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Questão 1/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Leia o excerto de texto: “[…] a monarquia e o rei eram os primeiros responsáveis por cuidar, no mundo terrestre, da ordem estabelecida pelos deuses; para essa tarefa, concentravam grandes poderes e impunham sua vontade à população”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REDE, Marcelo. Mesopotâmia. Rio de Janeiro: Saraiva, 1997, p. 37. Considerando as informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de história antiga oriental sobre o uso de fontes visuais para análise histórica, analise as asserções a seguir: I. Na percepção dos sumérios, a monarquia era uma forma natural de governo. PORQUE II. Acreditava-se que a monarquia teria sido um presente dos deuses, conforme consta no documento conhecido como Lista Real Suméria. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira. Você acertou! “Para os mesopotâmicos, a realeza era vista como uma forma natural de governo, e isso pode ser confirmado se pegarmos um documento conhecido como Lista Real Suméria, no qual se diz que ‘a realeza desceu dos céu’” (livro-base, p. 33). B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas. Questão 2/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Leia a citação a seguir: “É necessário, portanto, não só repensar o papel central atribuído à monarquia na organização das estruturas sociais, políticas e econômicas do Egito como também deixar de lado concepções que restringem o Estado e seus efeitos sociais à mera vontade de certos indivíduos ‘poderosos’. Forças de diversas naturezas, ora complementares, ora antagônicas e organicamente articuladas entre si, é que dão o tom à dinâmica política presente nessa sociedade”. Após esta avaliação, caso queira ler acessar a imagem, ela está disponível em: JOÃO, Maria Thereza David. Estado e elites locais no Egito do final do IIIº milênio a.C. Tese de Doutorado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo, USP, 2015, p. 43. A partir da citação e dos conteúdos do livro-base Tópicos de história antiga oriental a respeito da monarquia faraônica, é possível afirmar que: Nota: 10.0 A O faraó era, no Egito, o detentor de todo o poder e reinava de forma absoluta, pois o fato de ser considerado uma divindade encarnada garantia obediência inquestionável à sua pessoa. B O faraó era o grande responsável pelas atividades religiosas no Egito, exercendo-as sozinho, mas delegava a terceiros, chamados de vizires, a administração do reino. C O faraó, apesar de considerado uma divindade, tinha uma faceta humana que não passava despercebida aos seus súditos, os quais notavam as fragilidades do seu governante decorrentes dessa condição. Você acertou! “Por muito tempo, nem mesmo a egiptologia procurou questionar esse aspecto da natureza da monarquia faraônica, focando especialmente na divindade do soberano, como se ela fosse plenamente aceita, e na obediência que, cegamente, seria devotada a ele […]. Georges Posener foi o primeiro egiptólogo a centrar-se nos estudos a respeito da natureza humana da monarquia faraônica” (livro-base, p. 21, 22). D O faraó estava no topo da sociedade egípcia, exercendo poder absoluto e, abaixo dele, encontrava-se uma grande massa de súditos que lhe obedecia, sem a existência de instâncias de poder intermediárias. E O faraó, por deter o poder absoluto e controlar tudo o que ocorria no Egito, estava presente fisicamente em todos os lugares desse território cuidando da administração e presidindo rituais religiosos. Questão 3/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Considere a seguinte citação: “Em um processo cujas origens encontramos no alvorecer do Neolítico, a sociedade protourbana mesopotâmica emergia como uma organização política complexa, hierárquica, em que a noção de controle era o paradigma da coesão social”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GROF, Gabriel. Práticas administrativas em Uruk entre 3500 e 2900 a.C. Dissertação (Mestrado). São Paulo, USP, 2013, p. 5. Considerando as informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de História Antiga Oriental sobre as primeiras formas de organização política na antiga Mesopotâmia, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A Os primeiros a se estabelecerem no território mesopotâmico foram os sumérios que, desde o início da sua história, instituíram um governo unificado como sistema político. B O primeiro período da história política da Mesopotâmia é marcado pela existência de cidades-Estado independentes, cujos governantes eram divinizados, detentores do poder político, militar e econômico. Você acertou! “O primeiro período da história da Mesopotâmia é chamado de Período Sumério Antigo [...]