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Epilepsia idiopática felina - relato de caso

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC 
 
 
 
 
 
 
 
 
DANIELA DA SILVA LIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPILEPSIA IDIOPÁTICA FELINA: relato de caso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACEIÓ-AL 
2018/1 
DANIELA DA SILVA LIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPILEPSIA IDIOPÁTICA FELINA: relato de caso 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
requisito final, para conclusão do curso de Medicina 
Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob a 
orientação do professor Dr. Edson Figueiredo 
Gaudêncio Barbosa e coorientação da Médica 
Veterinária e Pós-Graduada em Neurologia Joana 
d’Arc Gomes de Oliveira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACEIÓ-AL 
2018/1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC 
SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO 
 
 
 L768e Lira, Daniela da Silva 
Epilepsia idiopática felina: relato de caso / Daniela da Silva 
Lira. Maceió: 2018. 19 f. 
 
 TCC (Graduação Medicina Veterinária) –Centro 
 Universitário CESMAC, Marechal Deodoro, AL, 2018 
 
 Orientador: Edson Figueiredo Gaudêncio Barbosa. 
Co-Orientadora: Joana Darc Gomes de Oliveira. 
 
 
 1. Neurologia. 2. Convulsão. 3.Gatos. I. Barbosa, Edson 
Figueiredo Gaudêncio. II. Oliveira, Joana Darc Gomes de. III. 
Titulo. 
 
 
 CDU: 616.853 
 Bibliotecária: Ana Paula de Lima Fragoso Farias – CRB/4 - 2195 
 
DANIELA DA SILVA LIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPILEPSIA IDIOPÁTICA FELINA: relato de caso 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
requisito final, para conclusão do curso de Medicina 
Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob a 
orientação do professor Dr. Edson Figueiredo 
Gaudêncio Barbosa e coorientação da Médica 
Veterinária e Pós-Graduada em Neurologia Joana 
d’Arc Gomes de Oliveira. 
 
 
 
APROVADO EM: 06/08/2018 
 
 
Prof. Dr. Edson Figueiredo Gaudêncio Barbosa 
ORIENTADOR 
 
BANCA EXAMINADORA 
Profa. Ma. Giovana Patrícia de Oliveira e Souza Anderlini 
Profa. Ma. Leticia Gutierrez de Gutierrez 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Primeiramente agradeço a Deus, por estar sempre comigo. 
Aos meus pais Solange da Silva Lira e José Laerson de Lira, por serem a minha 
base, na qual sempre fizeram de tudo (por mais difícil que fosse, e foi), para que eu 
pudesse realizar meu sonho, ou melhor o começo dele, pois a jornada ainda é longa. 
Sou extremamente grata a Profa. Giovana Patrícia de Oliveira e Souza 
Anderlini, por ter me dado a oportunidade de conhecer a família Pedigree, na qual me 
acolheram com tanto carinho. Através dessa oportunidade eu pude conviver e 
acompanhar diversos profissionais, um belo exemplo: Joana d’Arc Gomes de Oliveira, 
minha coorientadora. 
Como não agradecer ao Prof. Edson Figueiredo Gaudêncio Barbosa meu 
orientador, por sempre ter acreditado em mim e por ter me apoiado tanto. 
Agradeço também ao meu companheiro Rafael Cordeiro Soares, por estar 
comigo em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins ou de “aperreios”... mas 
sempre me motivando, fazendo com que eu me acalma-se e conseguisse ver que no 
final tudo daria certo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPILEPSIA IDIOPÁTICA FELINA: relato de caso 
FELINE IDIOPATHIC EPILEPSY: case report 
 
 
Daniela da Silva Lira 
Graduanda em Medicina Veterinária 
liradani.al@gmail.com 
 
Edson Figueiredo Gaudêncio Barbosa 
Doutor em saúde animal 
edsondefigueiredo@gmail.com 
 
Joana d’Arc Gomes de Oliveira 
Pós-Graduada em Neurologia de Pequenos Animais 
jovetjor@yahoo.com.br 
 
