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Aula 6 - Infecções Cirúrgicas


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Infecções Cirúrgicas 
 
 
INTRODUÇÃO 
✦ Infecção Cirúrgica é aquele tipo de infecção 
relacionado diretamente ao ato cirúrgico ou às 
medidas a ele relacionadas. 
 Frequentemente se manifestará após a alta do 
paciente 
 Pode ser diagnosticada até 30 dias após a 
cirurgia, quando o doente não tem nenhum tipo 
de órtese, prótese. 
- Se ele tiver, pode formar um biofilme ali e ser um 
local de proliferação bacteriana. Assim, pode ser 
diagnosticado até 1 ano após a operação em casos 
de pacientes com órtese, prótese. 
 
 
✦ Infecções pós operatórias constituem um dos 
maiores riscos para os pacientes hospitalizados: 
 Grande aumento dos riscos de morbi- 
mortalidade 
 Aumenta a permanência hospitalar (precisa de 
mais atenção, mais procedimentos, tem melhora 
lente, e as vezes precisa trocar o antibiótico) 
 Aumenta os custos 
 
TIPOS DE CIRURGIA 
Toda cirurgia tem bactéria, e tem um certo grau de contaminação, pois a partir do 
momento que fazemos a incisão as próprias bactérias da pele vão contaminar a 
ferida, usamos as técnicas de assepsia para que essas bactérias sejam eliminadas 
ou fiquem em estado de latência durante a cirurgia, para não aumentar a 
contaminação e lesionar o sitio cirúrgico. 
 
1) Cirurgia Limpa 
Cirurgias que o único contato é com bactérias da pele, e não com outras cavidades 
como geniturinário e gastrointestinal. 
 Exp: Tireoidectomia, hernioplastia, mamoplastia 
 As feridas cirúrgicas não são infectadas, sem inflamação, não traumáticas 
 Não ocorre quebra dos princípios de antissepsia e das técnicas cirúrgicas 
 O trato gastrointestinal, urinário ou respiratório não é penetrado 
 
2) Potencialmente contaminadas 
Durante o ato operatório, ocorreu alguma quebra cirúrgica, e houve contaminação 
com o conteúdo da cavidade que estava manipulando, mas esse contato foi em 
uma pequena quantidade, tendo contato com uma flora bacteriana que não é 
somente aquela das bactérias comuns a pele. 
 Feridas em que houve pequena infração da técnica cirúrgica ou aquelas com 
dificuldade de antissepsia 
 O trato gastrointestinal, urinário ou respiratório foi penetrado, no entanto a 
contaminação não foi significativa. 
 Teve lesão de algum vaso, musculatura ou outro órgão. 
 Exp: Colecistectomia, Gastrectomia 
 
3) Contaminada 
Neste tipo tem uma grande quantidade do conteúdo na cavidade, assim tem grande 
quantidade de bactérias. 
 Feridas traumáticas recentes (<6 horas do trauma), abertas, presença de 
processo inflamatório, sem presença de pus 
 Quando tenho processo inflamatório sme presença de pus (como apendicite) 
 Ocorre grandes quebras das técnicas de antissepsia, material não esterilizado 
ou doente não preparado da forma correta. 
 Houve contaminação por extravasamento grosseiro do trato gastrointestinal, 
urinário, respiratório. 
 
4) Infectadas 
 Feridas traumática não recentes (+6 horas), com tecidos desvitalizados ou 
presença de pus, e vísceras perfuradas. 
 Exp: Fratura exposta, Isquemia mesentérica, Peritonite, Úlcera gástrica 
perfurada (em um primeiro momento cai uma grande quantidade de secreção 
no TGI e ai vai ter uma contaminação, com bactérias, mas se o paciente fica 
com esse conteúdo no TGI irritando o peritônio, vai fazer uma proliferação de 
bactérias, gerando lesão tecidual e evoluindo como peritonite). 
 
TIPOS DE INFECÇÃO 
 Infecção da ferida operatória 
 Infecção urinária 
 Infecção respiratória 
 Sepse 
 Abscesso Abdominal e Peritonite 
 
✦ Infecção da Ferida Operatória (ISC) 
 São infecções que ocorrem em 
qualquer localização do sítio 
cirúrgico após procedimento 
operatório. 
 A infecção da ferida é aquela onda 
há presença de pus (pode ter 
eritema, edema) 
 Geralmente é diagnostica após a 
alta (pois existe um tempo de 
incubação da bactéria até começar a aparecer os sinais da infecção. Começa 
no 5º dia do pós-operatório, até o 10º e tem o pico no 7º dia – algumas 
alterações antes disso pode ser normal) 
 
