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Testes de Conhecimento - Direito Penal Aplicado I

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Direito Penal Aplicado I 
 
1 - Consoante os estudos sobre as características do Direito Penal no 
Estado Democrático de Direito, assinale a alternativa INCORRETA: 
A intervenção estatal penal só se legitima nos casos em que a conduta possa 
colocar em grave risco ou lesionar bem jurídico relevante. 
 
O ordenamento positivo deve ter como excepcional a previsão de sanções 
penais, e não se apresentar como instrumento de satisfação de situações 
contingentes e particulares. 
 
O princípio da proporcionalidade preconiza a idéia de que a punição deve 
guardar relação com o fato praticado 
 
O recurso à pena no Direito Penal garantista está condicionado ao princípio da 
máxima intervenção, para garantir a proteção de todos os bens jurídicos 
 
Dentre suas características, destacam-se: ser essencialmente preventivo, 
retributivo e ressocializador, buscando, sempre que possível, a aplicação de 
medidas alternativas às penas privativas de liberdade como forma de controle 
penal e, portanto, devendo ser utilizado como última forma de controle social. 
 
 
2 - A vida em sociedade impõe ao ser humano uma série de relações com 
seus semelhantes. Nem sempre essas relações serão pacíficas. Os 
conflitos podem surgir e, dessa forma, a vida em sociedade depende de 
uma regulamentação. No que tange à disciplina em estudo, Direito Penal, 
cumpre destacar que o Estado, criado para proteger os seres humanos e 
lhes garantir um bem-estar, protege os bens mais importantes da 
sociedade erigindo a condução de bens tutelados pelo direito penal. 
Assim, quando os bens do homem (vida, patrimônio liberdade, dignidade 
sexual etc.) recebem essa proteção de uma norma elaborada pelo Estado. 
Nesse sentido, a função do Direto Penal é: 
Proteger a honra. 
 
Proteger os direitos humanos 
 
Proteger o patrimônio 
 
Proteger a ordem pública 
 
Proteger os bens jurídicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - Só a lei pode definir crimes e cominar penalidades. Nenhuma outra 
fonte inferior à lei pode gerar uma norma penal. Dessa forma, não há 
possibilidade de uma portaria, uma resolução ou medidas provisórias 
(que são outras espécies de normas) criarem um tipo de crime. Um bom 
exemplo dessa afirmação é que o presidente não pode criar crime por 
meio de um ato legislativo seu, a Medida Provisória (art. 62 da CF/88), que 
não passa pelo congresso. Assim, as demais normas, que não sejam leis, 
não podem definir crimes nem impor penas. Nesse sentido, o texto refere-
se ao Princípio da: 
 Anterioridade da Lei Penal 
 
Irretroatividade das Normas Incriminadoras 
 
Reserva da Lei 
 
Irretroatividade da Lei Penal 
 
Taxatividade 
 
 
4 - Não se pode perder de vista que ao ser humano deve ser outorgada 
toda a dignidade a ele inerente e que tudo que se contrapõe a isso seja 
repudiado com toda a força da lei. Assim, marque a alternativa CORRETA 
de acordo com os princípios limitadores da atividade penal: 
O princípio da legalidade informa que, eventualmente, condutas criminosas 
podem ser caracterizadas por costumes. 
 
O princípio da insignificância pode ser aplicado sempre que a lesão causada 
não houver lesionado efetivamente o bem jurídico tutelado, inclusive nos 
crimes contra a administração pública. 
 
O princípio da ultima ratio informa que o Direito Penal somente pode ser 
utilizado em casos extremos, que afetem os bem jurídicos mais importantes na 
sociedade, quando os outros ramos do direito não conseguirem solucionar de 
forma efetiva a lesão ocorrida. 
 
O princípio da fragmentariedade informa que o Direito Penal somente pode 
incriminar condutas que efetivamente causem lesão ao bem jurídico tutelado 
pela norma penal incriminadora. 
 
Nenhuma das afirmativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 - Em relação ao princípio da insignificância, assinale a afirmativa 
correta: 
A jurisprudência predominante dos tribunais superiores é acorde em admitir a 
aplicação do princípio da insignificância em crimes praticados com emprego de 
violência ou grave ameaça à pessoa (a exemplo do roubo). 
 
O princípio da insignificância funciona como causa de exclusão da 
culpabilidade. A conduta do agente, embora típica e ilícita, não é culpável. 
 
O princípio da insignificância juntamente com o princípio da máxima 
intervenção atuam como limitadores ao poder punitivo do Estado. 
 
A mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da 
ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a 
inexpressividade da lesão jurídica constituem, para o Supremo Tribunal 
Federal, requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplicação do princípio 
da insignificância. 
 
O princípio da insignificância funciona como causa de diminuição de pena. 
 
 
6 - O artigo 1.º do Código Penal, Decreto-Lei 2848/1940, preceitua que 
"Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia 
cominação legal", e o artigo 5.º, inciso XXXIX da Constituição Federal de 
1988 repete a redação do Código Penal. Estes artigos dos dois diplomas 
legais expressam o Princípio da: 
 Reserva Legal 
 
Anterioridade 
 
Taxatividade 
 
Legalidade 
 
Socialibilidade 
 
 
7 - O Direito Penal, ou Direito Criminal, é um ramo do Direito Público que 
é composto por um conjunto de normas jurídicas que qualificam e 
tipificam atitudes em crimes. Ele permite que o Estado, diante da 
legalidade jurídica, aplique sanções penais a quem cometer crimes que 
perturbem a ordem. Assim o princípio da insignificância considera como 
necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença 
de certos vetores, entre os quais, NÃO SE INCLUI: 
Nenhuma periculosidade social da ação 
 
 
 
 
 
Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento 
 
A mínima ofensidade da conduta do agente 
 
Elevado nível sócio econômico do ofensor 
 
Nenhuma das afirmativas 
 
 
8 - Jefferson, segurança da mais famosa rede de supermercados do 
Brasil, percebeu que João escondera em suas vestes três sabonetes, de 
valor aproximado de R$ 12,00 (doze reais). Ao tentar sair do 
estabelecimento, entretanto, João é preso em flagrante delito pelo 
segurança, que chama a polícia. A esse respeito, assinale a alternativa 
correta. 
A conduta de João não constitui crime, uma vez que será excluída sua 
culpabilidade. 
 
A conduta de João constitui crime, uma vez que se enquadra no artigo 155 do 
Código Penal, não estando presente nenhuma das causas de exclusão de 
ilicitude ou culpabilidade, razão pela qual este deverá ser condenado. 
 
A conduta de João não constitui crime, uma vez que o fato é materialmente 
atípico. 
 
A conduta de João não constitui crime, uma vez que este agiu em estado de 
necessidade. 
 
Embora sua conduta constitua crime, João deverá ser absolvido, uma vez que 
a prisão em flagrante é nula, por ter sido realizada por um segurança particular. 
 
 
9 - Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que 
seja promulgada uma Lei Federal ordinária que estabeleça como crime o 
desperdício doloso ou culposo de água tratada, no período compreendido 
entre 01 de novembro de 2014 e 01 de março de 2015. Em virtude do 
encerramento da estiagem e volta à normalidade, não houve necessidade 
de edição de nova lei ou alteração no prazo estabelecido na citada 
legislação. Nessa hipótese, o indivíduo A que em 02 de março de 2015 
estiver sendo acusado em um processo criminal por ter praticado o 
referido crime de desperdício de água tratada, durante o período de 
vigência da lei: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poderá ser condenado pelo crime de desperdício de água tratada, ainda que o 
período indicado na lei que previu essa conduta esteja encerrado. 
 
