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Resumo de Patologia - Colo uterino

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Órgão oco, em formato de pera – desenvolvimento do 
feto. 
Posição: Anterior ao reto e posterior à bexiga. 
Nulípara: 50g – 8cm no maior eixo. 
 
 
 
Divisão: Corpo – porção dilatada superior. Colo 
(cérvice) – porção estreitada que se abre na vagina. 
 
COLO UTERINO 
Cilíndro muscular entre o corpo uterino e a vagina – 
entre 3 e 4cm de comprimento. 
OCI: Orifício cervical interno. 
OCE: Orifício cervical externo. 
 
ECTOCÉRVICE 
Epitélio escamoso estratificado – mais resistente 
(acidez vaginal, agressões pelo coito e bactérias 
comensais. 
Acidez (pH <4,5): 
o Lactobacilos – bacilos de Dorderlein; 
o Citoplasma com glicogênio – estímulo 
estrogênico; 
o Lactobacilos: glicogênio → ácido lático; 
o pH vaginal ácido – proteção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA 
o Epitélio escamoso estratificado, não 
queratinizado; 
o Estroma (lâmina própria/córion) fibroso, com 
células inflamatórias; 
o Acúmulo de glicogênio nas camadas superiores 
– vacúolos claros. 
 
 
 
Coilócitos (infecção por HPV): 
o Halo claro perinuclear; 
o Núcleo maior e irregular; 
o Hipercromasia nuclear; 
o Binucleação. 
 
 
 
OBS.: Na microscopia, diferenciar glicogênio de 
coilócito! 
 
 
 
 Colo uterino 
 
 
 
 
Gabrieli Flesch 
ATM 25/2 
 
 
Menacme: 4 camadas. 
o Superficial; 
o Intermediária; 
o Parabasal; 
o Basal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENDOCÉRVICE 
Canal endocervical – epitélio colunar simples e 
glandular mucoprodutor. 
Muco: Durante a ovulação está mais fluído. Na fase 
lútea ou gestacional, mais espesso. 
 
 
 
Microscopia: 
o Núcleos basais, pequenos e alongados; 
o Citoplasma com mucina; 
o Prolongamento do epitélio endocervical para o 
estroma → glândulas. 
 
 
 
 
JUNÇÃO ESCAMO-CELULAR (JEC) 
A posição é variável em reação ao OCE: 
o Depende de fatores hormonais; 
o Tem relação com o crescimento ou diminuição 
do colo; 
o JEC ectocervical – menacme, uso de ACO e 
gestação; 
o JEC endocervical – pós-menopausa; 
o Zona de transformação – zona T. 
SUPERFICIAIS INTERMEDIÁRIAS 
PARABASAIS BASAIS 
 
 
 
 
Metaplasia escamosa: 
o Ectopia; 
o Ambiente vaginal mais ácido; 
o Tecido glandular substituído por epitélio 
escamoso estratificado; 
o Metaplasia escamosa do colo uterino; 
o Células escamosas imaturas → mais suscetíveis 
a infecções por HPV; 
o Epitélio dinâmico → maior probabilidade de 
carcinogênese. 
 
DIAGNÓSTICO 
EXAME CITOPATOLÓGICO CERVICAL 
o Papanicolaou; 
o Esfregaço (raspagem) cervical; 
o Rastreio universal do carcinoma de colo 
uterino; 
o Estratégia de “prevenção secundária”; 
o Realização periódica. 
 
 
Resultado: Negativo para lesão intraepitelial ou 
malignidade. Presença de células representativas da 
junção escamo-colunar. Flora de bacilos de 
Doederlein. 
Coloração: Multicromática – utilizada na análise de 
células colhidas por raspagem. 
 
 
 
Coleta: 
o Dupla coleta; 
o Ectocérvice/JEC – espátula de Ayre; 
o Endocérvice – cytobrush. 
 
Recomendações: 
o Mínimo 2 dias de abstinência sexual; 
o Não estar menstruada; 
o Não usar cremes vaginais; 
o Tratar processos inflamatórios (colpites ou 
vulvovaginites) antes da coleta; 
o Identificar as lâminas; 
o Não lubrificar o espéculo; 
o Coleta deve incluir a JEC – coletar na ZT, 
circunferencialmente; 
o Fixação imediata; 
o Preenchimento da requisição do exame de 
forma correta. 
 
TESTE DE SCHILLER 
Teste realizado após coleta do CP – lugol (iodo) reage 
com glicogênio (cora epitélio escamoso): teste iodo + 
(Schiller -). 
OBS.: Na pós-menopausa, hipoestrogenismo → 
menos glicogênio = teste iodo-claro. 
 
Áreas iodo-negativas – podem ser: 
o Áreas glandulares; 
o Metaplasia imatura; 
o Áreas displásicas; 
o Áreas malignas. 
 
