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Tradução Sandra Martha Dolinsky Copyright 2021 by Paulo Caroli e Tainã Caetano Coimbra Todos os direitos desta edição são reservados à Editora Caroli. Rua Corcovado, 210 −- Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, 22460-050, Brasil www.caroli.org/editora contato@caroli.org Coordenação editorial e preparação Juliana Rodrigues | Algo Novo Editorial Projeto gráfico, diagramação e capa Vanessa Lima Revisão Adriana Bairrada eBook Production Loope Editora www.loope.com.br NOTA DO EDITOR Os autores aprenderam as atividades aqui apresentadas ao longo de sua carreira profissional. Todo o esforço para encontrar as referências certas para este conteúdo foi feito. Se você, leitor, souber de algum crédito não citado aqui, entre em contato conosco pelo e-mail contact@funretrospectiv es.com. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057 Caroli, Paulo FunRetrospectives: Atividades e ideias para tornar suas retrospectivas ágeis mais envolventes / Paulo Caroli e Tainã Caetano Coimbra. — Rio de Janeiro : Editora Caroli, 2021. ISBN 978-65-86660-15-9 Título original: FunRetrospectives : Activities and ideas for making agile retrospectives more engaging 1. Reuniões 2. Reuniões — Técnicas 3. Equipes no espaço de trabalho I. Título II. Coimbra, Tainã Caetano 21-4146 CDD 658.456 http://www.caroli.org/editora mailto:contato@caroli.org https://www.loope.com.br mailto:contact@funretrospectives.com Índice para catálogo sistemático: 1. Reuniões A gradecemos a toda a comunidade ágil por fazer parte deste livro.Suas recomendações, comentários e feedbacks foram essenciaispara melhorar o conteúdo. Agradecemos a todos e a cada um dos que compartilharam ideias, sugestões e atividades conosco. Entre os muitos entusiastas com quem trabalhamos, gostaríamos de agradecer a Alejandro Olchik, Bethlem Migot, Bill Kimmel, Charles Du, David Worthington, Diana Larsen, Fabio Pereira, Felipe Carvalho, Fernando Carlini Guimarães, Gabriel Albo, Heitor Roriz, Luiz Lula Rodrigues, Marcos Garrido, Mayra Souza, Patrick Kua, Rafael Ferreira, Rafael Sabbagh, Samuel Cavalcante, Silvio Meira, Steve Wells, Verônica Rodrigues Moschetta e Vinicius Gomes. Obrigado a todas as pessoas e às muitas equipes com que trabalhamos. O tempo que passamos criando e aprendendo juntos foi o que nos motivou a escrever este livro e a compartilhar o conhecimento e as experiências que o compõem. Obrigado a ThoughtWorks por sua liderança na comunidade ágil e por sua postura em relação ao respeito, à diversidade e ao desenvolvimento de pessoas. Obrigado a Split por promover a aprendizagem e o aperfeiçoamento contínuo e por capacitar os times para que sejam bem- sucedidos. Por fim, agradecemos a nossos queridos familiares e amigos, que estão sempre presentes e nos apoiando todos os dias. Sem vocês, nada disso teria sido possível! PREFÁCIO APRESENTAÇÃO Como este livro foi criado O que você encontrará aqui TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES D E SUA FUNRETRO Por que as FunRetros são tão importantes? Planejamento é essencial A agenda de sete passos Pense em colunas e cores Retrospectivas remotas CATÁLOGO DE ATIVIDADES ENERGIZADORES Paulo Pontual * Curiosidades Localização geográfica Telefone visual Um dois ping quatro pong Jogo de apresentação aos colegas Pontos cardeais Formando triângulos Zip zap zoom Batalha de balões Desembaracem-se Peças complexas Costas com costas Encontre seu par Desenho colaborativo de rosto Pedra-papel-tesoura humano CHECK-IN Verificação de segurança ECVP: explorador, comprador, veranista, prisioneiro Radar de felicidade Radar de felicidade na linha do tempo Uma palavra Comentário anônimo Desenhe seus sentimentos PRATO PRINCIPAL: CONSTRUÇÃO DE TIMES Definindo a declaração de visão do time O time é - não é - faz - não faz Compreendendo o conhecimento do grupo Criando segurança Reconhecimento 360 graus Comportamento geral Aquela pessoa e esta pessoa Controle de trade-offs Tabela de expectativas das funções Mapa de delegação Regras básicas Definindo os princípios do time Doce do amor Papéis que desempenhamos FOFA: fortalezas, oportunidades, fraquezas, ameaças PRATO PRINCIPAL: RETROSPECTIVAS, OLHA NDO PARA TRÁS Deu certo, não deu certo, ideias novas Linha do tempo de altos e baixos Empatia em momentos especiais Repetir/evitar Carro veloz Balão de ar quente Âncoras e motor Deu certo, mais ou menos, não deu certo MAMM: manter, acrescentar, mais, menos Abra a caixa A história de uma história Problemas conhecidos Problemas e ações Positivo, negativo, ideias novas, reconhecimento Linha do tempo emocional Linha do tempo por categoria CLRA: considerações futuras, lições aprendidas, realizações, áreas problemáticas Lidando com falha LAMM: largar, acrescentar, manter, melhorar GAF: gostei, aprendi, faltou Estrela-do-mar Lições aprendidas: planejamento × sucesso Prazer e ganhos Os três porquinhos Conversa sobre erros PRATO PRINCIPAL: FUTUROSPECTIVAS, OLH ANDO PARA O FUTURO Esperanças e preocupações Plano de ação Caminho para o Nirvana Atividade pre-mortem Carro veloz: precipício Balão de ar quente: mau tempo Posts futuros no Facebook MMI: mais, menos, interessante Brainstorming sobre riscos e mitigação Cartas para o futuro RSPD: riscos, suposições, problemas, dependências A catapulta Critérios de sucesso A jornada do herói FILTRAGEM Votação por pontinhos Escolha um e fale Votação por (+) e (-) Falar e agrupar Conversa no aquário Viável × útil Probabilidade × impacto Esforço × valor CHECK-OUT Quê-quem-quando Acompanhando itens de ação Itens SMART Feedback e ROI Símbolo de reconhecimento Escala de aprendizagem Anotação pessoal Uma palavra antes de ir Foto engraçada OBRIGADO PELA LEITURA ONDE ENCONTRAR MAIS PARTICIPE DO TREINAMENTO FUNRETROSPE CTIVES SOBRE A EDITORA CAROLI * Atividades que funcionam bem com times remotos estão sinalizadas com o símbolo . M eu time não quer mais fazer retrospectivas.”“Nossas retrospectivas são chatas e uma perda de tempo.”Como coach, facilitadora e coautora de Agile Retrospectives: Making Good Teams Great, sou defensora de processos de time eficazes. Participo de fóruns e comunidades dedicados a ajudar times a melhorar; sou convidada a palestrar e participar de eventos no mundo todo. Aonde quer que eu vá, ouço: “Meu time não quer mais fazer retrospectivas. Dizem que é chato e uma perda de tempo. O que posso fazer?”. Se eu ganhasse um centavo (como diz o ditado) a cada vez que ouço essa reclamação, seria uma mulher rica. Entretanto, ouvir isso me entristece, porque só pode significar algumas coisas. Em primeiro lugar, pode significar que o líder do time (seja Scrum Master, agile coach, líder técnico ou gestor) cedeu ao pedido do time e deixou de reservar tempo para a colaboração da retrospectiva. Isso é decepcionante, pois tira do time a oportunidade de alcançar a grandeza por meio de ações de aprendizagem e aprimoramento. Segundo, pode significar que o time não vê sentido em “refletir, afinar e ajustar” porque não tem suporte para as ações de aperfeiçoamento e experimentos que tenta implementar. Os anticorpos organizacionais paralisam os esforços do time, e a equipe não analisa suas opções para se defender. Desanimador. Terceiro, também pode significar que o líder do time realmente tenha entregado coisas chatas que fazem perder tempo, mas disfarçando-as de reuniões importantes, o que é verdadeiramente chato e desperdiça o tempo de todo mundo. (Dica profissional: não faça isso!) Com frequência, peço à pessoa que fez os questionamentos que me conte mais sobre a situação. Por meio das histórias ouvidas foi que eu 1 soube desses três padrões de comportamento listados anteriormente. Eu me solidarizo com os integrantes do time, e fico curiosa para saber como esse líder está ou não promovendo uma cultura de aprendizagem com seu time. Às vezes compartilho as Cinco Regras da AprendizagemAcelerada1 e sugiro maneiras de animar a retrospectiva. Retrospectivas animadas e focadas têm maior chance de resultados eficazes. Por isso, com frequência ofereço o link do funretrospectives.co m como uma ótima fonte de sugestões para animar os membros do time e o evento como um todo. Estou muito feliz pelo Paulo e pelo TC terem decidido reunir todas as suas ideias para melhorar as retrospectivas em um só lugar: este livro! Agora tenho uma resposta útil para a pergunta inevitável – posso recomendar este livro dizendo: “Esta obra lhe dará orientações para elaborar suas retrospectivas, além de fornecer um extenso catálogo de atividades de aprendizagem colaborativa”. Muitas dessas atividades andaram flutuando no espaço dos times por algum tempo e seus antecedentes foram perdidos ao passar de mãos em mãos. São velhas amigas familiares para mim, mas talvez sejam novas para você! Como Paulo e TC sugerem, primeiro analise seu time – circunstâncias, histórias e contextos. A seguir, navegue pelas atividades para montar um fluxo retrospectivo que energize e engaje o time e melhore seus resultados. Essa conversa que mencionei acima em geral termina do mesmo jeito que concluirei este prefácio: boa sorte em todas as suas futuras retrospectivas – pode ter certeza de que este livro irá ajudá-lo. Diana Larsen Coach, facilitadora, coautora do livro Agile Retrospectives: Making Good Teams Great e cofundadora da www.agilefluency.org. LARSEN, Willem; LARSEN, Diana. The Five Rules of Accelerated Learning. Leanpub, 2014. http://funretrospectives.com http://www.agilefluency.org COMO ESTE LIVRO FOI CRIADO Desde 2013, trabalhamos com diversos colaboradores, compartilhando e conversando sobre FunRetrospectives. Fomentamos essa comunidade e reunimos o conteúdo no site funretrospectives.com, no e-book FunRetrospectives, em palestras e em treinamentos. Mas como surgiu a parte “divertida” das retrospectivas? O nome foi sugerido por Patrick Kua, lá em 2013. Pat é nosso amigo e também autor do livro The Retrospective Handbook: A guide for agile teams. Enquanto organizávamos as atividades retrospectivas em um novo site dedicado especialmente a elas, nos encontramos com Pat, que estava no Brasil para tratar de negócios. Então, nós lhe dissemos: “Precisamos de um nome para o site e o e- book que vamos criar. O que você sugere?”