Não poderá ser punido pelo crime de desperdício de água tratada 
 
Só poderá ser punido pelo crime de desperdício de água tratada se houver 
nova edição da lei no próximo período de seca. 
 
Só poderá ser punido pelo crime de desobediência em virtude de não mais 
subsistir o crime de desperdício de água tratada. 
 
Poderá ser condenado pelo crime de desperdício de água tratada, no entanto 
esta condenação não poderá ser executada.10 - José foi julgado pelos crimes de lesão corporal (art. 129, parágrafo 1º, 
I, do Código Penal) e porte não autorizado de arma de fogo de uso 
permitido (art. 14 da Lei n.10.826/03). Narra a denúncia que José desferiu 
um tiro no pé de Rui. A defesa alegou que o réu adquirira o revólver única 
e exclusivamente para causar a lesão na vítima, razão pela qual ele não 
deveria ser punido pelo crime previsto no Estatuto do Desarmamento. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre conflito aparente 
de normas é correto afirmar que a tese defensiva está baseada no 
princípio da: 
Alteridade 
 
Subsidiariedade 
 
Especialidade. 
 
Consunção 
 
Proporcionalidade 
 
 
11 - O Princípio da Analogia trata de complementar uma lacuna da lei que 
não regula determinada situação jurídica, se utilizando de outra lei que 
compreenda a mesma razão, ou seja, o Direito penal não regula 
determinado fato, então o intérprete se utiliza de outra regra, ainda que de 
outro ramo do Direito para solucionar o caso concreto. Isso consiste em 
aplicar uma hipótese não regulada em lei, disposição relativa a um caso 
semelhante. Na analogia, o fato não é regido por qualquer norma e, por 
essa razão, aplica-se uma de caso análogo sendo uma forma de 
 
 
 
 
 
 
 
 
autointegração da lei. A única espécie de analogia que o direito penal 
permite é em: 
Malan partem 
 
In dubio pro réu 
 
Princípio da consumação 
 
Benefício da lei 
 
Bonan partem 
 
 
12 - Todo crime, seja doloso ou culposo, só pode ser praticado por meio 
de uma conduta. Não existe crime sem uma respectiva conduta. Bem 
exprime essa idéia o adágio jurídico 'nullum crimen sine actione'. |Assim 
em relação às teorias da conduta , responda: 
Naturalista constitui um comportamento humano voluntário no mundo exterior, 
consistente num fazer ou não fazer, sendo estranha a qualquer valoração. 
 
Social constitui um comportamento humano voluntário no mundo exterior, 
consistente num fazer ou não fazer, sendo estranha a qualquer valoração. 
 
Finalista é concebida com um simples comportamento, sem apreciação sobre a 
sua ilicitude ou reprovabilidade 
 
Naturalista é o comportamento humano, voluntário e consciente (doloso ou 
culposo) dirigido a uma finalidade. 
 
Social é tratada como simples exteriorização de movi- mento ou abstenção de 
comportamento, desprovida de qualquer finalidade 
 
 
13 - No dolo eventual: 
O sujeito prevê o resultado, mas espera que este não aconteça. 
 
O agente quer determinado resultado. 
 
O sujeito não prevê o resultado, embora este seja previsível. 
 
O agente, conscientemente, admite e aceita o risco de produzir o resultado. 
 
A vontade do agente visa a um ou outro resultado. 
 
 
 
 
 
 
14 - Quando estamos lendo uma lei penal, temos que tomar cuidado para 
diferenciar o dolo da culpa. Primeiro, porque as punições contra as 
modalidades dolosas são bem mais severa. Assim, a respeito do dolo e 
da culpa, é certo que: 
Ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, salvo os casos 
expressos em lei, senão quando o pratica dolosamente. 
 
Se o agente e o ofendido agiram com culpa, a culpa de um compensa a do 
outro, excluindo a conduta delituosa. 
 
A imprudência é a modalidade da culpa em que o agente, por descuido ou 
desatenção, deixa de tomar o cuidado que determinada atividade exigia. 
 
A negligência é o comportamento doloso realizado com precipitação ou 
insensatez. 
 
O dolo eventual tem previsão legal diferente do dolo direto para fins de 
aplicação da pena. 
 
 
15 - O Conflito Aparente de Normas ocorre quando duas ou mais normas, 
aparentemente, parecem aplicáveis ao mesmo fato, nesse caso a solução 
do conflito se dá pela aplicação de alguns princípios como este, a saber: 
ocorre quando um fato mais grave absorve outros fatos menos amplos e 
graves, que funcionam como fase normal de preparação ou execução ou 
como mero exaurimento. Este princíoio é denominado de: 
Da especialidade 
 
Da insignificância 
 
Da pluralidade 
 
Da subsidiariedade 
 
Da consumação 
 
 
16 - O Direito Penal, ou Direito Criminal, é um ramo do Direito Público que 
é composto por um conjunto de normas jurídicas que qualificam e 
tipificam atitudes em crimes. Ele permite que o Estado, diante da 
legalidade jurídica, aplique sanções penais a quem cometer crimes que 
perturbem a ordem. Assim, em matéria de dolo e culpa, é correto afirmar 
que: 
 
 
 
 
 
 
 
É prescindível o nexo causal entre a conduta e o resultado nos crimes 
culposos. 
 
Há culpa consciente quando o agente não prevê o resultado, embora este seja 
previsível. 
 
É indispensável a previsibilidade do resultado pelo agente nos crimes culposos. 
 
O agente só responderá pelo resultado que agrava especialmente a pena 
quando o houver causado dolosamente 
 
Excluem a culpabilidade, se ausentes. 
 
 
17 - Crime de mera conduta é aquele que: 
Não descreve, mas exige o resultado naturalístico para sua consumação. 
 
Apenas descreve, mas não exige o resultado naturalístico para sua 
consumação. 
 
Descreve e exige o resultado naturalístico para sua consumação. 
 
Exige uma qualidade especial do sujeito ativo. 
 
Não descreve e nem exige o resultado naturalístico para sua consumação. 
 
 
18 - Segundo o aspecto formal ou legal, o conceito de infração penal é 
aquela conduta em que o legislador estabelece por meio do devido 
processo legislativo, o que é crime. Assim, o conceito será estabelecido 
pela lei. Por outro lado, o Código Penal não traz a definição de infração 
penal, contudo podemos encontrá-la na Lei de Introdução ao Código 
Penal no seu: 
Artigo 5º 
 
Artigo 8º 
 
Artigo 2º 
 
Artigo 1º 
 
Artigo 6º 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 - Tipo de crime em que existe um resultado previsto na lei e é exigido 
para sua consumação. Consegue-se perceber uma modificação no mundo 
exterior, naturalístico, físico. Exemplo disso é o homicídio, artigo 121 do 
CP, como desaparecimento da pessoa do mundo. Nesse caso, assinale 
abaixo a alternativa correta quanto ao tipo de crime correspondente ao 
texto: 
Crime comissivo 
 
Crime material 
 
Crime de mera conduta 
 
Crime omissivo 
 
Crime formal 
 
 
20 - Não há infração ou sanção penal sem lei anterior, isto é, sem lei 
prévia. Esse desdobramento do princípio da legalidade traduz a ideia da 
anterioridade penal, segundo o qual a para a aplicação da lei penal, exige-
se lei anterior tipificando o crime e prevento a sua sanção. Assim, sobre a 
Lei Penal Temporária ou Excepcional, é CORRETO afirmar: 
Considerando-se que o direito penal adota a teoria da ubiquidade, cessada a 
vigência da lei excepcional, o agente somente será responsabilizado se a 
infração penal inserir-se no conceito dos crimes habituais, pois a conduta teve 
início quando ela era vigente e perdurou após sua revogação. 
 
