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APOSTILA MODULO 2

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Apresentação 
 
 
Saudações! 
 
 Que bom que você começou a estudar com esta Apostila! 
 
Esta Apostila, composta de Unidades de Estudo, foi elaborada com o objetivo de 
orientá-lo e incentivá-lo a pesquisar em outros materiais. 
 
 Qualquer dúvida que você tenha, procure o INED. 
 
A sigla INED significa Instituto Nacional de Educação a Distância, mas também pode 
ser: 
 
 
 Interação 
 Nacional 
 Educação 
Democrática 
 
O nosso método é INÉDito!! 
 
Bons Estudos! 
 
Insista e não Desista! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro 
de 1998. 
 
Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005 
 
Todos Direitos de edição reservados à: 
 
Laudera Participações S/S Ltda. 
Praça Marechal Deodoro, 356 - Santa Cecília - São Paulo - SP - CEP: 01150-010 
e-mail: institutonacional@institutonacional.com.br 
Site: www.institutonacional.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
Registro da Marca INED - INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: 
827624697 de 05/08/2005, Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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http://www.institutonacional.com.br/
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 3 
 
 
 
MÓDULO I 
Parte 2 
 
 
 
 Operações Imobiliárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 4 
 
Índice 
 
Título Página 
Operações Imobiliárias 
Aula 01 – O Exercício da Profissão 07 
Aula 02 – Avaliação do Imóvel 19 
Aula 03 – Registro de Imóveis 23 
Aula 04 – Capacidade para Comprar e Vender 25 
Aula 05 – Procuração ou Mandato 29 
Aula 06 – Aquisição de Imóveis 32 
Aula 07 – A Propriedade: Direitos Reais de Gozo ou Fruição 35 
Aula 08 – A Propriedade: Direitos Reais de Garantia 38 
Aula 09 – A Propriedade: Direito Real de Aquisição 42 
Aula 10 – A Posse 43 
Aula 11 – Impostos, Taxas e Certidões 44 
Aula 12 – Loteamentos Rurais e Urbanos – Parcelamento do Solo 48 
Aula 13 – Contratos 62 
Aula 14 – Termos Técnicos da Legislação Imobiliária – Glossário e 
Expressões Jurídicas 
66 
Aula 15 – Condomínio em Edificações 85 
Aula 16 – Das Incorporações Imobiliárias 94 
Aula 17 – Financiamento para Compra de Imóvel 118 
Aula 18 – Minutas 127 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Operações Imobiliárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reprodução proibida conforme Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro 
de 1998. 
 
Registro do Direito Autoral nº 350.785 Livro 646 Folha 445 de 19.08.2005 
 
Todos Direitos de edição reservados à: 
 
Laudera Participações S/S Ltda. 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 7 
 
 
 
OBJETIVO GERAL: Proporcionar ao aluno a conscientização de que o Corretor de Imóveis é um 
profissional responsável por sua própria atividade e, portanto, um profissional liberal, autônomo, 
capaz de controlar o seu tempo e dedicação ao trabalho. 
 
FINALIDADE: Desenvolver a capacidade do aluno de identificar as atribuições e competências de um 
Corretor de Imóveis. 
 
OBJETIVOS: Identificar e empregar de forma consciente as atribuições e competências do Corretor de 
Imóveis; 
Promover a utilização dos mecanismos de divulgação de tabelas de comissões e de 
prestação de serviços; 
Desenvolver no futuro Corretor o hábito da consulta e do reconhecimento das leis que 
regem a profissão. 
 
Atribuições do Corretor de Imóveis 
De acordo com o Decreto nº 81.871, de 29/06/78, Art. 2º, “compete ao Corretor de Imóveis 
exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis e opinar quanto à 
comercialização imobiliária”. 
O Corretor de Imóveis, no exercício de suas funções, presta assessoramento às partes 
interessadas de forma que a transação seja livre e desembaraçada de ônus, encargos, litígios e 
impostos ou taxa atrasados. 
Além de intervir nos contratos de compra e venda de imóveis, permutas, promessas de venda, 
cessões de direitos, quando se trata de administração de imóveis, seus serviços se estendem a 
incorporações, hipotecas e financiamentos, loteamentos, locações e administração de bens. 
 
Compete ao Corretor: 
 Proceder a avaliação do imóvel a ser vendido; 
 Combinar o preço e as condições de venda; 
 Firmar contrato relativo à sua prestação de serviço; 
 Examinar toda a documentação do imóvel, bem como apresentá-la aos possíveis adquirentes; 
encaminhar ao vendedor as propostas oferecidas pelos candidatos à compra; emitir recibo de 
sinal ou de princípio de pagamento; fornecer toda a documentação do imóvel ao adquirente para 
que este a examine antes de ser lavrada a escritura. 
O Corretor de Imóveis está habilitado também para exercer funções como gestão empresarial de 
imobiliárias e incorporadoras, controle e recebimento de aluguéis e condomínios, avaliação 
mercadológica de imóveis, despachante documental, planejamento de empreendimentos, consultor de 
financiamentos, gestor de consórcio imobiliário, marketing imobiliário, estatística do mercado imobiliário, 
assessor técnico para implantação e gestão de plantas genéricas de valores e assessor imobiliário para 
órgãos públicos. 
 
A Mediação 
Para vender um imóvel, o proprietário pode adotar diversos meios, como por exemplo: anunciar 
o que quer vender e esperar que o interessado o procure; encarregar um intermediário, corretor ou 
empresa imobiliária de fazer essa venda. 
A intervenção de um Corretor de Imóveis apresenta inúmeras vantagens. Ele sabe quais são os 
melhores dias para anunciar um imóvel em determinado bairro, em qual jornal e em que página e 
coluna deve sair o anúncio; tem experiência para fazer a redação com economia e dizendo tudo o que é 
preciso dizer de modo a atrair a atenção dos possíveis compradores. 
Aula 01 – O Exercício da Profissão 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 8 
Contrato de Mediação: 
É o documento em que o dono do imóvel autoriza o corretor a promover a venda. Este documento deve 
ser feito em duas vias e assinado por ambos, com todos os campos preenchidos. Ao assinar, o 
vendedor deve ser alertado, de maneira muito especial, quanto ao valor e condições da venda, além da 
porcentagem ajustada ao estabelecimento do prazo para que o corretor complete a mediação. 
Publicidade: 
Os corretores sindicalizados têm direito a um preço especialna colocação de anúncios de publicidade 
de imóveis e para negócios de seus serviços, devendo constar, nesses anúncios, o nome por extenso 
do corretor e seu endereço, além do número do CRECI. 
Honorários: Dizemos que a corretagem é devida quando da conclusão da intermediação. Essa 
retribuição é devida ao Corretor de Imóveis com percentual ajustado com o proprietário sobre o preço 
da transação. 
 
Tabela de Comissões e Serviços: 
O corretor deve contratar, previamente, por escrito e com exclusividade, a prestação de seus serviços 
profissionais conforme Lei nº 6.530/78 e resolução Cofeci 458/95. 
A presente tabela deve ser observada nos contratos celebrados, especialmente quanto aos limites 
mínimos nela estabelecidos, sendo vedado ao corretor contratar e trabalhar com índice abaixo dos aqui 
estabelecidos. 
 
Venda: 
1- Imóveis urbanos................................................................................06 a 08% 
2- Imóveis rurais....................................................................................08 a 10% 
3- Imóveis industriais............................................................................06 a 08% 
4- Venda Judicial.................................................................................. 05% 
 
NOTA 1: Nas permutas, os honorários serão devidos pelos respectivos proprietários a quem estes 
contrataram, calculado sob o valor de venda de cada imóvel. 
NOTA 2: Quando a transação envolver diversos imóveis, os honorários devidos pelos respectivos 
proprietários a quem estes contrataram, calculados sobre o valor de venda de cada um dos imóveis. 
NOTA 3: Nos casos de vendas com transferência de financiamento os honorários serão devidos sobre 
o total da transação realizada. 
NOTA 4: Quando a transação imobiliária envolver mais de um corretor, os honorários serão pagos a 
todos os participantes, em partes iguais, salvo ajuste em contrário, firmado entre os interessados, por 
escrito. 
NOTA 5: A mesma comissão será devida quando a proposta e a contraproposta forem de igual valor e 
devidamente assinadas ou se as partes realizarem a transação sem a presença do corretor, tendo feito 
a aproximação útil das partes. 
 