. Os sumérios, povo que ocupou a parte sul da região (chamada também de Baixa Mesopotâmia), foram os responsáveis pela fundação de cidades-Estado independentes entre si, cujo centro era o templo (só muito posteriormente substituído pelo palácio). [...] Como sumo sacerdote do deus local e governante da cidade estava o en (ensi ou lugal [...]), uma espécie de rei que agia nos limites da cidade” (livro- base, p. 32, 33). C Durante o primeiro período sumério, é possível observar a existência de uma intensa rede de relações internacionais com outros reinos da Antiguidade, como o Egito. D A constituição do sistema político da Mesopotâmia guarda semelhanças com o processo de mesma natureza ocorrido no Egito, especialmente no que diz respeito à existência de um rei que administrava todo o território. E Os templos exerciam, nesse primeiro momento, papel muito reduzido na vida politica da Mesopotâmia, a qual estava concentrada nos palácios, tendo em vista o papel central desempenhado pelos monarcas do período. Questão 4/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Considere a seguinte citação: “Um milênio e meio nos separa dos últimos estertores da cultura egípcia antiga. E, no entanto, essa distante civilização continua despertando hoje um profundo interesse, que não se limita aos especialistas em Egiptologia. Nenhuma outra cultura da Antiguidade inspirou a elaboração de tantos livros de divulgação destinados ao grande público”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARDOSO, Ciro Flamarion. O Egito Antigo. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 1. Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de história antiga oriental a respeito do declínio do período faraônico no Egito, ocorrido a partir da XX dinastia, assinale a única alternativa correta: Nota: 10.0 A Fatores externos, como invasões estrangeiras, explicam o declínio do período faraônico, visto que, internamente, o Egito da XX dinastia mantinha-se equilibrado e sem conflitos. B Povos da Mesopotâmia chegaram ao território egípcio provocando sangrentas guerras, ao fim das quais o Egito se viu derrotado e passou a ser incorporado aos domínios dos assírios. C A Batalha de Kadesh, liderada pelo faraó Ramsés II contra os hititas, foi o motivo do declínio da civilização egípcia, pois essa derrota deixou o Egito vulnerável ao ataque de outros inimigos. D Cleópatra, a última rainha egípcia nascida no Egito, foi vencida por Alexandre Magno e isso marcou o fim de um Egito independente e o início da dominação estrangeira do território. E O Egito, após a XX dinastia, tornou-se campo de batalha entrediversos povos, sendo o principal deles os persas, que lograram transformar o Egito em uma satrapia, encerrando o domínio dos faraós. Você acertou! “Ao Reino Novo se seguiu o Terceiro Período Intermediário, no qual o Egito tornou-se um verdadeiro campo de batalhas entre assírios, líbios e sudaneses. Em 525 a.C., os persas dominaram a região, tornando o território egípcio uma satrapia (ou seja, uma província) e pondo fim ao período faraônico” (livro-base, p. 33). Questão 5/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Observe a imagem a seguir: Após esta avaliação, caso queira acessar a imagem, ela está disponível em: <http://www.mesopotamiangods.com/winged-gods-who-first-appeared-on-earth/>. Acesso em 11 set. 2017. Na imagem, vê-se Gibil, um deus que representa a deificação do fogo na Antiga Mesopotâmia. A partir da imagem e dos conteúdos estudados no livro-base Tópicos de História Antiga Oriental, é possível afirmar que o exemplo de Gibil mostra uma