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A2- Intervenções Psicossociais

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PROJETO DE INTERVENÇÃO
Beatriz Garcia
Caio Bittencourt
Diego Roberto da Silva
Giovana Dantas
Livia Simões de Abreu Oliveira
Mariana da Silva Costa
Roberta D’Andrea Vera Chirol 
 
Projeto apresentado ao curso de graduação 
 em Psicologia do Centro Universitário IBMR 
como forma de avaliação “N2” da disciplina de 
Intervenções Psicossociais, ministrada 
pela professora Tatiane Curi.
O VOO DA CEGONHA
Rio de Janeiro 2021
RESUMO
No Brasil, há um número expressivo de meninas grávidas e já mães, na faixa entre 12 e 18 anos, sendo a maior parte delas com um nível de escolaridade muito baixo e pertencentes a uma classe social não privilegiada ou em total situação de vulnerabilidade. Esses dados preocupam as autoridades e estudiosos não somente pelo fato de atingir diretamente essas meninas e seus familiares, mas também porque geram várias implicações de cunho econômico e social. O objetivo deste trabalho é propor um projeto de intervenção na AP 5.3 que foi mapeada pelo grupo, e que se encontra em situação de grande vulnerabilidade, a fim de promover encontros e debates descontraídos e adaptados a determinadas faixas etárias (citadas acima) sobre os temas: educação sexual, métodos contraceptivos, evasão escolar, empregabilidade, desenvolvimento social e planejamento familiar. Sempre levando em consideração que muitas dessas gravidezes são desejadas e não são encaradas como um problema mas sim como um ganho para muitas meninas sem perspectivas de futuro palpável e que reconhecem essa gravidez como um exemplo a ser seguido dentro de sua comunidade.
Palavras Chave: Gravidez; Adolescência; Prevenção; Vulnerabilidade social.
Sumário
1 Introdução	03
2 Problema	04
3 Justificativa	06
4 Objetivos	08
4.1 Objetivo geral	08
4.2 Objetivos específicos	08
5 Revisão de Literatura	09
1 - INTRODUÇÃO
Um dos aspectos significativos da adolescência diz respeito à evolução da sexualidade. Nessa fase, surgem modificações físicas e psicológicas de forma natural que resultam em um estímulo para o início do exercício sexual. Frente aos problemas advindos desse contexto, destacam-se a exposição às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a gravidez não planejada. É, portanto, um problema de saúde pública, sendo necessário que profissionais da saúde tenham uma atenção mais qualificada para com essa faixa etária e o governo invista em políticas públicas para trabalhar o tema e suas consequências principalmente em territórios mais vulneráveis.
Diante desse contexto, o projeto O voo da cegonha foi desenvolvido para abordar o tema da gravidez indesejada e suas consequências físicas, psíquicas e sociais, dentro da comunidade de Antares, no bairro de Santa Cruz no Rio de Janeiro. Por meio de encontros com rodas de conversas e atividades ao ar livre, o projeto busca estabelecer um diálogo lúdico, didático e respeitoso com meninas entre 10 a 19 anos de idade. Levando em conta o perfil sócio-econômico-demográfico da população desse território, ou seja, suas características no seu modo de viver, consumir e se comportar em sociedade.
2 - PROBLEMA
Segundo dados do DataSUS/Sinasc em 2020 por dia ocorreram 1.500 nascimentos oriundos de jovens mães no Brasil. Mesmo com uma queda registrada nas pesquisas de 2020, realizadas pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), em relação ao ano 2000, os números continuam muito altos, principalmente entre meninas de 10 a 14 anos de idade. Contabilizados 19.330 nascimentos com mães de até 14 anos no ano de 2019 entendemos que a cada 30 minutos uma menina entre 10 e 14 anos se tornou mãe no Brasil de forma extremamente precoce (DataSUS/Sinasc 2019).
Árvore de problemas:
Malformação do feto
Ausência de políticas públicas
Depressão
Abandono escolar
Imaturidade emocional
Causas
Problema central
Consequências
aumento da desigualdade social
Tabu gerado pela religião
Gravidez indesejada na Adolescência (10 a 19 anos)
Abuso sexual
Vida sexual precoce
3 - JUSTIFICATIVA
A gravidez na adolescência resulta em diversos fatores como o aumento da mortalidade devido às complicações na gestação, evasão escolar por conta das condições socioeconômicas, aumento de crianças em casas de acolhimento ou orfanatos, assim como a contribuição para o aumento do desemprego e desigualdade social. A gestação na adolescência gera uma preocupação e pontos de atenção que estão entrelaçados, como o aumento dos diagnósticos de HPV e as formas de identificação de violências sexuais, dados provam que a atividade sexual entre os jovens está precoce de tal modo que o acesso e multiplicação da informação sobre educação sexual não acompanha. Gravidez na adolescência além de ser um assunto ainda à ser trabalhado entre os jovens, de maneira que possam entender o processo de desenvolvimento sexual e a forma planejada de realizar objetivos como o casamento ainda na juventude, sofre barreiras morais e éticos frente a sociedade que é tomada por uma geração criada em épocas onde o mesmo assunto era entendido e praticado de outra forma, talvez com irresponsabilidade e pré-conceitos.
4 - OBJETIVOS
4.1 - Objetivo Geral
Estabelecer um diálogo descontraído focado para meninas entre 10 e 19 anos (contando com a participação ativa dos pais e adolescentes) do território mapeado sobre as implicações físicas, psicológicas e sociais de uma gravidez precoce.
4.2 - Objetivos Específicos
1. Ajudar crianças e adolescentes a identificarem abusos sexuais;
2. Aumentar a adesão aos métodos contraceptivos e de prevenção a infecções de transmissão sexual;
3. Apoiar o desenvolvimento de atitudes saudáveis como retardar a primeira relação sexual;
4. Ampliar as perspectivas de futuro evitando assim a evasão escolar. 
Árvore dos objetivos:
Ampliar perspectivas de futuro
redução do abuso sexual
redução da evasão escolar
Meios
Objetivo central
Fins
redução da desigualdade social
Incluir responsáveis e pessoas importantes da comunidade no diálogo 
Conscientizar adolescentes e responsáveis, através de um diálogo respeitoso e colaborativo sobre as implicações físicas, psíquicas e sociais da gravidez indesejada. 
Investimento em educação
Políticas públicas de prevenção 
Abrir espaço para sugestões dos adolescentes
adiar a primeira relação sexual
Construção de diálogos saudáveis no território
5 - REVISÃO DE LITERATURA
Com o objetivo contextualizar o problema identificado como passível de intervenção para o desenvolvimento do presente projeto foi feita uma análise bibliográfica a partir de artigos, livros e trabalhos acadêmicos que abordam a temática da gravidez em adolescentes em situação de vulnerabilidade e seus conceitos: adolescência, gravidez na adolescência, vulnerabilidade social na educação de crianças e adolescentes, a evasão escolar como consequência de uma gravidez precoce e as implicações dessas condições nas projeções para o futuro dessas jovens vulneráveis.
A adolescência representa um momento de transição entre a infância e a fase adulta, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) esse período vai dos 10 aos 19 anos. Uma gravidez nesta etapa tão importante da vida de uma menina é considerada indesejada e pode acarretar riscos à saúde da mãe e do bebe, uma vez que o corpo nessa fase ainda está em formação e não está preparado para uma gestação. Diante desse cenário Moreira et al. (2008) explica que, clinicamente, essa gravidez precoce vem associada ao aumento de intercorrências obstétricas ou neonatais, dentre as quais: morte materna, prematuridade, mortalidade neonatal e baixo peso de recém nascidos.
Mas então porque o número de adolescentes grávidas continua tão alto no Brasil já que é um grande fator de risco para a saúde de meninas e bebês? Existem algumas causas pesquisadas mas podemos começar com uma das que se destaca que é o fato da nossa sociedade ser de origem cristã e o sexo e a sexualidade ainda serem tabus. Estes por sua vez geram desinformação e medo por parte de meninos e meninas quando se trata de discutir com seus responsáveis sobre o ingresso na vida sexuale consequentemente utilizarem métodos contraceptivos. Segundo Moreira et al. (2008, p 42) quando os adolescentes despertam para a sexualidade a família, por desinformação ou constrangimento, permite que esses jovens fiquem em desvantagem ao deixar de transmitir uma educação sexual adequada. Outro fator que podemos destacar, vem para contradizer algumas versões que apontam que a gravidez na adolescência é sempre indesejada e tida como um problema. Não é bem por aí, segundo o Caderno de Atenção Básica n.26 – Saúde sexual e saúde reprodutiva, a gravidez pode ser desejada e planejada por adolescentes e jovens estando sim incluída em seus projetos de vida. Essa “afirmativa” pode ser interpretada de diversas formas e, para o nosso PI, que pretende atuar em um território de grande carência de infraestrutura básica, social e de saúde, além de ser uma área muito violenta, abordar a vertente da vulnerabilidade social foi a que se encaixou melhor com a pesquisa.
A vulnerabilidade social, conforme descrito pela Política Nacional de Assistência Social é a “fragilidade devida à exposição a processos de exclusão social de famílias e indivíduos que vivenciam contextos de pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso a serviços públicos) e/ou fragilização de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento social” (PNAS 2004). Dentro desse conceito foi possível observar duas diferentes dimensões, sendo uma relacionada ao material, referente a renda ou acesso a serviços oferecidos pelo Estado. E a outra, se refere à dimensão relacional do indivíduo, que está presente na fragilidade nas relações familiares, nos vínculos relacionais e de pertencimento social. Essa segunda dimensão pode ser utilizada para interpretarmos uma das causas da gravidez na adolescência citadas acima, que diz sobre fazer parte de um planejamento de vida de algumas dessas meninas.