RESUMO 
 
A epilepsia é uma síndrome que pode acometer várias espécies, podendo ser classificada quanto a 
sua apresentação clínica em generalizada e focal. Como também suas possíveis causas: epilepsias 
primárias (idiopáticas/ genéticas), epilepsias secundárias (estruturais) e sintomática provável 
(adquirida). O número de animais acometidos pela epilepsia idiopática é relativamente baixo sendo o 
percentual em cães de 5 a 5,7% da população e na espécie felina acomete cerca de 0,5 a 2% da sua 
população, tendo o surgimento primário das manifestações neurológicas logo após o primeiro ano de 
vida, podendo se estender até os 5 - 7 anos. A conclusão do diagnóstico se dá através da junção de 
uma série de fatores e exames complementares. Embora epilepsia idiopática trate-se de uma síndrome, 
na qual não exista um tratamento definitivo/reversivo, existem medidas que podem ser adotadas para 
diminuir/controlar as crises. O presente estudo possui importância significativa, cujo traz um apanhado 
atualizado referente a epilepsia idiopática felina. Tendo como objetivo relatar um caso acompanhado, 
embora seja uma síndrome pouco descrita/relatada, a mesma possui uma grande importância para a 
neurologia felina, como também para a clínica medica de felinos. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Neurologia. Convulsão. Gatos. 
 
ABSTRACT 
 
Epilepsy is a syndrome that can affect several species, and can be classified as to its clinical 
presentation in general and focal. As well as its possible causes: primary (idiopathic / genetic) epilepsies, 
secondary epilepsies (structural) and probable (acquired) epilepsy. The number of animals affected by 
idiopathic epilepsy is relatively low and the percentage in dogs of 5 to 5.7% of the population and in the 
feline species affects about 0.5 to 2% of its population, with the primary appearance of neurological 
manifestations soon after the first year of life, and may extend up to 5 - 7 years. The conclusion of the 
diagnosis is through the combination of a series of factors and complementary tests. Although idiopathic 
epilepsy is a syndrome in which there is no definitive / reversible treatment, there are measures that can 
be taken to reduce / control seizures. The present study has significant importance, which brings an 
updated survey regarding feline idiopathic epilepsy. With the objective of reporting an accompanying 
case, although it is a poorly described / reported syndrome, it is of great importance for feline neurology 
as well as for feline medical practice. 
 
KEYWOEDS: Neurology. Seizure. Cats. 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 
2 RELATO DE CASO ................................................................................................. 8 
3 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 12 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 15 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A epilepsia não é uma doença específica, porém a mesma pode ser 
caracterizada como uma síndrome, na qual ocorre uma atividade súbita e anormal em 
algumas regiões neuronais, causando assim diferentes manifestações clínicas, sendo 
as mais relatadas: convulsões recorrentes, sejam elas motoras, 
autonômicas/comportamentais ou de perda da consciência (BLOOD; STUDDERT, 
2002; THOMAS; DEWEY, 2008; PÁKOZDY et al., 2010; BERENDT et al., 2015). 
O termo convulsão não é um sinônimo de epilepsia. A convulsão é uma 
manifestação clinica anormal, devido a diversos fatores, sendo os mais citados em 
literatura: contusão, intoxicação e tumores (THOMAS, 2010; MARIANI, 2013). 
Apesar dos primeiros relatos em humanos terem ocorridos por volta de 2080 
a.C., a epilepsia em animais foi somente descrita na primeira metade do século IXX 
(GANDINI et al., 2010). A epilepsia classifica-se em três categorias. Essas 
classificações são oriundas dos mesmos esquemas utilizados nos humanos:epilepsias primárias (idiopáticas/ genéticas), epilepsias secundárias (estruturais) e 
sintomática provável (adquirida) (BASTOS, 2009; MOORE, 2013). 
Embora a epilepsia primária (EP) tenha sido descrita em diversas raças de cães 
por possuir um fundo genético, em felinos nenhuma causa de origem genética foi 
estabelecida, portanto nomeia-se como epilepsia idiopática (EI) (RUSBRIDGE, 2005; 
THOMAS, 2010). A EP acomete cerca de 5 a 5,7% da população canina, já na espécie 
felina esse índice é mais baixo, afetando aproximadamente 0,5 a 2% da sua 
população (SILVA, 2013; PANCOTTO, 2015; ROWENA, 2017). 
Felinos acometidos por EI tendem à apresentar o início das crises convulsivas 
geralmente ainda quando jovens, a faixa etária mais relatada do surgimento primário 
das manifestações neurológicas é logo após o primeiro ano de vida, podendo se 
estender até os 5 - 7 anos, o máximo descrito em literatura (PÁKOZDY et al., 2010; 
MOORE, 2014; WAHLE et al., 2014). 
 As crises epilépticas são classificadas quanto a sua apresentação clínica, 
como generalizada e parciais. A generalizada ocorre quando há uma despolarização 
neural espontânea nos dois hemisférios cerebrais, causando uma ação de 
movimentos variados, podendo ser classificados como crises epiléticas: tônico-
clônicas, tônicas, clônicas, atônicas, mioclônicas e de ausência (BARNES et al., 2004; 
BAILEY; DEWEY, 2009; BASTOS, 2009; DEWEY; COSTA, 2017). 
7 
 
