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Resumo caps 22 e 23 do Raven

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Resumo – Raven, capítulo 22 – Desenvolvimento inicial do corpo da planta 
Os estágios iniciais da formação do embrião são essencialmente os mesmos em todas as angiospermas. A formação do embrião começa com a divisão do zigoto no interior do saco embrionário do óvulo. Depois, por ordenadas divisões celulares, o embrião se diferencia em embrião propriamente dito.
O embrião propriamente dito consiste em um conjunto de células relativamente indiferenciadas. A protoderme (futura epiderme) forma-se a partir das células externas do embrião propriamente dito. Posteriormente, divisões no interior do embrião resultam na separação inicial entre o meristema fundamental e o procâmbio. O meristema fundamental circunda o procâmbio, o qual é constituído por xilema e floema. A protoderme, o meristema fundamental e o procâmbio são os meristemas primários.
O desenvolvimento dos cotilédones (primeiras folhas da planta) pode-se iniciar durante ou depois de o procâmbio tornar-se visível. 
O chamado estágio de torpedo do desenvolvimento do embrião ocorre com o alongamento do eixo e dos cotilédones, com a extensão simultânea dos meristemas primários.
Durante a embriogênese inicial, as divisões celulares ocorrem por todo o esporófito jovem. Entretanto, assim que o embrião se desenvolve, a adição de novas células se torna gradualmente restrita ao meristema apical do caule e ao da raiz. Nas extremidades de todo o sistema caulinar e das raízes são encontrados meristemas apicais, os quais são constituídos por células capazes de se dividirem varias vezes. Os meristemas são tecidos embrionários permanentes. Os apicais estão envolvidos com o aumento em comprimento do corpo da planta. 
Em angiospermas eudicotiledôneas, o meristema apical caulinar surge entre os dois cotilédones; nos embriões de monocotiledôneas, o meristema apical surge em um dos lados do cotilédone e é completamente envolvido por uma expansão do tipo bainha, a partir da base do cotilédone. 
Em muitas eudicotiledôneas, a maior parte do endosperma armazenador de nutrientes e o perisperma são absorvidos pelo embrião em desenvolvimento. Quando estas estruturas estão presentes, os embriões desenvolvem cotilédones grandes, carnosos e de armazenamento de reservas, que servem para nutrir o embrião à medida que ele retoma seu crescimento. Exs: girassol, ervilha e feijão. Nas eudicotiledôneas com grande quantidade de endosperma, os cotilédones são finos e membranáceos. Ex: mamona.
Nas monocotiledôneas, além de atuar como armazenador de nutrientes ou órgão fotossintético, o cotilédone também executa a função de absorção (absorve os nutrientes do endosperma).
A germinação da semente é dependente de fatores internos e externos. Fatores externos importantes são água, oxigênio e temperatura. Além de algumas exigirem exposição à luz.
Quando a germinação ocorre, a primeira estrutura a emergir da maioria das sementes é a raiz, que possibilita o desenvolvimento da plântula, servindo para ancora-la no solo e absorver agua. 
Durante a germinação e o subsequente desenvolvimento da plântula, os nutrientes armazenados nos cotilédones são digeridos e os produtos transportados às zonas de crescimento da jovem planta. Os cotilédones gradativamente diminuem de tamanho, murcham e caem. neste momento, a plântula não depende mais do material armazenado na semente para sua nutrição. A planta agora é um organismo autotrófico, fotossintetizante. A fase de plântula chegou ao fim.
Germinação da semente acima do solo = epígea. Abaixo do solo = hipógea
Capítulo 23 – Células e tecidos do corpo da planta
O crescimento envolve três processos que se sobrepõem: crescimento, morfogênese e diferenciação. O crescimento é efetivado pela combinação de divisão e expansão celular. Morfogênese: processo em que a planta adquire uma forma especifica. A diferenciação é o processo pelo qual as células com constituição genética idêntica tornam-se diferentes umas das outras e também das células meristemáticas que lhe deram origem. A diferenciação celular depende do controle da expressão gênica, mas o destino de uma célula vegetal é determinado pela sua posição final no órgão em desenvolvimento.
O sistema fundamental consiste em três tipos de tecidos fundamentais: o parênquima, o colênquima e o esclerênquima. 
O sistema vascular consiste em dois tecidos de condução: xilema e floema.
