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Apostila Gerais e Regionais

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➢ Atualizada após o Edital PM-Pi 2021. 
➢ Com todos os 9 temas de Conhecimentos Gerais. 
➢ Com todas as temáticas de Conhecimentos Regionais. 
➢ Mais 45 questões de Conhecimentos Gerais e Regionais gabaritadas. 
➢ Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Lei de Direitos Autorais. Evite cópias, coopere com o produtor da Apostila. 
Tema 1: Relações políticas e econômicas no espaço mundial 
O início da guerra comercial entre os Estados Unidos e 
a China foi em 18 de dezembro de 2017, a partir da 
política do então presidente norte-americano Donald 
Trump, política essa conhecida como “America First”. 
Objetivo: fortalecer a indústria americana em 
detrimento de produtos importados, combatendo 
principalmente a entrada de produtos made in china. 
E como era? em 2017, as exportações dos eua para china 
contabilizavam apenas US$ 130,37 bilhões de dólares, 
enquanto as importações de produtos chineses 
somavam US$ 505,6 bilhões, causando um déficit de 
US$ 375,23 bilhões para os Estados Unidos. 
Os Estados Unidos então iniciaram uma guerra de 
taxações sobre vários produtos do mundo, 
principalmente sobre produtos chineses, assim sendo as 
principais imposições tarifárias: em 22 de janeiro de 
2018, a Casa Branca implementou as primeiras medidas 
protecionistas via tarifas sobre importações, impondo 
tarifas de 50% sobre peças para montar máquinas de 
lavar e de 30% sobre peças para montar painéis 
solares, um duro golpe na China que exporta boa parte 
dessas peças para os Estados Unidos. 
Em 01 de março de 2018, os Estados Unidos 
anunciaram tarifas de 25% sobre a importação do aço e 
de 10% sobre a importação do alumínio. 
Já no final de 2018 o presidente norte-americano Trump 
anunciou 25% de tarifas sobre US$ 250 bilhões 
importados em produtos chineses, que em agosto de 
2019, passaria para 30%, e 10% sobre US$ 156 bilhões 
em produtos importados da China, sendo que em agosto 
de 2019, a taxa realmente aumentou para 15%. 
E os resultados comerciais? Ocorreu, e ainda ocorre 
uma diminuição nas importações e exportações de 
ambos os países, o que compromete as suas produções 
industriais, e as suas importações de matérias-primas do 
mundo, prejudicando consequentemente as economias 
que dependem das exportações/importações à China e 
aos Estados Unidos. 
O principal resultado da política Trumpista America 
First foi que em novembro de 2019, o excedente chinês 
em relação aos Estados Unidos teve uma queda 
significativa de - 6,9%, passando de US$ 26,42 bilhões 
para US$ 24,61 bilhões. 
Já em 12 de janeiro de 2020, o Secretário do Tesouro 
norte-americano, Steven Mnuchin, afirmou que a fase 1 
do acordo entre os Estados Unidos e a China, para 
iniciar a diminuição das tensões entre ambos os países 
é de que a China se comprometeria em comprar cerca 
de US$ 200 bilhões em produtos norte-americanos, e de 
US$ 40 a 50 bilhões em produtos agrícolas, em 2012 
essas vendas foram de US$ 26 bilhões. 
Como parte do acordo, os Estados Unidos reduziriam 
pela metade a alíquota de 15% sobre aproximadamente 
US$ 156 bilhões em produtos chineses, assim, restariam 
cerca de US$ 250 bilhões tributados a 25% e US$ 156 
bilhões que estarão sujeitos a um imposto de 7,5% 
quando o acordo entra em vigor. 
Análise mais ampla: as tensões (2018-2020) entre a 
China e os Estados Unidos deram um ar de uma “nova 
Guerra Fria”, sendo os principais pontos de tensão em 
julho de 2020, quando hackers chineses teriam tentado 
roubar informações sobre projetos da vacina contra o 
SARS-COV-2, os Estados Unidos acusaram membros 
que trabalhavam no Ministério da Segurança de Estado 
da China. Trump já acusou a china pela pandemia do 
coronavírus, afirmando que o SARS-COV-2 é um 
“vírus chinês”. Ainda em julho de 2020, os Estados 
Unidos fecharam o consulado chinês em Houston, com 
o argumento de “defender a propriedade intelectual e 
as informações privadas dos norte-americanos”. Em 
retaliação, a China fechou o consulado norte-americano 
em Chengdu. Continuando as ações em julho de 2020, 
a China põe fim ao status especial de Hong Kong, pois 
tem interesse de aumentar sua interferência política 
sobre a região. Em agosto de 2020, Trump quis banir 
aplicativos chineses, Tik Tok e o Wechat, com o 
argumento de segurança nacional, China acusa 
repressão e de manipulação atitude norte-americana. Já 
ao longo de 2020, pressão norte-americana sobre a 
Huawei, em maio de 2020, os Estados Unidos 
impuseram sanções, afetando o acesso a chips 
semicondutores, a suspeita é que a Huawei espionassem 
os Estado Unidos para a China. E assim, Inglaterra e o 
Brasil à época quiseram dificultar licitações para o 
acesso da Huawei ao mercado 5G em seus países. 
Mas por que os Estados Unidos temem assim tanto o 
crescimento chinês? Oliver Turner, especialista em 
relações dos grandes países do ocidente com a China, 
avalia que há uma preocupação dos Estados Unidos de 
que o país asiático passe a representar um papel que por 
cinquenta anos foi protagonizado por eles - “Os Estados 
Unidos estão preocupados com a concorrência da 
China em muitas áreas, mas principalmente em termos 
de tecnologia. Isso inclui tecnologia militar, mas 
também inteligência artificial, 5G e assim por diante. 
Políticos americanos estão preocupados que a China se 
torne líder global nessas áreas e que comece a fornecer 
tecnologias ao mundo da mesma forma que os estados 
unidos têm feito há muitas décadas. E última análise, 
eles estão preocupados que a China possa começar a 
escrever as regras de como o mundo funciona, como os 
Estados Unidos fizeram por pelo menos 50 anos”. 
Uma outra forma de observarmos as relações político-
econômica no mundo atual, é observamos o embargo 
econômico norte-americano a Cuba, existente de forma 
ampla desde 1962. As primeiras medidas começaram 
antes mesmo, em 1960, um ano após Fidel Castro tomar 
o poder. Embargo econômico esse vigente até os dias 
atuais, mas sobre produtos afins, e não sobre produtos 
de primeira necessidade. 
Tema 2: Disputas interimperialistas e transformações 
do espaço capitalista 
De 1830, século XIX, até a década de 1970, século XX, 
o imperialismo foi exercido de forma exploratória e 
direta, ou seja, os europeus diretamente ocuparam e 
saquearam as riquezas africanas, e atualmente, o 
imperialismo vem sendo realizado através de uma 
política comercial entre países, através de acordos 
bilaterais, inserido dentro do contexto da globalização, 
como os blocos econômicos, ou ainda quando países 
ricos incitam revoltas em países fragilizados, para obter 
assim suas riquezas. 
Dentro da política imperialista é importante 
compreendermos o conceito de Espaço Geográfico, que 
é o espaço construído pelo homem ou pela ação 
antrópica, assim, o homem dentro do sistema 
capitalista, movimento a tais interesses, altera 
intensamente espaços geográficos, destruindo o meio 
ambiente. 
Com a evolução das tecnologias, melhoraram as 
técnicas e os instrumentos de trabalho, aumentando a 
produção, e assim, os donos dos modos de produção 
obtiveram cada vez mais lucros, e a necessidade de 
alterar o espaço geográfico. 
Já a política de descolonização afro-asiática, ou seja, os 
afro-asiático se libertando dos europeus, teve início 
logo após o término da II Guerra Mundial, em 1945, 
pois as nações europeias estavam enfraquecidas 
militarmente e economicamente, uma oportunidade de 
ouro para os afro-asiáticos se libertarem. Sendo os 
principais lugares a Índia, sob liderança de Gandhi, a 
partir da não violência e da desobediência civil. Argélia 
que se livrou dos franceses somente em 8 de março de 
1962, com a assinatura do Acordo de Evian, terminou a 
guerra na Argélia. Posteriormente, o tratado de paz seria 
submetido a referendo ao povo argelino em abril. Em 
seguida, em 5 de julho de 1962 foi proclamada a 
República Democrática e Popular da Argélia. Após a 
convocação daAssembleia Constituinte, Ahmed Ben 
Bella - líder da FLN - foi conduzido à presidência. Após 
um plebiscito em 1954. As Colônias portuguesas 
(Angola, Guiné Portuguesa e Moçambique), obtiveram 
suas independências logo após o fim do Salazarismo em 
Portugal, em abril de 1974. E a África do Sul, que 
passou a ser comandada por Nelson Mandela, líder nas 
lutas contra o racismo e o apartheid, em 1994. 
E o mundo na contemporaneidade, como este se 
encontra, Multipolarizado, após a queda do muro de 
Berlim – 1989 – e do fim da União Soviética – 1991 – 
o mundo passou a conhecer apenas uma grande potência 
econômica e, principalmente, militar: os Estado Unidos. 
Analistas e cientistas políticos passaram a nomear a 
então ordem mundial vigente como unipolar. 
Entretanto, tal nomeação não era consenso, assim, até 
porque a ordem mundial deixava de ser medida pelo 
poderio bélico e espacial de uma nação e passava a ser 
medida pelo poderio político e econômico. Nesse 
contexto, nos últimos anos, o mundo assistiu às 
sucessivas crescentes econômicas da União Europeia e 
do Japão. De outro lado, também vêm sendo notáveis os 
índices de crescimento econômico que colocaram a 
China como a segunda maior nação do mundo em 
tamanho do PIB. Por esse motivo, muitos cientistas 
políticos passaram a denominar a nova ordem mundial 
como mundo multipolar. 
Tema 3: Formações dos Blocos de Poder 
A globalização se consolidou com a abertura comercial 
e a livre circulação de capitais e serviços em escala 
mundial. As disputas acirradas no âmbito do mercado 
global, entre empresas e países, favoreceram a formação 
de blocos econômicos regionais. 
Nesse sentido surgiram os Blocos Econômicos, onde os 
principais do mundo são União Europeia (UE), 
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), Cooperação 
Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), USMCA 
(Estados Unidos, México e Canadá), e a Associação das 
Nações do Sudeste Asiático (ASSEAN). 
Os blocos econômicos têm o objetivo de criar condições 
para dinamizar e intensificar a economia num mundo 
globalizado. 
Tendo como características gerais: 
1. Redução ou abolição de tarifas alfandegárias. 
2. Proporcionar a livre circulação de pessoas entre os 
países membros de um determinado bloco. 
3. Livre circulação de mercadorias, capitais e serviços 
entre os integrantes do bloco. 
4. Possuir uma tarifa externa comum (TEC) entre os 
membros. 
5. Adoção de uma mesma política de 
desenvolvimento e moeda pelos países do bloco. 
 