Aplica-se aos fatos ocorridos em data anterior à sua entrada em vigor, pois 
sendo lei excepcional é dotada de ultra-atividade, devendo retroagir para 
atender à proteção do bem jurídico almejada com a sua edição. 
 
Se a sua vigência cessar no curso da execução penal, considera-se o 
sentenciado beneficiário de anistia, ficando excluídos todos os efeitos da 
decisão condenatória, inclusive o de servir de pressuposto para a reincidência. 
 
Aplicar-se-á aos crimes praticados no período em que esteve em vigor, embora 
decorrido o prazo de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a 
determinaram, mesmo que ainda não tenha sido instaurada a ação penal. 
 
Se cessar sua duração no curso da ação penal, o réu deverá ser absolvido 
porquanto o fato será atípico, visto que a lei penal incriminadora foi banida pela 
abolitio criminis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 - Não há infração ou sanção penal sem lei anterior, isto é, sem lei 
prévia. Esse desdobramento do princípio da legalidade traduz a ideia da 
anterioridade penal, segundo o qual a para a aplicação da lei penal, exige-
se lei anterior tipificando o crime e prevento a sua sanção. Assim, 
podemos afirmar que o Código Penal brasileiro adotou: 
A teoria do resultado, em relação ao tempo docrime, e a teoria da ubiqüidade, 
em relação ao lugar do crime. 
 
A teoria do resultado, em relação ao tempo do crime, e a teoria da atividade, 
em relação ao lugar do crime. 
 
A teoria da atividade, em relação ao tempo do crime, e a teoria do resultado, 
em relação ao lugar do crime. 
 
A teoria da atividade, em relação ao tempo do crime, e a teoria da ubiqüidade, 
em relação ao lugar do crime. 
 
Nenhuma das afirmativas 
 
 
22 - Com base nos estudos realizados sobre a relação entre tipo penal, 
tipicidade e o princípio da legalidade, assinale a alternativa correta: 
O tipo penal define condutas e personalidades criminosas. 
 
Os tipos penais são criados pelo legislador, excepcionalmente, entretanto, o 
juiz pode, usando analogia, criar tipos penais. 
 
O tipo penal sempre será de natureza incriminadora, não sendo admitida a 
criação de tipos penais permissivos ou justificadores. 
 
O tipo penal, possui dentre suas funções, a de garantia ao direito de liberdade. 
 
O tipo penal descreve condutas lesivas aos bens jurídicos mais relevantes à 
sociedade e suas respectivas sanções e pode o magistrado, no caso concreto, 
aplicar a analogia para tipificar condutas que considerar crime, ainda que não 
previstas em lei. 
 
 
23 - Acerca da Teoria do Crime assinale a alternativa correta: 
Não existem diferenças entre crime e contravenção. 
 
São consideradas infrações penais de menor potencial ofensivo as 
contravenções penais e os crimes cuja pena máxima abstrata não exceda a 
dois anos. 
 
 
 
 
 
 
Infração penal é o gênero, do qual são espécies crime, contravenção e delito. 
 
A contravenção é um crime de menor gravidade. 
 
A tentativa de contravenção penal é punida com pena de detenção. 
 
 
24 - Joana, jovem de 19 anos engravida de seu namorado e, após o 
término do namoro decide abortar o filho. Para tanto, adquire dois 
comprimidos Cytotec, um abortivo de uso restrito, comprados 
clandestinamente. No dia seguinte à compra, grávida de três meses, 
colocou os comprimidos na vagina. Pouco tempo depois, passou a ter 
fortes contrações e precisou ser internada imediatamente tendo sido o 
aborto consumado com a morte do feto. Ante o exposto, a partir da 
premissa de que a conduta de autoaborto, prevista no art.124, do Código 
Penal, somente pode ser praticada pela gestante e de que o delito se 
consuma com a efetiva morte do produto da gestação, é correto afirmar 
que esse delito classifica-se como: 
De mão própria, de dano e formal. 
 
De mão própria, de dano e material. 
 
Comum, de perigo e material. 
 
Comum, de mão própria, de dano e material. 
 
Comum, de dano e formal. 
 
 
25 - Por base o entendimento sedimentado na mais seleta doutrina 
hodierna, pode-se induzir que existem duas classificações de omissões, 
quais sejam a própria e a imprópria. Sendo oportuno destacar que, na 
doutrina, são achadas nomenclaturas diversas. Assim, se Bruno, policial 
militar, assiste passivamente, durante o intervalo de seus turnos de 
trabalho, ao estupro de Ana, praticado nas dependências de uma 
lanchonete no centro da Capital, Bruno responderá pelo crime de: 
Estupro, por força do artigo 13, parágrafos 2, a, do Código Penal 
 
Omissão de socorro, pois não está na posição de garantidor 
 
Por nenhum crime pois não estava em serviço 
 
Prevaricação 
 
 
 
 
 
 
 
Omissão de socorro, com fundamento no artigo 13, parágrafos 2, a, do Código 
Penal 
 
 
26 - A conduta deve refletir um ato voluntário, isto é, algo que seja o 
produto de determinação consciente. Nos chamados ¿atos reflexos¿ e na 
coação física irresistível, ocorrem atos involuntários e, por isso mesmo, 
penalmente irrelevantes. Quando se trata de ¿atos instintivos¿, o agente 
responde pelo crime, pois são atos conscientes e voluntários ¿ neles há 
sempre um querer, ainda que primitivo e ímpeto. Nesse caso, o texto 
refere-se a um dos elementos da conduta, logo assinale a alternativa 
abaixo que expressa corretamente o nome da conduta explicada pelo 
texto acima: 
Finalidade 
 
Exteriorização 
 
Vontade 
 
Omissão 
 
Consciência 
 
 
27 - Assinale abaixo a teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro 
referente à ação: 
Teoria Finalista 
 
Teoria Social da Ação 
 
Teoria da Mera Conduta 
 
Teoria Causalista 
 
Teoria Crítico Social 
 
 
28 - Adalto, segurança de um supermercado, assiste inerte à prática da 
subtração de uma garrafa de vinho importado dentro do estabelecimento 
no qual trabalhava. Apesar de ter condições de impedir a consumação do 
crime e deter o autor em flagrante delito sem grandes transtornos, ele 
apenas assiste ao fato pois, como estava saindo de seu horário de 
serviço afirmou para si mesmo que caberia ao seu colega de trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
fiscalizar qualquer acontecimento e não mais a ele. Neste caso é correto 
afirmar que a conduta de Adalto configura omissão: 
Imprópria com culpa inconsciente. 
 
Própria com culpa consciente. 
 
Própria com culpa inconsciente. 
 
Imprópria dolosa. 
 
Própria dolosa. 
 
 
29 - Assinale a alternativa correta sobre a conduta: 
Certo no crime omissivo próprio o omitente não responde pelo resultado, 
perfazendo-se o crime com a simples omissão do agente, podendo ser citado, 
como exemplo, o crime de omissão de socorro. Já no crime comissivo por 
omissão ou omissivo impróprio o omitente devia e podia agir para evitar o 
resultado. 
 