Enquanto a parcial, o desequilíbrio elétrico ou despolarização concentra-se em 
apenas um dos hemisférios ou no córtex cerebral, levando a uma apresentação clínica 
mais branda, quando comparada com a generalizada, podendo ser classificada como 
crises epilépticas focais: com sinais motores, sinais autonômicos e comportamento 
anormal (CIZINAUSKAS et al.,2003; BARNES et al., 2004; BAILEY; DEWEY, 2009; 
DEWEY; COSTA, 2017). 
A apresentação das crises epilépticas, são divididas em três fases: pré-ictus, 
ictus e pós-ictus. Pré-ictus refere-se a fase que antecede a entrada do animal em 
status epilepticus, cujo o mesmo pode apresentar diversas atitudes atípicas, sendo as 
mais citadas: inquietação e vocalização. Ictus trata-se do momento convulsivo da crise 
generalizada. Pós-ictus é a fase que ocorre após a entrada do indivíduo em status, 
nesta etapa o animal pode apresentar diversas manifestações, na qual podem variar 
de acordo com a duração ou com a número de crises, sendo o andar compulsivo a 
manifestação mais relatada (PLATT; GAROSI, 2012; DEWEY; COSTA, 2017; 
HELLER, 2017). 
Algumas patologias, podem ser confundidas com a epilepsia, pelo fato de terem 
como uma manifestação clínica as crises convulsivas. A lista de diagnósticos 
diferenciais é enorme, para facilitar o raciocínio do neurologista torna-se prático a 
utilização do acrômio DINAMIT-V (tabela 01), referente as possíveis etiologias da 
doença primária (RUSBRIDGE, 2005; COSTA; MOORE, 2010). 
Tabela 01 – Acrômio DINAMIT-V. 
D Degenerativas 
 
I Inflamatórias / Infecciosas 
 
N Neoplásicas / Nutricionais 
 
A Anomalias congênitas 
 
M Metabólicas 
 
I Idiopáticas / Imunomediadas 
 
T Traumáticas / Tóxicas 
 
V Vascular 
Fonte: RUSBRIDGE, 2005. 
O diagnóstico se dá através da junção de uma série de fatores: histórico 
detalhado do animal, vídeos das crises, anamnese seguida de avaliação clínica e 
8 
 
neurológica, exames: hematológico, análise fluido cérebro espinhal (AFCE), 
tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) do cérebro. Alguns 
testes de sorologia para descartar a hipótese de infecção por vírus, como: leucemia 
felina (FeLV), imunodeficiência felina (FIV) e peritonite infecciosa felina (PIF) 
(RUSBRIDGE, 2005; PÁKOZDY; HALASZ; KLANG, 2014; PANCOTTO, 2015). 
Embora a EI trate-se de uma síndrome, na qual não exista um tratamento 
definitivo/reversivo, existe medicamentos anticonvulsivantes (MAC) que podem 
controlar as crises (BASTOS, 2009). Em felinos o MAC de primeira escolha é o 
fenobarbital, porém outros fármacos também podem ser utilizados como: 
benzodiazepinas, levetiracetam, gabapentina e pregabalina, zonisamida, canabidiol e 
brometo de potássio (BOOTHE; GEORGE; COUCH, 2002; BAILEY et al., 2008; 
THOMAS; DEWEY, 2008; BAILEY; DEWEY, 2009; MONTOLIU, 2012; MUÑANA, 
2013 a, b). 
Em felinos evita-se o uso do brometo de potássio, devido ao elevado número 
de problemas respiratórios adversos que podem surgir decorrente ao uso, pois o 
mesmo apresentar um sabor não palatável para os gatos, podendo assim causar 
bronco aspiração levando em cerca de 50% dos casos, a uma broncoalveolite 
eosinofílica, no qual torna-se de caráter reversível com a interrupção imediata da 
medicação (PODELL, 2004; RUSBRIDGE, 2005). 
Dessa forma o presente estudo possui importância significativa, cujo traz um 
apanhado atualizado referente a epilepsia idiopática felina e tem como objetivo relatar 
um caso acompanhado. Embora seja uma síndrome pouco descrita/relatada, a 
mesma possui uma grande importância para a neurologia felina, como também para 
a clínica medica de felinos. 
 