 
Os Tipos de Blocos Econômicos: 
Zona de preferência tarifária – é o processo mais 
simples de integração em que os países pertencentes ao 
bloco gozam de tarifas mais baixas do que as tarifas 
aplicadas a outros que não possuem acordo preferencial. 
É o caso da ALADI (Associação Latino-Americana de 
Integração). 
Zona de livre comércio – acordos comerciais de redução 
ou eliminação das tarifas alfandegárias (quando pelo 
menos 80% dos bens são comercializados sem taxas 
alfandegárias) entre os países membros do bloco. Tendo 
como exemplo o bloco econômico conhecido como 
USMCA ou NAFTA 2.0. 
União Aduaneira – além de reduzir ou eliminar (quando 
pelo menos 85% dos bens são comercializados sem 
taxas alfandegárias) as tarifas comerciais entre os países 
integrantes do bloco, regulamenta o comércio com as 
nações que não pertencem ao bloco através da TEC 
(Tarifa Externa Comum). Exemplo: Mercado Comum 
do Sul (MERCOSUL). 
Mercado comum – proporciona ainda a livre circulação 
de capitais, serviços e pessoas no interior do bloco. 
Tendo como maior exemplo a União Europeia (UE) até 
1999. 
União econômica e monetária – evolução do mercado 
comum. Os países adotam a mesma política de 
desenvolvimento e uma moeda única. É o atual estágio 
da União Europeia. 
Sendo a União Europeia o mais completo de todos os 
blocos econômicos do mundo, na zona do euro, dos 27 
países membros, 13 não utilizam o Euro, sendo eles, 
Bulgária, Lituânia, Chipre, Malta, Dinamarca, Polônia, 
Eslováquia, República Checa, Estônia, Romênia, 
Hungria e Suécia. 
Por que esses países não usam o Euro: 
1. Receio de perder a autonomia, por conta de metas 
a atingir, como inflação de 3% e a dívida pública 
não pode ultrapassar 60% do PIB. 
2. Pois temem que a moeda não tenha estabilidade, e 
possa se desvalorizar. 
E o maior problema da União Europeia foi o episódio 
do BREXIT, que foi confirmado através de um 
plebiscito em 23 de junho de 2016. As motivações: que 
a União Europeia retirava a soberania do Reino Unido 
em assuntos econômicos e de imigração. Resultado: 
48,1% votaram não à saída da UE, mas 51,9% votaram 
sim. 
Calendário do BREXIT: O artigo 50 estipulava que a 
negociação poderia durar 2 anos, e o processo deveria 
estar concluído em março 2019. E assim, por conta do 
BREXIT dois primeiros-ministros caíram: David 
Cameron e Theresa May. 
Após 3 anos e meio – 23 de junho de 2016 até 23 de 
janeiro de 2020, oficialmente em 31 de janeiro de 2020, 
o Reino Unido deixou a União Europeia, tendo que 
junto com a União Europeia se planejarem até 
31/dezembro/2021 para uma nova fase. 
O que mudou a partir de 01/janeiro/2021 – FASE 1: 
1. O acesso de pescadores europeus a águas do Reino 
Unidos. Onde os pescadores europeus ao longo de 
5 anos perderão 25% da cota de pesca em águas 
britânicas, depois dos 5 anos, as possibilidades de 
captura serão negociadas ano a ano (um comércio 
que envolve 700 milhões de euros por ano). 
2. O fim da livre circulação de pessoas, europeus e 
ingleses precisarão agora de visto para entrar e 
tempo determinado de estadia. 
3. Será necessário para os europeus um visto de 
trabalho, ou seja, garantia de um emprego no Reino 
Unido de no mínimo 25.600 libras/ano. 
4. Não haverá tarifas adicionais entre exportações e 
importações, mas serão impostos controles de 
segurança na alfândega que podem atrasar a troca 
fluida de mercadorias. 
5. Outro aspecto que europeus e britânicos devem 
ficar atentos é em relação à possível mudança nas 
tarifas de roaming para celular. 
NAFTA 2.0 ou USMCA corresponde a um tratado de 
livre comércio entre Estados Unidos, Canadá e México 
que moderniza o antigo acordo, chamado NAFTA, que 
vigorava desde 1994. A renovação do acordo foi 
oficializada pelo então presidente dos Estados Unidos, 
Donald Trump, o presidente do México, Enrique Peña 
Nieto, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin 
Trudeau, durante a Cúpula do G20, em Buenos Aires, 
na Argentina, em dezembro de 2018. 
A renovação do acordo comercial entre as três nações 
foi um pedido de Donald Trump, que alegava enxergar 
prejuízos para os setores econômicos dos Estados 
Unidos. Esses prejuízos teriam sido gerados por déficits 
no comércio entre os Estados Unidos e os seus parceiros 
de bloco, e isso provocou a perda de milhões de 
empregos no território estadunidense. 
Trump, ao propor a renovação, pretendia proteger o 
mercado estadunidense e liberalizar os demais. Assim, 
o principal objetivo da substituição do acordo pauta-se 
no protecionismo dos Estados Unidos, propondo um 
mercado “mais livre”, um comércio mais seguro que 
favoreça o crescimento econômico. 
 