No crime comissivo por omissão ou omissivo impróprio inexiste o dever jurídico 
de agir, não respondendo o omitente pelo resultado, mas pela própria prática 
da conduta omissiva, podendo ser citado, como exemplo, o crime de omissão 
de socorro. Já no crime omissivo próprio o omitente devia e podia agir para 
evitar o resultado 
 
Os denominados crimes omissivos próprios admitem tentativa; 
 
Os denominados delitos omissivos próprios, como os omissivos impróprios ou 
comissivos por omissão, são considerados crimes de mera conduta, posto que 
a omissão não pode dar causa a qualquer resultado; 
 
No crime omissivo próprio o agente responde pelo resultado que deu causa. Já 
no caso do crime omissivo impróprio este se aperfeiçoa com a simples 
omissão; 
 
 
30 - Há situações que, de plano, não têm como ser consideradas 
relevantes para o direito penal. Assim, assinale a alternativa que 
contempla todas as situações de ausência de conduta humana: 
Coação moral irresistível, atos reflexos e estados de inconsciência. 
 
Coação física irresistível, ações em curto circuito e automatismos. 
 
 
 
 
 
Hipnose, embriaguez e automatismos. 
 
Movimentos mecânicos repetidos, estados de inconsciência e hipnose. 
 
Coação física irresistível, atos reflexos e estados de inconsciência. 
 
 
31 - A figura do garantidor decorre da natureza jurídica dos crimes: 
Praticados em concurso de pessoas. 
 
Comissivos por omissão, dolosos ou culposos 
 
Omissivos próprios. 
 
Tentados. 
 
Comissivos por omissão, somente dolosos 
 
 
32 - Alguns importantes estudiosos do Direito Penal, como Jeschek e 
Wessels, por exemplo, entenderam que o finalismo de Welzel seria 
insuficiente para conceituar a conduta, porque esquecia uma 
característica essencial de todo comportamento humano, que é seu lado 
social. Nem o causalismo, nem o finalismo, segundo eles, conseguiram 
explicar a ação, pelo que acresceram ao conceito de conduta a ideia de 
relevância social. Assim, ação é um comportamento humano socialmente 
relevante, questionado pelos requisitos do Direito e não pelas leis 
naturais. Segundo essa teoria, para se verificar a tipicidade de uma 
conduta é indispensável conhecer não apenas seus aspectos causais e 
finalísticos, mas também sua vertente social. Nesse caso, assinale a 
alternativa abaixo que corresponda corretamente a teoria que critica as 
teorias casualista e finalista: 
Teoria do Controle Social 
 
Teoria Crítica da Sociedade 
 
Teoria Social da Pena 
 
Teoria Social da Ação 
 
Teoria Crítica da Conduta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 - Félix, estudante de Direito, estava dirigindo seu automóvel por uma 
estrada, quando percebeu, à sua direita, um ciclista.Apesar de ter 
verificado a possibilidade de atropelar o ciclista, Félix não reduziu a 
velocidade e pensou : sou muito hábil no volante e não irei atropelá-lo. Na 
hipótese de ocorrer o atropelamento, Félix seria responsabilizado por: 
Doloso por dolo eventual; 
 
Doloso por dolo direto 
 
Preterdoloso. 
 
Culposo, por culpa inconsciente; 
 
Culposo por culpa consciente; 
 
 
34 - Quando estamos lendo uma lei penal, temos que tomar cuidado para 
diferenciar o dolo da culpa. Primeiro, porque as punições contra as 
modalidades dolosas são bem mais severas. Assim, acerca do dolo e da 
culpa, assinale a opção correta: 
Quando o agente, embora não querendo diretamente praticar a infração penal, 
não se abstém de agir e, com isso, assume o risco de produzir o resultado que 
por ele já havia sido previsto e aceito, há culpa consciente. 
 
Quando o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a 
conduta porque acredita, sinceramente, que esse resultado não venha a 
ocorrer, caracteriza-se a culpa inconsciente. 
 
Quando o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a 
conduta porque acredita, sinceramente, que esse resultado não venha a 
ocorrer, caracteriza-se a culpa consciente. 
 
Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era previsível, fica 
caracterizada a culpa imprópria e o agente responderá por delito preterdoloso 
com pena aumentada. 
 
Quando o agente comete erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de 
crime, exclui-se o dolo, embora seja permitida a punição por crime culposo, se 
previsto em lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 - Com base nos estudos realizados sobre a distinção entre e dolo e 
culpa, selecione, na folha de respostas a opção correta. Responda de 
forma justificada e indique o(s) respectivo(s) dispositivo(s) legal(is) 
aplicáveis. 
Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era previsível, fica 
caracterizada a culpa consciente e o agente responderá por delito preterdoloso. 
 
Quando o agente, embora não querendo diretamente praticar a infração penal, 
não se abstém de agir e, com isso, assume o risco de produzir o resultado que 
por ele já havia sido previsto e aceito, há culpa consciente. 
 
Configuram elementos do tipo culposo, além da tipicidade, a prática de conduta 
com inobservância do dever de cuidado que cause um resultado não desejado, 
mas previsível. 
 
O dolo direto caracteriza-se quando o agente assume o risco do resultado; 
 
Quando o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a 
conduta porque acredita, sinceramente, que esse resultado não venha a 
ocorrer, caracteriza-se a culpa inconsciente. 
 
 
36 - Marcos, durante um trote na faculdade em que estuda coloca 
bolinhas de gude no corredor, na porta da sala de aula dos calouros. 
Sendo alertado por um amigo de que poderia machucar alguém, responde 
que seria - azar dos bichos, pois assim aprenderiam o seu lugar. E, de 
fato, ao término da aula, quando a turma sai da sala, um dos alunos 
escorrega nas bolinhas e cai, vindo a fraturar o braço. Ante o exposto, 
com base nos estudos realizados sobre dolo e culpa, é correto afirmar 
que a conduta de Marcos configura: 
Lesão corporal dolosa, pois houve dolo eventual. 
 
Lesão corporal dolosa, pois houve dolo direto. 
 
Lesão corporal culposa, pois houve culpa consciente. 
 
Lesão corporal culposa, pois houve culpa inconsciente 
 
Conduta atípica, pois foi culpa exclusiva da vítima. 
 
 
37 - Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as 
lacunas do texto abaixo: Tomás, a mando de Pedro, proprietário de 
 
 
 
 
 
 
 
barcos de aluguel, aceita explodir uma das embarcações, a fim de que 
seja praticado o delito de estelionato contra a empresa seguradora, e 
prevê como certa a morte de toda a tripulação, embora não seja esse seu 
objetivo principal. Nesse caso, Tomás deverá responder a título de ........ 
pelo estelionato e a título de ........... pelos homicídios: 
Dolo direto - culpa. 
 
Dolo direito - dolo eventual 
 
Dolo eventual - culpa 
 
Culpa - dolo eventual. 
 
Dolo eventual - dolo direito 
 
 
38 - O Direito Penal, ou Direito Criminal, é um ramo do Direito Público que 
é composto por um conjunto de normas jurídicas que qualificam e 
tipificam atitudes em crimes. Ele permite que o Estado, diante da 
legalidade jurídica, aplique sanções penais a quem cometer crimes que 
perturbem a ordem. Assim, acerca do dolo e da culpa, marque a 
alternativa CORRETA: 
A culpa própria, também denominada de culpa por extensão ou equiparação, é 
aquela em que o sujeito, após prever o resultado, realiza a conduta por erro 
escusável quanto à ilicitude do fato. 
 
O dolo presumido ou dolo in re ipsa é uma espécie de dolo que exige 
comprovação técnica e fática da sua ocorrência no caso concreto e é 
perfeitamente compatível com os princípios que regem o direito penal, em 
especial a vedação da responsabilidade penal objetiva. 
 
A culpa consciente é aquela em que o agente não prevê o resultado 
naturalístico e, mesmo assim, realiza a conduta acreditando verdadeiramente 
que nada ocorrerá. 
 
O Código Penal Brasileiro, ao dispor que o crime é doloso quando o agente 
quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, está adotando as teorias da 
vontade e do assentimento, respectivamente. 
 