. Ao que Pat respondeu: “Caroli, você deixa as retrospectivas mais leves, tem um estilo diferente. Suas atividades são mais... fun (divertidas)!”. E foi dessa conversa que surgiu o nome FunRetrospectives e, a partir dele, o apelido FunRetro – retro é a abreviatura de retrospectiva. Já era comum as pessoas dizerem “vamos fazer uma retro”, em vez de “vamos fazer uma retrospectiva”. E como muitas pessoas estavam usando as atividades do FunRetrospectives, começaram a dizer: “Vamos fazer uma FunRetro!”. O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ AQUI Este livro o ajudará de duas maneiras: 1) propiciando o planejamento e a estruturação de sua agenda de retrospectivas; e 2) fornecendo muitas atividades e ideias. Portanto, você pode usá-lo como uma leitura rápida para melhorar sua compreensão sobre as retrospectivas e ter novas ideias para suas reuniões, ou como um catálogo útil para consultar quando precisar escolher uma atividade para a sua próxima retrospectiva. Recomendamos fortemente que você leia o capítulo “Tudo o que você precisa saber antes de sua FunRetro” primeiro, a fim de entender melhor a estrutura da agenda, os diversos tipos de atividades e como conectá-las. Depois disso, o catálogo servirá como uma referência rápida para quando precisar encontrar a atividade certa para usar. Começamos apresentando a agenda de sete passos, com uma estrutura para pensar, preparar e organizar a reunião. Depois de analisar o contexto do time e em que ponto os membros estão, você estará equipado para escolher as melhores atividades. Na sequência, apresentamos o catálogo com diversos tipos de atividades. Todas seguem um padrão de classificação por tema e apresentam um simples passo a passo para executá-las – e algumas também apresentam dicas e conselhos para serem adaptadas para reuniões remotas. Este extenso catálogo foi baseado em anos de experiência – nossa e de nossos colegas –, ou seja, este livro é um esforço colaborativo da comunidade ágil. Agradecemos a cada membro que compartilhou seus conhecimentos e nos ajudou a construir o conteúdo aqui disponível. FunRetrospectives é um livro complementar que funciona bem junto de outros que tratam de retrospectivas e facilitação. Recomendamos enfaticamente os livros de Diana Larsen, autora do prefácio, e de outras pessoas incríveis como ela, que aprofundam o conhecimento sobre o assunto e exploram diversos aspectos de facilitação, vínculo e dinâmica de times. * * * POR QUE AS FUNRETROS SÃO TÃO IMPORTANTES? Um time é um grupo de pessoas focadas em um objetivo comum, no qual cada indivíduo molda suas ações, seus hábitos e suas preferências de trabalho para atingir a meta do coletivo. A eficácia do time depende de seus membros trabalharem em conjunto e está diretamente relacionada à capacidade do grupo de fazer o melhor uso possível das habilidades individuais de cada integrante. Só que um grupo de pessoas não se transforma em uma equipe da noite para o dia. Leva tempo para criar laços entre colegas – tempo que pode ser reduzido com arranjos apropriados. Após se formar, o time vai progredir, e os membros talvez enfrentem momentos em que desejarão refletir e analisar o passado, ou então imaginar o futuro e se preparar para ele. Esses momentos podem ser recorrentes, e cultivar o entusiasmo é a chave para manter a eficiência do time. Com o tempo, o grupo aperfeiçoará sua capacidade de trabalhar em conjunto. As discordâncias serão discutidas, capacidades individuais evoluirão. O grupo buscará continuamente o melhor equilíbrio para a contribuição de todos rumo a um objetivo em comum. Coletivamente, o time vai melhorar cada vez mais. Mas como transformar um grupo de pessoas em um time eficaz? Manter os participantes entretidos e proporcionar um ambiente em que possam refletir, discutir e se divertir é a chave para o aperfeiçoamento contínuo. E o grande objetivo deste livro é fornecer várias ferramentas, por meio de atividades, para fazer isso! O catálogo aqui apresentado é composto de sete categorias de atividades, cada uma adequada a contextos e times diferentes: Energizadores: Atividades para iniciar qualquer reunião e energizar as pessoas. Check-in: Atividades para medir o envolvimento dos participantes e entender mais suas emoções e seus sentimentos no início de uma reunião. Construção de times: Atividades para definir as regras básicas e iniciar uma equipe. * * * * Retrospectivas: Atividades para olhar para trás e refletir sobre o passado. Futurospectivas: Atividades para olhar para frente e planejar o futuro. Filtragem: Atividades para priorizar itens para discussão. Check-out: Atividades para organizar itens de ação ou coletar feedback sobre a reunião. → → PLANEJAMENTO É ESSENCIAL A retrospectiva é uma reunião que, em geral, dura uma hora e acontece periodicamente (uma vez por semana ou uma vez por Sprint para times Scrum, por exemplo). Nela, os membros do time falam sobre o que foi bom no período desde a última reunião, o que poderia melhorar e o que deveria ser feito para isso. É fundamental unir a equipe para atingir um objetivo em comum e evitar que mal-entendidos se transformem em questões interpessoais – o que causaria menos comunicação ainda e, talvez um dia, o rompimento do grupo. A retrospectiva também promove um ambiente para que as pessoas ouçam as emoções e os sentimentos umas das outras e reflitam juntas, falando sobre assuntos específicos (relacionados ao contexto e ao momento do time) e visando o Kaizen – melhoria contínua. Veja alguns fatores que devem ser levados em conta na hora de planejar a sua retrospectiva: MOMENTO: Em que ponto você está, cronologicamente falando? Está no início da formação de um time? Está tentando aprendercom o passado? Está se preparando para um evento ou um lançamento? CONTEXTO: Qual é o seu objetivo? Está em busca de itens de ação focados? Precisa aumentar a moral do time? Precisa de tempo para reconhecer o trabalho da equipe? Quer medir o progresso e/ou a felicidade do time? Com base nessas questões, você precisa escolher qual atividade (ou sequência de atividades) é a mais apropriada. Além de pensar na melhor retrospectiva para determinado momento e contexto, é importante se lembrar de que, para muitos times, a retrospectiva é uma reunião recorrente. Por isso, é provável que seja necessário procurar, indefinidamente, alternativas para evitar a monotonia causada pela repetição da mesma agenda e atividades. Quando você muda um pouco o roteiro e apresenta atividades novas, o time tem a possibilidade de ver tudo por diferentes ângulos e perspectivas, o que gera novos insights. A AGENDA DE SETE PASSOS Este livro oferece ferramentas com muitas ideias e atividades, que podem ser usadas individualmente em diversas situações. Em muitos casos, entretanto, nós as usamos no contexto de uma reunião de time. Por exemplo, a recorrente retrospectiva Scrum2 é uma reunião em que se aplica, perfeitamente, a agenda de sete passos. Seja uma retrospectiva Scrum, uma reunião sobre os riscos do projeto ou sobre o lançamento de um projeto, usamos e sugerimos enfaticamente a seguinte estrutura de agenda – e em seguida descreveremos os sete passos que você executará para atingir seu objetivo: 1. DEFINIÇÃO DO CONTEXTO Definir o contexto no início de qualquer reunião é o primeiro passo para garantir que ela seja eficaz. Afinal, os participantes precisam entender qual → → → → → → → é o foco da reunião. Ou você inicia a reunião com um contexto bem definido e o compartilha com o time, ou o define em tempo real com os participantes, a partir da pergunta: “Qual é o contexto desta retrospectiva?”. Veja alguns exemplos de contextos: “Esta é uma bissemanal e recorrente retrospectiva Scrum para o time ABC. Estamos no Sprint 12 de 30.” “Em 14 dias, nosso artefato deve atingir o estágio principal de produção.” “O componente XYZ deu problema, deixou os servidores inativos por duas horas, até que o administrador do sistema conseguiu instalar a versão anterior novamente.” “Este time trabalhará em um novo projeto a partir de hoje.” “Trabalhamos juntos no ano passado e trabalharemos juntos por mais um ano.” “Este grupo diversificado participou do evento BIZANK. Muito provavelmente outro grupo de nossa empresa participará de futuros eventos semelhantes. O que devemos compartilhar com eles?” “Entregamos as funcionalidades planejadas dentro do cronograma. Vamos discutir quais foram os fatores que nos ajudaram a ser bem- sucedidos.” Ao definir o contexto, você não só alinha os participantes rumo a um objetivo em comum, como também restringe a discussão nas etapas que se seguirão. 