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O GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM E A GESTÃO DA COMPETÊNCIA DE ENFERMAGEM

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O GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM E A GESTÃO DA COMPETÊNCIA DE ENFERMAGEM
GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM
O processo de trabalho do enfermeiro deve compor as dimensões da assistência/cuidado, da administração/gerência e do ensino/pesquisa. A assistência de enfermagem emerge como parte elementar da profissão do profissional enfermeiro. Contudo, o papel gerencial impulsiona estratégias norteadoras para a prestação do cuidado. 
As organizações de saúde, particularmente a rede hospitalar, têm investido na busca de novas estratégias de gestão que possibilitem conciliar a redução dos custos, melhoria da qualidade dos serviços e a satisfação dos clientes. Entretanto, uma das maiores dificuldades encontradas entre profissionais da enfermagem, refere-se a características do gerenciamento das atividades hospitalares (quantitativo de profissionais de enfermagem – dimensionamento do pessoal). 
Administração e gerenciamento, especificamente a palavra gerência é de origem latina, genere, que significa o ato de administrar que abrange distintas funções. O gerenciamento em enfermagem implica em tomada de decisões que afetam a estrutura, o processo de produção e o produto final de um serviço, de modo a prestar uma assistência à clientela com eficiência, eficácia e efetividade.
Podemos inferir que historicamente o gerenciamento em enfermagem surgiu em meados do século XIX, por meio do trabalho de Florence Nightingale, na Guerra da Criméia, devido a necessidade de organizar e dirigir os hospitais de Scutari na Turquia. Florence reorganizou toda a infraestrutura hospitalar da época, com uma visão intervencionista e cuidados de forma direta (nurses) e indireta (lady nurses) dos ambientes, controle, observação e supervisão rigorosa; organizou a hierarquia dos serviços. 
Marquis e Huston descrevem o termo administradores de enfermagem, na qual é um profissional equivalente ao gerente de enfermagem no Brasil. O enfermeiro precisa desenvolver enquanto gestor, liderança de equipe, direção organizacional ou parte dela, assim como a alocação e manipulação de recursos. 
Em consonância, para o desenvolvimento da competência de administrar e gerenciar considera-se indispensável o conjunto de conhecimento identificado para planejar, tomar decisões, interagir e gerir pessoas. Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais DNC, com ênfase nas funções administrativas, evidenciam a organização, planejamento, coordenação, direção e controle dos serviços, além dos conhecimentos que permitem ao gerente acionar dados e informações do contexto macro e micro institucional. 
O gerenciamento de enfermagem está voltado também para (Marquis e Huston):
· Autoridade delegada que acompanha o seu cargo
· Desempenhar funções, responsabilidades e deveres específicos
· Controle, tomada de decisão, análise de decisão e resultados
· Gestão de pessoas, ambiente, dinheiro, tempo com base em metas institucionais
· Hierarquização do cuidado com base em desempenho dos subordinados
OBS: Hierarquização como uma gestão compartilhada, recebendo ajuda da equipe para a tomada de decisões. Hierarquização como uma gestão centralizada, somente o gestor que toma as decisões. 
Seis características que um líder administrador apresentam:
1. Raciocinar ao longo prazo
2. Enxergam além
3. Influenciar os outros, além do próprio grupo
4. Enfatizam a visão, os valores e a motivação
5. São politicamente astutos
6. Pensam em termos de mudança e renovação 
Além das teorias é possível observar que a temática está em evidência na última década, na qual traz informações muito relevantes para a prática gerencial de enfermagem. 
Martins e Cruz descrevem que o ambiente hospitalar coloca o enfermeiro gerente diante de papéis interligados atuando junto a outros departamentos e com sua própria unidade de trabalho garantindo o funcionamento do serviço. Para isso, torna-se necessário a aquisição de competências específicas que orientem o seu processo de trabalho. 