Compra: 
 Autorização expressa da procura de imóveis......................................................06 a 8% 
 
Permuta e dação em pagamentos: 
Nas permutas e ou dações em pagamento, a Comissão será devida pelos respectivos proprietários, 
sobre o valor de cada propriedade envolvida na transação, observando-se a mesma porcentagem da 
venda, seja total ou parcial. 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 9 
Hipotecas: 
Sobre o valor do empréstimo................................................................................. 05% 
 Incorporação de área edificada (Horizontal ou Vertical) 
 Vendas de empreendimentos imobiliários, incluindo-se Organização e Planejamento de 
Vendas.........................................................................................................06 a 08% 
 Vendas de imóveis com financiamento –SHF- carteira hipotecária e outras, incluindo-se 
Organização e Planejamento de Vendas e acompanhamento dos processos dos mutuários finais, até à 
escritura................................................07 a 09% 
 
Nota: Não estão incluídas nestas taxas as despesas de promoção e publicidade geral. 
Loteamentos 
Estudo, organização de vendas de áreas loteadas (urbanas), já aprovadas e registradas: 
..................................................................................................................... 06 a 08% 
Idem, rural ou fora da sede...........................................................................06 a 10% 
Administração, controle e recebimento de prestações.................................05 a 10% 
 
Nota: As despesas de promoção e outros atos de administração não estão incluídas na Tabela acima. 
Ativos Imobiliários 
Intermediação de cotas de consórcio imobiliário, certificado de recebíveis do SFI e outros:.....04 a 06% 
Locação 
De qualquer espécie e sempre equivalente ao valor do 1º aluguel. 
 
Nota: As despesas com reconhecimento de firmas e com registro do contrato não estão inclusas na 
comissão pela locação. 
 
Administração de condomínios 
Sobre o arrecadamento pelo condomínio mensalmente............................05 a 10%. 
Valor mínimo de R$ 850,00 
 
Pareceres 
Parecer por escrito quanto à comercialização de imóvel. Sobre o valor apresentado, até:................ 01%. 
Parecer verbal quanto a operações imobiliárias - por hora técnica, a partir do valor de uma anuidade 
vigente do CRECI - 2ª região. 
Valor mínimo de parecer por escrito: R$ 650,00 
 
Divisão de Comissão entre Corretores e Participantes da Central de Operações Imobiliárias – COI 
Corretor e ou empresa imobiliária do vendedor.............................................50% 
Corretor e ou empresa imobiliária do comprador...........................................50% 
Corretor em regime de co-participação com Empresa Imobiliária na Venda de Imóveis de terceiros, 
somadas as comissões de captação e venda.................................................30% 
Corretores de plantão de incorporação mínimo.............................................25% 
Corretagem de participação entre imobiliárias ...............................................50% 
 
Esta tabela foi aprovada na 27ª Reunião da Diretoria do SCIESP em 16/10/1996 e homologada pelo 
CRECI 2ª Região na 354ª Reunião Plenária de 17/10/1996. 
 
LEI - nº 6.530/78 
 
Dá nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus 
órgãos de fiscalização e dá outras providências. 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 10 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
 
Art. 1º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, no território nacional, é regido pelo disposto na 
presente lei. 
 
Art. 2º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor de título de Técnico 
em Transações Imobiliárias. 
 
Art. 3º Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação 
de imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à comercialização imobiliária. 
 
Parágrafo único. As atribuições constantes deste artigo poderão ser exercidas, também, por pessoa 
jurídica inscrita nos termos desta lei. 
 
Art. 4º A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será objeto de Resolução do Conselho 
Federal de Corretores de Imóveis. 
 
Art. 5º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do 
exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em autarquia, dotada de personalidade 
jurídica de direito público, vinculada ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, 
operacional e financeira. 
 
Art. 6º As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos 
mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas. 
 
§ 1o As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio gerente ou diretor um 
Corretor de Imóveis individualmente inscrito. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.097, de 
2015) 
 
§ 2o O corretor de imóveis pode associar-se a uma ou mais imobiliárias, mantendo sua autonomia 
profissional, sem qualquer outro vínculo, inclusive empregatício e previdenciário, mediante contrato de 
associação específico, registrado no Sindicato dos Corretores de Imóveis ou, onde não houver sindicato 
instalado, registrado nas delegacias da Federação Nacionalde Corretores de Imóveis. (Incluído pela 
Lei nº 13.097, de 2015) 
 
§ 3o Pelo contrato de que trata o § 2o deste artigo, o corretor de imóveis associado e a imobiliária 
coordenam, entre si, o desempenho de funções correlatas à intermediação imobiliária e ajustam 
critérios para a partilha dos resultados da atividade de corretagem, mediante obrigatória assistência da 
entidade sindical. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) 
 
§ 4o O contrato de associação não implica troca de serviços, pagamentos ou remunerações entre 
a imobiliária e o corretor de imóveis associado, desde que não configurados os elementos 
caracterizadores do vínculo empregatício previstos no art. 3o da Consolidação das Leis do Trabalho - 
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 
2015) 
 
Art. 7º Compete ao Conselho Federal e aos Conselhos Regionais representar, em juízo ou fora dele, os 
legítimos interesses da categoria profissional, respeitadas as respectivas áreas de competência. 
 
Art. 8º O Conselho Federal terá sede e foro na Capital da República e jurisdição em todo o território 
nacional. 
 
Art. 9º Cada Conselho Regional terá sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados ou 
Territórios da jurisdição, a critério do Conselho Federal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art135
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 11 
 
Art. 10º O Conselho Federal será composto por dois representantes, efetivos e suplentes, de cada 
Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros. 
 
Art. 11º Os Conselhos Regionais serão compostos por vinte e sete membros efetivos e igual número de 
suplentes, eleitos em chapa pelo sistema de voto pessoal indelegável, secreto e obrigatório, dos 
profissionais inscritos, sendo aplicável ao profissional que deixar de votar, sem causa justificada, multa 
em valor máximo equivalente ao da anuidade. (Redação dada pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003) 
 
Art. 12º Somente poderão ser membros do Conselho Regional os Corretores de Imóveis com inscrição 
principal na jurisdição há mais de dois anos e que não tenham sido condenados por infração disciplinar. 
 
Art. 13º Os Conselhos Federal e Regionais serão administrados por uma diretoria, eleita dentre os seus 
membros. 
 
§ 1º A diretoria será composta de um presidente, dois vice-presidentes, dois secretários e dois 
tesoureiros. 
 
§ 2º Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal, composto de três 
membros, efetivos e suplentes, eleitos dentre os seus membros. 
 
Art. 14º Os membros do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais terão mandato de três anos. 
 
Art. 15º A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais 
ocorrerá: 
I - por renúncia; 
Il - por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição; 
III - por condenação a pena superior a dois anos, em virtude de sentença transitada em julgado; 
IV - por destituição de cargo, função ou emprego, mencionada à prática de ato de improbidade na 
administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado; 
V - por ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou seis intercaladas em cada ano. 
 
Art. 16º Compete ao Conselho Federal: 
I - eleger sua diretoria; 
II - elaborar e alterar seu regimento; 
III - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a previsão orçamentária 
para o exercício seguinte; 
IV - criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-regiões, fixando-lhes a sede e jurisdição; 
V - baixar normas de ética profissional; 
VI - elaborar contrato padrão para os serviços de corretagem de imóveis, de observância obrigatória 
pelos inscritos; 
VII - fixar as multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais; 
VIII - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais; 
IX - julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais; 
X - elaborar o regimento padrão dos Conselhos Regionais; 
XI - homologar o regimento dos Conselhos Regionais; 
XII - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais; 
XIII - credenciar representante junto aos Conselhos Regionais, para verificação de irregularidades e 
pendências acaso existentes; 
XIV - intervir temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando diretoria provisória, até que seja 
regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o término do mandato: 
a) se comprovada irregularidade na administração; 
b) se tiver havido atraso injustificado no recolhimento da contribuição; 
 
XV - destituir diretor de Conselho Regional, por ato de improbidade no exercício de suas funções; 
 
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art11
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 12 
 