 Divididas em: 
 Infecção de Sítio cirúrgico Superficial – Acometimento da pele e do tc. 
Celular subcutâneo (+comuns) 
 Infecção de Sitio cirúrgico Porfunda - + agressivas. Geram maior 
mortalidade. Acometem fácia e tec. Musculo-aponeurótico. Infecções em 
tecidos mais vascularizados e por isso tem maior extensão e o tratamento 
é + radical (geralmente desbridamento + antibioticoterapia) 
 
✦ Infecção Urinária 
 Para fechar o diagnóstico preciso de uma 
urinocultura que vai vir com resultado de mais de 
100000 colônias por cada ml, associado a presença 
de queixas urinárias. 
 É a segunda infecção pós-operatória mais frequente. 
 Na imagem paciente com sonda vesical de demora – 
A infecção urinaria em doentes pós-operatório tem mt 
relação com o uso de sonda vesical, material tem que ser todo estéril, luva estéril, 
se não carreamos bactérias para dentro do trato urinário que vai ir pra bexiga. 
Além disso o paciente teve uma cirurgia e já esta mais predisposto a ter infecção. 
E quanto mais tempo o doente fica com a sonda (corpo estranho), fazendo uma 
comunicação do meio externo com o meio interno ele esta suscetível a infecção. 
 Paciente com 10 dias ou + do cateter tem 50% mais chance de desenvolver 
infecção. 
ISC superficial 
ISC profunda 
✦ Infecção Respiratória 
 Mais temida, maior morbi-mortalidade 
 São divididas em: 
Infecções altas (Traqueobronquite, Bronquite e 
Bronquiolite) 
 Tosse produtiva acompanhada ou não de febre, 
broncoespasmo, roncos e sibilos à ausculta. 
 Rx normal: Sem evidências clínicas e radiológicas de 
pneumonia 
 Pneumonia 
 É a terceira causa de infecção hospitalar no pós-operatório 
 Tosse produtiva, acompanhada de febre e alterações radiológicas 
compatíveis, condensação no RX (idoso pode não ter febre) 
 Confirmação bacteriológica é importante 
 Pneumonia com derrame pleural, geralmente é um exsudato 
 Pacientes ficam mt tempo acamados, e isso predispõe a infecções, pois tem 
acumulo de secreção ali que pode virar um substrato (local favorável) pra 
bactéria, e assim o paciente pode evoluir para infecção. 
 
 Abscesso pulmonar ou empiema 
Dependendo da infecção que tem nesse liquido acumulado no pulmão, pode evoluir 
para um abcesso pulmonar ou empiema, que é uma complicação mais grave. 
 Empiema é quando forma pus em uma cavidade já existente. Nesse caso o 
exsudato fica tão infectado que tem pus e vira empiema. 
 Coleção purulenta quer no pulmão quer na cavidade pleural 
 Pacientes mais graves, que evoluem com mortalidade mais elevada que os 
de pneumonia 
 Fazemos uma toracostomia com drenagem. Em alguns isso resolve, mas em 
outros pacientes precisamos fazer uma toracotomia, abrir o toráx e decorticar 
– tirar a pleura pra ter uma nova expansão pulmonar. 
 
 
✦ Abscesso abdominal e peritonite 
 São coleções purulentas intra abdominais 
podem ser bem definidas ou difusas. 
 É decorrente de processos inflamatórios e 
órgãos abdominais 
 Exp: Apendicite. Porcesso infeccioso vai se 
estendendo em todas as camadas do 
apêndice, em um momento via começar a produzir liquido 
inflamatório, que vai ser um substrato pro crescimento 
bacteriano, e depois vai formar um abcesso, que pode ser 
bloqueado pelas alças intestinais (abcesso localizado) ou 
peritonite difusa quando tem uma infecção mais agressiva e maior, ou faz o 
bloqueio no inicio e depois como prolonga muito a peritonite fica difusa, e ai 
já temos complicação, trato com antibioticoterapia + cirurgia e cirurgia após 5 
dias, pq por mais que lave muito pode ter um substrato restante que vai 
causar novo abcesso. 
 
ETIOLOGIA 
1. Gram + : Staphylococcus aureus, Streptococcus Pyogenes são os mais 
comuns causadores de infecção cirúrgica. 
- Pois estão presentes na nossa pele, no trato gastrointestinal e no sítio 
cirúrgico 
2. Gram - : escherichia coli, Clebisiela, Proteus 
- Principalmente infecção do tratourinário e pneumonia. 
 
