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PROJETO - TCC- GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA

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(
Centro
 
Universitário
 
Leonardo
 
da
 
Vinci
)
IVONILDE MELO DE SOUSA SES0582/7
GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA: Análise sobre a Gravidez precoce na faixa etária de 14 a 17 anos das Adolescentes do CRAS/Campo Velho de Chapadinha - MA.
Chapadinha-MA 2020
 (
10
)
IVONILDE MELO DE SOUSA
GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA: Análise sobre a Gravidez precoce na faixa etária de 14 a 17 anos das Adolescentes do CRAS/Campo Velho de Chapadinha - MA.
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Tutora: Jarlene Lopes Nogueira
Chapadinha-MA 2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
APRESENTAÇÃO DO TEMA	6
PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL	7
JUSTIFICATIVA	9
OBJETIVOS DA PESQUISA	11
Objetivo Geral:	11
Objetivos Específicos:	11
METODOLOGIA DE PESQUISA	11
Tipos de pesquisa	11
Universo da pesquisa	12
1. INTRODUÇÃO
Sabe-se que a gravidez na adolescência é um dos grandes problemas que atinge a população de cidades do Brasil. A gravidez precoce, apesar de ocorrer em diferentes grupos, está associada diretamente com a baixa escolaridade e com a baixa renda e essa relação é comprovada em diversos estudos, inclusive com dados governamentais. Conforme Silva (2020), diversas pessoas acreditam que o problema da gravidez na adolescência é relacionado ao fato de que nessa idade não apresentam renda e maturidade suficiente para criar uma nova vida. No entanto, o problema vai além destes fatores.
Muitos acreditam que adolescentes não possuem conhecimento sobre os métodos contraceptivos, porém informações são fornecidas nas redes sociais, televisão e até mesmo nas escolas, ou seja, apenas uma pequena minoria não tem acesso à informação. Conforme Silva (2020), mesmo diante das informações fornecidas, os adolescentes não sabem se prevenir de maneira adequada, não compreendem o funcionamento de cada método, utilizando-o de maneira errônea ou, simplesmente, abandonam o uso por questões pessoais.
No inicio do ano de 2020, a Gravidez na adolescência foi tema da campanha Nacional no Brasil instituida pelo governo Federal, por meio da lei nº 13.798. A ação é voltada para jovens e suas famílias, com o objetivo de promover a reflexão sobre o desenvolvimento afetivo e a autonomia de adolescentes para reduzir casos de gravidez precoce. Hoje, mesmo sem a presença dos pais ou responsáveis, adolescentes com mais de 15 anos podem buscar orientações nas unidades de saúde e conversar com profissionais de saúde. Estes profissionais podem orientar sobre as intervenções adequadas de acordo com as necessidades dos adolescentes e se for necessário, orientam os métodos naturais e de anticoncepção, os hormonais de longa duração ou o uso da camisinha.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente nas unidades de atenção primária nove métodos contraceptivos que auxiliam no planejamento familiar: minipílula; pílula combinada; anticoncepcional injetável trimestral; anticoncepcional injetável mensal; diafragma; pílula anticoncepcional de emergência, conhecida como a pílula do dia seguinte; Dispositivo Intrauterino (DIU); o preservativo masculino e preservativo feminino.
Além desses métodos, o Sistema Único de Saúde disponibiliza de testes rápidos para infecções. No caso de alterações nos resultados nos testes, quando desacompanhados, os pais ou responsáveis são acionados para acompanhamento.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, no ano de 2018, 15% do total de crianças que nasceram vivas foram de mães com idade de até 19 anos. Segundo a pesquisa do Ministério da Saúde e do Nascer Brasil realizado no de 2016, 66% das gestações em adolescentes não são planejadas e 75% dessas mães adolescentes estavam fora da escola.
A gravidez precoce vem crescendo em ocorrências a cada ano no Brasil, portanto é motivo de preocupação devido às consequências que pode causar tanto para a criança para os pais adolescentes, bem como para suas respectivas famílias, comunidade e a sociedade em geral (RIOS; WILLIAMS; AIELLO, 2007).
No Maranhão, de acordo com um estudo realizado na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com o objetivo de Identificar as características socioeconômicas, demográficas, antropométricas e comportamentais, bem como os resultados perinatais da gravidez na adolescência, o estudo identificou que dos
2.429 partos que foram estudados, 319 (13,1%) destes foram de mulheres com idade abaixo de 18 anos, 395 (16,3%) com 18 e 19 anos, totalizando 714 mulheres com menos de 20 anos, ou seja, (29,4%) e as adolescentes com idade abaixo de 18 anos e de 18 e 19 anos tiveram menor renda familiar.