2. DIRETIVA PRIMÁRIA Em Project Retrospectives,3 Kerth apresentou a diretiva primária, uma declaração cujo objetivo é ajudar a preparar o terreno para a retrospectiva. Independentemente do que descobrimos, nós entendemos e acreditamos de verdade que todos fizeram o melhor trabalho que podiam, dado o que se sabia na época, suas habilidades e aptidões, os recursos disponíveis e a situação em questão. A diretiva primária é uma declaração que ajuda a despertar uma mentalidade colaborativa nas pessoas envolvidas. É uma crença que o time deve manter durante as atividades. Mais que isso, ela prepara o terreno para a atitude esperada durante a reunião. A diretiva primária de Kerth é apropriada para retrospectivas, mas pode ser alterada conforme necessário para se adequar a outros tipos de atividades. Por exemplo, sugerimos a seguinte diretiva para reuniões em que você aplicará atividades de construção de time: Cooperação é o ato de trabalhar com outras pessoas e atuar em conjunto para realizar um trabalho. Um time é uma parceria de pessoas únicas que faz revelar, umas nas outras, o que há de melhor em cada uma. Sabemos que, embora sejamos maravilhosos como indivíduos, somos ainda melhores juntos. Reunir-se é um começo; ficar juntos é um progresso; trabalhar em conjunto é um sucesso. Outro exemplo: a próxima diretiva é recomendada para definir o cenário para as futurospectivas, reuniões em que o time olhará para frente e planejará o futuro: Esperança e confiança vêm de um engajamento adequado e uma disposição para prever o imprevisível. Vamos nos engajar totalmente nesta oportunidade de nos unir em torno de uma visão inclusiva e dar as mãos na construção de um futuro compartilhado. Recomendamos que a diretiva primária seja lida em voz alta para o time, antes de iniciar as atividades planejadas, além de mantê-la visível durante a reunião. Faça sempre referência a ela para lembrar aos participantes que, para essa reunião funcionar, o time precisa deixar os julgamentos de lado. 3. ENERGIZADORES Um energizador, também conhecido como quebra-gelo, é uma atividade para aquecer o time e promover a interação do grupo. É um bom ponto de partida para qualquer reunião de equipe e extremamente valioso para os estágios iniciais de construção de times. Escolha uma atividade energizadora para atender às necessidades da reunião do seu time. Ao formar uma nova equipe, recomendamos atividades com foco no compartilhamento de informações, como nomes e hobbies. Quando o ânimo estiver baixo, escolha dinâmicas que tragam felicidade e diversão ao grupo. Esse tipo de atividade ajuda a criar um ambiente amigável e deixa as pessoas mais à vontade para participar. Alguns exemplos são Zip zap zoom, Curiosidades e Desembaracem-se. 4. CHECK-IN As atividades de check-in reúnem informações como o sentimento dos participantes em relação à reunião e ao contexto fornecido. Também é um bom modo de restringir os temas que serão discutidos na reunião. Outro benefício de fazer o check-in é ajudar as pessoas a abandonar as preocupações e se concentrar na reunião em questão. Dependendo da atividade, também serve para ajudar os participantes a deixar de lado os julgamentos, pelo menos durante a reunião. Em geral são atividades curtas – seriam como uma “entradinha” para abrir o apetite de todos para o prato principal. Isso provoca nos participantes certa expectativa pela próxima atividade, ao passo que fornece feedback sobre o envolvimento de todos. Verificação de segurança, Radar de felicidade e Uma palavra são alguns exemplos de atividades de check-in. 5. PRATO PRINCIPAL O prato principal é o núcleo da reunião, e seu objetivo é o aperfeiçoamento contínuo. É composto de uma ou mais atividades e é também o momento de o time discutir suas anotações. Essas atividades são usadas para coletar dados, trazer à tona emoções e sentimentos, falar sobre coisas positivas, dar reconhecimento às pessoas e buscar melhorias. Elas levam o time a pensar sobre o contexto dado, reforçam uma visão compartilhada e geram insights valiosos. Os times que usam a retrospectiva como reunião recorrente em geral buscam alternativas para o prato principal. Ao variar a atividade, os integrantes podem ver os pontos por ângulos e perspectivas diferentes, o que gera novas ideias. O prato principal é o momento para que todos os membros do time se sintam ouvidos. Algumas anotações são discutidas em detalhes, mas todas ficam visíveis para o time inteiro. Cada anotação individual deve receber reconhecimento. Escolha seu prato principal com sabedoria, levando em conta o momento e o contexto do time. É a atividade principal de sua reunião e, provavelmente, as informações coletadas e discutidas nela definirão o tom para o aperfeiçoamento contínuo. Veja alguns exemplos: Deu certo, não deu certo, ideias novas; Abra a caixa; Caminho para o Nirvana e Tabela de expectativas das funções. 6. FILTRAGEM As atividades de filtragem ajudam a dar foco à discussão. Em muitas retrospectivas, não há tempo suficiente para discutir todos os itens levantados, de modo que priorizar itens selecionados e organizar a conversa fará comque o time seja mais eficaz na geração de insights dentro do tempo disponível. Neste livro, você também encontrará várias opções de atividades de filtragem. Por exemplo, o time pode agrupar anotações com base na semelhança e, em seguida, discuti-las. Outra possibilidade é realizar uma votação e depois focar nos tópicos mais votados. Alguns exemplos são Votação por pontinhos, Escolha um e fale e Falar e agrupar. 7. CHECK-OUT Você vai sair do hotel depois de passar algumas noites e quer fazer o check-out rapidamente. Mas você não estava sozinho no hotel. Estava com seus colegas de time e, juntos, comeram lanches, jantaram e fizeram outras coisas que estão na conta do grupo. Como dividir essa conta? Quem vai pagar cada um desses itens? Isso é parecido com o que acontece no fim de uma retrospectiva: pode haver muitos itens de ação e é hora de ver quem fará o quê. Também há momentos em que a reunião de retrospectiva não trata só de ações: há situações em que a própria discussão é o resultado, mas ainda assim precisa de um check-out. O check-out fecha a reunião. É uma atividade rápida que agradece a todos, reconhece o que aconteceu durante a reunião, fornece uma estrutura para lidar com os itens de ação, as listas de tarefas pendentes ou qualquer outro tipo de artefato gerado na retrospectiva. Pode levar à inclusão de novos itens na carga de trabalho do time, como mandar para a empresa, por e-mail, as anotações da reunião, agendar outra discussão de aprofundamento sobre um item específico, entre outros exemplos. Nem todos os check-outs se referem a itens de ação. Às vezes, o artefato gerado é algo simples, como uma foto do grupo que será compartilhada em algum lugar, ou uma anotação pessoal que cada um levará para casa. O mais importante é: você precisa agradecer a todos os envolvidos, prestar reconhecimentos ao que aconteceu durante a reunião e encerrá-la da forma correta – Quê-quem-quando, Escala de aprendizagem e Anotação pessoal são alguns exemplos de boas atividades para esses fins. PENSE EM COLUNAS E CORES Ao organizar a agenda da sua retrospectiva, um ponto-chave a ser considerado é a atividade principal – o prato principal. Nesse momento decisivo, você precisa pensar nas colunas e cores da atividade, e também em como combiná-las para melhor se adequar ao seu contexto e momento. Por exemplo, veja as três colunas a seguir para uma atividade retrospectiva simples e comum para o prato principal. Você pede aos participantes dessa retrospectiva que acrescentem anotações ao quadro; eles estão sendo convidados a pensar e expressar suas questões por meio de anotações sobre: 1) O que deu certo, 2) o que não deu certo e 3) ideias novas, sendo que (1), (2) e (3) definem áreas específicas para coletar dados e orientar a conversa. O catálogo de atividades apresenta diversas opções, cada uma com um formato específico para obter informações e conduzir o debate. E a maioria pode ser organizada em poucas colunas (ou espaços), nas quais os participantes podem acrescentar as próprias anotações. Colunas demais atrapalham, deixam a atividade confusa. É como dizer: pense nisto, naquilo, e naquilo outro, e naquilo também, e mais nisso. Resumindo: menos é mais. Menos opções abertas, e menos colunas para analisar, significa conversas mais focadas e, geralmente, resultados mais bem fundamentados. Mas mesmo em uma atividade bem definida, com poucas colunas, seus limites podem ser muito amplos. Por exemplo, no contexto dado, o que significa “deu certo”? O que “deu certo” em relação a quê? Refere-se ao que deu certo com as pessoas? Com o meio ambiente? Com o produto? Com o novo fluxo de pagamentos? Com as novas contratações? Com os idosos? Com o processo? Com o time interno? Com os empreiteiros? Com os líderes das artes marciais? Com as ferramentas? Com a tecnologia? Com o trabalho remoto? Com o trabalho presencial? Com a Via Láctea? Com outras galáxias? Pode haver inúmeras perspectivas diferentes para analisar essas colunas nas atividades. Por isso, você não deve deixar a conversa totalmente aberta. Mesmo que queira que os participantes expressem seus pensamentos e sentimentos, precisa ter clareza sobre as perspectivas em que deseja focar durante essa retrospectiva específica. Portanto, ao elaborar a agenda de sua retrospectiva e pensar no prato principal, você também deve analisar as diferentes perspectivas que espera que as pessoas levem em conta. Por exemplo, “no contexto das duas últimas semanas de trabalho: o que deu certo em relação às ferramentas que temos usado? O que deu certo no processo que temos seguido? O que deu certo em relação à interação de nosso pessoal?”. Ainda no mesmo exemplo, “o que não deu muito certo com as ferramentas que temos utilizado? O que não deu muito certo no processo que temos seguido? O que não deu muito certo com a interação de nosso pessoal?”. E ainda nesse contexto, “você tem alguma ideia nova sobre as ferramentas que temos usado? Tem alguma sugestão sobre o processo que temos seguido? Tem outra ideia sobre a interação de nosso pessoal?”