base por 1 cm de altura, mas hoje os médicos orientais 
preferem o uso dos bastões de moxa. Apesar da artemísia ser o principal produto utilizado 
para a confecção de cones e bastões de moxabustão, outros tipos de ervas também 
podem ser usados de acordo com certas indicações terapêuticas (YAMAMURA, 2001). 
 
40 
 
São exemplos o alho, a raiz de acônito, a cebolinha inteira, gengibre, grão de soja 
fermentada (missô), loesse, cebola, sal marinho, enxofre, era de abelha, madeira de 
amoreira ou pessegueiro e seiva de junco (AUTEROCHE e AUTEROCHE, 1996). 
Wilcox (2008) relata ainda, além de moxabustão com carvão embebido em 
artemísia líquida, a técnica da moxabustão feita com a utilização de uma solução 
líquida de artemísia que deve ser aplicada na área a ser tratada juntamente com a 
utilização conjunta de um aparelho elétrico que esquente o local. 
Existem várias técnicas para a utilização da moxabustão chinesa, desde a 
aplicação de cones acesos colocados diretamente sobre os pontos ou áreas 
selecionadas até́ bastões de vários tamanhos que são posicionados sobre a região a ser 
tratada, sem tocá-la. Vários autores classificam a moxabustão como técnica direta (com 
e sem cicatriz) e técnica indireta (DENG e SHEN, 2013). 
Na técnica direta o cone de moxabustão é colocado diretamente sobre a pele, nos 
pontos de acupuntura (DENG e SHEN, 2013), tem efeito imediato e a ação terapêutica 
persiste por muito tempo, enquanto a técnica indireta tem efeito tardio com duração 
terapêutica mais curta, principalmente as aplicadas com bastão de artemísia 
(AUTEROCHE e AUTEROCHE, 1996). 
Para Deng e Shen (2013) a moxabustão direta supurativa (com cicatriz) tem a 
vantagem de curar algumas doenças crônicas refratárias, quando comparada com 
outras técnicas de moxabustão indireta. De acordo com Li et al. (2018) a aplicação de 
moxabustão indireta a uma distância de 3 cm não somente é adequada para alcançar a 
eficácia do tratamento, mas também evita danos térmicos e dor, tendo em vista que a 
temperatura efetiva na superfície da pele pode ser alcançada com o aumento da 
permanência do bastão de moxabustão sobre a área desejada. 
A técnica indireta é realizada com a colocação de uma substância medicamentosa 
(rodelas de gengibre, sal grosso, alho, cebolinha, cebola, acônito, entre outros) entre o 
cone de moxabustão e a pele ou então utiliza-se bastões de artemísia prontos. São 
exemplos de técnicas indiretas a fumigação com fumaça ou vapor, moxabustão com a 
utilização de aquecedores, caixas ou “thermies”, moxabustão na agulha de acupuntura, 
moxabustão suspensa com bastões ou cigarrete de Artemísia e moxabustão na casca de 
noz (WILCOX, 2008). 
 
