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AVANÇO SOCIAL X ATRASO SOCIAL

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AVANÇO SOCIAL X ATRASO SOCIAL
EXPLICAR A INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS NA ORIGEM E NA PROPAGAÇÃO DE DOENÇAS
De acordo com a OMS, saúde pode ser definido como: “estado completo de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de enfermidade”. Fatores econômicos, desigualdade social, distribuição de renda, acesso à serviços e ambiente físico são fatores que implicam na saúde. 
Nos EUA, grupos minoritários sofrem desproporcionalmente de doenças do tipo: cardíacas, diabete, asma e câncer... a justificativa é a falta de flexibilidade do sistema de saúde, além de não poder pagar pelo sistema de saúde, existe a dificuldade de se ausentar do trabalho por questões medicas. 
O mundo está em desenvolvimento, qualquer que seja a cultura local a má saúde está relacionada com a baixa renda, pobreza uma vez que são influenciados diretamente pela alimentação, qualidade da água, roupa, saneamento e moradia. 
Vale ressaltar que a constituição de 1988 diz que a saúde é DEVER do Estado. 
Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS). Para a Comissão Nacional, os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população.
FONTE: A RELAÇÃO ENTRE OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE E A QUESTÃO SOCIAL - Maria Júlia Inácio de Oliveira E Eniel do Espírito Santo
Este é um aspecto da maior importância a ser trabalhado junto às comunidades. [É preciso] desmistificar a doença, reconhecer que ela incide com mais força onde existe pobreza, grandes aglomerações humanas em habitações insalubres onde convivem crianças, adultos, idosos. Onde a situação social e econômica é desfavorável, a tuberculose estará presente. (Celina Boga – Médica entrevistada pela FioCruz)
COMPREENDER A TUBERCULOSE (profilaxia, transmissão, incidência, prevalência, agente etiológico, fatores de risco)
TERMOS IMPORTANTES:
Mortalidade - Variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo de tempo.
Letalidade - Entende-se como o maior ou menor poder que uma doença tem de provocar a morte das pessoas.
Morbidade – Variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquiriram doenças num dado intervalo de tempo. Denota-se morbidade ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta. 
Prevalência – Casuística de morbidade que se destaca por seus valores maiores do que zero sobre os eventos de saúde ou não-doença. É termo descritivo da força com que subsistem as doenças nas coletividades. 
Incidência – Termo que em epidemiologia traduz a idéia de intensidade com que acontece a morbidade em uma população.
TUBERCULOSE:
É uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que afeta principalmente os pulmões, mas, também podem ocorrer em outros órgãos do corpo. A apresentação pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a principal responsável pela transmissão da doença.
A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente a totalidade dos casos. A infecção ocorre a partir da inalação de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente com tuberculose ativa de vias respiratórias. 
Os sintomas clássicos da TUBERCULOSE pulmonar são: tosse persistente por 3 semanas ou mais, produtiva ou não (com muco e eventualmente sangue), febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento.
Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames: baciloscopia (pesquisa do bacilo álcool-ácido-resistente (BAAR) é uma técnica simples, de baixo custo e mais utilizada no Brasil, não apenas para o diagnóstico, mas também para o controle do tratamento), teste rápido molecular para tuberculose (detecta o DNA do Mycobacterium tuberculosise) e cultura para micobactéria (método de elevada especificidade e sensibilidade) além da investigação complementar por exames de imagem. 
O tratamento da tuberculose é feito com 4 drogas na fase de ataque (2 meses)do tratamento com isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol. Na fase de manutenção (quatro meses subseqüentes) utilizam-se rifampicina e isoniazida. Este tratamento dura 6 meses e leva à cura da doença, desde que haja boa adesão ao tratamento com uso diário da medicação. O tratamento deve ser diretamente observado (TDO), é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Sáude e dura no mínimo 6 meses.
FONTE: Secretaria de Saúde do Estado do Paraná e Portal da Saúde (SUS)
A tuberculose é tão antiga quanto a humanidade, e existe tratamento eficaz desde a década de 60 e mesmo assim a tuberculose permanece como um dos principais agravos á saúde no âmbito global. O que contribui para a manutenção desse quadro são diversos fatores, podendo ser citado: desigualdade social, insuficiência de pesquisas visando novos tratamentos e vacinas, o fluxo migratório, e a alta prevalência dos casos de tuberculose associados ao HIV.Nesse cenário é extremamente necessário adotar novas estratégias de combate.
Antes até da descoberta realizada por Koch, a tuberculose era considerada uma doença de pobre e dos trabalhadores que eram submetidos a condições precárias. É possível citar também que na literatura cientifica a tuberculose esta associada a fatores ambientais e sociais.
Dados epidemiológicos (atuais): 1/3 da população mundial esta infectada com o bacilo da tuberculose.
FONTE: IBGE
ENTENDER A SITUAÇÃO DAS DOENÇAS NEGLIGENCIADAS APESAR DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS
Doenças negligenciadas- são doenças que não só prevalecem em condições de pobreza, mas também contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade. As doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda. Essas enfermidades também apresentam indicadores inaceitáveis e investimentos reduzidos em pesquisas, produção de medicamentos e em seu controle. 
De acordo com a OMS, mais de 1 bilhão de pessoas estão infectadas com uma ou mais doença negligenciada. Embora até exista diversos financiamentos para pesquisas dessas doenças, o conhecimento produzido não é revertido para os avanços terapêuticos, como, novos fármacos, métodos de diagnostico e vacinas. Isso se da pelo baixo interesse farmacêutico uma vez que é pouco lucrativo já que a população atingida, em sua maioria, está em países em desenvolvimento. 
Em 2003 o Ministério da Saúde lançou o primeiro edital de doenças negligenciadas abordando nesse ano sobre a tuberculose, em 2004 sobre a dengue, e 2005 a hanseníase.
Doenças negligenciadas clássicas mais relevantes no Brasil: dengue, malária, esquistossomose, hanseníase e tuberculose, doença de Chagas, febre amarela, filarioses (elefantíase), raiva.
FONTE: Agência Fiocruz de Notícias
Estes são chamados negligenciados porque não recebem muita atenção. Ocorrem o mais frequentemente nos países em vias de desenvolvimento do mundo que sofrem do saneamento deficiente, da falta da água potável e do acesso deficiente dos cuidados médicos. A importância destas doenças é médica e sócio-económica.
 
RELACIONAR A TUBERCULOSE COM O PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA E A LIMITAÇÃO MÉDICA (IMPOTÊNCIA) 
O tratamento da tuberculose é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e dura no mínimo seis meses e, nesse período, o estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e usuário é fundamental para que haja adesão do paciente ao tratamento e assim reduza as chances de abandono para se alcançar a cura. O paciente deve ser orientado, de forma clara, quanto às características da tuberculose e do tratamento a que será submetido: medicamentos, duração e regime de tratamento, benefícios do uso regular dos medicamentos, possíveis consequências do uso irregular dos mesmos e eventos adversos. 
Logo nas primeiras semanas de tratamento o paciente se sente melhor e,por isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independente da melhora dos sintomas. É importante lembrar que tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de cepas resistentes aos fármacos. (IMPOTÊNCIA/LIMITAÇÃO MÉDICA) 
FONTE: PORTAL DA SAÚDE (SUS)

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