 
As principais mudanças no NAFTA 2.0: 
Mudanças no setor automobilístico, onde 75% do 
automóvel tem que ser produzido por mão de obra que 
ganhe US$ 16 por hora. No setor de laticínios, o Canadá 
aceitou diminuir as barreiras aos produtos de laticínios 
norte-americano. A propriedade intelectual, que já 
existia, mas agora foi estendido ao campo farmacêutico 
(8 para 10 anos a proteção de medicamentos, depois dos 
10 anos pode-se produzir genéricos) agrícola, músicos 
e compositores (50 para 70 anos direitos autorais) e 
comércio eletrônico – jogos (não sendo 
responsabilidade das empresas sobre o que os 
consumidores compartilham). A validade do acordo é 
agora de 16 anos. 
Mercado Comum do Sul – MERCOSUL: Composto 
pela Argentina, Brasil, Paraguaie Uruguai (Venezuela 
suspensa em dezembro de 2016, e a Bolívia em 
averiguação), estes são os Estados Partes/Ativos. 
Há os Países Associados, que são países que assinaram 
tratados de livre comércio com o Mercosul a fim de 
estimular suas economias e trocas comerciais, mas não 
possuem as mesmas vantagens que os membros, como 
a Tarifa Externa Comum (TEC). Nesse grupo, 
enquadram-se Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, 
Guiana, Peru e Suriname. 
E ainda existem os Países Observadores, que são países 
autorizados a apenas acompanhar as reuniões. Esses 
países participam de eventos para ver o andamento das 
negociações, mas não possuem direito a veto ou de 
opinar em alguma cláusula. México e Nova Zelândia 
são esses países. 
E ainda está em análise o início de relações comerciais 
com tarifas privilegiadas, entre o MERCOSUL e a 
União Europeia, em 28 de junho de 2019, Bruxelas, o 
MERCOSUL e a União Europeia assinaram um acordo 
para o livre comércio entre os dois blocos. Que 
representam cerca de 25% da economia mundial e um 
mercado de 780 milhões de pessoas. 
Quando se considera o número de países envolvidos e a 
extensão territorial, o acordo só perde para o Tratado 
Continental Africano de Livre Comércio, que envolve 
44 países da África e foi assinado em março de 2019. 
O acordo de livre comércio eliminará as tarifas de 
importação para mais de 90% dos produtos 
comercializados entre os dois blocos. Para os produtos 
que não terão as tarifas eliminadas, serão aplicadas 
cotas preferenciais de importação com tarifas reduzidas. 
O processo de eliminação de tarifas deve levar até 15 
anos contados a partir da entrada em vigor da parceria 
intercontinental. 
Do ponto de vista das exportações a tendência é 
beneficiar o setor agroexportador. O Brasil é o segundo 
maior exportador de produtos agropecuários para a 
Europa e vai passar os Estados Unidos até 2021. 
Do ponto de vista das importações, o comércio e 
serviços, se tem acesso a produtos de qualidade sem 
barreiras tarifárias elevadas, vai importar mercadorias 
ou serviços a um preço menor e a população vai ter 
preços mais competitivos. 
1ª Tensão: O Parlamento Europeu aprovou em 7 de 
outubro de 2020, uma resolução que pede mudanças na 
agenda ambiental de países do MERCOSUL para que 
seja ratificado o acordo entre a União Europeia e o 
MERCOSUL. A resolução foi confirmada por 345 
votos a favor, 295 contra e 56 abstenções. A resolução 
ressalta que, como todos os acordos firmados pela 
União Europeia, deve garantir que os produtos de 
parceiros passem pelo mesmo controle de qualidade, 
equivalência de leis trabalhistas e padrões de 
sustentabilidade da cadeia de produção europeia. 
Última Tensão: Em 03 de fevereiro de 2021, fontes 
afirmam que o governo da França "não apoia o projeto 
de acordo UE-Mercosul no estado atual”, trata-se da 
"luta contra o desmatamento", da "implementação do 
Acordo de Paris" sobre as mudanças climáticas e do 
"respeito às normas europeias sobre produtos 
agroalimentares”. 
Tema 4: Caracterização dos sistemas político-
econômicos contemporâneos e suas áreas de 
influência e disputa 
Na atualidade os sistemas político-econômicos que 
prevalecem no mundo o Neoliberalismo, Política do 
Bem-Estar Social, Socialismo de Mercado e o 
Stalinismo norte-coreano e cubano. 
A queda da União Soviética e de sua economia 
planificada, juntando-se a crise do modelo da Política 
do Bem-Estar Social - Welfare State - gerada pela crise 
do petróleo, década de 1970, fizeram revalorizar 
princípio liberais, surgindo o Neoliberalismo. 
Sendo os ideais liberais “melhorados” por Milton 
Friedman, e colocados em prática inicialmente na 
Inglaterra, Margaret Thatcher, Estados Unidos, Ronald 
Reagan, e na Alemanha, com Helmut Kohl. 
Aspectos: Plena liberdade do mercado. A não 
intervenção do Estado na economia, ou seja, o Estado 
Mínimo. Diminuição do tamanho do Estado, tornando-
o mais eficiente, assim, com privatizações de empresas 
estatais. Livre circulação de capitais internacionais, 
ênfase na globalização, e a adoção de medidas contra 
o protecionismo econômico. 
A Política do Bem-Estar Social teve origem na 
Alemanha, intensifica-se nos Estados Unidos pós-1929 
e se desenvolve após a II Guerra Mundial (1939 – 
1945), centrado na “igualdade de oportunidades”. O 
Estado é o responsável por organizar a vida econômica 
do país para que assim promova-se bens e serviços a 
população. 
Maiores exemplos atuais: Dinamarca, Suécia e a 
Noruega. 
Principais aspectos: A interferência do Estado na 
economia, estimulando a produção para a geração de 
emprego e renda, a Estatização de empresas, 
principalmente de setores estratégicos, a criação de 
mecanismos para promover serviços públicos gratuitos 
e de qualidade, como água e esgoto (50,3%), moradia, 
benefícios trabalhistas, educação, saúde, transporte e 
lazer para toda população. 
China e a sua economia social de mercado: Após a 
morte de Mao Tsé-Tung, em 1976, seu sucessor, Deng 
Xiaoping, deu início a uma política reformista, 
“Política de Portas Abertas”, promovendo a 
modernização do país, ou seja, abrindo a economia 
chinesa para o mundo capitalista. Buscava “Quatro 
Grandes Modernizações”, das Forças Armadas, da 
agricultura, da ciência e da indústria. E visava a criação 
das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs). As ZEEs 
foram criadas por Deng Xiaoping entre 1982 e 1987, 
sendo assim o principal marco da transição da China 
Socialista para a China Capitalista – “Socialismo de 
Mercado”. 
As Zonas Econômicas Especiais, nesse sentido, 
consistem em áreas especificamente destinadas para o 
direcionamento da atividade industrial a partir do 
oferecimento de vantagens para atrair investimentos 
estrangeiros. 
Os principais objetivos das ZEEs eram alavancar a 
produção industrial da China, que se encontrava em 
crise desde a década de 1960, e fortalecer o volume total 
de exportações. Do outro lado, as transnacionais 
também se viram bastante favorecidas pelo processo 
de abertura da economia chinesa pela criação das ZEEs. 
Os principais pontos positivos para as empresas 
internacionais eram: 
1. uso de mão de obra muito barata e abundante; 
2. melhor acesso às matérias-primas do país; 
3. infraestrutura adequada para rápida exportação; 
4. acesso ao amplo mercado consumidor do país sem 
a passagem dos produtos por barreiras e tarifas 
alfandegárias. 
A economia dos Estados Unidos cresceu 1,6% no 
primeiro trimestre de 2021, tendo uma previsão de 
crescimento de 6,4% a.a.. Isso graças: Auxílio 
emergencial, que é de US$ 2.000, pago para quem 
ganha até US$ 6.250 por mês, e devido o acelerado 
ritmo de vacinação, que fez reabrir o comércio 
Nos anos 1980 e 1990, Estados Unidos e União 
Soviética, através da Détente, comprometeram-se a 
reduzir os seus arsenais nucleares, inicialmente nações 
alinhas as potências seguiram tal posição. Mas em 2002, 
a Coreia do Norte anunciou a sua retirada do “Tratado 
de Não Proliferação de Armas Nucleares”. 
Passando a ONU querer conter o programa nuclear 
norte-coreano, sem sucesso. Assim, impondo sansões 
econômicas e comerciais à Coreia do Norte. A Coreia 
do Norte possui hoje armas de destruição em massa e 
mísseis de longo alcance, aumentando a tensão na Ásia. 
Os Estados Unidos exigiram o fim do programa nuclear 
norte-coreano, ameaçando até invasões. 
A China é contrária ao programa nuclear norte-coreano, 
mas é contra a um possível ataque norte-americano ao 
país. Em 2011, chegou ao poder da Coreia do Norte 
Kim Jong-un, que realiza constantes testes balísticos. 
Intenções: Ameaçar as potências rivais, e uma estratégia 
de sobrevivência política da Coreia do Norte na Nova 
Ordem Mundial. 
Tema 5: Globalização e a fragmentação do espaço 
A Globalização é um processo histórico de crescente 
interligação política, econômica, social e cultural entre 
os diferentes povos e países.Para alguns historiadores o 
processo de Globalização teve origem a partir dos 
séculos XV e XVI, durante a expansão marítimo-
comercial europeia. Ganhou impulso no século XVIII 
com a I Revolução Industrial e intensificou-se no século 
XIX com a II Revolução Industrial. 
Surgimento das Transnacionais: empresas nascidas em 
países desenvolvidos e que instalam filiais em países em 
desenvolvimento ou subdesenvolvidos. 
Características: 
1. Internacionalização da produção: separação entre a 
criação dos produtos e sua execução. 
2. Circulação de informações: Informações 
circulando em tempo real entre pessoas e empresas, 
assim ocorrendo a assimilação de uma outra 
cultura, graças a internet. 
3. Aumento crescente da circulação de capitais: 
Circulação de muito dinheiro em busca de lucro 
rápido. Esse dinheiro investido em aplicações é 
chamado de capital especulativo. Em menor grau 
certas quantias são para investimentos em 
indústrias e empresas. 
4. Aumento extraordinário do comércio mundial: 
Devido uma maior integração entre os mercados. 
As Transnacionais, com o advento da Globalização, 
facilitam grandes empresas se instalarem em países de 
todos os continentes. No entanto, essas empresas não 
têm objetivo social no momento em que se instalam em 
um determinado país. Pelo contrário, para sua 
instalação acontecer, o governo oferece uma série de 
benefícios e incentivos, tais como isenção parcial ou 
total de tributos, até mesmo dos lucros. 
As transnacionais estão ligadas à globalização da 
produção, na qual um único produto pode ter várias 
origens, isso porque os seus componentes têm origens 
distintas e são montados em uma determinada 
localidade do mundo. 
Benefícios para as Transnacionais: obter matérias-
primas e mão de obra barata, localizar-se em países com 
impostos e/ou tributações baixas ou isentos, obter novas 
fontes de energia e de infraestrutura, encurtar a distância 
entre a produção e o consumo, assim verticalizando os 
lucros. 
Vantagens da Globalização: disponibilidade de uma 
grande variedade de produtos a preços relativamente 
mais baixos, a velocidade com que as informações 
circulam e a eficiência dos meios para obtê-las, a livre 
circulação de mercadorias e capitais entre os países de 
um mesmo bloco econômico, entre outras. 
Desvantagens da Globalização: a concentração de 
riqueza, a maior parte do lucro das empresas 
transnacionais fica nos países desenvolvidos, o aumento 
do desemprego. 
A Globalização e a revolução tecnológica e científica 
causaram a automação da produção, ou seja, robôs e 
máquinas realizando o trabalho antes feito por 
humanos, descaracterização de costumes culturais, 
exploração de matéria-prima e mão de obra barata, e o 
Consumo x Consumismo. 
A nova rota da seda: Anunciada em 2013 pelo 
presidente da República Popular da China Xi Jinping, a 
nova rota da seda é considerada o projeto de 
infraestrutura mais ambicioso da atualidade. 
Consiste em uma série de obras terrestres conectando 
Oriente Médio, Europa, África e Ásia; e marítimas 
passando pelos oceanos Índico e Pacífico e chegando ao 
mar Mediterrâneo. 
O mega investimento – da ordem de US$ 5 trilhões – 
que tem como objetivo favorecer as exportações 
chinesas, pois 75% dos países do mundo possuem a 
China como principal parceiro comercial. 
 