XVI - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais 
e adotar medidas para sua eficiência e regularidade; 
XVII - baixar resoluções e deliberar sobre os casos omissos. 
§ 1º Na fixação do valor das anuidades referidas no inciso VII deste artigo, serão observados os 
seguintes limites máximos: (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003): 
I – pessoa física ou firma individual: R$ 285,00 (duzentos e oitenta e cinco reais); (Incluído pela Lei nº 
10.795, de 5.12.2003) 
II – pessoa jurídica, segundo o capital social: (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003) 
a) até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais): R$ 570,00 (quinhentos e setenta reais); (Incluído pela 
Lei nº 10.795, de 5.12.2003) 
b) de R$ 25.001,00 (vinte e cinco mil e um reais) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais): R$ 712,50 
(setecentos e doze reais e cinquenta centavos); (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003) 
c) de R$ 50.001,00 (cinquenta mil e um reais) até R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais): R$ 
855,00 (oitocentos e cinquenta e cinco reais); (Incluído pela Lei nº 10.795, de 5.12.2003) 
d) de R$ 75.001,00 (setenta e cinco mil e um reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais): R$ 997,50 
(novecentos e noventa e sete reais e cinquenta centavos); (Incluído pela Lei nº 10.795, de 
5.12.2003) 
e) acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais): R$ 1.140,00 (mil cento e quarenta reais); (Incluído pela 
Lei nº 10.795, de 5.12.2003) 
 
§ 2º Os valores correspondentes aos limites máximos estabelecidos no § 1º deste artigo serão 
corrigidos anualmente pelo índice oficial de preços ao consumidor; (Incluído pela Lei nº 10.795, de 
5.12.2003) 
 
Art. 17º Compete aos Conselhos Regionais: 
I - eleger sua diretoria; 
II - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a previsão orçamentária 
para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à consideração do Conselho Federal; 
III - propor a criação de sub-regiões, em divisões territoriais que tenham um número mínimo de 
Corretores de Imóveis inscritos, fixado pelo Conselho Federal; 
IV - homologar, obedecidas as peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços de corretagem para 
uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos sindicatos respectivos; 
V - decidir sobre os pedidosde inscrição de Corretor de Imóveis e de pessoas jurídicas; 
VI - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurídicas inscritas; 
VII - expedir carteiras profissionais e certificados de inscrição; 
VIII - impor as sanções previstas nesta lei; 
IX - baixar resoluções, no âmbito de sua competência. 
 
Art. 18º Constituem receitas do Conselho Federal: 
I – a percentagem de vinte por cento sobre as anuidades e emolumentos arrecadados pelos Conselhos 
Regionais; 
II - a renda patrimonial; 
III - as contribuições voluntárias; 
IV - as subvenções e dotações orçamentárias. 
 
Art. 19º Constituem receitas de cada Conselho Regional: 
I - as anuidades, emolumentos e multas; 
Il - a renda patrimonial; 
III - as contribuições voluntárias; 
IV - as subvenções e dotações orçamentárias. 
 
Art. 20º Ao Corretor de Imóveis e à pessoa jurídica inscritos nos órgãos de que trata a presente lei é 
vedado: 
I - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados; 
Il - auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exercício da profissão aos não inscritos; 
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.795.htm#art16§1
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 13 
 
III - anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado através de documento 
escrito; 
IV - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade de profissional sem mencionar o número de inscritos; 
V - anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número de registro do loteamento ou 
da incorporação no Registro de Imóveis; 
VI - violar o sigilo profissional; 
VII - negar aos interessados prestação de contas ou recibo de quantias ou documentos que lhe tenham 
sido entregues a qualquer título; 
VIII - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão; 
IX - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou contravenção; 
X - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional. 
 
Art. 21º Compete ao Conselho Regional aplicar aos Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas as 
seguintes sanções disciplinares; 
I - advertência verbal; 
II - censura; 
III - multa; 
IV - suspensão da inscrição, até noventa dias; 
V - cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional. 
§ 1º Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada caso, 
de modo a considerar leve ou grave a falta. 
§ 2º A reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade. 
§ 3º A multa poderá ser acumulada com outra penalidade e, na hipótese de reincidência na mesma 
falta, aplicar-se-á em dobro. 
§ 4º A pena de suspensão será anotada na carteira profissional do Corretor de Imóveis ou responsável 
pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho 
Nacional poderá convertê-la em cancelamento da inscrição. 
 
Art. 22º Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis aplica-se o 
regime jurídico das Leis do Trabalho. 
 
Art. 23º Fica assegurado aos Corretores de Imóveis, inscritos nos termos da Lei nº 4.116, de 27 de 
agosto de 1962, o exercício da profissão, desde que o requeiram conforme o que for estabelecido na 
regulamentação desta lei. 
 
Art. 24º Esta lei será regulamentada no prazo de trinta dias a partir da sua vigência. 
 
Art. 25º Esta lei entrará em vigor na data da sua publicação. 
 
Art. 26º Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei número 4.116, de 27 de agosto 
de 1962. 
Brasília (DF), 12 de maio de 1978. 
157º da Independência e 90º da República 
ERNESTO GEISEL 
ARNALDO PRIETO 
 
DECRETO Nº 81.871 DE 29 DE JUNHO DE 1978 
A LEI E SUA REGULAMENTAÇÃO 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, 
da Constituição, e tendo em vista o artigo 24 da Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, 
 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com/topico/10971847/artigo-24-da-lei-n-6530-de-12-de-maio-de-1978
http://www.jusbrasil.com/legislacao/98105/lei-6530-78
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 14 
DECRETA: 
 
Art. 1º - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território nacional, somente 
será permitido: 
I - ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias, inscrito no Conselho Regional de 
Corretores de Imóveis da jurisdição, ou 
II - ao Corretor de Imóveis inscrito nos termos da Lei 4.116 de 27 de agosto de 1962, desde que 
requeira a revalidação de sua inscrição. 
 
Art. 2º - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e 
locação de imóveis e opinar quanto à comercialização imobiliária. 
 
Art. 3º - As atribuições constantes do artigo anterior poderão também ser exercidas por pessoas 
jurídicas, devidamente inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição. 
 
Parágrafo único - O atendimento ao público interessado na compra, venda, permuta ou locação de 
imóvel, cuja transação esteja sendo patrocinada por pessoa jurídica, somente poderá ser feito por 
Corretor de Imóveis inscrito no Conselho Regional da jurisdição. 
 
Art. 4º - O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica constará obrigatoriamente 
de toda propaganda, bem como de qualquer impresso relativo à atividade profissional. 
 
Art. 5º - Somente poderá anunciar publicamente a Corretor de Imóveis pessoa física ou jurídica, que 
tiver contrato escrito de mediação ou autorização escrita para alienação do imóvel anunciado. 
 
Art. 6º - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do 
exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em autarquias, dotada de personalidade 
jurídica de direito público, vinculado ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, 
operacional e financeira. 
 
Art. 7º - O Conselho Federal de Corretores de Imóveis tem por finalidade orientar, supervisionar e 
disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território nacional. 
 
Art. 8º - O Conselho Federal terá sede e foro na capital da República e jurisdição em todo território 
nacional. 
 
Art. 9º - O Conselho Federal será composto de 2 (dois) representantes efetivos e suplentes, de cada 
Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros. 
Parágrafo Único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3(três) anos. 
 
Art. 10 - Compete ao Conselho Federal: 
I - eleger sua diretoria; 
II - elaborar e alterar seu regimento; 
III - exercer função normativa, baixar resoluções e adotar providências à realização dos objetivos 
institucionais; 
IV - instituir o modelo das Carteiras de Identidade Profissional e dos certificados de inscrição; 
V - autorizar a sua diretoria a adquirire onerar bens imóveis; 
VI- aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a previsão orçamentária 
para o exercício seguinte; 
VII - criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-Regiões, fixando-lhes sede e jurisdição. 
VIII - baixar normas de ética profissional; 
IX - Elaborar contrato padrão para os serviços de corretagem de imóveis, de observância obrigatória 
pelos inscritos; 
X - fixar multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais; 
XI - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais; 
XII - julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais; 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 15 
 
XIII - elaborar o Regimento padrão dos Conselhos Regionais; 
XIV - homologar o Regimento dos Conselhos Regionais; 
XV - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais; 
XVI - credenciar representantes junto aos Conselhos Regionais, para verificação de irregularidade e 
pendências acaso existentes; 
XVII - intervir, temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando Diretoria provisória, até que seja 
regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o término do mandato: 
se comprovada irregularidade na administração; 
se tiver havido atraso injustificado no recolhimento das contribuições. 
XVIII - destituir Diretor do Conselho Regional, por ato de improbidade no exercício de suas funções; 
XIX - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais 
e adotar medidas para sua eficiência e regularidade; 
XX - deliberar sobre casos omissos; 
XXI - representar em juízo ou fora dele, em todo território nacional, os legítimos interessados da 
categoria profissional. 
 
