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ANATOMIA E EMBRIOLOGIA • Hipófise: localizada na sela túrcica • Pesa normalmente entre 0,5-1,0g • Hipófise anterior: adenohipófise • Hipófise posterior: neurohipófise Ao redor da hipófise temos as carótidas e o seio cavernoso; acima temos o quiasma óptico; abaixo dela temos o seio esfenoidal;. Logo, sempre teremos que procurar saber se a região da alteração é suprasselar ou intrasselar, pois dita as complicações A neurohipófise é composta pelos axônios dos neurônios (os corpos celulares desses neurônios ficam no hipotálamo). Assim, o ADH e a OCITOCINA são produzidos pelos corpos celulares neuronais no hipotálamo, mais especificamente no núcleo paraventricular e supraóptico, sendo transmitidos para armazenamento na neurohipófise. HIPÓFISE HIPERPROLACTINEMIA É a disfunção mais comum entre todas. Sua descoberta na maioria das vezes é feita por um ginecologista ou urologista. PROLACTINA • Hormônio produzido e secretado pelos lactotrófos da hipófise anterior (também nas células linfóides e na decidua placentária) • Função principal: início da lactação • Controle da secreção: inibitório, feito principalmente pela DOPAMINA atuando nos receptores D2 • Outros fatores de liberação: TRH, VIP, Serotonina REGULAÇÃO DO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-PROLACTINA O principal controle é relacionado com a inibição (pela dopamina). Por isso, Quando temos uma medicação que é agonista dopaminérgica, isso fará uma ação inibória no eixo, diminuindo a prolactina. • Lactação aumenta de 3 a 5 vezes • Cerca de 3 a 6 meses após suspensão da lactação, prolactina retorna ao normal Hipófise Adenohipófise Hormônio crescimento (GH) Hormônio tireotrófico (TSH) Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) Hormônio Prolactina Hormônio foliculo-estimulante (FSH) Hormônio Luteinizante (LH) Neurohipófise ADH OCITOCINA HIPERPROLACTINEMIA • Desordem mais comum do eixo hipotálamohipofisário (0,4% da população geral) e corresponde a 9 a 17% das mulheres com distúrbios reprodutivos. PROLACTINA E SUAS FORMAS A forma monomérica é a que tem o menor peso e a big big prolactina é a que tem o maior peso. A big big prolactina não tem ação fisiológica, logo, o paciente será assintomático. É por isso que quando o paciente apresenta hiperprolactemia em exames laborariais SEM apresentar sintomas, iremos investigar a presença de macroprolactina. MACROPROLACTINA • Fenômeno relatado em aproximadamente 25% dos casos de hiperprolactinemia. • A elevação da prolactina no soro é decorrente de um predomínio no soro do paciente da forma big-big prolactina • A prolactina ligada à imunoglobulina apresenta menores biodisponibilidade e bioatividade, além de maior meia vida, resultando na ausência de sintomas. • Quando suspeitar: Hiperprolactinemia assintomática. DIAGNÓSTICO DE MACROPROLACTINA • Precipitação por PEG – interpretação dos resultados: ► Recuperação > 60%: predomínio de formas monoméricas ► Recuperação ≤ 40%: predomínio de macroPRL ► Valores entre 40-60% de recuperação: indeterminado → realizar cromatografia numa coluna de gel filtração para melhor definição TRATAMENTO DA MACROPROLACTINA • Não deve ser tratada o achado da macroprolactinemia • Não é uma doença, é apenas uma forma diferente de apresentação da prolactina • Por isso não tratamos exames! HIPERPROLACTINEMIA – ETIOLOGIA ETIOLOGIA FISIOLÓGICA • Relação Sexual • Exercício • Aleitamento • Gravidez • Exercício • Sono • Estresse Gestação e aleitamento aumentam muito a prolactina (geralmente ficam maior que 100), por isso que nessas situações nem costumamos dosar. Quando temos tumores produtores de prolactina em pacientes gestantes fica bem dificil de acompanhar, porque os valores de referência são outros e mudam em decorrência da fase gravídica. ETIOLOGIA NÃO FISIOLÓGICA O uso de agentes farmacológicos é a causa mais comum de hiperprolactinemia não fisiológica: 1. Que estimulam a secreção de prolactina: estrógenos, cimetidina, triciclicos, diazepan 2. Que bloqueiam os receptores de dopamina: clorpromazina, metoclopramida, sulpiride, domperidona, haloperidol 3. Que são depletoras de dopamina: metildopa, reserpina Por isso que as vezes ouvimos alguém mandar a grávida tomar Plasil para o leite descer (plasil = bloqueador dopaminérgico) Lembrando que: A lista é enorme, não precisamos decorar. Mas sempre que o paciente chegar com hiperprolactinemia temos que perguntar todas as medicações que eles usam e checar! É só pedir licença ao paciente e checar droga por droga. ETIOLOGIA PATOLÓGICA • Prolactinomas: tumor produtor de prolactina • Acromegalia: aumento discreto na maioria das vezes (principalmente se causar desvio de haste hipofisária) • Adenomas não funcionantes • Uremia • Insuficiência hepática • Hipotireoidismo primário: é uma causa importante, nunca iremos avaliar prolactina alta sem pedir um TSH antes • H. Neurogênica: ► lesões da parede torácica, mastectomia, herpes zooster ► Síndrome dos ovários policísticos ► Pós - convulsão tipo grande mal Paciente estava com TSH de 1192 e prolactina um pouco aumentada. O hipotireoidismo dessa paciente era tão importante que estava simulando um tumor de hipófise. Após tratar o paciente com 2 meses com levotiroxina, a hipófise retornou ao tamanho normal; Doenças sistêmicas Doenças hipofisárias Hipotireoidismo Primário Insuficiência Adrenal SOP? Insuficiência renal Cirrose Pseudociese Epilepsia Prolactinomas Acromegalia Tireotropinomas Doença de Cushing Doenças Infiltrativas Hipofisite Linfocítica Sela Vazia DOENÇAS NEUROGÊNICAS • Estímulo mamário • Alterações da parede torácica ► Herpes zoster ► Cirurgia de mama ► Trauma torácica Paciente que teve herpes zoster com posterior aumento de prolactina em decorrência da doença PASSO A PASSO PARA O DIAGNÓSTICO • Primeiro: checar se não está grávida; se a paciente tem amenorreia, galactorreia → investigar a gestação • Segundo: checar as medicações que ela está usando • Terceiro: função tireoidiada está normal? Pedir TSH • Quarto: olhar a função renal → pois muitas vezes o paciente já está em insuficiência renal • Quinto: olhar a mama e conferir se não há nenhuma lesão da parede torácica ou mamária Se não encontrarmos nada seguimos para a investigação de prolactinomas. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Valores normais ► Mulher não grávida: 2 - 25 ng/ml (ng/ml) ► Homem : 2 - 20 ng/mL (ng/mL) CORRELAÇÃO DOS VALORES E ETIOLOGIAS • Prolactina > 100 ng/ml - sugestiva de prolactinoma • Microprolactinoma: ► PRL entre 100 - 200 ng/ml (em geral) ► < 100ng/ml (ocasionalmente ) • Macroprolactinomas: ► PRL > 100 ng/ml ► > 200 ng/ml (níveis usuais) ► > 250 ng/ml (praticamente patognômico) ▪ > 250 ng/ml (igual a prolactinoma) QUADRO CLÍNICO 1. Galactorréia 2. Disfunção Gonadal: podemos ter hipogonadismo masculino ou feminino (na mulher: pode ter amenorreia e no homem: diminuição de libido) 3. Sintomas compressivos: pelo aumento do tamanho do tumor O diagnóstico é percoce na mulher porque um dos primeiros sintomas será a amenorreia, o que faz ela procurar o médico. Já no homem, o primeiro sintoma é a diminuição da libido, com ginecomastia discreta. Geralmente o homem só procura o médico quando a disfunção erétil ocorre. GALACTORREIA • Secreção inapropriada de leite, ou substâncias leitesímile, dos mamilos de homens ou mulheres • Mulheres (30 a 80%) e homens ( 14 a 33%) • No homem: presente em 10 a 20% dos casos (praticamente patognomônico de prolactinoma) SINTOMAS COMPRESSIVOS Podem estar presentes nos casos de macroprolactinoma ou pseudo-prolactinoma: • Cefaléia • Hemianopsia bitemporal • Atrofia do nervo óptico • Paralisia de pares cranianos: mais raro,o tumor precisa ser bem maior Tumor que cresce para região suprasselar: vai comprimir o quiasma óptico, causando a hemianopsia bitemporal (perde os campos visuais bilaterais) DIAGNÓSTICO Tumores menores que 3 mm podem não ser vistos na RM. Quando tratamos o prolactinoma por algum tempo, as vezes paramos de ver no exame de imagem, que é um sinal de que o tratamento está dando certo. • Exames de Imagem: ► Somente após exclusão das outras etiologias ► Exceção: pacientes com sinais de lesão selar PROLACTINOMAS • Principal causa depois das drogas hiperprolactinemia medicamentosa • Os prolactinomas são os adenomas hipofisários secretores mais frequentes (cerca de 50%). → aparece bem mais que doença de cushing ou acromegalia por exemplo. • São quase sempre benignos e de crescimento lento. • Ocorrem mais frequentemente em mulheres entre 20 e 50 anos DIAGNÓSTICO POR IMAGEM • R-X simples de sela túrcica: alterado nos tumores maiores → isso era feito antigamente, em tumores bem grandes havia erosão e alargamento selar • Ressonância magnética ► Tumores < 0,3 cm podem não ser vistos Mulher • Amenorréia • Oligomenorreia • Infertilidade • Diminuição da libido • Dispareunia • Osteoporose • Hirsutismo Homem • Ginecomastia • Redução da libidio • Disfunção erétil • Oligospermia • Infertilidade • Osteoporose ► Permite avaliação: macroprolactinomas, compressão do quiasma, invasão do seio cavernoso, alteração da haste TRATAMENTO PROLACTINOMA • Objetivos do tratamento: ► Reverter os sinais e sintomas ▪ Infertilidade ▪ Alterações menstruais ▪ Sintomas de galactorreia ► Reverter os efeitos de massa tumoral ▪ Macroadenomas O tratamento medicamentoso funciona muito bem até para tumores enormes e bem invasivos. • Tratamento Medicamentoso: ► Agonistas dopaminérgicos (AD) ► Tratamento de Primeira escolha • Cirúrgico • Radioterapia • Quimoterapia ► Tumores agressivos, Carcinomas, temozolamida. Hiperprolactinemia induzida por drogas: Suspender a droga se possível porque temos muitas pessoas que fazem tratamento psiquiátrico e que não podem parar de retirar a droga. Atualmente a cabergolina é a primeira opção! ACROMEGALIA • Distúrbio caracterizado pelo excesso crônico de hormônio do crescimento (GH) circulante GIGANTISMO X ACROMEGALIA Quando o excesso crônico de GH ocorre: • Antes do fechamento das epífises → GIGANTISMO ► Crescimento linear excessivo • Após fusão epifisária → ACROMEGALIA Gigantismo: geralmente esses pacientes tinham perdas visuais importantes pelo acometimento do quiasma óptico ETIOLOGIA • 95 - 98% são decorrentes de tumores hipofisários dependentes de HGH ACROMEGALIA • Doença insidiosa de difícil diagnóstico • Prevalência: 50 a 70 casos por milhão de pessoas INCIDÊNCIA • 3,3 casos novos por milhão de pessoas a cada ano • Número de casos = • Idade ao diagnóstico: 40-50 anos em média Se você é um endocrinologista e observa uma pessoa com acromegalia: você tem que se apresentar, pois é uma doença muito rara! MORTALIDADE • Doença cardiovascular ( 60%) • Doença respiratória ( 25%) • Malignidade (15%) Cardiopatia presente no diagnóstico ~ 100% mortalidade em 15 anos HORMÔNIO DE CRESCIMENTO No GH quem faz a função inibitória é a somatostatina; o GH age diretamente em vários tecidos (ósseo, adiposo, etc.) e tem uma ação indireta na produção de IGF1, que atua perifericamente, inclusive tem atuação inibitória sobre o GH também! AÇÕES DO GH IGF1 – SOMATOMEDINA C Não só hipertrofia muscular, o GH é o pacote todo: afeta a questão neurológica, pode causar hipertrofia ventricular, vasodilatação, aumento da prevalência de tumores, inclusive ele pode aumentar órgãos internos como hepatomegalia, aumento de tireóide, etc. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS São alterações que interferem na fisionomia do paciente. A acromeglia é em decorrência quase sempre de macroadenomas, é difícil fazer diagnóstico de acromegalia com microadenomas, por isso que as manifestações clínicas tem relação com o tamanho do tumor. DOENÇA EVOLUTIVA Se você não conseguir fazer o diagnóstico visual em uma primeira vez, você pode fazer a dosagem hormonal; sempre que possível pedir por fotos antigas para poder comparar MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Ações do GH lipólise crescimento linear na cartilagem epifisária ativação dos condrócitos Atuação na neurogênese Resistência insulínica Síntese de proteínas ALTERAÇÕES CRÂNIO-FACIAIS O prognatismo chama muito atenção, os sulcos da face são mais profundos! PROGNATISMO ASPECTOS FÍSICOS Sempre comparamos o tamanho