A falta de perspectiva de futuro e noção de pertencimento social pode incluir de maneira consciente o desejo de ser mãe nos planos de futuro de jovens em situação de vulnerabilidade. E isso acaba se tornando um ciclo muito difícil de ser quebrado, já que as referências femininas presentes ao redor dessas crianças e adolescentes normalizam a mulher sendo mãe antes dos 19 anos. A prima, a avó, a irmã da melhor amiga, todas foram mães na adolescência. Além disso, a escola que deveria atuar como um agente transformador no olhar desses adolescentes para o mundo se encontra com sua estrutura (seja física, insumos, profissionais) esvaziada. Com poucos atores sociais exercendo diversos papéis além do seu de origem e que não dão conta dessas crianças e adolescentes que chegam na escola trazendo cada um o seu mundo particular. Os profissionais ali presentes não conseguem atender essa escola e esses alunos, faltam psicólogos, orientadores educacionais e até mesmo pedagogos, resultando num processo mecanizado desenvolvido para atender metas de governo.
 	As adolescentes uma vez grávidas e dentro da escola não conseguem acompanhar o processo falho de ensino e não são acolhidas de maneira a permanecerem na escola. Diante desse cenário nos deparamos com o problema da evasão escolar por parte dessas meninas (e não só por elas), resultando em uma busca por subempregos ou se tornarem dependentes da família e do Estado. Neste contexto as jovens vulneráveis aceitam e tendem a se conformar com sua condição, acreditando que seu destino é permanecer naquelas condições sociais e de emprego informal e procuram não criar muitas expectativas por um futuro mais próspero.
6 - METODOLOGIA
Iniciamos nosso projeto com a escolha do território que identificamos como vulnerável e com alto índice de gravidez entre meninas na faixa etária de 10 a 19 anos. Desde 1993, a Secretaria Municipal de Saúde dividiu geograficamente a cidade em 10 áreas programáticas (APs) para melhorar o gerenciamento dos serviços de saúde.
Fonte: MAPEAMENTO DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS E DA POPULAÇÃO TRABALHADORA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO concluído em abril de 2017 pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
Composta pelos bairros de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba A ap-5.3 localiza-se no extremo oeste do Município do Rio de Janeiro e ocupa uma área total de 168.04km2 – 13,15% da área da cidade com uma população de 371.319 pessoas (IBGE). Caracteriza-se por ser uma região proletária, em que coexistem diversos problemas como dificuldades de transporte, falta de saneamento adequado em alguns pontos, ações de milícias em comunidades carentes, problemas ambientais sérios e aumento da violência. 
Neste mapeamento observamos que 25 mil jovens entre 14 a 29 anos, os ¼ dos residentes na Região Administrativa de Santa Cruz, estão fora da escola e do mercado de trabalho. Menos de 5% frequentam ou frequentaram o ensino superior e uma a cada 5 meninas com idade entre 15 e 17 anos tem filhos vivos. Esta região tem a maior taxa de homicídios de jovens negros entre as 8 regiões administrativas da Zona Oeste. O índice de acesso à cultura da região administrativa é de 6/100.
Escolhemos então focar na RA de Santa Cruz, mais especificamente na comunidade de Antares, onde se situa a ONG Instituto Santa Cruz de Esportes que será a primeira parceira a abrigar nosso projeto. Após a escolha do território fizemos uma análise aplicando o método swot a fim de identificar as ameaças, oportunidades, fraquezas e forças a serem consideradas na concepção do projeto.
Matriz Swot:
6.1 DETALHAMENTO DO PROJETO
O projeto de intervenção consiste em uma roda de conversa focada para meninas de 10 até 19 anos( contando com a participação ativa dos pais e adolescentes ) para educar as meninas sobre sexualidade. Serão promovidos encontros 2 vezes na semana durante os meses de Dezembro de 2021 e Janeiro/Fevereiro de 2022. Serão divididos em 5 grupos separados por idade. A linguagem e mediação adequada será de acordo com as diferentes idades agrupadas de dois em dois anos. Cada grupo terá aproximadamente 2 encontros por mês e os pais serão convidados a participar de atividades junto com as crianças e adolescentes. Os primeiros grupos a serem desenvolvidos ideias invencionistas frente à luz do p.I. - Projeto de intervenção são grupos formados por jovens que já se encontram em zonas de atenção, ou seja, moradores de locais onde a vivência é colaborativa para o desenvolvimento de uma gravidez precoce, assim como em unidade de concentração que já possuem histórico de índices elevados de gravidez na adolescência como escolas e unidades educacionais.
. 
3. Análise do contexto (diagnóstico) e justificativas 
Evidenciando que uma gravidez na adolescência traz incapacidade psíquica para criar e fisiológica, já que como a mulher não está totalmente pronta fisicamente para uma gestação, há maior chance do parto prematuro, rompimento precoce da bolsa e aborto espontâneo, por exemplo, e ja que maior parte das meninas que se encontram em uma gestação precoce não estão preparadas emocionalmente para serem mães, é comum o desenvolvimento de depressão, tanto durante a gravidez, como no pós-parto .Além disso, produzem mudanças físicas, problemas emocionais, problemas familiares, o abandono escolar e outros problemas sociais. 
A gravidez precoce está se tornando cada vez mais comum na nossa sociedade, já que os adolescentes estão iniciando a vida sexual mais cedo. Adolescência e gravidez quando ocorrem juntas, acarretam grandes consequências principalmente para os adolescentes envolvidos e seus familiares. Geralmente esses jovens não estão preparados emocionalmente e financeiramente para assumir este tipo de responsabilidade que fazem com que muitos adolescentes deixem seus estudos, saiam de casa, cometam abortos e até mesmo abandonem as crianças.
No documentário MENINAS produzido por Sandra Werneck, mostra a história de quatro meninas: Evelin (13 anos), Luana (15 anos), Edilene (14 anos) e Joice (15 anos). Apesar de serem histórias distintas, as meninas apresentam em comum o fato de possuírem baixarenda e terem seus sonhos anulados pela chegada de um filho, esse documentário é usado em escolas para mostrar a difícil tarefa de ser mãe tão jovem. Diante dos impactos negativos de uma gestação mal planejada, é fundamental que professores conscientizem os alunos da responsabilidade da maternidade na adolescência, que, muitas vezes, adia sonhos e provoca graves problemas emocionais.
O projeto de intervenção busca melhorar o conhecimento dos jovens de forma que se alcance o grupo onde os índices de gravidez na adolescência são altos. O P.I. se baseia principalmente no desenvolvimento de um método dialético, sabendo-se que o método dialético é formado com o discurso ou debate entre duas ou mais partes com pontos de vista diferentes de forma que haja um consenso ou direcionamento de pensamento, adaptado para a abordagem juvenil é a característica a ser levada em consideração é o modelo de pensamento que em boa parte é unilateral já enraizado por seu desenvolvimento educacional, ou seja, o jovem não conhece a amplitude de uma gravidez precoce assim como seu reflexo em diversos contextos, além das formas de prevenção e até conhecimento do próprio corpo e seu desenvolvimento na puberdade. A dialética a ser desenvolvida baseia-se num contexto onde será abordado e transmitido o conhecimento que irá decorrer da fixação do que foi debatido quando o outro ponto de vista – o jovem, desenvolver um novo pensamento em discurso com sobre uma ótica empirista, visto que seu conhecimento sobre o assunto ainda é a raiz para o raciocínio, mas que se moldará no decorrer quando perceber e reconhecer as informações concretas que chegaram e serão captadas em todo o debate. Objetivo é alcançar grupos na faixa etária de jovens com idades de 13 a 17 anos que residem em locais com vulnerabilidade social e onde há carência de informações sobre o assunto e outros que indiretamente ou diretamente influenciam para que aconteça uma gravidez precoce sem planejamento e estrutura, o objetivo é atingir a faixa de idade até os 17 anos, onde a menoridade por lei ainda é vigente e o índice de emancipação é pequeno, levando em consideração a possibilidade de trabalho registrado e autonomia com a maioridade a partir dos 18 anos. O projeto possui uma ampla ideia de ação com programas e projetos sociais que visam levar aos grupos de foco a ideia de que precoce não é exatamente o tabu que é perpetuado pela sociedade, mas sim que mesmo localizando o tipo de gravidez e estabelecendo um grupo que no qual são os jovens, a gravidez precoce ainda requer uma análise dependente da particularidade de cada indivíduo e toda sua estrutura sócio-histórica-cultural. O núcleo escolhido são locais de concentração de maior número de jovens, como escolas, igrejas e grupos isolados de esportes e até mesmo recreação, são locais que além de alcance muito maior de jovens, a possibilidade de proliferar o conhecimento se torna ainda maior de forma efetiva e com boas tendências de êxito. 
 