Art. 11 - O Conselho Federal se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus membros. 
 
Art.12 - Constituem receitas do Conselho Federal 
I - a porcentagem de 20% (vinte por cento) sobre anuidades e emolumentos pelos Conselhos 
Regionais; 
II - a renda patrimonial; 
III - as contribuições voluntárias; 
IV - as subvenções e dotações orçamentárias. 
 
Art. 13 - Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis têm por finalidade fiscalizar o exercício 
profissional na área de sua jurisdição, sob supervisão do Conselho Federal. 
 
Art. 14 - Os Conselhos Regionais terão sede e foro na Capital ou de um dos Estados a critério do 
Conselho Federal. 
 
Art. 15 - Os Conselhos Regionais serão compostos por 27(vinte e sete) membros, efetivos e suplentes, 
eleitos 2/3 (dois terços) por votação secreta em Assembleia Geral, especialmente convocada para esse 
fim, e 1/3 (um terço) integrado por representantes dos Sindicatos dos Corretores de Imóveis, que 
funcionarem regularmente junto ao Conselho Regional. 
 
Parágrafo único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3 (três) anos. 
 
Art. 16 - Compete ao Conselho Regional: 
I - eleger sua Diretoria; 
II - aprovar seu Regimento, de acordo com o Regimento padrão elaborado pelo Conselho Federal; 
III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição; 
IV - cumprir e fazer cumprir as resoluções do Conselho Federal; 
V - arrecadar anuidades, multas, e emolumentos e adotar as medidas destinadas à efetivação da sua 
receita e a do Conselho Federal; 
VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como a previsão 
orçamentária para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à consideração do Conselho Federal; 
VII - propor a criação de sub-regiões, em divisões territoriais que tenham um número mínimo de 
Corretores de Imóveis fixado pelo Conselho Federal; 
VIII - homologar, obedecidas as peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços de corretagem 
para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos sindicatos respectivos; 
IX - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretores de Imóveis e de pessoas Jurídicas; 
X - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurídicas inscritas; 
XI - expedir carteiras de Identidade Profissional e Certificado de Inscrição; 
XII - impor as sanções previstas pelo regulamento; 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 16 
 
XIII - baixar resoluções, no âmbito de sua competência; 
XIV - representar em juízo ou fora dele, na área de sua jurisdição, os legítimos interesses da categoria 
profissional; 
XV - eleger, dentre seus membros, representantes, efetivos e suplentes, que comporão o Conselho 
Federal; 
XVI - promover, perante juízo competente, cobrança das importâncias correspondentes a anuidades, 
multas e emolumentos, esgotados os meios de cobrança amigável. 
 
Art. 17 - O Conselho Regional se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus 
membros. 
 
Art. 18 - Constituem receitas de cada Conselho Regional: 
I - 80% (oitenta por cento) das anuidades e emolumentos; 
II - as multas; 
III - a renda patrimonial; 
IV - as contribuições voluntárias; 
V - as subvenções e dotações orçamentárias. 
 
Art. 19 - 2/3 (dois terços) dos membros dos Conselhos Regionais, efetivos e respectivos suplentes, 
serão eleitos pelo sistema de voto pessoal, secreto e obrigatório dos profissionais inscritos, nos termos 
em que dispuser o Regimento dos Conselhos Regionais, considerando-se eleitos efetivos os 18 
(dezoito) mais votados e suplentes os seguintes. 
Parágrafo único - Aplicar-se ao profissional inscrito que deixar de votar sem causa justificada, multa em 
importância correspondente ao valor da anuidade. 
 
Art. 20 - 1/3 (um terço) dos membros dos Conselhos Regionais efetivos e respectivos suplentes serão 
indicados pelos Sindicatos de Corretores de Imóveis, dentre seus associados diretores ou não. 
§1º - Caso haja mais de um Sindicato com base territorial na jurisdição de cada Conselho Regional, o 
número de representantes de cada Sindicato será fixado pelo Conselho Federal. 
§2º - Caso não haja Sindicato com base territorial na jurisdição do Conselho Regional, 1/3(um terço) 
dos membros que seria destinado à indicação pelo Sindicato, será eleito na forma do artigo anterior. 
§3º - Caso o Sindicato ou os Sindicatos da Categoria com base territorial da jurisdição de cada 
Conselho Regional, não indiquem seus representantes, no prazo estabelecido em Resolução do 
Conselho Federal, o terço destinado à indicação pelo Sindicato será eleito na forma do artigo anterior. 
 
Art. 21 - O exercício do mandato de membro do Conselho Federal e Conselhos Regionais de 
Corretores de Imóveis, assim como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, ficarão 
subordinados ao preenchimento dos seguintes requisitos mínimos: 
I - inscrição na jurisdição do Conselho Regional respectivo há mais de 2 (dois) anos: 
II - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos; 
III - inexistência de condenação à pena superior de 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada e 
julgada. 
 
Art. 22 - A extinção ou perda do mandato de membro do Conselho Regional ocorrerá: 
I - por renúncia; 
II - por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição; 
III - por condenação à pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada e julgada; 
IV - por destituição de cargo, função ou emprego, relacionada à prática de ato de improbidade na 
administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado; 
V - por ausência, sem motivo justificado, a 3 (três) sessões consecutivas ou 6 (seis) intercaladas em 
cada ano. 
 
Art. 23 - Os membros dos Conselhos Federal e Regionais poderão ser licenciados, por deliberação do 
plenário. 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS– MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 17 
 
Parágrafo único - Concedida a licença de que trata este artigo caberá ao Presidente do Conselho 
convocar o respectivo suplente. 
 
Art. 24 - Os Conselhos Federal e Regionais terão cada um, como órgão deliberativo o Plenário 
constituído pelos seus membros, e como órgão administrativo a Diretoria e os que forem criados para a 
execução dos serviços técnicos ou especializados, indispensáveis ao cumprimento de suas obrigações. 
 
Art. 25 - As Diretorias dos Conselhos Federal e Regionais serão compostas de um Presidente, dois 
vice-presidentes, dois secretários e dois tesoureiros, eleitos pelo plenário, dentre os seus membros, na 
primeira reunião ordinária. 
 
Art. 26 - A estrutura dos Conselhos Federal e Regionais e atribuições da Diretoria e dos demais órgãos, 
serão fixados no Regimento de cada Conselho. 
 
Art. 27 - Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal composto de três 
membros, efetivos e suplentes eleitos dentre os seus membros. 
 
Art. 28 - A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será efetuada no Conselho Regional 
da jurisdição, de acordo com Resolução do Conselho Federal de Corretores de Imóveis. 
 
Art. 29 - As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos 
mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas. 
Parágrafo único - As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio-gerente ou 
diretor, um Corretor de Imóveis individualmente escrito. 
 
Art. 30 - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo de profissão em área de jurisdição diversa do 
Conselho Regional onde foi efetuada a inscrição originária do Corretor de Imóveis ou da pessoa 
jurídica, fica condicionada à inscrição e averbação profissional nos Conselhos Regionais que 
jurisdicionarem as áreas em que exercem as atividades. 
 
Art. 31 - Ao Corretor de Imóveis inscrito será fornecido a Carteira de Identidade Profissional, numerada 
em cada Conselho Regional, contendo, no mínimo, os seguintes elementos: 
I - nome por extenso do profissional; 
II - filiação; 
III - nacionalidade e naturalidade; 
IV - data de nascimento; 
V - número e data de inscrição; 
VI - natureza da habilitação; 
VII - natureza da inscrição; 
VIII - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; 
IX - fotografia e impressão datiloscópica; 
X - assinatura do profissional inscrito, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional. 
 
Art. 32 - À pessoa jurídica inscrita será fornecido Certificado de Inscrição, numerado em cada Conselho 
Regional, contendo, no mínimo, os seguintes elementos: 
I - denominação da pessoa jurídica; 
II - número e data de inscrição; 
III - natureza da inscrição; 
IV - nome do sócio-gerente ou diretor, inscrito no Conselho Regional; 
V - número e data da inscrição do sócio-gerente ou diretor no Conselho Regional; 
VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; 
VII - assinatura do sócio - gerente ou diretor, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional. 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 18 
 
Art. 33 - As inscrições do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica, o fornecimento da Carteira de 
Identidade Profissional e do Certificado de Inscrição e certidões, bem como o recebimento de petições, 
estão sujeitos ao pagamento da anuidade e emolumentos fixados pelo Conselho Federal. 
 