. Você pode restringir o foco da reunião fazendo perguntas direcionadas como os exemplos anteriores. Entretanto, com preparação, pode fazer ainda melhor! Esse é um exemplo usando cores. As colunas definem os limites de uma atividade, enquanto as cores determinam as diferentes perspectivas. A junção de colunas e cores é muito poderosa, pois combina contexto com limites e perspectivas. Assim como com as colunas, você também precisa evitar muitas cores. Em geral, três opções oferecem perspectivas suficientes para analisar e impedem que o foco se disperse. Ao construir a agenda de sua retrospectiva, lembre-se dos sete passos e também pense em como combinar seu contexto com as colunas e cores das diversas perspectivas. Isso o ajudará a impulsionar o time em direção a percepções mais profundas e valiosas. RETROSPECTIVAS REMOTAS A conexão humana tem um valor incomensurável, portanto devemos incentivar interações eficazes para ambas as retrospectivas: presenciais e remotas. Cada vez mais vemos grande quantidade de pessoas usando ferramentas para retrospectivas remotas, uma vez que os times estão mais espalhados, por diversos motivos – trabalhar em casa durante a pandemia de covid-19, por exemplo, ficar perto dos filhos, evitar engarrafamentos, trabalhar da praia, usar um dispositivo de leitura, ter problemas com visto de trabalho, trabalhar de um país distante etc. Por isso, investimos tempo e esforço no App.FunRetrospectives.com, uma ferramenta on-line para ajudar a planejar e facilitar as retrospectivas remotas. Quando começamos a compartilhar o quadro on-line, percebemos que ele também é útil quando todos estão na mesma sala. Alguns times estavam fisicamente no mesmo lugar e, mesmo assim, usavam o quadro do App.FunRetrospectives.com. Vejamos um exemplo de situação em uma reunião presencial. Verificação de segurança é uma atividade anônima para checar se as pessoas se sentem seguras participando da retrospectiva. Geralmente, pedimos a todos que usem a mesma cor de post-it e de caneta para escrever um número de 1 (nada seguro) a 5 (muito seguro para falar sobre qualquer coisa). Coletamos os post-its (usando uma sacola ou chapéu) e os colocamos no quadro. O quadro on-line é mais rápido e seguro (ninguém consegue reconhecer a letra, por exemplo)! Aí, basta compartilhar um link no chat do time e verificar os resultados posteriormente. Por isso, começamos a usar o quadro FunRetrospectives on-line mesmo quando estamos realizando retrospectivas presenciais. A ideia aqui é deixar tudo sempre leve e divertido. Mesmo que seu time esteja espalhado pelo mundo, ou todos na mesma sala, planeje a retrospectiva para que ela atinja os objetivos necessário e seja fun! http://App.FunRetrospectives.com http://App.FunRetrospectives.com 2 3 PROVINCIATTO, Mary; CAROLI, Paulo. Sprint a Sprint: Erros e acertos na transformação cultural de um time ágil. Rio de Janeiro: Editora Caroli, 2020. KERTH, Norman L. Project Retrospectives: A Handbookfor Team Reviews. Nova York: Dorset House Publishing, 2001. N este catálogo, você encontrará atividades aplicáveis em várioscenários. Ao planejar sua agenda de sete passos, leve em contaqual atividade (ou categoria de atividade) é melhor para o contexto e o momento do time. Escolhendo atividades específicas para determinada situação, você conseguirá engajar as pessoas profunda e completamente, e fará uma retrospectiva divertida e eficaz. Mais que isso: ter várias atividades na manga o ajudará a evitar a monotonia causada pela repetição em retrospectivas recorrentes. Atividades diferentes fornecerão ângulos e perspectivas distintas, o que permitirá ao time gerar novos insights. Ao lado do título de algumas atividades, você verá o ícone , que indica as facilmente adaptáveis para retrospectivas remotas. No fim de cada atividade dessas há um quadro com algumas sugestões e dicas para melhorar essa adaptação. No entanto, nem todas são possíveis de serem realizadas remotamente, mas não se preocupe: como há uma grande variedade, você pode escolher outra que se adapte ao momento do time e que seja realizada no ambiente remoto de maneira mais proveitosa. O s energizadores são atividades para aquecer o time e promover ainteração do grupo. São um bom ponto de partida para qualquerreunião de equipe e muito valiosos para os estágios iniciais da construção de times. 1. 2. 3. 4. PAULO PONTUAL Paulo pontual é uma atividade rápida para ajudar os membros do time a se lembrarem dos nomes uns dos outros. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Peça aos participantes que pensem em um adjetivo que comece com a mesma letra do próprio nome. Forme um círculo e oriente os participantes a dizerem, um de cada vez, seu nome com o adjetivo. Por exemplo: “Olá, eu sou Paulo Pontual”. Depois que todos os participantes falarem, peça-lhes que sigam no sentido horário, dizendo o nome e o adjetivo da pessoa a seu lado. Depois de algumas voltas, solicite aos participantes que repitam o passo 3 no sentido anti-horário. Além de provocar algumas risadas e quebrar o gelo, esta atividade também ajudará o time a associar o nome das pessoas a um adjetivo, tornando mais fácil recordá-lo. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Compartilhe um quadro remoto com os participantes e peça a todos que digitem seu nome e adjetivo. Organize os nomes em uma sequência e siga-a, solicitando a cada participante que diga seu nome e adjetivo em voz alta. Após o último nome, volte ao primeiro e repita a atividade algumas vezes, pedindo aos colegas que digam o nome e adjetivo de outra pessoa. 1. 2. 3. 4. 5. CURIOSIDADES Curiosidades é um simples e excelente energizador para que as pessoas se conheçam melhor. Elas escrevem anonimamente curiosidades e, em seguida, o grupo tenta combinar a pessoa com um dos fatos disponíveis. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Peça a cada participante que pense em uma curiosidade sobre si. Solicite que anote a curiosidade em um post-it, anonimamente. Coloque as curiosidades visíveis para todos os integrantes. Um por um, deixe que o grupo adivinhe quem escreveu cada curiosidade. Ao acertarem, escreva o nome da pessoa ao lado da curiosidade. Esta é uma atividade rápida e divertida. É ótima para promover conversas e quebrar o gelo, e assim fazer as pessoas se conhecerem um pouco mais além do trabalho. Alguns exemplos: “Eu toquei em uma banda de rock”, “Eu fui professor de ioga”, “Eu sou malabarista”. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos, basta usar o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. 4. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA A Localização geográfica é uma boa ferramenta para quebrar o gelo e também ajuda os membros do time a se conhecerem um pouco mais. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Explique aos participantes que cada um será uma localização geográfica (por exemplo: seu país, cidade ou bairro). Indique onde fica o Norte e o Sul da sala. Peça a cada um que vá ao lugar onde acham que se localiza, a fim de criar um “mapa” o mais fiel possível. Depois que cada um ocupar seu lugar, peça a um voluntário que desenhe um mapa representando a sala. Esta é uma ótima atividade para usar quando os membros do time ainda estão se conhecendo, pois pode render conversas como: “Não sabia que você havia nascido no Rio de Janeiro! Como é lá?”. Além disso, o desenho coletivo gera resultados inesperados e engraçados. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Compartilhe um quadro on-line com os participantes e peça-lhes que digitem seu nome e cidade em um post-it. Em vez de mudarem de lugar literalmente, as pessoas colocarão o seu post-it no quadro, tentando formar o mapa. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. TELEFONE VISUAL O Telefone visual é um grande energizador para envolver todos os participantes, ao mesmo tempo em que promove uma conversa sobre comunicação e suas interpretações. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Divida o time em grupos de três pessoas (um ou dois grupos podem ter quatro pessoas, se necessário). Coloque três post-its e uma caneta na frente de cada pessoa. Peça a todos que escrevam uma frase no post-it e, em seguida, colem um post-it em branco sobre o primeiro (nesse momento, somente o autor da frase sabe o que está escrito). Todos passam os post-its no sentido horário. Cada um lê a frase do post-it e, em seguida, cria um desenho que a represente (no post-it em branco que está em cima). Todos passam os post-its no sentido horário. Em outro post-it, o terceiro participante escreve uma frase para o desenho que recebeu e o cola sobre todos (agora são três post-its: a frase original, o desenho e a nova frase). Todos passam os post-its no sentido horário (para grupos de três pessoas, os post-its devem terminar na frente do redator da frase original). Abra os post-its para que todos possam ver as frases e seus respectivos desenhos. Geralmente, os participantes acabam rindo e se divertindo comparando desenhos e frases. Além de ser um ótimo energizador, a atividade passa uma sublime mensagem sobre comunicação (visual e escrita), contexto e interpretações. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona melhor presencialmente. Entretanto também é possível usar recursos das ferramentas de videoconferência e quadros remotos para simulá-la remotamente. Em vez de passar um post-it com a frase, a pessoa deve enviar a frase, via chat, somente para a pessoa que vai desenhar. 1. 2. 3. 4. * * * UM DOIS PING QUATRO PONG A atividade Um dois ping quatro pong é curta e serve para iniciar uma reunião com bom humor e engajar os participantes. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Peça aos participantes que formem um círculo. Os participantes devem escolher um sentido para seguir (horário ou anti- horário). Alguém começa dizendo qualquer número positivo que não seja múltiplo de três ou cinco. O próximo, seguindo o sentido combinado, mentalmente incrementa o número em uma unidade. Então: Se o resultado não for múltiplo de três ou cinco, diz o número. Se o resultado for múltiplo de três, diz ping e bate palmas. Se o resultado for múltiplo de cinco, diz pong e pula. Para grupos grandes, recomenda-se retirar uma pessoa do círculo quando ela errar ou acusar alguém de erro por engano. Logo todos estarão rindo e torcendo pelos restantes. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use a ferramenta de comunicação de sua preferência. Depois que uma pessoa disser o número, ping ou pong, ela também deve dizer o nome do próximo participante. 1. 2. 3. JOGO DE APRESENTAÇÃO AOS COLEGAS O Jogo de apresentação aos colegas é uma ótima atividade para que novos membros do time saibam mais sobre os outros e vice-versa. Uma conversa rápida, seguida pela apresentação dos colegas, é um mecanismo ágil para apresentar cada pessoa em um grupo grande. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Divida o grupo grande em duplas de pessoas que ainda não se conhecem muito bem. Peça às duplas que conversem brevemente um sobre o outro e informe que, mais tarde, eles deverãoapresentar o colega. Você pode deixar a conversa aberta ou escolher algumas perguntas para que respondam (nome completo, local de nascimento, função atual, comida favorita, destino de viagem favorito etc.). Circule pelo grupo maior e deixe que todos apresentem seus colegas. “Este é Amit. Ele nasceu no Canadá, mas sua família é indiana. Ele gosta de samba e sua comida favorita é cachorro-quente, principalmente enquanto assiste a jogos de beisebol ao vivo. Atualmente ele trabalha como...” Já vimos essa atividade ser usada em vários lugares e ocasiões diferentes. É muito legal porque as pessoas falam coisas boas umas das outras, mesmo depois de apenas uma conversa rápida. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem com times remotos. Use a ferramenta de comunicação remota do time para formar duplas entre os participantes em salas de chat separadas. Posteriormente, leve todos para a mesma sala para que cada pessoa apresente seu colega. * * * * 1. 2. PONTOS CARDEAIS A atividade Pontos cardeais é ótima para fazer as pessoas se movimentarem e compartilharem coisas sobre si. Ao mesmo tempo, ela ajuda todos a compreender as diferenças e semelhanças em um grupo de pessoas. PREPARAÇÃO DA ATIVIDADE Arranje uma sala grande com espaço para que todos se movimentem. Desenhe uma bússola simples no meio da sala (use fita adesiva e post-its), marcando as direções Norte, Sul, Leste e Oeste. Identifique os pontos cardeais primários nas paredes da sala. Por exemplo: Norte – o lado da janela; Sul – o lado da porta; Leste – o lado do projetor; Oeste – o lado do quadro. É mais importante alinhar os pontos cardeais na bússola desenhada e na parede da sala do que deixá-los literalmente no ponto geográfico. Imprima perguntas interessantes (estilo sim/não) em uma folha. A seguir, há alguns exemplos de perguntas que você pode usar. Mas fique à vontade para criar as suas ou pedir às pessoas que criem as próprias durante a atividade. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Leia uma pergunta, aponte para o Norte e diga que ele representa o “sim”. A seguir, peça aos participantes que se movam de acordo com a própria resposta. Uma vez que as perguntas têm as opções sim ou não, cada um deve escolher um lado da sala, Norte ou Sul. Leia outra pergunta, aponte para o Leste e diga que ele representa a resposta “sim”. A seguir, peça aos participantes que se desloquem de acordo com a própria resposta. Observe que agora eles ficarão em um dos quatro pontos cardeais: N, S, L ou O. 3. * * * * * * * * * * * * * * * * * Repita por quanto tempo quiser. Continue lendo as perguntas e pedindo às pessoas que se desloquem segundo a resposta. Sempre alterne entre os movimentos N|S e L|O. Note que a qualquer momento as pessoas estarão em um dos quatro cantos da sala. Esta atividade é um ótimo energizador e é bem visual. Mantém todos em movimento e, ao mesmo tempo, mostra bem o número de integrantes que representam sim e não. Às vezes, as pessoas preferem distribuir as perguntas impressas, pedindo aos participantes que leiam uma ou, então, que criem uma pergunta de tipo sim/não. Isso dá a todos a oportunidade de ser criativos nas questões e, talvez, descobrir informações específicas que lhes interessam. Veja exemplos de perguntas de tipo sim/não: Numa sexta à noite, você prefere ficar em casa a sair com os amigos? Quando tem um compromisso, em geral chega em cima da hora? Você é uma pessoa fácil de se lidar? Em geral, você costuma pensar bem antes de falar? Em casa, você se irrita facilmente quando as coisas não estão no seu devido lugar? Você costuma usar as mãos ao falar? Você acha fácil manter suas emoções sob controle? Você acha difícil se aproximar de estranhos em um evento social e se apresentar? Os outros normalmente sabem o que você está fazendo ou sentindo sem que você precise dizer? Você planeja suas atividades com bastante antecedência? Você costuma reclamar quando alguém o deixa esperando? Quando você está desanimado, normalmente procura alguém para animá-lo? Você prefere ver um documentário em vez de uma comédia na TV? Quando você comete um grande erro no trabalho, costuma se esquecer dele com facilidade? Quando você vê um quadro torto na parede, sente vontade de endireitá- lo? Você, em geral, tem objetivos específicos e um senso de direção definidos na vida? Se alguém de um grupo social expressar um ponto de vista diferente do seu, você normalmente fica quieto? * * * * * * * * * * Você costuma falar à vontade quando está com pessoas que conhece bem? Se você estivesse alugando um imóvel, insistiria em um contrato por escrito antes de pagar? Você costuma dizer ou fazer coisas sem pensar? Quando você faz algo errado, normalmente consegue esquecer o assunto depressa e focar no futuro? Você às vezes fica quieto, temendo que as pessoas possam criticá-lo ou ridicularizá-lo? Você costuma contar piadas e histórias engraçadas a seus amigos? Seu futuro, em geral, parece promissor e certo para você? Você com frequência pensa no futuro e no rumo que sua vida está tomando? Depois de concluir uma tarefa importante, você costuma sentir que deveria ter feito melhor? Ao encerrar a atividade, você pode dizer uma mensagem simples, a fim de incentivar o momento de construção do time: Algumas vezes estamos próximos de uma pessoa, outras vezes de outra. Mas é fundamental se lembrar de que somos todos parte de um mesmo time! CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Coloque as perguntas em uma ferramenta de votação on-line e rode em tempo real com o time. Após cada rodada de perguntas, reserve um momento para agradecer às respostas e prosseguir. 1. 2. 3. 1. 2. 3. 4. FORMANDO TRIÂNGULOS Formando triângulos é um ótimo energizador e tem uma mensagem valiosa, sendo muito útil para iniciar uma conversa sobre times auto- organizados. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Esta atividade está dividida em duas partes. Primeira parte: Peça aos membros do grupo que caminhem individualmente em uma direção aleatória. Depois de um tempo, diga a palavra mágica “triângulo”. Nesse momento, cada membro precisará encontrar duas outras pessoas e formar um triângulo equilátero (cada pessoa é um vértice do triângulo e deve apontar os braços para as outras duas que representam os outros vértices; cada pessoa é um vértice em apenas um triângulo). Cronometre quanto tempo o grupo levou para formar os triângulos. Segunda parte: Selecione uma pessoa para organizar todos os triângulos. Peça a todos que caminhem em uma direção aleatória. Depois de um tempo, diga a palavra mágica “triângulo”: o organizador deve formar triângulos equiláteros com todos os membros do grupo (incluindo a si mesmo em um dos triângulos). Cronometre quanto tempo o grupo levou para formar os triângulos. A primeira parte mostra um grupo auto-organizado; a segunda mostra um grupo guiado por um organizador. Em geral, a formação do triângulo auto-organizado ocorre mais rapidamente que sua contraparte, e o time se sente mais engajado na atividade. Esta brincadeira fomenta a conversa sobre um conceito essencial de times ágeis bem-sucedidos: a auto- organização. 1. 2. * * * 3. 4. ZIP ZAP ZOOM Zip zap zoom é um bom ponto de partida para reuniões, especialmente para novos times. A atividade dá energia à sala e a dinâmica dela ajuda os participantes a recordar os nomes uns dos outros. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Peça ao time que forme um círculo e que cada participante feche as mãos, mas mantendo o dedo indicador apontado. Explique os comandos: um por vez, cada um deve dar um comando verbal e apontar para alguém. O comando deve ser um dos seguintes: Zip: Apontar para a pessoa exatamente ao seu lado, mantendo o sentido anterior. Zap: Apontar para a pessoa exatamente ao seu lado, mudando o sentido anterior. Zoom: Apontar para qualquer pessoa do círculo e dizer o nome dela. A pessoa deve decidir o sentido do próximo movimento quando for a sua vez, e deve começar com o comando Zip. Peça a um participante para fazer o primeiro movimento, dando o comandoZip e escolhendo o sentido inicial (horário ou anti-horário). Após o comando, diga o nome da pessoa para qual está apontando. A pessoa seguinte deve dizer um comando verbal (com seu respectivo movimento) e o nome da pessoa para qual está apontando. E assim por diante. Esta atividade não é só um bom energizador, mas também leva os participantes a se concentrar e os ajuda a lembrar os nomes dos colegas. Para se divertir ainda mais, anote quando um participante executar um comando errado e informe que a primeira pessoa a cometer três erros vai comprar chocolates para todo o grupo. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: esta atividade funciona bem para times remotos. Use a ferramenta de comunicação de sua preferência e peça às pessoas que sigam a ordem alfabética dos nomes na atividade. 1. 2. 3. 4. BATALHA DE BALÕES A Batalha de balões é um ótimo energizador para fazer todos se movimentarem. Ademais, ela cria uma situação para introduzir alguns conceitos, como estratégia de time, trabalho em equipe, colaboração, parceria e situações vantajosas para os dois lados. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Instrua todos os participantes a amarrarem um balão no pé esquerdo (serão necessários balões e cordas para todos os participantes). Divida o time em grupos menores (por exemplo, grupos de três ou quatro pessoas). Instrua a todos sobre a missão do time e a duração do jogo: “Todos os times têm o mesmo objetivo: proteger os balões. O jogo dura um minuto. No fim, contaremos e anunciaremos o time com maior número de balões cheios”. Faça a contagem regressiva e diga “já!”