Percebe-se que na nossa realidade não é diferente, haja vista que frequentemente surgem relatos de adolescentes gravidas entre 14 aos 17 anos. A relação entre esta e o abandono da escola, com as consequências para o futuro das adolescentes e de seus filhos, é visível cada vez mais em Chapadinha - MA. Assim, com o crescente aumento do número de gestantes adolescentes surgem grandes desafios para a atenção à saúde tanto da mulher quanto da criança, haja vista que o corpo feminino é imaturo e pode sofrer algum tipo de comprometimento. Entre as adolescentes com idades entre 15 a 19 anos a chance de ocorrência de morte é duas vezes mais elevada eu as maiores de 20 anos, e entre os menores de 15 anos é ainda cinco vezes maior (SANTOS et al.,2009).
Em Chapadinha, de acordo com um estudo intitulado “Ações educativas para controle da incidência da gestação em adolescentes da comunidade Areal do município de Chapadinha – MA” realizado pela Universidade Federal do Maranhão
(UFMA). De acordo com Rojas (2016), o trabalho se deu de acordo com a percepção da equipe de saúde, sobre o crescente numero de adolescentes grávidas na área de abrangência do PSF do bairro Areal no município Chapadinha - MA, sendo que representa 21,53% do total das grávidas o que constitui um problema de saúde pública. Durante o trabalho no referido PSF identificou-se que não há atendimentos sistemáticos voltados especificamente às adolescentes nem atividades educativas preventivas contínuas sobre os temas da sexualidade, métodos contraceptivos e consequências de uma gravidez precoce, o que influencia muitas vezes à recorrência do problema.
Dessa forma, o trabalho tem caráter informativo, abordando sobre a gravidez na adolescência, trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de campo, com pesquisa no CRAS/Campo Velho de Chapadinha – MA, que objetiva discorrer sobre as consequências da gravidez na adolescência e as formas de prevenção visando prevenir uma gravidez indesejada, priorizando a juventude à saúde, os estudos e todo o desenvolvimento na fase de transição para a vida adulta.
2. APRESENTAÇÃO DO TEMA
O trabalho apresenta-se com tema: “GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA: Análise bibliográfica sobre a Gravidez precoce na faixa etária de 14 a 17 anos das Adolescentes do CRAS/Campo Velho de Chapadinha – MA”. Diante da observação e relatos do crescente número de casos de gravidas adolescentes no Brasil e no mundo, tal temática motiva a buscar se aprofundar com o objetivo produzir um trabalho que possa ajudar futuras pesquisar com tal temática.
A mulher grávida precocemente pode apresentar sérios problemas durante a gestação, inclusive risco de morte. Entre os fatores biológicos que merecem destaque, podemos citar os riscos de prematuridade do bebê e baixo peso, morte pré-natal, anemia, aborto natural, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, risco de ruptura do colo do útero e depressão pós-parto. Dessa forma, CRAS, como uma instituição pública municipal, deve apresentar uma infraestrutura adequada, com profissionais capacitados para atenderem as pessoas em situação de vulnerabilidade social, ou seja, pessoas com risco social, tendo como principal objetivo a Proteção Social Básica dos usuários que recorrem os serviços oferecidos pela instituição.
O CRASé a unidade pública responsável pela oferta do programa de atenção integral as famílias-PAIF e, dessa forma deve dispor de espaços que possibilitem o desenvolvimento das ações previstas por este serviço [...] O imóvel do CRAS, seja alugado, cedido ou público deve assegurar a acessibilidade para as pessoas com deficiência e idosas. Constitui fator relevante para a escolha do imóvel a possibilidade de adaptação de forma a garantir o acesso a todos os seus usuários [...]. O CRAS deve ser uma unidade de referência para as famílias que vivem em um território (ORIENTAÇÕES TECNICAS DO CRAS, 2009, p.48)
Dessa forma, o objetivo da pesquisa e descrever sobre as consequências da gravidez na adolescência e as formas de prevenção, conscientizando e informando sobre os cuidados da gravidez na adolescência e, além disso, pontuar ações que o município realiza através do SEMAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), no atendimento às adolescentes gravidas, trazendo como problema a seguinte pergunta: Como vem se realizando o trabalho do assistente social no CRAS do Bairro Campo Velho.