4. Árvore de problemas e árvore de objetivos 
A árvore de problemas e a árvore de objetivos são instrumentos de analise que permitem avaliar com mais consistência o alcance das medidas propostas 
5. Seleção do projeto 
O projeto de intervenção consiste em uma roda de conversa focada para meninas de 10 até 19 anos( contando com a participação ativa dos pais e adolescentes ) para educar as meninas sobre sexualidade. Serão promovidos encontros 2 vezes na semana durante os meses de Dezembro de 2021 e Janeiro/Fevereiro de 2022. Serão divididos em 5 grupos separados por idade. A linguagem e mediação adequada será de acordo com as diferentes idades agrupadas de dois em dois anos. Cada grupo terá aproximadamente 2 encontros por mês e os pais serão convidados a participar de atividades junto com as crianças e adolescentes. Os primeiros grupos a serem desenvolvidos ideias invencionistas frente à luz do p.I. - Projeto de intervenção são grupos formados por jovens que já se encontram em zonas de atenção, ou seja, moradores de locais onde a vivência é colaborativa para o desenvolvimento de uma gravidez precoce, assim como em unidade de concentração que já possuem histórico de índices elevados de gravidez na adolescência como escolas e unidades educacionais. 
O P.I. consiste em reeducar essas crianças e adolescentes, os instruindo ao uso de contraceptivos, ajudando- os a entender o que é a educação sexual.
Os resultados esperado a curto prazo são:
- Adesão dos jovens e suas famílias aos encontros;
- Aumento da procura por métodos contraceptivos;
- Proliferação de informações entre os jovens e familiares a ponto de atingir a comunidade local que não tem participação direta nos encontros.
 - Conscientização e planejamento sob um objetivo de casamento ainda na adolescência;
- Proliferação da informação sobre a identificação de violência sexual infantil e adulta, principalmente entre jovens mulheres. Identificação dos processos de alienação de idade, onde os casos são mais recorrentes entre jovens meninas.
Os resultados a longo prazo :
- redução do número de casos de gravidez precoce registrados por território;
-redução nos índices de abuso sexual no território
- redução dos índices de evasão escolar
Meta: é expandir para os outros bairros que pertencem a AP 5.3 - Paciência e Sepetiba - já que começamos a intervenção apenas em Santa Cruz.
6. Detalhamento do projeto 
O Projeto de intervenção busca criar um núcleo composto por jovens na faixa de 10 a 19 anos e concentrar informações dentro dos conhecimentos e dos alcances escolares para cada idade, uma vez que, o conhecimento didático de um jovem de 17 anos referente a informações que vão colaborar com o entendimento e desenvolvimento da ideia inicial e auxiliar na proliferação das informações acolhidas, é diferente do jovem com 10 anos. O P.I. é um composto de ações de intervenções elaboradas de forma que seja acolhida por subgrupos dentro das faixas etárias, ações como palestras, rodas de debates sobre reprodução e palestra assistida com vozes experientes da própria comunidade. objetivo é mostrar e debater sobre uma realidade próxima do jovem, ações essas que poderá contar com a visita e presença de pessoas da comunidade, levando o assunto de forma ampla para uma comunidade escolar ou grupos religiosos com pensamentos contemporâneos, conscientes da realidade atual. 
O objetivo geral é realizar nos encontros debates de forma descontraídos sobre orientação sexual, preservação e reprodução, assim como empregabilidade, desenvolvimento social e planejamento familiar. O foco desde o início é levar a característica de gravidez precoce a um conceito real como não sendo um único alvo negativo e situação carrasca como é vista atualmente, mas como uma situação que parte de diversos princípios e problemáticas como desamparo parental e social, sempre preservando a voz feminina e a vida da jovem como forma de ir ao contrário de pensamentos já impulsivos sobre a atuação comportamental da da mulher na sociedade. 
Levando em consideração que dois pontos de vista da vivência de um grupo social presente nas regiões com índices altos referente a gravidez precoce, temos dois lados a discorrer sobre o projeto: no primeiro caso temos a família sustentada por uma renda curta e obrigada a levar os responsáveis que na maioria das vezes são adultos ou apenas uma pessoa, levando o jovem a ter uma criação autônoma sem muita assistência familiar, tal comportamento grupo tende a continuidade visto que já é herança de uma cultura de trabalho e pouca conversa com os filhos, em segundo momento temos a família que possui uma relação de convivência ativa onde mesmo não havendo muitos debates internos sobre educação sexual há debates gerados e incentivados pelos jovens sobre os acontecimentos diários ou tragos de forma internas entre jovens de outras famílias que passam conhecimentos que acreditam ser interessantes para outras famílias em ocasiões pontuais. A complexidade de identificar os tipos de famílias é um dos primeiros objetivos, além de também identificar formasde intervenções e estimulações para que a conversa antropológica seja ativa e interessante de maneira suficiente para entrar nas residências e realizar debates.
Atualmente o debate sobre gravidez na adolescência emerge apenas em preservação e cuidados para não contrair DSTs – Doenças Sexualmente transmissíveis, O processo apenas focado na prevenção mostrando a problemática voltada para a saúde fisiológica impõe medo aos jovens, cultura intervencionista arcaica e até influenciadora em preconceitos, exemplo são as pessoas que hoje são discriminadas por serem soropositivos, mesmo tendo um preconceito relacionado à sexualidade há uma ideia enraizada quanto a forma de ser debatida. O processo para que chegue ao debate de prevenção é necessário que o jovem saiba o que é sexo e que há formas de ejaculação que ainda são retratadas na sociedade como formas de prevenção, exemplo é o ”coito interrompido” ou quando e como colocar a camisinha. Os debates com jovens nas escolas tendo em vista as idades presentes, são debatidos questões sociais, principalmente voltado para a saúde mental da mulher e um debate voltado para a Depressão pós parto que ocorrida em uma jovem pode haver agravamentos influenciados pela condição social.
O objetivo dos debates em salas de aula e formar grupos pensantes com capacidade de compreender a dimensão de uma gravidez precoce, situação vitalícia de grande impacto e quando ocorrida em uma idade onde a jovem está em estágio de puberdade inicial ou intermediária pode ocorrer danos fisiológicos ou complicações, uma vez que o corpo feminino ainda está se preparando para o desenvolvimento de um corpo feminino maduro, possível de gestação segura. Além dos assuntos de empregabilidade tratados e biológicos, assim como as formas de prevenção, será analisado dentro dos debates sobre educação sexual as legislações levando os debates a questão da violência sexual, a possibilidade de aborto garantido por lei e formas de denúncias, assim como a identificação de violência sexual.
A característica do projeto de intervenção percorre a ideia da orientação do sexo seguro e das consequências sociais visto a maneira como a sociedade está atualmente, antes e ainda prevalece em muitos grupos a ideia sobre a moral e ética da gravidez na adolescência, levando a mulher ou o homem, jovens pais a um status social de vergonha e sinônimos de irresponsabilidade. A visão social ainda é muito machista devido a construção social em que vivemos, até o século XIX e início do século XXI a mulher quando grávida ainda muito jovem se casada teria um olhar de honra sob a sociedade, porém quando mãe solteira ou não comprometida possuía uma posição rude e ignorante da sociedade. Por muito tempo no Brasil a população possuía uma venda tampando seus olhos e ignorando seja quem for, atualmente existem lutas feministas e grupos organizados compostos também por homens que lutam para além do direito da mulher, mas como também do respeito que ainda há muito de ser conquistado. Tais debates como esses serão gerados em rodas escolares e com a possibilidade de integração de disciplinas como história, geografia, matemática e biologia, além de sociologia e filosofia, levando o interesse escolar para além dos vestibulares, como social e particular. Naturalizar o romantismo da jovem que deseja se casar cedo, mas orientá-la sobre o período ideal para uma gestação, assim como formas úteis de preservativos e pontos negativos de uso de medicamentos conceptivos como a pílula, assim como manter uma orientação sob alienação de idade, já que é bastante comum entre jovens. Além de reforçar o romantismo seguro entre os jovens, manter a orientação social do que diz respeito à condição social que permeia a particularidade de cada um, pois em muitos casos quando ocorre a gravidez precoce, a primeira situação que se pensa é a saída da casa dos pais, abandono da criança ou da mãe, assim como a evasão escolar.