2 RELATO DE CASO 
 
Foi atendido em uma clínica veterinária particular situada em Maceió/AL, um 
felino macho, de raça persa, com idade aproximada de 4 anos e meio, pesando 
4,350Kg. O animal chegou à clínica apresentando uma crise convulsiva generalizada, 
no qual foi empregado o seguinte protocolo de emergência: Diazepam retal (0,5 
mg/Kg); Dexametasona IV (0,1 ml/kg); Fenobarbital IV (2 mg/Kg); Manitol IV (5ml/kg). 
Após estabilizar o felino, realizou-se a anotação do histórico, no qual a 
proprietária relatou que a cerca de cinco dias, teria encontrado o animal todo sujo, 
9 
 
recoberto de saliva e urina. Entretanto o mesmo estava possuindo normodipsia, 
normofagia, evacuação presente e normúria, um dia antes da crise que o levou para 
o atendimento clínico, o felino apresentou algumas crises com intervalo médio de 40 
minutos entre elas. 
Na ocasião foi realizado exame para FIV/FeLV, pelo método: SNAP IDEXX 
ELISA (Enzyme-Lynked Immunosorbent Assay), no qual apresentaram resultado 
negativo. 
O paciente precisava ser encaminhado para internação de no mínimo 24 horas, 
pois o mesmo deveria ser monitorado para dar continuidade no tratamento. O felino 
foi liberado após a estabilização do quadro, a plantonista relatou que o mesmo não 
apresentou crises convulsivas, durante o período internado. Para terapia domiciliar foi 
prescrito fenobarbital 2,5 mg/Kg, BID, por via oral, até novas recomendações. A tutora 
ao chegar em casa notou que o animal apresentou um novo episódio de crise, porém 
menos intensa. 
No dia seguinte, foi solicitado o retorno para uma nova avaliação clínica e 
posteriormente uma avaliação neurológica do animal, seguida da solicitação dos 
exames. A tutora relatou que o mesmo tinha apresentado aproximadamente cinco 
crises pela manhã, todas de caráter mais leve. Foi relatado que o felino passou a 
apresentar disfagia, leve constipação e vocalização. 
Foram solicitados os seguintes exames: Hemograma; Plaquetometria; 
Albumina; Colesterol; Creatinina; Fosfatase Alcalina (F.A.); Gama-Glutamil 
Transferase (G.G.T.); Glicose; Alanina aminotransferase (A.L.T.); Triglicérides; Ureia; 
Cálcio Total; Potássio; Sódio; RX Tórax. A maioria dos resultados obtidos 
permaneceram dentro dos referenciais, porém alguns apresentarão alterações, como 
mostra na tabela 02. 
Tabela 02 – Resultados dos exames que obtiveram alterações, nos valores 
de referencia 
 
Exames Resultados Valores de 
referencia 
Hematológico 
 Linfócitos típicos 
 
4,00% 
 
20 a 55% 
 Contagem de plaquetas 212 mil/mm³ 230 a 680 mil/mm³ 
 G. G. T. 1,00 U.I./L 1,3 a 5,3 U.I./L 
Fonte: Dados da pesquisa. 
 
10 
 
As crises generalizadas continuaram, sendo que de forma mais branda, porémem uma frequência ainda indesejável, devido a isso foram solicitados outros exames 
complementares: AFCE e TC da região de cabeça (encefálica). Para terapia domiciliar 
houve o ajuste da dose do fenobarbital 2,9 mg/Kg BID, por via oral, até novas 
recomendações. Foi solicitado também a dosagem sérica do fenobarbital, na qual 
apresentou-se em 22,20 µg/mL estando assim dentro dos valores de referência (15 – 
45 µg/mL). 
No resultado do AFCE, os valores da avaliação física, química e citológica 
(método de sedimentação) estavam dentro do padrão esperado com ausência de 
celularidade e bactérias. Na tomografia computadorizada, todas as estruturas 
cerebrais encontrava-se preservadas, sem nenhuma alteração, como mostras as 
figuras 01 e 02. 
 
 
Figura 01 – Tomografia computadorizada em felino, imagem do corte 
transversal do crânio, sem alterações. 
Fonte: Dados da pesquisa. 
 
11 
 
 
Figura 02 – Tomografia computadorizada em felino, imagem em corte 
sagital do crânio, sem alterações. 
Fonte: Dados da pesquisa. 
 