. Os participantes costumam se divertir muito – geralmente as pessoas correm e atacam os balões dos outros. No fim do jogo, você pode conversar sobre trabalho em equipe, estratégia de time e percepção de responsabilidade, além do nosso tópico favorito: a competitiva natureza humana, que às vezes trabalha contra uma situação em que os dois lados ganham. Por exemplo, se ninguém atacar os balões dos outros participantes, cada time cumpre o objetivo de proteger os seus e acaba com o maior número de balões cheios. Curiosamente, nunca vimos esse resultado, nem ouvimos falar sobre uma situação assim. Esta atividade pode ser usada para grupos a partir de nove pessoas e funciona muito bem para grupos grandes, sem limite de número de pessoas. 1. 2. 3. * * * 4. DESEMBARACEM-SE Desembaracem-se também é um ótimo energizador para fazer as pessoas se mexerem. Essa atividade passa uma mensagem muito interessante sobre como encontrar a saída em uma situação complicada. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Peça ao grupo para formar um círculo. Solicite a todos que levantem as mãos. Dê as instruções para se entrelaçarem: Com a mão direita, segure a mão esquerda de alguém. Com a mão esquerda, segure a mão direita de alguém. É proibido segurar as mãos de pessoas que estejam exatamente do seu lado. Peça ao grupo que se desembarace, tentando formar um círculo, mas sem soltar as mãos. O tamanho do grupo deverá ser maior que seis pessoas. Para turmas muito grandes, pode-se organizar os participantes em grupos menores, de aproximadamente doze pessoas, por exemplo. O grupo vai levantar as mãos e girar para encontrar uma saída, formando um ou mais círculos. Às vezes, não é possível desembaraçar-se. Em tais situações, peça ao grupo para escolher uma pessoa, que será removida do “nó”. As mãos que ficam livres devem se reconectar a outro participante que continua no grupo emaranhado. 1. 2. 3. 4. 5. PEÇAS COMPLEXAS Peças complexas é um ótimo energizador para fazer as pessoas se movimentarem e, ao mesmo tempo, promover uma conversa sobre sistemas complexos e peças interconectadas. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Todos os participantes devem se levantar e andar pelo ambiente. Cada pessoa pensa em duas outras. Sem dizer nomes, cada pessoa deve ficar equidistante das duas pessoas em quem pensou. Esse movimento deve levar um minuto. Depois que as pessoas pararem, peça à mais alta que vá para um canto da sala. Solicite a todos que encontrem suas posições equidistantes de novo. Esta atividade energiza a todos e ao mesmo dá a oportunidade de ter uma conversa rápida sobre sistemas complexos, mudanças e requisitos interconectados. Essa atividade pode ser usada para grupos a partir de sete pessoas e funciona muito bem para grupos grandes, sem limite de número de pessoas. 1. 2. 3. 4. COSTAS COM COSTAS Costas com costas é uma atividade divertida e energizadora com uma mensagem forte e simples sobre o trabalho colaborativo e a importância de alinhar forças na mesma direção. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Instrua os participantes a procurar um par de altura e peso semelhantes. Peça às duplas que se sentem no chão, de costas uma para a outra. Oriente cada integrante da dupla a dar os braços, mantendo as costas juntas. Informe que o objetivo é que se levantem, mas mantendo os braços e as costas juntos. Esta atividade é muito divertida e costuma fazer as pessoas rirem. Geralmente, algumas duplas conseguem se levantar mais rápido, ao passo que outras têm mais dificuldade. Importante: Seja sensível em relação ao grupo e só execute esta atividade se for apropriada para todos os participantes. 1. 2. 3. 4. 5. ENCONTRE SEU PAR Encontre seu par é um energizador muito engraçado para fazer todos se mexerem e rirem. Pode ser usado para formar grupos menores. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Decida quantos grupos devem se formar ao fim da atividade. Escolha um animal para representar cada grupo. Diga a cada participante, em segredo, qual animal ele representa. Peça a todos que andem pela sala. Solicite a todos que cubram os olhos com as mãos, façam o som de seu animal e tentem encontrar seu grupo. No passo 3, em vez de dizer o animal a cada pessoa, você pode escrever o nome em post-its e distribuí-los aleatoriamente. Recomendamos cautela quanto às diferenças culturais. Ao escolher esta atividade, é importante certificar-se de que os participantes já estão acostumados com os energizadores. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. DESENHO COLABORATIVO DE ROSTO O Desenho colaborativo de rosto é uma atividade interativa divertida que ajuda na memorização de nomes. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Dê a cada participante um cartão e uma caneta. Instrua os participantes a escrever o próprio nome na parte inferior do papel. Peça a todos que andem aleatoriamente pela sala até que você diga a palavra “parem”. Cada pessoa deve formar par com alguém que esteja próximo. Instrua a dupla a trocar os papéis entre si. Cada um deve desenhar os olhos do par. Instrua as duplas a trocar de novo os papéis (agora, cada pessoa deve voltar a ficar com o papel com seu nome). Repita os passos 3 a 7 para todas as partes do rosto (olhos, nariz, orelhas, queixo, cabelo, pelos faciais e acessórios). Na ilustração estão dois momentos desta atividade. O primeiro mostra o passo 3, quando todos estão andando aleatoriamente, esperando o comando para parar. A segunda imagem mostra o resultado final: um desenho colaborativo de rosto. Esta atividade funciona bem com times de diferentes tamanhos, promove interações rápidas um a um entre várias pessoas e os artefatos finais são uma lembrança divertida da reunião. Você pode expor os desenhos na área do time, por exemplo, ou tirar uma foto e guardá-la como registro. 1. 2. 3. 4. PEDRA-PAPEL-TESOURA HUMANO Pedra-papel-tesoura humano é uma atividade divertida e rápida de energização que pode ser usada para fazer todos se movimentarem e rirem. Muitas pessoas já conhecem o clássico jogo pedra-papel-tesoura, realizado com as mãos. Esta é uma variação dele, mas requer que as pessoas estejam em pé, que se movimentem e ajam como um time, e não individualmente. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE O grupo deve escolher uma postura de corpo inteiro que representará cada elemento (por exemplo, pedra: cada um vai se abaixar e abraçar os joelhos e se enrolar com uma bola; tesoura: cada um vai ficar com as pernas afastadas na largura dos ombros e ambos os braços para cima e as mãos atrás da cabeça). Depois que as poses forem definidas, divida osparticipantes em duas equipes. Para cada rodada, cada grupo precisará fazer uma das poses (todos do grupo devem fazer a mesma pose). Cada grupo terá vinte segundos para traçar estratégias. Depois que os dois grupos tiverem decidido as poses, peça que fiquem um de frente para o outro e conte 3, 2, 1, já! No “já”, todos devem fazer uma das três poses. Pedra vence tesoura, tesoura vence papel e papel vence pedra. Quem ganhar mais em cinco rodadas é o grupo vencedor! Esta atividade é especialmente divertida porque pode ter variações para muitos temas. Já ouviu falar da versão canadense “caubói, urso e ninja”? Ninja mata o caubói; caubói mata o urso; urso mata o ninja. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Selecione três participantes para cada rodada e instrua-os a incluir sua jogada na ferramenta de videoconferência após uma contagem regressiva (“3, 2, 1, já!”). Você pode fazer um torneio (três participantes por vez), no qual os vencedores vão para as semifinais ou finais (dependendo do tamanho do time). A tividades de check-in reúnem informações sobre como osparticipantes se sentem em relação à reunião e é um bom passopara restringir os temas que serão discutidos ao longo dela. 1. * * * * * 2. 3. 4. → VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇA A Verificação de segurança é uma maneira rápida e eficaz de verificar quão seguras as pessoas se sentem participando da retrospectiva. Permite coletar anotações anônimas para que os integrantes não se sintam expostos ou intimidados ao se expressar. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE: Peça aos participantes que escolham um número entre 1 e 5 que indique quão seguros se sentem no grupo, e que o anotem em um post-it (as respostas devem ser anônimas, portanto todos devem usar a mesma cor de post-it e caneta). Abaixo, você pode ver o significado de cada número: 5: Sem problemas, vou falar sobre qualquer coisa. 4: Vou falar sobre quase tudo; algumas coisas são mais difíceis de dizer. 3: Vou falar sobre algumas coisas, pois outras são difíceis de dizer. 2: Não vou falar muito; vou deixar que outros levantem questões. 1: Não vou falar nada, não me sinto seguro. Recolha todos os post-its (use um chapéu ou um recipiente qualquer para manter o anonimato dos participantes). Mostre o resultado da Verificação de segurança ao grupo todo. Agradeça os resultados e decida o que fazer a seguir. O QUE FAZER COM OS RESULTADOS? Eis o que você pode dizer em caso de: Segurança alta: “Parece que muitas pessoas estão dispostas a falar sobre vários tópicos, portanto vale a pena passar para a próxima atividade, que deve desencadear conversas valiosas”. → → Segurança média: “Como podemos ver nos resultados da Verificação de segurança, algumas pessoas não querem falar sobre qualquer assunto. Levaremos isso em conta e respeitaremos a participação de todos”. Segurança baixa: “Como podemos ver nos resultados da atividade, a segurança do grupo parece baixa. Por este motivo, usaremos o tempo restante para executar uma atividade que possa nos ajudar a aumentar o nível de segurança do grupo”. Promover um ambiente seguro é elemento-chave para qualquer atividade em grupo. Saber como o grupo se sente permite que você aja e resolva a situação. Se a segurança for baixa ou média, recomendamos mudar a atividade do prato principal para a Criando segurança. Lembre-se de que existem outras atividades que podem ser usadas como check-in, portanto mude-as conforme o necessário. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Compartilhe um quadro on-line com os participantes, certifique-se de que as anotações sejam completamente anônimas e peça a todos que digitem as suas contribuições. 