3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a gravidez na adolescência ocorre entre os 10 aos 20 anos, sendo considerada uma gravidez de risco. É importante ressaltar que os riscos e as circunstâncias da gravidez de risco influenciam em uma série de conflitos e crises, por isso é fundamental que haja instrução e acompanhamento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1999), 7,3 milhões de adolescentes que se tornam mães e 2 milhões são menores de 15 anos. Ao analisar esses dados, percebe-se que é algo preocupante, haja vista que são mudanças explicitadas pelo ambiente social na qual adolescentes estão inseridas pelo mínimo acesso às políticas públicas com direitos que às vezes são violados, além da vulnerabilidade das famílias que vivem em extrema pobreza e por falta de conhecimento aos direitos sociais.
A gravidez na adolescência é considerada como um dos grandes problemas de saúde pública do Brasil. Estudos desenvolvidos nesta área mostra a relevância do mesmo. A partir destes estudos percebe-se a importância do assunto sobre as implicações sociais de saúde causadas por uma gravidez precoce indesejada. Entende-se que a adolescência é um período de vida que merece atenção, pois essa transição entre a infância e a idade adulta pode resultar ou não
em problemas futuros. A gravidez indesejada na adolescência traz consequências para a saúde, educação, emprego e direitos de milhões de adolescentes em todo o mundo, e pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento de seu pleno potencial (UNFPA, 2013).
A instituição que se apresenta para coleta de dados e o CRAS do Bairro Campo Velho de Chapadinha – MA. O CRAS é uma instituição que promove a Proteção Social Básica aos usuários, objetivando prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidades e dos riscos sociais. Diante disso Braga (2011, p. 148) afirma que “deve prestar serviço, potencializando as mudanças significativas para a população, com vistas a mudar suas condições efetivas e torná-la sujeito de sua própria vida".
Nesse sentido, os assistentes sociais são mediadores no CRAS na prestação de atendimento aos usuários que buscam os programas, projetos, serviços entre outras ações socioeducativas que o CRAS dispõe para que estes usuários tenham seus direitos garantidos.
O Serviço Social constitui-se numa profissão de natureza interventiva, cuja ação se coloca em face das demandas sociais que substanciam a sua intervenção sócio histórica na sociedade. Tendo em vista a argumentação precedente, como todo profissional, o assistente social realiza sua prática através da rede de mediações, que ontologicamente estrutura o tecido social (PONTES, 2002, pág. 155).
Assim, o curso de Serviço Social se implanta como profissão, formando assistentes sociais que atuam no âmbito das políticas socioassistenciais tanto na esfera pública quanto na privada, auxiliando para que os usuários tenham seus diretos garantidos, carregando as suas competências, atribuições, responsabilidades, funções, princípios e valores enquanto profissionais, direitos estes que são assegurados pelo Código de Ética (1993), Lei que Regulamenta a Profissão e no seu Projeto Ético Politico profissional. Quanto às competências do
I - elaborar, programar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares: II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil: III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população; V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos; VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; VIII - prestar assessoria
e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo: IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos sociais da coletividade: X- planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social, XI - realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades (BRASIL, 1993, Art. 4°, s/p).
De acordo com José Paulo Netto (2000, pág. 95), "os projetos profissionais apresentam uma autoimagem de uma profissão, escolhem os valores que a legitimam socialmente, delimitam e priorizam os seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos, institucionais e práticos) para o seu exercício", atuam como mediador, intervêm em conflitos entres as classes sociais buscando igualdade, justiça e oportunidade a todos. Assim, entende-se que o objeto de trabalho dos assistentes sociais é nada mais do que as expressões da questão social, e das desigualdades sociais que não se limita somente na área de assistência social, da educação e da saúde. "É o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura" (IAMAMOTO, 2010, p. 27).
Dessa forma, é fundamental que a assistentes sociais juntamente com a escola devem assumir a sua função social, promovendo ações que possam auxiliar na sensibilização da comunidade através de projetos. Diante disso, é que este projeto se torna essencial para que sejam abertas as discussões acerca do problema aqui exposto, pois através da elaboração e execução deste, buscaremos a sensibilização das adolescentes e convida-los a refletir sobre as consequências de uma gravidez indesejada.
4. JUSTIFICATIVA
A gravidez precoce está se tornando cada vez mais comum na sociedade, é nessa fase da adolescência que o indivíduo descobre coisas novas na formação de sua identidade. A gravidez na adolescência afeta o sistema psicológico, transforma seus projetos, suas ideias e até mesmo o cotidiano das adolescentes. O apoio da família através do diálogo, como forma de esclarecimento, evita os riscos de aborto, fugir de casa, abandono dos estudos e outros problemas que podem ser evitados. A adolescência é considerada como um momento de uma transição entre a
infância e adolescência assim, ocorrendo o desenvolvimento físico, sexual, mental, emocional entre outras mudanças radicais que podem ocasionar em problemas para a vida do adolescente.
Adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, caracterizado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social e pelos esforços do indivíduoem alcançar os objetivos relacionados às expectativas culturais da sociedade em que vive. A adolescência se inicia com as mudanças corporais da puberdade e termina quando o indivíduo consolida seu crescimento e sua personalidade, obtendo progressivamente sua independência econômica, além da integração em seu grupo social. (TANNER, 1962 apud EISENSTEIN, 2005, p. 6-7).
Nesse sentido, gravidez na adolescência tem sido considerada situação de risco e ao colocar impedimentos na continuidade dos estudos e no acesso ao mercado de trabalho, é elemento desestruturado da vida de adolescentes (BRASIL, 2010).
Neste sentido, Moreira et al. (2008, p. 42) ressaltam que:
com seus filhos, acabam não cumprindo seu papel de educador. Assim, as famílias não transmitem a orientação sexual adequada, deixando o jovem em desvantagem. Esse despertar da sexualidade na adolescência é acompanhado por uma grande leva de desinformação. Os pais, por não disporem de informação ou por constrangimento em falar sobre sexo
A gravidez na adolescência implica em vários fatores, como pessoais, sociais e familiares, em muitos casos, está relacionada com situação de vulnerabilidade social, ocorrência de violência sexual, bem como com a ausência de informações e acesso aos serviços de saúde. ‘’Por outro lado, não se pode deixar de considerar, que a gravidez pode expressar um desejo de adolescentes e jovens e pode estar incluída em seus projetos de vida’’ (BRASIL, 2010, p. 125).
A escolha do referido tema gravidez na adolescência justifica-se pelas observações durante os estágios realizados no CRAS, tal temática aprimora a importância do trabalho dos assistentes sociais em uma unidade pública responsável pela oferta de serviços de proteção social, haja vista que caso de gravidez precoce vem aumentando cada vez mais, havendo assim a necessidade de politicas sociais capacitadas para atendimento aos usuários. Portanto, espera-se que este projeto possa contribuir de maneira significativa para conscientização no que se refere à gravidez na adolescência, e consequente diminuição das vulnerabilidades que esse grupo está exposto, além de permitir uma reflexão para essa temática.
5. OBJETIVOS DA PESQUISA
A seguir serão apresentados os objetivos propostos para a presente pesquisa bibliográfica.
5.1 Objetivo Geral:
· Descrever sobre as consequências da gravidez na adolescência e as formas de prevenção.
5.2 Objetivos Específicos:
· Conscientizar e informar sobre os cuidados da gravidez na adolescência,
· Analisar através de livros, artigos e dissertações a realidade social referente à temática,
· Pontuar ações que o município realiza através do SEMAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), no atendimento às adolescentes gravidas.
6. METODOLOGIA DE PESQUISA
A metodologia é uma maneira onde é detalhado passo a passo de como será realizada a pesquisa na prática, ou seja, a coleta das informações ligadas ao tema até os instrumentos e técnicas que se pretende utilizar para concretizar o trabalho. De acordo com Minayo, a metodologia não só contempla a fase de exploração de campo (escolha do espaço da pesquisa, escolha do grupo de pesquisa, como também o estabelecimento dos critérios de amostragem e construção de estratégia para entrada em campo) como a definição de instrumentos e procedimentos para análise de dados (MINAYO, 2010, p.43).
6.1 Tipos de pesquisa
A pesquisa utiliza como método a pesquisa bibliográfica considerando a contribuição para a ampliação do conhecimento sobre a gravidez na adolescência e de campo, haja vista que será necessário fazer uma pesquisa no CRAS do Bairro
Campo Velha. Desse modo, para melhor desenvolvimento e fundamentação do trabalho será realizada análises em livros, teses, artigos e dissertações fornecidas pelas plataformas Scielo, Capes e Google Acadêmico.
Fontes primárias dados históricos, bibliográficos e estatisticos: informações, pesquisas e material cartografado; arquivos oficiais e particulares, registros em geral, documentação pessoal (diários, memórias, autobiografias), correspondência pública ou privada etc (MARCANI: LAKATOS, 2007, pág. 26).