Art. 34 - O pagamento da anuidade ao Conselho Regional constitui condição para o exercício da 
profissão de Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica. 
 
Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do primeiro trimestre de cada ano, salvo a primeira, 
que será devida no ato da inscrição do Corretor de Imóveis, ou da pessoa jurídica. 
 
Art. 36 - O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor à multa fixada pelo Conselho 
Federal. 
 
Art. 37 - A multa aplicada ao Corretor de Imóveis ou pessoa jurídica, como sanção disciplinar, será 
igualmente fixada pelo Conselho Federal. 
 
Art. 38 - Constitui infração disciplinar da parte do Corretor de Imóveis; 
I - transgredir normas de ética profissional; 
II - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados; 
III - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos 
não inscritos ou impedidos; 
IV – anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado através de documento 
escrito; 
V - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade profissional sem mencionar o número de inscrição; 
VI - anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número do registro do loteamento ou 
da incorporação no Registro de Imóveis; 
VII - violar o sigilo profissional; 
VIII - negar aos interessados, prestação de contas ou recibo de quantia ou documento que lhe tenham 
sido entregues a qualquer título; 
IX - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;// 
X - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime de contravenção; 
XI - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional; 
XII - recusar ou facilitar a terceiros, transações ilícitas ou que por qualquer forma prejudiquem 
interesses de terceiros; 
XIII - recusar a apresentação da Carteira de Identidade Profissional, quando couber. 
 
Art. 39 - As sanções disciplinares consistem em: 
I - advertência verbal; 
II - censura; 
III - multa; 
IV - suspensão da inscrição até 90 (noventa) dias; 
V - cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional. 
§1º - Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada 
caso, de modo a considerar leve ou grave a falta. 
§2º - a reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade. 
§3º - A multa poderá ser acumulada com outra penalidade, e na hipótese de reincidência, aplicar-se-á 
em dobro. 
§4º - A pena de suspensão será anotada na Carteira Profissional do Corretor de Imóveis ou responsável 
pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho 
Regional poderá convertê-la em cancelamento de registro. 
§5º - As penas de advertência, censura e multa serão comunicadas pelo Conselho Regional em ofício 
reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do profissional punido, senão em caso de 
reincidência. 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 19 
 
Art. 40 - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho 
Federal: 
I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência da decisão; 
II - ex-ofício, nas hipóteses dos itens IV e V do artigo anterior. 
 
Art. 41 - As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a qualificação do 
denunciante e acompanhada da indicação dos elementos comprobatórios do alegado. 
 
Art. 42 - A suspensão, por falta de pagamento de anuidades, emolumentos ou multas só cessará com a 
satisfação da dívida, podendo ser cancelada a inscrição, de acordo com critérios a serem fixados pelo 
Conselho Federal. 
 
Art. 43 - As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões. 
 
Art. 44 - O Conselho Federal será a última e definitiva instância nos assuntos relacionados com a 
profissão e seu exercício. 
 
Art. 45 - Aos servidores do Conselho Federal e Regionais de Corretores de Imóveis aplica-se o regime 
jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Art. 46 - Em caso de intervenção em Conselho Regional, cabe ao Conselho baixar instruções sobre 
cessação da intervenção ou realização de eleições, na hipótese de término de mandato. 
 
Art. 47 - O dispostono artigo 15 somente será observado nas eleições para constituição dos Conselhos 
Regionais, após o término dos mandatos vigentes em 15 de maio de 1978. 
 
Art. 48 - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em 
contrário. 
 
Brasília, DF, em 29 de junho de 1978 
ERNESTO GEISEL 
Arnaldo Prieto 
 
 
 
 
FINALIDADE: Desenvolver a habilidade do aluno de reconhecer os fatores que, de fato, devem ser 
observados para avaliação de um imóvel. 
 
A lei da Oferta e da Procura influencia, em especial, o valor de um imóvel. 
Deve se preponderar a comparação de valores de imóveis do mesmo local, verificando entre outros 
fatores: 
 
 suas proporções: a largura ou a frente do terreno em relação à sua extensão ou fundos; 
 
 seu aproveitamento: o número de metros quadrados de construção que as leis vigentes 
permitem no terreno em apreço; 
 
 sua localização: a posição do terreno no logradouro, lado da sombra ou do sol, frente sul e 
norte, distância das ruas ou logradouros que limitam a quadra, meio comum de condução ou 
aproximação destes, vizinhança como fatores de valorização ou desvalorização, largura e 
pavimentação do logradouro, serviços urbanos como luz, água, gás, esgoto, telefones, etc. 
 
 
Aula 02 – Avaliação do Imóvel 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 20 
 
Finalidade da Avaliação de um Imóvel 
A avaliação tem como finalidade precípua a determinação do valor de um bem ou de um direito sobre o 
mesmo, vindo daí a necessidade de se definir um valor. A ideia de valor está intimamente ligada à de 
utilidade. A utilidade é a capacidade que possuem certos entes para satisfazer uma necessidade e 
para que uma coisa seja considerada útil, faz-se necessária a ocorrência de 03 (três) condições: 
 
 existência de relação entre as qualidades dessa coisa e a necessidade ou desejos; 
 conhecimento da relação; 
 possibilidade de ser utilizada. 
 
Destacamos, em seguida, alguns sentidos mais utilizados em avaliação: 
VALOR: é a expressão de uma necessidade, de um desejo ou de um capricho de possuir um bem. 
VALOR DE MERCADO: se refere ao preço que o mercado atribui a um determinado bem ou serviço. 
Este valor é o único que pode ser levado em conta, de modo que determina livremente a força da 
sociedade representada sob a oferta e a demanda. 
VALOR DE REPOSIÇÃO: O custo de reposição indica ao investidor qual seria o montante de capital 
necessário para desenvolver um determinado imóvel novamente, nas mesmas condições de localização 
e qualidade construtiva do que ele está avaliando adquirir. 
VALOR ECONÔMICO: é o valor que o bem ou coisa tem em função de sua capacidade geradora de 
rendimento. 
VALOR RENTÁVEL: é aquele que se obtém de uma propriedade, em função das suas receitas líquidas 
presentes e futuras, segundo prognóstico feito com base nas receitas de despesas recentes e na 
tendência dos negócios. No caso de imóvel, quanto ele produziu e quanto poderá produzir, por 
exemplo, em um regime de locação. 
VALOR VENAL: é o valor fixado pelas autoridades ou agentes para fins de exação (aplicável na 
determinação dos impostos a serem pagos) e não serve de base para o estabelecimento do valor de 
mercado. 
VALOR CONTÁBIL: é o valor constante dos livros contábeis da empresa, atualizado com aplicação das 
deduções para depreciação e acréscimos permitidos pela Lei para a reavaliação consequente da 
influência inflacionária. 
VALOR DE TROCA: é o valor atribuível ao bem ou coisa quando é dado em pagamento parcial ou total 
por ocasião de troca por outro bem ou coisa. 
VALOR DEPRECIADO: é o valor do bem ou coisa após a dedução de todas as parcelas atribuíveis à 
depreciação física, de uso e de obsolescência. 
VALOR À VISTA: é o preço efetivamente pago em moeda corrente por um item específico de 
propriedade e é aplicável em avaliações somente em casos específicos. 
VALOR DO INVESTIMENTO: é o valor atribuído ao bem ou coisa quando oferecido para integralizar um 
investimento. 
VALOR DE LOCAÇÃO: é o valor atribuído ao bem ou coisa para fins de estabelecimento da instituição 
devido a título de taxa de locação ou utilização (aluguel). 
VALOR EFETIVO ou SENTIMENTAL: é o valor ligado à propriedade na posse das famílias antigas os 
quais, em razão de laços pessoais, não desejam partilhar sua posse. Não serve de base para a 
determinação de valor de mercado. 
VALOR DE MERCADO: é o valor de um imóvel em função de inúmeros fatores, como: 
 suas proporções; 
 seu aproveitamento; 
 sua localização. 
 
O valor do imóvel costuma ser estabelecido de acordo com 03 (três) critérios básicos: 
 custo; 
 mercado; 
 rentabilidade. 
 