importante característica dos deuses mesopotâmicos, corretamente expressa no conceito de: Nota: 10.0 A Antropozoomorfismo, ou seja, os deuses eram representados como uma mistura entre homens e animais. B Teocentrismo, ou seja, a percepção de que o deus Gibil é o fundamento de todo o mundo. C Personificação de forças naturais, ou seja, a associação existente entre os deuses e elementos da natureza. Você acertou! “Assim como no Egito, muitos deuses mesopotâmicos eram a personificação de forças naturais (como Gibil, que era o fogo deificado). Contudo, as divindades não eram representadas na forma de animais, mas apenas em forma antropomórfica [...]” (livro-base, p. 90). D Filosofia, ou seja, a reflexão existente sobre o mundo, os homens e a natureza por meio da razão. E Eterno retorno, ou seja, a noção cíclica de tempo que, como o fogo, ardia, queimava e extinguia-se para posteriormente se reconstruir. Questão 6/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Leia a citação a seguir: “[…] Oriente não é apenas adjacente à Europa; é também o lugar das maiores, mais ricas e mais antigas colônias europeias, a fonte de suas civilizações e línguas, seu rival cultural e uma das suas imagens mais profundas e mais recorrentes do Outro”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SAID, Edward. Orientalismo. O Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 27, 28. Tendo em conta a citação e os conteúdos do livro-base Tópicos de história antiga oriental sobre a influência no eurocentrismo na historiografia sobre o Antigo Oriente Próximo, analise as afirmações: I. Segundo a perspectiva do orientalismo, as representações sobre o mundo oriental partem de sérias distorções a respeito daquilo que se entende por Oriente. II. O contexto do neocolonialismo, no século XIX, foi fundamental para a existência de posturas racistas diante de africanos e asiáticos, posturas que acabaram refletidas nos estudos sobre o Antigo Oriente Próximo. III. Mesmo descontruindo visões sobre o mundo antigo calcadas na perspectiva eurocêntrica, não se pode deixar de firmar que a Grécia é o berço de toda a civilização. IV. Anteriormente ao neocolonialismo, o produto daquilo a que convencionamos chamar Oriente era recebido como fruto de superioridade cultural. São corretas apenas as afirmativas: Nota: 10.0 A I, II e IV Você acertou! A afirmativa I é correta, pois “Edward Said, no prefácio da edição de 2003 de seu famoso livro Orientalismo: O oriente como invenção do Ocidente, relata a sua revolta com as obras acerca do Oriente, as quais, em grande parte das vezes, apresentam representações e interpretações equivocadas a este respeito” (livro-base, p. 13). A afirmativa II também é correta: “nesse período os europeus empenhavam-se no chamado neocolonialismo em regiões da África e da Ásia, e desenvolveu-se a noção de ‘raça’ como forma de explicar a suposta superioridade da ‘raça’ europeia perante as demais” (p. 13, 14). A alternativa III é incorreta, pois “[…] os antigos gregos passam, agora, à categoria de criadores da civilização em detrimento das civilizações orientais, já que a Europa construía a sua imagem como algo superior e diverso da África e da Ásia […] (p. 14). A alternativa IV é verdadeira e pode ser atestada em: “nesse sentido ganha importância a história da Grécia, que deixa de ser vista como mera transmissora de conhecimentos do Oriente (até então apreciado como portador de uma superioridade cultural) para o Ocidente” (p. 14). B II, III e IV C I e II D II e III E III e IV Questão 7/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Considere a seguinte citação: “A institucionalização do poder e das relações do homem mesopotâmico com a sua realidade material e mítica é um aspecto crucial na configuração do Estado […]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GROF, Gabriel. Práticas administrativas em Uruk entre 3500 e 2900 a.C. Dissertação (Mestrado). São Paulo, USP, 2013, p. 5. Considerando as informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de história antiga oriental sobre a organização das cidades-Estado na antiga Mesopotâmia, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A O modelo de