41 
 
De acordo com Piñana (2018) técnicas de moxabustão japonesa podem ser 
classificadas como: Moxabustão direta (okyu) ou com cicatriz (yukonkyu), que 
compreende às técnicas conhecidas como Shoshakukyu (um cone para picadas de 
inseto e cinco cones de moxa, e amarrando a base por cinco dias para verrugas), 
Danokyu (com substâncias que fazem com que a queimadura provocada pelo cone 
de moxa supure para que ocorra limpeza do sangue) e Tonetsukyu (aplicação de 
pequenos cones de mogusa de alta qualidade diretamente sobre a pele para tratar 
condições crônicas por estagnação de sangue ou doenças que se manifestem na 
profundidade do sangue ou em níveis mais superficiais); 
Moxabustão Indireta (onkyu) ou sem cicatriz (mukonkyu), que compreende as 
técnicas Onkyu (aplicação de calor a uma determinada distância da pele ou através de 
algum meio isolante como fatias de alho, gengibre, sal, missô entre a pele e a moxa), 
Biwakyu (folhas de nêspera sobre o ponto a ser tratado, sob um sutra escrito em folha de 
papel), Dayzakyu (cones de moxa pré-fabricados presos por uma superfície adesiva), 
Chinetsukyu (grandes porções de moxa lã colocadas e retiradas assim que sente o calor), 
e Kyutoshin (agulha com lã moxa no cabo) (PIÑANA, 2018). 
5.7 Termografia 
A análise de imagens termográficas oferece uma abordagem útil para o 
diagnóstico e acompanhamento de vários distúrbios físicos. Geralmente, a maioria das 
lesões tissulares está relacionada a variações no fluxo sanguíneo, as quais podem afetar 
a temperatura cutânea produzindo imagens sem a utilização de radiação ionizante, além 
de ter potencial para diagnósticos in vivo, propiciando informações de processos 
fisiológicos em curso, em tempo real, aos terapeutas e pacientes (CARMONA, 2012). 
Várias áreas da saúde utilizam dessa ferramenta como, ortopedia, odontologia, 
oncologia, medicina do esporte, pós-cirúrgico, medicina forense, obstetrícia, ergonomia 
e fisioterapia (MEIRA et al., 2014). 
O calor é a energia térmica total de uma substância ou corpo, enquanto a 
temperatura desses corpos é uma medida da energia térmica média. Portanto, 
temperatura não é energia, mas uma medida dela, é uma medida do calor ou energia 
 
42 
 
térmica das partículas em uma substância. Enquanto o calor depende da velocidade, 
número, tamanho e tipo das partículas, a temperatura nada mais é do que o reflexo de 
qualquer uma dessas qualidades. Essa concepção e diferenciação dos termos de calor 
e temperatura não apareceram até os escritos de Joseph Black (1728-1799), que 
distinguiam entre a quantidade (calorias) e a intensidade (temperatura) do calor 
(CARMONA, 2012; FERNÁNDEZ-CUEVAS et al, 2015). 
Ter uma temperatura corporal diferente do habitual pode estar relacionada ao 
estágio de uma doença. Já nos tempos antigos, dentro da filosofia chinesa, considerava-
se que a saúde, como tudo o que existe no universo, está ligada à harmonia do corpo e 
do espírito (yin e yang). Uma classificação foi estabelecida para o tipo de doença sofrida 
em função da temperatura; o excesso de "yin", leva a doenças crônicas, enquanto o 
excesso de "yang" leva a doenças agudas, febris e secas. Por outro lado, encontrar uma 
zona quente em uma parte mecânica pode indicar abrasão ou fricção nessa área 
(MARTINS FILHO, 2020). 
Estes são alguns dos numerosos exemplos que nos permitem relacionar um 
gradiente de temperatura com a existência de distúrbios ou anormalidades nos corpos. 
Os mecanismos que o corpo tem para transferir essa energia são: condução, convecção, 
radiação e evaporação (CARMONA, 2012). 
O ser humano é capazde manter uma temperatura corporal constante, 
independente do meio ambiente. E esta temperatura é preservada num limite estreito de 
33-42°C. Temperatura fora dessa faixa pode ser considerada, claramente, um indicador 
de doença, sendo que o controle da temperatura corporal se dá por um processo 
fisiológico chamado termo regulação. Para definir se um termograma está normal, uma 
pesquisa da University of Glamorgan criou uma base de dados de imagens térmicas de 
diferentes partes do corpo de indivíduos saudáveis, sendo que a simetria entre membros 
é utilizada na avaliação da normalidade do termograma. A literatura tem mostrado que 
uma diferença maior do que um grau Celsius entre os lados do corpo pode indicar um 
processo patofisiológico (CARMONA, 2012). 
 