Valor do Imóvel conforme o custo: é o critério que considera o custo do terreno e da construção à 
época de sua realização ou quanto custaria no momento. 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 21 
 
Valor do imóvel conforme o mercado: é o critério que engloba todos os fatores que, direta ou 
indiretamente, interferem na valorização do imóvel. Tratando-se de concorrência pública, verifica-se a 
oscilação que sofre o preço do imóvel. 
 
Valor do imóvel conforme a rentabilidade: é o critério que considera a renda que o imóvel poderia 
proporcionar ao seu proprietário. É feito à base da Matemática Financeira e leva em conta o fato de que 
se considera o aluguel de um imóvel como renda perpétua. 
 
RESUMO 
 
Quanto à AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS (levantamento sistemático do imóvel pela análise de 
mercado), o corretor deverá observar os seguintes itens: 
 
1 – Obter autorização ou contrato de prestação de serviços para avaliação de imóvel; 
 
2 – Analisar a situação legal do imóvel: 
 Se a documentação do imóvel está em ordem; 
 Se não consta nenhum tipo de ônus sobre o imóvel (certidão do cartório de registro de imóveis) 
ou sobre os proprietários; 
 Solicitar uma Certidão junto à Prefeitura para verificar se não existem débitos de IPTU e outras 
taxas municipais. Em caso de edifícios, solicitar a declaração de débitos condominiais, que 
deverá ser assinada pelo síndico. 
 Realizar a supervisão jurídica completa na compra do imóvel: 
o Exame técnico do Título de Propriedade do Vendedor antes do pagamento do sinal; 
o Obtenção de certidão atualizada do Imóvel junto ao Registro de Imóveis; 
o Exame técnico da situação legal do imóvel antes do pagamento do sinal; 
o Elaboração do recibo de sinal e princípio de pagamento por advogado especializado com 
a estipulação de todas as obrigações do Vendedor e garantindo todos os direitos do 
Comprador; 
o Acompanhamento pessoal de Advogado junto ao Comprador no ato do pagamento do 
Sinal; 
o Obtenção junto aos cartórios municipais, estaduais e federais das certidões negativas do 
vendedor; 
o Exame técnico de toda a documentação pessoal e das certidões negativas do vendedor; 
o obtenção junto aos cartórios e repartições públicas de toda a documentação do imóvel; 
o Exame técnico de toda a documentação do imóvel a ser adquirido; 
o levantamento da situação física do imóvel junto ao departamento de projetos da 
prefeitura municipal; 
o processamento do imposto de transmissão para assinatura da escritura pública; 
o levantamento da situação fiscal do imóvel quanto ao pagamento das despesas de 
condomínio, do imposto predial ou territorial e da taxa de incêndio, em nível extrajudicial 
e judicial; 
o pagamento do Imposto de transmissão junto à prefeitura municipal; 
o acompanhamento pessoal de advogado junto ao comprador na assinatura da escritura 
pública; 
o assinatura da escritura pública na presença de escrevente juramentado do cartório de 
notas; 
o processamento do registro da Escritura Pública no Registro de Imóveis;o entrega ao Comprador da Escritura Pública de compra do Imóvel totalmente legalizada; 
o alteração para o nome do Comprador no carnê do IPTU. 
 
3 – conferir plantas e áreas do imóvel; 
 
4 – analisar localização e posição do imóvel: 
 
 
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A localização é o fator mais importante em termos de avaliação do imóvel. É por meio da 
localização que se classifica um terreno em urbano ou rural, assim como outras características que 
venham valorizar ou desvalorizar o imóvel. 
Se o terreno for urbano: verificar o zoneamento de uso do solo a que pertence e o que se pode 
construir nele. A extensão da área urbana é fornecida pela Prefeitura Municipal. A área urbana poderá 
englobar não só a sede da municipalidade, mas também distritos. 
Se o terreno for rural: verificar se está localizado em região metropolitana e, em caso afirmativo, 
a subdivisão mínima do terreno é de 02 Hectares. Fora da região metropolitana a subdivisão do terreno 
é de 03 Hectares. 
 
Garantias de um Negócio: 
Como garantia de um negócio seguro e perfeito, deve-se exigir que o vendedor apresente os seguintes 
documentos: 
1. Título de propriedade devidamente registrado e regularizado; 
2. Certidão de filiação de domínio pelo prazo de 20 (vinte) anos; 
3. Certidão negativa de ônus pelo prazo de 20 (vinte) anos, repetindo os nomes dos proprietários, da 
mesma forma que na certidão de filiação de domínio; 
4. Certidão negativa de ações reais e pessoais reipersecutórias pelo prazo de 10 (dez) anos, em 
nome do proprietário atual e de seus antecessores compreendidos neste período; 
5. Certidão negativa de protestos de títulos pelo prazo de 5 (cinco) anos, em nome do atual 
proprietário ou de seus antecessores dentro deste período; 
6. Certidão negativa de ações fiscais pelo prazo de 5 (cinco) anos em nome do atual proprietário ou 
de seus antecessores dentro deste período; 
7. Certidão negativa de registro de títulos e documentos pelo prazo de 10 (dez) anos, sob a 
responsabilidade do atual proprietário e/ou dos antecessores neste mesmo período; 
8. Certidões negativas de impostos e taxas expedidas pelas repartições Federal, Estadual e 
Municipal, em nome do atual proprietário; 
9. Certidão negativa expedida pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, atestando se 
o imóvel está ou não sujeito à área de recuo ou investidura ou se está sujeito à zona de influência 
do metrô; 
10. Certidão de ações penais referentes ao crime contra o Patrimônio e contra a Administração 
Pública, pelo prazo de 10 (dez) anos; 
11. Certidão de quitação expedida pela repartição previdenciária, para os casos a que se obrigam as 
pessoas físicas e jurídicas; 
12. Certidão comprovando que a associação ou sociedade civil se acha formalizada diante do Cartório 
de Registro Civil das pessoas Jurídicas; 
13. Certidão comprovando e regularizando a firma comercial ou sociedade anônima perante o 
Registro do Comércio; 
14. Documento legal se o imóvel estiver alugado, provando a desistência do inquilino quanto à 
preferência de aquisição; 
15. Antes de se lavrar o instrumento, quem o fizer deve verificar da necessidade ou não, de algumas 
providências, tais como: 
 
 averbação da construção 
 averbação da demolição; 
 averbação da alteração do nome de rua, do número e demolição do imóvel; 
 averbação da reconstrução; 
 averbação de desmembramento; 
 averbação de alteração do nome do vendedor e ou de seu cônjuge; 
 averbação do estado civil do vendedor e/ou de seu cônjuge; 
 reconhecer as firmas dos vendedores e testemunha em títulos de instrumento particular. 
 
Transcrição 
Estão sujeitos à transcrição, no respectivo Registro, os títulos translativos da propriedade imóvel, por 
ato entre vivos. 
 
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FINALIDADE: Proporcionar ao futuro corretor a conscientização de que é por intermédio do 
conhecimento registral que será verificada a legitimidade das partes interessadas em negócios 
imobiliários. 
 
OBJETIVOS: Identificar a importância do registro de imóveis e os princípios básicos que o envolvem; 
Promover a familiarização do corretor aos livros utilizados para o registro de imóveis; 
Esclarecer que a inobservância aos princípios fundamentais do Registro Imobiliário pode 
dar origem à nulidade de sua instrumentalização. 
 
Os direitos reais sobre imóveis, constituídos ou transmitidos por ato entre vivos só são 
adquiridos depois da transcrição ou da inscrição dos respectivos títulos no Registro de Imóveis. Além 
disso a legislação determina que se averbem à margem das respectivas transcrições as modificações 
que possam, de qualquer modo, repercutir em estabilidade. 
O Registro de Imóveis constitui repositório de informações e centro para onde converge todos os 
elementos referentes à propriedade imobiliária. 
O Código Civil determina que sejam registrados, não só os títulos em que diretamente se 
processa a transmissão “inter vivos” ou transmissão de direitos reais sobre imóveis: no mesmo Registro 
deverão ser transcritos os papéis constitutivos de ônus reais sobre coisas alheias e inscritas as 
hipotecas. Portanto, todas as alterações no regime imobiliário devem constar do Registro de Imóveis. 
No regime anterior à nova lei de registros públicos, praticavam-se nos Cartórios três espécies de atos: 
 a transcrição; 
 a inscrição; 
 a averbação. 
 
A transcrição: envolvia a trasladação, palavra por palavra, do documento para o livro do oficial público. 
 