RESPOSTA ORGÂNICA À INFECÇÃO 
✦ Infecção é o produto de três componentes: 
1- Microorganismo infectante normalmente são as bactérias de casa, da pele, 
(staphilo, strep), mas se o paciente está a mais tempo hospitalizado penso em 
bactérias hospitalares (e ai a bactéria vai depender do perfil de cada hospital, mas 
serão bactérias mais agressivas, com maior resistência) 
2- Meio através do qual a infecção se desenvolverá (substrato, liquido inflamado) 
3- Mecanismo de defesa do paciente (sistema imune é capaz de combater aquela 
proliferação bacteriana? Ou o doente é imunocomprometido, ou tem uma patologia 
que o deixa nesse estado) 
 
 
CONSIDERAÇÕES 
 Feridas com +6 horas, são contaminadas, pois as bactérias da vizinhança da 
ferida já cresceram ali e cobriram toda a ferida (mas ainda n tem sinal de 
inflamação) 
 Ai eu lavo a ferida, posso fazer um curativo aproximando a borda, 
mas não posso vedar, pois em feridas contaminadas não posso 
fechar, pois se eu ocluir o substrato vai acumular, proliferar 
bactérias e vai infectar. Assim deixo fechar por 2ª intenção 
 Quando tem infecção, eu tenho lesão tecidual, e ai começa a resposta do 
tecido pela presença de bactéria - hiperemia, dor, edema, secreção purulenta. 
 
FATORES DE RISCO DE INFECÇÃO 
 Relacionados ao paciente 
 Idade (ou muito jovens - sistema imune em formação ou muito idosos – 
sistema imune deteriorado) 
 Imunossupressão (DM, Neoplasia, pacientes de quimioterapias ou 
radioterapias) 
 Múltiplas comorbidades 
 Obesidade 
 Desnutrição 
 Tabagismo 
 Longo período de internação – podem desenvolver infecções por 
estarem mt acamados, ou pelo uso de cateter vesical, bactérias 
hospitalares tem uma agressividade maior. 
 
 Relacionados à técnica cirúrgica: 
 Duração da cirurgia – Temos um preparo, e se a cirurgia for muito 
extensa o antisséptico pode não mante a ação residual por tempo 
suficiente, longas cirurgias geram maior trauma cirúrgico e maior 
resposta endócrino-metabolica ao trauma. 
 Cirurgia de emergência - Pacientes não estão preparados, chegam 
com descompensação de alguma comorbidade, paciente vitima de 
trauma q eu pode chegar em condições criticas 
 Preparo adequado paciente, equipe e centro cirúrgico (exp: não dar 
banho antes da cirurgia, equipe sem escovação no tempo correto, 
contaminação na paramentação, limpeza e armazenamento incorreto do 
material) 
 Utilização de drenos (é uma porta de entrada pra infecção, 
comunicação do meio externo com interno, precisa ter uma indicação 
muito boa) 
 
 Relacionados a bactéria 
 Virulência: Vão variar de acordo com o que elas produzem 
 Produzem exotoxinas 
 Produzem endotoxinas 
 Produzem esporular 
 Produzem encapsular 
 Produzem proteínas 
 Número de bactérias (>10.000 por ml – risco de morte) – quanto maior 
número de bactérias maior o risco de contaminação 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
 
 
 
✦ Exemplo: 
Exame físico 
 Drenagem purulenta pela cicatriz, esta pode estar associada á presença de 
eritema, edema, calor e rubor e dor no sitio cirúrgico. 
 
Manifestações clínicas 
 Maioria faz sinais locais, mas alguns podem desenvolver sinais sistêmicos – 
geralmente pacientes com maior complicação da infecção do sítio cirúrgico: 
Anorexia, febre, taquicardia, oligúria, batimento asa do nariz 
 
Manifestações Laboratotiais 
 Leucocitose com desvio pra esquerda, Queda do hematócrito e plaquetas, 
elevação do lactato (sinal grave em paciente com sepse) e glicemia. 
 Dado primordial – solicitar culturas, hemocultura, urinocultura, 
 Pedir RX torax 
 
PREVENÇÃO 
 
✦ PREVENÇÃO DA INFECÇÃO É O MAIOR OBJETIVO DAS COMISSÕES DE 
CONTROLE DE INFECÇÕES!!! 
 
 Higiene corporal 
 Controle das afecções associadas 
 Internação pré-operatória curta 
 Cuidados com tricotomia – precisa ser realizada no centro cirúrgico 
 Técnicas cirúrgicas adequadas e delicadas 
 Diagnóstico de 
infecção cirúrgica é 
CLÍNICO!!! 
 Rigoroso controle na prescrição de antibiótico – bactérias se tornam 
resistentes e assim quando precisar usar não vai adiantar nada 
 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 Drenagem do pus na cavidade 
 Desbridamento se eu tiver tecido necrosado. 
 Posso fazer analgesia 
 ANTIBIOTICOTERAPIA SÓ QUANDO HOUVER SINAL SISTÊMICO!! – 
Quando eu tiver sinais de sepse 
TRATAMENTO LOCAL!!

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