 
 
ANÁLISE 
SISTEMA BETHESDA 
Amostra sem anormalidades: Normal. 
 
Alterações celulares benignas: 
o Associadas a infecção (Trichomonas, Candida, 
Actinomyces etc.); 
o Reacionais (atrofia, radiação, DIU etc.); 
 
Anormalidades em células epiteliais: 
Escamosas: 
o ASCUC – atipia em células escamosas de 
significado indeterminado; 
o ASC-H – células escamosas atípicas em que não 
se pode afastar lesão de alto grau; 
o LSIL – lesão de baixo grau; 
o HSIL – lesão de alto grau; 
o Carcinoma epidermoide. 
 
Glandulares: 
o Presença de células endometriais em pós-
menopáusica; 
o AGUS – atipias em células glandulares de 
significado indeterminado; 
o Adenocarcinoma in situ; 
o Adenocarcinoma. 
 
 
 
 
COLPOSCOPIA 
Exame do trato genital inferior, com o uso de um 
colposcópio. 
Indicações: Citologia anormal. 
Serve para: 
o Mapear lesões; 
o Detectar lesões malignas ou pré-malignas; 
o Direcionar o local da biópsia – se for 
necessária. 
Exame: 
o Ácido acético no colo; 
o Lente 40x; 
o JEC (zona T) – ZTT ou ZTA; 
o Colpite – tratar previamente. 
 
 
 
Colo uterino normal: 
o OCE puntiforme ou em fenda transversa; 
o JEC visível; 
o Ausência de alterações. 
 
ECTOPIA 
o Benigno; 
o JEC exteriorizada – exposição ao estrogênio 
(ACO e gestação); 
o Epitélio glandular exposto; 
o Clínica – sinusorragia e mucorreia. 
 
CISTOS DE RETENÇÃO 
o Fisiológico; 
o Metaplasia; 
Iodo +/Schiller - Iodo -/Schiller + 
o Vesículas de muco aprisionado na ectocérvice. 
 
 
 
COLPITE TIGROIDE (colo em framboesa) 
o Múltiplos pontos de hiperemia; 
o Secundária à infecção por Trichomonas 
vaginalis; 
o Repetir colposcopia após tratamento. 
 
 
 
TRICOMONÍASE 
o Protozoário flagelado Trichomonas vaginalis; 
o Infecção sexualmente transmissível (IST); 
Clínica: Corrimento abundante, bolhoso, purulento e 
de odor fétido. Colo uterino de aspecto inflamatório 
(em framboesa). 
Diagnóstico: Clínica e citologia. 
 
 
 
COLPITE HERPÉTICA 
o Lesões do Herpes vírus; 
o Sequência: vesícula – úlcera – crosta; 
o Lesões múltiplas; 
o Acomete o colo, vagina e vulva. 
 
 
HERPES GENITAL 
IST ulcerativa mais frequente – acomete vulva, vagina 
e colo uterino. 
o Herpes simples tipo 1 e 2; 
o Incurável (latência viral); 
o Recorrências frequentes; 
o Primoinfecção mais intensa e dolorosa; 
o 3-7 dias após transmissão sexual; 
o Sequência: vesículas – úlceras – crostas. 
Diagnóstico: Clínico e citologia (anátomo/IHQ). 
 
 
 
EPITÉLIO ACETO-BRANCO 
o Área esbranquiçada vista após 
aplicação de ácido acético; 
o Células com citoplasma alterado. 
Sugestivo: Infecção por HPV, sequela de cervicite e 
neoplasia. 
 
 
 
MOSAICO 
o “Ladrilhos” – formas geométricas; 
o Poder ser neoplasia. 
 
 
 
PONTILHADO 
o Pontos de hiperemia sobre o epitélio aceto-
branco ou sobre a área de mosaico; 
o Pode ser neoplasia. 
 
VASOS ATÍPICOS 
o Vasos tortuosos com múltiplas ramificações; 
o Indicativo de neovascularização; 
o Probabilidade de carcinoma invasor. 
 
 
 
Laudo: JEC visível além do orifício em fenda. Zona de 
transformação atípica (alterações menores), 
representada por epitélio acetobranco tênue em lábio 
anterior. Vascularização típica. Teste de Schiller 
positivo (iodo negativo). 
 
CONDUTA 
 
 
 
BIÓPSIA DE COLO UTERINO 
 
 
 
BIOLOGIA MOLECULAR 
o Teste de captura híbrida; 
o PCR. 
OBS.: Detecção de 18 tipos de HPV mais comuns no 
trato anogenital – de acordo com o risco ontogênico 
(baixo ou alto risco). 
 