O sistema dérmico é representado pela epiderme, que é o revestimento externo do corpo primário da planta e, mais tarde, pela periderme nas partes da planta que tem crescimento secundário em espessura. 
Tecidos Fundamentais
No corpo primário da planta, as células parenquimáticas comumente dispõem-se como um agregado contínuo, o tecido parenquimático. Ex: no córtex, medula de caules e raízes, no mesofilo e na porção carnosa dos frutos. As células parenquimáticas geralmente são maduras e capazes de divisão. Desempenham importante papel na regeneração e cicatrização de lesões. Dão origem às estruturas adventícias (raízes adventícias). Estão envolvidas na fotossíntese, armazenamento e secreção (atividades que dependem de protoplastos vivos). Tem função no movimento da agua e no transporte de substancias nas plantas.
As células de transferência são células parenquimáticas com invaginações na parede. A presença destas células geralmente esta relacionada com a existência de intensos fluxos de solutos através da membrana plasmática. 
As células do colênquima são vivas na maturidade. O tecido colenquimático comumente ocorre em cordões isolados ou como um cilindro contínuo sob a epiderme, nos caules e nos pecíolos. Estas células são tipicamente alongadas, com paredes primárias desigualmente espessadas não lignificadas. Podem continuar a desenvolver paredes espessadas e flexíveis enquanto o órgão esta se alongando. O colênquima sustenta os órgãos jovens em crescimento.
As células do esclerênquima podem formar agregados contínuos ou pequenos grupos. Podem desenvolver-se em qualquer parte ou em todas as partes do corpo primário ou secundário da planta. Frequentemente não apresentam protoplastos na maturidade. A principal característica dessas células é a presença da parede secundaria espessada e comumente lignificada. Devido à presença dessas paredes, essas células são elementos importantes na resistência e sustentação nas partes da planta que já cessaram o alongamento. Há dois tipos de células no esclerênquima: as fibras e as esclereídes.
 As fibras são células longas, afiliadas e comumente ocorrem em cordões ou feixes. As esclereídes apresentam formas variadas, sendo frequentemente ramificadas. São células relativamente curtas que podem ocorrer isoladamente ou em grupos no tecido fundamental. Elas fazem parte da constituição do envoltório de muitas sementes, cascas das nozes, caroços das drupas e textura arenosa da pera. 
Tecidos vasculares
O xilema e o floema formam um sistema contínuo de tecidos vasculares que percorre todo o corpo da planta.
Durante o crescimento primário o xilema se origina a partir do procâmbio e durante o secundário tem origem do câmbio vascular.
O xilema é o principal tecido condutor de agua e também está envolvido na condução de nutrientes minerais, sustentação e armazenamento de substancias. As principais células de condução do xilema são os elementos traqueais: traqueídes e elementos de vaso.
Os dois tipos são células alongadas, possuem parede secundaria e não apresentam protoplastos na maturidade. Podem ter pontoações na parede.
Os elementos de vaso apresentam perfurações, que são áreas sem paredes primária e secundaria. As perfurações ocorrem geralmente nas paredes terminais. Os elementos de vaso unem-se pelas suas extremidades terminais, formando colunas contínuas (os vasos).
A traqueíde é o único tipo de célula condutora de agua encontrada na maioria das plantas vasculares sem sementes e nas gimnospermas. Muitas angiospermas apresentam elementos de vaso e traqueídes. 
Os elementos de vaso são considerados mais eficientes na condução de agua do que as traqueídes porque a agua flui de um elemento de vaso a outroatravés das perfurações. Contudo, por formarem um sistema aberto, são menos seguros que as traqueídes para a planta. Para fluir de uma traqueíde para a outra, a agua precisa atravessar a membrana das pontoações. Embora esta membrana ofereça pouca resistência à passagem de agua, ela bloqueia ate as menores bolhas de ar.
Os elementos traqueais do xilema primário apresentam variedade de tipos de espessamento na parede secundaria. Durante o período de crescimento de raízes, caules e folhas, a parede secundaria dos primeiros elementos traqueais formados no protoxilema é depositada sob a forma de anéis. Esses espessamentos anelares possibilitam que os elementos traqueais sejam esticados após as células terem se diferenciado, embora essas células sejam frequentemente destruídas durante o alongamento do órgão. No xilema primário, o espessamento da parede é influenciado pela intensidade do alongamento:
Pouco alongamento: elementos traqueais com menor capacidade de extensão
Alongamento intenso: muitos elementos traqueais com espessamentos anelares
No metaxilema e no xilema secundário, a parede secundaria das traqueídes e dos elementos de vaso recobre completamente a parede primaria, exceto nas membranas das pontoações e nas perfurações. Os elementos pontoados são rígidos e não podem ser esticados.