Tema 6: Conflitos étnicos, políticos e religiosos atuais 
O desenvolvimento da humanidade apresentou em 
diversas épocas conflitos étnicos e religiosos que, em 
muitas situações, se transformaram em guerras de 
extermínio. Os conflitos étnicos e religiosos estão 
baseados na: 
1. Na intolerância. 
2. No não reconhecimento do direito de todos os 
povos à sua livre organização e expressão. 
Na atualidade os principais Organismos Internacionais 
que têm atuado diretamente na busca de soluções 
internacionais ou de ações que amenizem os efeitos de 
conflitos são: 
1. Alto Comissariado da ONU. 
2. Cruz Vermelha. 
3. Fundo das Nações Unidas para a Infância - 
UNICEF. 
Na África os principais conflitos ocorrem devido 
diferenças étnicas, disputas territoriais e por questões 
religiosas. Tendo como contexto histórico ainda o 
período neocolonial (1830 a 1975), onde com o intuito 
de explorar intensamente a África, os europeus 
juntaram em um mesmo território etnias diversas, e 
ainda incitando o ódio entre elas, ou desorganizando 
tribos de mesma etnia. Com a descolonização africana 
tiveram início tais conflitos. 
No de 2020, com o aumento da violência no Sahel 
(região imediatamente abaixo do deserto do Saara) fez 
a região que abrange 10 países africanos, mais ao norte 
do continente, entrar para a lista dos locais onde 
acontecem os 10 mais preocupantes conflitos em 2020. 
A violência política foi mais difundida na região ao 
longo de 2019, quando foram registradas mais de 2.100 
situações como explosões, protestos que terminaram em 
confusão, conflitos armados e violência contra civis. 
Número bem maior do que o de 2018, quase 1.300. 
Guerra no Sudão do Sul: O Sudão do Sul 
independente desde 2011, entrou no fim de 2013 em um 
conflito provocado pela rivalidade entre o presidente 
Salva Kiir (grupo étnico DINKA) e seu então vice-
presidente Riek Machar (grupo étnico NUER), líder da 
Frente Revolucionária Sudanesa (FRS). 
Kiir e Machar assinaram em 12 de setembro de 2018 um 
acordo de paz durante uma reunião regional em Adis 
Abeba, em uma nova tentativa de acabar com a guerra 
civil que deixou 6 milhões em situação grave de fome, 
4 milhões de deslocados, 2,3 milhões de refugiados, 
382.900 mortos, de uma população de 12 milhões. 
É considerada a pior crise de deslocamento forçado da 
África. De acordo com a Agência da ONU para 
Refugiados (ACNUR), a conjuntura tem impactos 
desproporcionais sobre as crianças, que representam em 
torno de 65% de todos os refugiados do Sudão do Sul. 
Em 23 de fevereiro de 2021, a Organização Não-
Governamental Conselho Norueguês para os 
Refugiados (NRC) alertou para a necessidade de uma 
“ação urgente” para fazer frente à “tripla ameaça.” 
México: a segurança do país vem se deteriorando e o 
crime ligado ao narcotráfico preocupa cada vez mais. 
Foram registrados mais de 31.000 homicídios nos 
últimos 12 meses e o governo acabou de divulgar dados 
indicando que mais de 60.000 pessoas desapareceram 
desde 2006. 
Índia: O atual primeiro-ministro, Narendra Modi, se vê 
envolvido em uma tensão internacional com o Paquistão 
sobre a região disputada da Caxemira, sendo a região 
fronteiriça a mais militarizada do mundo atualmente. 
Líbano: Uma onda de insatisfação tomou conta do país 
em 2019 e fez o povo ir às ruas contra impostos sobre 
gasolina, tabaco e até ligações pelo whatsApp. 
Aumentaram em outubro, contra o governo, por causa 
da economia estagnada e o desemprego. E as 
manifestações se intensificaram logo após o desastre no 
Porto de Beirute, 04 de agosto de 2020, onde 2700 
toneladas de nitrato de amônia causaram uma explosão, 
deixando 137 mortos e 5 mil feridos. 
Iêmen: O conflito tem suas raízes na Primavera Árabe, 
de 2011, quando uma revolta popular forçou o 
presidente, Ali Abdullah Saleh, a deixar o poder nas 
mãos do vice, Abdrabbuh Mansour Hadi, em julho de 
2014. 
Mas o presidente Hadi se identificava com a vertente 
Sunita e esse fato acabou por causar um conflito entre 
os Sunitas e os Xiitas. O movimento HUTI, que defende 
a minoria xiita Zaidi do Iêmen e lutou em várias 
rebeliões contra Saleh na década passada, se aproveitou 
da debilidade do novo presidente para tomar controle da 
Província de Saada, noroeste do Iêmen, e de zonas 
próximas. 
O governo de HADI sunita é apoiado pela Arábia 
Saudita, sunita, e por uma coalizão, Estados Unidos, 
Reino Unido e França versus um grupo rebelde HUTIS, 
xiitas, apoiados pelo IRÃ, xiita. 
A coalizão teme que o sucesso dos Hutis dê ao Irã, rival 
regional e país majoritariamente xiita,um ponto de 
apoio no Iêmen, vizinho da Arábia Saudita sunita. 
Protestos no Chile: A crise começou em 14 de outubro 
de 2019, quando por recomendação de um painel de 
especialistas em transporte público, o governo decidiu 
aumentar o preço das passagens de metrô em 30 pesos, 
atingindo um valor máximo de 830 pesos (R$ 4,73, na 
cotação à época). Como forma de protesto, os 
estudantes começaram a pular as catracas para entrar 
nas plataformas do metrô sem pagar a passagem. 
A situação piorou em 18 de outubro de 2019, quando a 
violência tomou as ruas da capital chilena, Santiago, 
com incêndios em várias estações de metrô e ônibus, 
saques a supermercados e ataques a centenas de 
estabelecimentos públicos. O presidente Piñera, então, 
declarou estado de emergência, o que significou o envio 
de militares para os pontos de protesto. 
Os recentes protestos foram liderados principalmente 
por estudantes. O Chile é um país desigual, 1% mais 
rico da população chilena manteve 26,5% da riqueza do 
país em 2017, enquanto 50% das famílias de baixa 
renda representavam apenas 2,1% da riqueza líquida. 
Há anos, a classe política chilena vem prometendo 
reformas educacionais, constitucionais, tributárias e de 
saúde foram anunciadas, mas muitas delas falharam em 
atender às expectativas da sociedade. 
Em 25 de outubro de 2020, 78% dos chilenos após 
plebiscito aprovaram uma reformulação na 
Constituição do país. 
Em 17 de maio de 2021, foi realizada uma eleição no 
Chile para composição de uma assembleia que redigirá 
a nova Constituição do Chile, a partir de junho de 2021, 
onde 30 dos 155 assentos na Convenção Constitucional, 
será de deputados independentes, um duro golpe na 
direita ligada ao presidente Sebastián Piñera, e na 
esquerda chilena. 
Protestos na Colômbia: Desde o dia 28 de abril, a 
Colômbia vive uma maciça onda de mobilizações, com 
motivos relacionados a péssimos indicadores sociais, 
intensificação das mortes por Covid-19, e em meio a 
tudo isso, o ministro da Fazenda Alberto Carrasquilla, 
tinha apresentado à época uma reforma tributária mais 
ambiciosa, em termos de arrecadação, dos últimos anos. 
Fez isso, principalmente, para pagar a elevada dívida do 
país e tentar frear uma possível perda do grau de 
investimento de agências internacionais de 
classificação. A reforma tributária, que o governo 
chamou de forma eufemística de “Lei de Solidariedade 
Sustentável”, foi impopular, inclusive antes que seu 
conteúdo fosse conhecido, estourando assim várias 
revoltas sociais até o momento. 
Revolução Iraniana: em 16 de janeiro de 1979, onde 
os iranianos liderados pelo Aiatolá Khomeini, 
destituíram do poder o Xá Reza Pahlevi, instalando um 
regime político teocrático até hoje existente. 
Em 14 de setembro de 2019, drones atacaram 
petroleiras na Arábia Saudita. Os rebeldes do Iêmen, 
HUTIS, reivindicaram o ataque, contra uma coalizão 
liderada pela Arábia Saudita, mas EUA e a Arábia 
Saudita, acusam o Irã de envolvimento. 
Os EUA afirmaram que o general iraniano Qasem 
Soleimani, planejava atacar quatro embaixadas do país. 
Em 02 de janeiro de 2020, drones dos Estados Unidos 
mataram o general iraniano Soleimani. O Irã prometeu 
voltar a enriquecer urânio. 
Em 07 de janeiro de 2020, o Irã atacou bases norte-
americanas no Iraque. E em 08 de janeiro de 2020, um 
Avião cai, matando 176 pessoas, 09 tripulantes e 167 
passageiros. 
Israel x Palestinos: O início do conflito entre 
israelenses-judeus e palestinos-islâmicos está 
relacionado a criação do Estado de Israel dentro do 
território palestino. O mais último confronto ocorreu a 
partir de maio de 2021, devido as ameaças de despejo 
de famílias palestinas de Sheikh Jarrah, um bairro fora 
dos muros da Cidade Velha de Jerusalém. O Hamas, 
grupo palestino da Faixa de Gaza começou então a 
lançar mísseis contra Israel, dando início a mais um 
novo conflito entre israelenses e palestinos islâmicos. 
Tema 7: Organismos Internacionais 
No Tratado de Versalhes de 1919, foi criada a Liga das 
Nações ou a Sociedade das Nações, que chegou a reunir 
63 países entre 1920 a 1945, possuindo quatro 
importantes órgãos: 
1. Secretariado, com sede em Genebra - Suíça. 
2. Conselho da Liga, que dirigia os assuntos da 
Assembleia, composto por sete países, sendo 4 
permanentes - Inglaterra, França, Itália e pelo 
Japão. 
3. Uma Assembleia. 
4. Tribunal Permanente de Justiça Internacional. 
Mas na atualidade uma das principais Organizações 
Internacionais do Mundo é a Organização das Nações 
Unidas (ONU). Criada logo após o término da Segunda 
Guerra Mundial, em substituição a “Sociedade das 
Nações ou Liga das Nações”, que tinha sido criada após 
a Primeira Guerra Mundial, em 28 de julho de 1919. 
A ONU foi criada em 24 de outubro de 1945, com os 
objetivos de assegurar a paz mundial e promover a 
dignidade humana. 
Criada a partir da Conferência de São Francisco, com 
51 países membros, tendo a sede na cidade norte-
americana de São Francisco, onde aprovaram uma Carta 
de Princípios, composta por 111 artigos. 
Atualmente a sede da ONU é em Nova Iorque, 
composta por 193 países- membros. 
Os Membros Observadores (com direito de voto na 
Assembleia): *Taiwan (considerada uma província da 
China), *Kosovo (116 de 193 países reconhecem a 
independência), *Estado da Palestina e o *Vaticano 
(Estado da Igreja Católica). 
A organização “é composta” por 5 órgãos principais: 
1. Secretariado Geral. 
2. Conselho de Segurança. 
3. Assembleia Geral, que toma as decisões e/ou 
determina ações. 
4. Conselho Econômico e Social (UNESCO (Alto 
Comissariado da ONU para os refugiados) – PAM 
– UNICEF – OMS – FMI – BM). 
5. Conselho de Tutela (funcionou até 19 de novembro 
de 1994, quando Palau tornou-se um Estado 
autônomo). 
6. Corte Internacional de Justiça. 
O Conselho de Segurança é composto por 15 países, 
onde 5 são permanentes e os outros 10 são rotatórios ou 
temporários, sendo os 5 permanentes, Estados Unidos, 
China, Reino Unido, França e a Rússia. Sendo os 
critérios, os vencedores da II Guerra Mundial e os 
primeiros a possuírem a bomba atômica. Tendo como 
função a manutenção da paz e segurança mundial. 
Atualmente as críticas vem da Alemanha e o Japão, que 
defendem uma reforma, para que o Conselho de 
Segurança expresse o MUNDO ATUAL, e não o pós 
Segunda Guerra Mundial. 
O orçamento é ditado a cada 2 anos pelo Secretário-
Geral da ONU, que apresenta na Assembleia Geral um 
orçamento aos países-membros. Onde cada país-
membro contribui de acordo com o seu PIB e a renda 
per capita. E é através do orçamento da ONU observa-
se a desigualdade econômica mundial. 
No mundo há várias instituições internacionais que 
funcionam independente dos Estados, como exemplo a 
FIFA. Como também há as instituições independentes 
dos Estados e sem fins lucrativos, ou seja, as 
Organizações não governamentais (ONGs). 
Função das ONGs: Complementar em diversas áreas o 
trabalho dos Estados e das organizações internacionais 
de caráter mundial ou regional. Capital: Doações, 
entidades privadas ou parcerias com os Estados. 
Exemplos: Greenpeace: Busca conscientizar a opinião 
pública para os problemas ambientais. Cruz Vermelha e 
o Crescente Vermelho: Prestam assistência a 
populações em áreas de desastre natural ou guerras. 
Médicos sem fronteiras: Leva cuidados médicos a 
populações marginais e empobrecidas. Anistia 
Internacional: Desenvolve várias ações voltadas para a 
proteção dos direitos humanos. 
Tema 8: Questão Ambiental: degradação e 
conservação no âmbito nacional e internacional 
Os principais BIOMAS do Brasil são: 
1. Amazônia. 
2. Caatinga. 
3. Cerrado. 
4. Mata Atlântica. 
5. Pampas. 
6. Pantanal. 
 
No cerrado, o segundo maior bioma do país e da 
América do Sul. Na atualidade, o mais ameaçado, isso 
devido a expansão da monocultura e da pecuária. 
 
Entre os principaisproblemas ambientais do século 
XXI, destacam-se a: 
1. Degradação do solo. 
2. As queimadas. 
3. Escassez de recursos hídricos. 
4. Ameaça a biodiversidade. 
Em 06 de abril de 2019 o Instituto de Pesquisa de 
Potsdam – Alemanha – afirmou que a concentração e 
CO² é a maior em 3 milhões de anos. Em 08 de maio de 
2019 o Ministério do Meio Ambiente (MMA) reduziu 
em 95% verbas para políticas sobre mudanças 
climáticas no Brasil. A medida vai de encontro a 
proposta do presidente Bolsonaro, a de retirar o Brasil 
do Acordo de Paris. Em 24 de janeiro de 2021: A 
previsão é que o Ministério do Meio Ambiente tenha 
para 2021 um orçamento de 1,72 bilhão, tendo assim 
uma redução 27,4% em relação a 2020. 
 