É possível dizer que o crime culposo, em regra, possui os seguintes elementos: 
conduta involuntária; violação de um dever de cuidado objetivo; resultado 
naturalístico involuntário; nexo causal, tipicidade; previsibilidade objetiva e 
ausência de previsão. 
 
 
 
 
 
 
 
39 - A expressão resultado significa a consequência provocada pela 
conduta do agente, e, nesse caso, na classificação dos crimes quanto ao 
resultado há uma espécie de crime que não exige nem resultado e nem 
consumação imediata, assim ele é chamado de: 
Crime Material 
 
Crime Formal 
 
Crime de dano ou lesão 
 
Crime de perigo ou de ameaça 
 
Crime de mera conduta 
 
 
40 - Tendo em vista o princípio da culpabilidade, no Brasil o agente só 
pode ser punido se agir ao menos com culpa, em sentido amplo. Quando 
estamos lendo uma lei penal, temos que tomar cuidado para diferenciar o 
dolo da culpa. Primeiro, porque as punições contra as modalidades 
dolosas são bem mais severa. Assim, a respeito do dolo e da culpa, é 
certo que: 
Ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, salvo os casos 
expressos em lei, senão quando o pratica dolosamente. 
 
Se o agente e o ofendido agiram com culpa, a culpa de um compensa a do 
outro, excluindo a conduta delituosa. 
 
O dolo eventual tem previsão legal diferente do dolo direto para fins de 
aplicação da pena. 
 
A negligência é o comportamento doloso realizado com precipitação ou 
insensatez. 
 
A imprudência é a modalidade da culpa em que o agente, por descuido ou 
desatenção, deixa de tomar o cuidado que determinada atividade exigia. 
 
 
41 - CAIO, conhecido assaltante que atuava num ponto de ônibus situado 
em movimentada rodovia, aborda a jovem Mévia, subtraindo-lhe mediante 
grave ameaça seus pertences. Apavorada com o roubo, Mévia resolve 
atravessar a rodovia correndo, sendo atropelada por um veículo não 
identificado e morrendo no local. Ante o exposto, com base nos estudos 
realizados sobre relação de causalidade, assinale a alternativa correta 
 
 
 
 
 
 
 
 
acerca da responsabilidade jurídico-penal de Caio: 
Será responsabilizado pelo resultado morte por força do disposto no art.13,§1º, 
do Código Penal - teoria da causalidade adequada. 
 
Não poderá o resultado morte ser imputado a Caio, pois houve a interrupção do 
nexo causal, face à incidência de superveniência de causa relativamente 
independente, consoante a teoria da equivalência das condições, prevista no 
art.13, §1º, do Código Penal. 
 
Será responsabilizado pelo resultado morte por força do disposto no art.13, 
caput, do Código Penal - teoria da equivalência das condições. 
 
Será responsabilizado pelo delito de lesões corporais seguidas de morte por 
força do disposto no art.13, caput, do Código Penal- teoria da equivalência das 
condições. 
 
Não poderá o resultado morte ser imputado a Caio, pois houve a interrupção do 
nexo causal, face à incidência de superveniência de causa relativamente 
independente, consoante a teoria da causalidade adequada, prevista no art.13, 
§1º, do Código Penal. 
 
 
42 - A conduta para a teoria finalista é o comportamento humano 
voluntário, psiquicamente dirigido a um fim ilícito, ou seja, ato humano 
voluntário e consciente no intuito de alcançar um resultado considerado 
como consequência de um crime. Assim, a relação de causalidade, 
estudada no conceito estratificado de crime, consiste no elo entre a 
conduta e o resultado típico. Acerca dessa relação, assinale a opção 
correta: 
O estudo do nexo causal nos crimes de mera conduta é relevante, uma vez 
que se observa o elo entre a conduta humana propulsora do crime e o 
resultado naturalístico. 
 
Para os crimes omissivos impróprios, o estudo do nexo causal é relevante, 
porquanto o CP adotou a teoria naturalística da omissão, ao equiparar a inação 
do agente garantidor a uma ação. 
 
O CP adota, como regra, a teoria da causalidade adequada, dada a afirmação 
nele constante de que ¿o resultado, de que depende a existência do crime, 
somente é imputável a quem lhe deu causa; causa é a ação ou omissão sem a 
qual o resultado não teria ocorrido¿. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A existência de concausa superveniente relativamente independente, quando 
necessária à produção do resultado naturalístico, não tem o condão de retirar a 
responsabilização penal da conduta do agente, uma vez que não exclui a 
imputação pela produção do resultado posterior. 
 
Segundo a teoria da imputação objetiva, cuja finalidade é limitar a 
responsabilidade penal, o resultado não pode ser atribuído à conduta do 
agente quando o seu agir decorre da prática de um risco permitido ou de uma 
conduta que diminua o risco proibido. 
 
 
43 - A conduta para a teoria finalista é o comportamento humano 
voluntário, psiquicamente dirigido a um fim ilícito, ou seja, ato humano 
voluntário e consciente no intuito de alcançar um resultado considerado 
como consequência de um crime. Assim, considerando a relação de 
causalidade prevista no Código Penal, assinale a opção correta: 
As causas preexistentes relativamente independentes não possuem relação de 
causalidade com a conduta do sujeito e excluem a imputação do resultado. 
 
As causas supervenientes relativamente independentes possuem relação de 
causalidade com conduta do sujeito e não excluem a imputação do resultado. 
 
As causas preexistentes absolutamente independentes possuem relação de 
causalidade com a conduta do sujeito e não excluem o nexo causal. 
 
As causas concomitantes relativamente independentes não possuem relação 
de causalidade com a conduta do sujeito e não excluem a imputação do 
resultado. 
 
As causas concomitantes absolutamente independentes não possuem relação 
de causalidade com a conduta do sujeito e excluem o nexo causal. 
 
 
44 - A relação de causalidade 
Não é excluída por concausa superveniente absolutamente independente. 
 
É imprescindível nos crimes de mera conduta. 
 
É regulada, em nosso sistema, pela teoria da conditio sine qua non. 
 
É excluída pela superveniência de causa relativamente independente que, por 
si só, produz o resultado, não se imputando também ao agente os fatos 
anteriores, ainda que típicos. 
 
 
 
 
 
 
 
Não é normativa, mas fática, nos crimes omissivos impróprios ou comissivos 
por omissão. 
 
 
45 - A respeito da relação de causalidade, é INCORRETO afirmar que 
Não há fato típico decorrente de caso fortuito. 
 
Não há crime sem resultado. 
 
A omissão também pode ser causa do resultado. 
 
O resultado, de que depende a existência do crime, só é imputável a quem lhe 
deu causa. 
 
O Código Penal adotou a teoria da equivalência das condições. 
 
 
46 - Anastácia e Betina desentenderam-se em uma festividade na cidade 
onde moram e Anastácia, sem intenção de matar, mas apenas de lesionar, 
atingiu levemente, com uma faca, o braço esquerdo de Betina, a qual, ao 
ser conduzida ao hospital para tratar o ferimento, foi vítima de acidente de 
automóvel, vindo a falecer exclusivamente em razão de traumatismo 
craniano. Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz do CP, 
que Anastácia : 
Deve responder pelo delito de homicídio consumado. 
 
Não deve responder por delito algum, uma vez que não deu causa à morte de 
Betina. 
 
Deve responder pelo delito de homicídio na modalidade tentada. 
 
Deve responder apenas pelo delito de lesão corporal. 
 
Deve responder por lesao seguida de morte 
 
 
47 - NÃO ocorre nexo de causalidade nos crimes: 
Materiais; 
 
De mera conduta; 
 
Omissivos impróprios; 
 
De dano. 
 
