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Biopolítica e Educação em Tempos de Pandemia

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FACULDADE ÚNICA - IPATINGA-MG
ESTUDO DIRIGIDO
Curso: FILOSOFIA
Disciplina:Prática Pedag. Interdisciplina: Filosofia, política e educação
Tutor: Priscila Natália Tuane S. de Brito
Nome do aluno: Rosilene Silva Nunes - mat. 91245919
 A biopolítica é um tema da filosofia contemporânea que busca estudar a forma como a política enxerga e regulamenta as questões da vida, relaciona-se diretamente com a chamada microfísica do poder, ou seja, a dissolução deste em várias camadas, é algo próprio das sociedades modernas, onde as ideias até então debatidas perde seus sentidos, surgindo, então, as instituições dotadas de disciplinas, como escolas, quarteis, prisões, ambientes religiosos, conventos, fabricas e até mesmo as instituições familiares. Vale ressaltar, que essas ideias contrapõem à chamada macrofísica do poder, a qual está ligada a teoria política clássica em que o poder ficava centrado na mão de uma pessoa, como reis ou papas, etc.
O biopoder é a imposição do próprio poder. Foucault refletiu muito sobre essa questão, baseando-se questões empíricas, concretas; para o filósofo, o poder está entre as pessoas e se estabelece nas relações sociais, mas, enquanto monarquia, o soberano tem poder absoluto e os súditos obedecem e se submetem de forma voluntária.
No século XVIII, o poder centrava nas mãos dos monarcas, os quais tinham o condão de interferir diretamente na vida dos seus súditos, assim, vigorava a lógica do fazer morrer ou deixar viver. A partir do sec XIX, com o advento do capitalismo industrial, o poder passa a ser definido na lógica do fazer viver ou deixar morrer, o que significa investir em políticas que promovessem a vida, já que era imprescindível mão-de-obra que mantivessem o sistema capitalista em perfeito funcionamento e, deixar morrer aquele tipo de vida que não interessasse ao poder econômico ou político.
Fazendo um contraponto entre as situações outrora vividas com a atual da COVID -19, temos de modo o estado usando do seu poder para administrar a questão da vida e da morte da população quando se emprega, por exemplo, que a economia não pode morrer ou, quando as instituições passam a dispor de normas e regras a serem seguidas por todos, o estado tem que se posicionar em detrimento de vidas. 
Na educação, o estado também tem seus desafios, inclusive, no sentido de desenvolver métodos para que o ensino chegue a aqueles alunos que não tem condições de acesso à internet, a chamada exclusão digital, dentre outros percalços. 
Outro desafio é combater o abismo da desigualdade social que aumentou consideravelmente, a pandemia trouxe desemprego, crise econômica e financeira, obrigando alunos de idades mais avançadas a procurarem meios de sobrevivência, assim, a escola é a primeira a ser deixada de lado. 
No ambiente escolar, alunos de escolas públicas são os mais castigados, a educação perde seu valor; as consequências vem em efeito cascata, pois, sem estudo, pioram as chances de se posicionarem no mercado de trabalho; assim, mais uma vez, alunos de escolas privadas com condições econômicas mais favoráveis saem na frente, preparados para ocuparem as faculdades públicas, os empregos de alto escalão, as instituições, restando aos mais pobres a mão de obra barata e desqualificada, elevando, sobremaneira, as desigualdades e a necessidade de intervenção governamental.
É neste contexto que surge o estado com a sua biopolítica e poder de selecionar, investir e traçar estratégias sobre fazer viver ou deixar morrer; e assim, como em tempos remotos, será sopesado o que melhor lhe convém para manter o sistema em perfeito funcionando.
REFERENCIAS:
“Biopolítica”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=AL80TcvsY-A> . Acesso em: 31/01/ 2022.
“Biopoder: conceitos básicos”. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=CifM7il-3ow>. Acesso em: 31/01/2022.
Beiguelman, GiselleA pandemia das imagens: retóricas visuais e biopolíticas do mundo covídico. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental [online]. 2020, v. 23, n. 3 [Acessado 4 Fevereiro 2022] , pp. 549-563. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1415-4714.2020v23n3p549.7>. Epub 30 Out 2020. ISSN 1984-0381.https://www.scielo.br/j/rlpf/a/FWBYWLzgB7B9vGmW5fXmFGn/?format=html&lang=pt# .Acessado em 30/01/2022
Pogrebinschi, ThamyFoucault, para além do poder disciplinar e do biopoder. Lua Nova: Revista de Cultura e Política [online]. 2004, n. 63 [Acessado 4 Fevereiro 2022] , pp. 179-201. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-64452004000300008>. Epub 28 Fev 2005. ISSN 1807-0175. https://doi.org/10.1590/S0102-64452004000300008.
https://www.scielo.br/j/ln/a/p735HN4hVHwqvYYhZZQS4Pw/?lang=pt#
Acessado em 30/01/2022

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