A diferenciação do elemento traqueal é um exemplo de apoptose. Resulta na eliminação total de protoplastos. As paredes das células são mantidas.
Além das traqueídes e dos elementos de vaso, o xilema contem células parenquimáticas que armazenam varias substancias. As células parenquimáticas do xilema comumente ocorrem em fileiras verticais, mas no xilema secundário elas são encontradas nos raios. O xilema também contem fibras que vivas na maturidade, tem função de armazenamento e sustentação. Algumas vezes há esclereides presentes no xilema.
O floema transporta açúcares, aminoácidos, lipídios, micronutrientes, hormônios, estímulos florais e numerosas ptns e RNA e vários vírus. Faz a sinalização a grandes distancias. 
O protofloema é frequentemente distendido e destruído durante o alongamento do órgão. 
As principais células condutoras do floema são os elementos crivados. Nas plantas com sementes são dois tipos: as células crivadas e os elementos de tubo crivado.
Nas células crivadas, as áreas crivadas apresentam poros estreitos e uma estrutura relativamente uniforme em toda a parede. Localizam-se nas extremidades das células crivadas que são alongadas e delgadas. As células crivadas estão associadas com células parenquimáticas chamadas células albuminosas ou células de Strasburger.
Nos elementos de tubo crivado, as áreas crivadas de algumas regiões da parede têm poros maiores do que em outras, em uma mesma célula. A porção com poros maiores é chamada de placa crivada, que normalmente esta nas extremidades terminais. Os elementos de tubo crivado unem-se longitudinalmente formando os tubos crivados. 
A parede dos elementos crivados é primaria. Os elementos crivados tem protoplastos vivos na maturidade. 
O elemento crivado, quando se diferencia, desintegra o núcleo e o tonoplasto e forma as áreas crivadas. Além de perder ribossomos, complexo de golgi e citoesqueleto. Na maturidade, a membrana plasmática, o reticulo endoplasmático liso e alguns plastídios e mitocôndrias dispõem-se ao longo da parede. É uma desintegração seletiva.
Os elementos de tubo crivado estão associados com as células companheiras, que são células parenquimáticas que contem todos os componentes comumente encontrados nas células vivas das plantas, incluindo o núcleo. Os dois estão ligados durante o desenvolvimento (são derivados da mesma célula-mae) e apresentam numerosas conexões citoplasmáticas.
Tecidos Dérmicos
A epiderme constitui o sistema de revestimento de folhas, partes florais, frutos e sementes. Em caules e raízes até somente quando começam a apresentar crescimento secundário. As células epidérmicas são bastante variadas tanto em estrutura como em função. Além das células comuns que constituem a maior parte da epiderme, podem existir células-guarda ou tricomas.
A maioria das células epidérmicas esta compactamente disposta, fornecendo proteção mecânica às partes da planta.
As paredes das células epidérmicas das partes aéreas são recobertas por uma cutícula que minimiza a perda de agua.
Entre as células epidérmicas que são achatadas, justapostas e normalmente não contem cloroplastos, estão as células-guarda. As células-guarda regulam os estômatos nas partes aéreas da planta e consequentemente controlam o movimento dos gases, incluindo o vapor de agua, possibilitando a sua entrada ou saída da planta.
Os tricomas têm muitas funções. Os pelos radiculares facilitam a absorção de agua e nutrientes minerais do solo. Os tricomas em forma de gancho empalam os insetos e suas larvas, resistindo ao ataque de insetos. Os tricomas das plantas carnívoras são importantes na captura de sua presa. Os tricomas secretores podem fornecer defesa química. 
A periderme comumente substitui a epiderme nos caules e raízes secundários. A periderme consiste em súber ou felema (tecido morto, protetor, que apresenta paredes celulares intensamente suberizadas na maturidade), o cambio da casca ou felogênio e a felodeme (tecido parenquimático vivo). O felogênio forma o felema em direção a superfície do órgão (para fora) e a feloderme para dentro.

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