 
 
 
 
 
Comissivos por omissão; 
 
 
48 - Wilton, hemofílico, foi atingido por um golpe de faca em uma região 
não letal do corpo. Jader, autor da facada, que não tinha dolo de matar, 
mas sabia da condição de saúde específica de Wilton, sai da cena do 
crime sem desferir outros golpes, estando Wilton ainda vivo. No entanto, 
algumas horas depois, Wilton morre, pois, apesar de a lesão ser em local 
não letal, sua condição fisiológica agravou o seu estado de saúde. 
Acerca do estudo da relação de causalidade, assinale a opção correta: 
 
O fato de Wilton ser hemofílico é uma causa relativamente independente 
concomitante, e Jader não deve responder pela lesão corporal seguida de 
morte, mas, sim, por homicídio culposo. 
 
O fato de Wilton ser hemofílico é uma causa relativamente independente 
concomitante, e Jader não deve responder por homicídio culposo, mas, sim, 
por lesão corporal seguida de morte. 
 
O fato de Wilton ser hemofílico é uma causa absolutamente independente 
preexistente, e Jader não deve responder por homicídio culposo, mas, sim, por 
lesão corporal seguida de morte. 
 
O fato de Wilton ser hemofílico é uma causa relativamente independente 
preexistente, e Jader não deve responder por homicídio culposo, mas, sim, por 
lesão corporal seguida de morte. 
 
O fato de Wilton ser hemofílico é uma causa absolutamente independente 
concomitante, e Jader deve responder por homicídio culposo. 
 
 
49 - Acerca dos institutos da desistência voluntária, do arrependimento 
eficaz e do arrependimento posterior, assinale a opção correta: 
O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede 
que o resultado se produza responderá pelo crime consumado com causa de 
redução de pena de um a dois terços. 
 
A natureza jurídica do arrependimento posterior é a de causa geradora de 
atipicidade absoluta da conduta, que provoca a adequação típica indireta, de 
forma que o autor não responde pela tentativa, mas pelos atos até então 
praticados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A natureza jurídica da tentativa é a de causa geradora de atipicidade absoluta 
da conduta, de forma que o autor não responde pelo resultado, mas pelos atos 
até então praticados. 
 
A desistência voluntária e o arrependimento eficaz, espécies de tentativa 
abandonada ou qualificada, passam por três fases: o início da execução, a não 
consumação e a interferência da vontade do próprio agente. 
 
Crimes de mera conduta e formais comportam arrependimento eficaz, uma vez 
que, encerrada a execução, o resultado naturalístico pode ser evitado. 
 
 
50 - O iter criminis ou caminho do crime, corresponde às etapas 
percorridas pelo agente para a prática de um fato previsto em lei como 
infração penal. Assim, NÃO se caracteriza etapa do iter criminis: 
Desistência. 
 
Execução. 
 
Preparação. 
 
Cogitação. 
 
Consumação. 
 
 
51 - Amaro, durante uma calorosa discussão no trânsito, desferiu, com 
intenção homicida, dois tiros de revólver em Bernardo. Mesmo dispondo 
de mais munição e podendo prosseguir, Amaro arrependeu-se, desistiu 
de continuar a ação criminosa e prestou imediato socorro a Bernardo, 
levando-o ao hospital mais próximo. A atitude de Amaro foi fundamental 
para a preservação da vida do Bernardo, que, contudo, teve sua 
integridadefísica comprometida, ficando incapacitado para suas 
ocupações habituais, por sessenta dias, em decorrência das lesões 
provocadas pelos disparos. Considerando essa situação hipotética, 
assinale a opção correta: 
Amaro deve responder pelo delito de tentativa de homicídio. 
 
A atitude de Amaro caracteriza arrependimento posterior, tornando-o isento de 
pena. 
 
Amaro deve responder apenas pelo delito de lesão corporal de natureza grave. 
 
A atitude de Amaro caracteriza desistência voluntária, ficando excluída a 
ilicitude de sua conduta. 
 
 
 
 
 
 
Em virtude do arrependimento eficaz, a conduta de Amaro caracterizará causa 
de diminuição de pena. 
 
 
52 - Tadeu, desejando matar Marcelo, vai à sua casa e, pela madrugada, 
penetra no quarto onde este dormia, descarregando o revolver que 
portava. Em seguida se retira. Submetido a exame cadavérico, os legistas 
concluem que Marcelo morrera em razão de um enfarto, horas antes de 
ser atingido pelos disparos de Tadeu: 
Deu-se violação de cadáver 
 
Houve homicídio doloso com a qualificadora do meio que tornou impossível a 
defesa da vítima 
 
Deu-se crime impossível por ineficácia do meio utilizado 
 
Deu-se crime impossível por impropriedade do objeto material 
 
Houve homicídio tentado 
 
 
53 - São elementos da tentativa: 
Atos preparatórios; Início de execução do tipo penal; falta de consumação por 
circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo e culpa. 
 
Início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias 
alheias à vontade do agente; dolo. 
 
Início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias 
alheias à vontade do agente; culpa consciente. 
 
Início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias 
alheias à vontade do agente; dolo e culpa. 
 
Atos preparatórios; Início de execução do tipo penal; falta de consumação por 
circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo. 
 
 
54 - Adalberto, auxiliar de enfermagem, durante uma festa, desejando 
provocar o aborto na sua ex-namorada Magnólia lhe serve um drinque 
que contém grande quantidade de substância abortiva. Magnólia, após 
ingerir a bebida sente-se mal e pede carona a Adalberto que, prontamente 
aceita o pedido. Durante o trajeto Adalberto, ao perceber que Magnólia 
ainda demonstra interesse por ele e, em decorrência da substância 
 
 
 
 
 
 
abortiva ingerida apresenta fortes dores abdominais, Adalberto decide 
levá-la rapidamente ao hospital mais próximo a fim de tentar evitar a 
consumação do delito inicialmente visado por ele. Ao chegar ao hospital, 
Magnólia foi prontamente socorrida, uma vez que Adalberto era a ele 
conhecido por todos. Após detalhados exames, Adalberto questiona a um 
dos médicos acerca da saúde de sua amada e de seu bebê, quando é 
surpreendido pela notícia de que Magnólia não se encontrava grávida, 
mas apenas sofrera um breve mal-estar decorrente de alguma substância 
que ingerira na festa. Diante do caso concreto apresentado, assinale a 
alternativa correta em relação à conduta e respectiva responsabilização 
penal de Adalberto: 
Sua conduta em relação ao aborto será atípica por tratar-se de arrependimento 
eficaz. 
 
Será responsabilizado pelo delito de aborto sem o consentimento da gestante 
na forma tentada. 
 
Sua conduta em relação ao aborto será atípica por tratar-se de crime 
impossível. 
 
Sua conduta em relação ao aborto será atípica por tratar-se de arrependimento 
posterior. 
 
Será isento de pena, por exclusão de sua culpabilidade. 
 
 
55 - O Direito Penal, ou Direito Criminal, é um ramo do Direito Público que 
é composto por um conjunto de normas jurídicas que qualificam e 
tipificam atitudes em crimes. Ele permite que o Estado, diante da 
legalidade jurídica, aplique sanções penais a quem cometer crimes que 
perturbem a ordem. Assim, acerca dos institutos da desistência 
voluntária, do arrependimento eficaz e do arrependimento posterior, 
assinale a opção correta: 
Crimes de mera conduta e formais comportam arrependimento eficaz, uma vez 
que, encerrada a execução, o resultado naturalístico pode ser evitado. 
 