Algumas estratégias são necessárias para o aperfeiçoamento desses profissionais que estão a frente da gerência de enfermagem como a gestão de serviços de enfermagem e qualificações, que possam alterar a forma de pensar de forma crítica, cuidar e gerenciar. Resultando em gerenciamento e processos de trabalhos inovadores e democráticos. 
Quais habilidades necessárias para o enfrentamento das adversidades relativas ao desempenho dessa complexa função do profissional enfermeiro e as competências tão necessárias para tal atividade?
OBS: o enfermeiro deve se mostrar como líder. 
GESTÃO POR COMPETÊNCIAS
A divisão do trabalho de enfermagem expressa, desde sua origem, a marca do trabalho coletivo. A enfermagem não é um trabalho que possa ser desenvolvido por uma pessoa. 
O cuidado de enfermagem caracteriza-se pelo cuidado contínuo e constante de pacientes e familiares, e também pela organização de como foi se constituindo. Isso levou os enfermeiros a desenvolverem competências de cunho gerencial, como coordenação, supervisão, liderança e trabalho em equipe. 
Tem sido utilizado como referência a competência a sigla CHA, definido como conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes:
· Conhecimento: conjunto de informações articuladas e que podem ser utilizadas quando necessário.
· Habilidades: é entendida como capacidade de transformar o conhecimento em ação, produzindo resultados que atendam ou superem a tal expectativa.
· Atitudes: determinadas por crenças, valores, princípios que estão relacionados com querer ser e agir.
Na enfermagem é possível inferir que historicamente e de maneira mundial a enfermagem sempre desempenhou um processo de trabalho, na qual centralizava a decisão em uma única pessoa ou para poucas pessoas. Conhecido como modelo tradicional e rígido. 
Modelos atuais de gestão buscam conceitos de inovações, flexibilidade, trabalho em equipe e decisões descentralizadas. Estes novos modelos refletem a busca de caminhos para melhorar o desempenho organizacional, por meio de uma participação mais efetiva de todos os envolvidos nos processos administrativos e operacionais da empresa. 
Fleury e Fleury definem competência como: “um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimento, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo.”
Este conceito é complementado como a capacidade de entrega da pessoa. Assim, a competência entregue é caracterizada, como agregação de valor ao patrimônio de conhecimento da organização.
As competências podem ser classificadas como individuais ou profissionais (aquelas relacionadas ao individuo) e organizacionais (aquelas inerentes à organização como um todo). As competências profissionais, aliadas a outros recursos, dão origem e sustentação às competências organizacionais. 
Algumas ferramentas são necessárias para o desenvolvimento das competências gerenciais:
· Liderança
· Comunicação
· Tomada de decisão
Agregadas à sua essência e interação com os outros profissionais, auxiliam a orientar novas condutas e modificar processos de trabalho. 
Contudo é preciso maior estudo na área de gestão por competência especificamente na enfermagem. Os conceitos de competência confundem-se com as ferramentas utilizadas no processo do cuidado. Liderança, comunicação, tomada de decisão, emerge para alguns autores como principais ferramentas, enquanto outros como competência. Isto se justifica pela pouca quantidade de estudos relacionados ao assunto e pela preferência da esfera assistencial à gerencial pelos profissionais. 
Entendemos que o enfermeiro administrador/gerencial precisa ter competência para a condução adequada de uma determinada instituição? O seu trabalho vai além de uma competência em liderar equipe. O olhar desse profissional precisa ser visionário a tal ponto de verificar que aquele insumo que está em excesso poderá acarretar prejuízo para empresa (competência gerencial e controle de almoxarifado e estoque). 
Pensar que para cada equipe é preciso lidar com o perfil e personalidade e a sua capacidade e competência decomunicação vai além de delegar, é preciso entender conflitos interpessoais. A integração entre os profissionais da ponta (assistenciais) que possuem competências para determinado setor é necessário para o andamento da instituição como um todo. Nesse sentindo, precisamos ter um olhar criterioso para cada etapa de trabalho.

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