 O primordial do desenvolvimento e fidedignidade do projeto é fazer com que a mudança de pensamentos sobre uma visão arcaica e preconceituosa torne a gravidez precoce um assunto de questão social com diversos reflexos sociais e fisiológicos. Atualmente a visão pensa mais para o corpo feminino, para a jovem que aos olhares da sociedade se torna mulher logo após a positivação do exame, fazendo seu corpo e sua imagem ser ridicularizados. Fazer com que a imagem seja apagada ou que a intenção seja diminuída é a intenção do projeto de Intervenção, tornando a própria convivência dos jovens um hábito respeitar e proteger o corpo feminino. Um dos intuitos é incentivar campanhas com manobras nas próprias redes sociais, criando alcance em comunidades e localidades que possuem acesso a internet, fazendo com que no meio virtual qualquer jovem pai ou mãe se encontre com os mesmos pensamentos e experiências, criando um grupo de apoio. As famosas Trends, dança ou qualquer comportamento que transmita mensagens ou não, pode contribuir de forma significativa, trabalhando a autoestima do jovem e com compartilhamento de experiências de forma que possa também causar impactos de conscientização sobre o tema.
O processo dialético construído é complexo devido a variedade de idade e consequentemente de conhecimentos, tornando-o um desafio como qualquer outro assunto a ser discutido entre os jovens que envolva o social e saúde. É através da comunicação verbal e empírica que tornou o assunto de gravidez ganhar o peso que frente à sociedade, logo a comunicação tratada, filtrada e adaptada, inserida no cotidiano juvenil poderá também ter o mesmo impacto e até sobrepor o que hoje é visto como descuido ou imoral, poderá torna-se consciente, planejado e assistido por familiares e políticas públicas, já que o problema de fato não é ser pai ou mãe jovem, mas a falta de assistência social e política reforçada por um histórico cultural que também foi adaptado para pensar no encolhimento familiar devido a condição financeira e não assistência à saúde.
7. Cronograma executivo 
O cronograma executivo aponta as principais atividades a serem realizadas e sua distribuição ao longo do tempo. O cronograma executivo é um instrumento fundamental para a execução do projeto. Permite visualizar de forma imediata as tarefas a serem cumpridas, a época da realização de cada uma e a ordem de execução que deve ser seguida. 
O cronograma executivo é, ainda, um dos principais instrumentos de apoio para o acompanhamento e monitoramento da execução do projeto e para a realização das avaliações intermediárias e avaliação final. 
8. Recursos necessários (orçamento) 
Implantar Unidades Básicas de atenção integral voltada a saúde do adolescente, com o objetivo de levar informações sobre corpo e sexualidade – Agentes da saúde. Implantar oficinas e promover palestras nas escolas apresentando, esclarecendo e abrindo um espaço de diálogo com os adolescentes sobre educação sexual, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis. – Psicólogos, enfermeiros, agentes da saúde
Realizar campanha de prevenção contra DST/HIV-AIDS com distribuição de cartilhas sobre o tema e preservativos - Secretaria Municipal de Saúde. Disponibilizar preservativos em todos os postos de saúde - Secretaria Municipal de Saúde
Produzir comerciais e propagandas em canais abertos sinalizando a importância de usar métodos contraceptivos, indicando buscar informações com um profissional e reforçando a disponibilidade de camisinha em todos os postos de saúde - Governo federal e Secretaria Municipal de Saúde. 
9. Fontes de financiamento – origem dos recursos 
A contribuição do projeto de intervenção através da dialética o torna viável devido aos custos baixos, materiais como preservativos e uso tecnológico é fornecido pela própria unidade assim como os preservativos já são disponibilizados de forma acessível e gratuita nas UBS locais e em Hospitais. O custo com deslocamento e alimentação, assim como custos extras podem ser custeados por oportunidades de bolsas, parcerias entre as Prefeituras e o CNPQ - Conselho Nacionalde Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O processo inicial da intervenção, assim como caso não haja financiamento ou interesse público, o projeto de intervenção seguirá da forma que um estágio não remunerado segue ou como um projeto de campanha, o P.I. se beneficia de ter um custo baixo para que tal situação contribui para o manter. 
10. Stakeholders 
Após o mapeamento das zonas de atenção somando com a intencionalidade dialética do projeto de intervenção, trás algumas organizações com potenciais em parcerias. UBS, Hospitais e Unidades de atendimentos disponibilizam preservativos masculinos e femininos de forma gratuita, assim como a realização do exame de DSTs, reduzindo os possíveis custos do projeto e reforçando os encontros quando o assunto tratado for educação sexual e orientação da sexualidade e práticas sexuais. Escolas e unidades de ensino oferecem espaços para os encontros assim como dados para localização de jovens em situação de atenção, tornando a valorização e visibilidade do projeto ainda mais interessante. Empresas privadas assim como as que estão dentro de outros projetos como “Jovem Aprendiz” - Projeto esse que visa a formação e empregabilidade de jovens no mercado de trabalho e no desenvolvimento escolar, possam reforçar a participação dos jovens nos encontros, auxiliando na disseminação dos assuntos debatidos para que as informações além de invadir grupos locais de suas convivências, seu ambiente de trabalho, levando a lógica de que o jovem num ambiente de trabalho estará sob vínculos de amizades com faixas etárias diferentes, podendo ser confrontado até mesmo com assuntos debatidos como alienação de idade ou conscientizando pais e mães que possuem filhos na mesma faixa etária do jovem participante do projeto. 
11. Monitoramento do projeto 
O monitoramento é dado por reuniões entre líderes e participantes especiais, esses que por sua vez poderão trazer ideias ou parcerias, assim como alertas sobre as situações pertinentes aos obstáculos que possam surgir. Os recursos tecnológicos como planilhas e elaboração de gráficos também são recursos fundamentais para o monitoramento. Será realizado a projeção dos resultados e comparações com resultados anteriores, relativos a meses importantes de altos índices dentro dos parâmetros interventivos. 
12. Indicadores de execução e formas de verificação 
Os indicadores de execução constituem os instrumentos de medidas que permitem avaliar, a cada momento, se o projeto está sendo executado de acordo com o previsto e se está caminhando na direção correta para atingir os objetivos esperados. Deve-se selecionar indicadores que estejam diretamente relacionado com os objetivos do projeto e que sejam de fácil obtenção, mensuração e análise. Para tal, é necessário prever de que forma os dados necessários para a construção dos indicadores serão obtidos. 
Ex: Indicadores: 
− nº de buracos eliminados por período considerado 
− nº de buracos novos identificados por período considerado 
− redução da extensão dos congestionamentos, etc 
Formas de verificação: 
− registro de obras realizadas, 
− informações encaminhadas à prefeitura 
− dados sobre a extensão dos congestionamentos , etc. 
PROJETO DE INTERVENÇÃO - PI
 