O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede 
que o resultado se produza responderá pelo crime consumado com causa de 
redução de pena de um a dois terços. 
 
A natureza jurídica do arrependimento posterior é a de causa geradora de 
atipicidade absoluta da conduta, que provoca a adequação típica indireta, de 
forma que o autor não responde pela tentativa, mas pelos atos até então 
praticados. 
 
 
 
 
 
 
Arrependimento posterior é causa de redução de pena em todos os tipos de 
crimes, desde que o criminoso se arrependa e promova o ressarcimento do 
dano causado. 
 
A desistência voluntária e o arrependimento eficaz, espécies de tentativa 
abandonada ou qualificada, passam por três fases: o início da execução, a não 
consumação e a interferência da vontade do próprio agente. 
 
 
56 - Tulio, desejando matar Marcos, vai até a casa do mesmo e aciona por 
seis vezes o gatilho do revólver que era autorizado a portar, enquanto 
Marcos dormia. Porém, todas as munições falham e, diante disso, Tulio 
resolve ir embora sem atingir seu intento. Diante dos fatos narrados, é 
correto afirmar que: 
Houve crime impossível por impropriedade absoluta do objeto 
 
Todas as alternativas acima estão incorretas 
 
Houve crime impossivel por ineficacia absoluta do meio 
 
Houve tentativa de homicídio, pois o meio foi relativamente ineficaz 
 
Houve desistência voluntária 
 
 
57 - Embora estejamos tratando de uma hipótese de típica, prevista no 
código penal, através de excludentes, não se criminalizam as condutas 
caso esta tenham sido motivada em razão de alguns aspectos. Assim, 
com relação às causas excludentes de ilicitude (ou antijuridicidade), 
assinale a opção correta: 
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar-se de 
perigo atual ou iminente que não provocou por sua vontade ou era escusável. 
 
Supondo o agente, equivocadamente, que está sendo agredido, e repelindo a 
suposta agressão, configura-se a legítima defesa putativa, considerada na lei 
como caso sui generis de erro de tipo, o denominado erro de tipo permissivo. 
 
O exercício regular do direito é compatível com o homicídio praticado pelo 
militar que, em guerra externa ou interna, mata o inimigo. 
 
Agem em estrito cumprimento do dever legal policiais que, ao terem de prender 
indiciado de má fama, atiram contra ele para dominá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nenhuma das alternativas 
 
 
58 - As causas de exclusão de ilicitude, previstas no artigo 23 do Código 
Penal, devem ser entendidas como cláusulas de garantia social e 
individual. Sobre as excludentes, considere as seguintes afirmativas: 
I. Atua em legítima defesa quem repele ataque de pessoa inimputável ou de 
animal descontrolado. 
II. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de 
enfrentar o perigo. 
III. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato mediante a 
existência de perigo atual, involuntário e inevitável. 
IV. O estrito cumprimento do dever legal pressupõe que o agente atue em 
conformidade com as disposições jurídico-normativas e não simplesmente 
morais, religiosas ou sociais. 
 
Assinale a alternativa correta. 
Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras 
 
Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras 
 
Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras 
 
Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras 
 
Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras 
 
 
59 - Em relação às causas excludentes de crimes, o agente que pratica 
fato típico em estrito cumprimento do dever legal: 
Não comete crime, pois sua conduta não é ilícita. 
 
Não comete crime, pois sua conduta não é culpável. 
 
Comete crime, mas terá sua pena atenuada. 
 
Comete crime, mas estará isento de punibilidade. 
 
Nenhuma das alternativas 
 
 
60 - Sentindo-se acuado por um cão de grande porte, e não tendo para 
onde fugir, o pedreiro Juca abateu o animal com única marretada. Ocorreque o cão 
 
 
 
 
 
pertencia a Murilo, era manso e, em busca de afagos, invadira o parque de 
obras no qual se encontrava Juca. Considerando essa situação 
hipotética, é correto afirmar que a conduta de Juca: 
Não configurou infração penal punível, em razão de estado de necessidade 
putativo 
 
Configurou crime de dano 
 
Não configurou infração penal punível, em razão de estado de necessidade 
 
Não configurou infração penal punível, em razão de legítima defesa putativa 
 
Não configurou infração penal punível, em razão de legítima defesa 
 
 
61 - O erro sobre a ilicitude do fato 
Exclui o dolo, mas permite a punção por crime culposo, se previsto em lei. 
 
Reflete na culpabilidade, sempre isentando de pena. 
 
Extingue a punilidade. 
 
Reflete na culpabilidade, de modo a excluir a pena ou diminuí-la. 
 
Exclui o dolo e a culpa. 
 
 
62 - Jaime, objetivando proteger sua residência, instala uma cerca elétrica 
no muro. Certo dia, Cláudio, com o intuito de furtar a casa de Jaime, 
resolve pular o referido muro, acreditando que conseguiria escapar da 
cerca elétrica ali instalada e bem visível para qualquer pessoa. Cláudio, 
entretanto, não obtém sucesso e acaba levando um choque, inerente à 
atuação do mecanismo de proteção. Ocorre que, por sofrer de doença 
cardiovascular, o referido ladrão falece quase instantaneamente. Após a 
análise pericial, ficou constatado que a descarga elétrica não era 
suficiente para matar uma pessoa em condições normais de saúde, mas 
suficiente para provocar o óbito de Cláudio, em virtude de sua 
cardiopatia. Nessa hipótese é correto afirmar que Jaime: 
Deve responder por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual. 
 
Deve responder por lesão corporal seguida de morte, pois houve culpa em 
relação ao resultado morte. 
 
Pode ser aplicado à hipótese o instituto da legítima defesa preordenada. 
 
 
 
 
 
 
Pode ser aplicado à hipótese o instituto do resultado diverso do pretendido. 
 
Deve responder por homicídio culposo, na modalidade culpa consciente. 
 
 
63 - Com relação às causas de exclusão de ilicitude, assinale a afirmativa 
correta: 
O agente que culposamente criou a situação de perigo, não pode alegar ter 
atuado em estado de necessidade para se livrar daquela situação perigosa. 
 
O inimputável por não ter consciência de seu agir, não pode alegar legítima 
defesa. 
 
Aquele que anteriormente provocou o agressor, não pode alegar legítima 
defesa. 
 
Aquele que mata um cachorro que o atacava por ordem de terceira pessoa, 
pode alegar a presença da excludente da legítima defesa. 
 
Aplicada a teoria da tipicidade conglobante, houve o esvaziamento de todas as 
causas de exclusão de ilicitude. 
 
 
64 - De acordo com artigo 26 do Código Penal é isento de pena o agente 
que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. A isenção de pena, in casu, é reconhecida em virtude da: 
Existência de uma causa justificante. 
 
Ausência de tipicidade. 
 
Ausência de conduta penalmente relevante. 
 
Ausência de culpabilidade. 
 
Existência de uma escusa absolutória. 
 
 
65 - A respeito da imputabilidade penal, é correto afirmar: 
É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, voluntária ou 
culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos era, ao tempo da ação 
ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou 
de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez 
proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía ao tempo da ação ou 
da omissão, a plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por doença mental 
ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou 
da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
É isento de pena o agente que, em virtude de perturbação da saúde mental ou 
por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não possuía a plena 
capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. 
 
Nenhuma das alternativas 
 
 
66 - Embora estejamos tratando de uma hipótese de típica, prevista no 
código penal, através de excludentes, não se criminalizam as condutas 
caso esta tenham sido motivada em razão de alguns aspectos. Assim, 
dentre as situações abaixo assinale a que apresenta APENAS causas 
excludentes de culpabilidade: 
Erro de tipo e inimputabilidade por embriaguez incompleta. 
 