cidade-Estado mesopotâmico assemelha-se àquele encontrado, posteriormente, em Roma e na Grécia, especialmente no que diz respeito à existência da monarquia como forma de governo. B Desde o início do período formativo das cidades-Estado da Mesopotâmia, observamos a centralidade do palácio enquanto importante nível institucional, ao lado da comunidade de cidadãos livres. C Em razão das constantes disputas por território na região, as cidades-Estado na Mesopotâmia eram fortificadas e, além do espaço da cidade propriamente dita, contavam ainda com um subúrbio e um porto. Você acertou! “Cada cidade-Estado possuía três setores: a cidade propriamente dita, geralmente fortificada […]; o subúrbio, composto por residências, por campos, por estábulos etc.; e o porto” (livro-base, p. 32). D O governante da cidade-Estado, no período sumério, era conhecido como patesi e devia obediência ao rei de todas as terras da Mesopotâmia, também encarado como uma divindade. E Existiu, na Mesopotâmia, uma grande variedade de formas de governo em cada cidade-Estado, chegando a adotar, além da monarquia, modelos de democracia como o existente na Grécia. Questão 8/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Considere a seguinte citação: “O reinado do farao´ Akhenaton foi marcado por uma se´rie de mudanc¸as promovidas internamente, as quais constitui´ram um dos eventos mais pole^micos da histo´ria farao^nica. Fosse no a^mbito poli´tico, arti´stico, cultural ou religioso, quase todos os aspectos da sociedade egi´pcia passaram por abalos significativos no episo´dio que ficou conhecido como Reforma de Amarna”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAPOT, Gisela. Akhenaton e a construc¸a~o de uma cosmologia positiva durante a Reforma de Amarna (1353-1335 a.C.). <http://www.ufrrj.br/graduacao/prodocencia/publicacoes/praticas-discursivas/artigos/akhenaton.pdf>. Acesso em 11 set. 2017. Considerando as informações e os conteúdos do livro-base Tópicos de História Antiga Oriental sobre o reinado do faraó egípcio Akhenaton, analise as afirmativas: I. O período no qual Akhenaton governou o Egito recebe o nome de Período Raméssida e uma das características do seu governo foi a ênfase dada ao deus Aton. II. Akhenaton foi alvo de diversas perseguições religiosas por parte daqueles que pretendiam realizar uma revolução religiosa no Egito e proibir o culto de diversos deuses do panteão. III. Uma nova cidade, Tel-el-Amarna, foi criada para ser a capital durante o reinado de Akhenaton, substituindoa então capital, Tebas. IV. O reinado de Akhenaton foi bastante controverso e a Egiptologia ainda debate os motivos que o teriam feito instituir o culto único ao deus Aton. São corretas as afirmativas: Nota: 0.0 A I e II B II, III e IV C I, II e IV D II e IV E III e IV A afirmativa I é incorreta, pois o período em que governou Akhenaton é chamado de período amarniano. A afirmativa II é incorreta, pois quem realizou tentativas de reforma religiosa foi o próprio Akhenaton. A afirmativa III é correta, pois, com o intuito de deslocar o centro político de poder, Akhenaton construiu para si nova capital, Tell-el-Amarna, substituindo Tebas nessa função. A afirmativa IV é correta, pois, ainda hoje, muito se debate a respeito das causas que levaram a reformar amarniana e não há consenso entre os egiptólogos (livro-base, p. 29). A esse respeito, o livro-base afirma que “esse faraó provocou uma revolução religiosa no Egito, banindo todos os deuses do panteão, à exceção de Aton, uma divindade solar. [...] Há muitas controvérsias a respeito do reinado de Akhenaton e das motivações que o teriam feito agir dessa maneira. Muitos estudiosos acham que essa foi uma estratégia política usada pelo faraó para conter o avanço do poder dos sacerdotes de Amon, bastante influentes em Tebas” (p. 29). Questão 9/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Leia a citação a seguir: “A longevidade de organizações políticas complexas no aluvião mesopotâmico é incompreensível fora de um horizonte universal mais abrangente, um sistema mais amplo de relações econômicas e [...] políticas entre [o aluvião] e áreas com recursos complementares e sociedades a níveis