A inscrição: implicava a trasladação apenas do extrato, isto é, de um resumo do negócio jurídico. 
Na prática começou-se a proceder à transcrição também por extrato e, desta maneira, transcrição e 
inscrição passaram a significar a mesma coisa, sendo um procedimento utilizado indiscriminadamente. 
 
A averbação: é, teoricamente, um ato decorrente de sentença judicial, por meio do qual se adita, a uma 
transcrição, notícia de uma circunstância posterior, em relação ao imóvel. 
 
Principais atos sujeitos a registro 
 
O Artigo 167 da Lei 6.015/73 de Registros Públicos, enumera 34 espécies de atos sujeitos a 
registro. Além dos casos de registro de título de aquisição de propriedade imóvel, de títulos constitutivos 
de outros direitos reais ou de sentenças que reconhecem o usucapião, a lei consigna a necessidade de 
se transcreverem os títulos declaratórios e não atributivos do domínio ou atos em que a aquisição se 
faz, não por negócio jurídico, mas por meio autônomo, como na hipótese de sucessão “causa mortis”. 
 
A aquisição da propriedade pelo direito hereditário é meio autônomo de aquisição de domínio, 
e, mesmo neste caso, a lei preconiza que se transcrevam os atos de entrega de legado de imóveis, os 
formais de partilha, como também ordena que se transcrevam as sentenças que, nos inventários e 
partilhas, adjudiquem bens de raiz em pagamento das dívidas de herança. Tal procedimento tem por 
objetivo estabelecer a continuidade do registro. 
 
 
Aula 03 – Registro de Imóveis 
 
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A lei dos Registros Públicos determina que se procederá ao registro, além dos já apontados e de 
outros que parecem de menor relevo, dos seguintes atos: 
 De instituição de bem de família; 
 Das hipotecas legais, judiciais e convencionais; 
 Do penhor de máquinas e aparelhos usados na indústria em funcionamento, com ou sem seus 
respectivos pertences; 
 Dos empréstimos por obrigações ao portadorou debêntures, inclusive as conversíveis em 
ações; 
 Das penhoras, arrestos e sequestros de imóveis; 
 Das citações de ações reais ou pessoais reipersecutórias, relativas a imóveis; 
 Do contrato de locação de prédio no qual tenham sido consignadas cláusulas de vigência, no 
caso de alienação de coisa locada; 
 Dos loteamentos urbanos e rurais; 
 Das servidões em geral; 
 Do usufruto e de uso sobre imóveis e da habitação quando não resultarem do direito de família; 
 Dos contratos de penhor rural; 
 Das rendas constituídas ou vinculadas a imóveis por disposição de última vontade; 
 Da promessa de compra e venda de imóvel não loteado cujo preço deva se pagar a prazo, em 
uma ou mais prestações, bem como das escrituras de promessa de venda de imóveis em geral; 
 Das incorporações, instituições e convenções de condomínio. 
 
Principais casos de averbação: 
A relação dos casos de averbação é encontrada no Artigo 167 da Lei 6.015/73 de Registros 
Públicos. 
É o ato acessório que modifica o teor constante do registro, feito por determinação judicial, com 
a finalidade de dar publicidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos. É feita na ficha ou folha de 
matrícula, constitui um aditivo no intuito de advertir terceiros de determinada circunstância que afeta o 
registro. Por exemplo: 
 A alteração de nome por casamento ou separação judicial; 
 Pactos antenupciais quando convencionarem regime de bens diversos do legal; 
 Restabelecimento da sociedade conjugal; 
 Cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade, incomunicabilidade imposta a imóveis, bem 
como da constituição de fideicomisso. 
 
Livros do Registro de Imóveis: 
 
São 05 (cinco) os livros de registro: 
Livro nº. 1 – Protocolo 
Livro nº. 2 – Registro Geral 
Livro nº. 3 – Registro Auxiliar 
Livro nº. 4 – Indicador Real 
Livro nº. 5 – Indicador Pessoal 
 
Livro nº. 1 – Protocolo: serve para apontamento de todos os títulos apresentados diariamente. 
Livro nº. 2 – Registro Geral: é destinado à matrícula e ao registro ou averbação dos atos relacionados 
no Art. 167 e não atribuídos ao Livro nº. 3. 
Livro nº. 3 – Registro Auxiliar: é destinado ao registro dos atos que, sendo atribuídos ao Registro de 
Imóveis por disposição legal, não digam respeito diretamente a imóvel matriculado. 
Livro nº. 4 – Indicador Real: é o repositório de todos os imóveis que figurarem nos demais livros e 
anotações necessárias. 
Livro nº. 5 – Indicador Pessoal: é dividido alfabeticamente e é o repositório dos nomes de todas as 
pessoas que, individual ou coletivamente, ativa ou passivamente, direta ou indiretamente, figurarem nos 
demais livros, fazendo-se referência aos respectivos números de ordem. 
 
 
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17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 25 
Matrícula 
É o ato cartorário que individualiza o imóvel, identificando-o por meio de sua correta localização 
e descrição. É na matrícula do imóvel que são lançados o registro e a averbação, mostrando a real 
situação jurídica do imóvel. 
 
Cancelamento de Matrícula 
A matrícula será cancelada: 
 Por decisão judicial; 
 Quando o imóvel for inteiramente transferido para outro proprietário; 
 Pela fusão, quando dois ou mais imóveis contínuos pertencerem ao mesmo proprietário; 
 
Cancelamento de Averbação 
O cancelamento da averbação poderá ser total ou parcial e será feito pelo oficial qualificado. O 
motivo que originar o cancelamento deverá ser declarado, bem como o título em virtude do qual foi 
realizado. 
O cancelamento da averbação será feito: 
 Em virtude de decisão judicial transitada em julgado; 
 Em atenção ao requerimento unânime das partes que participarem do ato registrado, com firmas 
reconhecidas; 
 Atendendo ao requerimento do interessado, instruído com documento hábil. 
 
 
 
 
FINALIDADE: Apresentar as possíveis proibições de venda e a real necessidade de observá-las para a 
realização de um negócio seguro e confiável. 
 
OBJETIVOS: Identificar a importância da observação da legalidade e capacidade de venda por parte do 
vendedor; 
Identificar as diversas formas de aquisição de bens imóveis. 
 
O Código Civil, a partir do Art. 481 até o Art. 532, preconiza sobre a compra e suas 
modalidades, inclusive em hasta pública. Verificamos que o Art. 497 dispõe sobre o que não pode ser 
comprado, sob pena de nulidade, ainda que em hasta pública: 
 
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou 
administração; 
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que 
estejam sob sua administração direta ou indireta; 
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da 
justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em Tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, 
ou a que se estender a sua autoridade; 
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados. 
 
A capacidade do vendedor deve ser objeto de análise, além de provar a posse do imóvel, isto é, 
se realmente está apto para vender e para isso, citamos algumas exigências: 
se o vendedor tiver idade superior a 16 anos e inferior a 18 deverá: 
 
 Apresentar documento de emancipação por escritura pública averbada, ou 
 Comprovação do exercício de função pública, ou 
 Certidão de casamento; ou 
 diploma de curso superior (3º grau), se tiver 16 anos; 
 Se o vendedor for casado em regime de comunhão, deverá apresentar autorização do cônjuge; 
 Certidão de óbito do cônjuge, se o vendedor for viúvo; 
Aula 04 – Capacidade para Comprar e Vender 
 
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17.0 OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS 26 
 
 Certidão de divórcio se for divorciado ou de anulação do casamento; 
 Certidão por instrumento público com as formalidades legais de tradução, se for casado no 
exterior; 
 Título de naturalização, se for naturalizado; 
 Alvará judicial comprovador, se o cônjuge estiver ausente em lugar incerto e não sabido; 
 Procuração com poderes legais, se o cônjuge estiver ausente temporariamente; 
 Procuração por instrumento público, submetido ao consulado do país de outorga, se for 
residente no exterior; 
 Impressão digital, por deficiência física que o impossibilite de assinar, ou analfabeto; 
 Alvará expedido pelo juízo do inventário ou da falência, se o imóvel for um bem de espólio ou de 
massa falida. 
 
Notas 
 
1) Código Civil, Artigo 1.647 – Nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime 
de separação absoluta: 
 
I – Alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis. 
 
2) Código Civil, Artigo 1.687 – Estipulado o regime de separação de bens, estes permanecerão sob a 
administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus 
real. 
 