43 
 
6 ELETROACUPUNTURA 
 
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com 
A eletroacupuntura vem sendo empregada em larga escala a partir da década de 
1970, pois a padronização da estimulação, quando comparada a estimulação manual 
clássica, afim de tonificar o ponto selecionado na inserção da agulha é muito mais 
replicável e aceitável no meio científico. Porém, mesmo normalizando a forma de 
estímulo que o paciente recebe, ainda não é possível determinar se o estímulo realizado 
pela associação da acupuntura com a estimulação elétrica é a responsável pelos 
resultados positivos observados, ou se somente a estimulação por si própria é capaz de 
beneficiar os participantes (LIN et al., 2017; LEI et al., 2016). 
Quando se utiliza uma eletroestimulação, é necessário a escolha de uma interface 
adequada para o efeito desejado. A eletroestimulação pode ser terapêutica (aguda ou 
crônica), ou para diagnóstico. Dentre os modelos que se encontram disponíveis estão os 
eletrodos de superfície, como os utilizados nos equipamentos de TENS, eletrodos 
implantáveis, como no caso do uso de marca-passo interno e agulhas, para exames de 
eletroneuromiografia, e no caso de tratamento, como as usadas na EA (WEBSTER, 
2009). 
Na acupuntura, encontram-se disponíveis no mercado agulhas de diversas 
espessuras e comprimentos, sendo medidas entre 0,5 mm a 125 mm, utilizadas de 
 
44 
 
acordo com a abordagem e terapêutica proposta pelo profissional. Quando se utiliza a 
EA, as agulhas escolhidas estão entre as dimensões de 25 mm a 40 mm de comprimento, 
dependendo da região a ser tratada. Já na espessura, os tamanhos variam entre 0,20 a 
0,35 mm sendo que no Brasil se utilizam espessuras de 0,20 a 0,30 mm. No caso de 
opção pelo uso de eletrodos de superfície, o emprego de eletrodos usados em monitores 
cardíacos torna-se uma boa opção, pois evita a dispersão da corrente elétrica na área do 
acuponto (SILVÉRIO-LOPES, 2013). 
A distribuição elétrica observada nos eletrodos também se diferencia, uma vez que 
as agulhas estão posicionadas intradérmicas, fazendo com que o campo elétrico seja 
ampliado. 
Diferença entre eletroestimulação com eletrodos (A) e agulhas (B). 
 
Fonte: Silvério-Lopes (2013). 
7 ELETRODIAGNÓSTICO DOS MERIDIANOS DE ACUPUNTURA (RYODORAKU) 
O eletrodiagnóstico energético foi proposto por Nakatani em 1950 quando 
observou pontos de alta condutividade na pele (Ryodoten), esses pontos formam doze 
linhas de energia, que se aproximam dos meridianos principais, chamadas Ryodoraku 
(Ryo = bom; do = condutividade elétrica; raku = linha) (LEE et al., 2018). Alterações na 
resistência dos canais podem significar condições patológicas de órgãos e vísceras do 
indivíduo (NAKANE et al., 2018). 
 
45 
 
Os 12 canais de Ryodoraku se coincidem com os meridianos e refletem sinais de 
doenças e alterações do corpo humano. Os sinais são medidos por corrente elétrica onde 
valores > 60 μA representa excesso e < 40 μA deficiência no meridiano. O dispositivo de 
medida é colocado com pressão leve por um tempo em torno de 3 segundos ponto a 
ponto sequencialmente: 
Pulmão (Taiyuan, LU9) 
 
 
Fonte: bp.blogspot.com 
Pericárdio (Daling, PC7) 
 
46 
 
 
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com 
Coração (Shenmen, HT7) 
 
 
Fonte: thumbs.dreamstime.com 
Pequeno Intestino (Wangu, SI4) 
 
47 
 
 
Fonte: pax55etlux.files.wordpress.com 
Triplo Aquecedor (Yangchi, TE4) 
 
Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com 
Intestino Grosso (Hegu, LI5) 
 
48 
 
Fonte: d3i71xaburhd42.cloudfront.net 
Baço (Taibai, SP3) 
 
Fonte: thumbs.dreamstime.com 
Fígado (Taichong, LR3) 
 
 
49 
 
 
Fonte: thumbs.dreamstime.com 
Rim (Taixi, KI3) 
 
Fonte: thumbs.dreamstime.com 
Bexiga Urinária (Shugu, BL65) 
 
50 
 
 
Fonte: mastertungacupuncture.org 
Vesícula biliar (Qiuxu, GB40) 
 
Fonte: mastertungacupuncture.org 
Estômago (Chongyang, ST42) 
 
