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Efeito Doppler é a alteração na frequência de uma onda relacionada ao movimento da fonte ou do observador, e não ao aumento de intensidade pela maior ou menos proximidade à fonte (de acordo com a eq. já vista). O efeito, proposto por Johan Christian Doppler em 1842 e testado em 1845 por Buys Ballot, ocorre tanto com ondas sonoras quanto eletromagnéticas. Se a fonte e o observador se aproximam, o som torna-se mais agudo, ao passo que se eles se afastam, torna-se mais grave. Como aplicação, temos a detecção, por radar, da velocidade de automóveis. Pela diferença entre a frequência emitida e a refletida pelo carro, pode-se estimar a velocidade radial deste. Além disso, em medicina se usa ultra-som doppler que permite observar o fluxo sanguíneo a partir das ondas de som refletidas. Vamos tomar como referencial o meio (ar) no qual as ondas sonoras se locomovem: a velocidade da fonte e do detector são relativas ao ar, que em princípio está estacionário e podemos colocá-lo no sistema de referência da terra. Efeito Doppler : Efeito Doppler : detector e fontes parados No intervalo de tempo t, as frentes de onda percorrem uma distância v.t para a direita. O número de comprimentos de onda nessa distância v.t é o número de comprimentos de onda interceptados por D no intervalo t ; esse número é v.t / λ. A taxa com a qual D intercepta comprimentos de onda, que é a frequência f detectada por D, é Número de λ quando v D = 0 . Nessa situação, com D parado, não existe efeito Doppler: a frequência detectada por D é a frequência emitida por F. Efeito Doppler : detector móvel, fonte parada O número de ondas interceptadas será maior no caso em que o detector se move na direção da fonte. Se D está se movendo no sentido oposto ao da frente de onda, as frentes de onda percorrem uma distância v.t para a direita e D percorre uma distância v D .t para a esquerda em um intervalo de tempo t. Assim, nesse intervalo de tempo t, a distância percorrida pelas frentes de onda em relação a D é v.t + v D .t. O número de comprimentos de onda nessa distância relativa é (v.t + v D .t) / λ. Pelo desenho podemos observar que o comprimento de onda não se modifica neste caso, ou seja, como o referencial é o ar, não é o comprimento de onda, mas a frequência que se altera. Efeito Doppler : fonte móvel, detector parado Suponha que o detector D está parado em relação à massa de ar e a fonte F está se movendo em relação a D com velocidade v S . Se T ( = 1 / f ) é o intervalo de tempo entre a emissão de duas frentes de onda sucessivas, W 1 e W 2 , a frente de onda W 1 percorre uma distância v.T e a fonte percorre uma distância v S .T durante o intervalo T. A frente de onda W 2 é emitida no final do intervalo T. No sentido do movimento de F, a distância entre W 1 e W 2 , que é o comprimento de onda λ das ondas que se propagam nessa direção, é (v.T –v S .T). Se D detecta essas ondas, detecta uma frequência f dada por Efeito Doppler : Quando o movimento do detector ou da fonte é no sentido de aproximá-los, o sinal da velocidade deve resultar em um aumento da frequência. Quando o movimento do detector ou da fonte é no sentido de afastá-los, o sinal da velocidade deve resultar em uma diminuição da frequência. Velocidades Supersônicas, Ondas de Choque : O fato das equações do Efeito Doppler serem diferentes nos mostra que o efeito Doppler não depende somente das velocidades relativas, e isto é consequência do fato do ar ser um sistema de referência privilegiado para a propagação das ondas sonoras. Se F se aproxima de D à velocidade do som, v = v f Ou seja, a fonte se move tão rápido que alcança suas próprias frentes de onda. Neste ponto, como temos muitas frentes superpostas, há muita turbulência, sentida por aviões ao quebrar a barreira do som. Velocidades Supersônicas, Ondas de Choque : No caso de velocidade supersônicas, as equações do efeito Doppler fornecem f < 0, mas isso tem uma interpretação possível. Imagine que a fonte emita sílabas pausadamente enquanto se desloca. Estas sílabas serão ouvidas, pelo detector, na ordem inversa em que foram emitidas. Velocidades Supersônicas, Ondas de Choque : Exemplo 6 : Um submarino (Sub. A) viaja na água a uma velocidade de 8 m/s, emitindo uma onda de sonar em uma frequência de 1400 Hz. A velocidade do som na água é de 1533 m/s. Um segundo submarino (Sub. B) está posicionado de tal forma que ambos os submarinos estão viajando em direção um ao outro. O segundo submarino está se movendo a 9,0 m/s. (a) Qual a frequência detectada por um observador no Sub. B a medida que os dois submarinos se aproximam? (b) Os submarinos se cruzam sem colidir. Qual é a frequência detectada por um observador no Sub. B e medida que os submarinos se afastam? (c) Enquanto os submarinos se aproximam, parte do som emitido pelo Sub. A é refletido pelo Sub. B e retorna ao Sub. A. Se esta onda sonora for detectada por um observador no Sub A, qual é a sua frequência? Exemplo 7 : Um pedestre parado na calçada escuta uma frequência de 560 Hz gerada por uma ambulância que se aproxima. Após a ambulância passar pelo pedestre, este observa uma frequência de 480 Hz. Determine a velocidade da ambulância. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10
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