 
Título em caixa alta
 
 
Autor(es):
Graduando(s) em: Psicologia
Instituição(ões) de Ensino: Centro Universitário IBMR
Orientador(es) e co-autor(es): Tatiane Curi
 
 
 
 
 
Sumário
1 Introdução.......................................................................................................... XX
2 Problema........................................................................................................... XX
3 Justificativa........................................................................................................ XX
4 Objetivos........................................................................................................... XX
4.1	Objetivo geral................................................................................... XX
4.2	Objetivos específicos....................................................................... XX
5 Revisão de Literatura........................................................................................ XX
6 Metodologia....................................................................................................... XX
7 Cronograma....................................................................................................... XX
8 Recursos necessários....................................................................................... XX
9 Resultados esperados...................................................................................... XX
10 Referências bibliográficas............................................................................... XX
 
 
1 - INTRODUÇÃO
Um dos aspectos significativos da adolescência diz respeito à evolução da sexualidade. Nessa fase, surgem modificações físicas e psicológicas de forma natural que resultam em um estímulo para o início do exercício sexual. Frente aos problemas advindos desse contexto, destacam-se a exposição às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a gravidez não planejada.
É, portanto, um problema de saúde pública, sendo necessário que profissionais da saúde tenham uma atenção mais qualificada para com essas adolescentes e o governo invista em políticas públicas para trabalhar o tema e suas consequências principalmente em territórios mais vulneráveis.
 