51 
 
 
Fonte: thumbs.dreamstime.com 
Os pontos estão localizados na face palmar e dorsal dos punhos e nos pés e 
tornozelos. O ambiente precisa ser tranquilo, orientações sobre evitar atividade física, 
ingestão de cafeína uma hora antes do exame, retirar qualquer objeto de metal, bem 
como descanso de 15 minutos antes do exame devem ser dadas a quem irá fazer o 
exame (TSAI et al., 2017). 
Os aparelhos de medição ou diagnóstico energético ainda não são validados 
cientificamente, mas possuem bom uso na prática clínica e têm sido muito usados em 
pesquisas recentes para avaliar o efeito de alguns tratamentos no perfil energético (LIN 
et al., 2012), como também para analisar o perfil energético de pacientes com um 
distúrbio específico (ZOTELLI et al., 2018). 
A medida de energia proposta por Nakatani pode contribuir com a prática clínica 
de acupunturistas, evidenciando um distúrbio ou até servindo de guia para aplicação da 
AP que contribui para diminuir o sangramento durante um procedimento cirúrgico, 
diminuir edema e promover relaxamento muscular após o procedimento (GIL et al., 2020). 
7.1 Propriedades elétricas dos pontos de Acupuntura 
Os pontos de AP possuem algumas estruturas anatômicas importantes como 
terminações nervosas e nervos que são responsáveis pela comunicação de resposta a 
estimulação provocada pela AP, os nervos aferentes do tipo II parecem ser os que 
 
52 
 
provocam analgesia, mas existem outros inúmeros pontos que são usados para tratar 
outros sintomas e doenças e não se coincidem com os de analgesia. Os pontos de AP 
podem sofrer ação da perda da homeostase, ficando sensíveis quando esta diminui (WEI; 
PEYMAN, 2014; CHEN et al., 2019). 
Os pontos de AP possuem propriedades elétricas que interferem com as medições 
de energia. As propriedades são: condutância, impedância, resistência, capacitância e 
potencial elétrico. A medida do ponto de AP é feita com uma corrente elétrica geralmente 
contínua na faixa de (1-12 V). Impedância e resistência: quando uma corrente elétrica é 
introduzida no tecido ele pode responder com partículas carregadas sendo mobilizadas 
e partículas estacionárias tornando-se polarizadas. A fricção dos íons em movimento, 
que são portadores de carga, apresenta um componente importante para a impedância 
do ponto, a resistência. 
A resistência aos íons em movimento é o principal mecanismo de impedância, pois 
com o tempo as moléculas polarizadas não permitem a corrente passe por elas. 
Condutância: é o inverso da resistência, ou seja, o quanto de eletricidade pode ser 
ocasionada por um condutor. Potencial elétrico: O potencial elétrico é quantidade de 
energia necessária para deslocar uma carga unitária entre dois pontos distintos, sendo 
um desses pontos a referência que é dada medindo a capacidade de energia de um ponto 
em relação a outro (LI et al., 2012). 
A pele é composta por três camadas: epiderme (superficial), derme (média) e 
hipoderme (profunda). A camada superficial é a que oferece maior resistência a correntes 
elétricas ela possui o estrato córneo composto de tecido queratinizado que é o mais 
profundo dessa camada, este tecido possui um forte impacto nas medidas elétricas da 
pele pois quando a pele está umedecida por eletrólitoa impedância pode ser diminuída, 
ou ainda na presença de queimadura na epiderme ou lesão do estrato córneo pode haver 
também diminuição da impedância. 
Quanto menor os eletrodos e a frequência da corrente elétrica utilizadas, maior é 
a impedância imposta pelo estrato córneo. As áreas da pele onde se concentram os 
ductos de suor possuem impedância menor, o fluxo de íons consegue atravessar o ducto 
de suor além de que ele pode contribuir com a passagem de carga pelo estrato córneo. 
Essa pode ser a razão dos pontos de AP terem impedância menor. A interface tecido-
 
53 
 
eletrodo influência nas medidas de condutância pois os íons são atraídos ou repelidos na 
interface e isso diminui ou aumenta de acordo com a distância, existem também as 
reações de redução e oxidação, onde há transferências de cargas e aumento no potencial 
pode acumular ou esgotar elétrons (CHIZMADZHEV et al., 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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