 
 
 
Orçamento do Ministério do Meio Ambiente para 2021 
 
COP 21 em 2015, 195 países se reuniram em Paris, para 
a CONFERÊNCIA DO CLIMA DA ONU ou COP-21. 
O Acordo de Paris buscou limitar o aquecimento global 
em até 2º C, mas com esforços para que não passe de 
1,5°C, uma vitória para os “Países Baixos”. 
Os desenvolvidos aceitariam financiar, pelo menos, 
US$ 100 bilhões por ano no combate ao aquecimento 
global. O Brasil se comprometeu a reduzir suas 
emissões em 37% até 2025 e em 43% até 2030, em 
relação ao índice de 2005. 
Em 01 de junho de 2017, Donald Trump anunciou a 
saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre 
mudanças climáticas. Sendo que logo em janeiro de 
2021, Biden, atual presidente, já retornou o país para o 
Acordo de Paris, inclusive organizou em abril de 2021, 
uma Cúpula de Líderes, onde Biden quer assumir o 
protagonismo político global em questões climáticas, 
agenda que ele reiterou ser uma prioridade de sua gestão 
durante toda a campanha eleitoral de 2020, da qual saiu 
vitorioso. 
Enquanto a Trump e o Acordo de Paris à época, foi 
assinando o acordo, onde os Estados Unidos 
“Trumpista” tinha se comprometido a reduzir em 28% 
sua produção de gases de efeito estufa, além de 
transferir cerca de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 9,6 
bilhões, à época) para países pobres como forma de 
ajudá-los a lutar contra as mudanças climáticas. 
Em 31 de julho de 2017, pesquisadores da universidade 
da Carolina do Norte – Estados Unidos, afirmaram que 
se as condições climáticas caso elas não sejam contidas, 
morrerão até 2030, 60 mil pessoas, e 260 mil até 2100. 
Em 02 de dezembro de 2018, ocorreu em Katowice, na 
Polônia, a CONFERÊNCIA DO CLIMA DA ONU ou 
a COP-24. Tendo como principais objetivos da COP-
24: Estabelecer o “livro de regras” do Acordo de Paris, 
assinado em 2015, que deveria definir como, 
especificamente, essa meta da COP-21 deverá ser 
alcançada. E outra decisão é que as nações 
industrializadas informem às Nações Unidas a ajuda 
financeira que planejam fornecer aos países em 
desenvolvimento. 
Já entre 09 e 14 de dezembro de 2019, foi realizada a 
COP-25, a Conferência das Partes da Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima 
(UNFCCC). Transferido para Madri ante a instabilidade 
política experimentada no Chile. Pontos críticos da 
COP-25: Houve um enfraquecimento da UNFCCC após 
a saída dos EUA da COP-24, e problemas relativos à 
estruturação de um mercado de crédito de Carbono e 
uma nova regulamentação do Fundo de Adaptação, que 
permitiria o envio de recursos a países mais vulneráveis. 
Maiores emissores de CO²: 
1. China, com 28% das emissões de CO². 
2. Estados Unidos, com 16% das emissões de CO². 
3. União Europeia (27 países), com 9% das emissões 
de CO². 
4. Índia, com 7,5% das emissões de CO². 
5. Rússia, com 6% das emissões de CO². 
6. Brasil, com 2% das emissões de CO². 
Tema 9: Relações comerciais entre o Brasil e o mundo 
No ano de 2020, a economia brasileira sofreu uma dura 
queda de - 4,1%, a pior queda já registrada em 24 anos. 
Tendo como principais fatores que motivaram tal queda 
drástica, a COVID-19, que afetou a economia do país, 
diminuindo a produção agrícola e industrial por 
exemplo, e a produção existente tendo prioridade para o 
mercado externo, ou seja, para a China. 
Consequentemente com baixa produtividade, baixa 
oferta de produtos, aumento nos preços internamente e 
a disparada da inflação, em torno de 10%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Brasil possui como principais parceiros comerciais na 
atualidade, em ordem: China, Estados Unidos, 
Argentina, União Europeia (Holanda) e a Espanha. 
Atualmente o BRASIL é o 27º maior exportador de 
produtos do MUNDO. 
 
 
O Brasil então possui a China como o seu principal 
parceiro econômico, sendo os principais produtos 
brasileiros exportados para a China em 2020: 
1. Soja 
2. Minério de Ferro 
3. Petróleo 
4. Carne Bovina 
5. Carne Suína 
A Ásia representa 50% das exportações brasileiras, e a 
Europa 18,7% das exportações do Brasil. Em relação 
ao comércio exterior brasileiro ganha destaque mais 
uma vez, a pujança do agronegócio brasileiro, que 
continua de vento em popa e consolidando, em várias 
culturas, sua posição de liderança no mercado 
internacional. 
No primeiro trimestre de 2021, a economia do Brasil 
cresceu 1,2%, graças a força do agronegócio que no 
mesmo período cresceu 5,7%. Portanto mesmo em 
período de pandemia do COVID-19, a produção 
agropecuária no Brasil continuou/continua crescendo, 
mostrando ainda um Brasil agroexportador, e precário 
ainda no desenvolvimento e crescimento industrial. 
Abaixo podemos observar uma tabela com os produtos 
mais exportados pelo Brasil em 2020, preste atenção 
que “todos” são comodities/matérias-primas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
75% das exportações 
Em 2006, o Brasil tinha entrado para o rol das 10 
maiores economias do mundo, mas em 2020, o Brasil 
passou a configurar como sendo a 12ª maior economia 
mundial, após então 14 anos, o Brasil não está entre as 
10 maiores economias do mundo. Já em relação aos 
números econômicos de 2021, o Brasil cai para a 14ª 
economia mundial. 
 
 
Abaixo uma tabela a respeito dos principais produtos 
exportados pelo Brasil para os Estados Unidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
História do Piauí 
Pré-História Piauiense: Em 1963, se ouviu as 
primeiras notícias de vestígios arqueológicos no Piauí. 
Onde Gaspar Dias Ferreira, prefeito à época de São 
Raimundo Nonato, mostrou ao Museu Paulista 
fotografias de pinturas rupestres, encantando Niède 
Guidon, arqueóloga do Museu. 
Niède Guidon em 1964, foi para França se especializar 
em arqueologia, em 1970, ela fez sua primeira visita a 
São Raimundo Nonato, e em 1973, começaram as suas 
pesquisas sobre as pinturas rupestres. 
As escavações tiveram início em 1978, na Toca do 
Boqueirão da Pedra Furada e se estenderam por 10 anos, 
encontrando vestígios arqueológicos que alcançam até 
60 mil anos. Em 1979, a Serra da Capivara foi 
transformada em Parque Nacional para proteger a área, 
e em 1991, o imenso acervo foi inscrito na UNESCO 
como Patrimônio Cultural da Humanidade. 
Período Colonial do Piauí: O sertão piauiense era 
povoado por várias tribos indígenas guerreiras, onde 
existiam pequenos conflitos entre elas, causadas por 
disputas de áreas melhores para caça e pesca. Após 
iniciada a colonização da Capitania do Piauí, a partir de 
1661, os índios passaram a migrar mais constantemente, 
pois algumas tribos aliaram-se a franceses, e outras, a 
portugueses, aumentando a rivalidade entre os nativos. 
Existiam no Piauí cerca de 150 tribos indígenas durante 
o período colonial, sendo estas dos Tremenbés, 
Aroaques, Carapotongas, Aroaguanguiras, Aranhezes, 
Aitatus, Corerás, Abetiras, Beirtás, Coarás, Nongazes, 
Acoroás, Rodeleiros, Beiçudos, Bocoreimas, Corsias, 
Lanceiros, Jaicós, Coroatizes, Aruazes, Alongazes, 
Anassus, Tabajaras, Acumês, Araiés, Cupinharões, 
Barbados, Pimenteiras, Gueguês, Putis, Aranhins, 
Crateús. 
Precursores da colonização do Piauí:Antes do Piauí 
ser colonizado, passaram por essas terras padres 
Jesuítas e Bandeirantes, sendo os principais precursores 
da colonização: 
1. Nicolau de Rezende – 1571: Após escapar de um 
naufrágio no Maranhão, regressou para o Ceará 
passando pelo atual litoral piauiense. 
2. Pedro Coelho de Sousa – 1603: Vindo do Ceará, 
entrou no Piauí pela Serra da Ibiapaba, para 
combater franceses que se encontravam no litoral 
do Piauí. 
3. Francisco Pinto e Luís Figueira – 1607: Jesuítas, 
vinheram do Ceará pela Serra da Ibiapaba em 
missão de catequese aos índios que viviam no 
litoral, foram combatidos, falecendo o padre 
Francisco Pinto, e regressando para o Ceará o padre 
Luís Figueira. 
4. Martim Soares Moreno – 1613: navegou por 
algumas léguas o Rio Grande dos Tapuias, atual rio 
Parnaíba. 
5. Padre Antônio Vieira – 1660: vindo do Maranhão 
rumo a Serra da Ibiapaba com o intuito de visitar 
Missão Jesuítica de São Francisco Xavier. 
A Colonização: O processo de colonização do Piauí foi 
iniciado a partir de 1661 com Domingos Afonso 
Marfrense - “Sertão”, mesmo correndo muitos riscos, 
pois a região era ocupada por várias tribos indígenas, 
este colonizador deu início a ocupação do Piauí do 
interior para o litoral. 
A ocupação das terras do Piauí deu-se pela concessão 
de sesmarias, onde Marfrense e seus sócios 
conquistaram metade das terras do Piauí e acabaram 
instalando várias fazendas de gado, que deram origem 
aos núcleos de povoamento. Assim, Domingos Afonso 
Marfrense recebeu o título de “´Príncipe dos Pastores 
Piauienses”. 
Os primeiros colonizadores do Piauí partiram da 
fazenda “Casa da Torre”, na Bahia. Onde o 
proprietário da fazenda Francisco Dias D’ávila em 
sociedade com Domingos Afonso Marfrense, fundaram 
inúmeras fazendas de gado pelo sul do atual Piauí. 
Domingos Afonso Marfrense e seu irmão Julião Afonso 
Serra, fazendeiros do rio São Francisco e rendeiros de 
Francisco D’ávila, sofriam constantes ataques dos 
índios, como reação organizaram uma bandeira, junto 
com Bernardo Pereira Gago, vindo a atravessar a Serra 
Dois Irmãos e descobrindo terras férteis no vale do 
Canindé. 
Marfrense, seu irmão e seus sócios foram os primeiros 
a solicitarem sesmarias no Piauí, sendo assim doadas 
pelo governador do Pernambuco, Pedro de Almeida, 
“Conde de Assumar”, em 1676. O primeiro núcleo 
populacional do Piauí originou-se de uma fazenda 
fundada por Domingos Afonso Marfrense, onde nas 
proximidades da fazenda formou-se um povoado com 
uma capela filiada à freguesia de Cabrobó, do Bispado 
e da Freguesia de Pernambuco. 
O povoado foi elevado à categoria de freguesia em 
1696, sob o nome de Nossa Senhora da Vitória, sendo 
desligado do Bispado de Pernambuco. Com a Carta 
Régia de 30 de junho de 1712, a freguesia foi elevada à 
condição de vila, com o nome Mocha, ficando a sua 
administração a cargo da Capitania do Maranhão até 
1717, quando a Vila da Mocha foi efetivamente 
instalada e em 1718 criou-se a Capitania do Piauí. 
Mas só em 1758 é que efetivamente a Capitania do Piauí 
foi instalada, tendo o seu primeiro governador, João 
Pereira Caldas, a partir de 20 de setembro de 1759. 
A vila foi eleita capital da Capitania do Piauí recebendo 
o nome de Oeiras, em homenagem a Sebastião José de 
Carvalho e Melo, à época Conde de Oeiras, e a 
Capitania era chamada de São José do Piauí, em 
homenagem ao rei D. José I. 
Com a Carta Régia de 19 de junho de 1761, a Vila da 
Mocha foi elevada à categoria de cidade e capital da 
Capitania. As freguesias de Parnaguá, Jerumenha, 
Campo Maior, Marvão (Castelo do Piauí) e Parnaíba 
foram elevadas à condição de vila. 
Oeiras foi a capital do Piauí de 1761 a 1852, quando 
ocorreu a transferência da sede do governo para a Vila 
Nova do Poti, hoje Teresina. Tendo como motivos para 
a transferência, Oeiras à época estava desprovida de 
alimentos e distante dos grandes rios que faziam a 
comunicação com o Sul e extremo Norte do Piauí. 
João Pereira Caldas governou o Piauí de 1759 a 1769, 
encontrando a Capitania com 1 cidade e 7 freguesias. 
Sendo uma de suas primeiras ações confiscar os bens 
dos jesuítas e os expulsar do Piauí, tendo como outras 
ações: criou a Secretaria de Governo, Provedoria Real 
da Fazenda e o Almoxarifado, elevação de várias 
freguesias à categoria de Vila, criou as Forças Regulares 
da Capitania, com cerca de 2774 homens, criação de um 
correio, inicialmente para correspondências oficiais, e 
reorganizou o aldeamento dos índios Jaicós. 
O final do seu governo foi marcado por uma guerra 
contra os índios Timbiras, Gueguês e Acaroás, 
residentes no Sul do Piauí. 
 