Após a realização de todos os exames, foram descartadas diversas possíveis 
causas de crises convulsivas em felinos, como: encefalite viral; tumores; 
encefalopatias; isquemia; deficiência de taurina, dentre outras. Somando os achados 
laboratoriais ao exame neurológico que se encontrava normal, tendo como 
manifestações neurológicas as crises, foi possível chegar ao diagnóstico de EI felina. 
Posteriormente o felino ficou sendo acompanhado a cada três meses, para que 
o mesmo repetisse a dosagem do fenobarbital, na qual apresentou um discreto 
aumento, passando a ser: 26,20 µg/mL, ainda dentro dos valore referenciais. A dose 
terapêutica do fenobarbital utilizada pelo felino foi reduzida para: 2mg/Kg BID (uso 
continuo). Após fazer esta alteração na dose, foi solicitado que o felino fizesse a 
repetição da dosagem com um intervalo de três meses. 
O felino apresentou um controle satisfatório das crises epilépticas, reduzindo-
as a zero, porém foi solicitado que o paciente ficasse sendo acompanhado 
semestralmente, para monitoração das funções hepáticas e repetições da dosagem 
do fenobarbital. 
 
12 
 
3 DISCUSSÃO 
 
É grande a lista de possíveis causas de convulsão em felinos (tabela 03). Sendo 
a epilepsia a causa menos comum. O termo convulsão não tratar-se de um sinônimo 
para epilepsia, o mesmo esta comumente correlacionada como uma das 
manifestações clínica mais visualizada, em indivíduos portadores de epilepsia 
(COSTA; MOORE, 2010; THOMAS, 2010). 
 
Tabela 03 – Possíveis causas de convulsões em felinos 
Tipo Condições 
D Degenerativas Doença de armazenamento lisossomal 
I Inflamatórias 
 
 
 Infecciosas 
Meningoencefalomielite granulomatosa, 
polioencefalomielite felina 
 
Peritonite infecciosa felina, toxoplasmose, 
vírus da imunodeficiência felina infecção 
N Neoplásicas 
 
 Nutricionais 
 
Tumores cerebrais primários e secundários 
 
Deficiência de tiamina (vitamina B1) 
A Anomalias congênitas 
 
Hidrocefalia 
M Metabólicas 
 
Encefalopatia hepática, hipoglicemia, 
hipocalcemia 
I Idiopáticas Epilepsia (após todos os testes de diagnóstico, 
como: hematologia, análise do LCR, títulos 
virais e TC são normais) 
T Traumáticas 
 
 Tóxicas 
Trauma ao cérebro ou diencéfalo 
 
Chumbo, organo fosforados, clorados 
hidrocarbonetos, metaldeído, permetrina 
V Vascular Necrose isquêmica cerebral 
Fonte: RUSBRIDGE, 2005. 
 
A epilepsia pode ser classificada em três categorias. Epilepsias primárias 
(idiopáticas/ genéticas), epilepsias secundárias (estruturais) e sintomática provável 
(adquirida). A EI felina, afeta aproximadamente 0,5 a 2% da sua população, sendo a 
faixa etária mais acometida de 1 a 4 anos (BASTOS, 2009; MOORE, 2013; WAHLE 
et al., 2014; PANCOTTO, 2015). 
13 
 