1. * * * * 2. 3. ECVP: EXPLORADOR, COMPRADOR, VERANISTA, PRISIONEIRO A ECVP: explorador, comprador, veranista, prisioneiro é uma atividade curta para medir o engajamento dos participantes na reunião em questão. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Peça aos participantes que relatem anonimamente a própria atitude em relação à retrospectiva, classificando a si mesmo como explorador, comprador, veranista ou prisioneiro. Explorador: Está ansioso para descobrir ideias e insights novos. Quer explorar tudo que puder em relação ao contexto da retrospectiva. Comprador: Checa todas as informações disponíveis e fica feliz por voltar para casa com uma ideia nova e útil. Veranista: Não está interessado no trabalho de retrospectiva, mas fica satisfeito por sair da rotina diária. Prisioneiro: Sente-se forçado a comparecer e prefere fazer outra coisa. Recolha os resultados e crie um histograma para mostrar os dados. Agradeça os resultados e conduza uma discussão sobre o que eles significam para o grupo. Esta é uma boa variação para a Verificação de segurança, pois pergunta sobre a participação das pessoas sob uma perspectiva diferente. Você pode dar sequência com uma variação da atividade Criando segurança. Usando, por exemplo: “Por que você se sente um prisioneiro?”. Esta atividade está descrita no notável livro Agile Retrospectives,4 de Esther Derby e Diana Larsen. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. 4. RADAR DE FELICIDADE O Radar de felicidade é muito útil para iniciar uma retrospectiva, pois restringe seu contexto. Ele estabelece uma sequência para que os participantes primeiro conversem sobre os sentimentos das pessoas (sobre felicidade) antes de começarem uma atividade de coleta de dados. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Desenhe uma tabela com as áreas nas quais coletará feedbacks sobre felicidade. Coloque as áreas na vertical, nas linhas da tabela. Alguns exemplos são pessoas, tecnologia e processos: “No contexto fornecido, gostaria de saber o que vocês sentem em cada uma dessas áreas”. Desenhe as carinhas feliz, neutra e triste na horizontal, no título das colunas. Peça ao time para preencher a tabela com a instrução: “Em cada área, diga como você se sente, na média. Por exemplo, se está quase sempre triste com tecnologia, assinale a interseção da carinha triste com a linha tecnologia.” Opcionalmente, defina uma cor de post-it para áreas específicas. Ela pode servir como código de cor para a próxima atividade. Note que as áreas selecionadas (linhas) precisam ser bem específicas para o contexto da retrospectiva, pois elas influenciarão as atividades (e conversas) seguintes. É muito importante valorizar o que as pessoas sentem, especialmente em uma retrospectiva. No entanto, não é fácil para ninguém falar sobre as próprias emoções, e é ainda mais difícil conectá-las às coisas que as provocam. O Radar de felicidade fornece uma estrutura que ajuda em ambos os casos. Recomendamos que você use o Radar de felicidade com o mesmo time periodicamente, acompanhando os resultados, para que possa comparar como as pessoas se sentem ao longo do tempo. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. RADAR DE FELICIDADE NA LINHA DO TEMPO O Radar de felicidade na linha do tempo é uma variação da atividade anterior e mostra a felicidade média durante um período. Funciona bem para uma retrospectiva sobre algum evento temporal, por exemplo. A principal diferença entre esta atividade e o Radar de felicidade típico é que os títulos das colunas se referem a momentos no tempo, em vez de áreas específicas. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Faça uma tabela indicando, na horizontal, marcos temporais para recordar ao time os eventos que aconteceram nesses momentos (por exemplo: primeiro trimestre, segundo trimestre e trimestre atual). “Dado o contexto, gostaria de saber o que vocês sentiram em cada um desses momentos.” Desenhe as carinhas feliz, neutra e triste na vertical, no título das colunas. Peça ao time para preencher a tabela: “Em cada um desses momentos, diga como você se sentiu, na média. Por exemplo, se ficou feliz com nosso primeiro trimestre, assinale a interseção da carinha feliz com a linha do primeiro trimestre”. Estaatividade funciona bem com grupos grandes, em que o contexto permita uma linha do tempo para um evento (outro exemplo: início do projeto, lançamento 1, lançamento 2 e hoje). CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. 4. UMA PALAVRA Uma palavra é uma atividade simples de check-in que permite aos participantes compartilhar seus sentimentos antes de entrar nos detalhes e objetivos da reunião em si. É uma boa abertura para a reunião, pois valoriza os sentimentos das pessoas e as faz falar sobre eles desde o início. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Dê a cada participante uma caneta e um post-it. Peça-lhes que descrevam seus sentimentos (em relação ao contexto da reunião) em uma palavra. “Descreva em uma palavra como você se sente.” Agrupe as anotações em um quadro. Opcionalmente, pergunte se alguém quer compartilhar mais sobre a palavra escolhida. Esta atividade é descrita como atividade de check-in por Esther Derby e Diana Larsen no notável livro Agile Retrospectives.5 Ela permite que os participantes reflitam sobre o contexto da reunião, trazendo todo mundo para a mentalidade da retrospectiva. Também convida todos a falar, o que fomenta maior participação nas atividades seguintes. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. 4. 5. COMENTÁRIO ANÔNIMO A atividade Comentário anônimo permite que os participantes sinalizem suas intenções. Às vezes, alguns querem abordar um tema, mas não querem iniciar a conversa. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Escreva a seguinte frase no quadro: “Você concorda em ler seu comentário em voz alta?”. Explique aos participantes que você vai lhes pedir que escrevam alguns comentários na atividade a seguir e que quer saber se todos se sentem à vontade para ler em voz alta o que escreverem. Instrua os participantes a escrever S ou N em um post-it e dobrá-lo. S para “sim, posso ler” e N para “não, não me sinto à vontade lendo alguns comentários que farei hoje”. Recolha os post-its anônimos e coloque-os no quadro. Compartilhe os resultados com o grupo. Caso haja pelo menos um N, você não deve usar uma atividade que exija que os participantes leiam suas anotações em voz alta. Se todos estiverem dispostos a ler os comentários, pode pedir aos participantes que façam isso antes de colocá-los no quadro, ou até mesmo pode perguntar abertamente: “Quem escreveu este comentário?”. Já participamos de várias retrospectivas e é muito constrangedor quando alguém pergunta quem escreveu algo e ninguém responde. Essa rápida atividade de check-in ajuda a evitar esse tipo de situação. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. 4. DESENHE SEUS SENTIMENTOS Desenhe seus sentimentos é uma ótima atividade de check-in para ajudar as pessoas a expressar seus sentimentos em uma reunião de retrospectiva – e uma ótima maneira para isso é por meio do desenho. Portanto, é uma boa atividade para antes do prato principal, que é quando os participantes geralmente escrevem anotações e verbalizam tarefas e ações para o contexto dado. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Distribua post-its e um marcador permanente para cada participante. Escreva a seguinte frase no quadro: “Como você se sente?”. Instrua os participantes. Você pode substituir “algo” por “veículo”, “animal”, “objeto”, “super-herói” ou “paisagem”, por exemplo. “Desenhe algo que expresse melhor como você se sente agora, no contexto desta reunião”. Peça aos participantes que coloquem seu post-it com o desenho no quadro compartilhado e, se quiserem, que digam algo sobre ele. Fizemos esta atividade pedindo às pessoas que desenhassem veículos, animais e objetos. Ela é semelhante à Uma Palavra, mas com desenhos em vez de palavras para expressar sentimentos. A ideia principal é expressar uma emoção, um sentimento ou uma situação específica que muitas vezes não é fácil de expressar com palavras – e desenhar ajuda as pessoas a verbalizar, mais tarde, a razão disso. Portanto, é uma ótima atividade de check-in por dois motivos: 1) permite que o indivíduo primeiro expresse seus sentimentos por meio de desenhos, antes de escrever sobre eles; e 2) torna visível, antes do prato principal, como o grupo está se sentindo. 4 5 CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Peça aos participantes que desenhem com papel e caneta e compartilhem o resultado na ferramenta de comunicação. DERBY, Esther; LARSEN, Diana. Agile Retrospectives: Making Good Teams Great. Raleigh, EUA: Pragmatic Bookshelf, 2006. DERBY, Esther; LARSEN, Diana. Agile Retrospectives: Making Good Teams Great. Raleigh, EUA: Pragmatic Bookshelf, 2006. Um grupo de pessoas não se transforma em um time da noite para odia. As atividades de construção de times ajudam a formar novasequipes e estimula o trabalho em conjunto. 1. * * * * * * 2. 3. DEFININDO A DECLARAÇÃO DE VISÃO DO TIME Definindo a declaração de visão do time permite elaborar uma declaração geral que resume a posição que o time pretende preencher na organização. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Escreva o template da declaração de visão do time no quadro em branco (ou em uma tela compartilhada, para retrospectivas remotas): Para [empresa] Que/quem [declaração da necessidade ou oportunidade] O/a [nome do time, identidade] é um/uma [classificação do time, categoria] Que [principais características e/ou responsabilidades do time, razão convincente para sua existência] Ao contrário de [alternativa atual, sem o time] Nosso time [singularidades do time, declaração da principal diferenciação] Divida o time em grupos menores e peça a cada um que preencha uma lacuna separadamente (ou mais de uma, dependendo do tamanho do time). Reúna os resultados de cada grupo e forme uma frase única. A declaração de visão do time fornece algumas palavras motivadoras, sintetizando os principais elementos da visão e da identidade da equipe. Depois de criada, a declaração de visão do time comunica a intenção e importância do grupo para a empresa em geral e para as pessoas interessadas. Abaixo, veja um exemplo de declaração criada com esta atividade: CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. 