Batalha do Jenipapo – 13 de março de 1823 
Mesmo com o Brasil independente em 07 de setembro 
de 1822, Portugal quis manter o seu domínio sobre 
algumas províncias, como a do Piauí, devido interesses 
nos recursos naturais e no gado. Para isso, foi nomeado 
João José da Cunha Fidié para o comando das armas 
em Oeiras. 
Entretanto, crescia no Piauí a adesão à independência, 
culminando com a Proclamação da Independência em 
Parnaíba em 19 de outubro de 1822, tendo à frente João 
Cândido de Deus e Silva. 
Objetivando sufocar o movimento Fidié marchou para 
Parnaíba chegando no mês de dezembro. Os revoltosos 
parnaibanos já tinham se refugiado no Ceará. 
Em 24 de janeiro de 1823, nacionalistas de Oeiras 
liderados por Manuel de Sousa Martins, aderiram à 
independência. Assim, Fidié conduziu suas tropas de 
volta para Oeiras, mas próximo a Campo Maior, às 
margens do rio Jenipapo, em 13 de março de 1823, 
ocorreu uma batalha entre 1100 portugueses contra 
2000 piauienses. Fidié mesmo vitorioso se retirou para 
fazenda Tombador, perto de Campo Maior. 
Na fazenda Tombador, perto de Campo Maior, tiveram 
a bagagem roubada pelos piauienses, sendo assim 
obrigados a se refugiarem no Estanhado, atual União. 
Fidié continuou marchando até Caxias no Maranhão, 
onde acabou sendo preso em 31 de julho de 1823. Foi 
enviado para Oeiras e depois deportado para Portugal 
pelo porto do Rio de Janeiro. 
Período Imperial: Manoel de Sousa Martins foi eleito 
presidente da província do Piauí provisoriamente, de 24 
de janeiro de 1823 a 20 de setembro de 1824. Acabando 
por governar até 1843, por 20 anos, principais ações: 
 
1. Proibiu o comércio de gado com o Maranhão. 
2. Batalha do Jenipapo, luta entre portugueses contra 
piauienses e cearenses. 
3. Rendição e prisão de Fidié em Caxias no 
Maranhão. 
PIAUÍ NA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR 
Os ideais republicanos pernambucanos chegaram ao 
Piauí, através de João Cândido de Deus e Silva, de 
Parnaíba, onde em 25 de agosto de 1824, a Câmara de 
Parnaíba proclamou a República, aderindo à 
Confederação do Equador, sendo seguida por Campo 
Maior e Marvão (Castelo do Piauí). 
Antes mesmo da chega das tropas de D. Pedro I chegar 
ao Piauí, os revoltosos se renderam, não existindo atos 
de violência no combate à revolta no Piauí, à época sob 
o comando de Manoel de Sousa Martins. 
 
 
 
 
BALAIADA NO PIAUÍ – 1839 a 1841 
Balaiada: Teve como principais motivações para 
estourar a Balaiada no Piauí: 
1. Absurda concentração de terras. 
2. Recrutamento militar compulsório. 
3. Devido Manoel de Sousa Martins ter o domínio 
sobre a nomeação dos prefeitos do Piauí. 
Boa parte das terras do Piauí encontrava-se nas mãos de 
poucos latifundiários, sendo marcadamente o modelo 
latifundiário pecuarista, o que prejudicava o 
estabelecimento de lavouras de subsistência. O 
recrutamento para lutar e “morrer” no Sul do Brasil 
também era combatido, Manuel de Sousa Martins – 
Barão da Parnaíba – recrutavam pessoas comuns, mas 
também adversários políticos. 
O domínio político intenso do Barão da Parnaíba sobre 
o Piauí deixava desconfortável senhores pecuaristas 
adversários. No Piauí a Balaiada teve início a partir da 
ação do vaqueiro campo-maiorense Raimundo Gomes 
– “Cara Preta” – quandoele se rebelou por conta de seu 
irmão ter sido preso e alistado à força. Tal arbitrariedade 
ocorreu porque ambos trabalhavam para um fazendeiro 
rival do Barão da Parnaíba. 
Raimundo Gomes invadiu a cadeia da vila maranhense 
de Manga do Iguará e libertou todos os detentos, 
juntando vários rebeldes, lutou no Maranhão e em solo 
piauiense contra tropas organizadas por Manoel de 
Sousa Martins. 
TRANSFERÊNCIA DA CAPITAL DO PIAUÍ 
José Antônio Saraiva, baiano, com 27 anos, foi 
presidente da província do Piauí de 1850 a 1853, sendo 
o responsável pela mudança da capital da província de 
Oeiras para Teresina, em 1852. Outras ações: 
1. Criação da Paróquia de Picos, 1851, fundação em 
12/dezembro/1890. 
2. Inauguração da Igreja de Nossa Senhora do 
Amparo, em Teresina. 
O João de Amorim Pereira foi o primeiro governador 
do Piauí a propor a mudança da capital para a Vila de 
São João da Parnaíba, no litoral, ou para a Barra do Poti 
na embocadura com o rio Parnaíba, devido à fertilidade 
de suas terras e à situação vantajosa que a vila se 
encontrava. 
Em 1804, o governador Pedro César de Meneses recebe 
um documento assinado pelos comerciantes da Vila de 
São João da Parnaíba pedindo a criação de uma 
alfândega e sugerindo a mudança da sede do governo 
para aquela vila. 
Em 1850, com a chegada do novo governador do Piauí, 
José Antônio Saraiva, este percebe que a mudança da 
capital é inevitável. Em viagem pelo rio Parnaíba, 
Saraiva acabou escolhendo a Vila do Poti para ser a 
nova capital. Estando situada na Chapada do Corisco, 
local onde os potinenses construíram a nova igreja à 
Nossa Senhora do Amparo, passando a ser chamada de 
Vila Nova do Poti. 
Reunidos em Assembleia em Oeiras, em 21 de julho de 
1852, foi confirmada a transferência da capital de 
Oeiras para a Vila Nova do Poti, que acabou sendo 
elevada para a condição de cidade com o nome de 
Teresina, em homenagem à Imperatriz Teresa Cristina, 
mulher de D. Pedro II. 
O governador Saraiva projetou a planta primitiva da 
nova capital com traçado geométrico, sendo assim a 
primeira cidade planejada do país. 
Período Republicano: As ideias de República 
voltaram a circular no Piauí com intensidade a partir do 
Jornal “Oitenta e Nove”, que circulou pela primeira vez 
em 01 de fevereiro de 1873, ganhando destaque o 
jornalista, historiador, professor e poeta David Moreira 
Caldas. 
David Moreira Caldas em 1873, no primeiro número do 
jornal “profetizou” que a Proclamação da República no 
Brasil ocorreria em 1889. 
As notícias da Proclamação da República chegaram a 
Teresina em 16 de novembro de 1889, das janelas da 
Estação Telegráfica foi anunciado ao povo que o Brasil 
já era uma República, sendo destituído da presidência 
da província sem resistência Lourenço Valente. Em 26 
de dezembro de 1889 o major Gregório Taumaturgo de 
Azevedo assumiu o governo do Piauí. 
Após pressões políticas Gregório Taumaturgo de 
Azevedo foi exonerado em 1890, onde em 12 de janeiro 
de 1891 a Assembleia Estadual Constituinte elegeu 
como novo governador Gabriel Luís Ferreira, e a 
primeira Constituição Republicana do Piauí foi 
promulgada em 27 de maio de 1891. Gabriel Luís 
Ferreira, ações: 
1. Instalação dos municípios de Gilbués, Bertolínia, 
Floriano, Luzilândia e Buriti dos Lopes. 
2. Criou o Tribunal de Justiça do Piauí. 
3. Foi deposto pelo presidente Floriano Peixoto. 
Já em 1892, assumiu o governo Coriolano de Carvalho 
e Silva, até 1896, realizando o envio de tropas para a 
Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul, criou o 
Teatro 4 de Setembro e a Junta Comercial do Estado. 
Em 1896, assumiu o governo Raimundo Artur de 
Vasconcelos, até 1900, foi o primeiro governador eleito 
pelo voto universal e direto e criou o Tribunal de Contas 
do Estado (TCE), em 1899. 
Álvaro Assis Osório Mendes (1904-1907), recebeu a 
visita do presidente do Brasil Afonso Pena, criação do 
Bispado do Piauí e posse do 1º bispo, D. João Antônio 
Almeida, em 1906, e inaugurou o serviço de 
abastecimento d’água de Teresina. 
REVOLUÇÃO DE 1930 NO PIAUÍ 
À época da Revolução de 1930, o governador do Piauí 
era João de Deus Pires Leal, que foi deposto, em 
decorrência da Revolução que estourou em Teresina sob 
liderança de Humberto de Arêa Leão (militar e vice-
governador), Matias Olímpio de Melo (cunhado de 
Arêa Leão e líder da oposição à João de Deus Pires 
Leal) e Joaquim Vaz da Costa (desembargador). 
Em 14 de novembro de 1930, Humberto de Arêa Leão 
foi nomeado por Getúlio Vargas interventor do Piauí, 
no entanto, em pouco tempo começaram a surgir 
divergências entre os líderes revolucionários no estado 
com o desembargador Vaz da Costa, líder de um grupo 
que divergia das orientações do interventor e de Matias 
Olímpio. 
O capitão Juarez Távora, principal chefe revolucionário 
no Nordeste, após uma tentativa frustrada de 
reconciliação entre as partes, indicou a Vargas o nome 
do capitão Joaquim de Lemos Cunha para o governo 
estadual. Em 29 de janeiro de 1931, Arêa Leão deixou 
a interventoria e foi substituído por Joaquim Lemos Cu-
nha. Arêa Leão retirou-se em seguida para Livramento, 
atual José de Freitas (PI), sob alegação de não possuir 
garantias de vida em Teresina. Lemos Cunha criou a 
Faculdade de Direito, 1931, reformou a Justiça e 
extinguiu o Tribunal de Contas. 
Leônidas de Castro (1935-1945), construiu o Hospital 
Getúlio Vargas, promulgou a nova Constituição do 
Estado, 1937, e oficializou 19 de outubro como dia do 
Piauí. 
OUTROS IMPORTANTES GOVERNADORES 
Francisco das Chagas Caldas Rodrigues (1959-1962): 
implantou a CEPISA e AGESPISA. 
Petrônio Portela (1963-1966): Criou o Banco do Estado 
do Piauí (BEP), pioneiro na construção de casas 
populares. 
Helvídio Nunes de Barros (1966-1970): Foi o primeiro 
governador escolhido pelos militares, logo após a 
instalação da Ditadura Militar, início do asfaltamento da 
BR 316, outorgou a nova Constituição de 1967, 
inaugurou a Barragem de Boa Esperança, em 
Guadalupe. 
Hugo Napoleão do Rego Neto (1983-1986): sendo 
eleito pelo voto popular, construiu o “Palácio Petrônio 
Portella”, prédio da Assembleia Legislativa do Piauí, 
implantação da Fundação de Desenvolvimento do 
Ensino do Estado do Piauí (FADEPI – hoje UESPI), 
criação do Projeto Sertanejo em apoio ao agricultor e 
para desenvolver regiões semiáridas. 
 