Erro de proibição, coação moral irresistível e obediência hierárquica. 
 
Inimputabilidade por menoridade e estrito cumprimento do dever legal. 
 
Inimputabilidade por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado e exercício regular de direito. 
 
Nenhuma das alternativas 
 
 
67 - Em relação às causas excludentes de crimes, são consideradas 
causas legais de exclusão da culpabilidade: 
Coação moral resistível e obediência hierárquica de ordem não 
manifestamente ilegal. 
 
Coação física resistível e obediência hierárquica de ordem não manifestamente 
ilegal 
 
Coação moral irresistível e obediência hierárquica de ordem não 
manifestamente ilegal. 
 
 
 
 
 
Coação física irresistível e obediência hierárquica de ordem não 
manifestamente legal. 
 
 
68 - Em relação à imputabilidade penal, assinale a opção correta: 
Para definir a maioridade penal, a legislação brasileira seguiu o sistema 
biopsicológico, ignorando o desenvolvimento mental do menor de dezoito anos 
de idade. 
 
A embriaguez não acidental e culposa exclui a imputabilidade no caso de ser 
completa. 
 
Se a embriaguez acidental for completa, acarretará a irresponsabilidade penal. 
 
Os menores de dezoito anos de idade, por presunção legal, são considerados 
inimputáveis somente nos casos de possuírem plena capacidade de entender a 
ilicitude do fato. 
 
Será isento de pena o agente que, por embriaguez habitual, não for capaz de 
entender o caráter ilícito do fato. 
 
 
69 - Excluem a culpabilidade 
A legítima defesa e a doença mental. 
 
A coação moral irresistível e a menoridade. 
 
O estrito cumprimento do dever legal e a obediência hierárquica. 
 
O estado de necessidade e a obediência hierárquica. 
 
O exercício regular de direito e o desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado. 
 
 
70 - O erro sobre a ilicitude do fato 
Reflete na culpabilidade, de modo a excluir a pena ou diminuí-la. 
 
Exclui o dolo, mas permite a punção por crime culposo, se previsto em lei. 
 
Reflete na culpabilidade, sempre isentando de pena. 
 
Extingue a punilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Exclui o dolo e a culpa. 
 
 
71 - Ana, em sob a influencia do estado puerperal, manifesta a intenção 
de matar o próprio filho recém nascido. Após receber a criança em seu 
quarto para amamentá-la, a criança é levada para o berçário. Durante a 
noite Ana vai até o berçário, e, após conferir a identificação da criança, a 
asfixia, causando a sua morte. Na manhã seguinte, é constatada a morte 
por asfixia de um recém nascido que não era o filho de Ana. 
I. Homicídio - Art. 121. Matar alguem: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
II. Infanticídio -Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio 
filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
Diante do caso concreto, assinale a alternativa que indique a 
responsabilidade penal da mãe: 
Crime de infanticídio, pois houve erro quanto a pessoa. 
 
Crime de homicídio, pois, o erro acidental não a isenta de responsabilidade. 
 
Crime de infanticídio, pois houve erro essencial. 
 
Crime de homicídio, pois, uma vez que o Artigo 123 do CP trata de matar o 
próprio filho sob a influência do estado puerperal, não houve preenchimentodos elementos do tipo. 
 
Nenhuma das alternativas. 
 
 
72 - A respeito da tipicidade penal, assinale a alternativa incorreta. 
O erro de tipo, se escusável, exclui o dolo e a culpa. 
 
No crime de omissão de socorro, somente se torna relevante para o Direito 
Penal caso o agente tenha o dever de agir. 
 
A real consciência do injusto penal é pressuposto elementar da culpabilidade; 
por conseguinte, o desconhecimento da norma penal, quando inevitável, exclui 
a culpabilidade 
 
Caracteriza o erro de proibição a conduta do agente que se apossa de coisa 
alheia móvel, supondo, nas circunstâncias, ter sido abandonada pelo 
proprietário. 
 
No dolo eventual, o sujeito representa o resultado como de produção provável 
e, embora não queira produzi-lo, continua agindo e admitindo a sua eventual 
produção. 
 
 
 
 
 
73 - Ao surpreender o adolescente Jr. no interior de seu pomar tentando 
subtrair alguns frutos, o lavrador Arnaldo, armado com uma espingarda 
municiada com sal grosso, o colocou para fora antes mesmo de sofrer 
qualquer prejuízo. Em seguida, acreditando estar autorizado pelo 
ordenamento legal a castigá-lo fisicamente pelo fato de ter invadido sua 
humilde propriedade, efetuou contra ele um disparo, provocando-lhe 
lesões corporais leves. O agente não responderá pelo delito tipificado no 
artigo 129 do Código Penal porque a hipótese caracteriza: 
Erro de tipo acidental; 
 
Erro de tipo essencial; 
 
Erro de proibição indireto; 
 
Erro de proibição direto; 
 
Erro sobre pressuposto fático da legítima defesa; 
 
 
74 - O erro em matéria penal 
Reflete na culpabilidade, podendo inclusive excluí-la, se o engano recai sobre a 
ilicitude do fato. 
 
Exclui sempre o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em 
lei. 
 
Afasta a culpabilidade, se o engano recai sobre elemento do tipo penal. 
 
Reflete na culpabilidade, de modo apenas a atenuála, se o engano incide sobre 
elemento do tipo penal. 
 
Afasta a tipicidade, se o engano incide sobre a ilicitude do fato. 
 
 
75 - Ana presenciou o momento em que Beto desferiu um golpe de faca 
contra Carlos ferindo-o gravemente. Procurando prender o agressor, Ana 
partiu em sua perseguição, logrando êxito em deter a pessoa de Douglas, 
sósia perfeito do agente Beto, conduzindo-o contra a vontade até o 
distrito policial. A conduta de Ana, que em tese caracteriza crime contra a 
liberdade individual, amolda-se em qual das hipóteses abaixo: 
Estado de necessidade putativo; 
 
Trata-se de erro sobre elemento normativo da descriminante; 
 
 
 
 
 
 
 
Legítima defesa putativa; 
 
Exercício regular de direito putativo; 
 
Estrito cumprimento do dever legal putativo; 
 
 
76 - O erro pode ser tanto falsa representação da realidade, como falso ou 
equivocado conhecimento de um determinado objeto. Vale dizer que este 
difere da ignorância, uma vez que é a falta de representação da realidade 
ou total desconhecimento do objeto , sendo um estado negativo, 
enquanto o erro é um estado positivo. Assim, depois de haver saído do 
restaurante onde havia almoçado, Lucas, homem de pouco cultivo, 
percebeu que lá havia esquecido sua carteira e voltou para recuperá-la, 
mas não mais a encontrou. Acreditando ter o direito de fazer justiça pelas 
próprias mãos, tomou para si objeto pertencente ao dono do referido 
restaurante, supostamente de valor igual ao seu prejuízo. Esse fato pode 
configurar: 
Erro de permissão. 
 
Erro de tipo acidental. 
 
Erro de tipo. 
 
Erro determinado por terceiro. 
 
Erro de proibição. 
 
 
77 - Neste tipo de erro, há uma perfeita noção acerca de tudo o que está 
se passando. O sujeito conhece toda a situação fática, sem que haja 
distorção da realidade. Seu equívoco incide sobre o que lhe é permitido 
fazer diante daquela situação. 
A afirmação acima, se refere ao conceito de: 
 
Erro escusável; 
 
Erro inescusável. 
 
Erro atípico; 
 
Erro de proibição; 
 
Erro de tipo;

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