O felino descrito no presente estudo apresentou início das suas crises com 
aproximadamente quatro anos e meio, idade próxima do limite descrito em literatura, 
de 5 - 7 anos, podendo assim ser nomeada de borderline (MOORE, 2014). Em uma 
pesquisa realizada em 2014, a média da faixa etária era de 3 anos e 8 meses (WAHLE 
et al., 2014). 
 Essa síndrome possui duas apresentações de crises, onde são classificadas 
quanto as suas manifestações clínicas, generalizada, onde o animal irá apresentar 
movimentos tônico-clônico propriamente ditas e a parcial, no qual apresenta-se de 
maneira mais branda, sendo mais relatado, espasmos faciais e movimentos 
repetitivos como catar moscas imaginárias (BASTOS, 2009; MARIANI, 2013; 
BERENDT et al., 2015). 
Para conclusão do diagnóstico, se faz necessário o levantamento do histórico 
do paciente, somando assim juntamente com os laudos dos exames complementares 
(RUSBRIDGE, 2005). A proprietária do felino relatou um histórico detalhado, tanto da 
rotina do animal como dos seus antecedentes médicos. O felino foi avaliado, solicitou-
se a realização de alguns exames. Sendo a TC, AFCE e RM, os exames 
complementares de maior importância (BARNES et al., 2004; RUSBRIDGE, 2005; 
SCHRIEFL et al., 2008). 
Os exames de imagem são de grande importância para avaliação de um 
paciente neurológico, pois através deles conseguimos identificar ou descartar diversas 
possíveis causas, que possam está levando o animal à apresentar manifestações 
clínica. Sabendo-se que indivíduos portadores de EP, não iram apresentar alterações 
visíveis a nível estrutural (BASTOS, 2009; MOORE, 2013). 
Não existe tratamento definitivo, para a EI, porém pode-se fazer uso de 
medicamentos anticonvulsivantes, com o objetivo de controlar as crises. A escolha do 
fármaco e a dose cujo deverá ser utilizado, vai variar de acordo com o quadro do 
animal (THOMAS, 2000; BASTOS, 2009). O felino apresentou crises generalizadas 
em cluster. Para o controle da crise primária foi utilizado o fenobarbital e diazepam, 
porém para a manutenção foi prescrito apenas fenobarbital. 
O fenobarbital é um dos MAC mais utilizados na medicina veterinária, pois o 
mesmo apresenta um quantitativo de respostas satisfatórias em cães e gatos, 
baseando-se também no seu custo reduzido (PARENT, 2004; DEWEY; CARPENTER, 
2012; TEIXEIRA, 2014). 
14 
 
Embora o fenobarbital seja de metabolização hepática, não é isso que o torna 
toxico, pois esse fármaco possui uma grande afinidade por moléculas de proteína, 
sendo a albumina a mais afetada. Quando ocorre a diminuição da concentração de 
albumina, os níveis de fenobarbital irão consequentemente sofrer um aumento, ou 
seja favorecendo assim que o animal entre em um quadro de hepatotoxicidade, sendo 
os felinos a espécie mais acometidos (PARENT, 2004; SILVA, 2013). 
Nos caninos os MAC de primeira escolha são: o fenobarbital e o brometo de 
potássio (THOMAS, 2010), já em felinos utiliza-se com mais frequência o fenobarbital 
e o diazepam, evita-se o uso do brometo de potássio em felinos, pois o mesmo possui 
gosto amargo, no qual predispõe em aproximadamente 50% dos casos a 
broncoaspiração, cujo pode agravar o quadro do animal (PODELL, 2004; 
RUSBRIDGE, 2005). 
 É crescente os estudos relacionados a utilização de novos fármacos, para o 
controle das crises epiléticas. O canabidiol é uma das substâncias que mais vem 
sendo estudadas, apesar de existir uma grande dificuldade devido a restrições legais, 
pois o mesmo possui respostas satisfatórios no controle de indivíduos epilépticos 
(humanos e animais), possuindo um baixo índice de efeitos colaterais (BRUCKI et al., 
2015; BELEM et al., 2017). Porém faz-se necessário um estudo mais aprofundado 
dessa substancia, para melhor entendimento da sua farmacodinâmica e 
farmacocinética. 
15 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A epilepsia idiopática felina, é uma síndrome considerada incomum, tanto para 
a medicinade felinos como para os especialista em neurologia. Porém mesmo sendo 
uma síndrome pouco comum, pode-se dizer que existe diversos viés, no qual podem 
dificultar a conclusão do diagnóstico definitivo. 
 A grande maioria dos indivíduos que chegam a clínica com quadros de crises 
convulsivas, acabam que são negligenciados quanto a investigação do real motivo 
para as crises, sendo os mesmo submetidos diretamente a tratamento prolongado 
com anticonvulsivantes, sendo o fenobarbital o mais usado. Vale lembrar que o uso 
de maneira aleatória desses medicamentos, sem antes verificar como estão os 
padrões bioquímicos, podem agravar o quadro desses animais. 
Quando corretamente investigado, após descartar as demais hipóteses que 
possui como manifestação clínica as convulsões, podemos enfim decidir qual o melhor 
protocolo terapêutico a ser seguido. 
Portanto, faz-se necessário esclarecer ao máximo o proprietário, sobre essa 
síndrome EI, deixando o mesmo ciente que apesar do tratamento não trazer a cura, o 
mesmo tem como objetivo dar uma sobrevida, melhorando assim o bem estar do 
animal. Sabendo que o indivíduo portador de EP torna-se eleito a fazer uso continuo 
de MAC, pelo resto de sua vida. 
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