significativamente diferentes de integração socioeconômica”. Após esta avaliação, caso queira ler acessar a imagem, ela está disponível em: ALGAZE, Guillermo. The Uruk world system: the dynamics of expansion of Early Mesopotamian civilization. Chicago: University of Chicago Press, 1993, p. 2. Trad.: autor da questão. A partir do trecho lido e do livro-base Tópicos de história antiga oriental, é possível afirmar, sobre a história política da Mesopotâmia: Nota: 10.0 A Diferentemente do Egito, onde predominou um sistema de governo unificado, na Mesopotâmia se vê uma alternância entre fases de unificação política e a existência de cidades-Estado independentes. Você acertou! “Partilhando de elementos comuns no tempo e no espaço, dois modelos políticos diferentes se desenvolveram no Egito e na Mesopotâmia, respectivamente: um reino unificado e cidades-Estado independentes” (livro-base, p. 36). B Houve grande estabilidade no que diz respeito aos sistemas políticos existentes na Mesopotâmia, marcada pelo longo domínio exercido por sumérios e acadianos, cujo fim se deu com a invasão persa em 539 a.C. C Apesar de notarmos inúmeras tentativas de controle centralizado no território da Mesopotâmia, como aquela empreendida por Sargão de Akkad, todas elas fracassaram em virtude da estabilidade do modelo de cidade-Estado. D O último governo genuinamente mesopotâmico foi o de Hamurabi, marcado pela violência que pode ser evidenciada em seu famoso código de leis e que acabou sendo responsável pelo declínio dessa civilização. E A história política da Mesopotâmia se encerra quando os egípcios, motivados por uma série de conquistas militares, invadem a região e subjugam seus governantes. Questão 10/10 - História e historiografia da antiguidade oriental - Eletiva VII Considere a seguinte citação: “Uma importante função do governo era a localização e coleta dos recursos necessários para sustentar a Corte e seus projetos [...]. A segunda maior área do governo era a administração do Direito e da justiça, uma obrigação cuja justificativa encontrava-se no conceito egípcio de maat”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KEMP, Barry. From Old Kingdom to Second Intermediate Period. In.: KEMP, Barry; TRIGGER, Bruce; O’CONNOR, David; LLOYD, David. Ancient Egypt: a Social History. Cambridge: Cambridge University Press, 1983. p. 82, 83. Tendo em vista a citação e os conteúdos do livro-base Tópicos de História Antiga Oriental sobre o conceito egípcio de maat, analise as afirmações: I. Maat era uma espécie de rede de forças que regia o mundo, a qual era bastante frágil e precisava ser constantemente reassegurada por meio de rituais. II. O conceito de maat é oposto ao conceito de isfet, que representa o caos. III. Os egípcios acreditavam que o faraó era o responsável dos deuses por manter maat, ou seja, a ordem, no mundo terreno. IV. O conceito de maat era personificado por meio de uma deusa alada de mesmo nome. São corretas as afirmativas: Nota: 10.0 A I, II e III B I, III e IV C I, II e IV D II, III e IV E I, II, III e IV. Você acertou! A afirmativa I é correta, pois maat era o princípio fundamental da visão de mundo dos egípcios, a qual representava um equilíbrio constantemente ameaçado pelo caos. A afirmativa II é correta, pois isfet, em egípcio, significa caos e esse conceito era o antagônico ao de maat. A alternativa III está correta, pois o poder do faraó era legitimado por sua condição divina, como um representante dos deuses que, junto a eles, deveria manter maat na Terra. A alternativa IV é correta, pois, no Egito, os deuses eram também personificação de conceitos e Maat, a deusa alada com a pluma da justiça, personifica o conceito homônimo (livro-base, p. 20). Dessa forma, “a legitimidade da monarquia faraônica repousava em um princípio importantíssimo que regia todo o mundo egípcio: a maat. Esse é um termo que, genericamente, pode ser traduzido por ‘verdade’, ‘justiça’ e ‘ordem’, mas que, na realidade, comporta uma série de princípios éticos, religiosos e filosóficos [...]. À maat, a ordem, era oposto o caos, chamado pelos egípcios de isfet [...]” (p. 20).
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