PATOLOGIAS 
CERVICITES 
Do grego: Cervix – colo ou pescoço e itis – inflamação. 
Patogênese: Fatores que aumentam o pH vaginal e 
infecções: Gonococo, Clamídia, Micoplasma e Herpes. 
o Inflamação cervical pronunciada – alterações 
reativas no epitélio (CP anomal). 
 
 
 
CISTOS DE RETENÇÃO (de Naboth) 
Glândulas endocervicais dilatadas, com acúmulo de 
secreção mucosa – observados na ZT. 
Patogênese: Orifício de saída da glândula obstruído 
pelo epitélio metaplásico. 
 
 
 
PÓLIPOS ENDOCERVICAIS 
Proliferação exofítica benigna – pode sofrer protrusão 
pelo OCE. 
Clínica: Sangramento vaginal irregular (pós-coito. 
Epidemiologia: Comum - > 40 anos. 
Patogênese: Indefinida. 
 
 
 
NEOPLASIAS PRÉ-MALIGNAS (NIC) 
HPV 
Infecção frequente na população – transitória e 
eliminada pelo sistemaimunológico na maioria das 
vezes. 
o Mais de 200 subtipos; 
o Alto risco – 16, 18, 31 33, 35 e 45 → NIC e 
câncer; 
CP cervical 
alterado
Colposcopia 
sugestiva de 
neoplasia
BIÓPSIA
o Baixo risco – 6, 11, 42, 4 e 44 → lesões 
condilomatosas; 
o Infecta células basais imaturas do epitélio 
escamoso em áreas de ruptura epitelial; 
o Infecta também células escamosas 
metaplásica imaturas na JEC – atipia coilocítica; 
o IHQ: Ki67 e P16. 
Coilócitos: 
o Halo claro perinuclear; 
o Núcleo maior e irregular; 
o Hipercromasia nuclear; 
o Binucleação. 
 
 
 
Vias de transmissão: Via sexual – abrasões 
microscópicas na mucosa ou na pele da região 
anogenital. 
Vacinação: Tetravalente – 6, 11, 16 e 18 
(recombinante). 
 
 
 
 
 
NIC I (baixo grau) 
o Infecção pelo HPV (coilocitose); 
o 60-80% das lesões de baixo grau regridem 
espontaneamente; 
o Restante permanece estável ou progride para 
lesões mais graves. 
 
 
NIC II (alto grau) 
o Atipias; 
o Alta taxa de proliferação celular. 
 
 
 
NIC III (alto grau) – Ca in situ 
o Atipias; 
o Alta taxa de proliferação celular. 
 
 
 
NEOPLASIAS PRÉ-MALIGNAS 
 
 
 
CONIZAÇÃO 
Material para exame histopatológico + tratamento. 
CAF: Conização com alça de alta frequência. 
LEEP: Loop electrosurgical excision procedure. 
OBS.: Para utilizar o LEEP, deve-se visualizar 
completamente a lesão na colposcopia. 
 
Limitação: Eletrocautério impossibilita a avaliação das 
margens pelo patologista. 
HPV
Neoplasia 
intraepitelial 
cervical (NIC)
Câncer 
cervical
NIC II e III 
(alto grau)
Precursoras 
de Ca invasor Conização
 
 
À frio (com bisturi): Procedimento cirúrgico. 
 
 
 
ANATOMOPATOLÓGICO DO CONE 
o Lesões de baixo ou alto grau – margens livres 
ou comprometidas; 
o Carcinoma invasor. 
Ex.: Lesão escamosa intra-epitelial cervical de alto 
grau (NIC II). Limite cirúrgico ectocervical livre. Limite 
cirúrgico endocervical livre. 
Ex2.: Lesão escamosa intra-epitelial cervical de alto 
grau (carcinoma epidermoide in situ/NIC III). Lesão 
estende-se ao limite endocervical de ressecção. 
Margens ectocervicais livres. 
 
CARCINOMA DE COLO UTERINO 
Epidemiologia: 45-55 anos de idade. 
Fatores de risco: 
o Infecção persistente pelos vírus HPV 
oncogênicos (tipos 16, 18, 31, 33, 35 e 45); 
o Baixo nível sócio-econômico (triagem 
citológica irregular); 
o Estado imunológico; 
o Tabagismo. 
Clínica: 
o Inicialmente assintomático; 
o Sinusorragia. 
 
TIPOS HISTOLÓGICOS 
o Epidermoide (80%) – origem na JEC e 
ectocérvice; 
o Adenocarcinoma (15%) – origem na 
endocérvice = pior prognóstico; 
o Adenoescamoso – pior prognóstico; 
o Neuroendócrino – pior prognóstico; 
o Carcinoma avançado – disseminação direta 
para demais órgãos (bexiga, vagina, ureteres, reto 
etc.); 
o Metástases à distância – fígado, pulmão e 
medula óssea.

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