 
 
2 - PROBLEMA 
O problema é a questão que se buscará resolver por meio do PI. Conforme Gil (2002), um problema deve ser:
a) Claro e preciso - todos os conceitos e termos usados em sua enunciação não podem causar ambiguidades ou dúvidas;
b) Empírico – ou seja, observável na realidade social do seu contexto de atuação, através de técnicas e métodos apropriados;
c) Delimitado;
d) Passível de solução - é necessário que haja maneira de produzir uma solução para o problema dentro de critérios metodológicos e de cientificidade.
O problema do PI deve ser passível de intervenção local e estar relacionado tanto ao funcionamento das equipes, quanto de situações observadas na comunidade ou nas informações dos sistemas de informação das unidades de saúde.
Uma pergunta chave para a formulação de um problema é: Em que Intervir?
 
3 - JUSTIFICATIVA
4 - OBJETIVOS
4.1 - OBJETIVO GERAL
 
Substitua este texto de orientação pelo objetivo geral do seu PI. O Objetivo geral é a indicação daquilo que se pretende alcançar com a intervenção proposta. Constitui a ação que conduzirá ao tratamento da questão indicada no problema. A pergunta chave para a formulação dos objetivos é PARA QUE INTERVIR?
 
 
4.2 - OBJETIVO ESPECÍFICO
 
 
Substitua este texto de orientação pelos objetivos específicos do seu PI. Os objetivos específicos relacionam-se com o objetivo geral. São quesitos que devem ser atingidos para que o objetivo geral seja alcançado. Ou seja, somados, os objetivos específicos conduzirão ao objetivo geral. Pergunta chave para a formulação dos objetivos é PARA QUE INTERVIR?
OBS: Os objetivos sempre começam com verbos no infinitivo.
 
5 - REVISÃO DE LITERATURA
 
Com o objetivo contextualizar o problema identificado como passível de intervenção para o desenvolvimento do presente projeto foi feita uma análise bibliográfica a partir de artigos, livros e trabalhos acadêmicos que abordam a temática da gravidez em adolescentes em situação de vulnerabilidade e seus conceitos: adolescência, gravidez na adolescência, vulnerabilidade social na educação de crianças e adolescentes, a evasão escolar como consequência de uma gravidez precoce e as implicações dessas condições nas projeções para o futuro dessas jovens vulneráveis.
A adolescência representa um momento de transição entre a infância e a fase adulta, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) esse período vai dos 10 aos 19 anos. Uma gravidez nesta etapa tão importanteda vida de uma menina é considerada precoce e pode acarretar riscos à saúde da mãe e do bebe, uma vez que o corpo nessa fase ainda está em formação e não está preparado para uma gestação. Diante desse cenário Moreira et al. (2008) explica que, clinicamente, essa gravidez precoce vem associada ao aumento de intercorrências obstétricas ou neonatais, dentre as quais: morte materna, prematuridade, mortalidade neonatal e baixo peso de recém nascidos.
Mas então porque o número de adolescentes grávidas continua tão alto no Brasil já que é um grande fator de risco para a saúde de meninas e bebes? Existem algumas causas pesquisadas mas podemos começar com uma das que se destaca que é o fato da nossa sociedade ser de origem cristã e o sexo e a sexualidade ainda serem tabus. Estes por sua vez geram desinformação e medo por parte de meninos e meninas quando se trata de discutir com seus responsáveis sobre o ingresso na vida sexual e consequentemente utilizarem métodos contraceptivos. Segundo Moreira et al. (2008, p 42) quando os adolescentes despertam para a sexualidade a família, por desinformação ou constrangimento, permite que esses jovens fiquem em desvantagem ao deixar de transmitir uma educação sexual adequada. Outro fator que podemos destacar, vem para contradizer algumas versões que apontam que a gravidez na adolescência é sempre indesejada e tida como um problema. Não é bem por ai, segundo o Caderno de Atenção Básica n.26 – Saúde sexual e saúde reprodutiva, a gravidez pode ser desejada e planejada por adolescentes e jovens estando sim incluída em seus projetos de vida. Essa “afirmativa” pode ser interpretada de diversas formas e, para o nosso PI, que pretende atuar em um território de grande carência de infraestrutura básica, social e de saúde, além de ser uma área muito violenta, abordar a vertente da vulnerabilidade social foi a que se encaixou melhor com a pesquisa.
A vulnerabilidade social, conforme descrito pela Política Nacional de Assistência Social é a “fragilidade devida à exposição a processos de exclusão social de famílias e indivíduos que vivenciam contextos de pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso a serviços públicos) e/ou fragilização de vínculos afetivos, relacionais e de pertencimento social” (PNAS 2004). Dentro desse conceito foi possível observar duas diferentes dimensões, sendo uma relacionada ao material, referente a renda ou acesso a serviços oferecidos pelo Estado. E a outra, se refere à dimensão relacional do indivíduo, que está presente na fragilidade nas relações familiares, nos vínculos relacionais e de pertencimento social. Essa segunda dimensão pode ser utilizada para interpretarmos uma das causas da gravidez na adolescência citadas acima, que diz sobre fazer parte de um planejamento de vida de algumas dessas meninas.
A falta de perspectiva de futuro e noção de pertencimento social pode incluir de maneira consciente o desejo de ser mãe nos planos de futuro de jovens em situação de vulnerabilidade. E isso acaba se tornando um ciclo muito difícil de ser quebrado, já que as referências femininas presentes ao redor dessas crianças e adolescentes normalizam a mulher sendo mãe de maneira precoce. A prima, a avó a irmã da melhor amiga, todas foram mães na adolescência. Além disso, a escola que deveria atuar como um agente transformador no olhar desses adolescentes para o mundo se encontra com sua estrutura (seja física, insumos, profissionais) esvaziada. Com poucos atores sociais exercendo diversos papéis além do seu de origem e que não dão conta dessas crianças e adolescentes que chegam na escola trazendo cada um o seu mundo particular. Os profissionais ali presentes não conseguem atender essa escola e esses alunos, faltam psicólogos, orientadores educacionais e até mesmo pedagogos, resultando num processo mecanizado desenvolvido para atender metas de governo.
 	As adolescentes uma vez grávidas e dentro da escola não conseguem acompanhar o processo falho de ensino e não são acolhidas de maneira a permanecerem na escola. Diante desse cenário nos deparamos com o problema da evasão escolar por parte dessas meninas (e não só por elas), resultando em uma busca por subempregos ou se tornarem dependentes da família e do Estado. Neste contexto as jovens vulneráveis aceitam e tendem a se conformar com sua condição, acreditando que seu destino é permanecer naquelas condições sociais e de emprego informal e procuram não criar muitas expectativas por um futuro mais próspero.
6 - METODOLOGIA
Revisão bibliográfica realizada em periódicos nacionais com fontes relevantes para buscar as evidências existentes sobre o tema do estudo, com o objetivo de estabelecer um debate entre as ideias dos autores das pesquisas e nós, autores do artigo. A pesquisa, nas bases de dados, se deu por meio dos seguintes descritores: gravidez, adolescência e prevenção. 
 