4. * * * * O TIME É - NÃO É - FAZ - NÃO FAZ O time é – não é – faz – não faz ajuda a definir uma equipe. Às vezes, é mais fácil descrever algo dizendo o que não é ou não faz. Esta atividade procura explicar o time dessa maneira, perguntando especificamente cada aspecto positivo e negativo sobre ele, o que é e o que faz. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Divida uma tela em branco em quatro áreas (é, não é, faz, não faz). Escreva o nome do time acima dos quadrantes. Peça a cada participante que descreva o time em post-its e os coloque nos espaços correspondentes. Leia e agrupe os comentários iguais. O time é... O time não é... O time faz... O time não faz... Esta atividade ajuda a explicar o time e, geralmente, depois dela os participantes têm uma visão mais consensual do que a equipe faz, bem como do que não faz. As discussões que acontecem durante a dinâmica ajudam o time a esclarecer decisões estratégicas, como “isso é algo que o time nunca fará” ou “isto aqui é de nossa responsabilidade”. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. * * * * 3. 4. 5. COMPREENDENDO O CONHECIMENTO DO GRUPO Compreendendo o conhecimento do grupo é uma atividade de construção de times que ajuda a entender os conhecimentos e as habilidades dos integrantes, bem como as intenções e ações para incrementá-los. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Peça aos participantes que listem todos os conhecimentos e as habilidades que acreditam que um time como esse deveria ter. Para cada item, devem responder à seguinte pergunta: “Como vocês se sentem, como time, em relação a isso?”. Depois, devemcolocar os itens listados na área apropriada, seguindo a classificação: Nós sabemos que sabemos: É claro para todo o grupo que possuem esse conhecimento. Não sabemos que sabemos: O conhecimento existe dentro do grupo, mas não estava claro para todos. Não sabemos que não sabemos: O conhecimento não existe dentro do grupo e ninguém sabia disso. Sabemos que não sabemos: O conhecimento não existe dentro do grupo, mas todos estavam cientes disso. Dê aos participantes outra chance de listar os itens do terceiro quadrante (não sabemos que não sabemos): “Pensem novamente nas coisas que não sabemos, coisas das quais não estávamos cientes, coisas que devemos investigar mais, a fim de entender e descobrir o que é que não sabemos”. Converse sobre os itens do primeiro quadrante (sabemos que sabemos), bem como sobre o desejo de mover todos os conhecimentos importantes para essa área. Leia os itens dos outros três quadrantes e faça uma marca naqueles em que há intenção de movê-los, baseado nas perguntar a seguir. Dica: é * * * 6. interessante desenhar setas para indicar o movimento dos itens. Quais são os itens que devemos mover de “não sabemos que sabemos” para “sabemos que sabemos”? Quais são os itens que devemos mover de “não sabemos que não sabemos” para “sabemos que não sabemos”? Quais são os itens que devemos mover de “sabemos que não sabemos” para “sabemos que sabemos”? Escreva, em outra cor, itens de ação para indicar o que os indivíduos estão realizando para melhorar o conhecimento do time. Apesar do ditado popular, a ignorância não é uma bênção. Um time eficaz deve compreender o conhecimento geral do grupo. Esta atividade é muito útil para esclarecer isso e para, principalmente, permitir que o time alinhe as ações que deseja realizar no sentido de aumentar o conhecimento do todo. Ela foi inspirada no modelo de aprendizagem de competência consciente, também conhecido como os Quatro Estágios da Competência.6 CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. 4. 5. CRIANDO SEGURANÇA Criando segurança permite que os participantes mencionem qualquer coisa que os esteja incomodando na Verificação de segurança. Uma segurança baixa compromete qualquer reunião. Portanto, se isso ocorrer, não se apegue à sua programação. Em vez disso, trabalhe para criar segurança. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Peça informações sobre o que pode estar reduzindo o nível de segurança: “Coloque-se no lugar de quem não se sente seguro para falar sobre alguns assuntos. Quais poderiam ser as causas disso? Anote-as em um post-it amarelo e coloque-o no quadro”. Esta frase é bastante poderosa para ajudar a revelar as causas da baixa segurança. A Verificação de segurança é anônima, mas abre a porta para que os temas sejam levantados de maneira sutil. Ninguém precisa dizer: “Não me sinto seguro nisso ou naquilo”, porque as questões são levantadas sem uma primeira pessoa. Agrupe as causas semelhantes entre si no quadro. Peça ideias aos participantes para fazer com que as pessoas se sintam seguras, dadas as causas: “Pense no que você poderia fazer para ajudar a superar essas causas (que estão no quadro, em uma cor de post-it); anote em um post-it de outra cor e coloque-o ao lado da causa”. Leia todas as anotações e oriente uma conversa (cuidadosa) sobre elas. Use o bom senso para ler cada ponto e conduzir a conversa. Você precisa ter em mente que algumas pessoas podem não se sentir à vontade com alguns tópicos e ideias, portanto não tire conclusões precipitadas nem exponha seu pessoal. Faça a Verificação de segurança de novo e analise os resultados. Se tudo der certo, a segurança aumentará. E o importante é que os resultados da Verificação de segurança foram levados em consideração e os participantes conversaram sobre ele (com segurança). CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. 4. 5. 6. RECONHECIMENTO 360 GRAUS O Reconhecimento 360 graus é uma atividade de construção de times para promover feedbacks abertos dentro do grupo. É especialmente útil para aumentar o ânimo da equipe e melhorar os relacionamentos pessoais. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Dê papel e caneta a cada participante. Peça a todos que escrevam o que admiram em cada colega (tempo recomendado: dois minutos por participante). Organize o grupo em um círculo. Peça a um participante que se sente no centro do círculo. Todos devem dar seu feedback de reconhecimento ao participante do centro, completando os 360 graus do círculo. Troque o participante do centro até que todos tenham recebido os feedbacks. A atividade Reconhecimento 360 graus costuma inspirar feedbacks constantes, fortalecendo relacionamentos e a confiança geral. É comum que as respostas e os resultados sejam bastante entusiasmados e a moral do time ganhe impulso. Esta atividade se baseia na prática Feedback 360 graus. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Compartilhe um quadro remoto com os participantes e peça a cada um que digite seu nome. Organize os nomes em um círculo e siga a atividade. A cada vez, um participante diferente receberá o feedback. 1. 2. 3. COMPORTAMENTO GERAL A atividade Comportamento geral promove uma conversa em equipe sobre comportamento, e é especialmente útil ao formar novos times. Os resultados desta atividade servem como um guia contínuo para o comportamento aceitável e inaceitável do time. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Divida um quadro em duas partes com os títulos “Comportamento maravilhoso” e “Comportamento inaceitável”. Peça aos participantes que escrevam exemplos de comportamento maravilhoso e de comportamento inaceitável em post-its e os coloquem no quadro. Faça uma discussão com o grupo sobre as anotações. Falar sobre comportamento é importante a qualquer momento, especialmente durante a formação de um time. Mais que isso, é muito mais fácil falar sobre comportamentos desejáveis e indesejáveis quando ainda não aconteceram, o que ajuda a definir a expectativa de futuro. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. AQUELA PESSOA E ESTA PESSOA Aquela pessoa e esta pessoa é uma atividade de construção de times que promove conversas sobre comportamentos e atitudes. Os resultados desta atividade servem como um guia contínuo para o comportamento aceitável e inaceitável do time. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE Divida o quadro em duas partes com as seguintes frases (desenhos são muito bem-vindos): “Não seja aquela pessoa” e “Esta pessoa arrasa!”. Peça aos participantes que escrevam comentários em post-its e os coloquem nas partes correspondentes. “‘Aquela pessoa’ não tem comportamentos e atitudes legais. ‘Esta pessoa’ arrasa! Todo mundo quer ‘esta pessoa’ em seu time! Voltem no tempo e pensem em todas as pessoas com quem já trabalharam. Sem mencionar nomes, escreva (em post-its separados) o que mais gostou e o que menos gostou nelas.” Comente as notas com o grupo todo ou forme grupos menores. Falar sobre comportamento às vezes é difícil. Estruturar desta maneira (“aquela pessoa” fez isso, “esta pessoa” fez aquilo) faz com que seja mais fácil para os participantes expressar, com exemplos, seus sentimentos sobre comportamentos. CONSELHO PARA TIMES REMOTOS: Esta atividade funciona bem para times remotos. Use o quadro remoto de sua escolha. 1. 2. 3. 4. 5. 6. CONTROLE DE TRADE-OFFS Controle de trade-offs é uma atividade de construção de times para criar e documentar um entendimento comum para os trade-offs, as escolhas. Muitas decisões e conversas se baseiam em visões e suposições individuais sobre escolhas. Alguns exemplos: O que é mais valioso, qualidade de trabalho ou velocidade de entrega? Conformidade com o processo ou eficiência? Ganhar mais ou passar mais tempo com a família? As finanças da empresa ou a felicidade do funcionário? EXECUÇÃO DA ATIVIDADE: Explique ao time o que é um trade-off:
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