A pesquisa caracteriza-se também como exploratória, "cujo objetivo é a formulação de questões A ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno para a realização de uma pesquisa futura, precisa ou modificar e clarificar conceitos" (MARCONI; LAKATOS, 2007, pág.85). Onde será descrito na referida pesquisa as consequências da gravidez na adolescência e as formas de prevenção no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), conforme descritos no objetivo geral do trabalho.
Optou-se pela abordagem qualitativa, haja vista que se pretende conhecer a realidade do trabalho dos assistentes socias do CRAS. A pesquisa qualitativa "trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes" (MINAYO, 2008, pág. 21).
. Além disso, serão realizadas observações. As observações são de grande importância para auxiliar no processo da pesquisa, onde se coloca como observador de uma situação social, com finalidade de realizar uma investigação cientifica, tendo contato direto com profissional aprimorando o contexto da pesquisa (MINAYO, 2008).
6.2 Universo da pesquisa
Inicialmente será realizada uma reunião com os estagiários e a supervisora de campo com o intuito de discutir as ações preventivas para a realização deste projeto. Em relação às adolescentes que já estão cadastradas no CRAS, serão realizadas mobilizações através de busca ativa, entrega de panfletos na Instituição do CRAS com a finalidade de participar de ações do projeto de intervenção.
No primeiro encontro será realizada uma palestra abordando o tema “Gravidez na adolescência” com todos os envolvidos no projeto definindo a data e horário que foi proposto no cronograma. Em seguida será e em seguida uma dinâmica
educativa, onde será realizada uma avaliação por parte do publico alvo, os pontos positivos e negativos, partilhando também conquistas e avanços obtidos no decorrer do projeto. Ao termino será oferecido um Coffe Breack, como meio de fortalecimento dos laços criados durante a execução do referido projeto. Por fim, ocorrerá uma avaliação participativa entre as estagiárias e a supervisora de campo que são relatados, os avanços e as dificuldades encontradas ao aplicar o projeto.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica n.26- Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília, 2010. 300p.
MOREIRA, T. M. M.; et al. - Conflitos vivenciados pelas adolescentes com a descoberta da gravidez. Revista da escola de en/fermagem. USP v. 42 n. 2 São Paulo, Jun- 2008.
CORREIA, D. S.et al. Aborto provocado na adolescência: quem o praticou na cidade de Maceió, Alagoas, Brasil. Rev. Gaúcha Enferm. v. 30, v. 2, p. 167-74, 2009.
Disponível em: Acesso em: 06 de jun. de 2020.
Gravidez na adolescência. Disponível em www.todamateria.com.br/ (OMS).(ONU) ano 1999.
CRAS – (Centro de referência e assistência social) Bairro Campo Velho – Chapadinha / 2018.
SANTOS, Graciete Helena Nascimento dos et al. Impacto da idade materna sobre os resultados perinatais e via de parto. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 31, n. 7, p. 326-334, Jul. 2009. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 72032009000700002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 23 jun. de 2020.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Gravidez na adolescência"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez- adolescencia.htm. Acesso em 28 de novembro de 2020.
UNFPA. Gravidez na adolescência é tema do relatório anual do UNFPA. 2013. Disponível em: Acesso em: 07 de jun. de 2020.
TINNA, Oliveira. Agência Saúde. Disponível em < https://antigo.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46276-prevencao-de- gravidez-na-adolescencia-e-tema-de-campanha-nacional> Acesso em 28 de novembro de 2020.
SIMOES,Vanda Maria Ferreira et al . Características da gravidez na adolescência em São Luís, Maranhão. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 37, n. 5, p. 559-565, Oct. 2003 .	Disponivel em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 89102003000500003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 29 Nov. 2020.
Rojas, Juan Carlos Cabezas Ações educativas para controle da incidência de gestação em adolescentes da comunidade de areal do município Chapadinha
– MA/Juan Carlos Cabezas Rojas. – São Luís, 2016.
RIOS, K. S. A.; WILLIAMS, L. C. A.; AIELLO, A. L. R. Gravidez na adolescência e impactos no desenvolvimento infantil. Adolesc Saúde. v.4, n.1, p. 6-11, 2007.
Disponível em: http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=114. Acesso em: 28 de novembro de 2020.
EISENSTEIN, E. Adolescência: definições, conceitos e critérios. Adolesc Saúde. V. 2, n.2, p. 6-7, 2005. . Disponível em: <file:///C:/Users/User/Downloads/v2n2a02.pdf>.
Acesso em: 28 de novembro de 2020.
ORIENTAÇOES TECNICAS: Centro de Referência de Assistência Social - CRAS/Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome- 1.ed. Brasília :MDS,2009

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