da mão: existe um alargamento dos dedos e aumento do tamanho da mão Principais comorbidades: Apneia do sono, macroglossia, aumento da formação de tumores (pâncreas/intestino) sintomas de compressão, problemas cardiovasculares APNEIA DO SONO = MACROGLOSSIA É comum pedirmos para esses pacientes tirarem foto da lingua, ou ainda, serem encaminhados para gente pelos dentistas DIABETES E ACROMEGALIA Quase sempre: tem diabetes, é sempre um paciente que já vem passando por outros médicos. QUEIXAS GINECOLÓGICAS • Irregularidade menstrual • Amenorréia • Infertilidade • Diminuição da libido • Dispaurenia 32 a 87% das mulheres com acromegalia com idade inferior a 45 anos têm distúrbios menstruais. EFEITO DE MASSA TUMORAL Por compressão do quiasma óptico. Ele observa o campo medial mas não consegue ver o campo lateral CAUSAS DE CONSULTA MÉDICA Na maioria das vezes quem vai atender primeiro o acromegálico não será o endocrinologista. HGH E IGF1 – COMO FAZER O DIAGNÓSTICO • Solicitar na rotina em pacientes com imagens hipofisárias • IgF1 é muito importante em casos suspeitos • As diretrizes americanas orientam CONTRA a dosagem de HGH como medida fundamental para diagnóstico de acromegalia. O GH é um hormonio de secreção pulsátil: então podemos pegar um período de pulso mais baixo (se você dosar só o GH e ele vier normal, você pode estar deixando de fazer um diagnóstico). Por isso que a IGF1 é muito melhor para fazer diagnóstico de acromegalia, pois seu pulso é mais contínuo. IGF1: PARA QUEM SOLICITAR? Praticamente todos os pacientes com acromegalia apresentam síndrome do túnel do carpo! DIAGNÓSTICO TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA A GLICOSE • O teste consiste em: ► Administração de 75 g de glicose anidra; ► Dosagem de glicose e GH a cada 30 minutos durante 2 horas Se não suprimir: fecha o diagnóstico de acromegalia TRATAMENTO CIRÚRGICO • Cirurgia transfenoidal é a primeira escolha no tratamento → pois geralmente são tumores mais invasivos • Transcraniana - muito rara indicação • Repetição cirúrgica em pacientes com lesão residual intraselar após a primeira cirurgia. MONITORAMENTO PÓS-OPERATÓRIO Na maioria das vezes iremos dar substâncias inibitórias para o paciente após a cirurgia, visto que são tumores grandes e invasivos. Tem que saber que a somatostatina tem fator inibitório TERAPIA MEDICAMENTOSA ANÁLOGOS DE SOMATOSTATINA DESORDENS NA SECREÇÃO DO ADH Nonapeptídeo sintetizado nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo e secretado pela neuro- hipófise ESTÍMULOS PARA SECREÇÃO DO ADH • Aumento da osmolaridade plasmática: detectada por osmorreceptores situados no hipotálamo anterior: enviam axônios estimulando os neurônios dos núcleos supra-óptico e paraventricular a secretar ADH; • Queda 10% da pressão arterial: redução do estímulo a barorreceptores: estímulo a secreção de ADH Em casos de desidratação, perda de água → temos um estímulo a secreção de ADH REGULAÇÃO HORMONAL DA REABSORÇÃO RENAL DE ÁGUA NO NÉFRON DISTAL (TCD FINAL E DC) Pouca água corporal (desidratação)→ aumenta a osmolaridade sanguínea → aumenta ADH → aumenta reabsorção de água Muita água → baixa osmolaridade → inibição do ADH → baixa reabsorção Sem ADH: elimina muita água e com ADH você diminui a eliminação de água. DIABETES INSIPIDUS • Diabetes insípidus é um distúrbio resultante da ação deficiente do ADH, caracterizado pela eliminação de grandes quantidades de urina muito diluída. • Deficiência total ou parcial de ADH (hipofisário) ou resistência ao ADH (nefrogênico), causando à incapacidade de concentração da urina, mesmo nos estados de desidratação e hiperosmolaridade Ou o problema está na ação (nefrogênico) ou na secreção (neurogênico). Se não tem ADH → não reabsorve água → urina muito diluída D. insípidus central • É resultado da incapacidade da hipófise posterior de secretar quantidades adequadas de ADH (vasopressina) D. insípidus nefrogênico • Ocorre quando o rim não responde ao ADH Paciente em pronto-socorro com poliúria e polidipsia, primeiro você não vai pensar em diabetes insipidus, a