Proibições de Venda 
Existem ainda outras proibições de venda, como as abaixo citadas: 
 os pais não poderão hipotecar, alienar ou gravar de ônus os imóveis dos filhos que estejam 
sobre seu pátrio poder, a não ser no caso em que demonstre a necessidade ou conveniência 
e, dessa forma, só com autorização judicial; 
 também não poderão vender, os absolutamente incapazes (os menores de 16 anos); 
 os declarados com relativa incapacidade, ou seja os maiores de 16 anos e menores de 18 
anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e aqueles que, por causa transitória ou 
permanente, não puderem exprimir sua vontade, os pródigos; sendo que a capacidade dos 
índios será regulada por legislação especial; 
 os ascendentes não podem vender aos descendentes, sem que haja o consentimento dos 
outros descendentes; 
 o falido disporá de seus bens, a partirdo “ momento da abertura “, da falência, ou ainda, da 
decretação do sequestro; 
 o condômino não poderá vender a sua parte em coisa individual a terceiros ou a estranhos, a 
menos que atenda a preceitos legais do Código Civil, art. 504. 
 
 Não podem ser alienados os bens inalienáveis, a menos que tenham autorização judicial em 
atenção em casos como: 
 
 falta de recursos para a subsistência da família, ou seja, extrema necessidade; 
 pagamento de dívida; 
 necessidade de reparos indispensáveis em outro imóvel dotal; 
 os imóveis adquiridos pelo Sistema Financeiro da Habitação sem o assentimento da entidade 
financiadora. 
 
Cumpre ainda ressaltar que alguns bens estão excluídos da comunhão, ou seja: 
 os bens de herança, os bens legados ou bens doados que tenham cláusula de 
incomunicabilidade; 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
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 os bens que estejam gravados de fideicomisso, ou seja, com disposição testamentária 
impondo obrigação a um dos herdeiros de, por sua morte, transmitir a outro a herança e o 
direito do herdeiro, antes da realização da condição suspensiva; 
 os bens reservados; 
 as dívidas anteriores ao casamento, executando-se as contraídas com os preparativos deste 
ato ou em benefício comum; 
 se um dos cônjuges fizer doação antenupcial que tenha cláusula de incomunicabilidade; 
 os frutos civis do trabalho em comum dos cônjuges ou de cada um; 
 a fiança que for prestada pelo marido sem o consentimento expresso de sua mulher; 
 o dote que tenha sido prometido ou expressamente constituído isoladamente por um dos 
cônjuges a um filho comum ou a um filho de outro leito; 
 as obrigações advindas de práticas ilícitas. 
 
Aquisição de Imóveis – Artigos 1.238 a 1.259 
O Código Civil Brasileiro, distingue em seus Artigos 1.238 a 1.259 os modos de aquisição dos 
bens imóveis, respectivamente: 
1. pela usucapião ( do Art. 1.238 até o Art. 1.244 ) 
2. pelo registro do título ( do Art. 1.245 até Art. 1.247 ) 
3. por acessão ( do Art. 1.248 até Art. 1.259 ) 
 
1 - Pela Usucapião 
Usucapião é o modo de adquirir propriedade móvel ou imóvel pela posse pacífica e ininterrupta 
da coisa durante certo tempo. 
A usucapião é comumente invocada como modo de adquirir o domínio, ou seja, é a posse 
prolongada da coisa sem qualquer oposição ou interrupção, por um período mínimo previsto em lei. 
A usucapião possui fases: aquisitiva e executiva. A primeira é o modo de adquirir a propriedade 
pela posse prolongada e a segunda, o meio pelo qual alguém se libera de uma obrigação pelo decurso 
de tempo. 
Não são suscetíveis de usucapião os bens de qualquer natureza, patrimoniais ou dominais, bem 
como os terrenos da Marinha e terras devolutas. Salvo a hipótese de usucapião ‘’pro-labore’’, só podem 
ser usucapidos, os bens de domínio particular. 
 
A nossa legislação reconhece as seguintes formas de usucapião: 
Usucapião após 15 ( quinze ) anos. ( Art. 1.238 – CC ) 
Usucapião após 05 ( cinco ) anos – área rural até 50 ( cinquenta ) hectares. 
Usucapião após 05 ( cinco ) anos – área urbana até 250 ( duzentos e cinquenta ) metros quadrado. 
Usucapião após 10 ( dez ) anos ( Parágrafo único do Art. 1.238 – CC ) 
 
2 – Pelo Registro do Título 
Não basta um simples acordo de vontades entre o transmitente e o comprador, para a aquisição 
de propriedade imóvel. Da mesma forma, para transferir o domínio, não basta por si só, o contrato de 
compra e venda. Assim sendo, somente se opera essa transferência com a transcrição do título no 
registro imobiliário. A transcrição no nosso direito é uma tradição solene que gera o direito real para o 
comprador, transferindo-lhe, então, o domínio. 
 
Os dois requisitos para aquisição de um imóvel são: 
 acordo de vontades entre o transmitente e o adquirente, o qual deve constar obrigatoriamente de 
escritura pública. 
 registro do título translativo na circunscrição competente. 
 
3 - Por Acessão 
 
Aquisição por acessão é o modo originário de adquirir uma propriedade, em virtude do qual ao 
proprietário fica pertencendo tudo quanto se une ao seu bem. Os casos previstos no Art. 1.248 do 
Código Civil dependem do concurso de dois pontos importantes: 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO I PARTE 2 
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 a conjunção entre duas coisas que até então estavam separadas; 
 caráter o acessório de uma dessas coisas, confrontando com a outra. 
 
O Código Civil explica a acessão de cinco formas em relação à propriedade imóvel, em seu Art. 
1.248: 
I - por formação de ilhas. 
II - por aluvião. 
III - por avulsão. 
IV - por abandono de álveo. 
V - por plantações ou construções. 
 
Acessão por Formação de Ilhas. 
Uma ilha pode surgir no mar, num rio navegável ou público e no curso de rio não navegável e 
particular. O surgimento da ilha pode ser determinado por diversas formas, como: acumulação de areia, 
cascalho, fragmentos de terra e outros materiais, movimentos sísmicos, rebaixamento permanente do 
nível da água, deixando em seco uma parte funda do seu leito e avulsão numa das propriedades 
marginais (vide, também como ampliação de conhecimentos, o Código das águas.) 
 
Acessão pela Aluvião 
A acessão pela aluvião é o acréscimo insensável que o rio mui vagarosamente às margens, que 
a um dado momento, é impossível apreciar a quantidade acrescida. Esse acréscimo marginal produzido 
pela natureza pertence aos donos dos terrenos marginais, como preceitua o art. 1.250 do Código Civil. 
 
Acessão pela Avulsão 
É a desagregação repentina de um trecho de terra por força natural violenta. A avulsão ocorre 
quando uma porção considerável e reconhecível de determinada propriedade imóvel se desprende e é 
transportada pela correnteza para outra propriedade. O art. 1.251 do Código Civil combinado com o 
Art. 19 a 22 do Código das Águas (Dec. 24.643/1.934), dispõe que o proprietário do fundo contemplado 
com a porção acrescida é quem tem direito de concordar com a remoção ou de pagar o respectivo valor 
ao proprietário reclamante e sem direito a outras indenizações. O proprietário que sofrer avulsão deve 
reclamar no prazo de um ano, caso contrário, perderá o direito de reivindicar e o direito de indenização. 
 
Acessão por Abandono de Álveo 
Álveo é a superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente 
enxuto (Art. 9, 10, 26 e 27 do Código de Águas), ou ainda: a depressão de terreno que servia 
anteriormente de leito de um rio. O Álveo será considerado público e de uso comum, conforme a 
propriedade das águas, e será particular quando das águas comuns ou das águas particulares. 
O Álveo definitivamente abandonado, quer o rio seja público, quer seja particular, pertencerá aos 
proprietários ribeirinhos das duas margens Art. 1.252 do Código Civil. 
 
Acessão por Construção e Plantações 
Nem todas as obras efetuadas em uma coisa entram na classe das benfeitorias, não se 
enquadram entre as benfeitorias propriamente ditas, como, por exemplo, as construções e as 
plantações. O Art. 1.253 do Código Civil diz que o princípio geral é de que toda construção ou 
plantação existente em um terreno, até prova em contrário, se presume feita pelo proprietário e à sua 
custa. Assim, sendo, o proprietário de um determinado imóvel adquire pela acessão, as coisas móveis 
que a esse se incorporem. O solo, caracterizado como principal pertencente a certa pessoa, por 
presunção legal; a esta pertencerão as plantações e construções por acaso existentes bem como seus 
acessórios. 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS – MÓDULO

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