ARCEBISPOS DE TERESINA 
1º Dom Severino Vieira de Melo (1952-1955). 
2º Dom Avelar Brandão Vilela (1955-1971). 
3º Dom José Freire Falcão (1971-1984). 
4º Dom Miguel Fenelon Câmara Filho (1984-2001). 
5º Dom Celso José Pinto da Silva (2001-2008). 
6º Dom Sérgio da Rocha (2008-2011). 
7º Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho (2012 – até hoje). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geografia do Piauí 
Localização 
O território do Piauí abrange uma área de 251.529,186 
km², o que corresponde a 16,16% da região Nordeste e 
2,95% da área do Brasil. Pertence ao 2º fuso horário 
brasileiro, é o 3º maior estado nordestino e o 11º do 
Brasil. 
Limites: 
1. Norte = Oceano Atlântico. 
2. Sul = Bahia e Tocantins. 
3. Leste = Ceará e Pernambuco. 
4. Oeste = Maranhão. 
Pontos Extremos: 
1. Norte = Barra das Canárias no município de Ilha 
Grande, no limite entre Piauí e Maranhão. 
2. Sul = Chapada da Limpeza em Cristalândia, no 
limite com a Bahia. 
3. Leste = Nascentes do riacho Marçal em Pio IX, no 
limite com o Ceará. 
4. Oeste = Curva do rio Parnaíba na cachoeira 
Apertada Hora no munícipio de Santa Filomena, no 
limite com o Maranhão. 
 
Fronteiras Naturais 
1. Norte = Oceano Atlântico. 
2. Sul = Serras da Tabatinga e Dois Irmãos na Bahia 
3. Sul = Chapada das Mangabeiras no Tocantins. 
4. Leste = Serra da Ibiapaba, Ceará, e a Chapada do 
Araripe e a Serra Dois Irmãos no Pernambuco. 
5. Oeste = Rio Parnaíba com o Maranhão. 
 
Zona de Litígio: A Zona Litigiosa é conhecidacomo 
Cerapió e Piocerá. E teve início por volta de 1822, 
quando o Ceará tomou Amarração, um povoado de 
pescadores piauienses, foi sendo ocupada pelos padres 
de Granja (CE) com o argumento de batizar os 
moradores da região. 
Em 1865, o governo do Ceará criou a Freguesia de 
Nossa Senhora da Amarração, confirmando assim, a 
posse indevida da terra. 
Só com o Decreto nº 3.012 de 22 de outubro de 1880, 
ficou firmado o Piauí entregar Príncipe Imperial (hoje 
Crateús) e Independência (hoje Novo Oriente) para o 
Ceará e receber de volta Amarração. 
Pelo mesmo decreto, teria uma linha divisória entre os 
dois estados que seria a Serra da Ibiapaba, com o Piauí 
ficando com todas as vertentes ocidentais da referida 
serra e o Ceará, com as vertentes orientais. A Zona 
Litigiosa hoje envolve 13 municípios do Piauí e 13 
municípios no Ceará. 
 
Principais Cidades do Piauí: Teresina: Capital do 
estado, maior agitação industrial e comercial, com uma 
população de 868 075 habitantes. Parnaíba: Cidade 
litorânea que se destaque no turismo, uma população de 
153.482. Picos: Com uma intensa atividade comercial, 
está no 2º maior entroncamento do nordeste, com uma 
população de 78.431. Piripiri: Cidade que conta com 
importantes instituições culturais, como Museu 
Perypery e o Memorial Expedito Resende, com uma 
população de 63.787. Floriano: Também conta com um 
intenso comércio e uma população de 60.025. 
Divisão Regional do Piauí: O Piauí é composto por 224 
municípios, que estão distribuídos antes em 15 
microrregiões, até 2017, porém, de 2018 em diante, está 
organizada em 19 regiões geográficas imediatas, que 
por sua vez estão agrupadas em seis regiões geográficas 
intermediárias. 
1. Regiões Intermediárias: Teresina, Parnaíba, Picos, 
São Raimundo Nonato, Corrente-Bom Jesus, e 
Floriano. 
2. Regiões Imediatas: Teresina = Amarante-Água 
Branca-Regeneração, Campo Maior, Valença do 
Piauí, Barras. Parnaíba = Parnaíba, Piripiri, 
Esperantina. Picos = Picos, Paulistana, Oeiras, 
Simplício Mendes. São Raimundo Nonato = São 
Raimundo Nonato e São João do Piauí. Corrente-
Bom Jesus = Corrente e Bom Jesus. Floriano = 
Floriano, Uruçuí e Canto do Buriti. 
Aspectos Físicos: A maior parte da estrutura geológica 
do Piauí é constituída por terrenos sedimentares que 
formam a bacia do Parnaíba. Na bacia nunca 
ocorreram movimentos orogenéticos de grande 
intensidade. Daí a simplicidade das formas de relevo. 
O relevo do Piauí é constituído por Planaltos e Planícies 
com elevações menores do que 900m. Os Planaltos são 
denominados Chapadas, Chapadões ou Serras. 
Planaltos: Planalto Arco da Fronteira, Planalto 
Chapadão do Sul, Planalto Cuestas do Centro, Planalto 
Contrafortes da Ibiapaba e Planalto Morros Isolados. 
Planície: Planície Parnaibana. 
Problemas Ambientais no Piauí: No Litoral, o 
ambiente mais ameaçado é o dos Manguezais, 
prejudicado pela retirada da vegetação nativa e pela 
construção de canais. Um dos problemas ambientais 
visto no litoral é o do assoreamento, agravado pelo 
desmatamento das margens, realizado pela população 
ribeirinha para a implantação de pequenas lavouras e 
criação de animais, assim os mangues são substituídos 
pelas lavouras e criação de animais. 
Outro problema é o rápido avanço das Dunas, causado 
pelo desmatamento da vegetação, que caso 
permanecesse diminuiria a mobilidade das Dunas. Uma 
consequência desse fenômeno é o “desaparecimento” 
da Lagoa do Portinho, que a cada ano diminui o seu 
volume de água e sua área. 
Já na capital Teresina, as agressões ao meio ambiente 
geralmente estão ligadas à ocupação humana. Sendo um 
dos principais problemas a Erosão próximo ao curso 
dos rios, sendo as causas o desmatamento as margens 
dos rios, a ocupação inadequada das áreas de risco e 
os solos com baixa resistência a degradação. 
Outros problemas são o assoreamento dos rios, devido 
a erosão, poluição, além da lavagem de seixo. Sendo 
assoreamento o acúmulo de terra no leito do rio, 
diminuindo sua profundidade e alterando o fluxo das 
águas. 
O rio Parnaíba é o que mais sofre com o Assoreamento, 
devido a forma incorreta do homem explorar às áreas 
próximas às margens. Portanto a erosão das margens, 
poluição dos rios e a lavagem do seixo, são os principais 
responsáveis pela destruição da vegetação natural. 
Desertificação: É um processo de degradação profundo 
que pode atingir áreas com solos secos. Tendo como 
causas a predisposição do solo em desequilibrar-se, 
clima instável e adverso e ação exploratória do homem 
(queimadas, desmatamento, uso errado do solo). Os 
principais exemplos de desertificação no Piauí são 
Gilbués e Barreiras do Piauí, o número de hectares 
atingidos é de 2,5 milhões. 
Gilbués é considerada oficialmente um “núcleo de 
desertificação”. No Brasil, são ao todo quatro núcleos 
de desertificação. Todos se encontram na região 
Nordeste. São eles: Cabrobó-PE, Seridó-RN, Irauçuba-
CE, além de Gilbués-PI, que é considerado um dos 
núcleos mais graves nesse processo. 
 