Posteriormente, foi propiciada a elaboração de um projeto de intervenção o qual postulou um trabalho conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde e Instituição Escolar adotando estratégias coletivas que buscaram identificar os possíveis fatores que acarretam situações de gravidez na adolescência em situação de vulnerabilidade social desenvolvendo ações e criando mecanismos de prevenção a esta situação tão séria e emergente nos bairros de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba.
 
7 - CRONOGRAMA
 
	Atividades/Mês
	Out 2021
	Nov 2021
	Dez 2021
	Jan 2022
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
 
8 - RECURSOS NECESSÁRIOS
Implantar Unidades Básicas de atenção integral voltada a saúde do adolescente, com o objetivo de levar informações sobre corpo e sexualidade – Agentes da saúde
Implantar oficinas e promover palestras nas escolas apresentando, esclarecendo e abrindo um espaço de diálogo com os adolescentes sobre educação sexual, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis. – Psicólogos, enfermeiros, agentes da saúde 
Realizar campanha de prevenção contra DST/HIV-AIDS com distribuição de cartilhas sobre o tema e preservativos - Secretaria Munipal de Saúde
Disponibilizar preservativos em todos os postos de saúde - Secretaria Municipal de Saúde
Produzir comerciais e propagandas em canais abertos sinalizando a importância de usar métodos contraceptivos, indicando buscar informações com um profissional e reforçando a disponibilidade de camisinha em todos os postos de saúde - Governo federal e Secretaria Municipal de Saúde
 