primeira hipótese é um diabetes (então você vai fazer uma glicemia capilar) → se a glicemia vier normal ai você investiga as causas de poliúria, que são muitas DIABETES INSIPIDUS CENTRAL • Deficiência na produção hipotalâmica • Destruição por > 90% dos neuronios produtores de ADH • Início abrupto • Constante necessidade de beber (água gelada) • Noctúria • O compulsivo bebedor de água pode dar uma história vaga no início e tem grandes variações no consumo de água e de produção de urina. • OsmP > 295 mOsm / Kg DIAGNÓSTICO LABORATORIAL A urina estará muito diluída, então a densidade urinária e a osmolaridade urinária vem baixa. A hipernatremia vai depender do acesso a água, pois se esse paciente não tiver acesso a água (ex.: está intubado em UTI em ventilação mecânica), ele pode fazer hipernatremia, poliúria. Pois se tiver acesso a água ele vai beber muita água o tempo todo. TESTE DE RESTRIÇÃO HÍDRICA Esse teste dura entre 6-8 horas: tiramos a água do paciente e observamos a concentração urinária. Em pessoas normais, se ficamos sem beber água por muito tempo a urina tem que estar concentrada (aumento da osmolaridade urnária). No paciente com DM a urina vai estar diluída, tendo que parar o teste depois de umas 3 horas porque o paciente vai ter hipotensão pela desidratação → ele não consegue concentrar a urina! Com isso documentamos que ele não consegue concentra a urina e partimos para a parte 2 do teste → Dou DDAVP e observo → se a origem for central ele vai concentrar a urina depois do DDAVP → agora se for nefrogênico ele não vai conseguir concentrar a urina mesmo com o uso de DDAVP Tem que aferir a pressão de 30 em 30 minutos, pois o risco é hipotensão pois você diminuiu o volume dele, você tirou a água e ele continuou urinando. São pacientes que não conseguem dormir porque levantam a noite toda para beber água e fazer xixi. Suspeita: paciente com poluíria, na qual a urina é de grande volume com densidade reduzida. TRATAMENTO DDAVP: acetato de desmopressina • Intranasal: 10 a 40 mcg ( em 2 tomadas) ► Spray 10 mcg por puff ► Solução nasal 10 mcg por ml ( 1 dose – 1 ml no cateter graduado) • Oral: 20 a 120 mcg ( em 3 tomadas) ► Comprimido 0,1 mg (10 mcg) e 0,2 mg • Injetável: 1 a 4 mcg/dose ► Ampola de 4 mcg Desmopressina spray ou solução nasal: tem pelo alto custo no SUS; Você define a quantidade de desmopressina de acordo com a diurese do paciente, você monitora com medidas ou perguntar quantas vezes ele ta urinando durante a noite, etc. Geralmente deixamos o paciente urinar uns 2L de água por dia. HIPOPITUITARISMO • A deficiência na produção ou na ação de qualquer um dos hormônios da adenohipófise é denominada hipopituitarismo. Quando ocorre deficiência de mais de um hormônio, denominamos panhipopituitarismo. • Ocorre quando há comprometimento de mais de 75% do tecido pituitário ETIOLOGIA Existem várias causas, mas podemos ter por: tumores, lesões vasculares, lesão infiltrativa (hipofisite), causas congênitas (relacionadas com mutações), infecções, são inúmeras possibilidades SÍNDROME DE SHEEHAN • “Insuficiência Hipofisária iniciada no puerpério, acompanhada de necrose da glândula” FISIOLOGIA DA HIPÓFISE NA GESTAÇÃO • Aumento fisiológico da hipófise • Aumento da vascularização da hipófise • Diminuição do aporte sanguíneo • Regressão FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME DE SHEEHAN • Diminuição do aporte sanguíneo • Vasoespasmo das arteríolas • Isquemia prolangada da hipófise • Necrose hipofisária PANHIPOPITUITARISMO SÍNDROME DE SHEEHAN: SINTOMAS Ocorre a deficiência de todos os hormônios. A suspeita vêm quando a paciente não tem leite para amamentar e a menstruação não retorna (amenorreia) – tudo isso no puerpério → é um sinal de alerta. O tratamento é com reposição hormonal Ex.: levotiroxina devido a queda do TSH; glicocorticoides para a queda do ACTH; terapia hormonal para a queda do LH e FSH; somatropina para a queda do GH e desmopressina para a queda do ADH; SintomasHGH ACTH LH e FSH TSH PROLACTINA AGALACTIA
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