Principais Unidades de Conservação 
1. Federais: Parque Nacional de Sete Cidades, Parque 
Nacional da Serra da Capivara, Parque Nacional da 
Serra das Confusões, Parque Nacional das 
Nascentes do Rio Parnaíba, Delta do Rio Parnaíba 
e a Estação Ecológica de Uruçuí. 
2. Estaduais: Parque Ecológico Cachoeira do Urubu e 
o Parque Zoobotânico. 
3. Municipais: Parque da Cidade, Parque Ambiental 
Encontro dos Rios, Parque Municipal Floresta 
Fóssil. 
Clima: O Piauí está situado em duas regiões climáticas 
bem distintas: Sertão semiárido e a Amazônia quente e 
úmida – “tropical”. É, portanto, uma faixa autêntica de 
transição. Boa parte das cidades do Piauí possui altas 
temperaturas em função de sua baixa latitude, altitude 
média baixa e das massas de ar que atuam na área. 
Massas de ar que afetam o Piauí: Equatorial atlântico 
(Ea) de julho, Equatorial continental (Ec), responsável 
pelas chuvas de verão e Convergência Intertropical 
(CIT), que causa chuvas no fim do verão e princípio de 
outubro. 
Média de Temperatura: entre 20ºC e 38ºC. 
Vegetação: A classificação da vegetação do estado 
pode ser assim distribuída: 
1. Cerrado: Suas principais manifestações se dão na 
região Sudoeste e parte do Extremo Sul piauiense. 
Com 5,9% do Cerrado do Brasil ou 36% do 
Cerrado do Nordeste. Sendo principalmente 
produzido nessa área Soja e Arroz. 
2. Caatinga: No Piauí as Caatingas mais comuns são 
a Caatinga Arbórea e a Caatinga Arbustiva, 
principalmente se manifesta no Sudeste e no Leste 
do Piauí. 
3. Vegetação de Palmeiras: É encontrada em áreas 
úmidas, principalmente no vale do rio Parnaíba, 
predomina no Norte do Piauí. Destaque para 
Carnaúba (cera), Babaçu (sua palha serve para 
cobrir casas, fazer chapéus, bolsas, etc.) e o Tucum 
(retira-se um óleo, das folhas uma fibra para 
produção de cordas, cestos, redes, toalhas, etc). 
4. Vegetação Litorânea: Encontra-se no Norte do 
Piauí, próximo a costa ou em solo pantanoso do 
Delta, como gramíneas, murici, crioli, mangues e 
cajueiros. 
Hidrografia: Boa parte dos rios do Piauí formam a 
Bacia do Parnaíba. Essa bacia corresponde a mais de 
90% da área piauiense. Quase todos os rios do Piauí são 
afluentes do Parnaíba, com exceção do São Miguel, 
Camurupim e São João ou Ubatuba, que desaguam 
direto no Atlântico. 
Rio Parnaíba: Sua nascente fica na cidade de Barreiras 
do Piauí, a 709 metros de altitude na Chapada das 
Mangabeiras, seu principal formador é o Riacho Água 
Quente, cortando pelo estado 26 municípios. 
Afluentes: Poti, Riozinho, Itaueira, Gurguéia, Canindé, 
Longá, Pirangi, Uruçuí Vermelho ou Uruçuizinho, 
Uruçuí Preto ou Uruçuí-açu, Balsas. 
 
Lagoas Piauienses: classificação das lagoas, sendo 
estas de Erosão, de Acumulação Fluvial e de Barragem 
Marinha. E os Grupos: Fluviais: as que são cortadas 
pelos rios. Ribeirinhas: As que ficam nasproximidades 
dos rios. Altas: As que ficam longe dos rios e do 
Oceano. Litorâneas: As que ficam no litoral. 
As mais importantes lagoas do Piauí são Parnaguá, com 
6 km de largura por 18 km de comprimento, Nazaré, 
Cajueiro, Grande Buriti e Pavuçu. 
Litoral Piauiense: Um litoral de 66 km, o menor do 
país. Sendo que a ocupação do Piauí partiu do interior 
para o litoral, quando os piauienses chegaram ao litoral, 
o Ceará já tinha tomado posse das áreas litorâneas. Mas 
com o Decreto nº 3.012 de 22 de outubro de 1880, 
Amarração (hoje Luís Correia) foi obtida do Ceará, 
tendo o Piauí cedido o município de Príncipe Imperial 
(hoje Crateús) e Independência (hoje Novo Oriente). 
Principais praias piauienses: Atalaia, Coqueiro, Pedra 
do Sal, Macapá e Barra Grande. A Morfologia são de 
três tipos de litoral, o de erosão marinha, o de dunas e o 
de alagadiço sem mangues. 
Delta: O rio Parnaíba tem um curso de 1.500 km até a 
Barra do Tutóia, onde se divide em vários braços, dando 
origem ao Delta do Parnaíba. 
Delta do Parnaíba: Com 2.700 km², possui um 
importante ecossistema aquático com labirintos de rios 
e igarapés, florestas de restinga e mangues. Conta com 
mais de 70 ilhas e ilhotas, praias, dunas de diferentes 
formatos e uma fauna preservada. Fauna: caranguejos-
uçá, ostras, camarões, esponjas, etc. 
Quadro Humano: Os povoadores do Piauí originaram-
se dos elementos básicos formadores da raça brasileira: 
o índio, o negro e o branco. 
Índios: Nômades, presentes em boa parte do Piauí. 
Negro: O Piauí adotou pouco a mão de obra escrava, 
pois se interessava mais na pecuária. A população negra 
aumentou após a abolição, pois negros livres migraram 
atrás de trabalho. 
Branco: teve sua origem relacionada ao bandeirismo de 
contrato, saídos da Bahia e da Bacia do São Francisco. 
Aspectos Econômicos 
No fim do século XVIII, o Piauí ingressa na 
“Civilização do Couro”, passando a exportar gado para 
o Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais 
e a importar produtos de Portugal, destacando assim na 
atividade pecuária inicialmente. 
 
Agricultura: inicialmente praticada de forma de 
subsistência. Mais tarde adquiriu caráter comercial. 
Tendo como fatores que contribuem para uma boa 
prática a existência de abundantes recursos hídricos e 
uma planície que vai do litoral até o Sul do estado, 
margeando o Parnaíba, formando terras férteis. 
 
 
No quadro acima, observamos o Piauí sendo o 11º 
estado em maior destaque na produção de grão. 
 
 
Feijão – Arroz – Milho 
 
 
Soja 
 
No Nordeste o Piauí é o 3º maior produtor de soja. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Castanha de Caju 
 
 
Extrativismo: Extrativismo Vegetal do Babaçu, 
Carnaúba, Tucum, Buriti (doce e suco), Pequi (rico em 
vitamina A e o óleo para medicina popular), Bacuri 
(confecção de sorvetes, musses e sucos), Jaborandi 
(indústria de cosmético na produção de shampoos). 
Extrativismo Mineral de Opalas, Calcário, Mármore, 
Vermiculita, Ardósia, Atapulgita, Brita, Caulim, Argila 
de queima vermelha, Argila de queima branca. 
 
 
 
 
Indústria Piauiense 
 
Setores industriais Piauienses de maior destaque no PIB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES PROPOSTAS 
1. (TRT/RJ-2011) O Estado, nas últimas décadas, 
passou por significativas mudanças: o desmonte do 
Welfare State, o neoliberalismo, as compressões 
econômicas, os ajustes fiscais, a globalização da 
economia e as pressões das agências multilaterais. 
O receituário neoliberal influenciou e influencia 
não só a política econômica, mas também a social. 
Nessa direção, limitaram-se as prioridades das 
políticas públicas. Assim, introduziu-se fortemente 
o conceito de: 
A. investimento social nas instituições sociais que 
ofertam os serviços públicos. 
B. políticas e programas desenhados sob a ótica da 
universalidade. 
C. equidade, ofertando múltiplas e distintas 
oportunidades para assegurá-la. 
D. desigualdade e exclusão. 
E. focalização e eleição dos pobres e de algumas 
minorias, como prioridades na proteção social. 
2. (PC-RO/2009) “(...), claramente a crise econômica 
atual é uma crise do neoliberalismo. Os neoliberais 
colocaram o mercado como centro da economia, e 
é justamente a falta de regulação estatal que, 
unanimemente, é considerada o diagnóstico da 
crise. O descontrole quanto a créditos bancários e 
outros fenômenos ocorridos na esfera econômica, 
todos os sintomas da crise, apontam que a solução 
vai em direção contrária à apologia do 
neoliberalismo. É tão claro, tão nítido, que isso foi 
causado por esse movimento neoliberal que, de 
repente, parece que ninguém nunca foi neoliberal.” 
(SADER, Emir. Em entrevista concedida à revista Sociologia, nº 15, em 
2009, p.7) 
O texto acima se refere à colocação do cientista 
social Emir Sader sobre a crise econômica vivida 
pelo mundo em 2008. Uma das principais medidas 
adotas pelas principais economias mundiais para 
minimizar os efeitos da crise, foi: 
A. o empréstimo de recursos financeiros conforme 
a necessidade destas instituições e das 
indústrias para reconstrução da economia 
produtiva. 
B. a adoção de programas de defesa de renda e 
emprego, de modo que o consumo não fosse 
minimizado, e a produção industrial não fosse 
afetada. 
C. permitir que as grandes empresas emitissem 
papéis nas bolsas, para promover uma captação 
de recursos que favorecesse o enfretamento da 
crise econômica. 
D. a promoção de uma redução dos juros para que 
servisse de incentivo à adimplência dos 
mutuários que haviam adquirido imóveis 
através de financiamentos bancários. 
E. a adoção de medidas consideradas 
intervencionistas, pois, significaram o 
investimento de recursos públicos e uma 
consequente regulação das instituições 
financeiras. 
3. (COREN/PA-2013) A líder do governo do Reino 
Unido que promoveu políticas econômicas 
centradas no Neoliberalismo, que obteve grande 
vitória na Guerra das Malvinas e que recebeu o 
apelido de "Dama de Ferro" tinha o nome de: 
A. Margaret Thatcher. 
B. Angela Merkel. 
C. Michelle Bachelet. 
D. Elizabeth II. 
4. (Prefeitura de Arujá/SP-2019) Sem alcançar um 
acordo no Congresso, a administração Donald 
Trump enfrenta, a partir deste sábado (22 de 
dezembro), sua terceira paralisação parcial, que 
fechará um quarto do governo federal, colocará 380 
mil empregados em férias coletivas e fará outros 
420 mil trabalharem sem receber. O Congresso 
tinha até sábado para passar leis ou aprovar uma 
medida provisória de interesse do governo. 
Senadores republicanos e democratas se reuniram 
desde o meio-dia desta sexta (21 de dezembro), mas 
não chegaram nem sequer a iniciar a votação da lei. 
(Folha de S.Paulo, 22 dez.18. Disponível em: <https://goo.gl/yYSyFG>. Adaptado) 
O impasse entre o Congresso e Donald Trump está 
relacionado à polêmica proposta presidencial de: 
A. ataque militar dos EUA tendo a Coreia do Norte 
como alvo. 
B. construção de um muro na fronteira entre os 
EUA e o México. 
C. retomada das relações diplomáticas entre os 
EUA e Cuba. 
D. boicote às relações comerciais entre os EUA e 
a China. 
E. retirada das tropas norte-americanas da Síria e 
do Iraque. 
5. (Prefeitura de Ribeirão Preto/SP-2018) O 
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, 
anunciou, na noite desta quarta-feira (29.ago), que 
vai aliviar as cotas de importação de aço e alumínio 
que excedam as cotas livres do pagamento das 
sobretaxas impostas pelo governo em março. 
(G1.Globo. Disponível em https://glo.bo/2MBa5oa. 30.08.2018. Adaptado) 
A decisão de facilitar as importações de aço e 
alumínio ocorreu devido: 
A. à pressão das indústrias estadunidenses e 
beneficiam países como a Argentina e o Brasil. 
B. à guerra comercial com a China cujos produtos 
têm melhor qualidade que os estadunidenses.

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