9 - RESULTADOS PRÁTICOS
Substitua este texto de orientação pela apresentação dos resultados práticos esperados com a implementação do seu PI. A discussão dos resultados está relacionada diretamente aos objetivos indicados do Projeto e deve dialogar com os dados da revisão de literatura. A pergunta chave para a discussão dos resultados esperados: O QUE SE ESPERA ALCANÇAR COM A INTERVENÇÃO?
10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Dias, A. C. G., & Teixeira, M. A. P. (2010). Gravidez na adolescência: um olhar sobre um fenômeno complexo. Paidéia (Ribeirão Preto), 20, 123-131.
RODRIGUEZ, Y. F. (2010). Gravidez na adolescência.
Yazlle, M. E. H. D. (2006). Gravidez na adolescência. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 28(8), 443-445.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RESUMO
O projeto de intervenção busca melhorar o conhecimento dos jovens de forma que se alcance o grupo onde os índices de gravidez na adolescência são altos. O P.I. se baseia principalmente no desenvolvimento de um método dialético, sabendo-se que o método dialético é formado com o discurso ou debate entre duas ou mais partes com pontos de vista diferentes de forma que haja um consenso ou direcionamento de pensamento, adaptado para a abordagem juvenil é a característica a ser levada em consideração é o modelo de pensamento que em boa parte é unilateral já enraizado por seu desenvolvimento educacional, ou seja, o jovem não conhece a amplitude de uma gravidez precoce assim como seu reflexo em diversos contextos, além das formas de prevençãoe até conhecimento do próprio corpo e seu desenvolvimento na puberdade. A dialética a ser desenvolvida baseia-se num contexto onde será abordado e transmitido o conhecimento que irá decorrer da fixação do que foi debatido quando o outro ponto de vista – o jovem, desenvolver um novo pensamento em discurso com sobre uma ótica empirista, visto que seu conhecimento sobre o assunto ainda é a raiz para o raciocínio, mas que se moldará no decorrer quando perceber e reconhecer as informações concretas que chegaram e serão captadas em todo o debate. Objetivo é alcançar grupos na faixa etária de jovens com idades de 13 a 17 anos que residem em locais com vulnerabilidade social e onde há carência de informações sobre o assunto e outros que indiretamente ou diretamente influenciam para que aconteça uma gravidez precoce sem planejamento e estrutura, o objetivo é atingir a faixa de idade até os 17 anos, onde a menoridade por lei ainda é vigente e o índice de emancipação é pequeno, levando em consideração a possibilidade de trabalho registrado e autonomia com a maioridade a partir dos 18 anos. O projeto possui uma ampla ideia de ação com programas e projetos sociais que visam levar aos grupos de foco a ideia de que precoce não é exatamente o tabu que é perpetuado pela sociedade, mas sim que mesmo localizando o tipo de gravidez e estabelecendo um grupo que no qual são os jovens, a gravidez precoce ainda requer uma análise dependente da particularidade de cada indivíduo e toda sua estrutura sócio-histórica-cultural. O núcleo escolhido são locais de concentração de maior número de jovens, como escolas, igrejas e grupos isolados de esportes e até mesmo recreação, são locais que além de alcance muito maior de jovens, a possibilidade de proliferar o conhecimento se torna ainda maior de forma efetiva e com boas tendências de êxito. 
RESUMO GERAL
O Projeto de intervenção busca criar um núcleo composto por jovens na faixa de 13 a 17 anos e concentrar informações dentro dos conhecimentos e dos alcances escolares para cada idade, uma vez que, o conhecimento didático de um jovem de 17 anos referente a informações que vão colaborar com o entendimento e desenvolvimento da ideia inicial e auxiliar na proliferação das informações acolhidas, é diferente do jovem com 13 anos. O P.I. é um composto de ações de intervenções elaboradas de forma que seja acolhida por subgrupos dentro das faixas etárias, ações como palestras em parcerias com municípios em escolas públicas, rodas de debates sobre reprodução e palestra assistida com vozes experientes da própria comunidade, objetivo é mostrar e debater sobre uma realidade próxima do jovem, ações essas que poderá contar com a visita e presenta de pessoas da comunidade, levando o assunto de forma ampla para uma comunidade escolar ou grupos religiosos com pensamentos contemporâneos, conscientes da realidade atual. O objetivo geral é realizar nos encontros debates de forma descontraídos sobre orientação sexual, preservação e reprodução, assim como empregabilidade, desenvolvimento social e planejamento familiar. O foco desde o início é levar a característica de gravidez precoce a um conceito real como não sendo um único alvo negativo e situação carrasca como é vista atualmente, mas como uma situação que parte de diversos princípios e problemáticas como desamparo parental e social, sempre preservando a voz feminina e a vida da jovem como forma de ir ao contrário de pensamentos já impulsivos sobre a atuação comportamental da mulher na sociedade. 
OBJETIVO ESPECÍFICO
Levando em consideração que dois pontos de vista da vivência de um grupo social presente nas regiões com índices altos referente a gravidez precoce, temos dois lados a discorrer sobre o projeto: no primeiro caso temos a família sustentada por uma renda curta e obrigada a levar os responsáveis que na maioria das vezes são adultos ou apenas uma pessoa, levando o jovem a ter uma criação autônoma sem muita assistência familiar, tal comportamento grupo tende a continuidade visto que já é herança de uma cultura de trabalho e pouca conversa com os filhos, em segundo momento temos a família que possui uma relação de convivência ativa onde mesmo não havendo muitos debates internos sobre educação sexual há debates gerados e incentivados pelos jovens sobre os acontecimentos diários ou tragos de forma internas entre jovens de outras famílias que passam conhecimentos que acreditam ser interessantes para outras famílias em ocasiões pontuais. A complexidade de identificar os tipos de famílias é um dos primeiros objetivos, além de também identificar formas de intervenções e estimulações para que a conversa antropológica seja ativa e interessante de maneira suficiente para entrar nas residências e realizar debates. 
Atualmente o debate sobre gravidez na adolescência emerge apenas em preservação e cuidados para não contrair DSTs – Doenças Sexualmente transmissíveis, O processo apenas focado na prevenção mostrando a problemática voltada para a saúde fisiológica impõe medo aos jovens, cultura intervencionista arcaica e até influenciadora em preconceitos, exemplo são as pessoas que hoje são discriminadas por serem soropositivos, mesmo tendo um preconceito relacionado à sexualidade há uma ideia enraizada quanto a forma de ser debatida. O processo para que chegue ao debate de prevenção é necessário que o jovem saiba o que é sexo e que há formas de ejaculação que ainda são retratadas na sociedade como formas de prevenção, exemplo é o ”coito interrompido” ou quando e como colocar a camisinha. Os debates com jovens nas escolas tendo em vista as idades presentes, são debatidos questões sociais, principalmente voltado para a saúde mental da mulher e um debate voltado para a Depressão pós parto que ocorrida em uma jovem pode haver agravamentos influenciados pela condição social. 
O objetivo dos debates em salas de aula e formar grupos pensantes com capacidade de compreender a dimensão de uma gravidez precoce, situação vitalícia de grande impacto e quando ocorrida em uma idade onde a jovem está em estágio de puberdade inicial ou intermediária pode ocorrer danos fisiológicos ou complicações, uma vez que o corpo feminino ainda está se preparando para o desenvolvimento de um corpo feminino maduro, possível de gestação segura. Além dos assuntos de empregabilidade tratados e biológicos, assim como as formas de prevenção, será analisado dentro dos debates sobre educação sexual as legislações levando os debates a questão da violência sexual, a possibilidade de aborto garantido por lei e formas de denúncias, assim como a identificação de violência sexual. 
A característica do projeto de intervenção percorre a ideia da orientação do sexo seguro e das consequências sociais visto a maneira como a sociedade está atualmente, antes e ainda prevalece em muitos grupos a ideia sobre a moral e ética da gravidez na adolescência, levando a mulher ou o homem, jovens pais a um status social de vergonha e sinônimos de irresponsabilidade. A visão social ainda é muito machista devido a construção social em que vivemos, até o século XIX e início do século XXI a mulher quando grávida ainda muito jovem se casada teria um olhar de honra sob a sociedade, porém quando mãe solteira ou não comprometida possuía uma posição rude e ignorante da sociedade. Por muito tempo no Brasil a população possuía uma venda tampando seus olhos e ignorando seja quem for, atualmente existem lutas feministas e grupos organizados compostos também por homens que lutam para além do direito da mulher, mas como também do respeito que ainda há muito de ser conquistado. Tais debates como esses serão gerados em rodas escolares e com a possibilidade de integração de disciplinas como história, geografia, matemática e biologia, além de sociologia e filosofia, levando o interesse escolar para além dos vestibulares, como social e particular. Naturalizar o romantismo da jovem que deseja se casar cedo, mas orientá-la sob o período ideal para uma gestação, assim como formas úteis de preservativos e pontos negativos de usode medicamentos conceptivos como a pílula, assim como manter uma orientação sob alienação de idade, já que é bastante comum entre jovens. Além de reforçar o romantismo seguro entre os jovens, manter a orientação social do que diz respeito à condição social que permeia a particularidade de cada um, pois em muitos casos quando ocorre a gravidez precoce, a primeira situação que se pensa é a saída da casa dos pais, abandono da criança ou da mãe, assim como a evasão escolar. 
O primordial do desenvolvimento e fidedignidade do projeto é fazer com que a mudança de pensamentos sobre uma visão arcaica e preconceituosa torne a gravidez precoce um assunto de questão social com diversos reflexos sociais e fisiológicos. Atualmente a visão pensa mais para o corpo feminino, para a jovem que aos olhares da sociedade se torna mulher logo após a positivação do exame, fazendo seu corpo e sua imagem ser ridicularizados. Fazer com que a imagem seja apagada ou que a intenção seja diminuída é a intenção do projeto de Intervenção, tornando a própria convivência dos jovens um hábito respeitar e proteger o corpo feminino. Um dos intuitos é incentivar campanhas com manobras nas próprias redes sociais, criando alcance em comunidades e localidades que possuem acesso a internet, fazendo com que no meio virtual qualquer jovem pai ou mãe se encontre com os mesmos pensamentos e experiências, criando um grupo de apoio. As famosas Trends, dança ou qualquer comportamento que transmita mensagens ou não, pode contribuir de forma significativa, trabalhando a autoestima do jovem e com compartilhamento de experiências de forma que possa também causar impactos de conscientização sobre o tema. 
O processo dialético construído é complexo devido a variedade de idade e consequentemente de conhecimentos, tornando-o um desafio como qualquer outro assunto a ser discutido entre os jovens que envolva o social e saúde. É através da comunicação verbal e empírica que tornou o assunto de gravidez ganhar o peso que frente à sociedade, logo a comunicação tratada, filtrada e adaptada, inserida no cotidiano juvenil poderá também ter o mesmo impacto e até sobrepor o que hoje é visto como descuido ou imoral, poderá torna-se consciente, planejado e assistido por familiares e políticas públicas, já que o problema de fato não é ser pai ou mãe jovem, mas a falta de assistência social e política reforçada por um histórico cultural que também foi adaptado para pensar no encolhimento familiar devido a condição financeira e não assistência à saúde.
Yazlle, M. E. H. D. (2006). Gravidez na adolescência. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 28(8), 443-445.
RODRIGUEZ, Y. F. (2010). Gravidez na adolescência.
Dias, A. C. G., & Teixeira, M. A. P. (2010). Gravidez na adolescência: um olhar sobre um fenômeno complexo. Paidéia (Ribeirão Preto), 20, 123-131.

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